catalogo thomaz revisao6

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MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA

De 02 de agosto a 03 de outubro de 2010

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Representação sensível da experiência humana, a obra de Thomaz Farkas reitera a potência do outro. Política em sua mais pura essência, nos faz lembrar, e de forma singela nos aproxima, a um sentido específico da palavra política, aquele de dar início a uma ação, e concluí-la, junto com outras pessoas. Não me refiro apenas ao processo ado-tado para a realização do importantíssimo, visionário e inovador projeto A Condição Humana, que foi coerente com a sua - e de seus muitos companheiros - ideologia, mas à sua crença no homem, na possibilidade do homem.

Desta forma, e através do registro da diversidade cultu-ral do Brasil, expandiu as próprias possibilidades de um trabalho que oferecia ao povo brasileiro a oportunidade de conhecer e entender sua própria história. Este forte caráter antropológico na estética de sua obra possibilitou a muitos, verdadeiramente, a tomada de consciência de sua condição e de seu papel na estrutura social de um país, revelando-nos a nós mesmos; em suas palavras, “conheça o teu país para transformá-lo, se puder”.

É com orgulho, respeito e profunda emoção que apre-sento ao público do Museu de Arte Moderna da Bahia a obra deste fotógrafo, cineasta, professor, humanista, raro homem pela sua sinceridade, que sempre acreditou na maravilha que é o nosso povo e nosso país, e que con-tinua a empenhar-se para que, como dizia Brecht, nada deva parecer impossível de mudar.

Solange Farkas Diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia

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THOMAZ FARKAS

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Flora esvaída ao longo da vazante- estuo o passo, demandando a costa

mas onde vou, se sou naveganteNeste cabo sempre por recomeçar?

Lúcio Cardoso, A Vasa

O lIvRO E AS FOTOgRAFIAS

O Tempo Dissolvido vem de uma construção imagética para dimensio-nar a profunda relação que a presen-ça da fotografia tem na existência de Thomaz Farkas: o que aqui quero di-zer é que cada imagem de sua autoria representa um instante significativo em seus dias, em sua obra. Esse fato possui uma “representação ances-tral” desde que ele chegou ao Brasil com a família, vindo de Budapeste, em 1930, e ganhou de seu pai

uma câmera fotográfica. O Tempo Dissolvido diz respeito, também, ao percurso desenvolvido pelo artista, que, envolvido pelas épocas em que viveu, produziu uma obra diante do seu tempo, do que viria a ser expe-rimental, modernista, surrealista, do-cumental. Mas como identificar um verdadeiro fotógrafo? A resposta vem do próprio Farkas, que muitas vezes para mim repetiu: “Fotografia é emoção”. Assim está dito. E vem

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Diógenes Moura Curador

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dessa “emoção” um outro momento para dissertar O Tempo Dissolvido: na exposição, o fotógrafo mostra-se tão intenso quanto reservado; tão poéti-co quanto pesquisador; tão humano quanto sofisticado: suas imagens per-passam mais de seis décadas com os mesmos músculos daqueles outros tempos iniciais, quando o mundo descortinava-se diante dos seus olhos

no novo país que escolhera para ser sua pátria.

Mais adiante, O Tempo Dissolvido refere-se a uma experiência. Uma ex-periência com retratos e auto-retratos, uma experiência com cenas da vida privada; uma experiência com en-quadramentos (luz/contraluz/recor-tes/sombras); uma experiência com

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as cidades e seus habitantes. Algo que se protege, algo que se reve-la. Em todo esse percurso, desde as imagens autorais realizadas no início dos anos de 1940, podemos notar como o artista trata com leveza o ri-gor formal que caracteriza cada um dos seus registros. Para se chegar a esse “estado de espírito”, em outros casos, pode-se levar uma vida inteira. No caso de Thomaz, esse fenômeno acontece desde os primeiros momen-tos em que ele disparou o seu olhar adolescente em direção aos olhos do mundo. Vejamos: duas mulheres descem as escadas da Galeria Prestes Maia, em São Paulo. Uma nesga de luz em diagonal “cerca” o quadro da imagem sugerindo um outro ponto de fuga. Ao contrário, um corrimão aponta para dois personagens que quase entram na escuridão. O olhar de Farkas toma conta de tudo. O que poderia ser uma caixa de concreto transforma-se numa “paisagem hu-mana”. Era um dia qualquer no ano de 1946.

Thomaz sempre me disse que gos-taria de ser baiano. Guarda na lem-brança e nas suas imagens a ideia de um povo doce e acolhedor. Guarda na memória o frontispício de uma ci-dade, Salvador, refletida e “protegida”

pelo sol do barroco que a transfor-mou numa das cidades culturalmente mais representativas do Brasil. Melhor assim. Melhor não pensar no presen-te. Ao apresentar O Tempo Dissolvido, no Museu de Arte Moderna da Bahia

– MAM, a nossa intenção é irmanar o percurso de Thomaz Farkas à me-mória e à história da Cidade da Bahia; desvendar o mistério da sua criação, dos seus dias. Mostrar como o tempo sempre esteve a seu lado. O Tempo Dissolvido é mais que uma exposição: é também uma autobiografia, um li-vro aberto que poderá ir do ontem ao muito além.

Diógenes Moura nasceu na Rua do Lima, em Recife, PE. Passa a infância no arrabalde de Tejipío e, por um golpe do destino, muda-se com a famí-lia, em 1971, para Salvador, onde passa a viver no bairro da Liberdade. Nas décadas de 1970/1980, vê Salvador explodir em sua ancestralidade gestu-al e poética. Neste período, integra a equipe que inaugura a TV Educativa da Bahia, onde trabalha como diretor e roteirista. Quando a memória da cidade começa a ser carnavalizada, em meados da década de 1980, muda-se para São Paulo. Tem publicados Elásticos Chineses - Poemas Físicos e Drão de Roma - Dezembro Caiu, ambos de po-esia. Acaba de lançar Ficção Interrompida - Uma Caixa de Curtas, contos. Atualmente é curador e editor de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo e finaliza a novela Um Nome - Ensaio para Sinônimos. Seu trabalho como curador no projeto A Gosto da Fotografia deve-se ao profun-do respeito que tem pela memória do tempo em que viveu na Cidade da Bahia.

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Thomaz Farkas

Entrevista para o livro e exposição “Brasil e brasi-leiros no olhar de Thomaz Farkas”, realizada por Rosely Nakagawa (São Paulo, 1954). Arquiteta, curadora e editora de fotografia, fundou com Thomaz Farkas a Galeria Fotoptica em 1979. Atuou em diversas instituições culturais e realizou inúmeras curado-rias de exposições e publica-ções no Brasil e no exterior.

ENTREvISTA ROSELY - Como eram organizadas as viagens ao Nordeste? Era feito um mapeamento, organizadas com ante-cedência, pensando no filme? Havia um roteiro pré-estabelecido para a produção?THOMAZ - Claro, o Sergio Muniz ia antes, fazia o levantamento com um professor de geografia, que identificava pontos de indústria e comércio. O Sergio ia na frente para ver os lugares, as melhores datas... Dentro deste roteiro pré-estabe-lecido, aconteciam coisas inesperadas, que eram as mais interessantes. De re-pente, no caminho, aparecia um tecelão, ou uma casa de farinha, que a gente ia lá filmar. Daí, fazíamos uns trinta rolos

de filmes, mas no começo eram uns dez. No Crato, fomos numa vaquejada e en-contramos o Frei Damião, e então filma-mos o Frei. Havia sempre muitas coisas, e íamos filmando de acordo com o que o Sergio e o Geraldo Sarno tinham visto, daí o Paulo Vanzolini concordava e as-sim por diante. É, o gostoso da viagem é filmar o inesperado...

ROSELY – Como era a recepção a este trabalho que você fazia? Os documen-tários tinham alguma perspectiva de serem divulgados ou distribuídos em algum lugar?THOMAZ – Queríamos divulgar nas esco-las, mas o formato 16mm era difícil de mostrar, necessitava de uma paraferná-lia, levar equipamentos para sala, proje-tor, tela, alto-falante, colocar o filme... O aparelho era uma dificuldade para operar, precisava ser engenheiro, e os professores tinham medo que o filme os substituíssem. Daí, tive que explicar que o filme devia ser usado como um livro. Não se vendeu nada, mas se mostrava muito, e hoje há mais interesse.

ROSELY – Eu mesma fui até a Fotoptica quando era estudante de arquitetura. Qualquer pessoa podia alugar os filmes e levar para qualquer lugar, e eu levei para a sala de aula em Santos. Quando entrei na FAU-USP, meu professor era o Cristiano Mascaro e ele recomendava esses documentários, alugava-se o pro-jetor e o filme.THOMAZ – Foram alguns filmes que eu

havia deixado lá. O resultado financeiro foi zero, nem a televisão quis passar. O Jorge Petraglia, da TV Cultura, alegou que o pessoal não iria gostar, pois tinha muita miséria, fazer o quê? Então, fi-cou parado, só agora passou na TV, no Canal Brasil, um sucesso, o pessoal de Portugal me chamou... TV hoje é outra coisa.

ROSELY – E Thomaz, a viagem com o Paulo Vanzolini, foi parte do roteiro deste documentário?THOMAZ – Não. Eu ia para o Norte de férias, e o Geraldo Sarno tinha combi-nado com o Vanzolini de ir junto. Na mesma época, a gente foi no Rio Negro filmar, fotografar. Faria parte deste ma-terial, só que, você sabe o que aconte-ceu? O gelo da caixa de isopor derreteu e entrou água nos negativos. Só sobra-ram as fotografias porque eram feitas em Kodachrome. O Vanzolini está escre-vendo sobre esta aventura...

ROSELY – Você fazia a produção de ou-tros filmes?THOMAZ – Não, só destes (Bras i l Verdade 1964-1965)

ROSELY – Isto foi feito ao longo de quanto tempo?THOMAZ – Uns 10 anos. Eu não me lembro exatamente o ano em que foi realizado o último ou o primeiro filme... Eu produzia alguns outros filmes. Por exemplo, o arquiteto Fábio Penteado tinha um projeto para o Centro Cultural »

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em Campinas, que não ficou completo, e nós fizemos um filme lá, com uma entrevista do Fábio. Existe uma versão francesa deste filme que foi para Paris.

ROSELY – Você conhece o Brasil todo...THOMAZ – Eu conheci o Brasil daquela época, do Amazonas até o Rio Grande do Sul. A gente fez uns 30 filmes de alto a baixo. Havia um grupo que compar-tilhava uma ideia, tinha a mesma ide-ologia e interesses políticos parecidos, tanto que o Vlado (Vladimir Herzog, jornalista morto nos porões da ditadura em 1975) fez parte, era assim uma coi-sa bem familiar... Havia uma mobilidade em relação à atuação de um ou outro participante, dependendo do filme, mas a turma era parecida, às vezes um parti-cipava, às vezes não...

ROSELY – Vocês nunca tiveram proble-mas políticos?THOMAZ – Não, só eu, quando alguém foi preso na ditadura com uma cader-neta de endereços com meu nome. Eu ia fornecer uns binóculos para uma pro-dução, e o DOPS achou que seriam para espionagem! Daí fiquei “parado” oito, dez dias. Uma vez, projetei na minha casa um filme feito por um holandês, o Paralelo 57, sobre o Vietnã e revolu-cionários da época. Durante a projeção, um dos espectadores levantou e foi embora, e me denunciou como sendo chefe da União Cultural Brasil/Cuba. Isto contribuiu para minha prisão. Na dele-gacia, me disseram: - O senhor é uma

pessoa importante, mas não aparece em lugar nenhum! Daí comprei aquele Fiat Vermelho, para me tornar uma pessoa mais pública... (risos).

ROSELY – Como era a edição do ma-terial filmado, você acompanhava a pós-produção?THOMAZ – A montagem dos filmes sim. Eu acompanhava todas as montagens que podia. As montagens eram feitas na casa da Rua Itaperuna, onde funcionava a produtora. A Moviola ficava no porão.

ROSELY - E suas fotografias, você reve-lava e ampliava na Fotoptica?THOMAZ – As fotos P&B eu ampliava em casa, eu tinha um tanquinho... Eu ampliava também na Fotoptica, ao lado do laboratorista, determinando o queria. Para a revelação do Kodachrome, nós enviávamos para a Kodak.

ROSELY – Você fotografava com que câmera nestas viagens?THOMAZ – Com uma Leica. Era uma coi-sa bem portátil. Depois, fui trocando... Agora tenho duas, uma mais antiga que comprei há 10 anos nos EUA, e a outra comprei agora. Estas, eu guardo. Eu trabalhei muito com a Nikon, mas a Nikon tem um monte de objetivas e ficou pesada, mas tenho uma porção de objetivas desta marca. Da Leica, tenho as de 35 e 90, que são fantásticas.

ROSELY – Thomaz, você voltou para o Nordeste depois, e viu que mudou

alguma coisa. O que você acha do Brasil agora?THOMAZ – O Brasil mudou nas capitais e nas estradas, tem o asfalto, luz, televi-são, tem progresso. Saindo das capitais, você vai ver que no interior continua igual, tem luz e televisão, mas também muita miséria...

ROSELY – Esta vontade que você tinha, que você falou no começo, de conhe-cer o Brasil, você acha que ainda falta muito?THOMAZ – Era para terem sido feito 100 filmes, era meu projeto para as escolas, mas no meio acabou o gás...

ROSELY – Mas é uma coisa que, de al-gum jeito, necessita de atualidade...THOMAZ – Mas muitos estão fazendo isto agora, percorrendo o Brasil de Norte a Sul. De algum jeito, a coisa está se re-alizando... Se você acha que eu plantei, eu plantei, eu botei a semente... Eu achei que se a gente mostrasse o Brasil para o brasileiro, estaríamos possibilitan-do o conhecimento do país. Conheça o teu país para você transformá-lo, se puder...

ROSELY – Thomaz, tem uma diferença entre a sua fotografia autoral e o tra-balho de fotografia de cinema. Na foto-grafia autoral, você realiza um trabalho mais ficcional.THOMAZ – A fotografia é um trabalho. Eu não sou artista, eu sou fotógrafo. Porém, procurei fazer documentação

fotográfica de coisas interessantes. Fotografo as pessoas e como elas vivem.

ROSELY – Os documentários partiam do real, mas não tinham o compromisso de mostrar os fatos como eles aconte-ciam. Era um documental sem o objeti-vo de mostrar a miséria ou a denúncia...THOMAZ – A denúncia viria do fato das coisas existirem, mas não é uma denún-cia política. Havia uma ideia fotográfica, ou cinematográfica, sem nenhuma co-notação política ou de denúncia. Eram realizadas para mostrar as maravilhas do Brasil.

ROSELY – Eu vejo as suas fotos e as do Cristiano Mascaro, do Luiz Braga, e pa-rece que eles conheciam seu trabalho, mas ninguém tinha visto suas fotos antes. Eles se identificam com você no futuro, como isso é possível?THOMAZ – Quando éramos jovens, nós víamos muitas revistas de fotografia. Vendo estas revistas, você vê grandes fotógrafos, que não sei se me influencia-ram. Eu sei que eu era um cara que via as coisas. É tão maravilhoso o que estes fotógrafos novos estão fazendo, eu digo

“viva!” para eles, mas cada um no seu caminho. Miguel Rio Branco, Cristiano Mascaro, Pedro Martinelli, Mario Cravo Neto, são fantásticas as coisas que eles fazem. Eu não sei se tenho algu-ma coisa a ver com eles, eu faço outras coisas, mas eles me estimulam muito... Atualmente, estou fazendo fotografias de família.

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THOMAZ FARKAS BIOGRAFIA

Thomaz Farkas nasceu em Budapeste, Hungria, 1924. Imigra para o Brasil em 1930, radicando-se com a família em São Paulo. Filho de um dos só-cios fundadores da Fotoptica, uma das principais lojas de equipamen-tos fotográficos do Brasil, começa a fotografar na adolescência e já em 1942 associa-se ao Foto Cine Clube Bandeirantes, em São Paulo, parti-cipando de salões nacionais e inter-nacionais. Em 1949, realiza a mos-tra individual Estudos Fotográficos, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Nesse período, tam-bém faz experimentações em cinema, atividade que desenvolverá nas déca-das seguintes, paralelamente à foto-grafia. Em 1953, gradua-se em enge-nharia mecânica e elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Após o falecimento do pai, em 1960, assume a direção da Fotoptica, cargo que ocupa até 1997, coordenando a Revista e a Galeria Fotoptica. Em 1963, torna-se sócio fundador do MAM-SP. Em 1964, fun-da a Caravana Farkas porque tinha a certeza de que para conhecer o Brasil, só restava uma saída: documentar o país. Entre 1964 e 1980, participa al-ternadamente como produtor, co-pro-dutor, diretor e diretor de fotografia de 40 documentários sobre a cultura popular no interior do país. Os filmes são exibidos e premiados em festivais no Brasil e exterior. Entre 1969 e 1989,

leciona fotografia nos Departamentos de Cinema e Jornalismo da Escola d e C o m u n i c a ç õ e s e A r t e s d a Universidade de São Paulo (ECA/USP), onde defende tese de douto-rado, em 1977. Sua obra fotográfi-ca alcança reconhecimento público durante as décadas de 1990 e 2000, sendo homenageada com diversas exposições, publicações e prêmios, como a Medalha Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República, em 2000. Também de-senvolve importante atuação institu-cional como membro dos Conselhos da Fundação Bienal de São Paulo; Coleção Pirelli Masp de Fotografia; Cinemateca Brasileira de São Paulo e Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 2005, inaugurou, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a exposição Brasil e Brasileiros no Olhar de Thomaz Farkas, sob curadoria de Rosely Nakagawa e Diógenes Moura, série que realizou durante uma via-gem pelo Rio Negro, no início dos anos 70, ao lado do zoólogo e com-positor Paulo Vanzolini para produzir mais um dos documentários para a Caravana Farkas. No ano seguinte, uma edição dessas fotografias foi reu-nida no livro Thomaz Farkas, Notas de Viagem (Ed. Cosac Naify). Sua obra, com cerca de 34 mil imagens, foi incorporada ao acervo do Instituto Moreira Salles, sob o regime de co-modato, em dezembro de 2007.

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[…] Em toda sua filmografia, Farkas constrói a narrativa de modo inusita-do. Ao mesmo tempo que se posta distante do seu objeto, nele está in-tegrado e dele participa intensamente, ou seja, mergulha naquele universo em busca da experiência plena e do essencial das relações entre os ho-mens e o meio ambiente. Além de envolver-se totalmente com cada um de seus projetos, sempre soube dar plena liberdade de criação para os seus parceiros desenvolverem seus trabalhos. Para ele, ”a ideia principal era a de realizar uma série de docu-mentários mostrando como vivia o povo brasileiro. Não havia uma fina-lidade revolucionária, mas foi consi-derado revolucionário na época. […] Os filmes não tinham nenhum cunho politico declarado, mas tinham um fundo de realidade, que era uma coi-sa nova na época. E isso incomodou muito”[…]. Fica claro, portanto, que a experimen-tação e a conexão com a nossa reali-dade sempre foi a tônica do trabalho criativo de Thomaz Farkas. […] Ele ti-nha plena consciência de sua atuação na área da imagem cinematográfica, já que acreditava que o cinema teria maior possibilidade de divulgação, ou

seja, poderia ampliar a escala de re-cepção. Seu projeto era realizar uma coleção para os professors projeta-rem em sala de aula, e que os filmes servissem de aquecimento para uma discussão sobre a realidade da cultura brasileira […]Igualmente surpreendente, sua pro-dução cinematográfica, pautada pelo cinema documentário, deixou uma contribuição inestimável para nos-sas artes visuais. Novamente Farkas, discreto e disposto, sintonizado com outras iniciativas culturais da mesma importância no país, se lançou num projeto inovador, num período de for-te controle das informações que cir-culavam pelas mídias e revolucionou tanto na técnica quanto na estética de um cinema de um autêntico sig-nificado cultural. A Caravana Farkas é uma experiência cultural sem pre-cedentes na história do cinema bra-sileiro […].*

Rubens Fernandes Junior é jornalista, crítico e curador, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor e diretor da Faculdade de Comunicação da FAAP. Pesquisador e crítico de fotografia, é membro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

* Trecho extraído do livro THOMAZ FARKAS Notas de Viagem. São Paulo, 2006. p. 14-15

THOMAZ FARKAS e A Condição Humana

Rubens Fernandes Junior

CIClO DE CINEMA

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PROgRAMA 4:MAURICE CAPOvIllA, EDUARDO ESCOREl, MANUEl HORACIO gIMENEZ 1h38min17 de agosto e 14 de setembro ∙ 14h ∙ 04 e 25 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Subterrâneos do futebol Maurice Capovilla Brasil 1965 33’Visão de Juazeiro Eduardo Escorel Brasil 1970 20’

Nossa escola de samba Manuel Horácio Gimenez Brasil 1965 29’

PROgRAMA 5: SERgIO MUNIZ 1 1h49min05 e 26 de agosto e 15 de setembro ∙ 14h ∙ 17 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’A cuíca Sergio Muniz Brasil 1978 9’Beste Sergio Muniz Brasil 1969 20’Cheiro, gosto: o provador de café Sergio Muniz Brasil 1976 16’O berimbau Sergio Muniz Brasil 1978 9’Rastejador Sergio Muniz Brasil 1969 24’Um a um Sergio Muniz Brasil 1978 15’

CIClO DE CINEMALOCAL: Cinema do MAM

PROgRAMAçÃO

PROgRAMA 1:THOMAZ FARKAS: DOCUMENTÁRIOS 1h51min 03 e 21 de agosto e 07 de setembro ∙ 14h ∙ 11 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Hermeto Campeão Thomaz Farkas Brasil 1981 44’Paraíso, Juarez Thomaz Farkas Brasil 1971 6’Todomundo Thomaz Farkas Brasil 1980 35’Pixinguinha e a velha guarda do samba Thomaz Farkas Brasil 2006 10’

PROgRAMA 2: gUIDO ARAÚJO, SERgIO MUNIZ, ROBERTO DUARTE,MIgUEl RIO BRANCO 2h05min03, 12 e 24 de agosto ∙ 16H ∙ 08 de setembro ∙ 14h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’A morte das velas do recôncavo Guido Araújo Brasil 1976 23’Feira da banana Guido Araújo Brasil 1973 17’De raízes e rezas, entre outros Sergio Muniz Brasil 1972 38’Roda e outras estórias Sergio Muniz Brasil 1965 9’Ensaio Roberto Duarte Brasil 1975 14'Trio Elétrico Miguel Rio Branco Brasil 1977 12'

PROgRAMA 3:gERAlDO SARNO 1h43min04 e 25 de agosto e 09 de setembro ∙ 14H ∙ 12 e 14 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Viramundo Geraldo Sarno Brasil 1965 37’Viva Cariri! Geraldo Sarno Brasil 1970 36’Eu carrego um sertão dentro de mim Geraldo Sarno Brasil 1980 14’

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PROgRAMA 6: SERgIO MUNIZ 2 1h36min18 de agosto e 16 de setembro 14h ∙ 05 e 26 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Andiamo in’merica Sérgio Muniz Brasil 1980 80’

PROgRAMA 7:gERAlDO SARNO: Enciclopédia Audiovisual da Cultura Popular 1h35min10 e 31 de agosto e 21 de setembro ∙ 14h ∙ 18 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Os imaginários Geraldo Sarno Brasil 1970 9’Jornal do sertão Geraldo Sarno Brasil 1970 13’Vitalino Lampião Geraldo Sarno Brasil 1969 9’A cantoria Geraldo Sarno Brasil 1970 15’O engenho Geraldo Sarno Brasil 1970 10’Padre Cícero Geraldo Sarno Brasil 1972 10’Casa de farinha Geraldo Sarno Brasil 1970 13’

PROgRAMA 8: PAUlO gIl SOARES 1 1h45min19 de agosto 01 e 22 de setembro ∙ 14h ∙ 10 de agosto ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’Memória do cangaço Paulo Gil Soares Brasil 1964 29’Erva bruxa Paulo Gil Soares Brasil 1970 21’Jaramantaia Paulo Gil Soares Brasil 1970 20’A mão do homem Paulo Gil Soares Brasil 1970 19’

PROgRAMA 9: PAUlO gIl SOARES 2 1h20min11 e 19 de agosto ∙ 14h ∙ 02 e 23 de setembro ∙ 16h

Thomaz Farkas, brasileiro Walter Lima Jr. Brasil 2003 16’A Morte do Boi Paulo Gil Soares Brasil 1970 11Vaquejada Paulo Gil Soares Brasil 1970 11O homem de couro Paulo Gil Soares Brasil 1970 21’Frei Damião, trombeta dos aflitos martelo dos hereges Paulo Gil Soares Brasil 1970 20’

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PROgRAMA EDUCATIvOInter.Mediações O Tempo Dissolvido

THOMAZ FARKAS:CONSTRUINDO HISTÓRIA COM IMAGENS

Antonio Carlos Portela

A carreira de Thomaz Farkas foi cons-truída, desde cedo, pelo seu encanto com a imagem. Seu universo familiar foi um grande cúmplice e partícipe de suas experiências no campo da fo-tografia e do cinema, no que diz res-peito tanto ao acesso às tecnologias quanto ao apoio dado, contribuindo para sua inserção no circuito artístico.Desde cedo então, o artista, fotógra-fo, cineasta (produtor e professor) pode dar vazão à sua imaginação e ao seu potencial de comunicação através das imagens, sob olhares sensíveis, determinando o fazer des-tes olhares meios para reconhecer as várias dimensões da experiência social. Ou seja, seu processo criativo tem articulado os dados da realidade

de cada época para produzir sentidos em seus trabalhos como processos sociais.

”O tempo dissolvido” é o eixo poéti-co que o curador Diógenes Moura elegeu para trazer, ao MAM-BA, um conjunto de imagens reveladoras da própria vida do artista, ora articula-das para nos revelar uma trajetória construída pelas relações artístico-po-lítico-sociais: seu domínio do meio de expressão condiciona a produção e a circulação da imagem como resultado de processos que aguçam os sentidos em diversos contextos culturais.Às fotos em preto e branco e às co-loridas que fazem parte da mostra, foram agregadas fotos selecionadas pelos familiares, especialmente para

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esta exposição, assim como docu-mentos, cartas, certificados, fotos de funcionários da Fotoptica e câmera fotográfica, para compor o Núcleo de Afeto. Da ”Caravana Farkas”, uma série de filmes compõem o pro-grama ”Thomaz Farkas e a Condição Humana”, documentários que serão exibidos durante o período expositi-vo, estendendo assim, o repertório imagético para nossa fruição, com curadoria de Solange Farkas.Qual o papel do visual no mundo atual? Que reflexões podemos fazer sobre os meios técnicos na expres-são visual, e como podemos discutir a fotografia e o cinema? Modos de ver foi o questionamento lançado por John Berger ao admitir que ”o olhar é múltiplo e requer conhecer carac-terísticas intrínsecas às imagens, mas também admite que o olhar precisa ser preparado para ver e analisar as imagens, [sublinhando] que as con-venções oculares ( )permitem arti-cular a dimensão visual das relações sociais”*.Nesta perspectiva, foi elaborado um núcleo reflexivo para explorar as di-mensões artística, social, cultural e política do artista, propondo mesas redondas, ciclo de palestras, abarcan-do temáticas da biografia do artista e elementos conceituais intrínsecos à

sua obra. Atividades artísticas serão oferecidas para os visitantes, como o paint light e pinhole para crian-ças; os mini cursos “O Pinhole para Arte Educadores” e “Animação stop-motion” e também oficina prática de documentário. Essas propostas com-põem a programação de mediação que também conta com visitas agen-dadas, o que oportuniza ao público um contato intenso com as obras e com a linguagem da fotografia e do cinema.Desenvolver atividades capazes de ge-rar uma crescente aproximação com a sociedade, difundir as inúmeras opor-tunidades de formação humana pos-sibilitadas pelo contato com o Museu e as exposições artísticas, mantendo um compromisso com a cultura e com a história, têm sido o desafio do Núcleo de Arte Educação do MAM-BA, que tem dado ênfase na interre-lação entre o fazer, a leitura da obra de arte e a contextualização histórica, social e estética da arte, com o obje-tivo de ampliar a rede de interações que dinamiza os diferentes atores da construção social.

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* John Berger citado por Paulo Knauss, em “O de-safio de fazer História com imagens”. Art Cultura: Revista do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia. V. 8, n. 12, 2006.

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MESA REDONDA DE ABERTURA03.08 (terça-feira)THOMAZ FARKAS E A CONDIÇÃO HUMANA JOÃO FARKAS, ANDRé SETARO E gUIDO ARAÚJO

18h30min gAlERIA 1

CICLO DE PALESTRASA TrAnspArênciA e o obsTáculogAlERIA 1

05.08 (quinta-feira)HOMENAGEM A THOMAz FARKASROSEly NAKAgAwA

18h30min às 20h30min 06.08 (sexta-feira)MULHER: SANTA OU PROSTITUTA?A ALMA FEMININA NA OBRA DE ANTOINE D’AGATHAlUIZ FElIPE PONDé

18h30min às 20h30min 07.08 (sábado)FOTOGRAFIA COMO MEMóRIA –O PROCESSO DE CRIAçãORUBENS FERNANDES JUNIOR

16h30min às 18h30min

MESAS REDONDASlOCAl: gAlERIA 1

14.09 (terça-feira) “A FOTOGRAFIA NACONDIçãO DE ARTE” MARIA CElESTE AlMEIDA wANNER

E ERIEl ARAÚJO

18h30min

28.09 (terça-feira) “THOMAS FARKAS E O DOCUMENTáRIO” MARISE BERTA E ClÁUDIO PEREIRA

18h30min CURSOS, WORKSHOPSE OFICINAS

CURSO MODULAR PINHOlEPARA ARTE EDUCADORESA proposta visa à multiplicação da técni-ca do pinhole – fotografia artesanal – , fornecendo aos professores instrumentos que viabilizem a sua utilização em escolas e comunidades. O curso será ministrado pelos artistas visuais e arte educadores Roseli Amado, Belinda Neves, Neila Maciel e Luis Augusto Gonçalves, proporcionan-do diversas oportunidades de vivência e conhecimento da técnica através dos se-guintes módulos:

02.09 MÓDULO 1O QUE É PINHOLE?

09.09 MÓDULO 2PINHOLE E A ARTE EDUCAçãO 16.09 MÓDULO 3CONSTRUINDO A CÂMERA ARTESANAL

23.09 MÓDULO 4CAPTURANDO E REVELANDO IMAGENS

30.09 MÓDULO 5PINHOLE NA ARTE CONTEMPORÂNEA

14h às 17h25 PARTICIPANTES

SAlA DA gAlERIA SUBSOlO

ATIVIDADE PINHOlE PARA CRIANÇASMinistrada pela equipe de arte-educadores do MAM-BA, a proposta visa o contato e a vivência com a técnica do pinhole, es-timulando o olhar para novos diálogos e possibilidades da fotografia artesanal.

04.09 e 02.10 (sábados)14h às 17h · 10 PARTICIPANTES

CRIANçAS DE 8 A 12 ANOS

SAlA DA gAlERIA SUBSOlO

ATIVIDADE “PAINT lIgHT”Ministrada pela equipe de arte-educadores do MAM-BA, permite aos participantes vivenciar a experiência da pintura com o feixe de luz e seu registro, gerando uma infinita possibilidade estética e artística.

11.08, 25.08, 08.09 (quartas-feiras) e21.08, 25.09 (sábados)15h às 16 horas · 15 PARTICIPANTES

CRIANçAS, JOvENS E ADUlTOS

SAlA DA gAlERIA SUBSOlO

MINI CURSO “OFICINA PRáTICA DE DOCUMENTáRIO”JOSIAS PIRES (CINEASTA)

Introdução aos conceitos e etapas para a realização de um vídeo documentário.

27.09 a 01.10 (segunda a sexta-feira) 15h às 18h · 15 PARTICIPANTES

SAlA DA gAlERIA SUBSOlO

MINI CURSO “OFICINA DE ANIMAÇÃO – STOP-MOTION”TAygOARA AgUIAR (ARTE-EDUCADOR E DESIgNER)

Oficina prática de animação com a utiliza-ção de modelagem, fotografia quadro a quadro e edição.

10.09 e 11.09 · 14h às 18h12 PARTICIPANTES

ADOlESCENTES, JOvENS E ADUlTOS

SAlA DA gAlERIA SUBSOlO

INSCRIçÕES: 3117-6143

OFERECEMOS CERTIFICAçÃO

VISITAS MEDIADAS COM PERCURSOS TEMÁTICOSDurante todo o período da exposição, grupos de até vinte pessoas com idade a partir de seis anos poderão participar de visitas mediadas por educadores, que conversam com o público sobre conceitos, temas e práticas presen-tes na exposição assim como sobre o Solar e o Parque de Esculturas e Ciclo de Cinema.

MEDIAÇÃO PARA GRUPOS AGENDADOSTerça a domingo, às 14h e 16hINSCRIçÕES: 71 3117 6141

MEDIAÇÃO PARA PÚBLICO ESPONTÂNEO(SEM AgENDAMENTO)

Terça a domingo, às 15h e 17hINSCRIçÕES PODEM SER FEITAS NA HORA,

NA lOJINHA DO MAM.

ZOOM.IN ZOOM.OUT:O MAM E AS COMUNIDADESO projeto zoom.In zoom.Out busca estrei-tar as relações entre o museu e a cidade, e estabelecer vínculos com comunidades do entorno do Museu e da região me-tropolitana. Envolve visitas, conversas e oficinas realizadas nas comunidades; e também traz públicos ao MAM, em trans-porte gratuito, para participar de ações de mediação.

INSCRIçÕES: 71 3117 6141

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A GOSTO DA FOTOGRAFIA 6ª edição 2010

Realização Instituto Casa da Photographia

Co-realização Pinacoteca do Estado de São Paulo

Direção Marcelo Reis

Curadoria Diógenes Moura

Produção Executiva Salvador Carol Almeida

Produção Executiva São Paulo Ana Célia Pires

Assistente de Produção Jamile Moraes

Assessoria de Imprensa Marco Cerqueira Maurício Ferreira

Assessoria Jurídica Cristiane Matusita

Design Gráfico Maria Helena Pereira

Produção Gráfica Azeviche Design

Revisão André Correia

Montagem Roberto Feitoza

Molduras Capricho Molduras

Agradecimentos: Sergio Burgi, Virgínia Albertini, Cídio Martins Neto, equipe do Instituto Moreira Salles (RJ/SP) e muito afetuosamente à família Farkas.

CURADORIADiógenes Moura

PROJETO gRÁFICOMarcus Sampaio

REAlIZAçÃOMuseu de Arte

Moderna da Bahia

ACOMPANHAMENTO MUSEOlÓgICO

Sandra Regina Jesus

MEDIAçÃO CUlTURAl

Supervisora Belinda Neves

MediadoresAldemiro Brandão

Daniel AlmeidaLuiz Augusto Gonçalves

Roseli Rocha

MONTAgEM

ProduçãoDaiane Oliveira

Técnicos de MontagemAntônio Agnaldo

Jairo Morais

CarpintariaMarquinho de Olinda

PinturaAdemir Ferreira

Antônio JorgeCid Eduardo Ferreira

ElétricaJorge Bispo dos Santos

José de Assis Alecrim

PRODUçÃO Lisi AraújoNara Pino

Paulo Tosta

COMUNICAçÃO

Assessoria de ImprensaJuliana Maia

web DesignAndré Bertotti

Todas as imagens da exposição Thomaz Farkas - O Tempo Dissolvido integram o acervo do fotógrafo sob a guarda do Instituto Moreira Salles e foram ampliadas

nos laboratórios da reserva técnica fotográfica do IMS no Rio de Janeiro.Se

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ABERTURA02.08.10 (segunda-feira), 19h

vISITAçÃO03.08.10 a 03.10.10

Terça-feira a domingo, 13h às 19hSábado, 13h às 21 h

Casarão Térreo

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA

Av. Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil

www.mam.ba.gov.br · [email protected] · 71 3117 6139

gOvERNO DO ESTADO DA BAHIA

governo do Estado da BahiaJaques Wagner

Secretaria de Cultura do Estado da BahiaMárcio Meirelles

Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPACFrederico Mendonça

Diretoria de Museus - DIMUSDaniel Rangel

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA

DireçãoSolange Farkas

Assessora ArtísticaStella Carrozzo

Assessora TécnicaLuciana Moniz

Secretária ExecutivaEstela Santana

Coordenação do Núcleo de MuseologiaHelder Bello de Mello

Coordenação do Núcleo de RestauroNatalie Roth

Coordenação do Núcleo de Arte EducaçãoAntonio Carlos Portela

Coordenação do Núcleo de MontagemRaquel Rocha

Coordenação do Núcleo de Projetos e EventosCarolina Câmara

Coordenação do Núcleo de ComunicaçãoJuliana Maia

Coordenação do Núcleo AdministrativoJosé Carlos Ferreira

www.mam.ba.gov.br

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APOIO

REALIZAÇÃO

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA

Av. Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil

www.mam.ba.gov.br · [email protected] · 71 3117 6139

PATROCÍNIO COREALIZAÇÃO