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CATÁLOGO DE

SOJA2ª | EDIÇÃO

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2. Grupo Vittia

2.1. Histórico

2.2. Política de qualidade

2.3. Unidades industriais

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3. Nutrição da cultura da soja

3.1. Introdução

3.2. Necessidades nutricionais da soja

3.3. Leis da fertilidade do solo

3.3.1. Lei do Mínimo ou Lei de Liebig

3.3.2. Lei da Restituição

3.3.3. Lei do Máximo

3.3.4. Lei dos Incrementes Decrescentes ou Lei de Mitscherling

3.3.5. Lei das Interações

3.4. Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes às plantas

3.4.1. Fatores do solo

3.4.2. Fatores da planta

3.5. Nutrientes no solo e na soja

3.5.1. Nitrogênio (N)

3.5.2. Fósforo (P)

3.5.3. Potássio (K)

3.5.4. Cálcio (Ca)

3.5.5. Magnésio (Mg)

3.5.6. Enxofre (S)

3.5.7. Boro (B)

3.5.8. Cobalto (Co)

3.5.9. Cobre (Cu)

3.5.10. Ferro (Fe)

3.5.11. Manganês (Mn)

3.5.12. Molibdênio (Mo)

3.5.13. Níquel (Ni)

3.5.14. Zinco (Zn)

1. Introdução 05

ÍNDICE

4. Avaliação da disponibilidade dos nutrientes no solo

4.1. Introdução

4.2. Amostragem dos solos em sistema de plantio direto (SPD)

4.3. Interpretação da análise de solo

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ÍNDICE

1049. GLOSSÁRIO

11010. LITERATURA CONSULTADA

35

35

35

35

5. Avaliação do estado nutricional da soja

5.1. Introdução

5.2. Amostragem das folhas da soja

5.3. Interpretação dos teores dos nutrientes nas folhas da soja

36

36

39

47

54

57

74

74

75

6. Produtos Biosoja para soja

6.1. Dessecação das plantas daninhas

6.2. Adubação de solo

6.3. Inoculação e fertilização das sementes

6.4. Adubação no sulco de plantio

6.5. Adubação foliar

6.6. Produtos e garantias

6.6.1. Fertilizantes de solo e foliares

6.6.2. Inoculantes

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77

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103

8. ANEXO

8.1 Fases Fenológicas da Soja

8.2. Calagem

8.3. Gessagem

8.4. Adubação

8.4.1. Adubação nitrogenada

8.4.2. Adubação fosfatada

8.4.3. Adubação potássica

8.4.4. Adubação com enxofre

8.4.5. Adubação com micronutrientes

8.5. Fatores de conversão e unidades equivalentes

8.5.1. Fatores de conversão para cálculo de fertilizantes, corretivos e para interpretação da análise de solo

8.5.2. Unidades equivalentes

8.6. Fertilizantes fornecedores de N, P, K, Ca, Mg e micronutrientes

8.7 Compatibilidade entre os fertilizantes minerais simples, orgânicos e corretivos

767. Programa nutricional Biosoja para a cultura da soja

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1. INTRODUÇÃO

O cultivo da soja ocupa posição de destaque no agronegócio brasileiro. Atualmente, a soja é a principal cultura do Brasil, representando cerca de 60% da produção brasileira de grãos. O sistema de produção da soja é caracterizado por elevado nível tecnológico.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, sendo responsável por cerca de 31% da produção total, e o maior exportador mundial deste produto agrícola. Na safra 2015/2016, as exportações do complexo soja - o qual inclui grãos, farelo e óleo - atingiram a cifra de US$ 25 bilhões, sendo um dos principais responsáveis pelo saldo positivo na balança comercial e pela estabilidade econômica do Brasil.

A soja é a cultura responsável pela incorporação de enormes áreas da região central do país, conhecidas como Cerrado, ao processo produtivo agrícola. As características do relevo, solo e clima dessa região, aliadas ao espírito empreendedor dos agricultores brasileiros e a utilização dos insumos agrícolas, respaldada pela pesquisa agrícola, permitiram que a soja fosse a propulsora do desenvolvimento econômi-co dessa imensa região brasileira.

Atualmente, a soja é a base econômica da maioria dos municípios da Região Sul e Central do Brasil, incluindo o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Oeste da Bahia, Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins), Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Estas regiões brasilei-ras são caracterizadas por um grande dinamismo e apresentam crescimento econômico acima da média nacional.

O estado do Pará é a nova fronteira agrícola brasileira. Áreas antes ocupadas por pastagens estão sendo rapidamente substituídas pela soja. Clima adequado, terras com preços atraentes e boa logística para o escoamento da produção agrícola são atrativos para o estabelecimento de produtores rurais procedentes de outras regiões brasileiras. A produtividade da soja no Pará é similar a das regiões tradicionais de cultivo.

A 6º estimativa da Conab para a safra 2016/2017 aponta um aumento de 1,9% na área cultivada com soja em relação à safra anterior, atingindo 33,88 milhões de ha. A produção da soja teve um crescimen-to de 7,7%, passando de 95,4 para 107,6 milhões t de grãos. A produtividade da soja atingiu 3.176 kg ha-1, ficando acima na média das últimas safras. O aumen-to na área cultivada com a soja foi impulsionado pelos preços da soja no mercado internacional e a demanda crescente da China. O maior produtor nacional é o estado do Mato Grosso, seguido pelo Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

Desde meados dos anos 2000, com a estagnação do aumento na produtividade da soja, o incremento na produção da soja ocorreu praticamente devido à expansão da área cultivada, principalmente na frontei-ra agrícola (Mapito, Norte do Mato Grosso e Pará). Para reverter esse processo, é necessário que os produtores rurais e profissionais envolvidos com a cultura da soja identifiquem os fatores que estão limitando o aumento da produtividade e melhorem as práticas de manejo da cultura.

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2.1. HISTÓRICO

2. GRUPO VITTIA

O Grupo Vittia é caracterizado por um grande dinamismo, e desde a sua fundação, no início da década de 70, vem aprimorando constantemente os seus produtos e processos industriais.

A história do Grupo Vittia se confunde com a própria história da cultura da soja na Alta Mogiana, região do interior paulista localizada entre Ribeirão Preto e o Triângulo Mineiro, e a sua posterior expansão pelo Cerrado Brasileiro.

No final da década de 60, a soja, no seu processo contínuo de expansão a partir do Rio Grande do Sul, chegou à região da Alta Mogiana. Em poucos anos, ela mudou o perfil agrícola dessa região, tornando-se uma das principais culturas e substituindo parcialmente as áreas cultivadas com o algodão, milho e café.

A partir deste período, surgiu a necessidade da utilização de um insumo fundamental para a cultura da soja – o inoculante –, e em 1971 é fundada a Indústria Bio Soja de Inoculantes, em São Joaquim da Barra/SP.

No final da década de 70, a cultura da soja atravessou o Rio Grande e conquistou uma região até então pouco utilizada para fins agrícolas – o Cerrado brasileiro. Nesse processo de expansão, o Grupo Vittia foi acompanhando a soja e, em poucos anos, a empresa comercializava os seus produtos nas mais diversas regiões do Brasil Central, alcançando os cerrados goianos e matogrossenses e atingindo também os cerrados baianos e maranhenses.

A partir da década de 1990, o Grupo Vittia iniciou a produção do fertilizante Nodulus® pó, fonte de cobalto e molibdênio para a cultura da soja e demais leguminosas.

Em 1994, a empresa iniciou a comercialização do Biomax® Premium, primeiro inoculante turfoso brasileiro, composto de turfa esterilizada isenta de microrganismos antagônicos às bactérias fixadoras de nitrogênio.

Em 2008, nessa unidade industrial, o Grupo Vittia iniciou a produção e a comercialização do primeiro inoculante mundial para a produção de mudas de eucalipto a partir de estacas e miniestacas – Rizolyptus®.

Em 2011, foi lançado o Biomax® Premium Milho,

inoculante destinado à cultura do milho. Atualmente, o Grupo Vittia está pesquisando a eficiência agronômica deste inoculante nas demais gramíneas, com destaque para o trigo, arroz, sorgo, cana-de-açúcar e braquiárias. Além desse produto, o Grupo Vittia vem pesquisando produtos microbiológicos para as demais culturas.

Com a expansão da agricultura nos solos sob Cerrado surgiram novos desafios e necessidades, dentre os quais produtos destinados ao fornecimento dos micronutrientes às culturas.

Em fins da década de 1990, mais precisamente em 1998, foi inaugurada a segunda empresa do Grupo Vittia em São Joaquim da Barra – a Bio Soja Fertilizantes, especializada na produção de fertilizantes. A partir desse momento, o Nodulus® pó foi aperfeiçoado, desenvolvendo-se a sua formulação líquida – o Nodulus® Premium. Posteriormente, esta unidade industrial foi ampliada e teve início a produção de sulfatos, MAP purificado, cloretos, óxidos e monóxidos metálicos, principalmente de manganês e zinco.

Além da expansão da linha de produtos, o Grupo Vittia iniciou a diversificação de mercados – químico, industrial, nutrição animal e atuando nas mais diversas culturas brasileiras.

Em Serrana, município paulista próximo a Ribeirão Preto/SP, o Grupo Vittia possui uma unidade industrial especializada na produção de condicionador de solos – Fertium® – e de fertilizantes organominerais – Fertium® Phós.

Em Ituverava/SP, a Granorte, empresa do Grupo Vittia inaugurada em 2003, é especializada na produção de macronutrientes secundários e micronutrientes de solo.

Em 2014, o Grupo Vittia adquiriu uma das empresas mais tradicionais no mercado de insumos agrícolas – a Samaritá, situada no município de Artur Nogueira/SP, que há 25 anos atua nos segmentos de nutrição e proteção vegetal e de produtos químicos.

Em março de 2017, o Grupo Vittia, adquiriu o controle acionário da Biovalens, empresa situada em Uberaba/MG, especializada na produção de soluções biológicas para pragas e doenças.

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Atualmente, o Grupo Vittia possui seis unidades industriais sendo cinco localizadas na região de Ribeirão Preto, interior paulista e uma unidade em Uberaba/MG, facilitando a distribuição dos seus produtos em todas as unidades da federação e a exportação para os países do Mercosul e demais países latino-americanos.

As unidades industriais estão em constante ampli-ação e modernização, procurando agregar as tecnolo-gias mais modernas para a otimização de todos os processos industriais, minimizando ao máximo a emissão de poluentes e a produção de resíduos indus-triais.

O Grupo Vittia possui o certificado ISO 9001:2000, demonstrando toda a qualidade nos seus processos

administrativos, comerciais e industriais. Os produtos das unidades industriais são submetidos a um rígido controle de qualidade, desde as matérias-primas até os produtos acabados.

Ao longo dessa longa trajetória, o Grupo Vittia acom-panhou a abertura da maior fronteira agrícola do mundo, o Cerrado brasileiro, e a consolidação do Brasil como um dos maiores produtores agrícolas mundiais.

O Grupo Vittia sempre esteve ao lado do produtor rural, buscando alternativas para atender às suas necessidades e colaborando para maximizar o poten-cial produtivo das suas culturas e dos seus rebanhos.

2.1. HISTÓRICO

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São Joaquimda Barra

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2.2. POLÍTICA DE QUALIDADE

“Satisfazer nossos clientes, através do processo de melhoria contínua com a participação de

nossos colaboradores.”

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Escritório CentralSão Joaquim da Barra - SP

2.3. UNIDADES INDUSTRIAIS

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Biosoja Fertilizantes

UNIDADE II

São Joaquim da Barra - SP

São Joaquim da Barra - SPIndústrias Químicas e Biológicas

UNIDADE I

Serrana - SPBiosoja Fertilizantes

UNIDADE III

Samaritá

UNIDADE V

Artur Nogueira - SP

Ituverava - SPGranorte Fertilizantes

UNIDADE IV

Uberaba – MGBiovalens

UNIDADE VI

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Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo na produção da soja (Figura 1). Além do aumento na área cultivada, ocorreu também um aumento expressivo na produtividade da cultura. No início da década de 1970, a produtividade da soja era de 1.438 kg ha-1 e no início do século XXI, atingiu 2.815 kg ha-1.

Vários fatores contribuíram para esse aumento na produtividade da soja, dentre os quais o lançamento de materiais genéticos cada vez adaptados às diferentes regiões de cultivos no Brasil. Além da contribuição da genética, a melhoria das práticas culturais teve forte impacto no aumento da produtividade da cultura.

Entretanto, a partir do início do século XXI, houve uma estagnação na produtividade da soja próxima de 3.000 kg ha-1. Uma provável explicação para esse fato pode estar relacionada ao monocultivo da soja, ocasionando o agravamento da severidade das pragas e doenças e a seleção de plantas daninhas resistentes aos herbicidas. Além disso, o manejo inadequado dos solos pode resultar em compactação, causando uma série de problemas agravados com a ocorrência dos frequentes veranicos.

A produtividade da cultura da soja ainda está muito abaixo do potencial de produção atingido pela pesquisa e por alguns produtores. Segundo pesquisadores brasileiros, o potencial de produtividade da cultura da soja situa-se entre 250 e 300 sc ha-1, bem acima da média nacional (VENTIMIGLIA et al., 1999; PIRES et al., 2000; MAEHLER et al., 2003; SARAIVA, 2004).

Com a constante elevação nos custos de produção, é necessário que os produtores rurais adotem o manejo nutricional mais adequado às necessidades da cultura, a fim de maximizar o potencial produtivo das novas cultivares.

Desde a safra 2008/2009, o Comitê Estratégico da Soja Brasileira (CESB) vem realizando campeonatos de produtividade da soja com o intuito de desenvolver estratégicas para elevar os patamares de produtividade acima de 90 sc ha-1 com sustentabilidade econômica, social e ambiental. Na safra 2015/2016, as produtividades dos três primeiros colocados foram de 120,07, 114,85 e 110,32 sc ha-1, respectivamente, demonstrando o enorme potencial produtivo das atuais cultivares de soja.

3. NUTRIÇÃO NA CULTURA DA SOJA

3.1. INTRODUÇÃO

Produtividade (sc ha-1)

Produção (milhões de t)

Área cultivada (milhões de ha)

60

50

40

30

20

10

01972 / 73 1982 / 83 1992 / 93 2002 / 03 2012 / 13 2014 / 15 2023 / 24

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

7,914,5

4,9 8,4

23,0

10,7

52,0

81,586,1

117,0

18,5 27,7 30,1 40,4

Figura 1. Área cultivada, produção e produtividade da soja a partir do início da década de 70 (EMBRAPA, CONAB). Fonte: ABAG (2016).

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A absorção dos nutrientes pela soja é influenciada por diversos fatores, dentre os quais as condições climáticas (precipitações pluviométricas e temperatura), as diferenças genéticas entre as cultivares, os tratos culturais e a disponibilidade dos nutrientes no solo.

Na Tabela 1 encontram-se as quantidades dos nutrientes extraídas e exportadas pela cultura da soja para a produção de 1 t de grãos. São informações fundamentais para a recomendação de adubação da cultura, pois quantificam as quantidades dos nutrientes que devem ser adicionadas ao solo a cada cultivo para a manutenção ou aumento da fertilidade do solo e garantia do potencial produtivo da cultura. O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pela soja e é fornecido na sua maior parte pela fixação biológica do nitrogênio. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 83 kg ha-1 de N. Cerca de 61% do N absorvido pela soja é exportado nos grãos. Entretanto, o N residual que permanece na palhada da soja é fundamental para o fornecimento desse nutriente ao cultivo posterior.

O potássio, o enxofre e o fósforo são, respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto nutriente mais absorvidos pela cultura da soja. Cerca de 53% do K absorvido pela soja é exportado nos grãos, havendo a necessidade da reposição desse nutriente para a manutenção do potencial produtivo dos solos.

A necessidade de P pela soja é similar ao do S. Entre-tanto, a quantidade de P(P2O5) nas adubações é muito superior devido a fixação do nutriente que ocorre com grande intensidade nos solos tropicais que são altamente intemperizados contendo altos teores de sesquióxidos.

Os micronutrientes são absorvidos em pequenas quantidades pela soja na ordem de g ha-1. Constituem cerca de 0,5% da massa seca das plantas. Entretanto, são tão importantes quanto os macronutrientes. Em relação aos micronutrientes, o cloro é o mais absorvi-do pela soja seguido pelo ferro, manganês, boro e zinco.

Partes da planta

N P2O5 K2O Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn

- - - - - - - - - - - - - - - - - - kg - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - g - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Grãos 51 10 20 3,0 2,0 5,4 20 237 10 70 30 5 40

Restos culturais 32 5,4 18 9,2 4,7 10,0 57 278 16 390 100 2 21

Total 83 15,4 38 12,2 6,7 15,4 77 515 26 460 130 7 61

% exportada 61 65 53 25 30 35 26 46 38 15 23 71 66

Tabela 1. Quantidade extraída e exportada de nutrientes pela cultura da soja para uma produção de 1 t de grãos. Fonte: Sfredo (2008).

3.2. NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA SOJA

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Baseia-se na necessidade de restituir ao solo, os nutrientes absorvidos e exportados pelas culturas, ou seja, repor as quantidades dos nutrientes que não foram reciclados, e aqueles que também foram perdidos do solo por lixiviação, desnitrificação, volatilização, erosão e fixação.

Essa lei leva em consideração o esgotamento dos nutrientes dos solos em decorrência de cultivos

sucessivos, como uma das prováveis explicações para a redução na produtividade das culturas.

Uma das limitações para a aplicação dessa lei nas regiões tropicais é a baixa fertilidade natural e a acidez excessiva de muitos solos. Portanto, num primeiro momento, é necessário a correção das limitações nutricionais desses solos.

3.3. LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO

Diversas leis ou princípios têm sido propostos para o estabelecimento de modelos matemáticos que correlacionam o crescimento das plantas com os nutrientes fornecidos nas adubações. Os princípios

das adubações são provenientes de três leis fundamentais: Lei do Mínimo, Lei da Restituição e Lei do Máximo e, duas derivações da Lei do Mínimo: Lei dos Incrementos Decrescentes e a Lei das Interações.

3.3.1. LEI DO MÍNIMO OU LEI DE LIEBIG

3.3.2. LEI DA RESTITUIÇÃO

A Lei do Mínimo proposta em 1840 pelo químico alemão Justus von Liebig, ilustra muito bem, a importância da nutrição equilibrada e balanceada nas culturas (Figura 2). Cada tábua do barril representa o teor disponível de um determinado nutriente no solo.

“A produtividade de uma cultura é limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas.”

Nos sistemas de exploração agrícola com foco em elevadas produtividades das culturas, o conceito do equilíbrio dos nutrientes no solo é vital no manejo da fertilidade do solo. Portanto, o produtor precisa utilizar a análise de solo para a avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo e a análise foliar para o monitoramento do estado nutricional da soja.

Figura 2. Representação gráfica da Lei do Mínimo.

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A Lei dos Incrementes Decrescentes foi desenvolvida por Mitscherling na primeira década do século XX. É uma expressão matemática do crescimento das plantas, que se aplica muito bem a muitos casos de resultados experimentais de curva de resposta.

Mitscherling observou que, ao adicionar doses sucessivas de nutriente deficiente no solo, o maior incremento na produção era obtido com a primeira dose aplicada. Com aplicações sucessivas das doses do nutriente, os incrementos na produção são cada vez menores até atingir o máximo, e a partir desse ponto, quando (Figura 3).

Os fundamentos dessa lei são básicos para a análise econômica de experimentos de adubação, ou seja, cálculo da dose econômica. A produtividade máxima econômica é aquela que proporciona maior lucro. Normalmente, a dose econômica do nutriente situa-se entre 80 e 90% da produção máxima.

É uma derivação da Lei do Mínimo. Cada fator de produção é tanto mais eficiente quando os outros estão mais próximo do seu ponto ótimo. Esta lei salienta que os fatores de produção devem ser considerados como parte do processo produtivo das

culturas, pois ocorre uma interação entre eles. As interações entre os nutrientes podem ser classificadas em três grupos: antagonismo, inibição e sinergismo. Maiores informações, consulte o item 3.4.

Segundo Voisin, o excesso de um nutriente no solo, reduz a eficiência dos demais e pode reduzir a produtividade das culturas.

3.3.4. LEI DOS INCREMENTOS DECRESCENTES OU LEI DE MITSCHERLING

3.3.5. LEI DAS INTERAÇÕES

3.3.3. LEI DO MÁXIMO

Figura 3. Curva de resposta do algodão a doses crescentes de N (média de 15 ensaios). Fonte: Adaptada de Raij (2011).

13

0 10

144

98

67

47

3122

20 30 40 50 60

100

200

300

400

Aum

ento

de

prod

ução

(kg/

ha)

Nitrogênio aplicado (kg/ha)

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3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

O solo é um sistema bastante complexo onde ocorrem fenômenos de natureza física, química e biológica que afetam a disponibilidade dos nutrientes às plantas (RAIJ, 2011).

A solução do solo representa a fase onde os nutrientes estão prontamente disponíveis às plantas, ou seja, é o local onde ocorre a absorção dos nutrientes pelas raízes. Posteriormente, os nutrientes são repostos pela fase sólida do solo representada pelos componentes minerais ou inorgânicos e orgânicos (FURTINI NETO et al., 2010).

A disponibilidade dos nutrientes às plantas é afetada por diversos fatores, dentre os quais os fatores de solo e os fatores da planta.

3.4.1. Fatores do solo

Os fatores de solo que influenciam a disponibilidade dos nutrientes às plantas são o pH, teor de matéria orgânica, densidade, textura, umidade e interações entre os nutrientes.

a. pH do solo

O pH do solo é um dos principais fatores do solo que afetam a disponibilidade dos nutrientes às plantas. A maior disponibilidade dos nutrientes ocorre na faixa de pH entre 6,0 e 6,5 (Figura 4). Entretanto, o aumento no pH do solo reduz a disponibilidade dos micronutrientes catiônicos, principalmente o manganês. O aumento de 1 unidade de pH reduz em até 100 vezes a disponibilidade do Mn às plantas (FURTINI NETO et al., 2010).

b. Matéria orgânica

Segundo Hayes (2005), o termo matéria orgânica do solo abrange todos os componentes orgânicos do solo e em vários estágios de decomposição, ocorrendo em íntima associação com os constituintes minerais. Pode ser dividida em três grupos: substâncias não húmicas, substâncias húmicas e a biomassa do solo.

As substâncias não húmicas são constituídas por compostos orgânicos que ainda mantêm as características químicas originais. O segundo grupo é constituído pelas substâncias húmicas e são provenientes da degradação química e biológica dos resíduos orgânicos do solo. O terceiro grupo é constituído pela biomassa viva do solo formado pelo material orgânico do protoplasma dos organismos do solo (SCHNITZER, 1989; STEVENSON, 1982).

A mineralização da matéria orgânica do solo é uma importante fonte de nutrientes às plantas, principalmente de nitrogênio, fósforo, enxofre e boro, sendo esse processo mediado por microrganismos.

Certos radicais orgânicos desempenham papel crucial no aumento da solubilidade e no transporte dos micronutrientes catiônicos até às raízes das plantas. A quelação ou complexação dos micronutrientes catiônicos com substâncias orgânicas exsudadas pelas raízes aumenta a sua concentração na rizosfera das plantas, bem como o transporte dos mesmos até a superfície das raízes.

Entretanto, em solos com alto teor de matéria orgânica ocorre uma forte adsorção dos micronutrientes catiônicos, principalmente com o cobre, induzindo a sua deficiência nas plantas.

c. Densidade do solo

A densidade do solo ou densidade aparente pode ser definida como sendo a relação existente entre a massa de uma amostra do solo seca a 110ºC e o volume ocupado pelas partículas e espaços poros (KIEHL, 1979).

A densidade do solo está intimamente relacionada com a estrutura e com a textura, e as alterações na densidade afetam acentuadamente a estruturação do solo. De maneira geral, quanto maior a densidade, para solos com texturas semelhantes, mais compacto é o solo, menos definida é a sua estrutura e muito menor o volume do espaço poroso (MEURER, 2007).

5,5 6,0 6,5 7,0 8,05,0

Disp

onib

ilida

de c

resc

ente

dos

nut

rient

es e

alu

mín

io

pH em água

Faixa de pHadequadapara a maioria das culturas

Alumínio

Molibdênio e cloro

Fósforo

Nitrogênio, enxofre e boro

Potássio, cálcio e magnésio

Ferro, cobalto, cobre, manganês, níquel e zinco

Figura 4. Efeito do pH do solo na disponibilidade dos nutrientes e do alumínio trocável às plantas. Fonte: Adaptado de Instituto da Potassa & Fosfato (1998).

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A compactação do solo, ocasiona aumento na sua densidade, reduzindo o transporte dos nutrientes no solo, notadamente aqueles que são dependentes do fluxo difusivo, por exemplo P, Cu, Mn e Zn (Figura 5). Em muitas situações, a análise do solo indica altos teores disponíveis de P, enquanto que a planta possui teores nas folhas abaixo da faixa adequada.

d. Textura

Nos solos argilosos ocorre maior fixação do P, reduzindo a sua disponibilidade às plantas (FURTINI et al., 2005). De forma similar ao P, em solos argilosos, ocorre também redução na disponibilidade do Zn às plantas. Sendo assim, é comum encontrar lavouras de soja com baixos teores foliares desse nutriente sendo cultivadas em solos argilosos que apresentam teores de Zn acima do nível crítico (BRANDÃO, comunicação pessoal).

Nos solos arenosos ocorre maior lixiviação dos nutrientes aniônicos (nitrato, sulfato, molibdato e boro) e do potássio, reduzindo a sua disponibilidade às plantas.

Tabela 2. Comprimento das raízes de cinco espécies de plantas cultivadas em Latossolo, em vasos, submetidas a quatro níveis de compactação.

3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

As menores respostas das culturas à adubação, com os anos de cultivo, seriam, em boa parte, resultantes da degradação das propriedades físicas dos solos, levando ao aumento de suas densidades e, como consequência, à retenção com maior energia dos nutrientes pelo solo (NOVAIS; MELLO, 2007).

O aumento da densidade do solo reduz a taxa de difusão de O2 nos poros do solo e, consequentemente a respiração das raízes. Em muitas situações, a inibição do crescimento das raízes em solos mal

aerados é causada por elevados níveis de etileno produzido pelas raízes (MARSCHNER, 1995 apud MEURER, 2007).

O comprimento das raízes de cinco espécies de plantas é reduzido pela compactação do solo (Tabela 2). Ocorre uma alteração na estrutura dos solos, com aumento na resistência à penetração das raízes, redução na porosidade total, na macroporosidade e na infiltração de água.

1/ Médias para compactação dentro de cada espécie vegetais, seguidas pela mesma letra, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5%.Fonte: Cintra (1980).

Níveis de compactação

Comprimento das raízes na camada compactada1/

Cevada Colza Tremoço Trigo Soja

kg cm-2 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - m - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

0 308,7 a 439,4 a 78,2 a 228,0 a 84,6 a

6 215,4 b 332,8 b 56,5 b 218,6 b 73,7 b

11 134,0 c 136,5 c 45,4 b 91,8 c 41,6 c

18 50,7 d 75,9 d 25,0 c 43,6 d 8,8 d

Figura 5. Efeito da compactação de um Latossolo Vermelho-Es-curo, com 610 g kg-1 de argila, com uma dose de 450 mg dm-3 de P, sobre o crescimento da soja. Fonte: Ribeiro et al. (1985).

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e. Umidade do solo

A disponibilidade dos nutrientes às plantas é afetada pelo teor de umidade no solo.

A mineralização da matéria orgânica do solo é realizada por microrganismos e é influenciada pelas condições climáticas do ambiente. A falta de umidade retarda a mineralização, reduzindo a disponibilidade de nitrogênio, fósforo, enxofre e boro às plantas.

Além disso, a água é o veiculo natural para o movimento dos nutrientes no solo por fluxo de massa e difusão. A podridão apical ou fundo preto é um distúrbio fisiológico nos frutos das solanáceas (tomateiro, pimentão e berinjela) causado pela deficiência de cálcio. Esta anomalia pode ocorrer nos frutos das solanáceas cultivadas em solos com baixo teor de umidade, mesmo com teores adequados desse nutriente.

f. Interações entre os nutrientes

As interações que ocorrem entre os nutrientes no solo são de natureza muito complexa e seus efeitos refletem na composição mineral das plantas.

Embora o processo de absorção dos nutrientes seja específico e seletivo, pode ocorrer competição entre eles, devido à semelhança química (raio iônico e valência), pois ambos os nutrientes provavelmente compartilham o mesmo transportador, seja pela ATPase específica, seja por um sistema acoplado de transporte ou co-transporte (PRADO, 2008).

As interações entre os nutrientes podem ser classificadas em três grupos: antagonismo, inibição e sinergismo.

Antagonismo: Ocorre quando um determinado nutriente diminui a absorção de outro, independente da concentração do nutriente na solução do solo. A diminuição da absorção de um determinado nutriente

pode evitar a toxicidade de outro nutriente. Por exemplo, o Ca2+ reduz a absorção do Cu2+ e o excesso de P (íon fosfato) reduz a disponibilidade do Zn2+ às plantas.

Inibição: Um nutriente diminui a absorção de outro nutriente. Pode ser dividida em inibição competitiva e inibição não competitiva.

Na inibição competitiva, dois nutrientes competem pelo mesmo sítio de absorção do transportador, diminuindo a absorção do nutriente que estiver em menor concentração na solução do solo. Ocorre entre íons com propriedades físico-químicas semelhantes (valência e raio iônico), sendo que o transportador não consegue distingui-los. Por exemplo, ocorre inibição competitiva entre o Zn2+ e Ca2+. Esse fenômeno pode ser corrigido aumentando-se a concentração do nutriente deficiente na solução do solo.

A inibição não competitiva acontece quando os íons não competem pelo mesmo sítio do transportador. Um exemplo desta interação é a que ocorre entre os cátions básicos (Ca2+, Mg2+ e K+). O excesso de um desses nutrientes no solo reduz a absorção dos demais cátions e, em situações extremas, pode causar deficiências nutricionais.

Sinergismo: Ocorre quando um nutriente aumenta a absorção de outro nutriente. Por exemplo, o Ca em concentrações não muito elevadas, aumenta a absorção dos demais nutrientes devido ao seu papel na manutenção da integridade da plasmalema. Esse efeito tem consequência na prática da adubação, considerando-se que, com a calagem, além da correção do pH do solo para a faixa mais adequada às culturas, também há aumento da concentração de Ca no solo (SILVA; TREVISAM, 2015).

3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

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Nitrogênio x enxofre

O N e o S são nutrientes fundamentais para a síntese de aminoácidos e proteínas, e o suprimento inadequado de um desses nutrientes ocasiona desequilíbrio nutricional, resultando na redução da qualidade dos produtos agrícolas e da produtividade das culturas. Portanto, o S é importante para o incremento na produção de matéria seca e no teor de N proteico (PRADO, 2008).

Nitrogênio x potássio

O processo de fixação biológica do nitrogênio, realizado pelas bactérias em simbiose com a soja, pode fornecer a quase totalidade do nitrogênio de que a planta necessita. A elevação na produtividade da soja pode ser limitada pelos baixos teores de K nos solos.

Além do aumento na produtividade da soja, a relação adequada entre o N e K, pode proporcionar outros benefícios:

• Redução no acamamento das plantas. O K promove o acúmulo de maior quantidade de carboidratos nos colmos, beneficiando a produção de compostos orgânicos estruturais.

• Aumento na qualidade dos grãos, proporcionando maior teor de proteínas. O K está envolvido no transporte do N para a síntese proteica.

Potássio x cálcio x magnésio

É uma das interações entre nutrientes mais conhecidas. O aumento no teor de K na solução do solo acarreta diminuição dos teores de Ca e Mg nas plantas. Em situações extremas, pode causar redução na produtividade das culturas (PRADO, 2008).

Altos teores de Mg no solo não reduzem significativamente os teores de K nas folhas das plantas (FONSECA; MEURER, 1997). A absorção do K+ pelas plantas ocorre de forma preferencial pelo fato de ser um íon monovalente, com menor grau de

hidratação, comparado aos íons Ca2+ e Mg2+ que são divalentes (PRADO, 2008).

A produtividade das culturas é maximizada pela aplicação do Mg em solos com baixos teores desse nutriente e teores de K na faixa alta ou adequada (MALAVOLTA, 1980).

É amplamente conhecido o antagonismo entre Ca e Mg na solução do solo, ou seja, o excesso de um nutriente prejudica a absorção do outro (MOORE; OVERSTREET; JACOBSON, 1961).

Fósforo x nitrogênio

O suprimento limitado de P tem impacto negativo na fixação biológica de nitrogênio, pois tanto a redução do N2 atmosférico, que ocorre nos bacteroides, quanto a assimilação do amônio (N-NH4

+) em aminoácidos e ureideos nas plantas são processos consumidores de energia. Portanto, a falta de P reduz a atividade específica da nitrogenase e também a concentração de ATP nos nódulos (ISRAEL, 1991).

As plantas dependentes da fixação biológica do N2 atmosférico têm maior necessidade de P para um crescimento ótimo do que aquelas supridas com nitrato (ISRAEL, 1987).

Fósforo x zinco

Altas concentrações de P nos solos causam deficiência de Zn na cultura da soja. Em Morrinhos/GO, na safra 2014/2015, constatou-se baixos teores de Zn nas folhas de soja em soja em solos com teores muito altos de P (Presina > 40 mg dm-3). Os teores de Zn no solo estavam acima do nível crítico (Zn DTPA > 1,2 mg dm-3).

Isso pode ocorrer porque o P insolubiliza o Zn na superfície das raízes ou o precipita como fosfato de zinco nos vasos condutores, impedindo sua absorção e transporte para a parte aérea das plantas. A deficiência do Zn pode ser devida também à desordem metabólica causada pelo desequilíbrio entre os dois nutrientes (PRADO, 2008).

3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

Interações entre os nutrientes mais comuns nos solos

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Fósforo x magnésio

Ocorre sinergismo entre P e Mg, ou seja, a absorção do P é máxima em solos com teores adequados de Mg. O Mg é um carregador de P, como resultado da participação do Mg na ativação das ATPases da membrana responsáveis pela absorção iônica (MALAVOLTA, 2006).

Cálcio x boro

Uma elevada concentração de Ca na solução do solo diminui a absorção de B, sendo esta uma das principais razões para a redução da disponibilidade deste micronutrientes em solos com pH acima de 7,0.

Enxofre x molibdênio

As adubações com doses elevadas de sulfato (S-SO4

2-) podem ocasionar maior lixiviação do molibdênio (MoO4

2-), induzindo deficiência deste nutriente na cultura da soja. Além disso, o sulfato e o molibdato são ânions com propriedades físico-químicas semelhantes como, por exemplo as suas valências, ocorrendo grande possibilidade desses íons competirem pelo mesmo sítio de absorção.

O sulfato possui maior afinidade pelos transportadores da membrana, inibindo a absorção do molibdato principalmente em solos com altos teores de sulfato.

Em sistemas de manejo com aporte insuficiente de Mo pode ocorrer redução na fixação biológica do nitrogênio, comprometendo a produtividade da soja.

3.4.2 Fatores da planta

Existe uma grande variabilidade genética entre plantas quanto à eficiência na absorção dos nutrientes do solo. As plantas exercem influência na disponibilidade dos nutrientes. As raízes de genótipos ou espécies eficientes na absorção de determinado nutriente alteram a rizosfera de forma a aumentar a disponibilidade dos nutrientes. Por exemplo, os genótipos mais eficientes na absorção dos micronutrientes catiônicos podem alteram a rizosfera por meio dos seguintes mecanismos:

a. Abaixamento do pH da rizosfera (excreção de íons H+);

b. Excreção de compostos orgânicos redutores. Por exemplo, os íons Fe3+ e Mn3+ são reduzidos para as formas Fe2+ e Mn2+; que são disponíveis às plantas

c. Excreção de ácidos orgânicos capazes de aumentar a solubilidade dos micronutrientes catiônicos ou seu transporte até as raízes das plantas.

No caso específico dos micronutrientes, há variação entre as espécies vegetais quanto à sensibilidade à baixa disponibilidade desses nutrientes no solo (Tabela 3). A lista é parcial, e uma dada espécie vegetal pode mudar de categoria em função de variações no tipo de solo, condições de crescimento e resposta diferencial de genótipos dentro de uma mesma espécie.

CulturaSensibilidade das culturas à deficiência de micronutrientes 1/

B Cu Fe Mn Mo ZnAlfafa A A M M M B

Aveia B A M A B B

Batata B B - A B M

Feijão B B A A M A

Milho B M M M B A

Soja B B A A M M

Sorgo B M A A B A

Trigo B A B A B B

Tabela 3. Sensibilidade relativa de culturas a deficiências de micronutrientes.

1/ A: Alta; M: Média; B: Baixa. Fonte: Adaptada de Martens; Westermann (1991).

3.4. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES ÀS PLANTAS

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3.5. NUTRIENTES NO SOLO E NA SOJA

3.5.1. NITROGÊNIO (N)

a. Nitrogênio no solo

O N destaca-se pelo acentuado dinamismo na natureza, apresentando grande mobilidade no solo. As reações químicas do N nos solos são mediadas por microrganismos. Portanto, é muito difícil mantê-lo no solo em quantidades suficientes para atender as necessidades das plantas.

O N do solo está predominantemente na forma orgânica, representando mais de 95% do N total. Algumas formas ou frações do N tem meia vida de poucos dias, enquanto outras permanecem no solo por séculos (ácidos húmicos e humina).

A mineralização biológica do nitrogênio orgânico constitui o primeiro passo para a sua disponibilização às plantas. Geralmente, esse processo é definido como a conversão do nitrogênio orgânico (N org) em amônio (N-NH4

+), com posterior conversão em nitrato (N-NO3

-) pelos microrganismos nitrificantes. O nitrato é a principal fonte de nitrogênio assimilado pelas plantas.

Há grande amplitude da fração mineralizável do N orgânico nos diferentes resíduos, variando de acordo com a fonte e principalmente com o manejo ao qual são submetidos.

O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte de N às raízes da soja. As plantas absorvem o N do solo na forma de nitrato, amônio e aminoácidos.

b. Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio

A disponibilidade do N está diretamente relacionada aos fatores que afetam a atividade dos microrganismos e a dinâmica deste nutriente nos solos.  Os solos com baixo teor de matéria orgânica possuem menor reserva de N orgânico e têm menor disponibilidade de N às plantas. As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de N por lixiviação, reduzindo a sua disponibilidade às plantas. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização e a disponibilidade do N orgânico, além de reduzir o crescimento das raízes, diminuindo sua capacidade

de absorção do N do solo. Nos solos com acidez elevada há menor atividade dos microrganismos do solo, proporcionando menor mineralização do N orgânico.

c. Funções do nitrogênio

O N é o nutriente responsável pelo desenvolvimento vegetativo da soja.

Atua na síntese de compostos nitrogenados (aminoácidos, proteínas, aminas, amidas, aminoaçúcares, purinas, pirimidinas e alcaloides).

Atua na produção da clorofila e está envolvido diretamente na fotossíntese. Estimula a formação e o desenvolvimento das gemas floríferas. É componente de ácidos nucleicos, enzimas, coenzimas e vitaminas. d. Sintomas de deficiência do nitrogênio

O N é um nutriente com alta mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência de N ocorrem inicialmente nas folhas velhas (Figura 6). Em situações críticas, os sintomas podem atingem também as folhas mais novas.

As folhas velhas da soja vão perdendo a cor verde-escuro e adquirem coloração verde-pálido. Posteriormente, ocorre clorose generalizada (amarelecimento) das folhas velhas causada pela menor síntese de clorofila. Com o agravamento da deficiência de N, a clorose progride para necrose. Com a redução na síntese dos fotoassimilados, ocorre crescimento mais lento das plantas e os grãos de soja tornam-se menores. 

Figura 6. Deficiência de nitrogênio da soja.Crédito da foto: Noble R. Usberwood (PPI).

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Figura 7. Deficiência do fósforo em soja.Crédito da foto: Luiz Antonio Zanão Júnior (IAPAR).

3.5.2. FÓSFORO (P)

a. Fósforo no solo

O teor de P total dos solos tropicais situa-se entre 200 e 3.000 mg kg-1 de P, equivalente a 400 e 6.000 kg ha-1 de P2O5. O P encontra-se na solução e na fase sólida do solo. O teor de P da solução do solo é muito baixo e está em equilíbrio com o P da fase sólida.

A maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida e é dividida em P-lábil e P-não lábil. O P-lábil é aquele que está adsorvido aos coloides minerais e orgânicos do solo, mas em equilíbrio com o P da solução do solo, podendo ser considerado como disponível às plantas. O P-não lábil é o P precipitado em compostos insolúveis com o Ca, Fe e Al ou adsorvido em sítios de elevada energia e, deste modo, o seu aproveitamento pelas plantas é incerto.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do P às raízes da soja, sendo absorvido na forma de íon fosfato (H2PO4

-).

b. Fatores que afetam à disponibilidade de fósforo

A disponibilidade do P para a soja é reduzida pela retenção do P nos solos e é conhecida como “fixação”.

Várias propriedades do solo afetam a fixação de P, sendo as mais importantes: pH, textura, tipo e quantidade de coloides (minerais de argilas e húmus) e a quantidade de outros ânions que podem competir com o íon fosfato pelos sítios de adsorção, como, por exemplo, sulfato e silicato.

A fixação do P é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A maior disponibilidade de P ocorre na faixa de pH entre 6,0 a 6,5. Em solos ácidos, o P é precipitado pelos íons Fe e Al e é adsorvido nos oxidróxidos de Fe e de Al formando fosfatos pouco solúveis. Em solos alcalinos, a reação do P ocorre com o Ca formando o fosfato tricálcio, com baixa solubilidade em água.

A fixação do P também é influenciada pelo teor de argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo, maior é a fixação do fósforo.

Em solos compactados ocorre menor difusão do P, reduzindo a absorção pela soja. Os solos com menor teor de umidade, a quantidade de P absorvida pelas plantas é reduzida drasticamente devido a menor difusão e menor crescimento das raízes. Em solos

com excesso de umidade ocorre redução no crescimento das raízes devido à deficiência de aeração, ocasionando menor absorção de P pelas plantas.

c. Funções do fósforo

O P é imprescindível ao crescimento e à reprodução da soja, a qual não alcança o seu máximo potencial produtivo sem um adequado suprimento deste nutriente.

A principal função do P na soja está relacionada ao armazenamento e à transferência de energia. É componente dos nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas e está presente nas moléculas dos açúcares intermediários da respiração e fotossíntese.

Acelera o enraizamento da soja e atua na divisão celular. Aumenta o teor de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas na soja. Favorece o vigor e a frutificação da soja. Proporciona maior uniformidade na maturação dos grãos e reduz a incidência de grãos defeituosos.

d. Sintomas de deficiência de fósforo

O P é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do P na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas.

As folhas velhas da soja adquirem uma coloração verde-escuro sem brilho. Ocorre redução no crescimento, e as plantas se tornam raquíticas, com folhas pequenas (Figura 7). Baixa inserção das vagens da soja.

A deficiência de P reduz o número e a eficiência dos nódulos na fixação simbiótica do nitrogênio.

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3.5.3. POTÁSSIO (K)

a. Potássio no solo

As plantas absorvem o K da solução do solo, o qual, por sua vez, é reposto pelo K trocável (K adsorvido aos coloides minerais e orgânicos) e pelo K não-trocável. Nos solos tropicais, altamente intemperizados, a contribuição do K não-trocável e o K dos minerais primários para a reposição do K na solução do solo é muito pequena.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do K às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de K+.

b. Fatores que afetam à disponibilidade de potássio  A disponibilidade de K à soja é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, maior a disponibilidade de K às culturas.

Solos com desequilíbrio nos teores de cátions básicos (altos teores de Ca e/ou Mg e baixos teores de K) apresentam menor disponibilidade de K às plantas. 

Em solos arenosos, com baixa CTC, localizados em regiões com alta precipitação, podem ocorrer perdas de K por lixiviação para as camadas mais profundas, reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. c. Funções do potássio nas plantas Cerca de 70% do K nas plantas permanece na forma iônica, livre nas células.

O K é o nutriente que tem a maior influência na qualidade da cultura. Estimula o enchimento dos grãos da soja, diminuindo o chochamento, e aumenta o teor de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas.

O K é ativador enzimático. Ativa cerca de 60 enzimas, dentre as quais as relacionadas à síntese dos amidos e proteínas e as envolvidas com o desdobramento dos açúcares.

Melhora a eficiência da soja na utilização da água, regulando a abertura e o fechamento dos estômatos das células-guarda e a turgidez do tecido.

A nutrição adequada com K reduz a incidência de pragas e doenças. Aumenta a resistência da soja ao acamamento, acelerando a lignificação das células do esclerênquima, principalmente com o suprimento

adequado de N.

d. Sintomas de deficiência de potássio na soja

O K é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do K na soja ocorrem inicialmente nas folhas velhas.

Inicialmente, ocorre clorose nas bordas das folhas velhas da soja (Figura 8). Com o agravamento da deficiência, a clorose progride para necrose das bordas e pontas das folhas da soja (Figura 9). Posteriormente, a necrose atinge a base das folhas até a necrose total. Ocorre redução no tamanho e no peso das sementes da soja. Os grãos tornam-se enrugados e deformados, reduzindo o vigor e o poder germinativo. Pode ocorrer haste verde ou retenção foliar. Nesse caso, as folhas da soja permanecem verdes e os grãos maduros.

Figura 9. Sintomas intermediários da deficiência de potássio em soja. Fonte: Sfredo (2008).

Figura 8. Sintomas iniciais de deficiência de potássio em soja.Fonte: Sfredo (2008).

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Figura 10. Deficiência de cálcio em soja.Crédito da foto: T. Scott Murrell (IPNI).

3.5.4. CÁLCIO (Ca)

a. Cálcio no solo

O Ca do solo é proveniente de rochas contendo minerais, como dolomita, calcita, apatita e feldspatos cálcicos.

Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são intemperizados e o cálcio, em parte, é perdido por lixiviação. Portanto, os solos localizados nessas regiões são ácidos e possuem baixos teores de Ca. Em solos com pH na faixa alcalina, o Ca pode precipitar como carbonatos, fosfatos ou sulfatos, com baixa solubilidade em água.

O Ca disponível às plantas está na forma iônica de Ca2+ e encontra-se na solução do solo e adsorvido aos coloides minerais e orgânicos. No complexo de troca dos solos, o cátion básico dominante é o Ca2+, seguido pelo Mg2+ e pelo K+. Na solução do solo, a concentração do Ca é muito baixa, sobretudo nos solos ácidos das regiões tropicais.

Em solos com manejo adequado do calcário, o Ca não constitui fator limitante às culturas.

O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte do Ca às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Ca2+. b. Fatores que afetam à disponibilidade de cálcio   A disponibilidade do Ca às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A maior disponibilidade do Ca ocorre em pH entre 6,0 a 6,5.

Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Mg2+ e/ou K+ e baixos teores de Ca2+) ocorre redução na disponibilidade de Ca à cultura da soja.

c. Funções do cálcio A principal função do Ca nas plantas é a estrutural. É essencial para a formação e manutenção da integridade e funcionalidade das membranas e paredes celulares das plantas.

O pectato de cálcio da lamela média atua como cimento entre as células. Em plantas com deficiência de Ca, as membranas tornam-se porosas, podendo perder os íons anteriormente absorvidos.

O Ca é indispensável para o pegamento da florada, atuando na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico.

Estimula o crescimento das raízes e dos demais órgãos das plantas. A taxa de crescimento das raízes é imediatamente reduzida pela interrupção do fornecimento deste nutriente e, após alguns dias, as extremidades das raízes tornam-se marrons e gradualmente morrem.

Em solos ácidos ou salinos, o Ca tem grande importância na manutenção da absorção iônica, mantendo a estrutura e o funcionamento das membranas celulares.

Aumenta a resistência das plantas às pragas e doenças e aos estresses por calor, frio e vento. 

d. Sintomas de deficiência de cálcio

O Ca é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Ca na soja ocorrem inicialmente nos tecidos mais novos das plantas.

Os pontos de crescimento das plantas são afetados pela deficiência de Ca. O sistema radicular fica atrofiado, ocorrendo a morte da gema apical.

Há atraso na emergência das folhas e estas, quando emergem, tornam-se deformadas, adquirindo a forma de taça, denominada de encarquilhamento (Figura 10). Pode ocorrer quebra do pedúnculo à desintegração da parede celulósica.

Nas leguminosas, ocorre redução na nodulação, podendo induzir deficiência de N na soja.

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Figura 11. Deficiência de magnésio em soja.Crédito da foto: Eros A. B. Francisco (IPNI).

3.5.5. MAGNÉSIO (Mg)

a. Magnésio no solo

O Mg do solo é proveniente de rochas contendo minerais primários, como piroxênios, anfibólios, olivina e turmalina, e minerais secundários, tais como clorita, ilita e vermiculita. Os carbonatos e sulfatos com Mg também são fontes deste nutriente nos solos.

Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são intemperizados, e uma fração do Mg pode ser perdida por lixiviação. Portanto, os solos localizados nessas regiões são ácidos e possuem baixos teores de Mg.

No complexo de troca dos solos subtropicais e tropicais, o Mg é o terceiro cátion mais abundante, superado apenas pelo Ca2+ e pelo H+. Na solução do solo, a concentração de Mg é muito baixa, sobretudo nos solos ácidos das regiões tropicais.

O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte do Mg às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Mg2+.

b. Fatores que afetam à disponibilidade de magnésio   A disponibilidade do Mg às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A deficiência do Mg ocorre em solos com pH em água menor que 5,4.

Solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Ca2+ e/ou K+ e baixos teores de Mg2+) apresentam redução na disponibilidade do Mg à cultura da soja.

A saturação por magnésio mais adequada à cultura da soja em solos com CTC menor que 80 mmolc dm-3 situa-se na faixa de 13 a 18%. Nos solos com CTC maior que 80 mmolc dm-3, a saturação por magnésio mais adequada é de 13 a 20%.

As relações do Mg com o Ca e o K nos solos mais adequada à cultura da soja variam de acordo com a CTC. Em solos com CTC menor que 80 mmolc dm-3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de 1 a 2 e de 5 a 10, respectivamente. Em solos com CTC maior que 80 mmolc dm-3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais adequada é de 1,5 a 3,5 e de 3 a 6, respectivamente.

c. Funções do magnésio

É constituinte da clorofila (2,7% do seu peso molecular), pigmento presente no cloroplasto onde ocorre a fotossíntese das plantas. Cerca de 50% do Mg nas folhas da soja estão nos cloroplastos. O Mg é ativador das enzimas nas plantas. É nutriente que ativa o maior número de enzimas, dentre as quais as relacionadas à síntese de carboidratos e outras envolvidas na síntese de ácidos nucleicos.  O Mg está envolvido com o metabolismo do fosfato na soja e é o carreador do P nas plantas.

Melhora a absorção do P dos solos, aumentando a eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados.

Atua na síntese de proteínas. O Mg é necessário para a transferência de energia aos aminoácidos, por meio de enzimas fosforilativas, e manutenção da estabilidade das unidades ou partículas dos ribossomos. d. Sintomas de deficiência de magnésio  O Mg é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Mg ocorrem inicialmente nas folhas velhas da soja.   As folhas mais velhas mostram clorose internerval (amarelo-claro) e as nervuras permanecem com coloração verde-pálido (Figura 11).

A deficiência de Mg reduz a fotossíntese da soja causando diminuição da síntese dos fotoassimilados e comprometendo a produtividade da cultura. Ocorre redução no desenvolvimento do sistema radicular.

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Figura 12. Deficiência do enxofre em soja.Crédito da foto: Valter Casarin (IPNI).

3.5.6. ENXOFRE (S)

a. Enxofre nos solos

De forma similar ao nitrogênio, a maior parte do S nos solos está na forma orgânica (60 a 90% do S total). Portanto, o reservatório do S nos solos é a matéria orgânica.

É necessário que o S orgânico dos solos seja convertido em sulfato (SO4

2-), forma prontamente disponível às plantas, por meio do processo denominado mineralização.

Além disso, o sulfato é lixiviado de forma similar ao N, acumulando-se nas camadas mais profundas do solo e reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. Nas últimas décadas, houve aumento na incidência da deficiência de S na soja devido à utilização de fertilizantes com alta concentração de N, P e K e baixos teores de S. O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte de S às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de sulfato (SO4

2-). As plantas também absorvem o S na forma gasosa (SO2) e na forma de aminoácidos contendo S (cistina, cisteína e metionina).

b. Fatores que afetam à disponibilidade de enxofre

A principal fonte natural de S é a matéria orgânica, e os fatores que afetam a sua dinâmica nos solos influenciam na disponibilidade deste nutriente à cultura da soja.

Os solos com baixo teor de matéria orgânica têm menor reserva de S orgânico e menor disponibilidade de S às plantas. Regiões com alta precipitação pluviométrica apresentam maior probabilidade de perdas de S por lixiviação, reduzindo a sua disponibilidade às plantas. As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do S orgânico, diminuindo a disponibilidade do nutriente às plantas. Ocorre também redução no crescimento das raízes das plantas, limitando a capacidade de absorção do S do solo. Os solos com acidez elevada apresentam menor atividade dos microrganismos, resultando em menor mineralização do S orgânico.

c. Funções do enxofre

O S atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da soja. Exerce papel na síntese de aminoácidos (cistina, cisteína e metionina) e proteínas, perfazendo cerca de 90% do S nas plantas.  É um dos responsáveis pela síntese dos reguladores de crescimento na soja (tiamina, biotina e glutamina).

Está envolvido na síntese de óleos e gordura. Participa na fixação biológica do nitrogênio por meio da ativação da nitrogenase.   d. Sintomas de deficiência de enxofre  O S é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do S ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

Ocorre clorose geral das folhas novas, incluindo as nervuras, que de verde-pálido passam a amarelo, similar ao sintoma de deficiência de N (Figura 12). Há redução no porte e no florescimento da soja.

O caule torna-se delgado e fraco e as plantas ficam muito susceptíveis ao acamamento.

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Figura 13. Deficiência de boro em soja.Fonte: Sfredo (2008).

Figura 14. Sintomas de fitotoxicidade de boro em soja. Crédito da foto: Biosoja.

3.5.7. BORO (B)

a. Boro no solo

O teor total de B nos solos é bastante variável, ocorrendo na faixa de 1 e 270 mg kg-1 de solo. Os maiores teores de B são encontrados nas regiões semi-áridas e áridas, e os menores, nos solos arenosos das regiões úmidas.

O B é um elemento químico solúvel em água e os minerais contendo B possuem baixa dureza. São encontrados em depósitos evaporíticos situados em regiões desérticas, anteriormente ocupadas por lagoas ou praias. Na América do Sul, os minerais de B são encontrados nas regiões desérticas no Norte da Argentina, no deserto do Atacama, no Chile, e no Altiplano Boliviano.

O teor de B total e de B solúvel estão correlacionados diretamente com o teor de matéria orgânica do solo. Quanto maior o teor de matéria orgânica, maior o teor de B total e de B disponível às plantas.

O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte do B às raízes da soja, sendo absorvido na forma de ácido bórico (H3BO3).

b. Fatores que afetam a disponibilidade de boro

A disponibilidade do B no solo à soja é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A maior disponibilidade do B às plantas ocorre na faixa de pH entre 5 e 7.

Altas precipitações pluviométricas provocam lixiviação do B para as camadas subsuperficiais do solo, reduzindo a sua disponibilidade às plantas, principalmente em solos de textura arenosa.

As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do B e podem induzir deficiência nas culturas. Ocorre menor decomposição da matéria orgânica, principal fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso, há também redução no crescimento das raízes das plantas, limitando a sua capacidade de absorção de B do solo.

c. Funções do boro

O B difere dos demais micronutrientes, pois é o único que não foi identificado em compostos vitais da planta. Além disso, não se identificou qualquer reação crucial para o metabolismo das plantas com a participação do B.

O B está envolvido na translocação de açúcares, atuando no seu transporte das folhas para os demais órgãos da planta.

Exerce papel na divisão, maturação e na diferenciação celular. Participa na síntese de celulose e lignina, conferindo maior tolerância da soja às pragas e doenças.

O B está diretamente envolvido com o metabolismo do Ca, atuando na formação da parede celular.

d. Sintomas de deficiência de boro

O B possui baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do B ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

A deficiência de B provoca a desorganização dos vasos condutores da soja.

Com o agravamento da deficiência de B, pode ocorre a morte da gema apical, causando superbrotamento (Figura 13).

e. Sintomas de fitotoxicidade de boro

Ocorre amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguido de necrose progressiva. As folhas têm queda precoce e ocorre morte das raízes das plantas (Figura 14).

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Figura 15. Deficiência de cobalto em soja.Crédito da foto: Gilberto Barbante Kerbauy (USP).

3.5.8. COBALTO (Co)

a. Cobalto no solo

O teor total de Co nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos.

Solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem maiores teores totais de Co, enquanto solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do Co às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Co2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de cobalto

A disponibilidade de Co às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Co às plantas.

Solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Co, podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de complexos muito estáveis do Co com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos.

c. Funções do cobalto

O Co é um elemento químico benéfico à cultura da soja. É essencial para a fixação biológica do nitrogênio. Participa da síntese da cobalamida e da vitamina B12, necessária a síntese da leghemoglobina, que determina a atividade dos nódulos localizados nas raízes da soja.

d. Sintomas de deficiência de cobalto

O Co é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Co ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

Os sintomas da deficiência do Co são similares aos da deficiência de N devido a menor fixação biológica de nitrogênio. A deficiência de Co causa inicialmente clorose nas folhas mais velhas da soja, que progride para necrose (Figura 15).

e. Sintomas de toxicidade de cobalto

O Co, quando aplicado em altas doses das sementes de soja (acima de 3 g ha-1), inibe a absorção de Fe.

O sintoma de clorose generalizada é característico da deficiência de Fe, induzida pelo excesso de Co. A recuperação da soja é rápida e não ocorre redução na produtividade da cultura (Figura 16).

Figura 16. Toxicidade de cobalto em soja.Fonte: Sfredo (2008).

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De�ciência de Fe,induzida por aplicaçao de Co

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Figura 17. Deficiência de cobre em soja.Crédito da foto: Godofredo César Vitti (ESALQ/USP).

Figura 18. Sintomas de fitotoxicidade de cobre em soja.Fonte: Sfredo (2008).

3.5.9. COBRE (Cu)

a. Cobre no solo

O teor total de Cu nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Cu, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do Cu às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Cu2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de cobre

A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Cu às plantas e, dependendo do teor do micronutriente no solo, pode causar deficiências nas culturas.

Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Cu, podendo induzir a deficiência deste nutriente na cultura da soja. Isso ocorre devido à formação de complexos muito estáveis de Cu com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos.

Altos teores dos demais micronutrientes catiônicos (Fe, Mn e Zn) no solo reduzem a disponibilidade de Cu às plantas (inibição competitiva).

c. Funções do cobre

É ativador ou constituinte de várias enzimas. Atua em diversos processos metabólicos, dentre os quais a fotossíntese, respiração, regulação hormonal e mecanismos de resistência às doenças.

A deficiência de Cu provoca o acúmulo de compostos fenólicos e redução da síntese de lignina, substância que atua na defesa das plantas contra as doenças. O Cu tem efeito tônico nas folhas, inibindo a síntese de etileno que, por sua vez, está envolvido no processo de senescência, deixando as folhas ativas por mais tempo.

d. Sintomas de deficiência de cobre

O Cu é um micronutriente com baixa mobilidade no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Cu na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais novas.

A deficiência de Cu na soja causa redução no crescimento das plantas. As folhas mais novas adquirem coloração verde-acinzentada ou verde-azulada (Figura 17). Ocorre redução no crescimento das plantas pelo encurtamento dos internódios.

e. Sintomas de fitotoxicidade de cobre

Ocorre o aparecimento de pontos necróticos nas bordas dos folíolos das folhas mais velhas que progride para as folhas mais novas (Figura 18).

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3.5.10. FERRO (Fe)

a. Ferro no solo

O Fe é um dos elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre, superado apenas pelo oxigênio, silício e alumínio. O teor médio de Fe nos solos é de 3,5%.

O teor de Fe disponível nos solos é controlado pelas reações redox. Os ambientes redutores (alto teor de umidade) possuem teores elevados do íon Fe2+ na solução do solo, forma disponível às plantas.

Em ambientes oxidantes (baixo teor de umidade), o íon Fe2+ é oxidado ao íon Fe3+, diminuindo sua disponibilidade às plantas.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do Fe às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Fe2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade de ferro

A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Os solos com pH na faixa ácida apresentam maior disponibilidade de Fe às plantas.

Os solos com alto teor de matéria orgânica apresentam menor disponibilidade de Fe, podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre a formação de complexos muito estáveis do Fe com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas condições brasileiras, é rara a deficiência de Fe induzida por substâncias húmicas.

Altos teores de Cu e Mn no solo reduzem a disponibilidade de Fe à cultura da soja (inibição competitiva).

Os solos com alto teor de fósforo podem induzir deficiência de Fe na soja.

c. Funções do ferro

O Fe é constituinte da clorofila, pigmento presente no cloroplasto onde ocorre a atividade fotossintética nas plantas.

d. Sintomas de deficiência de ferro

O Fe é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Fe ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

As folhas novas apresentam variados graus de clorose internerval, a qual caminha da ponta para a base das folhas da soja. Não ocorre murchamento das folhas.

Com o agravamento da deficiência do Fe, as plantas tornam-se cloróticas ou esbranquiçadas (Figura 19).

Em casos graves de deficiência de Fe, ocorre necrose e queda das folhas, podendo chegar ao desfolhamento total.

e. Sintomas de toxicidade de ferro

Devido à rápida conversão de Fe solúvel (Fe2+) em Fe insolúvel (Fe3+), é raro toxicidade de Fe nas plantas.

Figura 19. Deficiência do ferro em soja. Fonte: Sfredo (2008).

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3.5.11. MANGANÊS (Mn)

a. Manganês no solo

O teor total de Mn nos solos é influenciado pelo mate-rial de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latos-solo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Mn, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores de Mn.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do Mn às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Mn2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade do manganês

A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). O aumento de uma unidade de pH no solo diminui em 100 vezes a atividade do Mn na solução do solo.

Os solos com alto teor de matéria orgânica têm menor disponibilidade de Mn às plantas devido à formação de complexos muito estáveis com este micronutri-ente, principalmente quando ocorre predomínio da fração húmica.

O teor de umidade também afeta a disponibilidade do Mn às plantas. Os solos com maior teor de umidade (ambiente redutor) apresentam maior disponibilidade do Mn.

As estiagens prolongadas reduzem a disponibilidade do Mn do solo às plantas. Ocorre oxidação do Mn2+ para formas não disponíveis às plantas (Mn3+ e Mn4+).

Os solos com alto teor de Fe apresentam menor disponibilidade de Mn às plantas (inibição competiti-va).

c. Funções de manganês

É ativador de várias enzimas, tais como descarboxi-lases, hidrolases, fosfoquinases e fosfotransferase. Muitas dessas enzimas estão envolvidas no metabo-lismo do carbono e nitrogênio.

O Mn é ativador de enzimas que atuam na síntese de importantes metabólitos secundários, responsáveis pela produção de compostos que atuam na defesa das plantas contra pragas e doenças, como lignina e compostos fenológicos.

Atua nos processos de oxirredução no transporte de elétrons na fotossíntese.

Participa da reação da fotólise da água no fotossiste-ma II, na formação da clorofila e na formação, multipli-cação e funcionamento dos cloroplastos. Desem-penha papel fundamental na respiração das plantas, bem como em diversas reações no ciclo de Krebs.

d. Sintomas de deficiência de manganês

O Mn é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais novas.

As folhas novas deficientes em Mn apresentam clorose internerval com tonalidade amarelo-esverdea-dos. As nervuras permanecem com coloração verde-escuro (Figura 20).

Figura 20. Deficiência do manganês em soja.Crédito da foto: Biosoja (2016).

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3.5.12. MOLIBDÊNIO (Mo)

a. Molibdênio no solo

Os teores de Mo disponíveis nos solos brasileiros são muito baixos, situando-se na faixa de 0,01 a 0,16 mg kg-1.

O teor total de Mo nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Mo, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente.

O fluxo de massa é o principal mecanismo de transporte do Mo às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de molibdato (MoO4

2-).

b. Fatores que afetam a disponibilidade de molibdênio

A disponibilidade do Mo às plantas é afetada por diversos fatores, dentre os quais material de origem, textura e pH do solo.

A disponibilidade do Mo às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). A deficiência de Mo ocorre com maior frequência em solos ácidos. A calagem corrige a deficiência de Mo nas culturas, caso o teor deste micronutriente esteja adequado no solo.

A aplicação de doses elevadas de fertilizantes contendo sulfato pode induzir deficiência de Mo na soja. Ocorre lixiviação do Mo para as camadas subsuperficiais do solo.

As adubações fosfatadas aumentam a disponibilidade de Mo às plantas.

c. Funções do molibdênio

O metabolismo do nitrogênio pode ser seriamente afetado na soja, caso haja deficiência de Mo devido a sua participação como componente das enzimas nitrogenase e redutase do nitrato.

A deficiência de Mo acarreta diminuição na produção da enzima nitrogenase, que se reflete na redução da quantidade de nitrogênio fixado biologicamente.

O Mo é essencial às plantas que utilizam o nitrato (N-NO3-) como uma das fontes de nitrogênio. É

componente da enzima redutase do nitrato, responsável pela conversão do nitrato (N-NO3-) em nitrito (N-NO2), que posteriormente é convertido em aminoácidos e demais compostos orgânicos nitrogenados.

d. Sintomas de deficiência de molibdênio

O Mo é um micronutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência na soja ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas da soja.

A deficiência de Mo é caracterizada por pequenas estrias cloróticas longitudinais, começando no terço apical da folha (Figura 21). As folhas mais velhas secam prematuramente do meio para as pontas.

As plantas com deficiência de Mo têm relativamente maior acúmulo de nitrato e menor de compostos aminossolúveis. Portanto, os sinais visuais de deficiência entre os dois nutrientes são semelhantes.

Figura 21. Deficiência do molibdênio em soja.Fonte: Sfredo (2008).

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3.5.13. NÍQUEL (Ni)

a. Níquel no solo

O teor total de Ni nos solos varia de 5 a 500 mg kg-1, com um valor médio de 40 mg dm-3. O teor total de Ni nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ultramáficas e ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Ni, enquanto os solos derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos possuem os menores teores do nutriente. A difusão é o principal mecanismo de transporte do Ni às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Ni2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade do níquel

Os fatores que afetam a disponibilidade dos micronutrientes catiônicos às plantas afetam também a disponibilidade do Ni. A disponibilidade do Ni é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Ni às plantas. Dependendo do teor do micronutriente no solo, pode ocorrer deficiência nas culturas. Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Ni, reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Ni às culturas.

Altos teores de Ca, Mg, Cu, Fe, Mn e Zn nos solos inibem a absorção de Ni pela soja. Altas doses de fertilizantes fosfatados ou altos teores de P nos solos reduzem a disponibilidade do Ni às plantas. Doses excessivas de N reduzem a disponibilidade de Ni às plantas. O glifosato complexa o Ni nos solos, reduzindo a sua disponibilidade às plantas.

c. Funções do níquel

O Ni atua na fixação biológica do nitrogênio. É constituinte da enzima hidrogenase, presente em bacterióides nos nódulos de Rhizobium e Bradyrhizobium. Essa enzima exerce um papel importante, reprocessassando o hidrogênio (H2) em energia que será utilizada na nitrogenase, favorecendo a fixação biológica do nitrogênio.

Atua no metabolismo do N. O Ni é constituinte da metaloenzima urease (contém dois átomos de Ni por molécula), enzima responsável pela hidrólise enzimática da ureia [CO(NH2)2], transformando-a em amônia (NH3) e gás carbônico (CO2). O Ni aumenta a atividade da urease foliar, impedindo o acúmulo de teores tóxicos de ureia.

Inibe a síntese de etileno. O etileno é um hormônio

vegetal, sintetizado a partir da metionina (aminoácido). A síntese do etileno pelas plantas é estimulada por fatores estressantes. Os efeitos do etileno nas plantas são variados, destacando-se o amadurecimento de frutos, a senescência de folhas e flores e a abscisão de folhas e frutos. Em mangueira, a aplicação foliar do Ni antes da diferenciação das gemas inibiu a produção de etileno e diminuiu o número de flores malformadas.

Atua na germinação das sementes. As sementes de ervilha, feijões, trigo, mamona, tremoço, soja e arroz pré-tratadas com Ni apresentaram maior porcentagem de germinação. Aumenta a tolerância das plantas às doenças. O Ni tem efeito direto e indireto nos microrganismos causadores de doenças em plantas, incluindo vírus, bactérias e fungos. Em soja, o Ni tem sido utilizado em pulverizações foliares com o intuito de aumentar a tolerância à ferrugem asiática.

O efeito do Ni no controle das doenças nas plantas pode estar relacionado com o estimulo na atividade de polifenoloxidase, síntese de fenóis precursores da lignina, aumento na produção de isoflavonóides, fitoalexinas e pisatina e produção de compostos fungistáticos. O Ni reduz os efeitos colaterais do glifosato nas plantas.

d. Sintomas de deficiência do níquel

Há poucas informações sobre a redistribuição do Ni nas plantas. Há pesquisadores que consideram o Ni pouco móvel no floema, enquanto outros, atribuem uma mobilidade intermediária.

Os sintomas de deficiência de Ni caracterizam-se pelo acúmulo de teores tóxicos de ureia nos tecidos vegetais, provocando necrose na extremidade das folhas e folíolos em virtude da baixa atividade da urease. Os sintomas de deficiência de Ni são mais nítidos em plantas dependentes da fixação biológica do nitrogênio (Figura 22).

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Figura 22. Sintomas de deficiência de níquel em trifólios de soja (Glycine max L.) cultivada sob condições controladas.Crédito da foto: Eskew et al.(1983).

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3.5.14. ZINCO (Zn)

a. Zinco no solo

O teor total de Zn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os teores mais elevados de Zn, enquanto os solos derivados de sedimentos arenosos apresentam os menores teores.

A difusão é o principal mecanismo de transporte do Zn às raízes da soja, sendo absorvido na forma iônica de Zn2+.

b. Fatores que afetam a disponibilidade do zinco

A disponibilidade do Zn às plantas é afetada pelo pH do solo (Figura 4). Quanto maior o pH do solo, menor é a disponibilidade do Zn às plantas e, dependendo do teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas.

Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Zn, reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade do Zn às plantas.

Os solos com alto teor de P disponível ou adubações com elevadas doses de P (íon fosfato) reduzem a absorção do Zn e podem induzir deficiência deste micronutriente na soja.

Baixas temperaturas associadas ao excesso de umidade no solo podem induzir deficiência de Zn.

c. Funções do zinco

O Zn atua diretamente no crescimento da soja. É essencial para a síntese do triptofano, que é precursor do ácido indolacético (AIA), que irá formar as enzimas responsáveis pelo alongamento e crescimento celular.

d. Sintomas de deficiência de zinco

O Zn é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do Zn ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.

As folhas novas são pequenas, estreitas e alongadas, com áreas cloróticas entre as nervuras, que permanecem verdes (Figura 23).

Ocorre encurtamento dos internódios da soja.

Figura 23. Deficiência do zinco em soja.Crédito da foto: Valter Casarin (IPNI).

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4. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES NO SOLO

4.1. INTRODUÇÃO

O manejo nutricional sustentável da cultura da soja deve levar em consideração os teores dos nutrientes nos solos, avaliados por meio da análise de solo. A determinação dos teores dos nutrientes nos solos é a etapa inicial para a tomada de decisão quanto à utilização de corretivos, condicionadores e fertilizantes.

A amostragem do solo deve representar, com a maior fidelidade possível, um determinado talhão ou gleba. Normalmente, os solos são heterogêneos, tanto no sentido vertical como horizontal, devido aos fatores de formação dos solos (material de origem, clima, topografia, organismos, vegetação e tempo) e à aplicação de corretivos agrícolas e fertilizantes.

Além disso, o produtor deve realizar a análise foliar para o monitoramento do estado nutricional das

lavouras de soja e realizar os ajustes necessários no manejo nutricional da cultura.

O histórico do manejo nutricional também deve ser levado em consideração na interpretação das análises de solo e foliares.

De maneira geral, as maiores probabilidades de respostas dos nutrientes ocorrem em solos com baixa fertilidade natural (solos sob vegetação de cerrado) e em áreas degradadas. Além disso, os solos inicialmente com boa fertilidade natural, mas que não receberam a reposição adequada dos nutrientes exportados em sucessivos cultivos, tendem a responder à aplicação dos fertilizantes.

4.2. AMOSTRAGEM DOS SOLOS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)

No sistema de plantio convencional, as arações e as gradagens formam uma camada superficial mais ou menos uniforme, que corresponde, em geral, à profundidade de trabalho dos implementos agrícolas, 15 a 20 cm, sendo essa a profundidade a ser amostrada para fins de avaliação da fertilidade do solo.

No sistema de plantio direto (SPD), a aplicação de calcário e corretivos agrícolas na superfície, de fertilizantes a lanço ou em linha e a manutenção da palhada na superfície dos solos ampliam a variabilidade espacial, tanto no sentido horizontal como vertical, originando acentuados gradientes verticais nos teores de nutrientes no solo, principalmente de P e K.

As recomendações para a amostragem dos solos em SPD estão especificadas na Tabela 4 e a seguir:

a. Áreas sob SPD com adubação a lanço

a.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo proce- dimento empregado no sistema convencional, ou seja, coletar 15 subamostras por gleba uniforme nas camadas de O a 20 cm e de 20 a 40 cm, durante a fase de implantação da cultura.

a.2. Fase estabelecida: É a fase posterior à implantação do SPD e corresponde ao término do 6° cultivo. A amostragem do solo deve ser realizada nas camadas de O a 10 cm e de 10 a 20 cm.

Os equipamentos recomendados para a amostragem dos solos são a pá-de-corte, retirando uma camada de 5 cm de espessura e 10 cm de largura, ou caiadores de 5 a 6 cm de diâmetro. Os trados de rosca ou holandês não são instrumentos apropriados, devido à facilidade de perda da camada superficial do solo (primeiros centímetros) e também pelo usual pequeno diâmetro do trado de rosca.

b. Áreas sob SPD com adubação em linha

b.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo procedimento empregado no sistema convencional, ou seja, coletar 15 subamostras por gleba uniforme nas camadas de O a 20 cm e de 20 a 40 cm durante a fase de implantação e na próxima amostragem, que deve ocorrer ao término do 3° cultivo adubado.

b.2. Fase estabelecida: É a fase posterior à implantação do sistema de plantio direto e corresponde ao término do 6° cultivo. A amostragem do solo deve ser realizada com pá-de-corte, na camada de 0 a 10 cm, perpendicular ao sentido da

33

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linha, no espaço de entrelinha a entrelinha da última cultura, particularmente em lavouras com teores de P e K no solo abaixo do nível de suficiência, conforme indicado na Figura 24. Coletar 15 amostras locais por gleba uniforme para a formação de uma amostra composta.

A pá-de-corte pode ser substituída pela coleta com trado caiador numa linha transversal às linhas de semeadura, coletando um ponto no centro da linha e um de cada lado, se for cereal de inverno, um no centro e três de cada lado, se for soja, ou um no centro e seis de cada lado, se for milho. Havendo interesse

Fonte: Adaptada de CFS-RS/SC (1995), Anghinoni e Salet (1998).

Fase Profundidade de amostragem Procedimentos

Na fase de adoção do SPD 0 a 20 cm e 20 a 40 cm

Utilizar pá reta, retirando porção de solo de 5 cm de espessura e 10 cm de largura, ou caladores de 5 cm de diâmetro. Fazer 15 amostras simples para resultar em 1 amostra composta da gleba homogênea.

SPD com adubação a lançoNa fase de implantação (ate o 5º ou 6º ano) 0 a 20 cm e 20 a 40 cm Procedimentos idênticos ao anterior, preferencialmente

com pá reta.

Na fase de consolidação (após o 6º ou 7º ano, dependendo do histórico) 0 a 10 cm e 10 a 20 cm Procedimentos idênticos ao anterior.

SPD com adubação em linhaNa fase da implantação do SPD 0 a 20 cm e 20 a 40 cm

Utilizar pá reta, retirando porção de solo de 5 cm de espessura e largura igual ao espaçamento das entrelinhas da cultura anterior. Retirar 15 amostras simples para compor 1 amostra composta da gleba homogênea.

Na fase de consolidação do SPD 0 a 10 cm Procedimentos idênticos ao anterior.

Tabela 4. Recomendações para a análise de solo em sistema de plantio direto.

em desconsiderar o fertilizante remanescente da última adubação, a coleta também pode ser realizada somente na entrelinha de cultivo, utilizando um trado caiador ou pá-de-corte.

Para solos com teores de P e K acima do nível de suficiência, realizar a amostragem do solo nas profundidades de O a 10 cm e de 10 a 20 cm. Em solos com gradiente de acidez, realizar a amostragem nas camadas abaixo de 20 cm.

A amostra composta deverá conter de 0,30 a 0,50 kg de solo.

FATIA DE SOLO

BALDE DE20 LITROS

LINHAS DEADUBO

SACO DEPLÁSTICO

Figura 24. Coleta de amostras de solo no sistema plantio direto em áreas adubadas em linha. Fonte: Adaptada de CFS-RS/SC (1995).

4.3. INTERPRETAÇÃO DA ANÁLISE DE SOLO

As tabelas para interpretação dos resultados da análise de solo nas principais regiões agrícolas produtoras de soja no Brasil encontram-se no anexo.

34

4.2. AMOSTRAGEM DOS SOLOS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)

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5. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA SOJA

5.1. INTRODUÇÃO

5.2. AMOSTRAGEM DAS FOLHAS DA SOJA

Além da análise de solo para o monitoramento da fertilidade dos solos e recomendações dos corretivos agrícolas, condicionadores e fertilizantes de solo e foliares, o produtor precisa realizar o monitoramento do estado nutricional da soja por meio da diagnose ou análise foliar.

Basicamente, a diagnose foliar consiste na análise química de determinadas folhas da soja, amostradas em fases fenológicas pré-estabelecidas e interpretadas conforme parâmetros pré-determinados pela pesquisa agrícola.

Indicação Descrição

Época de amostragem Pleno florescimento da soja (R2) 1/

Tipo de folha3º trifólio totalmente formado com o pecíolo,a partir do ápice, retirada no terçomédio das plantas

Número de folhas 40 trifólios por talhão uniforme,um trifólio por planta

Cuidados na amostragem Coletar folhas sadias, sem manchas ouataque de pragas e doenças

Intervalo entre a adubação de solo e a foliar e a amostragem das folhas

Mínimo de 15 dias

Fonte: Adaptada de Kurihara et al. (2008).

1/ Nas variedades de soja com ciclo precose, realizar a amostragem das folhas entre o R3 e R4.

Tipo de folha amostrada

NutrientesNíveis dos nutrientes nas folhas da soja

Baixo Adequado Excessivo

Macronutrientes --------------------------- g kg-1 -------------------------

Nitrogênio (N) < 36,8 36,8 a 46,9 > 46,9

Fósforo (P) < 2,3 2,3 a 3,4 > 3,4

Potássio (K) < 17,3 17,3 a 25,7 > 25,7

Cálcio (Ca) < 6,8 6,8 a 11,8 > 11,8

Magnésio (Mg) < 2,9 2,9 a 4,7 > 4,7

Enxofre (S) < 2,0 2,0 a 3,0 > 3,0

Micronutrientes -------------------------- mg kg-1 ------------------------

Boro (B) < 33 33 a 50 > 50

Cobre (Cu) < 6 6 a 11 > 11

Ferro (Fe) < 59 59 a 120 > 120

Manganês (Mn) < 28 28 a 75 > 75

Zinco (Zn) < 31 31 a 58 > 58

Fonte: Kurihara et al. (2008).

5.3. INTERPRETAÇÃO DOS TEORES DOS NUTRIENTES NAS FOLHAS DA SOJA

35

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O volume da calda de pulverização varia de 100 a 200 L ha-1.O Fertilis® Nitroflex deve ser o último produto a ser adicionado na calda de pulverização.

Recomendação de uso

Época da aplicação Dose por aplicação

Dessecação das plantas daninhas 0,5 L 100 L-1 de água

6. PRODUTOS BIOSOJA PARA SOJA

6.1. DESSECAÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS

6.1.1. FERTILIS® NITROFLEX

Fertilizante foliar fluido, fornecedor de nitrogênio à cultura da soja. Cada litro do Fertilis® Nitroflex possui 241,5 g de N.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 21% (241,50 g L-1)• Densidade: 1,15 g mL-1

pH do produto: • 5,5 a 7,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Baldes de 20 L

Benefícios• O nitrogênio rompe algumas ligações éster, éter e diéter da cutina das plantas daninhas, contribuindo para a maior absorção dos nutrientes presentes na calda de pulverização.

ObjetivoVerificar a eficiência agronômica do Fertilis® Nitroflex na dessecação das plantas daninhas.

LocalUnaí, MG

Tratamento• Tratamento 1. Padrão da propriedade• Tratamento 2. Programa Biosoja (0,5 L ha-1 do Fertilis® Nitroflex ou 0,33% da calda de pulverização)

AvaliaçãoA avaliação do ensaio de campo foi realizada 16 dias após a dessecação das plantas daninhas (Figura 25).

ConclusãoO Fertilis® Nitroflex melhorou o controle das plantas daninhas.

Figura 25. Efeito do Fertilis® Nitroflex na dessecação das plantas daninhas. Crédito da foto: Ricardo Froes e Eder de Paula Guirau (2009).

36

Ensaio de campo com o Fertilis® Nitroflex

Padrão da propriedade

Programa Biosoja

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6.1.2. POLIFLEX®

Cátion Cátion

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e fósforo à cultura da soja. Cada litro do Poliflex® possui 35,1 g de N e 210,6 de P2O5.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 3% (35,1 g L-1)• Fósforo (P2O5): 18% (210,6 g L-1)• Densidade: 1,17 g mL-1

pH do produto:• 0,40 a 0,65

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• O fósforo promove o enraizamento das plantas e é responsável pelo metabolismo energético nas plantas (armazenamento e transferência de energia);

• Acidifica a calda de pulverização (Figuras 26A e 26B). O pH do Poliflex® situa-se na faixa muito ácida;

• Sequestrante de cátions (Figura 27). Reduz a atividade dos cátions nas caldas de pulverização, melhorando a eficiência dos glifosatos na dessecação das plantas daninhas (Figura 28) e em pós-emergência (soja transgênica RR).

Figura 26B. Efeito do Poliflex® na redução do pH da calda de pulverização. Crédito: Biosoja (2014).

pH 8,0

pH 4,6

Figura 26A. Efeito do Poliflex® na redução do pH da calda de pulverização. Crédito: Biosoja (2014).

Figura 27. Esquema da complexação dos cátions da água pelo Poliflex®.

Dose do Poliflex® (mL/100 L de água)

pH d

a ca

lda

de p

ulve

rizaç

ão

37

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6.1.2. POLIFLEX®

Testemunha Poliflex®

(50 mL 100 L-1 de água)

Recomendação de uso

Observação

Época da aplicação Dose por aplicação 1/ 2/

Dessecação das plantas daninhas e aplicações foliares 50 mL 100 L-1 de água

1/ O volume da calda de pulverização varia de 50 a 200 L ha-1.2/ Em volumes de caldas de pulverizações menores que 100 L ha-1, a dose mínima do Poliflex® é 50 mL ha-1.

38

Figura 28. Efeito do Poliflex® na calda de pulverização da dessecação das plantas daninhas.Crédito: Biosoja (2014).

• A avaliação foi realizada 15 dias após a aplicação dos produtos.

O Poliflex® também pode ser utilizado em águas com pH na faixa alcalina. Ajustar a dose do produto para reduzir o pH da calda de pulverização para a faixa mais adequada aos produtos da Biosoja.

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6.2.1. FERTIUM®

Condicionador de solos com altos teores de carbono orgânico total (COT) proveniente da humificação dos materiais orgânicos ao longo de milhares de anos.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N total): 1%• Carbono orgânico total (COT): 17%• Capacidade de troca catiônica (CTC): 900 mmolc kg-1

• Capacidade de retenção de água (CRA): 60%• Umidade máxima: 25%• Cor: escura 1/

• Odor: inodor 1/

1/ Informações adicionais que não constam no registro do produto no MAPA.

Natureza física• Sólido (farelado)

Embalagens• Sacaria lisa de 40 kg• Big bag (1t)

Benefícios

As substâncias húmicas do Fertium® proporcionam uma série de benefícios às plantas e aos solos. A princípio, os benefícios do Fertium® são mais evidentes nas plantas.

a. Benefícios nas plantas

• Aumenta a capacidade germinativa das sementes de soja;

• Estimula o desenvolvimento radicular da soja, pro- porcionando maior absorção de água e nutrientes;

• Aumenta o teor de clorofila na soja;

• Maior resistência da soja aos estresses ambientais, tais como estresse hídrico e variações bruscas na temperatura, e os causados pelos defensivos agrícolas;

• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;

• Maior produtividade da soja.

b. Benefícios nos solos

• Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) dos solos reduzindo as perdas dos nutrientes catiônicos por lixiviação, tais como potássio, cálcio e magnésio;

• Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA) dos solos, tornando as plantas mais tolerantes aos veranicos;

• Neutraliza as substâncias tóxicas nos solos, tais como alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo, cromo e selênio), pela formação de complexos or- gânicos com alta estabilidade química;

• Reduz a salinidade dos solos provocada pelo acú- mulo de sódio proveniente de determinados fertili- zantes minerais e/ou em solos naturalmente salinos (Semi-Árido Nordestino);

• Aumenta a disponibilidade do P às plantas com a redução da fixação deste nutriente por meio da complexação dos óxidos de ferro e alumínio dos solos e liberação de parte do fósforo anteriormente adsorvido pela fração mineral;

• Estimula a atividade dos microrganismos benéficos às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos orgânicos e outros compostos que servem de fonte de energia e de nutrientes.

Recomendação de uso

• Época de aplicação: Pré-plantio

• Modo de aplicação: A lanço, em área total

• Dose: 500 a 1.000 kg ha-1

Observações

O Fertium® é compatível com a grande maioria dos fertilizantes minerais.

Entretanto, deve-se evitar a mistura do Fertium® com fertilizantes que possuem grande capacidade de absorção de umidade do ar, tais como os fertilizantes minerais nitrogenados (nitrato de amônio, nitrato de cálcio e ureia) e os formulados nitrogenados contendo esses fertilizantes.

6.2. ADUBAÇÃO DE SOLO

39

Conversão do COT em matéria orgânica:COT x 1,724

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6.2.2. FERTIUM® PHÓS

Fertilizante organomineral com altos teores de carbono orgânico total (COT) e enriquecido com fósforo solúvel em citrato neutro de amônio mais água.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N total): 3%• Fósforo (P2O5 sol. CNA+água): 15%• Carbono orgânico total (COT): 11%• Capacidade de troca catiônica (CTC): 500 mmolc kg-1

• Umidade máxima: 20%• Cor: escura 1/

• Odor: inodor 1/

1/ Informações adicionais que não constam no registro do produto no MAPA.

Natureza física• Sólido (farelado)

Embalagens• Sacaria lisa de 40 kg• Big bag (1t)

BenefíciosAs substâncias húmicas do Fertium® Phós proporcionam uma série de benefícios às plantas e aos solos. Além dos benefícios proporcionados pelo Fertium®, o Fertium® Phós fornece também o nitrogênio e o fósforo necessários ao desenvolvimento da soja.

Recomendação de uso

• Época de aplicação: Pré-plantio

• Modo de aplicação: A lanço, em área total (Figura 29)

• Dose: 300 a 500 kg ha-1

Observações

Em solos com teor adequado a alto de fósforo, o Fertium® Phós pode ser aplicado a lanço, em pré-plantio (adubação de manutenção). Para cada tonelada de grãos de soja a ser produzida, aplicar 100 kg ha-1 do Fertium® Phós. Eventualmente, a dose do Fertium® Phós pode ser reduzida por uma safra em função das condições de preços desfavoráveis da soja.

Em solos com teor muito baixo e baixo de fósforo, realizar a fosfatagem corretiva com o Fertium® Phós na dose de 600 a 1.800 kg ha-1. Posteriormente, aplicar um fertilizante fosfatado solúvel em citrato neutro de amônio e água no sulco de plantio da soja (20 kg de P2O5 para uma expectativa de produção de 1 t de grãos de soja).

Figura 29. Aplicação do Fertium® Phós em área total, a lanço, com esparramadora de calcário. Crédito da foto: Biosoja.

40

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6.2.3. GRAN BORO 10

Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de boro à cultura da soja. A liberação do boro é gradativa, reduzindo as perdas do nutriente por lixiviação.

Garantias (p/p) - %• Boro (B): 10%• Cálcio (Ca): 10%• Enxofre (S): 3,26%

Natureza física• Sólido (farelado e granulado)

Embalagens• Sacaria lisa de 25 kg• Big bag (1t)

Benefícios• Fornecimento de B à cultura da soja. A maior parte dos solos cultivados com soja possui baixos teores de B, limitando a obtenção de altas produtividades;

• Possui uma fração do B solúvel em água e outra fração com baixa solubilidade em água;

• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do nutriente à cultura da soja. Atende às necessidades imediatas da soja;

• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação gradativa do B ao longo do ciclo da cultura da soja, reduzindo as perdas por lixiviação.

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 30).

Recomendação de uso

• Época de aplicação: Pré-plantio

• Modo de aplicação: A lanço, em área total

• Dose: 10 a 20 kg ha-1

ObservaçõesO Gran Boro 10 pode ser aplicado no sulco de plantio da soja. Em solos com baixos teores de B, a dose máxima de Gran Boro 10 em solos arenosos e argilosos é de 5 e 7 kg ha-1, respectivamente.

A aplicação de doses elevadas de B no sulco de plantio pode ocasionar fitotoxicidade à cultura da soja. Ocorre morte da raízes e amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguidos por necrose progressiva (Figura 31).

Figura 30 Efeito da aplicação de 10 kg ha-1 de Gran Boro 10 no sulco de plantio, em solos argilosos (média de 10 ensaios de campo). Crédito: Biosoja (2010).

Figura 31. Fitotoxicidade de boro em soja cultivada em solos de textura média a arenosa. Crédito da foto: Biosoja (2010).

41

GRAN

Boro 10

GRAN BORO 10Testemunha

56,3

62,2

64

60

56

52

sc h

a-1

+5,9 (10,5%)

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6.2.4. GRAN BORO MAG

Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de magnésio e boro à cultura da soja. A liberação do magnésio e boro é gradativa, reduzindo as perdas dos nutrientes por lixiviação.

Garantias (p/p) - %• Magnésio (Mg): 30%• Boro (B): 2%• Enxofre (S): 3,2%

Natureza física• Sólido (farelado e granulado)

Embalagens• Sacaria lisa de 25 kg• Big bag (1 t)

Benefícios• Fornecimento de B à cultura da soja. A maior parte dos solos cultivados com soja possui baixos teores de B, limitando a obtenção de altas produtividades;

• Possui uma fração do B solúvel em água e outra fração com baixa solubilidade em água;

• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do nutriente à cultura da soja. Atende às necessidades imediatas da soja;

• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação gradativa do B ao longo do ciclo da cultura da soja, reduzindo as perdas por lixiviação;

• Fornecimento de Mg à cultura da soja. Calagens sucessivas com calcário calcítico ou calcário dolomítico com baixo teor de Mg podem provocar desequilíbrios entre Mg e os demais cátions (Ca e K) no solo, predispondo a soja à deficiência de Mg;

• A fonte de Mg é o oxisulfato. Possui magnésio solúvel em água e uma fração com liberação gradativa do nutriente para a cultura da soja, reduzindo as perdas do nutriente por lixiviação.

Recomendação de uso

• Época de aplicação: Pré-plantio

• Modo de aplicação: A lanço, em área total

• Dose: 50 a 100 kg ha-1

ObservaçõesO Gran Boro Mag pode ser aplicado no sulco de plantio da soja. Em solos com baixos teores de B, a dose máxima de Gran Boro Mag em solos arenosos e argilosos é de 25 e 35 kg ha-1, respectivamente.

A deficiência de Mg em soja ocorre com mais frequência em solos com baixo teor de Mg (Mg < 8 mmolc dm-3) e/ou baixa saturação por magnésio (Mg/CTC < 13%) e relação Mg/K menor que 3,0.

42

GRAN

Boro Mag

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6.2.5. NHT® COBRE SUPER

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com alta concentração de cobre, para uso no solo. Cada litro do NHT® Cobre Super contém 400 g de Cu. O NHT® Cobre Super é produzido a partir de carbonato de cobre.

Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Cu na cultura da soja cultivada em solos com baixo teor do nutriente ou induzida em solos com alto pH e altos teores de matéria orgânica.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N total): 1% (16 g L-1) • Cobre (Cu total): 25% (400 g L-1)• Cobre (Cu solúvel em CNA+água): 15% (240 g L-1)• Densidade: 1,60 g mL-1

pH do produto• 8 a 11

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios• Produto ideal para o fornecimento de Cu à cultura da soja;

• Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano (corrosão) nos equipamentos de aplicação;

• Fonte de Cu com menor solubilidade em água. Menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;

• Liberação gradativa de Cu à cultura da soja. A acidez das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o carbonato de cobre, liberando o nutriente gradativamente à cultura da soja.

ObservaçõesEm lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixo teor de Cu, saturação por bases acima da faixa adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar pelos menos três aplicações de NHT® Cobre Super.

Dentre os micronutrientes catiônicos, o Cu é àquele tem a maior afinidade química com as substâncias húmicas provenientes da humificação da matéria orgânica.

A aplicação do NHT® Cobre Super entre o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4) não substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).

Evitar a aplicação do NHT® Cobre Super com fertilizantes de reação ácida.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

25 a 50 mL ha-1

Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento da

soja (V6 a V8) e a terceira entre o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4)

43

Cobre Super

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Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com alta concentração de manganês, para uso no solo. Cada litro do NHT® Manganês + contém 437,5 g de Mn. O NHT® Manganês + é produzido a partir de carbonato de manganês.

Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Mn na cultura da soja cultivada em solos com baixo teor do nutriente ou induzida em solos com alto pH e altos teores de matéria orgânica.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N total): 1% (17,5 g L-1)• Manganês (Mn total): 25% (437,5 g L-1)• Manganês (Mn solúvel em CNA+água): 15% (262,5 g L-1)• Densidade: 1,75 g mL-1

pH do produto• 8 a 11

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios• Produto ideal para o fornecimento de Mn à cultura da soja;

• Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano (corrosão) nos equipamentos de aplicação;

• Fonte de Mn com menor solubilidade em água. Menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;

• Liberação gradativa de Mn à cultura da soja. A acidez das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o carbonato de manganês, liberando o nutriente gradativamente à cultura da soja.

ObservaçõesEm lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixo teor de Mn, saturação por bases acima da faixa adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar pelos menos três aplicações de NHT® Manganês +.

A aplicação do NHT® Manganês + entre o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4) não substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).

Evitar a aplicação do NHT® Manganês + com fertili-zantes de reação ácida.

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Época de aplicação Dose por aplicação

0,20 a 0,35 L ha-1

Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento da soja

(V6 a V8) e a terceira entre o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4)

44

6.2.6. NHT® MANGANÊS +Manganês +

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Fertilizante fluido, em suspensão, com alta concentração de enxofre. Cada litro do NHT® Super S contém 800 g de S. O NHT® Super S é produzido com enxofre elementar microparticulado.

Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de S na cultura da soja.

Garantias (p/p) - %• Enxofre (S total): 55% (800,25 g L-1)• Densidade: 1,455 g mL-1

pH do produto• 7 a 11

Natureza física• Fluido

Embalagem• Caixa de papelão com 4 bags de 5 L

Benefícios• Fertilizante fluido. Permite distribuição uniforme do S nas pulverizações em área total, em pré-plantio, ou em jato dirigido no sulco de plantio da soja;

• Partículas extremamente pequenas. Permite a oxidação gradual do S elementar à sulfato (S-SO4

2-) por bactérias, garantindo um suprimento adequado do nutriente às plantas. As demais fontes de S possuem partículas grosseiras, com menor área de contato, o que torna a oxidação muito mais lenta;

• Apresenta sinergia com os fertilizantes que fornecem micronutrientes catiônicos (Cu2+, Mn2+ e Zn2+) da família NHT®. A oxidação do S à sulfato reduz o pH do solo, aumentando a disponibilidade e a absorção dos micronutrientes pela soja.

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 32).

Figura 32. Efeito do NHT® Super S aplicado via solo, em pré-plantio, na produtividade da cultura da soja. Crédito da foto: Biosoja (2016).

Recomendação de uso

Forma de aplicação Dose por aplicação

Aplicação a lanço,em pré-plantio ouna linha de semeadura

15 a 30 L ha-1

45

NHT® SUPER S(30 kg de S ha-1)

Testemunha

42,3

51,6

60

50

40

30

sc h

a-1

6.2.7. NHT® SUPER SSuper S

+9,3 (22%)

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6.2.8. NHT® ZINCO

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com alta concentração de zinco, para uso no solo. Cada litro do NHT® Zinco contém 1.015 g de Zn. O NHT® Zinco é produzido a partir de óxido de zinco.

Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Zn na cultura da soja cultivada em solos com baixo teor do nutriente ou induzida em solos com alto pH.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N total): 1% (20,30 g L-1)• Zinco (Zn total): 50% (1.015 g L-1)• Zinco (Zn solúvel em ácido cítrico a 2%): 30% (609 g L-1)• Densidade: 2,03 g mL-1

pH do produto• 8 a 11

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios• Produto ideal para o fornecimento de Zn à cultura da soja;

• Baixo índice salino (IS). Baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco dano (corrosão) nos equipamentos de aplicação;

• Fonte de Zn com menor solubilidade em água. Menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;

• Liberação gradativa de Zn à cultura da soja. A acidez das plantas ataca, de forma lenta e gradual, o óxido de zinco, liberando o nutriente gradativamente à cultura da soja.

Observações

A cultura da soja é responsiva a aplicação de Zn em solos argilosos com teores adequados do nutriente.

Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixo teor de Zn e com saturação por bases acima da faixa adequada, realizar pelos menos três aplicações de NHT® Zinco.

A aplicação do NHT® Zinco entre o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4) não substitui as aplicações da fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).

Evitar a aplicação do NHT® Zinco com fertilizantes de reação ácida.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

0,10 a 0,20 L ha-1Realizar três aplicações, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento da soja (V6 a V8) e a terceira entre

o final da florada (R3) e início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

46

Zinco

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Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Fertilização das sementes 2 mL kg-1 de semente

Figura 33. Efeito do Bioenergy® no enraizamento e desenvolvimento vegetativo da soja aos 14 e 21 dias após a emergência. Crédito da foto: Biosoja (2006).

Figura 34. Efeito do Bioenergy® na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2015).

6.3.1. BIOENERGY®

Fertilizante fluido organomineral Classe A, contendo extratos de algas marrons (Ascophillum nodosum) e aditivos.

Garantias (p/p) - %• Potássio (K2O): 5% (56,5 g L-1)• Carbono orgânico total (COT): 6% (67,8 g L-1)• Densidade: 1,13 g mL-1

pH do produto• 7,0 a 8,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Promove maior enraizamento da soja. Aumenta o volume de solo explorado pelas raízes da soja (Figura 33);

• Maior eficiência das plantas na absorção de água e nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos veranicos;

• Aumenta a produção de citocinina, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvimento vegetativo da soja;

• Estimula a fixação biológica do nitrogênio. Fornece carbono orgânico às bactérias fixadoras de nitrogênio, aumentando a sua população e a quantidade de N fixado biologicamente.

• Maior produtividade da cultura da soja (Figura 34).

6.3. INOCULAÇÃO E FERTILIZAÇÃO DAS SEMENTES

47

BIOENERGY®

(2 mL kg-1 de semente)Testemunha

65,29

69,86

70

65

60

55

sc h

a-1

+4,57 (7%)

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6.3.2. BIOMAX® 10 e MAX PROTECTION

BIOMAX® 10

É o mais novo inoculante da Biosoja. Possui em sua formulação, soluções estabilizantes que garantem uma altíssima concentração de bactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrhizobium spp) à cultura da soja.

Uma dose do Biomax® 10 fornece 2.000.000 unidades formadoras de colônias (UFC) por semente de soja (250.000 sementes de soja ha-1).

Garantias (p/p) - %• 1 x 1010 UFC mL-1

Estirpes• Semia 5079 e Semia 5080

Natureza física• Fluido

Embalagem• Caixa de papelão com 120 doses (4 bags de 1,5 L)

Benefícios• Possibilita um número elevado de células bacterianas nas sementes, garantindo nodulação completa e eficiente.

Recomendações de uso

• Inoculação das sementes: 1 dose (50 mL) para 50 kg de semente de soja

• Sulco de plantio: 6 a 10 doses ha-1 (0,30 a 0,50 L ha-1)

MAX PROTECTION

É um aditivo utilizado na inoculação das sementes de soja.

Garante maior proteção e aderência das bactérias às sementes de soja, promovendo maior eficiência da fixação biológica do nitrogênio.

Possui compostos orgânicos que são fontes de energia às bactérias, garantindo altas concentrações de bactérias fixadoras de nitrogênio e potencializando a fixação biológica do nitrogênio.

EmbalagemCaixa de papelão com 120 doses (4 bags de 1,8 L)

Recomendação de uso• Inoculação das sementes: 1 dose (60 mL) para 50 kg de semente de soja. Utilizar com o Biomax® 10 ou Biomax® Premium Líquido Soja.

48

PROTECTIONBIOMAX

MAX10

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6.3.3. BIOMAX® PREMIUM SOJA

BIOMAX® PREMIUM LÍQUIDO SOJA

Inoculante líquido com alta concentração de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias fixadoras de nitrogênio à cultura da soja.

Garantias • 6 x 109 UFC mL-1

Estirpes• Semia 5079 e Semia 5080

Natureza física• FIuido

Embalagem• Caixa de papelão com 120 doses (5 bags de 1,8 L)

Benefícios• Formulado com soluções estabilizantes, eficiente em manter viáveis e efetivas as estirpes das bactérias fixadoras de nitrogênio, proporcionando alta aderência do produto nas sementes da soja.

Recomendações de uso

Inoculação das sementes: 1 dose (60 mL) para 50 kg de semente de soja

Sulco de plantio: 6 a 10 doses ha-1 (0,36 a 0,72 L ha-1)

BIOMAX® PREMIUM TURFA SOJA

Inoculante turfoso com alta concentração de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias fixadoras de nitrogênio à cultura da soja.

Garantias• 7,2 x 109 UFC g-1

Estirpes• Semia 5079 e Semia 5080

Natureza física• Pó

Embalagem• Caixa de papelão com 120 doses (24 pacotes de 300 g)

Benefícios• Produzido com turfa importada do Canadá, isenta de materiais abrasivos.

• Permite utilização segura sem causar desgastes e incrustações nos discos das plantadeiras ou outros equipamentos destinados à aplicação de inoculantes.

Recomendações de uso

Inoculação das sementes: 1 dose (60 g) para 50 kg de semente de soja

Inoculantes com alta concentração de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias fixadoras de nitrogênio destinados à cultura da soja. São produzidos nas formulações líquida e turfosa.

ObservaçõesEvitar o uso exclusivo do Biomax® Premium Soja Líquido em solos recém-cultivados com soja. Nesta condição de cultivo, utilizar na inoculação das semestes de soja, pelo menos 2 doses do Biomax® Premium Turfa Soja (0,12 kg) e 1 dose do Biomax® 10 (50 mL).

49

BIOMAX

PremiumSoja

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6.3.4. NHT® BioCoMo

Fertilizante fluido, suspensão concentrada, fonte de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Cada litro do NHT® BioCoMo possui 210 g de Mo e 21 g de Co.

Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo na fertilização das sementes de soja. Menor mortandade das bactérias fixadoras de nitrogênio.

Garantias• Cobalto (Co teor total): 1,5% (21,00 g L-1)• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 0,9% (12,60 g L-1)• Molibdênio (Mo teor total): 15% (210,00 g L-1)• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 9,0% (126,00 g L-1)• Índice salino (IS): 28,55%• Condutividade elétrica: 60,59 mS cm-1

Densidade: 1,40 g mL-1

pH do produto• 1,0 a 2,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo à cultura da soja;

• Pequeno volume de produto na fertilização das sementes de soja;

• Menor mortandade de bactérias fixadoras de nitrogênio;

• Maior produtividade da cultura da soja (Figura 35).

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Fertilização das sementes 60 a 120 mL para a quantidade de sementesde soja recomendada para o plantio de 1 ha

Época de aplicação Dose por aplicação

Adubação foliar entre o 25º e 30º dia apósa emergência da soja (V3 a V5)

0,12 a 0,24 L ha-1

Figura 35. Efeito do NHT® CoMo + Bioenergy® na produtividade de grãos de soja, em três locais do Rio Grande do Sul, na safra 2015/2016. Crédito: Biosoja (2016).

50

BioCoMo

NHT® CoMo+ BIOENERGY®

Testemunha

66,5

72,1

76

72

68

64

sc h

a-1

+5,6 (8,4%)

ObservaçãoO NHT® BioCoMo pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

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6.3.5. NHT® CoMo

Fertilizante fluido, suspensão concentrada, fonte de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Cada litro do NHT® CoMo possui 501 g de Mo e 50,1 g de Co.

Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo na fertilização das sementes de soja. Menor mortandade das bactérias fixadoras de nitrogênio.

Garantias• Cobalto (Co teor total): 3,0% (50,10 g L-1)• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 1,8% (30,06 g L-1)• Molibdênio (Mo teor total): 30% (501 g L-1)• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 18% (300,60 g L-1)• Índice salino (IS): 3,31%• Condutividade elétrica: 2,54 mS cm-1

• Densidade: 1,67 g mL-1

pH do produto• 1,5 a 3,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Produto ideal para o fornecimento de Co e Mo à cultura da soja;

• Menor volume de produto na fertilização das sementes de soja;

• Menor mortandade de bactérias fixadoras de nitrogê-nio (Figuras 36 e 37). Possui baixo índice salino e baixa condutividade elétrica;

• Maior produtividade da cultura da soja.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Fertilização das sementes 25 a 50 mL para a quantidade de sementesde soja recomendada para o plantio de 1 ha

Figura 36. Efeito do NHT® CoMo e um fertilizante convencional a base de CoMo na sobrevivência das bactérias Bradyrhizobium japonicum (UFC). Crédito: Biosoja (2016).

Figura 37. Efeito do NHT® CoMo e um fertilizante convencional a base de CoMo no número de nódulos do Bradyrhizobium japonicum nas raízes da soja. Crédito: Biosoja (2016).

51

CoMo

10,9

5,4

8,8

12

9

6

3Inoculante

Inoculante + CoMo convencional

Inoculante + NHT® CoMo

966.667

8.667

513.333

1.200.000

800.000

400.000

0Inoculante

Inoculante + CoMo convencional

Inoculante + NHT® CoMo

UFC

sem

ente

s de

soj

a-1

nº n

ódul

os s

oja-1

Época de aplicação Dose por aplicação

Adubação foliar entre o 25º e 30º dia apósa emergência da soja (V3 a V5)

50 a 100 mL ha-1

ObservaçãoO NHT® CoMo pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

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6.3.6. NODULUS® GOLD

Fertilizante fluido, fonte de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Cada litro do Nodulus® Gold possui 142 g de Mo e 14,2 g de Co.

Garantias (p/p) - %• Cobalto (Co teor total): 1% (14,20 g L-1)• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%): 1% (14,20 g L-1)• Molibdênio (Mo teor total): 10% (142,00 g L-1)• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%): 10% (142,00 g L-1)• Índice salino (IS): 27,54%• Condutividade elétrica: 60,12 mS cm-1

• Densidade: 1,42 g mL-1

pH do produto• 5,5 a 7,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN). É constituinte da enzima nitrogenase, responsável pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em amônia (N-NH3), que posteriormente é incorporada em compostos orgânicos nitrogenados;

• Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é consti-tuinte da enzima redutase do nitrato, res ponsável pela conversão do nitrato (N-NO3

-) à nitrito (N-NO2-), que

posteriormente é incorporado em compostos orgânic-os nitrogenados, dentre os quais os aminoácidos;

• Maior enraizamento e desenvolvimento vegetativo da soja (Figura 38);

• Menor mortalidade das bactérias fixadoras de nitrogênio;

• Maior produtividade da cultura da soja (Figura 39).

Figura 38. Efeito do Nodulus® Gold no enraizamento da soja (safra 2011/2012). Crédito da foto: Waldech CaetanoTelles Júnior (2012).

Figura 39. Efeito do Nodulus® Gold aplicado via sementes e foliar no estádio V3 na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

52

NODULUS

Gold

67,4

72,969,5 70,8

74

70

66

62

Testemunha

Nodulus® Gold (via sementes) - 1 mL kg de semente-1

Nodulus® Gold (via foliar) - 0,20 L ha-1

Nodulus® Gold (via foliar) - 0,30 L ha-1

sc h

a-1

Recomendação de usoÉpoca de aplicação Dose por aplicação

Fertilização das sementes 0,10 a 0,20 L para a quantidade de sementesde soja recomendada para o plantio de 1 ha

Época de aplicação Dose por aplicaçãoAdubação foliar entre o 25º e 30º dia após

a emergência da soja (V3 a V5) 0,17 a 0,35 L ha-1

ObservaçãoO Nodulus Gold® pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1

Nodulus® Gold Nodulus® Premium 125

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6.3.7. NODULUS® PREMIUM

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN). É constituinte da enzima nitrogenase, responsável pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em

amônia (N-NH3), que poste- riormente é incorporada em compostos orgânicos nitrogenados;

• Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é constituinte da enzima redutase do nitrato, responsável pela conversão do nitrato (N-NO3

-) à nitrito (N-NO2

-), que posteriormente é convertido em compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais os aminoácidos;

• Aumenta a produtividade da soja (Tabela 5)

Produtos e garantias

Produto

Garantias

pHEC IS

Co Mo Co Mo d

- - - - - % (p/p) - - - - - - - - - - - g L -1 - - - - - - g mL-1 %mS cm-1

Nodulus® Premium 135 1 / 1 10 / 10 13,5 / 13,5 135 / 135 1,35 22,7645,555,5 a 7,0

Nodulus® Premium 210 1,5 / 1,5 15 / 15 21 / 21 210 / 210 1,40 26,2960,345,5 a 7,0

Recomendação de uso

Fertilizantes fluidos, fonte de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Podem ser aplicados na fertilização das sementes e/ou em pulverizações foliares na fase vegetativa da soja.

Produto Época de aplicação 1/ Dose por aplicação

Nodulus® Premium 135

Nodulus® Premium 210

Adubação foliar entre o 25º e o 30º dia após a emergência da soja (V3 a V5)

0,20 a 0,40 L ha-1

0,12 a 0,24 L ha-1Adubação foliar entre o 25º e o 30º dia após a emergência da soja (V3 a V5)

Produto Época de aplicação 1/ Dose por aplicação

Nodulus® Premium 135

Nodulus® Premium 210

Fertilização das sementes 0,10 a 0,20 L ha-1

0,06 a 0,12 L ha-1Fertilização das sementes

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

ObservaçãoO Nodulus® Premium pode ser também aplicado em pulverizações foliares na cultura da soja.

1/ Misturar o Nodulus® Premium na quantidade de sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha.

Tratamento nº de nódulos planta-1 Produtividade (sc ha-1)

Testemunha

Inoculante no plantio (IP)

IP + Mo via sementes

IP + CoMo via sementes

18 45,37 (100)

41,50 (91)

62,12 (137)

66,00 (145)

19

20

17

1/ O número entre parênteses representa o aumento percentual do tratamento em relação à testemunha. Crédito: Adaptada de Hungria et al. (2001).

53

NODULUS

Premium

Primeira garantia é o teor total do nutriente e a segunda garantia é o teor mínimo em solução de ácido cítrico a 2%.

Tabela 5. Efeito do Co e Mo no número de nódulos e a produtividade da soja.

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6.4.1. FERTIUM® LÍQUIDO PREMIUM

6.4. ADUBAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO

Fertilizante organomineral fluido, Classe A, com altos teores de carbono orgânico total. Cada litro de Fertium® Líquido Premium contém 18,60 g de nitrogê-nio, 55,80 g de potássio e 210,80 g de carbono orgâni-co total.

O Fertium® Líquido Premium é produzido com leonar-dita de origem norte-americana.

Produto ideal para o fornecimento de substâncias húmicas no sulco de plantio da soja.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 1,5% (18,60 g L-1)• Potássio (K2O): 4,5% (55,80 g L-1)• Carbono orgânico total (COT): 17% (210,80 g L-1)• Densidade: 1,24 g mL-1

• Índice salino (IS): 22,2%• Condutividade elétrica (CE): 37 mS cm-1

pH do produto• 6,0 a 8,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

As substâncias húmicas do Fertium® Líquido Premi-um proporcionam uma série de benefícios às plantas e aos solos. A princípio, os benefícios do Fertium® Líquido Premium são mais evidentes nas plantas.

a. Benefícios nas plantas

• Aumenta a capacidade germinativa das sementes da soja;

• Estimula o desenvolvimento radicular da soja, proporcionando maior absorção de água e nu- trientes;

• Aumenta o teor de clorofila na soja;

• Maior resistência da soja aos estresses ambientais, tais como estresse hídrico e variações bruscas na

temperatura, e os causados pelos defensivos agríco-las;

• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;

• Maior produtividade da soja.

b. Benefícios nos solos

• Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) dos solos, reduzindo as perdas dos nutrientes catiônicos por lixiviação, tais como potássio, cálcio e magnésio;

• Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA) dos solos, tornando as plantas mais tolerantes aos veranicos;

• Neutraliza as substâncias tóxicas nos solos, tais como alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo, cromo e selênio) pela formação de complexos orgâni-cos, com alta estabilidade química;

• Reduz a salinidade dos solos provocada pelo acúmu-lo de sódio proveniente de determinados fertilizantes minerais e/ou em solos naturalmente salinos (Semi-Árido Nordestino);

• Aumenta a disponibilidade do P às plantas com a redução da fixação deste nutriente por meio da complexação dos óxidos de ferro e alumínio dos solos e liberação de parte do fósforo anteriormente adsorvi-do pela fração mineral;

• Estimula a atividade dos microrganismos benéficos às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos orgânicos e outros compostos que servem de fonte de energia e de nutrientes.

Recomendação de uso

Época de aplicação Dose por aplicação

Pré-plantio 1/ 10 a 20 L ha-1

Sulco de plantio 2/ 1 a 2 L ha-1

1/ O volume da calda de pulverização varia de 100 a 200 L ha-1.2/ O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.

Fertilizante Organomineral

54

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6.4.2. NHT® CÁLCIO MAX

Época de aplicação

Sulco de plantio 1/

Dose por aplicação

1 a 2 L ha-1

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com alta concentração de cálcio, para uso no solo. Cada litro do NHT® Cálcio Max contém 417,5 g de Ca. O NHT® Cálcio Max é produzido a partir de carbonato de cálcio.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 1% (16,70 g L-1)• Cálcio (Ca total): 25% (417,50 g L-1)• Densidade: 1,67 g mL-1

pH do produto• 8 a 11

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Promove maior enraizamento da soja;

• Maior eficiência das plantas na absorção de água e nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos veranicos;

• Aumenta a produção de citocinina no sistema radicu-lar, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvi-mento vegetativo da soja;

• Aumenta a produtividade da soja (Figuras 40 e 41).

Ensaio de campo I

Objetivo: Determinar o efeito do NHT® Cálcio Max na produti- vidade da soja, quando aplicado no sulco de plantio.

Tratamentos• Tratamento 1. Testemunha• Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (1 L ha-1)

Local: São João da Aliança/GO(solo com saturação por bases corrigida)

Ensaio de campo II

Objetivo: Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade da soja, quando aplicado no sulco de plantio.

Tratamentos• Tratamento 1. Testemunha• Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (2 L ha-1)

Local: Bela Vista de Goiás/GO(área recém-aberta para o cultivo de soja)

Ensaios de campo com o NHT® Cálcio Max

Figura 40. Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade da soja.Fertilizante aplicado no sulco de plantio, em área corrigida.Crédito: Biosoja (2013).

Figura 41. Efeito do NHT® Cálcio Max na produtividade da soja.Fertilizante aplicado no sulco de plantio, em área de abertura.Crédito: Biosoja (2013).

1/ O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.

Utilizar a maior dose do NHT® Cálcio Max em solos com baixa saturação por bases (V < 50%) e a menor dose em solos com saturação por bases na faixa adequada à cultura da soja.

NHT® CÁLCIO MAX (1 L ha-1)Testemunha

49,0 62,1

75

50

25

sc h

a-1

+13,1 (26,7%)

NHT® CÁLCIO MAX (2 L ha-1)Testemunha

46,8 55,3

60

45

30

sc h

a-1

+8,5 (18,2%)

Cálcio Max

55

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56

6.4.3. NHT® MAGNÉSIO

Fertilizante mineral misto, fluido, em suspensão, com alta concentração de magnésio, para uso no solo. Cada litro do NHT® Magnésio contém 304,5 g de Mg. O NHT® Magnésio é produzido a partir de hidróxido de magnésio.

Garantias (p/p) - %• Magnésio (Mg total): 21% (304,5 g L-1)• Densidade: 1,45 g mL-1

pH do produto• 8 a 12

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Promove maior enraizamento da soja;

• Maior eficiência das plantas na absorção de água e nutrientes. As plantas tornam-se mais tolerantes aos veranicos;

• Aumenta a produção de citocinina no sistema radicu-lar, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvi-mento vegetativo da soja;

• Aumenta a produtividade da soja.

Recomendação de uso

Época de aplicação

Sulco de plantio 1/

Dose por aplicação

0,35 a 0,70 L ha-1

1/ O volume da calda de pulverização varia de 40 a 80 L ha-1.

A deficiência de Mg em soja ocorre com mais frequência em solos com baixo teor de Mg (Mg < 8 mmolc dm-3) e/ou baixa saturação por magnésio (Mg/CTC < 13%) e relação Mg/K menor que 3,0.

Magnésio

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6.5.1. BIOAMINO® EXTRA

6.5. ADUBAÇÃO FOLIAR

Fertilizante foliar fluido orgânico composto, Classe A, com alta concentração de materiais orgânicos, obtidos por meio de processos controlados de biofer-mentação.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 4% (50,00 g L-1)• Carbono orgânico total (COT): 23% (287,50 g L-1)• Densidade: 1,25 g mL-1

pH do produto• 5,5 a 7,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Melhora o metabolismo da soja, maximizando o seu potencial produtivo;

• Maior desenvolvimento radicular por meio da emissão de nova raízes;

• Melhora a absorção dos nutrientes aplicados nas folhas da soja;

• Melhora a brotação e o desenvolvimento vegetativo da soja;

• Retarda a senescência das folhas, prolongando o seu ciclo produtivo;

• Maior resistência da soja às condições climáticas adversas, tais como veranicos e variações bruscas de temperatura;

• Recuperação mais rápida da soja após estresse climáticos e fitotoxicidade causada por defensivos agrícolas;

• Maior produtividade da soja (Figuras 42 e 43).

Figura 42. Efeito do Bioamino Extra e associado com o Mega® K Full aplicado via foliar no estádio R5.1 na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2013).

Figura 43. Efeito do Bioamino® Extra na produtividade da cultura do feijoeiro. Fertilizante foliar aplicado na fase reprodutiva (R7 - início da formação das vagens) em Paracatu/MG. Crédito: Biosoja (2013).

Época de aplicação Dose por aplicação

0,50 a 0,75 L ha-1Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações• Não aplicar o Bioamino® Extra com os produtos que causam fitotoxicidade na cultura da soja.• Evitar a aplicação do Bioamino® Extra no final da fase vegetativa e início do florescimento da soja. Aplicar nesta fase da soja somente em lavouras com pequeno desenvolvimento vegetativo.

Extra

57

Mega K Full BIOAMINO® EXTRA+ Mega K Full

Testemunha

63,569,4 72,0

70

76

64

58

sc h

a-1

+8,5 (13,4%)

BIOAMINO® EXTRA(0,5 L ha-1)

Testemunha

47,955,3

60

50

40

sc h

a-1

+7,4 (15,4%)

Ensaios de campo com o Bioamino® Extra

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Premium

6.5.2. BIOAMINO® PREMIUM

Fertilizante foliar fluido, organomineral, Classe A, com alta concentração de materiais orgânicos, obtidos por meio de processos controlados de biofermentação.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 5% (67,50 g L-1)• Fósforo (P2O5): 8% (108 g L-1)• Potássio (K2O): 5% (67,50 g L-1)• Magnésio (Mg): 0,60% (8,10 g L-1)• Boro (B): 0,40% (5,40 g L-1)• Cobre (Cu): 0,20% (2,70 g L-1)• Manganês (Mn): 0,50% (6,75 g L-1)• Zinco (Zn): 1% (13,50 g L-1)• Carbono orgânico total (COT): 6% (81 g L-1)• Densidade: 1,35 g mL-1

pH do produto• 0,3 a 2,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Os benefícios proporcionados pelo Bioamino® Premium são semelhantes aos oferecidos pelo Bioamino® Extra (item 6.5.1.). Além disso, fornece nutrientes à cultura da soja.

Figura 44. Efeito de fertilizantes fornecedores de carbono orgânico total (COT) na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Observações• Não aplicar o Bioamino® Premium com os produtos que causam fitotoxicidade na cultura da soja.• Evitar a aplicação do Bioamino® Premium no final da fase vegetativa e início do florescimento da soja. Aplicar nesta fase da soja somente em lavouras com pequeno desenvolvimento vegetativo.• Não aplicar o Bioamino® Premium com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

Época de aplicação Dose por aplicação

1,0 a 1,5 L ha-1Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

58

61,8

64,8 64,8

66,567,4

65,7

63,5

61,2

66,1

68

66

64

62

60

58

sc h

a-1

Testemunha absoluta

Concorrente 3

Concorrente 5

Concorrente 1

Bioamino® Premium

MAP Purificado

Concorrente 2

Concorrente 4

Concorrente 6

Ensaio de campo com o Bioamino® Premium

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6.5.3. BIOENERGY®

Fertilizante fluido organomineral, Classe A, contendo extratos de algas marrons (Ascophillum nodosum) e aditivos.

Garantias (p/p) - %• Potássio (K2O): 5% (56,5 g L-1)• Carbono orgânico total (COT): 6% (67,8 g L-1)• Densidade: 1,13 g mL-1

pH do produto• 7,0 a 8,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Tem ação sistêmica nas plantas. Aplicações nas folhas em baixas concentrações, proporcionam resultados em toda a planta, inclusive no sistema radicular;

• Maior vigor das plantas;

• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;

• Maior retenção de flores e por consequência, maior número de vagens;

• Menores perdas de produtividade em condições de estresses bióticos e abióticos, com destaque aos veranicos;

• Otimiza aporte de nutrientes em soja;

• Maior produtividade da cultura da soja.

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação• Os melhores resultados com o Bioenergy® são obtidos com a aplicação do produto em mais de um estádio fenológico da soja. Portanto, o uso do Bioenergy® deve ser feito em pelo menos duas fases fenológicas da soja conforme descrito acima.

59

Época de aplicação Dose por aplicação Benefícios

2ª ao 3ª terceiro trifólio(V2 a V3) 0,25 a 0,50 L ha-1

Inicio do florescimento (R1) 0,40 a 0,50 L ha-1

Enchimento dos grãos(R4 a R5) 0,40 a 0,5 L ha-1

Redução do abortamento de flores e vagens. Tolerância aos estresses abióticos e bióticos

Maior peso dos grãos. Tolerância aos estresses abióticos e bióticos.

Desenvolvimento vegetativo. Vigor do sistema radicular. Tolerância aos estresses abióticos e bióticos.

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6.5.4. COMPLET EXPRESS

Fertilizante foliar fluido, fonte de micronutrientes solúveis em água (boro, cobre, manganês e zinco) à cultura da soja. Possui alto teor de manganês, nutriente mais frequentemente limitante ao desenvolvimento da soja nos solos sob cerrado.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 1% (13,40 g L-1)• Enxofre (S): 4% (53,60 g L-1)• Sulfato (SO4): 11,98% (160,53 g L-1)• Boro (B): 0,30% (4,02 g L-1)• Cobre (Cu): 0,30% (4,02 g L-1)• Manganês (Mn): 5% (67 g L-1)• Zinco (Zn): 3% (40,20 g L-1)• Densidade: 1,34 g mL-1

pH do produto• 1,0 a 1,5

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

Formulação líquida• Facilita o manuseio e a aplicação do produto, otimizando a mão-de-obra;

Micronutrientes ligados ao íon sulfato• Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade dos micronutrientes na soja;

Acidifica a calda de pulverização• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes foliares solúveis em água;

Matérias-primas de alta qualidade, isentas de impurezas e solúveis em água• Não entopem os filtros e os bicos dos pulverizadores, facilitando as pulverizações.

Época de aplicação Dose por aplicação

1 a 2 L ha-1

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira entre o final da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mn, saturação por bases acima da faixa adequada e altos teores de matéria orgânica, realizar pelo menos três aplicações foliares do Complet Express.• A aplicação de Complet Express entre o final da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4), não substitui as aplicações nas fases vegetativas da soja (V3 a V5 e V6 a V8).• Em volumes de caldas menores que 100 L ha-1, a dose máxima do Complet Express por aplicação é 1,5 L ha-1.• Não aplicar o Complet Express com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

Express

60

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61

6.5.5. EXPRESS

Fertilizante foliar fluido, fonte de manganês solúvel em água à cultura da soja. Possui alto teor de manganês, nutriente mais frequentemente limitante ao desenvolvimento da soja nos solos sob cerrado.

Garantias (p/p) - %• Enxofre (S): 4% (52,40 g L-1)• Sulfato (SO4): 11,98% (156,94 g L-1)• Manganês (Mn): 7% (91,70 g L-1)• Densidade: 1,31 g mL-1

pH do produto• 0,1 a 1,5

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

Formulação líquida• Facilita o manuseio e a aplicação do produto, otimizando a mão-de-obra;

Manganês ligados ao íon sulfato• Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade dos micronutrientes na soja;

Acidifica a calda de pulverização• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes foliares solúveis em água;

Matérias-primas de alta qualidade, isentas de impurezas e solúveis em água• Não entopem os filtros e os bicos dos pulverizadores, facilitando as pulverizações

Época de aplicação Dose por aplicação

1 a 2 L ha-1

Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira entre o final

da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observações• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mn, saturação por bases acima da faixa adequada e altos teores de matéria orgânica, realizar pelo menos três aplicações foliares do Express.• A aplicação do Express entre o final da florada (R3) e o início da formação das vagens da soja (R4), não substitui as aplicações nas fases vegetativas da soja (V3 a V5 e V6 a V8).• Em volumes de caldas menores que 100 L ha-1, a dose máxima do Express por aplicação é 1,5 L ha-1.• Não aplicar o Express com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

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6.5.6. FERTILIS® MOL

Fertilizante foliar fluido, fonte de molibdênio à cultura da soja. Cada litro do Fertilis® Mol possui 210 g de Mo.

Garantias (p/p) - %• Molibdênio (Mo): 15% (210 g L-1)• Densidade: 1,40 g mL-1

pH do produto• 6,0 a 7,5

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio (FBN). É constituinte da enzima nitrogenase, responsável pela conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em amônia (N-NH3), que posteriormente é incorporado em compostos orgânicos nitrogenados;

• Melhora o metabolismo do nitrogênio. O Mo é constituinte da enzima redutase do nitrato, responsável pela conversão do nitrato (N-NO3

-) em nitrito (N-NO2

-), que posteriormente é convertido em compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais os aminoácidos e proteínas;

• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;

• Maior produtividade da cultura da soja.

Época de aplicação Dose por aplicação

0,12 a 0,24 L ha-1Realizar uma aplicação foliar na fase vegetativa da soja (V3 a V5)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação• O Fertilis® Mol pode ser utilizado na fertilização das sementes na dose de 60 a 120 mL para a quantidade de sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha.

MOL

62

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6.5.7. FERTILIS® NITRO MAGNÉSIO

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e magnésio à cultura da soja. O Fertilis® Nitro Magnésio é produzido com nitrato de magnésio, destacando-se pela sua eficiência agronômica no fornecimento desses nutrientes à cultura da soja.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 7% (94,50 g L-1)• Magnésio (Mg): 6% (81,00 g L-1)• Densidade: 1,35 g mL-1

pH do produto• 0,8 a 2,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

Formulação líquida• Facilita o manuseio e a aplicação do produto, otimizando a mão-de-obra;

Magnésio ligado ao íon nitrato• Maior velocidade na absorção do magnésio pelas folhas da soja; • Aumenta o teor de clorofila, incrementando a fotossíntese das plantas;• Melhora a qualidade dos grãos. Maior translocação dos fotoassimilados das folhas para os grãos;

Acidifica a calda de pulverização• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes foliares solúveis em água;

Matérias-primas de alta qualidade, isentas de impurezas e solúveis em água• Não entopem os filtros e os bicos dos pulverizadores, facilitando as pulverizações;

Aumenta a produtividade da soja (Figura 45).

Figura 45. Efeito do Fertilis® Nitro Magnésio aplicado via foliar na dose de 6 L ha-1 parcelado em duas aplicações, nos estádios R1 e R4 na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2015).

Observação: A baixa produtividade da soja nesse experimento se deve ao forte veranico ocorrido durante o ciclo da cultura.

Observações• Em lavouras de soja cultivadas em solos contendo baixos teores de Mg, saturação por magnésio e relação Mg/K no solo abaixo da faixa adequada, realizar as duas pulverizações foliares com a maior dose do Fertilis® Nitro Magné-sio.• A aplicação do Fertilis® Nitro Magnésio não substitui o fornecimento de Mg no solo (calcário dolomítico e/ou Gran Magnésio 30).• Não aplicar o Fertilis® Nitro Magnésio com o Mega K, Fertilis® Boro e demais fertilizantes com reação alcalina.

Época de aplicação Dose por aplicação

4 a 8 L ha-1Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira no início do florescimento (R1) e a segunda no início da formação das vagens da soja (R4)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Nitro Magnésio

63

Fertilis Nitro® Magnésio(6 L ha-1)

Testemunha

37,840,3

41

39

37

sc h

a-1

+2,5 (6,6%)

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6.5.8. FERTILIS® PHITOPRESS

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L (somente o Phitopress® Cobre)

• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios• Maior desempenho no fornecimento do P, K, Cu e Mn à soja;• Aumenta o florescimento e o pegamento da florada da soja; • Melhora a qualidade dos grãos da soja;• Aumenta a produtividade da soja.

Linha de fertilizantes foliares fornecedores de fósforo, potássio, cobre e manganês à cultura da soja. Contém ácido fosforoso que em meio aquoso, produz os íons fosfitos.

Produtos d (g mL-1)Garantias (p/p) - %

pH

Phitopress® Cobre 1/

Phitopress® K20 1/

Phitopress® K26 1/

Phitopress® Manganês 1/

2

-

-

2

-

20

26

-

3,5

-

-

-

-

-

-

9

1,30

1,40

1,50

1,40

6,0 a 7,0

3,0 a 5,0

6,0 a 7,5

0,5 a 2,0

P2O5 K2O Cu Mn

1/Contém ácido fosforoso

Produtos e garantias

Época de aplicação Dose por aplicação

Dose por aplicação

Dose por aplicação

0,5 a 1,0 L ha-1Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)

Recomendação de uso

a. Phitopress Cobre

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Época de aplicação

0,5 a 1,0 L ha-1Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)

b. Phitopress K20 e Phitopress K26

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Época de aplicação

0,5 a 1,0 L ha-1Realizar três aplicações foliares, sendo a primeira entre o V3 a V4, a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira no início da formação das vagens (R4)

c. Phitopress Manganês

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação: Em misturas com óleos ou produtos oleosos, utilizar a menor dose do Phitopress Cobre e Phitopress Manganês.

Phitopress

64

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65

6.5.9. L FORTE®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura da soja. Cada litro do L Forte® contém 105 g de N.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 10% (105 g L-1)• Densidade: 1,05 g mL-1

pH do produto• 11 a 13

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e aplicação do produto;

• Fornece nitrogênio prontamente disponível à cultura da soja;

• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes da calda de pulverização.

Época de aplicação Dose por aplicação

0,10 a 0,20 L ha-1

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação• Sempre utilize o L Forte® no término das pulverizações foliares.

Aplicações foliares

L Forte

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6.5.10. MEGA K

Fertilizante foliar fluido, fonte de potássio à cultura da soja, com uma formulação diferenciada. O Mega K é produzido com carbonato de potássio, destacando-se pela sua eficiência agronômica no fornecimento desse nutriente à cultura da soja.

Produto ideal para o fornecimento de potássio via foliar à cultura da soja. O potássio é rapidamente absorvido pelas folhas da soja mesmo sob condições adversas, como baixa umidade relativa do ar.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 1% (15 g L-1)• Potássio (K2O): 32% (480 g L-1)• Densidade: 1,50 g mL-1

pH do produto• 11 a 13

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Fornece potássio prontamente disponível às plantas, notadamente na fase de maior demanda desse nutriente (frutificação);

• Maior velocidade na absorção de K pelas folhas da soja. Possui o menor ponto de deliquescência (POD) entre os fertilizantes potássicos (Tabela 6);

• Possui baixo índice salino (44%). Menor fitotoxicidade nas folhas da soja;

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 46).

Época de aplicação Dose por aplicação

1,0 a 1,5 L ha-1

Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação no final da florada (R3) e a segunda entre o início da formação das vagens (R4) e início da

formação das sementes (R5)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Fertilizantes potássicos POD 1/ 2/

Carbonato de potássio (KCO3)

Cloreto de potássio (KCl)

Nitrato de potássio (KNO3)

Fosfito mono potássico (KH2PO4)

Sulfato de potássio (K2SO4)

44%

86%

95%

95%

98%

Tabela 6. Ponto de deliquescência (POD) dos fertilizantes potássi-cos (Schonherr, 2002).

1/ Temperatura de 20°C.2/ Ponto de deliquescência (POD): É o teor de umidade relativa do ar a partir do qual o sal se torna um soluto, originando uma solução na superfície das folhas das plantas.

Figura 46. Efeito de fertilizantes foliares potássicos aplicados via foliar na produtividade da soja.Crédito: Ricardo Froes e Denílson Lima (2013).

MACRO

Mega K

66

MEGA K (1 L ha-1)Testemunha

47,8

58,7

60

50

40

sc h

a-1

+10,9 (22,8%)

(3 kg ha-1 de nitrato de potássio)

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6.5.11. MEGA K FULL

Fertilizante foliar fluido, fonte de potássio à cultura da soja, com uma formulação diferenciada. O Mega K Full é produzido com carbonato de potássio, destacando-se pela sua eficiência agronômica no fornecimento desse nutriente à cultura da soja.

Produto ideal para o fornecimento de potássio via foliar à cultura da soja. O potássio é rapidamente absorvido pelas folhas da soja mesmo sob condições adversas, como baixa umidade relativa do ar.

O diferencial do Mega K Full em relação ao Mega K é a sua capacidade de tamponar o pH da calda de pulverização na faixa ligeiramente ácida.

Garantias (p/p) - %• Potássio (K2O): 35% (553 g L-1)• Densidade: 1,58 g mL-1

pH do produto• 6,0 a 8,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Fornece potássio prontamente disponível às plantas, notadamente na fase de maior demanda desse nutriente (frutificação);

• Maior velocidade na absorção de K pelas folhas da soja. Possui o menor ponto de deliquescência (POD) entre os fertilizantes potássicos (Tabela 5);

• Efeito tamponante, mantendo o pH das caldas de pulverização na faixa ligeiramente ácida (Figura 43);

• Possui baixo índice salino. Menor fitotoxicidade nas folhas da soja;

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 47).

Época de aplicação Dose por aplicação

1,0 a 1,5 L ha-1Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação no final da florada (R3) e a segunda entre o início da formação das vagens (R4) e início da formação das sementes (R5)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Figura 47. Efeito do Mega K Full no pH de duas águas.Crédito: Biosoja (2015).

MACRO

Mega KFull

pH d

a ca

lda

de p

ulve

rizaç

ão

Dose do Mega K Full (L 100 L-1 de água)

67

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6.5.12. NAFT®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura da soja. Cada litro do Naft® contém 105 g de N.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 10% (105 g L-1)• Densidade: 1,05 g mL-1

pH do produto• 5,0 a 7,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e aplicação do produto;

• Fornece nitrogênio prontamente disponível à cultura da soja;

• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes da calda de pulverização.

Época de aplicação Dose por aplicação

50 a 100 mL 100 L-1 de água Aplicações foliares

Tratamento Cobertura foliar (%) Densidade (gotas cm-2) PRD nº total de gotas

5.213

5.271

6.983

Água

Concorrente

Naft®

2,8

3,4

4,2

98,3

105,7

134,6

63,3

57,7

59,9

Recomendação de uso

PRD: Potencial relativo de deriva.Volume da calda de pulverização: 30 L ha-1.Os valores acima são referentes a média de três repetições.

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.Em volumes de caldas de pulverização menores que 100 L ha-1, principalmente em pulverizações aéreas, a dose mínima do Naft® é de 0,1 L ha-1.

Naft

Água Concorrente - 50 mL ha-1 Naft® - 50 mL ha-1

68

Ensaio de campo com o Naft®

Avaliação do Naft® na deposição das gotas nas folhas da soja

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6.5.13. NHT® P-BORO-P

Fertilizante foliar fluido, fonte de boro à cultura da soja, com uma formulação diferenciada.

O boro é complexado com polióis, garantindo maior translocação do nutriente no floema da soja e proporcionando um melhor aproveitamento desse micronutriente. Cada litro do NHT® P-Boro-P possui 105,4 g de B.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 1% (12,40 g L-1)• Boro (B): 8,5% (105,40 g L-1)• Densidade: 1,24 g mL-1

• pH do produto: 5,5 a 7,5

pH do produto• 5,5 a 7,5

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Os polióis proporcionam maior translocação do B no floema da soja. Maior eficiência da nutrição foliar com B;

• Maior resistência da soja às pragas e doenças. Maior síntese de celulose e lignina;

• Maior pegamento da florada. Maior vigor do grão de pólen;

• Melhora a granação da soja (grãos mais pesados). Maior translocação dos fotoassimilados das folhas para os grãos em desenvolvimento;

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 48).

Figura 48. Efeito do NHT® P-Boro-P, aplicado via foliar, na produtividade da soja. Crédito da foto: Biosoja (2015).

Época de aplicação Dose por aplicação

0,5 a 1,0 L ha-1

Realizar duas a três aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa (V3 a V5), a segunda antes do florescimento (V6 a V8) e a terceira no

início da formação das vagens (R4)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação• Em solos com baixo teor de B e em lavouras que não receberam B nas adubações de solo, aplicar a maior dose do NHT® P-Boro-P. Se for possível, nestas condições, realizar três adubações foliares com o NHT® P-Boro-P. A concen-tração máxima de NHT® P-Boro-P em pulverizações terrestres é de 1% (1 L 100 L-1 de água).

P-Boro-P

69

NHT® P-BORO-P(0,6 L ha-1)

Testemunha

78,1

84,7

85

80

75

sc h

a-1

+6,6 (8,4%)

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6.5.14. PETRUM®

Fertilizante foliar fluido, fonte de fósforo à cultura da soja, com uma formulação diferenciada. Cada litro do Petrum® contém 620 g de P2O5.

Garantias (p/p) - %• Fósforo (P2O5): 40% (620 g L-1)• Densidade: 1,55 g mL-1

pH do produto• 0,1 a 1,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Fornece fósforo prontamente disponível nas fases de maior exigência da cultura da soja (fase vegetativa);

• Atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da soja;

• Participa do metabolismo energético das plantas (armazenamento e transferência de energia)

• Aumenta a produtividade da soja.

Época de aplicação Dose por aplicação

1 L ha-1Realizar uma ou duas aplicações na fase vegetativa, sendo a primeira aplicação entre o V3 e o V5 e a segunda, se houver necessidade, 15 dias após

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

Observação• Os melhores resultados do Petrum® na cultura da soja são obtidos em solos com baixo teor de P.

PETRUM

70

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71

6.5.15. SILKON®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e fósforo à cultura da soja. Cada litro do Silkon® contém 111 g de N e 55,5 g de P2O5.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 10% (111 g L-1)• Fósforo (P2O5): 5% (55,5 g L-1)• Densidade: 1,11 g mL-1

pH do produto• 5,0 a 6,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 12 unidades de 1 L• Fardos com 4 unidades de 5 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Fornece nitrogênio e fósforo prontamente disponível à cultura da soja;

• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina das plantas, aumentando a absorção dos nutrientes na calda de pulverização;

• O fósforo promove o enraizamento das plantas e é responsável pelo metabolismo energético das plantas (armazenamento e transferência de energia);

• Aumenta a produtividade da cultura da soja.

Época de aplicação Dose por aplicação

50 mL 100 L-1 de água Aplicações foliares

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.Em volumes de caldas de pulverizações menores que 100 L ha-1, a dose mínima do Silkon® é de 50 mL ha-1.

Silkon

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6.5.16. TARDUS® N

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio à cultura da soja, com uma formulação diferenciada. Cada litro de Tardus® N contém 326,7 g de N.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 27% (326,70 g L-1)• Densidade: 1,21 g mL-1

pH do produto• 9,0 a 11,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Não causa fitotoxicidade na cultura da soja. O nitrogênio está presente em duas formas químicas: uma fração prontamente disponível e outra fração com liberação gradativa do nutriente às plantas;

• Promove um aporte de nitrogênio na fase reprodutiva da soja, quando ocorre uma diminuição na fixação biológica do nitrogênio. Maior enchimento dos grãos da soja;

• Retarda a senescência das folhas da soja no final do ciclo, aumentando a taxa fotossintética;

• Não provoca danos (corrosão) nos equipamentos de aplicação (Figura 49);

• Aumenta a produtividade da cultura da soja (Figura 50).

Figura 50. Efeito do Tardus® N na produtividade da soja, quando aplicado no início do �orescimento. Crédito: Biosoja (2015).

Figura 49. Efeito do Tardus® N e da solução nitrogenada na oxidação da palha de aço. Crédito: Biosoja (2015).

Época de aplicação Dose por aplicação

5 a 10 L ha-1Realizar uma aplicação no início do florescimento da soja (R1)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

MACRO

Tardus N

72

TARDUS® N(5 L ha-1)

Testemunha

67

70

70

69

68

67

66

65

sc h

a-1

+3 (4,5%)

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6.5.17. THIOMAX®

Fertilizante foliar fluido, fonte de nitrogênio e enxofre à cultura da soja, com uma formulação diferenciada.

Garantias (p/p) - %• Nitrogênio (N): 11% (144,10 g L-1)• Enxofre (S): 25% (327,50 g L-1)• Sulfato (SO4): 74,90 (981,19 g L-1)• Densidade: 1,31 g mL-1

pH do produto• 7,0 a 9,0

Natureza física• Fluido

Embalagens• Fardos com 4 unidades de 5 L• Bombonas de 25 L

Benefícios

• Formulação líquida, facilitando o manuseio e a aplicação do produto;

• Fornece enxofre prontamente disponível nas fases de maior exigência da soja;

• Atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da cultura da soja;

• Atua no metabolismo do nitrogênio sendo um dos responsáveis pela síntese dos aminoácidos (cistina, cisteína e metionina) e proteínas;

• Participa na fixação biológica do nitrogênio;

• O S é um dos responsáveis pela produção dos reguladores de crescimento das plantas (tiamina, biotina e glutamina).

• Síntese de óleos e gorduras;

• Participa do metabolismo dos carboidratos e lipídeos;

• Aumenta a produtividade da soja (Figura 51).

Figura 51. Efeito do Thiomax® aplicado via foliar na produtividade da cultura da soja. Crédito: Biosoja (2016).

Época de aplicação Dose por aplicação

2 a 3 L ha-1Realizar duas aplicações foliares, sendo a primeira aplicação na fase vegetativa

(V3 a V5) e a segunda no início da formação das vagens (R4)

Recomendação de uso

O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L ha-1.

MACRO

Thiomax

73

Thiomax® - 2 L ha-1Testemunha

48,6

53,8

54

52

50

48

46

sc h

a-1

+5,2 (10,7%)

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6.6.1. FERTILIZANTES DE SOLO E FOLIARES

6.6. PRODUTOS E GARANTIAS

74

Bioamino® Extra 1/

Bioamino® Premium 1/

Bioenergy® 1/

Complet Express 1/

Express 1/

Fertilis® Mol 1/

Fertilis® Nitroflex 1/

Fertilis® Nitro Magnésio 1/

Fertilis® Phitopress Cobre 1/

Fertilis® Phitopress K20 1/

Fertilis® Phitopress K26 1/

Fertilis® Phitopress Manganês 1/

Fertium® 2/

Fertium® Líquido Premium 1/

Fertium® Phós 3/

Gran Boro 10

Gran Boro Mag

L Forte® 1/

Mega K 1/

Mega K Full 1/

Naft® 1/

NHT® BioCoMo 4/

NHT® Cálcio Max 4/

NHT® Cobre Super 4/

NHT® CoMo 4/

NHT® Magnésio 4/

NHT® Manganês + 4/

NHT® P-Boro-P 1/

NHT® Super S

NHT® Zinco 4/

Nodulus® Gold 5/

Nodulus® Premium 135 5/

Nodulus® Premium 210 5/

Petrum® 1/

Poliflex® 1/

Silkon® 1/

Tardus® N 1/

Thiomax® 1/

PRODUTOS

4

5

-

1

-

-

21

7

-

-

-

-

1

1,5

3

-

-

10

1

-

10

-

1

1

-

-

1

1

-

1

-

-

-

-

3

10

27

11

-

8

-

-

-

-

-

-

2

-

-

2

-

-

15

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

40

18

5

-

-

-

5

5

-

-

-

-

-

-

20

26

-

-

4,5

-

-

-

-

32

35

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

10

-

-

-

-

-

-

25

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0.6

-

-

-

-

-

6

-

-

-

-

-

-

-

-

30

-

-

-

-

-

-

-

-

21

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

4

4

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

3.26

3.20

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

55

-

-

-

-

-

-

-

-

25

-

0.4

-

0.3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

10

2

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

8.5

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1,5/0,9

-

-

3/1,8

-

-

-

-

-

1/1

1/1

1,5/1,5

-

-

-

-

-

-

0.2

-

0.3

-

-

-

-

3.5

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

25/15

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

0.5

-

5

7

-

-

-

-

-

-

9

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

25/15

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

15

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

15/9

-

-

30/18

-

-

-

-

-

10/10

10/10

15/15

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

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-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1

-

3

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

50/30

-

-

-

-

-

-

-

-

23

6

6

-

-

-

-

-

-

-

-

-

17

17

11

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

1.25

1.35

1.13

1.34

1.31

1.40

1.15

1.35

1.30

1.40

1.50

1.40

-

1.24

-

-

-

1.05

1.50

1.45

1.05

1.40

1.67

1.60

1.67

1.45

1.75

1.24

1.455

2.03

1.42

1.35

1.40

1.55

1.17

1.11

1.21

1.31

N P2O5 K2O Ca Mg S B Co Cu Mn Mo Ni Zn COT d(g mL-1)

1/ Os teores dos nutrientes são solúveis em água.2/ Possui 900 mmolc kg-1 de capacidade de troca catiônica (CTC), 60% de capacidade de retenção de água e 25% de umidade máxima.3/ Possui 500 mmolc kg-1 de capacidade de troca catiônica (CTC) e 20% de umidade máxima.4/ Os teores dos nutrientes da família NHT® exceto o NHT® P-Boro são totais. Além da garantia do teor total, os micronutrientes da família NHT®

possuem também garantias em outros extratores, como especificados abaixo:Cu e Mn: solúvel em CNA (citrato neutro de amônio) + águaCo, Mo, Ni e Zn: solúvel em ácido cítrico a 2%Portanto, o primeiro número é o teor total do nutriente e o segundo número é o teor do nutriente solúvel no extrator mencionado acima.5/ Primeira garantia é o teor total do nutriente e a segunda garantia é o teor mínimo em solução de ácido cítrico a 2%.

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6.6.2. INOCULANTES

Biomax® 10 • Garantia: 1 x 1010 UFC mL-1

• Bradyrhizobium spp• Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080

Biomax® Premium Líquido Soja• Garantia: 6 x 109 UFC mL-1

• Bradyrhizobium spp• Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080

Biomax® Premium Turfa Soja• Garantia: 7,2 x 109 UFC g-1

• Bradyrhizobium spp • Estirpes: Semia 5079 e Semia 5080

75

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7. PROGRAMA NUTRICIONAL BIOSOJA PARA A CULTURA DA SOJA

A cultura da soja tem ampla distribuição geográfica no Brasil, sendo cultivada nas mais diversas condições de solo e clima. Atualmente, a soja é cultivada desde a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e Argentina até os campos de Roraima.

Dentro desse contexto, o programa nutricional adotado para a soja cultivada no Rio Grande do Sul, não é necessariamente o mesmo para a soja cultivada no Oeste da Bahia ou no Norte do Paraná. Em uma mesma região podem ocorrer diferenças acentuadas nas características dos solos, tais como as observadas no Norte e no Noroeste do Paraná.

Tendo em vista esses fatos, o profissional da área agronômica pode utilizar as informações do Catálogo de Soja e, associadas aos resultados das análises de solo e foliares de sua cultura, realizar um programa nutricional mais adequado às condições de solo e clima da sua região.

7.1. CalagemElevar a saturação por bases para 60 a 70%, dependendo das propriedades químicas dos solos.

7.2. GessagemA gessagem deve ser realizada em solos com baixos teores de cálcio e altos teores de alumínio trocável nas camadas subsuperficiais (abaixo de 20 cm). A dose de gesso varia de acordo com o teor de argila ou a CTC efetiva das camadas subsuperficiais do solo.

7.3. Dessecação das plantas daninhasPara a dessecação das plantas daninhas, utilizar os seguintes produtos da Biosoja:

• Poliflex®: 50 mL 100 L-1 de água• Fertilis® Nitroflex: 0,5 L 100 L-1 de água

7.4. Inoculação e fertilização das sementes• Biomax® Premium Soja ou Biomax® 10: Utilizar 1 a 4 doses na quantidade de sementes de soja recomendada para o plantio de 1 ha.

• NHT® CoMo: 25 a 50 mL ha-1 e Bioenergy®: 2 mL kg-1 de semente ou NHT® Bio CoMo: 60 a 120 mL ha-1 ou Nodulus® Gold: 100 a 200 mL ha-1.

7.5. Adubação de solo

7.5.1. Adubação fosfatada: Em solos com teores de P abaixo do nível crítico, realizar a adubação fosfatada corretiva. Em solos com teores adequados a altos de P, realizar a adubação de manutenção (20 kg de P2O5 para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).

7.5.2. Adubação potássica: Em solos com teores de K abaixo do nível crítico, realizar a adubação potássica corretiva. Em solos com teores adequados a altos de K, realizar a adubação de manutenção (20 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).

7.5.3. Adubação com enxofre: Em solos com teores de S abaixo do nível crítico, deve-se fazer a adubação corretiva com S. Já em solos com teores adequados e altos de S, realizar a adubação de manutenção (10 kg de S para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).

7.5.4. Adubação com boro: O Gran Boro 10 pode ser aplicado a lanço, em pré-plantio, na dose de 10 a 20 kg ha-1. Para aplicação no sulco de plantio, a dose máxima é de 5 a 7 kg ha-1 em solos arenosos e argilosos, respectivamente.

7.5.5. Adubação com cobre e zinco: Em solos com baixos teores desses micronutrientes, realizar a adubação corretiva. Recomenda-se também, uma adubação complementar com Cu e Zn em pulverizações foliares.

7.5.6. Adubação com manganês: A forma mais eficiente para o fornecimento de Mn à cultura da soja é a pulverização foliar. Recomenda-se efetuar de 3 a 4 pulverizações foliares com Mn, iniciando-se na fase vegetativa da soja (V3 a V5).

7.6. Adubação no sulco de plantioAplicar no sulco de plantio da soja, os produtos abaixo da Biosoja.

• Fertium® Líquido Humic: 1 a 2 L ha-1

• NHT® Cálcio Max: 1 a 2 L ha-1

• NHT® Magnésio: 0,35 a 0,70 L ha-1

7.7. Adubações foliaresConsiderando a abrangência da cultura da soja no país, o profissional da área agronômica deve ajustar o programa nutricional foliar de acordo com as necessidades da soja da sua região de atuação, levando em consideração o manejo realizado na cultura.

76

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8.1. FASES FENOLÓGICAS DA SOJA

8. ANEXO

EstádioDescrição

Fase vegetativa

VE Emergência; cotilédones acima da superfície do solo

VC Cotilédones expandidos, com as folhas unifolioladas, abertas de tal modo que os bordos destas folhas não estejam se tocando

V1 Primeiro nó; folhas unifoliadas expandidas, com a primeira folha trifoliolada aberta de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando

V2 Segundo nó; primeiro trifólio expandido e a segunda folha trifoliolada aberta, de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando

V3 Terceiro nó; segundo trifólio expandido e terceira folha trifoliolada aberta, de tal modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando

Vn Enésimo (último) nó com trifólio aberto, antes da floração

Fase reprodutiva

R1 Início da floração: até 50% das plantas com uma flor

R2 Floração plena: maioria dos rácemos com flores abertas

R3 Final da floração: vagens com até 1,5 cm

R4 Maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm

R5 Início da formação das sementes

R5.1 Grãos perceptíveis ao tato com 10% de granação

R5.2 Maioria das vagens com 11 a 25% de granação

R5.3 Maioria das vagens com 26% a 50% de granação

R5.4 Maioria das vagens com 51% a 75% de granação

R5.5 Maioria das vagens com 76% a 100% de granação

R6 Vagens com 100% de granação e folhas verdes

R7.1 Início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens

R7.2 Entre 51 e 75% de folhas e vagens amarelas

R7.3 Mais de 76% de folhas e vagens amarelas

R8.1 Início a 50% de desfolha

R8.2 Mais de 51% de desfolha à pré-colheita

R9 Ponto de maturação de colheita

Fonte: Suzuki et al. (2006).

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8.2. CALAGEM

a. Introdução

A maior parte dos solos brasileiros possui baixa fertilidade natural e são classificados de ácidos a muito ácidos. A acidez do solo e as suas implicações agronômicas (baixos teores de cálcio e altos teores de alumínio trocável) são os principais fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas.

Portanto, o primeiro passo para a prática da agricultura sustentável e economicamente viável é a correção da acidez do solo com o uso adequado de corretivos agrícolas.

b. Benefícios

A calagem propícia uma série de benefícios à cultura da soja, dentre os quais:

• Aumenta a disponibilidade dos nutrientes, exceto os micronutrientes catiônicos (Cu2+, Fe2+, Mn2+, Ni2+ e Zn2+) e Co2+;

• Fornece cálcio e magnésio;

• Reduz a toxicidade dos elementos químicos indesejáveis à soja (alumínio trocável e metais pesados);

• Melhora a fixação biológica do nitrogênio (FBN);

• Aumenta o número e a atividade dos microrganismos benefícios nos solos, acelerando a ciclagem dos resíduos vegetais e dos nutrientes nos solos.

c. Recomendação de corretivos agrícolas

Atualmente, no Brasil, há três métodos para estimar a quantidade de corretivo que deverá ser aplicada ao solo: método da neutralização do Al e da elevação dos teores de Ca e Mg, método do tampão SMP e método da saturação por bases.

c.1. Método da neutralização do Al e da elevação dos teores de Ca e Mg

Nesse método, a recomendação dos corretivos agrícolas é baseada nas propriedades químicas do solo e nas características das plantas, ou seja, na neutralização do Al trocável dos solos e na elevação do Ca e Mg para teores adequados à cultura da soja.

Inicialmente, muitos pesquisadores consideravam que o Al trocável seria o único fator desfavorável relacionado à acidez do solo, propondo fórmulas visando sua neutralização pela elevação do pH até 5,5 a 5,7. Para solos com CTC a pH 7,0 maior que 4,0 cmolc dm-3, teor de argila maior que 15% e teor de Ca + Mg maior que 2,0 cmolc dm-3, esse raciocínio parece satisfatório, sendo sugerida a utilização da seguinte fórmula para a necessidade de calagem (NC):

NC (t ha-1) = 2 x Al

Em solos altamente intemperizados do Cerrado, a produtividade das culturas pode ser limitada não apenas pela acidez trocável, mas também pela deficiência generalizada de Ca e Mg. Por isso, à proposta anterior, agregou-se um componente visando garantir um teor mínimo de Ca e Mg no solo de 2,0 cmolc dm-3.

Portanto, em solos com CTC a pH 7 maior que 4,0 cmolc dm-3, teor de argila maior que 15% e teor de Ca + Mg menor que 2,0 cmolc dm-3, é sugerida a utilização da seguinte fórmula:

NC (t ha-1) = (2 x Al) + 2 – (Ca + Mg)

Para solos com CTC a pH 7,0 menor que 4,0 cmolc dm-3 e teor de argila menor que 15%, como os Neossolos Quartzarênicos, a NC será dada pelo maior valor encontrado de uma destas duas fórmulas:

NC (t ha-1) = 2 x Al ouNC (t ha-1) = 2 – (Ca + Mg)

c.2. Método do tampão SMP

O método do tampão SMP é utilizado nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Baseia-se na elevação do pH do solo para um determinado valor, a partir da mistura do solo com uma solução tampão.

c.3. Método da saturação por bases do solo

Atualmente, é o método mais utilizado para a correção da acidez dos solos no Brasil. Este método preconiza a elevação da saturação por bases do solo a valores pré-estabelecidos levando-se em consideração a cultura e o solo.

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A quantidade de calcário é calculada pela equação abaixo.

NC = CTC x (V2 - V1) x p 10 x PRNT

onde: NC = necessidade de calagem, t ha-1

CTC ou T = capacidade de troca catiônica, mmolc dm-3

V2 = saturação por bases desejada da soja, %V1 = saturação por bases atual determinada pela análise de solo, %PRNT = poder relativo de neutralização do calcário, %p = profundidade de incorporação do calcário: 1,0 para incorporação do calcário a 20 cm; 1,5 para a incorporação a 30 cm e 2,0 para a incorporação a 40 cm

CTC ou T = SB + (H + Al)SB = Ca + Mg + K + NaV = (SB/CTC) x 100

Se a capacidade de troca catiônica do solo (CTC) for expressa em cmolc dm-3, excluir o fator 10 do denominador da equação do cálculo da calagem.

A vantagem deste método, em relação aos demais, está na flexibilidade de recomendação da NC para diferentes culturas, de acordo com a exigência de cada uma e com base na relação existente entre o pH com a saturação por bases.

O valor adequado da saturação por bases à cultura da soja varia de acordo com a região, em função das propriedades químicas dos solos predominantes (Figura 52).

No estado do Paraná, a saturação por bases recomendada para a cultura da soja é de 70%, e para os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul o valor é de 60%. Na região do Arenito Caiuá, no noroeste do Paraná, e nos demais estados da Região Central, com predomínio de solos sob vegetação de Cerrado e em solos com menos de 40% de argila, o valor adequado da saturação por bases é de 50%.

Essa diferenciação está diretamente relacionada à CTC dos solos e à limitação da produtividade da soja ocasionada pela deficiência de micronutrientes catiônicos, principalmente Mn, induzida pela elevação do pH do solo, notadamente em solos sob vegetação de cerrado (Sousa e Lobato, 1986).

Figura 52. Produção relativa de grãos de soja em função da saturação por bases no solo, no estado do Paraná e nos Cerrados.Fonte: Sfredo (2008).

Em solos de textura arenosa ou média, com CTC a pH 7,0 menor que 40 mmolc dm-3, a elevação da saturação por bases a 50% pode não ser suficiente para manter os teores de Ca e Mg adequados à cultura da soja. Com os teores de Ca e Mg menores que os aceitáveis, 15 mmolc dm-3 e 5 mmolc dm-3, respectivamente, é necessário, nestes casos, trabalhar com uma saturação por bases na faixa de 70 a 80%. Entretanto, são necessários cuidados especiais no manejo dos micronutrientes, realizando adubações no solo e via foliar (Sousa et al., 2016).

d. Calagem em sistema de plantio direto (SPD)

d.1. Antes da implantação do sistema de plantio direto

Antes de iniciar o sistema de plantio direto em áreas sob cultivo convencional, recomenda-se a correção da acidez do solo. O calcário deve ser aplicado e incorporado na camada arável do solo, ou seja, no mínimo a 20 cm de profundidade. A calagem deve ser feita com antecedência de 3 a 6 meses, antes da semeadura da soja.

Um aspecto importante a se considerar é a escolha do calcário. Nessa fase, é fundamental a escolha de um calcário com maior efeito residual. A princípio, o solo sob SPD não será revolvido, ou o tempo para o revolvimento será relativamente longo. Entre calcários com o mesmo PRNT (poder relativo de neutralização

8.2. CALAGEM

Saturação por bases (V%)

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total), o produtor deverá dar preferência àquele com menor reatividade (RE).

d.2. Sistema de plantio direto estabelecido

Após a implantação do sistema de plantio direto ocorrem processos de acidificação no solo, sendo necessária, após determinado período, a reaplicação do calcário. Entretanto, o processo de acidificação do solo no SPD é menos intenso que no sistema de plantio convencional (SPC). Ocorre de forma localizada, ou seja, nos primeiros 5 cm do solo, devido, principalmente, à mineralização e nitrificação do nitrogênio dos restos culturais na superfície do solo e ao uso de fertilizantes nitrogenados. No SPC, o processo de acidificação do solo é mais intenso até 20 cm de profundidade, em consequência do traba- lho de preparo do solo realizado com arado de disco e grade.

Diversas pesquisas realizadas no Brasil em solos ácidos têm demonstrado a eficiência do calcário aplicado na superfície do solo para a produção de grãos no sistema de plantio direto (Caires, 2013).

A aplicação de calcário na superfície do solo sem incorporação cria uma frente de correção da acidez do solo em profundidade, proporcional à dose e ao tempo (Caires et al., 2005). Ao longo do tempo, após a aplicação superficial do calcário em plantio direto, vai ocorrendo melhoria no gradiente de acidez da superfície em direção ao subsolo (Caires et al., 2014).

A reaplicação superficial do calcário em solo já corrigido com calagem na superfície pode facilitar a movimentação do calcário em direção ao subsolo e proporcionar amenização ainda mais acentuada na acidez do perfil do solo. Segundo Caires et al. (2008), os menores teores de Al trocável (≤ 2 mmolc dm-3) e de saturação por Al (m ≤ 5%) em todo o perfil do solo (0 a 60 cm) foram encontrados em parcelas com a reaplicação do calcário (3 t ha-1) sobre parcelas anteriormente com calagem (6 t ha-1).

A época mais adequada para a aplicação do calcário é no final do período das chuvas, após a colheita das culturas de verão e antes do plantio da safra de inverno.

e. Calagem em sistema plantio direto (SPD) no Cerrado (Sousa; Lobato, 2002).

Realizar a amostragem do solo na profundidade de 0 a 20 cm. Se a saturação por base for menor que 40%, efetuar a calagem elevando a saturação por bases para 50%, distribuindo uniformemente o calcário na superfície do solo.

f. Calagem em sistema plantio direto (SPD) no Paraná (Caires, 2013).

A calagem na superfície do solo, em sistema de plantio direto, deve ser realizada somente em solos com pH em CaCl2 menor que 5,6 ou saturação por bases inferior a 65%, na camada de 0 a 5 cm.

O calcário deve ser aplicado em quantidade necessária para elevar a saturação por bases a 70%, para amostras de solo coletadas na profundidade de 0 a 20 cm. A dose de calcário pode ser distribuída sobre a superfície do solo em uma única aplicação ou de forma parcelada em até três anos. Desta forma, evita-se a supercalagem.

O monitoramento da acidez na camada superficial do solo (0 a 5 cm) auxilia na avaliação da frequência da aplicação de calcário, uma vez que o tempo de duração do efeito residual do calcário é muito diferente entre os solos e os sistemas de cultivo.

8.2. CALAGEM

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1. Introdução

Além da acidez da camada superficial, as camadas subsuperficiais de muitos solos brasileiros possuem baixos teores de cálcio, associados ou não à toxidez de alumínio, inibindo o crescimento das raízes da soja. A deficiência de boro nessas camadas de solo também inibe o desenvolvimento das raízes da soja em profundidade.

A calagem promove a correção da acidez da cama- da arável. Entretanto, as camadas subsuperficiais permanecem ácidas, dificultando a penetração das raízes de soja devido à formação de uma “barreira química” no subsolo. As plantas com sistemas radiculares pouco desenvolvidos em profundidade tornam-se mais susceptíveis aos veranicos devido à redução da eficiência na absorção de água e de nutrientes com maior mobilidade no solo, dentre os quais, nitrato (N-NO3

-), potássio (K+), sulfato (S-SO4

2-), boro (H3BO3) e molibdato (MoO42-).

O gesso agrícola pode ser utilizado como condicionador das camadas subsuperficiais do solo. Por ser muito mais solúvel que o calcário, penetra no sub- solo com as águas de percolação aumentando o teor de cálcio e reduzindo a atividade do alumínio trocável. É um subproduto da fabricação do ácido fosfórico proveniente da reação química da rocha fosfática com o ácido sulfúrico. Possui 15 a 16% de S e 28 a 30% de Ca.

Portanto, o gesso agrícola é um insumo agrícola que deve ser utilizado dentro de critérios técnicos para viabilizar o cultivo da soja nos solos tropicais com as características mencionadas acima.

2. Benefícios

Os benefícios da gessagem estão especificados abaixo:

• Fornecimento de cálcio e enxofre (sulfato) à soja;

• Correção da fertilidade do solo nas camadas subsuperficiais (camada abaixo de 20 cm), melhorando o ambiente radicular. Aumento no teor de cálcio e redução na toxidez do alumínio trocável.

• Maior aprofundamento do sistema radicular da soja, levando a maior tolerância aos veranicos (maior disponibilidade de água) e maior absorção dos nutrientes lixiviados para as camadas subsuperficiais do solo.

3. Recomendação de gesso agrícola

Para a identificação da necessidade de gessagem, deve-se amostrar o solo na profundidade de 20 a 40 cm.

Critérios para a aplicação do gesso agrícola (camada do

solo: 20 a 40 cm):

• Teor de cálcio menor que 5 mmolc dm-3 ou 0,5 cmolc dm-3 e/ou

• Teor de alumínio trocável maior que 5 mmolc dm-3 ou 0,5 cmolc dm-3 e/ou

• Saturação por alumínio maior que 20%.

A quantidade de gesso agrícola é calculada pela equação abaixo.

NG = 50 x teor de argila (%)

onde: NG = necessidade de gesso agrícola em kg ha-1

Segundo Djalma Martinhão de Sousa (Embrapa Cerrados), a dose recomendada de gesso por este método possui efeito residual de 5 anos. A reaplicação do gesso estará condicionada aos critérios mencionados anteriormente

Sousa et al. (1995) verificaram aumentos expressivos nos teores de Ca e sulfato nas camadas subsuperficiais de um Latossolo Vermelho Argiloso com 2 t ha-1 de gesso, após 39 meses de sua aplicação.

Djalma Martinhão de Sousa (dados não publicados) observou aumento na produtividade das culturas com a aplicação de 3 t ha-1 de gesso em um Latossolo Vermelho argiloso de Cerrado (Tabela 7).

Caires (comunicação pessoal) adota como critério para a recomendação de gesso agrícola a porcentagem de Ca na CTC efetiva na camada de 20 a 40 cm menor que 50%. A quantidade de gesso agrícola é calculada pela equação abaixo:

NG = (0,6 x CTC efetiva – teor de Ca em cmolc dm-3) x 6,4

onde:NG = necessidade de gesso agrícola em t ha-1

CTC efetiva do solo = cmolc dm-3

O gesso agrícola, deve ser aplicado na superfície do solo e não há necessidade de sua incorporação, devido a sua maior solubilidade em relação aos calcários.

8.3. GESSAGEM

81

0 3,0 3,2 9,5 2,4 2,4

3 5,9 4,6 13,5 3,3 5,6

Gesso Algodão Soja Milho Feijão Trigo

- - - - - - - - - - - - - - - t ha-1 - - - - - - - - - - - - - - -

Tabela 7. Efeito do gesso agrícola na produtividade de culturas em um Latossolo Vermelho argiloso de Cerrado.

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8.3. GESSAGEM

8.4. ADUBAÇÃO

Apesar dos benefícios do gesso agrícola como condicionador das camadas subsuperficiais, existem evidências da lixiviação de bases do solo, principalmente de Mg e K, para as camadas mais profundas do perfil, quando da utilização de doses excessivas de gesso. Caires (comunicação pessoal) verificou que 1 t ha-1 de gesso reduziu em até 5% o teor de Mg trocável na camada superficial do solo (0 a 20 cm).

Para minimizar os prováveis efeitos negativos do gesso agrícola, deve-se adotar os seguintes procedimentos:

Em solos com acidez na camada superficial, realizar calagem com antecedência mínima de 60 a 90 dias antes da aplicação do gesso agrícola.

Em solos com baixo teor de magnésio, realizar a calagem com calcário dolomítico, elevando o teor mínimo de Mg do solo para 8 mmolc dm-3 (0,8 cmolc dm-3) e a saturação por Mg para a faixa de 13 a 18%.

A aplicação de 1 t ha-1 de gesso agrícola pode elevar o teor de Ca em até 5 mmolc dm-3 (0,5 cmolc dm-3). Limitar a dose do gesso agrícola ao máximo de 20% da CTC a pH 7,0 ocupada pelo cálcio proveniente do gesso.

O gesso agrícola, além de condicionador das camadas subsuperficiais dos solos, também é fonte de S à cultura da soja.

8.4.1. Adubação nitrogenada

a. Introdução

O nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja. Para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos são necessários, em média, 83 kg de nitrogênio. Cerca de 61% do nitrogênio absorvido pela soja são exportados pelos grãos (Tabela 1).

A maior parte do N exigido pela soja (65 a 85%) é fornecida pela fixação biológica do nitrogênio, realizada por bactérias do gênero Bradyrhizobium. O restante do nitrogênio é fornecido pelo solo, predominantemente na forma de nitrato (N-NO3-), amônio (N-NH4

+) e pequenas quantidades de aminoácidos.

A fixação biológica do nitrogênio é um dos pilares da sustentabilidade do sistema de produção em soja.

b. Instruções de uso para a inoculação via semente com o Biomax® Premium Líquido Soja e Biomax® 10

b.1. Inoculação com máquinas para o tratamento de sementes

Coloque o Biomax® Premium Líquido Soja ou o

Biomax® 10 diretamente na caixa específica para o inoculante líquido, previamente regulada para a cultura da soja.

Quando do tratamento das sementes da soja com outros produtos líquidos, certifique-se que o volume total do Biomax® Premium Líquido Soja e demais produtos líquidos não ultrapasse 0,3 L para 50 kg de semente de soja.

O Biomax® Premium Líquido Soja e o Biomax® 10 devem ser os últimos produtos a recobrirem as sementes de soja.

Deixe as sementes tratadas com o inoculante líquido da Biosoja secarem à sombra por alguns minutos e plante logo após.

c. Instruções de uso para a inoculação via semente com o Biomax® Premium Turfa Soja

c.1. Inoculação utilizando tambor giratório ou betoneira

Inicialmente, coloque as sementes da soja no tambor giratório ou na betoneira.

Em seguida, se houver necessidade, aplique os produtos líquidos nas doses recomendadas pelo

82

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fabricante e gire algumas vezes a manivela para que haja uma perfeita distribuição dos produtos líquidos na superfície das sementes.

Por último, adicione o Biomax® Premium Turfa Soja na dose recomendada para a cultura da soja e gire novamente o tambor até a distribuição uniforme do produto sobre as sementes.

Se não for tratar as sementes com produtos líquidos, adicione 0,3 L de água açucarada a 10% para 50 kg de semente de soja e gire algumas vezes a manivela até o recobrimento homogêneo das sementes.

Deixe as sementes tratadas com o Biomax® Premium Turfa Soja secarem à sombra por alguns minutos e plante logo após.

c.2. Inoculação na máquina de tratar as sementes de soja

Regule a máquina para que a dose recomendada de produtos líquidos e do Biomax® Premium Turfa Soja caiam das respectivas caixas. Caso a inoculação com o Biomax® Premium Turfa Soja e o tratamento das sementes com produtos líquidos forem realizados em uma única operação, não será necessário adicionar outro líquido para umedecimento das sementes.

Neste caso, coloque o Biomax® Premium Turfa Soja na caixa apropriada, preenchendo no máximo 2/3 do seu volume. Inicie o tratamento e, cerca de 15 minutos após o início da operação, desligue a máquina e solte o produto que acumulou na roda impelidora. Misture com o que restou na caixa, adicione mais Biomax® Premium Turfa Soja e reiniciei a inoculação.

Repita esse processo a cada quinze minutos, ou quando julgar necessário, conforme o desempenho de sua máquina. Se for tratar as sementes com outros produtos líquidos, coloque a água açucarada a 10% na caixa para os líquidos em volume suficiente para umedecer as sementes a serem inoculadas.

d. Inoculação no sulco de semeadura

O método tradicional de inoculação via semente pode ser substituído pela aplicação do inoculante por aspersão no sulco, por ocasião da semeadura, em solos com ou sem população estabelecida de bactérias do gênero Bradyrhizobium (Tabela 8).

Esse procedimento pode ser adotado desde que a dose do Biomax® Premium Líquido Soja ou Biomax® 10 seja, no mínimo, seis vezes superior à dose indicada para a inoculação de sementes de soja (0,36 L e 0,30 L, respectivamente). O volume mínimo de líquido (inoculante mais água) aplicado no sulco de plantio deve ser de 50 L ha-1. Utilize, preferencialmente, bicos de filetes contínuos.

Inicialmente, adicione água limpa no tanque de pulverização e logo após, o Biomax® Premium Líquido Soja na dose recomendada para a cultura da soja.

Evitar a utilizar de produtos antagônicos às bactérias fixadoras de nitrogênio (produtos de reação ácida e fornecedores de micronutrientes catiônicos).

Este método tem a vantagem de reduzir os efeitos tóxicos dos fungicidas e dos micronutrientes utilizados no tratamento das sementes de soja sobre as bactérias fixadoras de nitrogênio.

e. Inoculação em lavouras de soja com baixa nodulação

Em determinadas condições edafoclimáticas, tais como em solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica, localizados em regiões com alta temperatura, pode ocorrer baixa nodulação da soja quando o solo é recém-cultivado com esta cultura. Os veranicos, após o plantio da soja, podem prejudicar ainda mais a nodulação.

Neste caso, realizar uma pulverização foliar com o Biomax® Premium Líquido Soja ou Biomax® 10 na

8.4. ADUBAÇÃO

83

Tratamentos

T1. Não inoculada

T2. 200 kg ha-1 de N

T3. Inoculante:1 x 106 UFC semente-1

T4. T3 + fungicida

T5. Sulco de plantio:6 x 106 UFC semente -1

T6. T5 + fungicida

nº denódulosplanta-1

0,2 c

0,1 c

14,1 b

0,2 c

26,0 a

19,2 b

Produtividadesc ha-1

59,33 bc

54,93 c

66,42 ab

64,50 ab

70,73 a

67,27 ab

Tabela 8. Efeito da inoculação no sulco de semeadura no nº de nódulos por planta e na produtividade da soja em área de primeiro ano de cultivo 1/.

1/ Soja em pastagem degradada. Taciba/SP – área de primeiro ano com soja. Sulco de plantio: 50 L ha-1 de solução com Bradyrhizobium spp. Fonte: Campo et al. (2010).

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dose de 0,36 a 0,60 L ha-1 e 0,30 a 0,50 L-1 ha, respectivamente, na fase inicial de desenvolvimento da soja (V2 a V4).

Entretanto, há alguns cuidados que devem ser adotados antes da pulverização dos inoculantes líquidos da Biosoja, visando maximizar os resultados:

• Utilizar água de boa qualidade e com o pH na faixa ligeiramente ácida a ligeiramente alcalina;

• O tanque de pulverização não pode conter outros produtos (por exemplo, fertilizantes foliares e fungicidas);

• O volume da calda de pulverização deve ser suficiente para que atinja o alvo (solo). O volume mínimo é de 200 L ha-1;

• Condição ideal para a pulverização: solo úmido, temperatura amena, tempo nublado e chuva logo após a aplicação dos inoculantes líquidos da Biosoja.

f. Inoculação em solos de primeiro ano com o plantio de soja

Em solos de primeiro ano com o plantio de soja, utilizar via inoculação das sementes de soja pelo menos 2 doses do Biomax® Premium Turfa Soja e 1 dose de Biomax® 10 para 50 kg de semente.

g. Coinoculação

A coinoculação ou inoculação mista consiste na utilização de dois ou mais microrganismos nas culturas, aos quais produzem um efeito sinérgico, em que se superam os resultados obtidos com os mesmos, quando utilizados de forma isolada.

Combina uma prática utilizada amplamente pelos sojicultores, a inoculação das sementes de soja com bactérias do gênero Bradyrhizobium com o Azospirillum brasilense, uma bactéria até então conhecida por sua ação promotora de crescimento das gramíneas.

A coinoculação na cultura da soja proporciona uma série de benefícios, dentre as quais:

• Síntese de fitohormônios promotores de crescimento (auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscíssico e etileno);

• Promove maior enraizamento da soja. Aumenta o volume do solo explorado pelas raízes da soja;

• Maior eficiência das plantas na absorção de água. As plantas tornam-se mais tolerantes aos estresses abióticos (por exemplo, veranicos);

• Maior eficiência das plantas na absorção dos nutrientes Maior vigor das plantas propiciado pelo equilíbrio nutricional. Melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e dos fertilizantes;

• Maior enraizamento da soja, estimulando a nodulação e consequentemente a fixação biológica do nitrogênio.

• Maior teor de clorofila e aumento na taxa fotossintética;

• Indução de resistência sistêmica às doenças;

• Maior produtividade da cultura da soja. Estudos da Embrapa verificaram que a reinoculação anual da soja proporcionou aumento médio de 8,4% na produtividade da soja em relação ás áreas que não são inoculadas anualmente. A coinoculação proporcionou um aumento médio de 16,1% na produtividade da soja em relação as áreas não coinoculadas. É uma tecnologia altamente vantajosa aos agricultores.

h. Informações adicionais

h.1. Cuidados prévios e no plantio da soja

Corrija a saturação por bases (V) para a faixa adequada ao desenvolvimento da soja com antecedência mínima de 90 dias do plantio. Realize a adubação no solo, fornecendo os nutrientes nas doses indicadas para maximizar o potencial produtivo da soja.

Se for possível, mantenha a cobertura vegetal no solo (cultivo mínimo ou plantio direto) para minimizar os efeitos das altas temperaturas e dos baixos teores de umidade e garantir a sobrevivência das bactérias fixadoras de nitrogênio, maximizando a fixação biológica do nitrogênio.

Realize o plantio da soja em solos com teores adequados de umidade para viabilizar uma boa nodulação. A condição ideal para o estabelecimento

8.4. ADUBAÇÃO

84

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da fixação biológica do nitrogênio é a não-ocorrência de veranicos nas primeiras semanas após a semeadura das sementes de soja inoculadas.

h.2. Cuidados com o inoculante

Verifique se o inoculante está devidamente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O número do registro deverá está impresso na embalagem.

Não utilize inoculante com data de validade vencida e, no caso do inoculante líquido, com o lacre violado.

Verifique se o inoculante está armazenado em condições adequadas de temperatura e ao abrigo do sol. Os inoculantes da Biosoja, quando armazenados em temperatura ambiente igual ou inferior a 26°C e devidamente lacrado, mantêm a concentração de unidades formadoras de colônias (UFC) no mínimo por até 10 meses para o Biomax® Premium Líquido Soja e Biomax® 10, e por 9 meses para o Biomax® Premium Turfa Soja.

h.3. Cuidados com a inoculação

Realize todas as operações com o Biomax® Premium Soja e Biomax® 10 à sombra e mantenha a semente de soja inoculada protegida do sol e do calor excessivo.

Se for tratar as sementes da soja com inseticidas, fungicidas e micronutrientes, não misture o inoculante com esses produtos. Sempre utilize os inoculantes da Biosoja por último. Evitar o “sopão”.

Realize a semeadura imediatamente após a inoculação, principalmente quando as sementes de soja forem tratadas com fungicidas e micronutrientes.

Para melhor aderência do Biomax® Premium Turfa Soja nas sementes de soja, recomenda-se umedecê-las com produtos líquidos utilizados no tratamento das sementes ou 0,3 L de água açucarada a 10% para 50 kg de semente de soja.

Para uma nodulação uniforme e adequada ao pleno desenvolvimento da soja, realize a distribuição uniforme do Biomax® Premium Soja e Biomax® 10 em todas as sementes.

Não realize a inoculação diretamente na caixa semeadora devido à baixa eficiência proporcionada pela pequena aderência dos inoculantes da Biosoja

nas sementes e à cobertura desuniforme das sementes.

Em solos de primeiro ano com o plantio de soja e com a utilização de fungicidas no tratamento das sementes, aplicar os fertilizantes fornecedores de CoMo da Biosoja em pulverizações na fase vegetativa da cultura (V3 a V5).

8.4.2. Adubação fosfatada

A quantidade de P exigida pela soja para a produção de 1 t de grãos é inferior às quantidades de nitrogênio e potássio. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 15,4 kg de P2O5. Cerca de 65% do fósforo absorvido pela soja são exportados pelos grãos (Tabela 1).

Entretanto, a quantidade de fósforo aplicada em solos com baixo teor do nutriente é muito superior às necessidades da soja. Nos primeiros anos de cultivo, a eficiência das adubações fosfatadas é muito baixa, situando-se entre 15 e 20%, devido a fixação do fósforo nos solos.

A adubação fosfatada nos solos pode ser realizada de dois modos: adubação fosfatada corretiva e adubação de manutenção.

a. Adubação fosfatada corretiva

A adubação fosfatada corretiva pode ser total ou gradual e é realizada em solos com teores muito baixos ou baixos de fósforo (Tabela 9). Os parâmetros para a interpretação do teor de P nos solos do Mato Grosso podem ser extrapolados para os demais solos sob vegetação de cerrado.

85

8.4. ADUBAÇÃO

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Tabela 10. Recomendação de adubação fosfatada corretiva 1/, de acordo com o teor de argila e a classe do teor de P do solo.

A adubação fosfatada corretiva total é realizada com a aplicação de uma dose relativamente alta de P a lanço, em uma única vez, e incorporado ao solo com uma gradagem leve (Tabela 10). Posteriormente, são realizadas as adubações de manutenção para repor as quantidades de P exportadas pela soja.

Para os solos sob cerrado, as recomendações de fosfatagem corretiva total situam-se entre 3 a 5 kg de

P2O5 para cada 1% de argila. Em Sapezal, MT, a Fundação MT, realizou um ensaio de campo conduzido por 3 anos, com o cultivo de soja em solos com 60% de argila. Verificou-se que a fosfatagem corretiva total, na dose de 4 kg de P2O5 para 1% de argila, e as aplicações anuais, na dose de 80 kg ha-1 de P2O5 no sulco de plantio, proporcionaram altas produtividades na cultura da soja (média de 60 sc ha-1).

1/ A dose de P2O5 na adubação corretiva a lanço para a soja deve ser avaliada em função do teor de argila, da cotação da soja e do retorno esperado com as maiores produtividades que podem ser alcançadas nos primeiros 4 cultivos. Fonte: Zancanaro et al. (2002).

Tabela 9. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado do Mato Grosso (P extraído pelo método Melhich-1).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo. Fonte: Zancanaro et al. (2002).

Teor de argilaTeor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio1/ Bom

% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

61 a 80 <2,0 2,0 a 3,9 4,0 a 5,9 >6

41 a 60 <5,0 5,0 a 7,9 8,0 a 11,9 >12

21 a 40 <6,0 6,0 a 11,9 12 a 17,9 >18

<20 <8,0 8,0 a 14,9 15 a 19,9 >20

Teor de argilaTeor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo

% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - -

61 a 80 300 200

41 a 60 250 175

21 a 40 200 135

<20 150 100

Em 2002, Sousa e Lobato estabeleceram um novo critério para o cálculo da dose de P na adubação fosfatada corretiva total para os solos sob cerrado (Tabela 11). O P remanescente é um índice que

mensura a capacidade de retenção de P pelo solo (quanto maior a capacidade de retenção, menor o valor de P-rem), que se correlaciona com o teor de argila do solo e com a sua mineralogia.

8.4. ADUBAÇÃO

86

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A adubação fosfatada corretiva também pode ser realizada de forma gradual, por meio da aplicação anual de doses de P2O5 superiores àquelas recomendadas para a adubação de manutenção (Tabela 12). Neste tipo de manejo, a elevação do teor de P nos solos para a faixa adequada à cultura da soja ocorre de forma gradual, sendo necessários cerca de 4 ou 5 cultivos. Após atingir o teor adequado de P no solo, realizar apenas a adubação fosfatada de manutenção.

A fosfatagem corretiva gradual no sulco de plantio também proporciona altas produtividades na cultura da soja. Pesquisas conduzidas pela Fundação MT verificaram que é possível atingir boa produtividade em soja (56 sc ha-1) nos primeiros três anos de cultivo utilizando apenas adubação fosfatada corretiva no sulco de plantio, na dose de 115 kg ha-1 de P2O5, mesmo em solos argilosos (60% de argila), com baixo teor de P (0,6 mg P dm-3).

8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 11. Recomendação de adubação fosfatada corretiva total de acordo com o teor de P no solo, calculada com base no teor de argila ou de P remanescente do solo, em culturas anuais, em sistemas agrícolas de sequeiro e irrigado.

Tabela 12. Recomendação de adubação fosfatada no sulco de plantio da soja de acordo com a disponibilidade do P, em solo sob vegetação de cerrado para o estado do Mato Grosso.

1/ Classe do teor de P nos solos. Vide tabela 6.2/ P2O5 solúvel em citrato de amônio neutro mais água para os fertilizantes fosfatados acidulados, P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2% (relação 1:100) para os termofosfatos, escórias e P2O5 total para os fosfatos naturais reativos.3/ Teor de argila expresso em porcentagem.4/ P remanescente (determinado nas análises de rotina nos laboratórios ligados ao PROFERT-MG), expresso em mg L-1.Fonte: Adaptada de Sousa e Lobato (2002).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.2/ Em solos com teores de P muito baixo têm sido encontradas respostas lineares a fósforo aplicado na linha de semeadura até 150 kg ha-1 de P2O5. Portanto, se o teor de P no solo estiver classificado como muito baixo e baixo, e se houver disponibilidade de recursos financeiros para maiores investimentos em fósforo e/ou os preços da soja forem promissores, podem ser utilizadas quantidades maiores de P2O5 do que as sugeridas na tabela. 3/ As quantidades recomendadas de P2O5 equivalem à reposição da extração de P esperada para uma produtividade de 3 t ha-1 de soja. A dose de P pode ser reduzida por uma safra em função das condições desfavoráveis de preços da soja.Fonte: Zancanaro et al. (2002).

Sistema agrícola VariávelTeor de P no solo 1/

Muito baixo Baixo Médio

- - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) 2/ - - - - - - - - - - - - - - - -

Sequeiro Teor de argila 3/

4 x argila 2 x argila 1 x argila

Irrigado 6 x argila 3 x argila 1,5 x argila

Sequeiro P-rem 4/

260-(4 x P-rem) 130-(2 x P-rem) 65-(1 x P-rem)

Irrigado 390-(6 x P-rem) 195-(3 x P-rem) 98-(1,5 x P-rem)

Teor de argilaTeor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio 1/ Bom

% - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

61 a 80 >120 2/ 110 80 60 3/

41 a 60 >120 2/ 100 80 60 3/

21 a 40 120 2/ 100 80 60 3/

<20 120 2/ 90 80 60 3/

87

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No estado de São Paulo, o extrator utilizado para a avaliação da disponibilidade de P nos solos às plantas é a resina troca iônica. Na Tabela 13 apresenta a correspondência dos limites de classes de teores de P no solo com os respectivos limites de produção relativa de soja.

Nas Tabelas 14 e 15 tem-se a interpretação do teor de P nos solos do estado do Paraná e dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, respectivamente.

8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 13. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado de São Paulo (P extraído pelo método da resina de troca iônica).

Tabela 14. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no estado do Paraná (P extraído pelo método Mehlich-1).

Tabela 15. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (P extraído pelo método Mehlich-1).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.Fonte: Embrapa Soja (2011).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

Produção relativa de soja (%)

71 a 90 91 a 100 > 100 > 100

Teor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio 1/ Alto Muito alto

7 a 15 16 a 40 41 a 80 > 80

70

6

Teor de argila(%)

Teor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio1/ Adequado

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

> 40 - 3,0 a 6,0 > 6,0

21 a 40 5,1 a 10 10,1 a 14 > 14

20 6,0 6,1 a 12 12,1 a 18 > 18

5,0

3,0

Teor deargila (%)

Teor de P no solo (mg dm-3)

Muito baixo Baixo Médio 1/ Alto Muito alto

60

36 a 60

16 a 35

15

P resina

88

≤ 2,0

≤ 3,0

≤ 4,0

≤ 7,0

≤ 5,0

2,1 a 4,0

3,1 a 6,0

4,1 a 8,0

7,1 a 14

5,1 a 10

4,1 a 6,0

6,1 a 9,0

8,1 a 12

14,1 a 21

10,1 a 20

6,1 a 12

9,1 a 18

12,1 a 24

21,1 a 42

20,1 a 40

> 12

> 18

> 24

> 42

> 40

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Em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e demais regiões produtoras de soja, pode-se realizar a adubação fosfatada corretiva com as mesmas doses de P2O5 recomendadas para os solos sob vegetação de cerrado, respeitando a classificação do teor de P nos solos.

b. Adubação fosfatada de manutenção

A adubação fosfatada de manutenção é realizada em solos com teores adequados (solos sob cerrado e Paraná) e altos de P (São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Para cada tonelada de grãos de soja a ser produzida, aplicar 20 kg de P2O5. Eventualmente, a dose de P2O5 pode ser reduzida por uma safra em função das condições desfavoráveis de preços da soja.

A adubação fosfatada de manutenção poderá ser realizada a lanço, em solos com teor de fósforo classificado como adequado – solos sob cerrado e do Paraná –, e alto – demais regiões produtoras de soja –, nos últimos três anos de cultivo e com a produtividade de soja acima de 55 sc ha-1.

8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 16. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos solos sob cerrado (K extraído pelo método Melhich-1).

Tabela 17. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no estado de São Paulo (K extraído pelo método da resina).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.Fonte: Adaptado de Sousa e Lobato (2002).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

Em sistemas de cultivo em plantio direto, com a aplicação do calcário na superfície do solo, recomenda-se evitar a aplicação do P a lanço, principalmente com fontes fosfatadas de baixa solubilidade em água, como os fosfatos naturais reativos.

8.4.3. Adubação potássica

O potássio é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura da soja. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários, em média, 38 kg de K2O. Cerca de 53% do potássio absorvido pela soja são exportados pela soja (Tabela 1).

De forma similar ao fósforo, a adubação potássica pode ser realizada de dois modos: adubação potássica corretiva e adubação de manutenção.

a. Adubação potássica corretiva

A adubação potássica corretiva pode ser total ou gradual, e é realizada em solos com teores muito baixos ou baixos de potássio (Tabelas 16 a 19).

CTC do solo a pH 7,0 Teor do K no solo

Unidade Baixo Médio1/ Adequado Alto

< 4,0 cmolc dm -3mg dm-3 16 a 30 31 a 40 >40

cmolc dm-3 0,04 a 0,08 0,08 a 0,10 >0,10

4,0 cmolc dm -3g dm-3 26 a 50 51 a 80 >80

cmolc dm-3 0,06 a 0,13 0,13 a 0,20 >0,20

15

0,04

25

0,06

Produção relativa de soja (%)

70 71 a 90 91 a 100 > 100 > 100

Teor de K no solo (mmolc dm-3)

Muito baixo Baixo Médio1/ Alto Muito alto

0,7 0,8 a 1,5 1,6 a 3,0 3,0 a 6,0 > 6,0

89

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8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 18. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no estado do Paraná (K extraído pelo método Melhich-1).

Tabela 19. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (K extraído pelo método Melhich-1).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.Fonte: Embrapa Soja (2011).

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

UnidadeTeor de K no solo

Muito baixo Baixo Médio1/ Alto

mg dm-3 40 a 60 80 a 120

0,20 a 0,30

> 120

> 0,30

< 40

< 0,10cmolc dm-3 0,10 a 0,20

CTC a pH 7,0 Teor de K no solo (cmolc dm-3)

Muito baixo Baixo Médio1/ Alto Muito alto

5,0

5,1 a 15

>15

A adubação potássica corretiva total é realizada aplicando-se altas doses de K a lanço, e visa a correção imediata dos baixos teores deste nutriente nos solos. Posteriormente, são realizadas aplicações anuais para repor a quantidade exportação de K pela soja.

Nos solos sob Cerrado, uma das formas para a determinação da dose de K2O a ser aplicada na adubação potássica corretiva total é a elevação do teor K no solo para atingir 3 a 5% da CTC a pH 7,0. Nos solos das demais regiões do Brasil, com CTC mais elevada do que a dos solos sob cerrado, deve-se elevar a saturação por potássio a 2 a 3% da CTC a pH 7,0.

Para o cálculo da adubação potássica corretiva total, a elevação do teor de K no solo em 0,01 cmolc K dm-3 ou 0,10 mmolc K dm-3 exige a aplicação de 9,4 kg ha-1 de K2O ou 15,7 kg ha-1 de KCl, considerando a camada de incorporação de 0 a 20 cm.

De forma similar ao fósforo, a adubação potássica corretiva pode também ser realizada de forma gradual, por meio da aplicação anual de doses de K2O superiores àquelas recomendadas para a adubação de manutenção.

Neste sistema de manejo, a elevação do teor de K nos solos para a faixa adequada ou alta para a cultura da soja ocorre de forma gradual, e são necessários cerca de 4 ou 5 cultivos. Após atingir o teor adequado de K no solo, realizar apenas a adubação potássica de manutenção.

b. Adubação potássica de manutenção

A adubação potássica de manutenção é realizada em solos com teores adequados e altos de K, dependendo da região produtora de soja. Nestas condições de cultivo, para cada tonelada de grãos de soja a ser produzida aplicar 20 kg de K2O.

Em solos com alto teor de K – solos sob cerrado – e muito alto – demais regiões produtoras de soja –, aplicar 10 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja. Utilizar a análise de folhas para ajustes na adubação potássica. A faixa adequada de K nas folhas da soja varia de 17,3 a 25,7 g kg-1.

De maneira geral, as doses de K recomendadas para a cultura da soja estão especificadas na Tabela 20.

90

≤ 15

≤ 20

≤ 30

16 a 30

21 a 40

31 a 60

31 a 45

41 a 60

61 a 90

46 a 90

61 a120

91 a 180

> 90

> 120

> 180

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8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 20. Adubação potássica para soja considerando uma produtividade de 3 t ha-1 de grãos.

1/ Utilizar os critérios para interpretação do teor de K do solo mostrados nas Tabelas 9 a 12, conforme a região produtora de soja.2/ Realizar adubação de manutenção: 20 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja.3/ Para solos com teores de K dentro desta classe, recomenda-se 50% da adubação de manutenção.Fonte: Adaptada de Ribeiro et al. (1999).

Teor do K no solo 1/

Baixo Médio Adequado 2/ Alto 3/

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - K2O (kg ha-1 ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

120 80 60 30

Em solos com teor de K adequado (solos sob cerrado) ou alto a muito alto (demais regiões produtoras de soja) e com baixa capacidade de troca catiônica (textura arenosa a média), evitar a aplicação do nutriente no sulco de plantio da soja. Realizar a adubação potássica em pré-plantio, a lanço ou em cobertura até o 15º ao 20º dia após a emergência da soja.

Em solos com baixo teor de K, recomenda-se o parcelamento da adubação potássica. Aplicar no máximo 30 kg ha-1 de K2O no sulco de plantio e o restante da dose em pré-plantio ou em cobertura até o 15º ao 20º dia após a emergência da soja. Em solos argilosos, a dose máxima de K2O no sulco de plantio é de 50 kg ha-1.

Altas concentrações de potássio aplicadas em pequeno volume de solo, no sulco de semeadura, favorecem as perdas do nutriente por lixiviação. Além disso, há o risco de salinização, prejudicando a germinação e o desenvolvimento do sistema radicular da soja.

8.4.4. Adubação com enxofre

Para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos por hectare são necessários, em média, 15 kg de enxofre. Cerca de 35% do enxofre absorvido pela soja são exportados pelos grãos (Tabela 1).

Nas últimas safras, observou-se um agravamento da deficiência de enxofre na cultura da soja devido ao aumento na produtividade da cultura, aumento na utilização de formulações ou fertilizantes com maior concentração em NPK e menores teores de enxofre e

menor emissão de S como poluente para a atmosfera.

Além disso, o teor de enxofre na camada superficial do solo é menor que nas demais camadas do solo. As adubações fosfatadas tendem a reduzir a adsorção do sulfato na camada superficial, acentuando a lixiviação deste nutriente para as camadas subsuperficiais do solo.

Para a determinação da necessidade de enxofre deve-se realizar a análise de solo em duas profundidades, 0 a 20 cm e 20 a 40 cm, devido à mobilidade do nutriente no solo e o seu acúmulo nas camadas subsuperficiais.

Utilizar a análise de folhas de soja para ajustes na adubação com enxofre. A faixa adequada de S nas folhas de soja varia de 2,0 a 3,0 g kg-1.

Na Tabela 21 tem-se as doses de enxofre para a cultura da soja de acordo com a textura do solo e o teor de enxofre nas profundidades de 0 a 20 cm e 20 a 40 cm.

Os níveis críticos do S nos solos argilosos (> 40% de argila) são 10 mg dm-3 e 35 mg dm-3 nas profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, respectivamente. Em solos arenosos (≤ 40% de argila), os níveis críticos do S são 3 mg dm-3 e 9 mg dm-3 nas profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, respectivamente.

Em solos com teor adequado de S, realizar a adubação de manutenção com S, aplicando 10 kg do nutriente para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja.

91

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8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 21. Recomendação de adubação corretiva e de manutenção com enxofre para a cultura da soja.

1/ Método de extração: Ca(H2PO4)2 0,01 M.L-1. Determinação por turbidimetria.M = Manutenção: 10 kg de S para cada 1 t de produção de grãos de soja esperada.Fonte: Sfredo et al. (2003).

Teor de S no solo 1/

Faixas de interpretação Solo argiloso>40% de argila

Solo arenoso40% de argila

Quantidade de S, kg/ha

Profundidade, cm

0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40 0 a 20 20 a 40

Baixo Baixo <5 <20 <2 <6 80 + M

Baixo Médio <5 20 a 35 <2 6 a 9 60 + M

Baixo Alto <5 >35 <2 >9 40 + M

Médio Baixo 5 a 10 <20 2 a 3 <6 60 + M

Médio Médio 5 a 10 20 a 35 2 a 3 6 a 9 40 + M

Médio Alto 5 a 10 >35 2 a 3 >9 M

Alto Baixo >10 <20 >3 <6 40 + M

Alto Médio >10 20 a 35 >3 6 a 9 M

Alto Alto >10 >35 >3 >9 M

8.4.5. Adubação com micronutrientes

A interpretação dos teores dos micronutrientes nas análises de solo para as principais regiões produtoras de soja estão nas Tabelas 22 a 25.

a. Adubação com cobalto e molibdênio

Utilizar de 2 a 3 g ha-1 de Co e de 12 a 25 g ha-1 de Mo na fertilização das sementes de soja. A aplicação destes micronutrientes também pode ser realizada em pulverização foliar entre os estágios de desenvolvimento V3 e V5, na dose de 30 a 50 g ha-1 de Mo.

b. Adubação com boro, cobre, manganês e zinco

De forma similar ao manejo realizado com fósforo e potássio, a construção da fertilidade do solo também pode ser realizada para o cobre e zinco. Em solos da região do Cerrado, a aplicação destes micronutrientes a lanço, com incorporação na camada superficial,

proporciona efeito residual de 3 a 5 anos.

A aplicação do ferro e de manganês a lanço no solo, mesmo em altas doses, não apresenta efeito residual significativo, não sendo, assim, adequados nas adubações corretivas. A forma química disponível do manganês à soja (Mn2+) é gradualmente oxidada às formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+), reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja. De forma similar ao Mn, o Fe também é oxidado a uma forma química não disponível à cultura da soja (Fe3+).

A forma mais eficiente para o fornecimento do ferro e manganês à cultura da soja são as pulverizações foliares. Em solos com baixo teor de manganês e saturação por bases acima da faixa adequada à cultura da soja, realizar de 3 a 5 aplicações foliares de manganês, iniciando as pulverizações foliares na fase vegetativa da soja.

Eventualmente, o Mn pode ser aplicado no sulco de plantio, região do solo com maior teor de umidade e

92

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com maior potencial de redução. Nestas condições, há uma tendência do Mn permanecer por mais tempo na forma de Mn2+, prontamente disponível às culturas. Mesmo assim, em solos com baixos teores de Mn são necessárias pulverizações foliares com este nutriente para a manutenção dos teores foliares na faixa adequada à cultura da soja.

O boro é muito susceptível à lixiviação nos solos tropicais, notadamente naqueles com menores teores de argila. Portanto, o boro deve ser aplicado anualmente em pré-plantio ou no sulco de plantio. Realizar adubações foliares com B nas fases de maior demanda pelo nutriente (antes do florescimento e início da formação das sementes de soja).

8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 22. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises para a soja nos solos do Cerrado.

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Fonte: Sfredo (2008).

Faixas

Mehlich-1 DTPA

B Cu Mn Zn Cu Mn Zn Fe

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo <0,3 <0,5 <5 <1,1 <0,3 <1,0 <0,6 <5

Médio 1/ 0,3 - 0,5 0,5 - 0,8 5 - 10 1,1 - 1,6 0,3 - 0,8 1,0 - 2,0 0,6 - 1,2 5 - 12

Alto 0,5 - 2,0 0,8 - 10 10 - 30 1,6 - 10 0,8 - 7,0 2,0 - 10 1,2 - 10 12 - 30

Muito Alto >2,0 >10 >30 >10 >7,0 >10 >10 >30

Água quente

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Fonte: Sfredo (2008).

Tabela 24. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises para a soja nos solos do Paraná.

Faixas

Mehlich-1 DTPA

B Cu Mn Zn Cu Mn Zn Fe

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg dm-3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo <0,3 <0,8 <15 <0,8 <0,5 <1,2 <0,5 <5

Médio 1/ 0,3 - 0,5 0,8 - 1,7 15 - 30 0,8 - 1,5 0,5 - 1,1 1,2 - 5,0 0,5 - 1,1 5 - 12

Alto 0,5 - 2,0 1,7 - 10 31 - 100 1,5 - 10 1,1 - 7,0 5,0 - 20 1,1 - 10 12 - 30

Muito Alto >2,0 >10 >100 >10 >7,0 >20 >10 >30

Água quente

Tabela 23. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos do estado de São Paulo.

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo. Extratores: B = Água quente; Cu, Fe, Mn e Zn = DTPA.Fonte: Adaptada de Raij et al. (1997).

MicronutrientesTeor no solo (mg dm-3)

Baixo Médio1/ Alto

Boro (B) 0,20 0,21 a 0,60 > 0,60

Cobre (Cu) 0,20 0,30 a 0,80 > 0,80

Ferro (Fe) 4 5 a 12 > 12

Manganês (Mn) 1,2 1,3 a 5,0 > 5,0

Zinco (Zn) 0,5 0,6 a 1,2 > 1,2

93

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A adubação corretiva com micronutrientes no solo pode ser realizada em pré-plantio, a lanço (Tabela 26). O efeito residual da adubação com micronutrientes, exceto o B e Mn nas doses recomendadas, é para um período de cinco anos. Para a reaplicação dos micronutrientes, realizar a avaliação do estado

nutricional da soja por meio da diagnose foliar. Os micronutrientes também podem ser aplicados no sulco de plantio da soja. Neste caso, aplicar 1/3 da dose indicada a lanço por um período de três anos consecutivos.

8.4. ADUBAÇÃO

Tabela 25. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

1/ O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo.Extratores: B = Água quente; Cu e Zn = HCl 0,1 mol L e Mn = Mehlich-1.Fonte: Adaptada de Tedesco et al. (2004).

Tabela 26. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes nos solos dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Fonte: Sfredo (2008).

Teor no soloB Cu Mn Zn

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg ha-1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Baixo 1,5 2,5 6,0 6,0

Médio 1,0 1,5 4,0 5,0

Alto 0,5 0,5 2,0 4,0

Muito alto 0,0 0,0 0,0 0,0

MicronutrientesTeor no solo (mg dm-3)

Baixo Médio 1/ Alto

Boro (B) < 0,1 0,1 a 0,3 > 0,3

Cobre (Cu) < 0,2 0,2 a 0,4 > 0,4

Manganês (Mn) < 2,5 2,5 a 5,0 > 5,0

Zinco (Zn) < 0,2 0,2 a 0,5 > 0,5

94

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8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

8.5.1. Fatores de conversão para cálculo de fertilizantes, corretivos e para interpretação da análise de solo(Fonte: Adaptado de Raij et al., 1997 e adaptado de Francelli, 2010)

a. Fatores de conversão para fertilizantes e corretivos

MO = C x 1,724

C = MO x 0,580

P2O5 x 0,436 = P

P x 2,291 = P2O5

K2O x 0,830 = K

K x 1,205 = K2O

Ca x 1,400 = CaO

Ca x 2,497 = CaCO3

CaO x 0,715 = Ca

CaO x 1,785 CaCO3

CaCO3 x 0,560 = CaO

CaSO4 x 0,519 = CaO

CaSO4 x 0,371 = Ca

CaSO4 x 0,889 = Ca

CaO x 1,713 = CaSO4

Ca x 2,696 = CaSO4

Mg x 1,658 = MgO

Mg x 3,469 = MgCO3

Mg x 4,956 = MgSO4

MgO x 0,603 = Mg

MgO x 2,092 = MgCO3

MgO x 2,987 = MgSO4

MgSO4 x 0,335 = MgO

MgSO4 x 0,202 = Mg

MgCO3 x 0,335 = MgO

S x 2,996 = SO4

SO4 x 0,337 = S

SO4 x 1,417 = CaSO4

Fósforo (P)

Potássio (K)

Cálcio (Ca)

Magnésio (Mg)

Enxofre (S)

Carbono (C) e matéria orgânica (MO)

95

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8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

b. Fatores de conversão para interpretações da análise de solo

c. Conversão das unidades antigas para as unidades do sistema internacional (SI)

Fósforo (P) 1 ppm P

= 1 µg de P

= 1 mg kg-1 de P

= 2 kg ha-1 de P

= 4,6 kg ha-1 de P2O5 1/

Potássio (K)

1 cmolcK dm-3

= 391 ppm de K

= 1 meq K 100 cm-3

= 10 mmolc K dm-3

= 782 kg ha-1 de K

= 942 kg ha-1 de K2O

Cálcio (Ca)

1 cmolcCa dm-3

= 200 ppm de Ca

= 1 meq Ca 100 cm-3

= 10 mmolc Ca dm-3

= 400 kg ha-1 de Ca

= 560 kg ha-1 de CaO

= 1.000 kg ha-1 de CaCO3

Magnésio (Mg)

1 cmolcMg dm-3

= 121,5 ppm de Mg

= 1 meq Mg 100 cm-3

= 10 mmolc Mg dm-3

= 243 kg ha-1 de Mg

= 403 kg ha-1 de MgO

= 843 kg ha-1 de MgCO3

B, Co, Cu,Fe, Mn

e Zn1 ppm

= 1 µg g-1 de micronutrientes

= 1 mg kg-1 de micronutrientes

= 2 kg ha-1 de micronutrientes

Unidades antigas (A) Fator de conversão (F) Unidades do SI (SI = A x F)

Solos e soluções

% 10 g dm-3, g kg-1 e g L-1

ppm ou g cm-3 1 mg dm-3, mg kg-1 e mg L-1

meq 100 cm-3 ou meq 100 g-1 1 cmolc dm-3 e cmolc kg-1

10 mmolc dm-3 e mmolc kg-1

mmho cm-1 1 ds m-1

Plantas

% 10 g kg-1

ppm ou g cm-3 1 mg kg-1

ppb 1 µg kg-1

96

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8.5. FATORES DE CONVERSÃO E UNIDADES EQUIVALENTES

8.5.2. Unidades equivalentes

1 acre = 0,1672 alqueirespaulista

1 acre = 0,4469 ha

1 hectare = 2,4711 acres

1 libra = 453,59237 g

1 libra = 16 onças

1 libra/acre = 1,1208 kg/ha

1 metro = 100 cm

1 metro = 3,28084 pés

1 metro 39,3701 polegadas

1 nanômetro = 0,0000000001 metro

1 nanômetro = 0,0001 micra

1 onça = 28,350 gramas

1 palmo = 22 cm

1 pé = 0,34801 metros

1 pé = 12 polegadas

1 polegada = 0,02540 metros

1 polegada = 0,08333 pés

1 milha terrestre = 1.609,34 metros

1 onça = 28,349 metros

1 quilôgrama = 2,204623 libras

1 quilôgrama = 1 dm3

1 quilômetro = 1.000 metros

1 quilômetro = 3.280,83 pés

1 quilômetro quadrado = 100 ha

1 saco de cereais = 60 kg

1 tonelada inglesa = 1.016 kg

1 tonelada curto = 907,18 kg

1 tonelada longa = 1.016 kg

1 acre = 4.046,856 m2

1 alqueire paulista = 5,980 acres

1 alqueire paulista = 2,42 ha

1 arroba (@) = 15 kg (14,688 kg)

1 bushel (milho e sorgo) = 25,401 kg

1 bushel (milho e sorgo) = 56 libras peso

1 bushel (soja e trigo) = 27,2154 kg

1 bushel (soja e trigo) = 60 libras peso

1 bushel/acre (milho) = 62,77 kg

1 bushel/acre (soja e trigo) = 67,25 kg

1 dolar/bushel (milho) 2,3621 dolar/saca

1 fardo = 217,72 kg

1 fardo = 480 libras

1 galão (EUA) = 3,7854 L

1 galão (Reino Unido) = 4,543 L

1 grama = 0,002205 libras

1 hectare = 10.000 m2

1 dolar/bushel(soja e milho) 2,20046 dolar/saca

1 dolar/bushel(soja e trigo)

x 36,74 paradólar/tonelada

1 dolar/bushel (milho) x 39,37 paradólar/tonelada

1 alqueire goianoe mineiro = 11,960 acres

1 alqueire goianoe mineiro = 4,84 ha

97

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8.6.1. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes nitrogenados

8.6.2. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fosfatados

8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

FertilizantesTeores dos nutrientes (%) Eq.

N Ca Mg S-SO42- CaCO3

1/

Amônia anidra 82 - - - -1.480

Nitrato de amônio 33 - - - -590

Nitrato de cálcio 15 18 a 19 - - +200

Nitrato de sódio (salitre do Chile) 16 - - - +290 100

Nitrocálcio 27 3,5 2,0 - -280 61

Sulfato de amônio 20 a 21 - - 23 a 24 -1.100 69

Uran 32 - - - - -

Uréia 45 - - - -840 75

IS 2/

47

105

65

1/ Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante. Sinal (+): alcalinidade equivalente. 2/ IS = índice salino: tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

1/ IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).2/ Equivalente CaCO3: Fosfato diamônico (DAP) = - 650, fosfato monoamônico (MAP) = - 625 a - 775 e termofosfato magnesiano = + 500.Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

Fertilizantes

Teores dos nutrientes (%)

IS 1/P2O5

N Ca MgTotal

Soluçãode ácido

cítrico 2%CNA + Água Água

S-SO42-

Fosfato diamônico (DAP)

Fosfato monoamônico (MAP)

Fosfato natural de Araxá

Fosfato natural de Patos de Minas

Fosfato reativo de Arad

Fosfato reativo de Daoui

Fosfato reativo de Gafsa

Superfosfato simples

Superfosfato triplo

Termofosfato magnesiano

45 - 44 40 17 - - - 34

52 - 52 50 10 - - - 30

36 5 2 - - 30 - - -

23 4 1,5 - - 20 - - -

33 10,5 - - - 37 0,12 - -

32 9 - - - 37 0,3 - -

28 a 29 10 - - - 32 0,5 3,2 -

20 - 18 16 - 20 - 12 8

45 - 44 38 - 14 - 1 10

18 16,5 - - - 18 7 - -

98

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8.6.3. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes potássicos

8.6.4. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de cálcio

8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, CA, MG E MICRONUTRIENTES

Fertilizantes

Cloreto de potássio

Nitrato de potássio

Sulfato de potássio

Sulfato de potássio e magnésio

Teores dos nutrientes (%)IS 1/

K2O N Mg S-SO42- Cl

60 a 62 - - 0,1 48 116

43 a 44 13 a 14 - 0,1 0,1 a 0,4 73,6

50 - - 18 1,5 46

22 a 25 - 7 a 11 22 0,8 a 2,5 43,21/ IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

1/ Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante. Sinal (+): alcalinidade equivalente.2/ IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

Fertilizante

Farinha de ossos

Fosfato natural de Araxá

Fosfato natural de Gafsa

Gesso agrícola (sulfato de cálcio)

Nitrato de cálcio

Superfosfato simples

Superfosfato triplo

Termofosfato magnesiano

Ca

25

30

32

28 a 30

18 a 19

20

14

18

N Total

- 30

- 36

- 28 a 29

- -

15 -

- 20

- 45

- 18

Teores dos nutrientes (%)

Eq.CaCO3 1/ IS 1/

P2O5

Mg S-SO42-

Ácido cítrico

2%

CNA +

ÁguaÁgua

- - - - - - -

5 2 - - - - -

10 - - 0,5 3,2 - -

- - - - 15 a 16 - -

- - - - - +200 65

- 18 16 - 12 - 8

- 44 38 - 1 - 10

16,5 - - 7 - +500 -

99

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1/ P2O5 solúvel em solução de ácido cítrico a 2%2/ Equivalente CaCO3: sinal (-) kg de carbonato necessário para neutralizar a acidez provocada por 1 t do fertilizante . Sinal (+) : alcalinidade equivalente.3/ IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

1/ O enxofre dos fertilizantes está na forma de sulfato (S-SO42-) , exceto o enxofre elementar (S).

2/ IS (índice salino): tendência para aumentar a pressão osmótica da solução do solo em números relativos ao nitrato de sódio (100).Fonte: Adaptado de Malavolta (1987).

8.6.5. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de magnésio

8.6.6. Teores dos nutrientes e características dos principais fertilizantes fornecedores de enxofre

8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

FertilizanteTeores dos nutrientes (%) Eq.

IS 3/

Mg P2O5 1/ K2O S-SO4

2- CaCO3 1/

Gran Magnésio 30 30 - - 3,2 - -

Sulfato de magnésio hepta 9 - - 11 - -

Sulfato de magnésio mono 16 - - 20 - -

Sulfato de potássio e magnésio 7 a 11 - 22 a 25 22 - 43,2

Termofosfato magnesiano 7 18 - - +500 -

Fertilizante

Enxofre elementar

Gesso agrícola

Sulfato de amônio

Sulfato de magnésioheptahidratato

Sulfato de magnésiomonohidratado

Sulfato de potássio

Sulfato de potássio e magnésio

Superfosfato simples

Teores dos nutrientes (%)

IS 2/

S 1/ NP2O5

(CNA+H2O)

K2O Ca Mg

98 a 99 - - - - - -

15 a 16 - - - 28 a 30 - -

23 a 24 20 a 21 - - - - 69

20 - - - - 9 -

13 a 14 - - - - 16 -

18 - - 50 - - 46

22 - - 22 a 25 - 7 a 11 43,2

12 - 18 - 20 - 8

100

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8.6. FERTILIZANTES FORNECEDORES DE N, P, K, Ca, Mg E MICRONUTRIENTES

8.6.7. Teores dos nutrientes nos principais fertilizantes fornecedores de micronutrientes.

Fertilizante Garantiamínima

Solubilidade emágua (g L-1)Fórmula química

BORO

Ácido bórico

Bórax

Colemanita

Complexos orgânicos

Octaborato de sódio

Pentaborato de sódio(solubor)

Silicatos (fritas)

Ulexita

17% B

11% B

10 % B

8 a 10% B

20% B

20% B

2 a 6% B

8 a 15% B

H3BO3

Borato de sódio (Na2B4O7. 10H2O) ou (Na2B4O7. 5H2O)

Borato de cálcio (Ca2B6O11. 5H2O)

Ésteres e amidas

Na2B8O13. 3H2O

Borato de sódio (Na2B4O7. 5H2O) ou Na2B10O16. 10H2O

-

Borato de sódio (NaCaB5O9. 8H2O)

47 (20ºC)

47 (20ºC)

53 (20ºC)

-

Baixa solubilidade

Baixa solubilidade

Baixa solubilidade

Solúvel

COBA

LTO

Carbonato de cobalto

Cloreto de cobalto

Nitrato de cobalto

Quelato de cobalto

Óxido de cobalto

Sulfato de cobalto 20% Co CoSO4. 7H2O

42% Co

34% Co

17% Co

2% Co

75% Co

CoCO3

CoCl2 . 6H2O

Co(NO3)2. 6H2O

Co ligado a EDTA, ácido cítrico, DTPA, EDDHA, HEDTA,poliflavonóides, lignosulfonatos e gluconatos

CoO

Baixa solubilidade

555 (25ºC)

Baixa solubilidade

600 (20ºC)

1.338 (0ºC)

Solúvel

COBR

E

52% Cu

-

-

100% Cu

Variável

22% Cu

75% Cu

89% Cu

13% Cu

9% Cu

24% Cu

35% Cu

CuCl2.CuO.4H2O

CuCO3. Cu(OH)2

CuCl2

Cu

Silicatos

Cu(NO3)2. 3H2O

CuO

Cu2O

Na2Cu.EDTA

NaCu.HEDTA

CuSO4.5H2O

CuSO4.H2O

Baixa solubilidade

-

1.150 (20ºC)

Baixa solubilidade

Baixa solubilidade

Baixa solubilidade

Solúvel

Solúvel

316

-

Insolúvel

Baixa solubilidade

Carbonato de cobre

Cloreto cúprico

Cobre metálico

Fritas

Nitrato de cobre

Oxicloreto de cobre

Óxido cúprico

Óxido cuproso

Quelato de cobrecom EDTA

Quelato de cobrecom HEDTA

Sulfato de cobreheptahidratado

Sulfato de cobremonohidratado

101

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FERR

O

6% Fe

41% Fe

16% Fe

41% Fe

Variável

11% Fe e 8% N

5 a 14% Fe

30% Fe

19% Fe

NaFeEDDHA

FeCO3

FeCl3. 6H2O

FeCl2. 4H2O

Silicatos

Fe(NO3)3. 6H2O

NaFeEDTA

FeSO4.H2O

FeSO4.7H2O

-

-

Solúvel

Solúvel

-

250

667

Variável

Baixa solubilidade

Carbonato ferroso

Cloreto férrico

Cloreto ferroso

Fritas

Nitrato férrico

Quelato de ferro com EDDHA

Quelato de ferro com EDTA

Sulfato de ferromonohidratado

Sulfato de ferro heptahidratado

Fertilizante Garantiamínima

Solubilidade emágua (g L-1)Fórmula química

MAN

GAN

ÊS

Carbonato de manganês

Cloreto de manganês

Fritas

Nitrato de manganês

Óxido de manganês oumanganoso

Oxisulfatos

Quelados de manganêscom EDTA

Quelados de manganêscom poliflavonóide

40% Mn

35% Mn

Variável

16% Mn e 8% N

41% Mn

Variável (25 a 70%)

5 a 12% Mn

5 a 7% Mn

31% Mn

MnCO3

MnCl2

Silicatos

Mn(NO3)2. 6H2O

MnO

MnO e MnSO4

Na2MnEDTA

Mn-poliflavonóides

Baixa solubilidade

1.980 (20ºC)

Insolúvel

Variável

Baixa solubilidade

Solúvel

Solúvel

Sulfato de manganês monoou sulfato manganoso

MnSO4.H2O 762 (20ºC)

Solúvel

MO

LIBD

ÊNIO

Fritas

Molibdato de amônio

Molibdato de sódio

Trióxido de molibdênio

Variável

54% Mo

39% Mo

66% Mo

Silicatos

(NH4)6Mo7O24.4H2O

Na2MoO4.2H2O

MoO3

Baixa solubilidade

430

562

Insolúvel

ZIN

CO

Cloreto de zinco

Fritas

Nitrato de zinco

Óxido de zinco

40% Zn

Variável

18% Zn

50 a 78% Zn

ZnCl2

Silicatos

Zn(NO3)2. 6H2O

ZnO

-

Baixa solubilidade

-

Insolúvel

Oxisulfatos Variável ZnO.ZnSO4 Variável

Sulfato de zinco heptahidratado 20% Zn ZnSO4.7H2O 965

Sulfato de zinco monohidratado 35% Zn ZnSO4.H2O 250

102

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8.7. COMPATIBILIDADE ENTRE OS FERTILIZANTES MINERAIS SIMPLES,ORGÂNICOS E CORRETIVOS

103

Observação: Dependendo de certas características da uréia, do nitrato de amônio e do teor de cloreto de sódiono cloreto de potássio, as misturas desses produtos podem apresentar certo grau de incompatibilidade.

C

CL

I

COMPATIBILIDADE LIMITADA: devem sermisturados poucos antes da aplicação

INCOMPATÍVEIS: não podem ser misturados

COMPATÍVEIS: podem ser misturados

Adubos

orgânicos

Nitrato

de

sódio

Nitrato

de

potássio

Nitrocá

lcio

Nitrato

de

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amônio

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C C

Fonte: Ribeiro et al. (1999).

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Ácido fosfórico (H3PO4): Ácido que em meio aquoso dissocia-se originando o íon fosfato (PO4

3-). H3PO4 = 3H+ + PO4

3-

Ácido fosforoso (H3PO3): Ácido que em meio aquoso dissocia-se originando o íon fosfito (PO3

3-). H3PO3 = 3H+ + PO3

3-

Ácidos fúlvicos: Fração das substâncias húmicas solúvel em meio alcalino e em meio ácido. Possui o menor peso molecular entre as frações que compõem as substâncias húmicas. Coloração clara, variando do amarelo-claro ao amarelo-castanho. Ácidos húmicos: Fração das substâncias húmicas solúvel em meio alcalino e insolúvel em meio ácido. Peso molecular entre os ácidos fúlvicos e a humina. A coloração varia desde marrom-escuro ao cinza-escuro.

Adubação: Consiste no fornecimento dos nutrientes ao solo, de modo a recuperar ou manter a sua fertilidade, suprindo as necessidades nutricionais das plantas e provocando o mínimo de perturbação no ambiente. Eventualmente, o fornecimento dos nutrientes pode ser realizado diretamente nas plantas através da adubação foliar.

Adubação a lanço: Aplicação dos fertilizantes sólidos ou fluidos, na superfície do solo, com ou sem incorporação subsequente por práticas de preparo do solo. Os nutrientes podem ser aplicados antes ou após o plantio da cultura.

Adubação de arranque: Aplicação do fertilizante no plantio, próximo às sementes ou ao lado e abaixo das sementes.

Adubação em cobertura: Aplicação dos fertilizantes no solo após o estabelecimento das culturas.

Adubação em faixas: É a forma de adubação que envolve a aplicação dos fertilizantes sólidos ou fluidos em faixas de largura variável.

Adubação em faixas laterais: Aplicação do fertilizante em faixa de um lado ou em ambos os lados da cultura. É usual em culturas perenes.

Adubação em pré-plantio: Fertilizante aplicado no solo antes do plantio das culturas. Normalmente, os fertilizantes não são incorporados aos solos.

Adubação em sulcos: Aplicação do fertilizante em uma zona concentrada seja na superfície do solo ou abaixo dela.

Adubação foliar: É a aplicação dos nutrientes na parte aérea das plantas. Normalmente, as pulverizações foliares são direcionadas às folhas das plantas.

Adubação parcelada: Fertilizante aplicado em duas ou mais vezes durante o crescimento da cultura. Melhora a eficiência das adubações através da redução nas perdas dos nutrientes mais susceptíveis à lixiviação, por exemplo, nitrato (N-NO3

--).

Aminoácidos: Produto final da decomposição das proteínas e peptídios dos resíduos vegetais e animais pelos microrganismos. São moléculas orgânicas ou biomoléculas que contêm um carbono assimétrico denominado de carbono-alfa ao qual se ligam covalentemente, um grupo carboxílico (-COOH), um grupo amino (-NH2) e um átomo de hidrogênio (H). Neste carbono ainda se liga um grupo químico denominado de radical ou cadeia lateral (R) que define especificamente cada um dos 20 aminoácidos.

Análise foliar: Avaliação do estado nutricional das plantas por meio da análise química das folhas.

Arenito: Rocha sedimentar resultante da compactação e litificação de areias aglutinadas por um cimento natural, por exemplo, argila, carbonato de cálcio ou carbonato de cálcio e magnésio. O arenito é constituído por quartzo mas pode ter também quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e outras impurezas.

Argissolos: Solos com B textural (aumento substancial de argila do horizonte superficial para o horizonte B). É constituído por argila de atividade baixa ou alta conjugada com saturação por bases baixa ou caráter alítico.

Basalto: Rocha vulcânica ou ígnea, eruptiva ou extrusiva, ou seja, formada na superfície do solo através das lavas vulcânicas. Apresenta textura fina, coloração escura (óxido de ferro e de titânio) e alta dureza. A maioria dos solos de Ribeirão Preto, Vale do Paranapanema e Norte e Sudoeste do Paraná são provenientes do basalto.

Calcário: Produto obtido pela moagem da rocha calcária. É constituída de carbonato de cálcio (CaCO3)

9. GLOSSÁRIO

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e carbonato de magnésio (MgCO3). É utilizado para a redução da acidez do solo convertendo os íons H+ em água e para o fornecimento de cálcio e magnésio às plantas.

Capacidade de troca de cátions (CTC a pH 7): É a capacidade que o solo tem em reter cátions trocáveis. A CTC do solo é expressa em mmolc dm-3 ou cmolc dm-3 e corresponde à soma dos teores dos cátions básicos (Ca+2, Mg+2, K+ e Na+) mais hidrogênio (H+) e alumínio trocável (Al+3).

Capacidade de troca efetiva (t): É a capacidade que o solo tem em reter os cátions em seu pH natural. A t do solo é expressa em mmolc dm-3 ou cmolc dm-3 e corresponde à soma das bases do solo (Ca+2, Mg+2, K+ e Na+) mais alumínio trocável (Al+3).

Caráter ácrico: Refere-se a soma de bases trocáveis (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+) mais alumínio extraível por KCl 1 mol L em quantidade igual ou inferior a 15 mmolc kg-1 de argila e que preenche pelo menos uma das seguintes condições:

pH KCl 1 mol L-1 igual ou superior a 5,0 ou∆pH positivo ou nulo (∆pH = pH KCl – pH H2O)

Caráter alítico: Solo que apresenta teor de alumínio extraível ≥ 40 mmolc kg-1 de solo, associada à atividade de argila ≥ 200 mmolc kg-1 de argila e saturação por alumínio ≥ 50% e/ou saturação por bases < 50%.

Carboidratos: São as biomoléculas mais abundantes na natureza. São compostos orgânicos constituídos por carbono, hidrogênio e oxigênio e geralmente seguem a fórmula genérica [(CH2O)]n, sendo o n≥3, tais como, açúcares e polissacarídeos. Os carboidratos são sintetizados pelas plantas a partir do gás carbônico (CO2) e água (H2O), nos cloroplastos, no processo denominado de fotossíntese. É fonte e reserva de energia e matéria-prima para a biossíntese de outras biomoléculas.

Carbonato: Sedimento formado pela precipitação orgânica ou inorgânica de uma solução aquosa de carbonatos de cálcio, magnésio ou ferro denominado de calcário ou dolomita.

Cátions básicos: São os elementos químicos cálcio (Ca+2), magnésio (Mg+2) e potássio (K+) e sódio (Na+).

Celulose: Carboidrato mais abundante nas plantas.

Clorofila: Pigmento verde que retém a luz para a fotossíntese nas plantas, algas e algumas bactérias.

Clorose: Perda de clorofila das folhas resultando em coloração verde-clara a amarela. Normalmente está associada à deficiência de alguns nutrientes.

Coinoculação: Consiste na utilização de dois ou mais microrganismos nas culturas, aos quais produzem um efeito sinérgico, em que se superam os resultados obtidos com os mesmos, quando utilizados de forma isolada.

Coloide: Partícula orgânica ou inorgânica (mineral) menor que 0,001 mm de diâmetro. O coloide apresenta uma grande superfície de contato, geralmente com alta reatividade. É o local onde ocorre a retenção dos nutrientes no solo.

Condicionador de solos: Produto que promove a melhoria das propriedades físicas, físico-químicas ou atividades biológicas dos solos, podendo recupere solos degradados ou desequilibrados nutricionalmente.

Condutividade elétrica (EC): É um indicativo da concentração de sais ionizados numa solução.

Corretivos do solo: Substâncias adicionadas ao solo para melhorar o seu pH ou suas propriedades físicas. Os principais corretivos agrícolas são o calcário, o calcário calcinado, o gesso e a turfa.

Cultivo: Operação de preparo do solo para semear ou transplantar uma muda, ou para o controle das plantas daninhas ou para tornar a camada superficial do solo mais propícia ao plantio.

Cultivo conservacionista: Qualquer sistema de preparo do solo que reduz as perdas de solo e/ou água, em comparação com o preparo convencional (aração e gradagem), na qual todos os resíduos são incorporados ao solo.

Cultivo mínimo: Sistema de preparo do solo que reduz o número de operações mecanizadas a um mínimo necessário para criar a condição adequada para o plantio e germinação das sementes.

Desordem nutricional: É o estado nutricional da planta

9. GLOSSÁRIO

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que pode corresponder a uma deficiência ou toxidez, ou seja, quando o nutriente está em nível muito baixo ou muito alto na planta, respectivamente.

Diagnose foliar: Consiste na avaliação do estado nutricional da planta por meio da análise química das folhas e comparação com o seu padrão preestabelecido (lavouras com altas produtividades).

Difusão: Movimento do nutriente (elemento químico) a curta distância dentro de uma solução aquosa (solução do solo) estacionária, a favor de um gradiente de concentração, isto é, o nutriente vai de uma região de maior concentração (solução do solo) para outra de menor concentração (superfície das raízes). A difusão é o principal mecanismo de absorção do P, K, Zn, Mn e Cu pelas plantas. Disponibilidade: Proporção de um nutriente que pode ser absorvido e utilizado pelas plantas para satisfazer as exigências nutricionais.

DRIS (Sistema integrado de diagnose e recomendação): É um método de avaliação do estado nutricional da planta, no qual a relação entre os nutrientes é o aspecto mais importante para explicar a produtividade da cultura. A comparação é realizada com índices calculados por meio das relações entre os nutrientes da amostra e uma população de referência (talhões com alta produtividade).

Exigência nutricional: Representa a quantidade de nutrientes que uma determinada cultura extrai do solo ou outro meio de crescimento, por exemplo, solução hidropônica, para atender o seu desenvolvimento vegetativo e reprodutivo.

Extrato húmico: Frações húmicas solúveis em meio alcalino (ácidos fúlvicos e ácidos húmicos).

Fertilizante: Produto mineral ou orgânico, natural ou sintético fornecedor de um ou mais nutrientes às plantas.

Fertilizante fluido: Refere-se aos fertilizantes no estado líquido. São constituídos por duas classes: soluções e suspensões.

Fertilizante fluido em solução: Fertilizante líquido que se apresenta na forma de soluções verdadeiras, isto é, isentas de material sólido.

Fertilizante fluido em suspensão: Fertilizante líquido que se apresenta na forma de suspensão, isto é, uma fase sólida dispersa num meio líquido.

Fertilizante orgânico: São os fertilizantes constituídos de compostos orgânicos de origem natural, vegetal ou animal. Normalmente, tem baixa concentração de nutrientes.

Fertilizante organomineral: Produto resultante da mistura física ou de combinações de fertilizantes minerais e orgânicos. Segundo a Instrução Normativa nº 25 do MAPA, os fertilizantes organominerais sólidos deverão apresentar as seguintes garantias mínimas: 8% de carbono orgânico total, 10% de macronutrientes primários isolados (N, P e K) ou em misturas (NP, NK e PK), 5% de macronutrientes secundários, 8 cmolc kg-1 de CTC e 30% de teor máximo de umidade.

Fertirrigação: Aplicação de fertilizante por meio da água de irrigação.

Fitoalexinas: São substâncias sintetizadas pelas plantas e que atuam na defesa natural contra doenças. Apresentam grande diversidade e, atualmente, mais de 300 tipos já foram caracterizados quimicamente, dentre as quais as cumarinas, os diterpenos e os flavonóides. Já foram identificadas em mais de 20 famílias vegetais. Ocorre acúmulo temporário de fitoalexinas nos locais e nos arredores das infecções nas plantas. Entretanto, não apresentam especificidade e não imunizam as plantas contra doenças.

Fixação biológica do nitrogênio (FBN): Conversão do nitrogênio atmosférico elementar (N2) em amônia (N-NH3) realizada por microrganismos procariotos (bactérias – proteobactéria-alfa, actinomicetos e cianobacterias).

Fixação do fósforo: Fenômeno de retenção do P no solo, reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Ocorre tanto pela precipitação do P em solução com as formas iônicas de Fe, Al e Ca, como, principalmente, de maneira mais significativa, pela sua adsorção pelos oxidróxidos de Fe e Al.

Floema: Vaso condutor das plantas responsável pelo transporte da seiva elaborada das folhas para os demais órgãos da planta. A seiva elaborada é sintetizada nas folhas pela fotossíntese. O floema

9. GLOSSÁRIO

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também é conhecido por líber.

Fluxo de massa: Consiste no movimento, com a mesma velocidade, do nutriente (elemento químico) em uma fase aquosa móvel (solução do solo), de uma região mais úmida, distante da raiz, para outra mais seca, próxima da superfície radicular. O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do N, Ca, Mg, SO4

2-, H3BO3 e MoO42- pelas plantas. São os

nutrientes mais propensos a perdas por lixiviação

Fosfato (PO43-): Íon proveniente da dissociação do

ácido fosfórico (H3PO4) em meio aquoso. É a forma química do P utilizada no metabolismo das plantas.

Fosfito (PO33-): Íon proveniente da dissociação do

ácido fosforoso em meio aquoso. Indutor de resistência das plantas às doenças através do estímulo à produção de fitoalexinas.

Fotoassimilados: Compostos orgânicos sintetizados durante a fotossíntese nas folhas das plantas.

Fotossíntese: Conversão da energia luminosa em energia química nas plantas a partir do dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) na presença da clorofila. Ocorre a produção de compostos orgânicos com uma fórmula genérica [(CH2O)]n e liberação de oxigênio (O2).

Gesso agrícola: É o sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O). É utilizado como condicionador do solo e corretivo de sodicidade (produto que promove a redução da saturação por sódio no solo). No Brasil, a maior parte do gesso utilizado na agricultura é um subproduto da produção de ácido fosfórico. Entretanto, é encontrado também na natureza em depósitos sedimentares, na forma monohidratada (CaSO4.H2O), e é denominado de gipsita. Humina: Fração insolúvel das substâncias húmicas em meio ácido e em meio alcalino. Maior peso molecular entre as frações das substâncias húmicas. É a fração mais escura.

Imobilização: Conversão dos nutrientes de uma forma química disponíveis às plantas (inorgânica ou mineral) para uma forma não disponível (orgânica) por sua incorporação nos microrganismos do solo. Ocorre diminuição na disponibilidade dos nutrientes às plantas.

Índice salino (IS): Capacidade que o fertilizante tem em aumentar a pressão osmótica da solução do solo. Ocorre aumento na condutividade elétrica do solo. Os fertilizantes com maior índice salino são os potássicos e os nitrogenados.

Interceptação radicular: Mecanismo de absorção radicular na qual a raiz, ao se desenvolver num determinado volume de solo, entra em contato com o nutriente na solução do solo.

Latossolos: Solos em avançado estágio de intemperização. Possuem horizonte B latossólico (elevados teores de sesquióxidos). O incremento de argila do horizonte A para B é pouco expressivo ou inexistente. São solos profundos e ocorrem em relevos planos a suave ondulados.

Lei do mínimo: Foi formulada pelo químico alemão Liebig em 1840 e enfatiza a importância da nutrição balanceada nas culturas. A produtividade das culturas é limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade no solo, mesmo que os demais estejam com teores adequados. Pode ser ampliada para os demais fatores de produção, dentre os quais luminosidade, umidade do solo, pragas, doenças e plantas daninhas.

Litificação: Conjunto de processos que convertem os sedimentos em rocha sedimentar consolidada. A litificação pode envolver vários processos como a desidratação, compactação, cimentação e laterização.

Lixiviação: Perda dos nutrientes da camada superficial para as camadas subsuperficiais pela passagem da água através do solo. Os nutrientes mais susceptíveis às perdas por lixiviação são os aniônicos [nitrato (N-NO3-), sulfato (SO4

-2), molibdato, (MoO4

-2)], aqueles sem carga elétrica (ureia e ácido bórico) e o potássio (K+).

Macronutrientes: São os nutrientes absorvidos em grandes quantidades pelas plantas na ordem de kg ha-1. Os macronutrientes são: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Constituem cerca de 99,5% da massa seca das plantas.

Matéria orgânica: São os componentes orgânicos do solo nos seus diversos estágios de decomposição ocorrendo em íntima associação com os

9. GLOSSÁRIO

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constituintes minerais do solo. É constituída por dois grupos: as substancias húmicas, que representam de 85 a 90% da matéria orgânica total do solo, e as substancias não húmicas, que representam uma pequena fração da matéria orgânica do solo (10 a 15%).

Micronutrientes: São os nutrientes absorvidos em pequenas quantidades pelas plantas na ordem de g ha-1. Atualmente, são conhecidos oito micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco (Zn). Constituem cerca de 0,5% da massa seca das plantas.

Micronutrientes catiônicos: Micronutrientes com carga positiva (Cu2+, Fe2+, Mn2+, Ni2+ e Zn2+). A calagem reduz a disponibilidade dos micronutrientes catiônicos às plantas. Os ácidos fúlvicos aumentam a disponibilidade dos micronutrientes às plantas, enquanto os ácidos húmicos formam complexos com alta estabilidade e podem reduzir a sua disponibilidade às plantas notadamente o cobre.

Mineralização: Conversão dos nutrientes de uma forma química não disponível às plantas (orgânica) para uma forma disponível (inorgânica ou mineral). Ocorre aumento na disponibilidade dos nutrientes às plantas. São processos mediados por microrganismos do solo.

Nitrogenase: Complexo enzimático redox-ativo que hidrolisa ATPs para efetuar a redução do N molecular (N2) à NH3. É constituído por Mo, Fe e S.

Necrose: Tecido foliar morto ou em vias de morrer, indicado pelo seu secamento.

Nível crítico: É o teor do nutriente no solo ou nas folhas das plantas a partir do qual não ocorre resposta a sua aplicação.

Nutrientes: São os elementos químicos essenciais à vida das plantas. Para serem considerados como nutrientes, os elementos químicos devem atender a três critérios da essencialidade:

• Critério 1. A deficiência do nutriente impede que a planta complete o seu ciclo vital.

• Critério 2. O elemento químico não pode ser substituído por outro com propriedades similares.

• Critério 3. O elemento químico deve participar diretamente no metabolismo da planta.

De acordo com a quantidade absorvida pelas plantas, os nutrientes são divididos em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes.

Nutrientes benéficos: São elementos químicos importantes para o crescimento e desenvolvimento normal das plantas, mas sua falta não é considerada fator limitante. Cobalto (Co), selênio (Se), silício (Si) e o sódio (Na) são considerados como nutrientes benéficos às plantas. Por exemplo, o Co é essencial e necessário à fixação biológica do N2 pelas bactérias nos nódulos das raízes das leguminosas, bem como para bactérias de vida livre que fixam N2.

Oxidação: Mudança química em ambientes com oxigênio na qual um determinado íon, átomo ou molécula perde um ou mais elétrons, ocorrendo aumento nas cargas positivas. Por exemplo, o Fe2+ é oxidado a Fe3+ ou o Mn2+ é oxidado a Mn3+ e posteriormente, a Mn4+.

pH: Abreviação de potencial hidrogeniônico. É uma escala usada para medir a acidez ou a alcalinidade dos solos e soluções. O pH abaixo de 7 é ácido e acima de 7 é alcalino. O pH igual a 7 é considerado neutro.

Polióis: São poliácoois, ou seja, são álcoois com duas ou mais hidroxilas (OH-). O sorbitol, manitol e glicol são exemplos de polióis. As espécies vegetais da família das rosáceas (macieira, pereira e ameixeira) sintetizam estes compostos orgânicos que, por sua vez, complexam o boro, tornando-o móvel no floema.

Proteínas: São as macromoléculas mais abundantes nas células. São formadas por uma sucessão de moléculas menores denominadas de aminoácidos. Estão relacionadas com o metabolismo da construção celular. São componentes da membrana plasmática, citoesqueleto dos cromossomos, dentre outros.

Redução: É o processo inverso da oxidação. Um determinado íon, átomo ou molécula ganha um ou mais elétrons, ocorrendo diminuição no número de oxidação. Por exemplo, o Fe3+ é oxidado a Fe2+ ou o Mn3+ é reduzido a Mn2+.

9. GLOSSÁRIO

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Redutase do nitrato: Enzima responsável pela redução do nitrato (N-NO3-) à nitrito (N-NO2-). Etapa inicial da conversão do nitrato à compostos orgânicos nitrogenados.

Saturação por alumínio (m): É a porcentagem da capacidade de troca efetiva do solo (t) ocupada pelo alumínio trocável.

m (%) = Al/t x 100

Saturação por bases (V): É a porcentagem da CTC a pH 7,0 do solo ocupada por cátions básicos (Ca, Mg, K e Na).

V (%) = SB/CTC x 100

Senescência: Estádio de desenvolvimento das folhas mais velhas no qual elas secam e desprendem-se dos caules e colmos.

Solução do solo: É a fase líquida do solo onde estão dissolvidos os nutrientes. As plantas absorvem os nutrientes da solução do solo, sendo repostos pela fase sólida.

Soma de bases (SB): É a soma dos teores dos cátions básicos do solo (Ca2+, Mg2+, K+ e Na+). É expressa em mmolc dm-3 ou cmolc dm-3.

9. GLOSSÁRIO

Substâncias húmicas: Estágio final da decomposição ou humificação dos resíduos orgânicos do solo e representam a fração mais ativa da matéria orgânica. São os principais responsáveis pelos inúmeros processos físicos e físico-químicos que ocorrem nos solos. São constituídas por três frações: ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e huminas.

Textura do solo: Proporção relativa das partículas que constituem o solo. As partículas são denominadas de frações granulométricas e são constituídas pela areia, silte e argila.

Transporte ou translocação: É o transporte do nutriente do local de absorção para outro local na planta. Os nutrientes são móveis no xilema e a mobilidade no floema das plantas é variável. Há nutrientes muito móveis (N e K), móveis (P, Mg e Cl), pouco móveis (S, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn) e imóveis (Ca e B).

Xilema: Vaso condutor das plantas responsável pelo transporte da seiva bruta (água e minerais) das raízes até o ápice das plantas. É constituído por células mortas impregnadas por lignina e reforçadas com celulose. O xilema também é conhecido por lenho.

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10. LITERATURA CONSULTADA

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COORDENAÇÃO DO PROJETO

Eder de Paula GuirauGerente Técnico Regional

Hizidoro Guilherme LaraGerente Técnico Regional

Lucas Boaventura SilvaGerente Técnico Regional

Luis Fernando Stadler Baizan FernandesGerente Técnico Regional

Maickon Fernando Ribeiro BalatorGerente de Tecnologia de Aplicação

Marcos SilvaGerente Técnico Regional

Raphael Bianco Roxo Lima RodriguesAssistente Externo de Vendas

Renato Passos BrandãoGerente Agronômico

Rômulo Fredson DuarteGerente Técnico Regional

PROJETO GRÁFICO

Y2&COwww.y2n.co

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