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Volvo EuRodo EuRodo PUBLICAÇÃO DA VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDA. 2005 ANO XIX Nº 106 Agronegócio: MUITO ALÉM DA SOJA Agronegócio: MUITO ALÉM DA SOJA Volvo Express O portal de negócios da Volvo SF Volvo Express O portal de negócios da Volvo SF

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Volvo

EuRodoEuRodoP U B L I C A Ç Ã O D A V O L V O D O B R A S I L V E Í C U L O S L T D A . ◆ 2 0 0 5 ◆ A N O X I X ◆ N º 1 0 6

Agronegócio:

MUITO ALÉMDA SOJA

Agronegócio:

MUITO ALÉMDA SOJA

Volvo ExpressO portal de negócios da Volvo SF

Volvo ExpressO portal de negócios da Volvo SF

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14 SucessãoNo Chile, filhas assumem negócios de transportadora

16 IlhabelaPonto de encontro denavegadores, onde osencantos da naturezafalam por si

18 SemipesadosQuick: alimentos para todoo Brasil

20 Soluções VolvoTropical renova a frotacom o Leasing OperacionalVolvo

21 Volvo CEFábrica de Pederneirascomemora 30 anos

25 SegurançaDiscutindo o trânsito emencontros regionais

28 Saiba maisDiscos e lonas – casamentotem que ser bom

29 Caravana Siga BemUma promoção bemrecebida

31 Volvo OnlineNotícias do mundo Volvo

VOLVO SF

26 Novo portalagiliza e facilitaoperações comdiversos recursosonline.

EuRodo Revista editada pela Volvo do Brasil Veículos Ltda. ◆ Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, 2600 • CIC • Cx. Postal 7981 • CEP 81260-900 • Curitiba, PR • Telefone 41 3317 8111 (PABX) • Fax 41 3317 8403 • www.volvo.com.br ◆ Editor Executivo: Solange Fusco ◆

Editor: Marco Greiffo ◆ Jornalista Responsável: Luiz Carlos Beraldo (MTB 035/01/18V-PR) ◆ Redação: Anna Preussler, BM8 Bureaude Comunicação, Fábio Pinheiro, Newton Chagas, Texto&Cia e Toda Comunicação ◆ Foto da capa: Ito Cornelsen ◆ Projeto gráfico:Saulo Kozel Teixeira ◆ Revisão: Silmara Vitta ◆ Diagramação e Editoração Eletrônica: SK Editora Ltda. ◆ Tratamento de imagens: PauloArazão ◆ Impressão: Gráfica e Editora Posigraf ◆ Tiragem: 20.000 exemplares ◆ Filiada à Aberje2 0 0 5 l N º 1 0 6

EuRodo

7 CAPA

As várias facetasdo agronegócioO agronegócio determina o ritmo da economiabrasileira, gerando demanda em diversos outros setores,como o transporte rodoviário de cargas, por ondeescoam mais de 60% do PIB da maior economia daAmérica do Sul.

TRANSPORTE DEPASSAGEIROS

11 Articulados emJuiz de Fora-MGNovo sistema detransporte comarticulados Volvogera melhor fluidezde trânsito e maisqualidade parausuários dos ônibus. VOLVO PENTA

24 A mais potente Off ShoreLanchas Off Shore AxtorMarine, performance eestilo com motores VolvoPenta, aguardamhomologação para entrarna União Européia.

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EntrevistaSérgio GomesPlanejamentoEstratégico eGerenciamentode Produto daVolvo do Brasil

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AVolvo do Brasil registrou em 2004 o maior volume de vendasem sua história: 6.354 caminhões comercializados no merca-do doméstico, 35% mais que as 4.713 unidades vendidas em

2003. Um número que indica o acerto da companhia noplanejamento e desenvolvimento de produtos e serviços que atendamas expectativas dos transportadores. Nesta entrevista, Eu Rodopergunta a Sérgio Gomes, gerente de Planejamento Estratégico eProduto da Volvo do Brasil, como a companhia consegue identificar oque o transportador vai precisar – muito antes da primeira unidade deum novo modelo começar a ser produzida.

Olhando opara decidir o Olhando o FUTURO para decidir o PRESENTE

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Eu Rodo: Os caminhões com cabine nor-mal estão dando lugar aos com cabine fron-tal. Isso significa que o Brasil deverá seguira mesma tendência da Europa, ao invés doque acontece nos Estados Unidos, onde os“narigudos” ainda ocupam grande parte domercado?

Sérgio Gomes: Certamente. Hoje os ca-minhões com cabine frontal representampraticamente 90% de nossa produção – eessa tendência pode ser extrapolada paratodo o mercado, não só do Brasil como detoda a América do Sul. Um dos fatores quecontribui para isso é a legislação, que limi-ta o comprimento máximo dos veículos,enquanto nos Estados Unidos essa limita-ção não inclui o tamanho da cabine. Hátambém fatores como manobrabilidadenos centros urbanos e terminais de carga,onde a cabine frontal apresenta vantagens.

Eu Rodo: Que outras tendências podemosobservar entre os mercados desenvolvidos eos dos paises emergentes?

Sérgio Gomes: Em ambos os casos, ha-verá uso cada vez maior de alta tecnolo-gia, não só para melhor produtividade emenores níveis de emissões, mas tambémpara sistemas de rastreamento e outrossistemas de segurança. Hoje há uma pre-ocupação mais forte em rastrear cami-nhões, nos países emergentes, devido a fa-tores de segurança do que de logística.Entretanto, também pode-se dizer quecrescerá o uso do rastreamento para finslogísticos nos países em desenvolvimentocomo também haverá uso para fins de se-gurança em países desenvolvidos. E, emambos, a tecnologia de ponta deverá sercada vez mais usada para a segurançacontra acidentes de trânsito.

Eu Rodo: Qual é a equação ideal entreinovação, desenvolvimento e a melhor op-ção de compra para o transportador?

Sérgio Gomes: Como fabricantes, pro-curamos olhar o futuro para saber o queproduzir no presente. Por isso hoje ofe-recemos, além de performance, alto ní-vel de conforto ao motorista – o que setraduz em maior produtividade – comotambém buscamos os melhores níveisde segurança e soluções mais eficazesem termos ambientais. Da mesma for-ma, o transportador deve levar em con-ta que qualquer caminhão gasta muitomais em toda sua vida útil, para sermantido em operação, do que ele custano momento da compra. Ou seja, acre-ditamos que o empresário também deveolhar o futuro para decidir como com-prar hoje, ponderando fatores como dis-ponibilidade, custos de manutenção eníveis de atualização tecnológica. ■

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Eu Rodo: Que fatores são considerados nahora de se desenvolver um novo caminhãoou ônibus?

Sérgio Gomes: São muitos, desde os as-pectos ligados ao produto em si, passan-do pelos valores essenciais da marca –qualidade, segurança e meio ambiente –além de fatores como legislação e regula-mentação para cada mercado a que oproduto se destina. É um trabalho queenvolve diversos departamentos e áreasda companhia, em cada unidade da Vol-vo, em praticamente todo o mundo.

Eu Rodo: Isso significa que os produtos sãosempre globais?

Sérgio Gomes: No Grupo Volvo temoso Business Inteligence Network – BIN,formado por representantes de diversasunidades da Volvo em todo o mundo.Através dele, conseguimos somar experi-ências e tendências identificadas pelasgrandes marcas da empresa que sãoMack, Renault e Volvo, além da VolvoPowertrain (trem-de-força) e do chama-do 3P – Produtc Planning, Product Deve-lopment e Purchasing (Planejamento deProduto, Desenvolvimento de Produto eCompras).

Eu Rodo: Que informações são usadascomo base para o desenvolvimento?

Sérgio Gomes: Bem, primeiro devemosconsiderar que não há quem entenda me-lhor do produto do que o próprio trans-portador. Por isso a Volvo valoriza muitoas diversas pesquisas que faz, freqüente-mente, em todos os mercados onde atua.Além disso, fazemos avaliações constan-

tes das tendências de mercado para saber,entre outras coisas, quais segmentos estãoapresentando evolução e quais estão emretração. No caso brasileiro, por exemplo,quando começamos a produzir no país(1979-80), havia necessidade de aumen-tar a participação dos pesados, que repre-sentavam menos de 10% das vendas decaminhões e hoje já representam mais de60%, como acontece nos países desenvol-vidos. Mais recentemente, identificamosuma forte tendência de crescimento dossemipesados, o que serviu de base paraampliar nossa oferta aos transportadoreslançando o Volvo VM, só para citar umexemplo.

Eu Rodo: O Brasil transporta mais de60% de sua produção por rodovias e o prin-cipal combustível é o diesel. E em outrospaíses do mundo?

Sérgio Gomes: A situação é bem seme-lhante na Europa, onde 70% dos bens sãotransportados por caminhões. Os EstadosUnidos também estão caminhando paraesses níveis. O que se pode notar é que ocaminhão tende a ser o principal meio detransporte de bens em todo o mundo,sendo o pesado utilizado para grandesdistâncias e os médios e leves para distri-buição local e regional. Se considerado ovalor da carga, os outros modais não con-correm com ele – ao contrário, há umarede de complementação entre todos ecada um desses modais tem sua impor-tância no contexto todo.

Eu Rodo: A Volvo foi a primeira a apostarna eletrônica embarcada, no Brasil, ao im-portar os FH12 em 1993/94, quando mui-tos acreditavam que o país “não estavapronto” para isso. Até que ponto vale apena se antecipar?

Sérgio Gomes: Desde que começou aproduzir no país, a Volvo assumiu ocompromisso com a inovação, trazendosempre a tecnologia mais recente doGrupo Volvo para o continente. Nossamarca reunia as condições ideais paraisso, incluindo o fato de termos umarede de concessionárias preparada paramais essa inovação. Além disso, estavana hora de apresentar ao mercado nos-sa opção de caminhão com cabine fron-tal, o que acabou se tornando uma ten-dência. Optamos por fazer isso ao mes-mo tempo em que apresentávamosuma série de fatores que nos diferenci-aria radicalmente no mercado – a ele-trônica embarcada entre elas. E os re-sultados mostraram que acertamos,pois só no primeiro ano as vendas fo-ram o dobro do que havíamos progra-mado. E em seguida passamos a produ-zir o FH localmente.

Entrevista

‘‘Comofabricantes,procuramosolhar o futuropara saber oque produzir nopresente. (...)acreditamosque oempresáriotambém deveolhar o futuropara decidircomo comprarhoje,ponderandofatores comodisponibilidade,custos demanutenção eníveis deatualizaçãotecnológica.”

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Pesados Volvo

O agronegócio impulsiona a economiabrasileira em diversas áreas,respondendo pela geração de umagrande variedade de produtos e serviços.

AGRONEGÓCIO:o motor da economiaAGRONEGÓCIO:o motor da economia

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A pesar da queda da safra desoja 2004/2005, a agrope-cuária foi o único setor da

produção a sustentar o crescimentoda economia no primeiro trimestredeste ano. O PIB (Produto InternoBruto) cresceu 0,3% e só a agrope-cuária cresceu 2,6%, na comparaçãocom o quarto trimestre de 2004. Aárea plantada terá aumento de 0,91 %e o PIB global dos agronegócios pro-mete avançar 2,1% neste ano.

Isso mostra que, ao contrário doque muitos imaginam, o agronegó-cio hoje no Brasil não se resume àprodução e exportação de soja. A sa-fra brasileira de 2004/2005 deveráficar em torno de 116,3 milhões detoneladas, com redução 2,54% emrelação aos 119,08 milhões do anopassado. Com segmentos diversifica-dos, o agronegócio constitu-i uma força motriz de alta produtivi-dade, responsável por atividades quevão além do setor primário (agricul-

tura, pecuária, etc), estendendo-setambém para o que se define comoagroindústria e agroserviços.

Basta abrir uma geladeira, um ar-mário de alimentos ou mesmo olharpara uma mesa de refeição em qual-quer casa, restaurante, café, bar ouprateleiras de supermercados e lojasde departamentos para ver comopode ser ampla a cadeia de produtosgerada pelo agronegócio. Este é umreflexo natural do desenvolvimentoeconômico e industrial do país, quedeixou de depender apenas do setorprimário. Ou seja, hoje contamoscada vez mais com produtos indus-trializados, como queijos, leite, caféem pó, álcool, sucos de frutas, refri-gerantes, vinhos, e uma infinidade deoutros gêneros alimentícios, de ves-tuário, equipamentos, insumos etc.que fazem parte de nosso dia-a-diadireta ou indiretamente. E tambémajudam a manter bons resultados nabalança comercial brasileira.

FH12 da LogBrasil notransporte de leitepara a Castrolanda,de Castro (PR)

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de máquinas e equipamentos agrí-colas, por exemplo, teve um cresci-mento acumulado de 106,5% de1999 a 2003.

E o reverso também acontece: aprodução de carros de passeio flex-fuel (a gasolina e álcool), por exem-plo, vem ajudando a impulsionar osetor canavieiro e a produção nacio-nal de álcool. Hoje os flex-fuel já re-presentam 25% das vendas totais decarros, e estima-se que atingirão 50%até 2010. A alta dos preços do petró-leo no mercado internacional tam-bém favorece o setor: segundo analis-tas especializados, na próxima décadaas exportações de álcool deverãoatingir a marca de 5 bilhões de litros.

Estima-se que o agronegóciohoje representa 35% do PIB brasilei-ro, 37% dos empregos gerados e 44%de todas as exportações do país. Osprincipais setores movimentados sãoos de insumos e bens (vendidos aosprodutores rurais), o próprio setorprimário, de produção agrícola, a in-dústria de processamento e transfor-mação desses produtos, e a logísticade distribuição – transporte – sejapara exportação ou para o mercadodoméstico.

Cooperativas

Nesse contexto, as cooperativasdesempenham um papel importan-

te, tanto no mercado domésticocomo em exportações. Só por curi-osidade: as cooperativas brasileirasjá venderam amendoim para a Le-tônia; cobertores de lã para a Itália;pijamas e facas para a Suíça; carnesuína para o Uzbequistão e até cra-vos da índia para a própria Índia.

As cooperativas respondemhoje por 6% do PIB, tendo fatura-do, em 2004, cerca de R$ 32 bi-lhões. O país possui atualmentecerca de 1.509 cooperativas, quereúnem 940.482 produtores ruraise geram 110.910 empregos diretos,segundo a OCB – Organização dasCooperativas Brasileiras.

A produção de leite, por exem-plo, é um dos setores em que as co-operativas atuam fortemente, reu-nindo pequenos e grandes produ-tores e ajudando a manter tecnolo-gias cada vez mais sofisticadas, uti-lizadas desde os centros de produ-ção até as indústrias de transforma-ção. E o transporte desse produtonão foge à regra, pois requer veícu-los de alta tecnologia que garantamprazos e qualidade.

A transportadora Log Brasil, deCastro (PR), é responsável pelotransporte de cerca de 30% do lei-te produzido pela Castrolanda, co-operativa de laticínios daquela ci-dade. Utiliza semi-reboques tan-ques isotérmicos de inox para

A performance de setores in-dustriais identificados com aagroindústria mostrou maior dina-mismo que a produção industrialcomo um todo entre 2000 e 2003,de acordo com dados do IBGE: nes-se período, a agroindústria avançou13,3%, enquanto o crescimento in-dustrial geral foi de 4,5%. Além dosprodutos derivados do setor primá-rio – que vão de flores envasadas,óleo de soja, margarinas, até geléiasde frutas, pescados, etc. – o agrone-gócio também movimenta setorescomo o de financiamentos e diver-sas indústrias ligadas a eles diretaou indiretamente, como tratores,colheitadeiras, caminhões e utilitá-rios, contribuindo para impulsionara economia como um todo. O setor

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Com elevadopadrão dequalidade, osagronegóciosmobilizamdiversossegmentos

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transportar o produto em volumesque variam de 175 a 200 mil litrospor dia. De sua frota de 52 cami-nhões, 16 são dedicados exclusiva-mente ao transporte de leite, rodan-do de 500 a 1.000 km diários entreos centros de produção e unidadesda Nestlé em Araçatuba e Arara-quara (SP), e da Malibu em Ituiuta-ba (MG). O leite é recolhido dire-tamente nas fazendas à temperatu-ra de 3º C e deve chegar ao destinofinal a no máximo 7º C – por isso anecessidade de tanques isotérmicose caminhões com alta disponibili-

dade. “Caminhão quebrado signifi-ca leite azedo e, se isso acontecer, oprejuízo é do transportador” afirmaSandro Hey, diretor da Log Brasil.

Crescimento

Estima-se que assim como aprodução agrícola brasileira do-brou sua produção de 1991 a2005, o mesmo deverá acontecernos próximos 15 anos. E a infra-es-trutura para acompanhar esse cres-cimento? Haverá estradas em con-dições ideais para escoar toda essa

produção? Atualmente, mais de60% de toda a produção nacional étransportada por rodovias que es-tão precárias. Mas especialistas dosetor acreditam que o crescimentodo agronegócio acabará impulsio-nando investimentos onde for ne-cessário para garantir o escoamentoda produção – e o setor rodoviárioé um elo fundamental em todas asetapas do agronegócio – dos cen-tros de produção aos portos ou àsindústrias de transformação. E de-las aos centros de distribuição paraos consumidores finais.

Inúmeros transportadores inde-pendentes integram essa cadeia detransportes, que constitui um ver-dadeiro sistema de “veias” por ondepulsa o agronegócio em todo opaís. São os chamados “agroservi-ços”, ou seja, empresas de diversosportes do setor terciário (serviços),que movimentam esses produtospelas rodovias.

A Trans Rodan Logística e Trans-porte, de Londrina (PR), dedica-seao transporte de café e farinha detrigo, operando principalmente paraa Café Iguaçu e para o grupo J. Ma-cedo, que produz a farinha de trigo“Dona Benta”. Com frota de 25 ca-minhões, sendo 17 pesados – 8 dosquais Volvo – faz rotas entre o nortedo Paraná e São Paulo (capital etambém ao Porto de Santos),

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A Trans Rodan, de Londrina (PR), transporta café e farinha de trigo

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do Fcoj, o suco congelado e con-centrado. Sua logística de trans-porte é delicada e exige cuidadosespeciais dos transportadores, tan-to na etapa de coleta das regiõesprodutoras para as indústrias comono transporte do Fcoj, feito emtanques inox isotérmicos que ga-rantem a chegada do produto con-gelado aos portos.

A Transportes KM, de Catan-duva (SP), atende a cadeia de cítri-cos nas duas etapas – dos produto-res às indústrias e das indústriasaos terminais de exportação, emSantos. Opera para duas das qua-tro indústrias responsáveis portoda a produção brasileira de sucospara exportação: a Citrosuco e aCitrovita – juntas, elas respondempor cerca de 41% da produçãoanual do país.

Com frota de 90 cavalos mecâ-nicos, a KM atua também no setoraçucareiro e no transporte de grãose insumos agrícolas. A laranja é umaatividade importante em sua opera-ção, respondendo por 35% do fatu-ramento anual da empresa. Notransporte de suco congelado utiliza14 caminhões Volvo adquiridos en-tre 2001 e 2004, e também contacom os programas de manutençãoVolvo. Sobre a opção pela marcanesse tipo de operação, Frank Kane-mitsu Miura diz: “A palavra que re-sume tudo é consistência. Ou seja,

Curitiba e Mato Grosso do Sul. Uti-lizando também agregados, chega atransportar 2.400 toneladas men-sais, e a característica principal desua operação é o rígido cumprimen-to de prazos, segundo o diretor Or-ley Oliveira de Souza. Entregandoesses produtos para clientes comoCarrefour, CBD e Makro, trabalhaem sistema de “agendamento” emque os caminhões têm horários pre-viamente definidos para chegar aodestino. “Se um caminhão perde ohorário, tem que entrar numa filade espera, o que significa perda deprodutividade para o transporta-dor”, destaca Orley. Por isso a esco-lha da marca para essa operação:“Tenho Volvos adquiridos em 2000que até agora não sabem o que éoficina. Só param para trocas deóleos e filtros”.

Laranja para o mundo

Apesar da previsão de quedana produção deste ano, a safra dalaranja – outro item importante noagronegócio brasileiro – deverá serda ordem de 354 milhões de cai-xas (de 40,8 quilos). O estado deSão Paulo é considerado o maiorprodutor nacional, respondendopor mais de 90% das exportaçõesbrasileiras de suco. Estados Unidos,Europa e Japão são os principaismercados compradores do chama-

resultados consistentes ao longo dotempo, em termos de performance.E por performance destacamos aelevada disponibilidade operacionaldo veículo somada aos baixos cus-tos em consumo de combustível ede manutenção. Os planos de ma-nutenção da Volvo proporcionamcustos estáveis que garantem com-petitividade e lucratividade nestaoperação”.

Soja dos sonhos

Espíritos empreendedores en-contram no agronegócio oportuni-dades para transformar não apenassuas vidas, mas também todo o per-fil de desenvolvimento de algumasregiões do país. Este é o caso de JoséAntonio Gorgen, que deixou a cida-de-natal de Não me Toque (RS),para experimentar novas aventurase desafios nos estados do Maranhãoe Piauí. Começou com a FazendaRio Verde, em Loreto (MA) em me-ados dos anos 80. Na década seguin-te adquiriu a Companhia Agrícolado Ribeirão, juntamente com a Fa-zenda Ribeirão, em Baixa Grandedo Ribeiro (PI), de 13.000 hectares,onde havia uma plantação de caju.

Hoje Gorgen é o maior produ-tor individual de soja do Piauí e Ma-ranhão, tendo concretizado seu so-nho de produzir em grande escala ecom tecnologia avançada. A área

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A Transportes KM, de Catanduva (SP), atende a cadeia de cítricos

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plantada atual, de 12.500 hectaresde soja, deverá chegar a 20.000 hec-tares nos próximos dois anos. Em

Loreto mantém 2.100 ha. complantações de soja e milho.Sua empresa conta comquatro filiais: uma em Lo-reto e outras três em Bal-sas (MA) e além de soja,arroz e milho produz fer-tilizantes e outros insu-mos agrícolas para usopróprio e também parasuprimento aos demaisprodutores da região – sóem 2004 comercializou 30mil toneladas para os esta-dos do Nordeste.

Da cidade de Balsas, ondemora no sul do Maranhão, Gor-

gen comanda todos os seus negóci-os. Balsas é um pólo agrícola quevem se firmando como líder naprodução de grãos de toda regiãosul do Maranhão, Piauí e Tocantins.Anualmente a Feira Agropecuáriade Balsas – Agrobalsas – este ano noperíodo de 31 de maio a 3 de junho– é o ponto de encontro de todos osprodutores da região com os gran-des fabricantes de máquinas, veícu-los e insumos agropecuários dopaís, bem como representantes dediversos outros segmentos da cadavez mais complexa cadeia do agro-negócio.

Em busca de novas tecnologias,

Gorgen foi um dos fundadores daFAPCEN – Fundação de Apoio àPesquisa do Corredor de Exporta-ção Norte que, com apoio da Em-brapa, vem desenvolvendo novasvariedades de sementes adequadasao solo daquela região do cerrado.Faz o transporte de seus produtoscom frota própria de 30 caminhões,18 dos quais Volvo.

Agricultores do futuro

Como se vê, nas últimas décadaso produtor rural “artesanal” foisubstituído pelo empresário conec-tado via internet com as bolsas demercadorias do Primeiro Mundo.Da mesma forma, os transportado-res ligados ao agronegócio buscamveículos que proporcionam solu-ções avançadas, como eletrônicaembarcada, rastreamento, alta dis-ponibilidade, custos de manutençãoreduzidos e margens de rentabilida-de que permitam competitividade erenovação constante da frota.

São fatores como esses queconferem ao agronegócio brasileirocompetitividade acirrada com pro-dutores do Primeiro Mundo, comoEstados Unidos e União Européia –mesmo com estes últimos conce-dendo subsídios aos seus produto-res – subsídios estes considerados“imorais” pelos eficazes empreen-dedores brasileiros. ■

A Companhia Agrícola do Ribeirão, de Balsas (MA), usa caminhões FH12 no transporte de soja, milho e trigoe também dos insumos que produz e distribui na região

Volvo Eu Rodo l 2005

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Localizada na Zona da Mata, nosudeste de Minas Gerais, Juizde Fora possui cerca de 500 mil

habitantes, e uma de suas característi-cas é a estrutura viária linear, por estarlocalizada em um vale. Isso vem favo-recendo o desenvolvimento demográ-fico mais intenso na região norte dacidade, gerando grande volume dedeslocamentos entre o centro e estenovo pólo da cidade.

Atenta a esse fenômeno, a admi-nistração pública vem planejando cui-dadosamente o transporte de passa-geiros há mais de uma década, o quefaz de Juiz de Fora um dos grandescentros urbanos do país que pode or-gulhar-se de não se incomodar com otransporte pirata. Possui também umadas tarifas de ônibus mais baratas dopaís: R$ 1,30.

Transporte troncalizado

Ao apresentar, em fevereiro, os 15ônibus articulados Volvo do SistemaIntegrado de Transporte Troncalizado– SITT, um consórcio das empresas deônibus urbanos de Juiz de Fora – o

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Ônibus

prefeito Alberto Bejani concretizouum sonho iniciado há 15 anos, quan-do começou a planejá-lo em sua pri-meira gestão no poder executivo dacidade. Após se eleger deputado esta-dual e exercer outras funções políti-cas, Bejani foi reeleito prefeito da ci-dade e, com a ajuda dos empresáriosde ônibus locais, conseguiu reunir ascondições ideais para colocar em prá-tica o SITT.

A Agência de Gestão de Transpor-te e Trânsito – Gettran – de Juiz deFora, funciona como órgão gestor dosistema, mas as empresas de ônibusparticiparam ativamente do projeto,não apenas adquirindo novos ônibusmas também ajudando na construçãode obras de infra-estrutura, como oterminal de passageiros Santa Lúcia,na Zona Norte, e também de um via-duto, além de desapropriações paraalargamento de algumas ruas.

“Há uma saudável integração en-tre os empresários, a prefeitura e osgestores do sistema, aqui em Juiz deFora”, afirma José Carlos Granito, daTreviso JF, concessionário Volvo na-quela cidade. As freqüentes pesquisas

de satisfação dos usuários são utiliza-das como vetores para o planejamen-to do sistema de transporte público.Com isto, “o sistema que está sendoimplantado agora não apenas contri-bui para aprimorar o transporte depassageiros mas também para deixara cidade preparada para o crescimen-to da demanda previsto para os próxi-mos anos”, afirma Luiz Antonio deSouza Noel, diretor da Viação S.Francisco, que acaba de adquirir os 15ônibus articulados Volvo com carro-ceria Viale, da Marcopolo, que inau-guram o SITT. “Os articulados Volvode Juiz de Fora têm motor horizontalcentral, configuração ideal paratransportar mais passageiros – omotor fica abaixo do piso. Além disso,com o motor central a tração doveículo é sempre otimizada nas maisdiversas topografias, uma vez que omotor está sempre “puxando” oônibus, ao invés de empurrá-lo”,declara Alexandre Selski, gerenteregional de Vendas da Volvo.

Fluidez no trânsito

A cidade conta hoje com frota totalde 497 ônibus de oito empresas quetransportam cerca de 8 milhões 500mil passageiros ao mês. As maiores fro-tas pertencem à Santa Luzia, com 107ônibus, à Viação São Francisco, com102 ônibus, e à São Miguel, com 83ônibus. A Viação São Francisco respon-

Com 15 novos ônibus articulados Volvo, Juiz de Fora começaa operar seu Sistema Integrado de Transporte Troncalizado.

Juiz de Fora aprimoraTRANSPORTE DE

A participaçãoda iniciativaprivada nosistemaviabilizou atémesmo aconstrução deum viaduto

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de pelo transporte de 1,8 milhão depassageiros ao mês, operando basica-mente entre o centro da cidade e aZona Norte.

“Não temos problemas sérios, mashá uma demanda muito forte nos horá-rios de pico, ou seja, pela manhã e no fi-nal da tarde. Com os novos ônibus arti-culados, vamos evitar congestionamen-to nesses horários, com a redução dosveículos em circulação.Também estare-mos contribuindo para o aumento dosníveis de conforto e qualidade de vidatanto para os usuários de ônibus comopara a cidade toda”, explica Dulcídio deBarros Moreira Sobrinho, superinten-dente da Gettran, completando: “Aspessoas que usam ônibus poderão ir evoltar ao centro mais rapidamente, e as

que usam automóveis terão um trânsi-to mais tranqüilo para trafegar”.

O Sistema Integrado de TransporteTroncalizado conta com ônibus degrande capacidade rodando parte em

PASSAGEIROS

vias segregadas e parte em vias comuns.Nos terminais – o primeiro a entrar emoperação é o de Santa Lúcia, na ZonaNorte – os usuários podem fazer inte-gração com ônibus alimentadores. ■

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No terminal Santa Lúcia é possível fazer a integração dos articulados Volvo com alimentadores

Soluções em transporteA Volvo do Brasil é líder em produção e vendas de ônibus articulados e biarti-

culados da América do Sul, com veículos dessa configuração operando em SãoPaulo, Curitiba, Manaus, Porto Alegre, Florianópolis e diversas outras cidades demédio e grande porte do país. Eles também estão presentes em Bogotá, na Colôm-bia, no moderno sistema Transmilênio e, mais recentemente, a Volvo vendeu 1.669ônibus para o sistema Transantiago, da cidade de Santiago, no Chile, onde as pri-meiras unidades começarão a operar no segundo semestre deste ano.

“Temos larga experiência nesse tipo de projeto, que garante mobilidade e qualida-de de vida para os passageiros com veículos de grande capacidade, elevada disponi-bilidade e alta tecnologia”, afirma Luiz Caparelli, gerente de Vendas de Ônibus para aAmérica Latina. “Por isso, somos reconhecidos, hoje, como uma companhia que nãoapenas vende ônibus, mas oferece soluções em transporte”, conclui o executivo.

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Volvo Eu Rodo l 200514 ■

Pesados Chile

Empresa familiar no Chile tem naliderança filhas de um empresário bem-sucedidono ramo de transportes.

EM FAMÍLIASucessão empresarial

EM FAMÍLIA

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Operfil empreendedor e em-presarial das mulheres temconquistado espaço nas em-

presas de transporte de todo o mundo.No Chile, um exemplo marca a vida deJosé Andrés Astudillo, presidente daTransportes Astudillo e Hijas, com sedeem Santiago. De suas cinco filhas, duasdelas – Amalia e Graciela, trabalham aseu lado no comando da empresa quecomeçou com um caminhão e Andrésna boléia, e hoje conta com mais de140 veículos e 240 trabalhadores.

A história de sucesso da empresacomeçou com o pai, que comprou seuprimeiro caminhão, um velho modelo1950, e trabalhava longas jornadas detrabalho, tempo em que ficava longe dafamília. “Eram os sacrifícios pelos quaistinha que passar”, lembra Andrés, di-zendo que chegava a trabalhar mais de20 horas por dia.

Trazer as filhas para trabalhar naempresa foi uma forma de ter a famí-lia por perto. “Minha esposa sempreme entendeu e me ajudou a adminis-trar a situação entre o trabalho e a fa-mília”, lembra. “E desde muito cedomotivei minhas filhas a trabalharemcomigo”, diz.

Aprendizado

Amalia e Graciela, as filhas maisvelhas, desde os 12 anos ajudavam comtarefas pequenas nas diferentes áreasda empresa. “Nosso pai sempre nosmotivou a gostar do ramo de transpor-tes”, diz Amalia Astudillo. “Na épocado colegial ajudávamos em pequenascoisas e enquanto cursávamos a univer-sidade passávamos grande parte dotempo livre e também de nossas fériasinteirando-nos do trabalho”, lembra.

O sonho de Andrés sempre foi veras filhas no comando da empresa. “Àmedida que elas terminaram a faculda-de, ingressaram em diferentes áreas.Aos poucos fui deixando a administra-ção nas mãos delas, que aprenderamcada peculiaridade do negócio”, conta.

Hoje já são mais de 13 anos de “hi-jas no comando”. “Formei uma famíliaunida. E nossos funcionários se unirama este ideal e hoje nos ajudam a ofere-cer um serviço diferenciado e de quali-dade a nossos clientes”, diz Andrés.

Graciela, a filha mais velha, atendeao mercado nacional e Amalia a áreainternacional. “Trabalhar com nossopai é um desafio constante que nosmotiva muito e nos obriga a sermos

cada vez melhores. Temos que estaratentas 24 horas por dia, todos os diasdo ano”, diz.

Para elas, o pai é um grande exem-plo de vida. “É um visionário que colo-ca o coração em todos os desafios desua vida”, diz Amalia, reforçando entreas qualidades de seu pai a responsabili-dade, a perseverança, a dedicação e aluta em oferecer ao cliente um serviçode qualidade. “Sentimo-nos muito feli-zes e orgulhosas em ajudar a comandara empresa que meu pai fundou comtanto esforço e sacrifício”.

História

Há mais de 50 anos no mercado, aTransportes Astudillo y Hijas transpor-ta cargas em diferentes países. Atende

Uma dasmaiorestransportadorasdo Chile, aAsturdillo yHijas opera noChile, Brasil eArgentina

Astudillo (pai) e filhas: união em família, prosperidade nos negócios

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principalmente aos mercados do Chile,Brasil e Argentina. É hoje uma das mai-ores transportadoras do Chile.

A maior parte de sua frota é com-posta por caminhões Volvo. Amaliadestaca entre as qualidades dos veícu-los a confiabilidade da marca, seguran-ça, conforto para o motorista e umarede de serviço com ótima prestaçãode serviços em todo o Chile. “Essas ca-racterísticas nos dão a segurança decumprir com as entregas e as exigênci-as de nossos clientes”, afirma.

A Astudillo e Hijas é uma das em-presas mais respeitadas no Chile, tantopela excelência na gestão como pelacapacidade inovadora, segundo Gilber-to Vardânega, gerente regional de Ven-das da Volvo do Brasil, responsávelpelo mercado do Chile. ■

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16 ■

Ilhabela, a “capital brasileira da vela”é a maior ilha marítima do país.

Quem já não ouviu a expres-são: “Uma ilha é uma por-ção de terra cercada de

água por todos os lados”? Sim, namaioria das vezes numa talvez lon-gínqüa aula do curso primário. Po-rém, com o tempo a gente vaiaprendendo que essa é uma defini-ção muito simplista para descreververdadeiros pedacinhos de paraíso.Você certamente já ouvir falar ouaté mesmo conhece várias delas, al-gumas badaladas, outras paradisía-cas e outras, ainda, tão incorporadasao continente que nem mesmo separecem com ilhas. Há tambémaquelas ilhas que são verdadeirosroteiros de charme. Se é este o des-tino que você procura, temos umadica imperdível: Ilhabela, no litoral

paulista. A maior ilha marítima doBrasil. Roteiro certo de transatlânti-cos luxuosos que já descobriram osencantos de uma ilha que é bela aténo nome.

Os números impressionam: são346 quilômetros quadrados de área,com 36 quilômetros de praia, 300cachoeiras e uma fatia intocada daMata Atlântica. Cerca de 80% deseu território, inclusive, pertence aum parque estadual que procuramanter intactas as belezas naturaisda região. Na Ilha de São Sebastião,que todo mundo chama de Ilhabela,há espaço democrático para o vele-jador exigente, o surfista radical, oandarilho aventureiro e até paraquem vai mesmo só para badalar. Aparte norte da ilha abriga a maioria

Cidades

ILHABELAUma ilha mais que bela

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dos hotéis, enquanto o sul é marca-do pelo agito nas praias como as doCurral e da Feiticeira. A travessia debalsa a partir de São Sebastião leva20 minutos nos dias sem movimen-to. Agora, em véspera de feriados efins de semana do verão prepare-separa amargar algum tempo nafila. Por ficar muito próxima deSão Paulo, Ilhabela é o roteiropreferido dos paulistanos. Os tu-ristas descobriram a ilha nos anos50 e hoje, na alta temporada, jáquadruplicaram sua populaçãofixa, que é de 25 mil habitantes

Capital da vela

Mas são mesmo os navegadoresos que mais apreciam o visual e osventos que cercam a ilha. Suas ca-racterísticas geográficas favorecema prática de diferentes esportesmarítimos, como vela, surfe ewindsurfe. A capital brasileira davela é palco de muitas disputasnáuticas. Em julho, a cidade recebevelejadores brasileiros e estrangei-ros para a principal competiçãonáutica do país, a Semana Interna-cional de Vela, da qual participamembarcações de diversas classes.Em 1998, inclusive, os mares deSão Sebastião abrigaram a etapabrasileira da maior regata de voltaao mundo da atualidade, a VolvoOcean Race, que acontece a cada

quatro anos e reúne os mais impor-tantes velejadores do mundo.

Um pouco de história

Conta-se que há nailha recantos que servi-ram de base para pira-tas ingleses, franceses eholandeses nos séculos16 e 17. As cachoeirasde águas límpidas e afauna farta na MataAtlântica abasteciamde provisões os navioscorsários, que para

muitos historiadoresdeixaram tesouros enter-

rados. O mais céle-bre pirata que se

refugiou na ilha foiThomas Cavendish, osegundo inglês a dara volta ao mundo.No Natal de 1591,cem dos seus 400homens partiramem dois navios parasaquear e incendiar acidade de Santos. O povofoi surpreendido dentro daigreja, durante a Missa do Galo. Deacordo com alguns estudiosos, Ca-vendish acabou enforcado por ma-rujos amotinados, que preferiramficar na ilha a partir para novasaventuras. ■

Ilhabela

Onde é No litoral norte de São Paulo, a 210 qui-lômetros da capital e a 407 do Rio deJaneiro.

Como chegar Saindo de São Paulo, pelas rodoviasAyrton Senna, Carvalho Pinto, Tamoios,Rio-Santos. Do Rio, pela Rio-Santos.

Quando irPara fugir dos altos agitos, de maio atéa primeira quinzena de julho. Chovepouco e os preços são mais baixos. Aaltíssima temporada vai do Natal ao fimdo Carnaval.

Infra-estruturaA ilha oferece hotéis bem equipados epousadas confortáveis. Os custos, con-tudo, são relativamente salgados. Umaopção é se hospedar no continente,onde os preços são bem mais acessí-veis. Os restaurantes servem pratos va-riados, principalmente os preparadoscom peixes e crustáceos. Possui agên-cias de turismo que organizam os pas-seios pela ilha e mergulhos.

PraiasNa face da ilha voltada para o continen-te, o mar tem águas calmas e é procu-rado pelos praticantes de vela, windsur-fe e caiaque. Praias com aspecto primi-tivo e ondas fortes ou recantos isoladosem pequenas enseadas com águastransparentes ficam no lado voltadopara o mar aberto. Baía dos Castelha-nos, Saco do Sombrio, Fome e Bonetesão algumas das mais bonitas praiasde Ilhabela.

Na terraAlém de um espetáculo para os olhos,Ilhabela é uma inesgotável fonte depasseios por terra, como as caminha-das na mata. A trilha mais famosa tem12 quilômetros e leva em média quatrohoras para ser percorrida. Ela desem-boca em Bonete, uma das praias maisbonitas da região.

No fundo do mar Há excelentes pontos para mergulho. AIlha das Cabras, a 100 metros de Ilha-bela, abriga grande diversidade de fau-na marinha. Ilhas mais distantes, comoGalhetas e Sumitica, também apresen-tam águas transparentes e boa visibili-dade. Operadoras de mergulho locaisfornecem equipamentos, transporte ecursos.

ImportanteNão esqueça de levar muito repelentequando for a Ilhabela. Lá, os borrachu-dos são parte integrante da paisagem.Pior, têm até hora certa de aparecer. Nocair da tarde, verdadeiros enxames apa-recem, sedentos por sangue de turistasdesavisados.

Você sabia que...O nome original da ilha era Ciribaí. Noidioma dos primeiros habitantes, os ín-dios tupinambás, significa “terra tran-qüila”.

Em São Sebastião, aOceânica oferece suporteem vendas e pós-vendas aembarcações equipadascom motores e rabetasVolvo Penta que navegampela baía onde fica Ilhabela

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lhares de pontos de venda espalhadospelos 8,5 milhões de quilômetros qua-drados do território nacional, comerci-antes aguardam ansiosos por mercado-

rias, que serão revendidas para seusconsumidores. É a roda da economia,que não pode parar e, sobretudo, nãopermite falhas nem atrasos.

As empresas brasileiras de trans-porte e logística têm uma gran-de responsabilidade no proces-

so de desenvolvimento do país. Em mi-

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Volvo VM

Com apenas cinco anos de atuação, a empresa é a maior frotista Volvo VM.

Semipesados

QUICK: transportandoalimentos para o Brasil

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Neste segmento não há espaço paraaventureiros nem amadores. As empre-sas que operam no setor ou têm tradi-ção na área ou se especializam em umamodalidade de produtos e em poucotempo conquistam a preferência de cli-entes exigentes. É o exemplo da QuickLogística, de Goiânia (GO).

Com pouco mais de quatro anos deatuação, a empresa se especializou notransporte e armazenamento de produ-tos alimentícios, limpeza e higiene pes-soal. A história da Quick começou emjunho de 1999, quando seu fundador eatual diretor, Rivas Resende da Costa,deixou o emprego de mais de trintaanos em uma fábrica e decidiu ter seu

próprio negócio. Com a experiênciaacumulada e o conhecimento profundode mercado, abriu a Quick.

Em maio de 2000 a empresa come-çou a transportar as primeiras cargas.Hoje são 15 filiais: duas em Goiás (nacapital, Goiânia), três em São Paulo(Leme, Osasco e Mococa), três em Mi-nas Gerais (Belo Horizonte, Pouso Ale-gre e Uberlândia), além de Rio de Ja-neiro, Simões Filho (BA), Brasília, Be-lém (PA) e Manaus (AM). Em breveserá aberta a primeira filial no Sul, pos-sivelmente em Joinville (SC).

A empresa conta com 788 profissi-onais, entre motoristas e técnicos de vá-rias áreas, excluída a mão de obra ter-ceirizada. A frota tem 388 veículos ecerca de 430 carretas – 65% da marcaVolvo. Em outubro de 2004, a Quickcomprou 30 Volvo VMs, tornando-se amaior frotista de semipesados Volvo.Toda a frota é rastreada, com acompa-nhamento online do status do veículo erecursos modernos como cerca eletrô-nica, perda de sinal (travamento auto-mático), alarme de pânico. “Usamos avelocidade média como nossa aliada,para evitar acidentes e também para fa-zer com que os produtos cheguem emperfeitas condições aos seus destinos”,conta Costa.

A maior parte do faturamento(70%) está concentrada nos serviços detransporte e o restante (30%) em logís-tica. Em 110 mil m2 de espaço em seusCDs, a Quick oferece serviços de arma-zenagem, distribuição, recebimento eguarda de mercadorias, separação comconferência eletrônica dos pedidos, pic-king fracionado, plastificação, colagem,paletização, shrink, just in time, inventá-rio programado e inventário rotativo.

A carteira de clientes da empresa écomposta por marcas de renome, comoArisco, Assolan, Unilever, Kolynos, Fi-restone, Mococa e Dona Benta. Os

mercados com maior atuação são os doCentro-Oeste e Sudeste. Cerca de 85%das cargas são de alimentos (extrato detomate, sucos, leite condensado, cremede leite, macarrão, farinha de trigo, so-pas), higiene e limpeza (creme dental edesinfetante). Cada caminhão leva emmédia 17 toneladas de produtos.

Os caminhões da Quick tambémtrazem embalagens e matérias primasde fábricas em São Paulo para plantasem Goiás. O trabalho envolve o abas-tecimento de centros de distribuiçãopróprios ou dos clientes e daí paraatacado e varejo. Na rota mais distan-te, o caminhão da empresa coleta pro-dutos na capital paulista e leva atéManaus, no extremo norte. São quase3 mil quilômetros de rodovias, fora ostrechos de balsa.

Treinamento e prêmios

A Quick mantém um programapermanente de treinamento, que envol-ve os motoristas contratados e os tercei-rizados. No curso de motoristas queaconteceu em marco último, a empresatreinou 50 profissionais, entre motoris-tas próprios e candidatos a vagas aber-tas em processo de seleção.

As 1.400 horas de aula acontece-ram no auditório do SENAT, em Goiâ-nia. O programa, em parceria com oSENAT - Serviço Nacional de Apren-dizagem do Transporte, qualificou ogrupo com noções de português, inglêse direção defensiva, entre outras disci-plinas, com grade curricular atualizada.

O empenho na qualificação do pes-soal e em outras áreas, principalmenteno cuidado com o armazenamento demercadorias, rendeu à empresa o reco-nhecimento dos embarcadores. “A em-presa já obteve quatro prêmios de ex-celência”, revela o diretor da empresa,Rivas Resende da Costa. ■

Os Volvo VMda Quick

transportamalimentos e

produtos dehigiene

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Soluções Volvo

Tropical, uma das maiores transportadorasde combustíveis do Brasil, renova e gerencia a frota com o Leasing Operacional Volvo.

Só não vem comMOTORISTA E COMBUSTÍVEL

As empresas modernas vêm bus-cando aumentar sua competiti-vidade por meio de um controle

mais preciso de seus custos. A idéia queimpera em mercados cada vez maiscompetitivos e movidos a alta tecnolo-gia é que a empresa deve se preocuparapenas em fazer bem feito aquilo quefaz melhor, ou seja, tocar o seu negócio.Tudo que não está diretamente ligado àatividade fim e que representa tempo,custos e dor de cabeça deve ser deixadonas mãos de fornecedores qualificados.

Foi esta decisão que a Tropical Trans-portes, braço de transporte das EmpresasPetróleo Ipiranga tomou. Em março últi-mo, a Tropical ampliou sua frota agregan-do mais 8 novos caminhões Volvo FH 12,totalizando 16 unidades desse modelo. Aempresa, uma das maiores transportadorasde derivados de petróleo e álcool do Bra-sil, levou, além dos caminhões, um pacotecompleto de soluções, por meio do Lea-sing Operacional Volvo, que é administra-do pela Volvo Serviços Financeiros. Aocontratar o Leasing, a Tropical Transporteslevou para casa a manutenção em conces-sionárias Volvo, toda a liberação dedocumentação para queos veículos rodem,

seguro completo e operação de rastrea-mento com a ferramenta Volvo Link.

“Só não vem com o motorista e ocombustível. O resto está no pacote”, lem-bra o coordenador operacional da TropicalTransportes, Marcos Amorim.A modalida-de escolhida foi a que divide o valor doequipamento em parcelas mensais e aotérmino do contrato dá ao transportador aopção de comprar o produto, substituir,renovar ou devolver.

“Optamos pelo leasing porque pode-mos direcionar investimentos para nossaatividade fim ou para áreas com maiorrentabilidade. Também conhecemos oscustos operacionais antecipadamente etornamos mais eficaz o gerenciamento dafrota”, conta Amorim .

O pacote de serviços do Leasing daVolvo Serviços Financeiros é flexível. Deacordo com Amorim, antes de decidir pelaaquisição, a Tropical fez uma previsão de-talhada de rodagem, que deu à empresauma média de quilometragem para cadaum dos caminhões adquiridos via Leasing.“Em algumas situações os veículos rodam

6 mil km por mês, em outras a média sobepara 10 mil. Sabendo com antecedência amédia que os caminhões vão fazer, é pos-sível formatar o pacote de serviços para asnossas necessidades”.

Com 37 filiais, distribuídas pelos prin-cipais pontos do Sul ao Nordeste do país,a Tropical Transportes, de São Caetano doSul (SP), opera nos segmentos de coleta,transferência e entrega de derivados de pe-tróleo e álcool, bem como produtos quí-micos, carga geral e asfalto.

Ipiranga: grande cliente

Transportando cerca de 60% da vendaCIF (processo no qual a empresa vende etambém entrega o produto) da Ipiranga, aTropical Transportes também opera paraoutras empresas fora do grupo

Sua frota é formada por 510 equipa-mentos, entre caminhões, semi-reboques ebitrens. Os tanques sobre chassi, semi-re-boque e bitrem têm capacidade de 15 a44 mil litros. Toda a frota é equipada comcomputadores de bordo e sistemas de co-municação motorista/base, além do rastre-amento via satélite.

A Tropical tem 300 funcionários. To-dos os motoristas passam por rigorososprogramas de seleção, treinamento e reci-clagem em centro de treinamento próprio.Investindo fortemente em treinamento, aempresa possui um cavalo mecânico eum semi-reboque de três eixos exclu-sivamente destinados ao treinamentode motoristas, além de motores emcorte, sala com equipamentos audiovi-suais e outros recursos. ■

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A TropicalTransportesopera com 510equipamentos,entrecaminhões,semi-reboquese bitrens

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21■Volvo Eu Rodo l 2005

Volvo CE

Fábrica da Volvo Construction Equipment emPederneiras (SP) completa três décadas deoperação com bons motivos para comemorar.

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30 ANOS DEBRASIL30 ANOS DEBRASIL

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1975Começa a operara fábrica dePederneiras, àépoca umaunidade da ClarkMichigandestinada àprodução decarregadeiras eempilhadeiras.

1987Uma joint-ventureinternacionaltransformou acompanhia emVolvo-Michigan-Euclid, resultandona VME BrasilEquipamentosLtda.

1993

Início daprodução docaminhãoarticulado fora-de-estrada.

1995O Grupo Volvoassume ocontrole total daVME, dandoorigem à VolvoConstructionEquipment.

30 anos da fábrica da Volvo em Pederneiras

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L60E, L70E, L90E, L110E e L120E;caminhões articulados A30D, A35De A40D e motoniveladoras G710 eG720. As carregadeiras L50E, queaté recentemente eram produzidastambém na Suécia, sede mundial dogrupo Volvo, agora são fabricadas

Em 22 de fevereiro de1975, começava a ope-rar a fábrica da Volvo

em Pederneiras, inicialmentecomo fabricante de carrega-

deiras e empilhadeiras Clark Michi-gan, empresa que em seguida seria ad-quirida pela Volvo. Atualmente, pro-duz três das principais linhas de pro-dutos da Volvo Construction Equip-ment: caminhões articulados, carrega-deiras e motoniveladoras.

“Comemoramos este aniversáriojustamente em um momento de pro-dução alta, uma operação 24 horas pordia, e com grande crescimento nas ex-portações”, declara Fernando Arruda,diretor da unidade fabril, a única daVolvo CE na América Latina. A plantabrasileira é uma importante unidadeno sistema industrial global da Volvo.

Para comemorar a data, a compa-nhia está desenvolvendo uma série deações, a começar com confraterniza-ção com funcionários e familiares, eenvolvendo também a comunidadelocal. A Volvo é a maior indústria me-cânica da cidade.

Exportações em alta

Com 420 funcionários – 55 delescontratados este ano – a empresa viveum de seus melhores momentos, par-ticipando ativamente da rede globalde suprimentos da Volvo Constructi-on Equipment. Dos US$ 220 milhõesde faturamento previstos para esteano, cerca de US$ 180 milhões serãoem exportações, dos quais US$ 25 mi-lhões para a América Latina.

Só para os Estados Unidos serão

enviados este ano 530 caminhões arti-culados montados. A unidade da Vol-vo em Pederneiras também é respon-sável pelo suprimento de componen-tes da linha de produção de carrega-deiras da fábrica de Asheville, nosEUA: em 2005 serão enviados para osEstados Unidos cerca de 1.500 con-juntos de chassis completos, além dosuprimento habitual de 80 a 100 uni-dades de cabines abertas de carrega-deiras, usadas nos estados de climamais quente. Já as 300 carregadeirasexportadas anualmente têm comodestino principal a Europa.

“Os números de hoje são reflexode um trabalho que estamos desen-volvendo desde meados da década de90, para integrar a unidade brasileiraao sistema global industrial da VolvoConstruction Equipment. Foram ne-cessários investimentos consistentes emuitas horas de trabalho, treinamentoe conscientização dos funcionários so-bre a importância e a grandeza doprojeto”, afirma Arruda.

Operando 24 h/dia

Com estrutura enxuta – poucomais de 50 funcionários administrati-vos – a fábrica opera 24 horas por dia,de segunda-feira a sábado. A linha demontagem final opera em um turno;as áreas de corte, solda e pintura fun-cionam em três turnos e a usinagemem quatro turnos. Mas todos os fun-cionários trabalham em jornadas de40 horas semanais.

Os produtos fabricados em Pe-derneiras são compostos por três li-nhas básicas: carregadeiras L50E,

Linha do TempoLinha do Tempo1988

Início daprodução da linhade carregadeirasVolvo BM.

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1998A unidade de Pederneiraspassa a receber fortesinvestimentos emequipamentos e treinamentode pessoal para passar aproduzir equipamentos complataforma global - ou seja,idênticos aos produzidosem outras partes do mundopelo grupo Volvo.

Como parte das mudançasorganizacionais dacompanhia em todo omundo, a unidade brasileirapassa a responder pelosnegócios da marca em todaa América do Sul.

2000

Início daprodução demotoniveladoras.

2002

A carregadeiraL50 passa a serproduzida comexclusividade pelaunidade dePederneiras, hojeresponsável pelosuprimento desseequipamento paratodo e qualquermercado mundialda marca.

2003Novosinvestimentos naárea demandrilhadoras,aumentando acapacidade deprodução decarregadeiras.

2004Entra emoperação aprensa hidráulicaviradeira comcapacidade de1.000 toneladas,permitindoproduzir vigaspara caminhõesarticulados semnecessidade deusinagemposterior,reduzindo custose diminuindotempo defabricação.

2005

Entram emoperação novosequipamentos decorte de chapas alaser, dejateamento dechapas e de oxi-corte.

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apenas na unidade brasileira, que asfornece para todos os mercadosmundiais da marca.

Todos os produtos têm um nívelde nacionalização de componentes daordem de 60% – a unidade utilizacerca de 100 fornecedores brasileiros,

20 dos quais na região de Bauru/Pe-derneiras. Produz internamente, emsuas próprias instalações, os compo-nentes mais estratégicos, como chas-sis e cabines. A partir do final desteano, passa a produzir também os ei-xos das carregadeiras.

Capacitando novos profissionais

Sintonizada com os valores essenci-ais da marca Volvo – qualidade, segu-rança e meio ambiente – a empresamantém um relacionamento saudávelcom a comunidade local, com partici-pação em eventos como a Semana doMeio Ambiente, entre outros. Desde2001, mantém em suas instalações, emparceria com o SENAI e com o aval doMinistério do Trabalho, um programade treinamento que já formou 91 pro-fissionais em cursos de solda e linha demontagem. Desse total, 77 foram con-tratados pela própria empresa, e os de-mais encontram colocação nas indústri-as da região, com o referendo do treina-mento da marca em parceria com oSENAI.

Com 30 mil m2 de área construídaem terreno de 430 mil m2, a fábrica daVolvo em Pederneiras terá suas instala-ções ampliadas em mais cerca de1.000 m2 com a construção do novoprédio que abrigará a linha de produ-ção de eixos para as carregadeiras. Osinvestimentos para esta nova operaçãosão da ordem de US$ 1 milhão, segun-do Fernando Arruda.

“É uma satisfação muito grande vera evolução desta fábrica, se lembrarmosque no início atendíamos apenas o mer-cado brasileiro. Em seguida, passamos aatender a América do Sul e Latina nofinal dos anos 90.A partir de 2000, pas-samos a fazer parte da estrutura indus-trial global da Volvo e, atualmente, asexportações representam aproximada-mente 80% do nosso faturamento”, re-sume o diretor. ■

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Há seis anos, o sonho de cons-truir um barco perfeito fezcom que Miguel Juarez Cel-

man criasse um novo negócio quehoje movimenta sua vida pro-fissional. Tendo atuado comautomação industrial, cons-

trução civil, indústriaquímica, entre outrasespecialidaes, Celman

sonhava fabricaruma Off ShoreCruiser – com-

binando de-sign, conforto,

praticidade ealto desempenho.

Não foi fácil, mas a paixão pelos bar-cos e o conhecimento dos processosindustriais o fez movimentar idéias,pessoas e assim iniciar a construçãodo modelo idealizado, no estaleiro daempresa em Guarujá-SP.

A necessidade de formação ade-quada de pessoal, do trabalho de es-pecialistas no assunto e a busca porequipamentos e materiais no merca-do que satisfizessem os objetivosiniciais do projeto resultaram emum trabalho elaborado por umaequipe de técnicos e engenheiros –cerca de 60 pessoas no total. Nasciaaí a Axtor Marine, empresa do ramonáutico que após anos de pesquisas,desenvolvimento, testes e refina-mentos chegou ao modelo esperado

– a Axtor 460, produto consideradode excelência pela tecnologia em-pregada e que já se tornou referênciano mercado.

Para chegar ao modelo esperadoforam pesquisados no mercado osmotores que poderiam fazer a dife-rença no projeto. “Minha intenção erachegar a um rendimento de 50 nós,proporcionando conforto na mano-brabilidade e performance”, conta.

Recorde mundial

Com os estudos, chegou-se aosmotores KAD 300, produzidos pelaVolvo Penta, que possuem 272 HP nahélice e atingem velocidade de 41 a43 nós. Segundo Celman, uma equipede técnicos da Volvo estudou as variá-veis e adaptações necessárias ao mo-delo da embarcação esperado pelaAxtor e alcançou a performance ideal.“Com a utilização de dois motores derabeta a diesel confirmei minhas ex-pectativas e cheguei a uma velocidadede 50 nós, com uma embarcação de46 pés, um recorde mundial, algo queas demais fábricas sempre buscaram,sem êxito”, diz Celman.

Entre os diferenciais identificadosnos motores Volvo Penta estão o peso,potência, baixo consumo de combus-tível, o sistema de propulsão e a con-fiabilidade da marca. “A parceria coma Volvo garante eficiência, melhor

prazo de entrega e performance doproduto final”, salienta.

A Volvo Penta fornece à AxtorMarine pacotes de propulsão, chama-dos dentro do mercado náutico demotores de rabeta, que compõem ba-sicamente o motor, espelho de popa,rabeta, hélices, volante, direção hi-dráulica, instrumentação de painel ecomandos eletrônicos. Recentemente,a marca lançou a linha de motores D6.Foram criados para equipar lanchas es-portivas como as fabricadas pela AxtorMarine, em duas versões esportivas, aD6 310 DPH e a D6 350 DPH – omais potente motor a diesel de rabetajá produzido. Entre outras característi-cas especiais, têm tamanho compacto,novo sistema de gerenciamento eletrô-nico EVC, baixo nível de emissões eruídos, alta performance e baixo con-sumo de combustível.

A Axtor Marine produz hoje doismodelos – a Axtor Marine 460 Cus-tom, mais familiar, e a Axtor MarineSuper Sport, modelo mais esportivo,sem targa e com motores mais poten-tes. Em breve lançará a Axtor 550,que segue a mesma filosofia de cons-trução e navegação, aliada à extremaclasse apresentada. Já certificada porórgãos como ABNT – Associação Bra-sileira de Normas Técnicas, e RINA, aempresa aguarda certificação da Co-munidade Européia para a exportaçãodas Off Shore produzidas no Brasil. ■

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Volvo Penta

Lanchas são equipadas com motoresde rabeta a diesel KAD-300.

Alto rendimento emBARCOS ESPORTIVOS

O D6 350 DPH é o maispotente motor a diesel de rabeta já produzido

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Não é novidade alguma que as rique-zas produzidas no Brasil passam

pelas estradas: mais precisamente, asrodovias respondem por 60% de todo otransporte nacional de cargas. Sobrapouco para ser transportado em ferrovi-as e hidrovias. Com mais da metade damovimentação de cargas do Brasil, asestradas são corredores obrigatóriospara o fluxo de caminhões. E aí é que asestatísticas preocupam.

Em 2003, dos 104 mil acidentesocorridos nas rodovias federais, 45 milenvolveram caminhões, ou quase 26% dototal de caminhões que circulam nas es-tradas. Apenas nas rodovias federais queatravessam o estado de São Paulo, em2004 foram registrados 10.414 aciden-tes, sendo 3.476 envolvendo caminhões.Os números escondem prejuízos financei-ros imensos para as companhias de trans-porte de cargas, além das mortes e danospermanentes causados às vítimas.

Diante desse cenário alarmante, oPrograma Volvo de Segurança no Trânsi-to (PVST) está realizando uma série deDebates Técnicos regionais com trans-portadoras de vários estados brasileiros.

Segurança Volvo

Debates do Programa Volvo de Segurança mostramações de transportadoras brasileiras em educação.

TREINAMENTO EM FOCO

O objetivo dos encontros é de-bater a importância do treina-mento dos motoristas na di-minuição das fatalidades,visto que as estatísticas de-monstram que a maioria dosacidentes tem como causasfalhas humanas e não técnicas.Já foram realizados debates em SãoPaulo (SP) e Porto Alegre (RS). Até o fi-nal do ano os encontros serão em BeloHorizonte (MG), Campo Grande (MS) eSalvador (BA).

Paralelamente aos debates comtransportadoras, o PVST promove en-contros sobre questões específicas detrânsito de determinada cidade ou re-gião. Em Maringá (PR), por exemplo, foidiscutido o papel da sociedade local naredução de acidentes de trânsito, vistoque de 2001 a 2004 as fatalidades detrânsito na cidade dobraram.

Os debates de São Paulo e PortoAlegre contaram com a apresentaçãode “cases” de empresas de transportede cargas destes estados, que detalha-ram seus programas de treinamento demotoristas de caminhões, mostrandoque é um investimento que dá excelen-tes resultados operacionais e, mais im-portante ainda, resultados motivacionaise de comprometimento dos motoristas.Nereide Tolentino, consultora do PVST,considera fundamental que as empresasque promovem treinamentos tenhamuma abordagem adequada dos conteú-dos a serem transmitidos aos motoristas.

“Não basta levar motoristas para umdeterminado número de horas de aulaem sala e repetir os conteúdos normal-mente aplicados a estes profissionais. Épreciso conscientizá-los com uma abor-dagem comportamental, que influencie aformação de atitudes seguras no trânsi-to, fazendo com que a segurança façaparte de sua vida e rotina do dia-a-dia. Eesta mudança passa pela forma como ostreinamentos são conduzidos”, explica.

No encontro de São Paulo, os parti-cipantes foram unânimes em constatar

que as empresas que se esme-ram mais no relacionamentocom seus motoristas são asque estão obtendo melhoresresultados na prevenção e di-minuição de acidentes. Outra

constatação é que o treina-mento de motoristas precisa evo-

luir mais e acompanhar as necessida-des das empresas. Na capital paulista fo-ram apresentados “cases” da Transporta-dora Americana e Expresso Araçatuba.

A Transportadora Americana, da ci-dade homônima, em São Paulo, tem2.500 colaboradores e criou a sua Uni-versidade do Transporte que, em parce-ria com instituições de ensino, promovediversos cursos. Ano passado, foramtreinados 8 mil profissionais, com umamédia de 55 horas de treinamento porcolaborador. Os motoristas foram qualifi-cados em práticas de direção defensiva,técnicas de condução econômica, movi-mentação de produtos perigosos e siste-mas de rastreamento, entre outros trei-namentos. No “cases” apresentado pelaempresa, chamou a atenção o evento“Encontro com as Esposas”, que reúneas esposas dos motoristas para que elasparticipem de discussões sobre o traba-lho desenvolvido pelos maridos, enfati-zando a importância dessa profissão.

Outra empresa que apresentou seuprograma de treinamento de motoristasno debate foi a Expresso Araçatuba,empresa que tem 1.500 funcionários. Amédia de acidentes entre os veículosda empresa é de apenas 0,00015%por quilômetro rodado. Méritos para ostreinamentos. Um deles é o de compor-tamento do motorista. Nele, o condutoradquire conhecimentos sobre atitudecom o cliente, falta ou sobra de merca-doria, necessidade de conferência,como reagir em situações como assal-to, furto e colisão, e também aspectosde saúde.

No debate de Porto Alegre, os “ca-ses” apresentados foram os da Trans-portadora DM e Expresso Mercúrio. ■

Empresasconstatam queinvestir emtreinamento erelaçõeshumanas gerabonsresultados emsegurança,reduzindoriscos e custos

O conteúdo dos debates está disponível no site do PVSTw w w . v o l v o . c o m . b r / p v s t

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mento, consórcio, seguros e leasingVolvo, é a redução do tempo de res-posta. Para receber informações sobrecrédito, as concessionárias e transpor-tadores tinham que ligar, transmitir do-cumentos por fax ou enviar pelo cor-reio. Dá para imaginar a quantidade decontatos telefônicos e o número de do-cumentos indo e vindo diariamente?

Pois bem, essa realidade ficou nopassado. Desde o lançamento do VolvoExpress, o portal de negócios da VolvoServiços Financeiros, há pouco mais deum mês, boa parte do que se fazia portelefone, fax e correio, e levava tempo,pode hoje ser feito online, em temporeal. O projeto levou um ano para serdesenvolvido. "Com o portal, reduzi-mos drasticamente os contatos telefô-nicos. Hoje acompanhamos as solicita-ções de crédito passo a passo", comen-ta Cristiano Adalberto Krinski, super-visor de Administração de Vendas daNórdica, concessionária Volvo emCuritiba (PR).

Acessar o portal é fácil

Após o cadastro é só digitar onome e senha e acessar as operações,com total segurança e tranqüilidade.A qualquer hora e a qualquer lugar épossível obter informações sobre se-guros, consórcio, financiamento e lea-sing, sejam de caminhões, ônibus ouequipamentos de construção. "Asconcessionárias ganham agilidade eautonomia em vários processos. Oportal permite, por exemplo, solicitarautorizações online. Se o veículo pre-cisar circular fora do Brasil, por exem-plo, são necessários diversos docu-mentos. Agora, tudo pode ser feitopela internet, com apenas alguns cli-ques", explica Edsel Guidi.

Desenvolvido com a mais avança-da tecnologia, o Volvo Express é fácilde usar e totalmente seguro. A mesmasegurança utilizada pelos maiores ban-cos do mundo. "Após o cadastramento,os dados do cliente são confirmados

pela própria Volvo an-tes de fornecer a se-nha. Ao acessar o por-tal, há ainda um tecladovirtual que muda de posição acada novo acesso e impede um hackerde capturar a senha", destaca RicardoWittig, coordenador de sistemas daVolvo Serviços Financeiros.

Além da facilidade de acessar oVolvo Express de casa, do escritório, dohotel ou de qualquer outro lugar, oportal está funcionando também nasconcessionárias Volvo. Todas as equi-pes da rede foram treinadas para aju-dar no acesso.

Entre tantas possibilidades, o trans-portador encontra facilidades variadas,como por exemplo: emitir segunda viade boletos, autorizar débitos automáti-cos, transferir cotas de consórcio, fazerofertas de lances, elaborar planilhas definanciamento, solicitar crédito, acom-panhar contratos, fazer seguros, solici-tar coberturas provisórias ou seguropessoa-chave, atualizar dados cadas-trais e outras.

Segundo Cristiano Krinski, daNórdica, os transportadores já estãoutilizando os benefícios do portal."Tudo diretamente no portal e dequalquer lugar do país, o que repre-senta uma grande vantagem, pois amaioria de nossos clientes viaja e as-sim, onde estiver, terá acesso às infor-mações", ressalta.

Outras concessionárias tambémjá estão utilizando o portal da VolvoServiços Financeiros para atender assuas necessidades e dos seus clientes."Para nós, o que mais facilitou foi apossibilidade de podermos consultaras informações online, em temporeal", explica Emídio Silva de FreitasJr, coordenador de seguros do Gru-po Apavel, de Fortaleza (CE). Eleexplica que hoje o portal permitesolicitar liberações. "Antes esses pro-cedimentos eram feitos por telefoneou e-mail, o que levava muito tem-po", lembra. ■

Volvo SF Tecnologia

T ecnologia é economia. De to-dos os benefícios das modernasferramentas de comunicação à

disposição das empresas e seus profis-sionais, a mais valorizada é aquela quepoupa tempo, papel, dinheiro e, se pos-sível, dor de cabeça. E não há dúvidasque a internet representa um potencialimenso para essa economia.

Foi com a finalidade de agilizar odia-a-dia dos transportadores que aVolvo Serviços Financeiros criou oportal Volvo Express, "uma ferramentaque revoluciona o relacionamentocom os clientes da marca e que anteci-pa soluções, aumentando a velocidadede resposta", ressalta Edsel Guidi, dire-tor Financeiro América Latina da Vol-vo Serviços Financeiros.

Um exemplo prático de como oportal agiliza as operações de financia-

Novo portal poupa tempo e agiliza operações.

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VOLVO EXPRESSVOLVO EXPRESS

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Volvo Eu Rodo l 2004 27■

Roteiro para uso:

1 Entre no site da Volvo (www.volvo.com.br), clique no atalho daVolvo Serviços Financeiros e depois clique no ícone Volvo Express.

2 Na tela inicial do Volvo Express, selecione o seu tipo de usuário –Clientes, Concessionárias, Gerentes Regionais ou Volvo ServiçosFinanceiros.

3 Depois de acessar o portal basta fazer o cadastro, clicando em novousuário e escolher se é pessoa física ou jurídica.

4 Após ler o contrato com atenção e concordar com os seus itens é sópreencher o formulário.

5 O cadastro é enviado para o Volvo Action Service, que vaiconfirmar as informações e informar a senha.

6 Com seu nome de usuário e senha é só navegar, utilizando o menulateral para acessar as informações que tem interesse.

7 Para qualquer dúvida, basta ligar para o 0800-413033.

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Volvo Eu Rodo l 200528 ■

N a ediçãoante r io r

mostramos a impor-tância da utilização das lo-

nas de freio genuínas e suas vantagenssobre as não-genuínas. Mas, como sabe-mos, veículos como os caminhões semi-pesados Volvo VM utilizam também discosde freios nas rodas dianteiras. A combina-ção da eficiência de ambos resulta emmais segurança e menores custos de ma-nutenção para o transportador.

Quais são as principais característi-cas dos freios a disco Volvo?

Primeiro devemos destacar que os discosde freios não podem ser considerados iso-ladamente, mas como parte de todo umsistema de segurança do veículo que in-clui, além dos próprios freios das rodas –a disco e lonas – o freio motor, por exem-plo. Assim, os discos de freios Volvo sãoprojetados com especificações apropria-das para funcionarem com grande eficiên-cia e segurança nesse conjunto.

As propriedades mais importantes dosfreios a disco Volvo são: • menor distância de frenagem; • melhor estabilidade;• melhor distribuição das forças de fre-

nagem; • vida útil uniforme das pastilhas, discos

e pneus;• são projetados para melhor sensibili-

dade de forma a reduzir riscos de ruí-dos e vibração durante as frenagens;

• simplicidade de projeto, com poucaspeças suscetíveis ao desgaste, pro-porcionando também menor peso.

Saiba mais

Por transmitir grandes quantidades deenergia em forma de calor e alto torque defrenagem, a Volvo selecionou um discoventilado, que garante menos vibrações emelhor dissipação de calor.

O que são e como funcionamas pastilhas de freios?

As pastilhas de freios consistem emuma placa de aço e um material de fric-ção livre de amianto (produto não can-cerígeno). As pastilhas devem resistir aelevados níveis de atrito, forças de tra-vamento e altas temperaturas. Para mai-or vida útil das pastilhas, é muito impor-tante, além do uso de componentes ge-nuínos Volvo, o modo de condução doveículo – e para isso a Volvo ofereceTreinamento aos Motoristas.

Qual a relação entre os discos de freios e os freios a lonas e tambores?

Como já foi explicado, ambos fazem par-te de um sistema e, por isso, devem serconsiderados em conjunto. As caracte-rísticas dos materiais empregados naslonas e tambores das rodas traseiras(ver matéria da edição anterior) e atémesmo sua forma de instalação são fun-damentais para um bom desempenhodesse conjunto. Como as rodas traseirasdos caminhões são duplas, transmitemao pavimento da estrada maior força defrenagem. Mas é a combinação calcula-da entre elas e as rodas dianteiras quegarante uma frenagem segura e eficazno que diz respeito ao nível de desgastedos componentes desse sistema.

Quais os riscos de utilizar lonas não-genuínas nas rodas traseiras?

Empresas que produzem peças não-ge-nuínas para veículos Volvo têm apenas umapreocupação: lucro. Assim, deixam de ladoqualquer atenção com a segurança. Lonas não-genuínas apresentam especifi-cações inadequadas e, conseqüentemen-te, menor eficiência, o que provoca sobre-carga nos freios dianteiros, podendo cau-

sar até trincas nos discos. Se forem utiliza-das lonas e pastilhas não-genuínas, os re-sultados previsíveis são:

• desbalanceamento do sistema defreio;

• desgaste prematuro das lonas, tam-bores, pastilhas e discos;

• tendência maior a apresentar racha-duras no tambor de freio, uma vez quea temperatura não é uniforme devidoaos poros do tambor não-genuíno;

• lonas não genuínas no eixo traseiro doveículo VM sobrecarregam freios dian-teiros, ocasionando trincas e a própriaquebra do disco.

Os custos de manutençãopodem ser menores com utilizaçãode componentes genuínos?

A utilização de componentes genuínosresulta em melhor performance em todosos aspectos, pois eles foram projetadospara trabalhar em regime severo. Ou seja,oferecem maior resistência às altas tem-peraturas mesmo quando utilizados emaltas velocidades e estão dimensionadospara reduzir o desgaste prematuro detodo o equipamento. Em resumo, além demais eficazes e econômicos, os compo-nentes originais protegem algo que nãotem preço: a vida. ■

Freios a DISCO & LONASPor que é importante combinar adequadamenteos discos, pastilhas e lonas de freios na hora damanutenção destes componentes?

Lonas não-genuínasna traseira sobrecarregam os freiosdianteiros, danificando os discos

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Foram seis tentativas em dife-rentes regiões do país até queRogério Sato conseguisse se

classificar para concorrer ao títulode Caminhoneiro do Ano Siga Bem2004. Persistente e decidido, Satopassou dias e dias se preparando. Va-leu a pena. Além de vencer outros26 candidatos na prova teórica, eletambém foi o mais habilidoso na pis-ta de testes. “O interessante é que,há 22 anos, quando comecei a dirigircaminhão, deixei de estudar. O mun-do deu voltas e agora a própria estra-da me fez correr atrás de conheci-mento”, comenta Rogério. “Desco-nheço outro projeto desse porte di-recionado aos motoristas profissio-nais. A Caravana pode ser considera-da uma valiosa prestação de serviços,pois não há como não se envolvercom os temas abordados por ela.Passei a prestar mais atenção emquestões ligadas à cidadania, saúde emeio ambiente, além de segurança elegislação de trânsito. É preciso mes-mo ter consciência que de nada adi-anta a evolução tecnológica dos veí-culos se os motoristas não evoluíremjunto. E, quando grandes empresasse unem com esse propósito, tudoparece mais realizável”.

Autônomo com VM

Rogério Sato foi escolhido Cami-nhoneiro do Ano na grande final daCaravana, que aconteceu no dia 29de janeiro deste ano no Autódromo

Caravana Siga Bem

de Interlagos, em São Paulo. “Emborativesse me preparado bastante, nãoimaginei que seria o vencedor. Nãome sinto o melhor, mas também nãoposso negar que me esforcei muitopara atingir esse objetivo. Estou mui-to orgulhoso dessa conquista, aindamais por ela ter sido tão disputada”,comemora ele. Quanto ao novo VolvoVM, Rogério afirma que se trata deum grande prêmio: “Neste momento,ele significa a possibilidade de me

Volvo Eu Rodo l 2005 29■

Depois de ganhar a promoção daCaravana Siga Bem Caminhoneiro eser eleito o Caminhoneiro do Ano SigaBem 2004, o carioca de Teresópolis,Rogério Sato, ganha agora a estradana boléia do caminhão Volvo VM 23210, entregue como prêmio pelo títulode Caminhoneiro do Ano. Rogériodeixou a antiga transportadora deverduras em que trabalhava para setornar autônomo.

De norte a sul. A Caravana Siga Bem Caminhoneiro teveinício em julho do ano passado. Uma ação que contou com a participaçãoefetiva da Volvo e do Consórcio Volvo, em conjunto com a Petrobras Distri-buidora e a Pamcary. Um misto de promoção, educação e responsabilidadesocial que atraiu a atenção de 600 mil caminhoneiros de norte a sul do país.Para a Volvo, a Caravana apresentou aos motoristas muito mais do que seusprodutos, pois reforçou os valores essenciais da marca: segurança, qualida-de e cuidados com o meio ambiente.

Númerosrelevantes

6 mesesna estrada

100 diasde eventos

200cidadesbrasileirasvisitadas

35 milquilômetrosrodados

600 milcaminhoneirosparticipantes

9 milmotoristascadastrados

tornar autônomo, transportando car-gas, como ovos, entre o Sudeste eNordeste”. Mas, segundo Rogério, omais interessante tem sido ouvir aspessoas perguntarem se o caminhão émesmo dado de presente. “As pessoascustam a acreditar. Mas, não só res-pondo que realmente ganhei o cami-nhão, como também reforço que nãopoderia ser diferente, pois essa é umapromoção de verdade em todos ossentidos”. ■

Pab

lo d

e S

ousa

CAMINHONEIRO do ano

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Volvo Eu Rodo l 200530 ■

Volvo Online

A concessionária Vocal, deSão Paulo, está com um novosite “no ar”. A reformulação per-mitiu um incremento no supor-te comercial para a área dePós-venda e para os produtosda Volvo Serviços Financeiros.Desde a disponibilização dosite, o acesso vem crescendo.A média atual é de 1.000 pormês. “Através do site, os clien-tes também acompanham to-das as promoções realizadastanto pela Vocal quanto pela

No final do ano passado, aVolvo Bus entregou 25 ônibusdouble-deck B9TL à KowloonMotor Bus Ltda. (KMB), um dosmaiores operadores de double-deck do mundo. Foi a primeiravenda do novo chassi da VolvoBus para Hong Kong. A KMB as-sinou contrato com as autoridadesde Hong Kong para operação dalinha de ônibus entre as cidadesde Kowloon e New Territories. Osnovos ônibus têm capacidadepara 124 passageiros. A compa-nhia possui mais de 4.300 ônibusem operação e é responsável pelotransporte anual de mais de 1 bi-lhão de passageiros. Ao longo devários anos a Volvo já vendeu àKMB mais de 2 mil veículos.

Volvo VM:Romeu & Julieta

A Cargolift Logística eTransportes está usando trêsVM23 na configuração Romeu& Julieta para atender o progra-ma Milk-Run Efficiency, dafábrica da Volvo, lançado em2002. Os veículos estão trans-portando cerca de mil toneladaspor mês. Eles rodam cerca de20 horas por dia, operando nacoleta de componentes emquatro fornecedores da marcaem São Paulo, e fazendo atransferência de carga entreSão Paulo e a fábrica da Volvoem Curitiba, no Paraná. Segun-

do Markenson Marques, diretorda Cargolift, “devido à utilizaçãoquase ininterrupta, o VM é idealpara essas operações. Sua ca-bine moderna e ampla garantemais conforto ao motorista”.Com a solução Romeu & Julie-ta e operando no sistema Milk-Run, o VM proporciona outrasduas grandes vantagens: é ver-sátil em vias de maior tráfegoou em regiões urbanas quandoroda apenas com o ‘Romeu’, etem grande capacidade de car-ga para trajetos longos, quandoacoplado à ‘Julieta´.

VCE agora noMéxico e Porto Rico

Em janeiro deste ano, a Volvo Construction EquipmentLatin America, cujas operações estão centralizadas emCuritiba, no Paraná, assumiu a responsabilidade comercialpelos mercados do México e Porto Rico, que até entãoeram atendidos pela estrutura da empresa nos EstadosUnidos. O México abre um mercado potencial de 1,3 milequipamentos no segmento em que a VCE atua – retroes-cavadeiras, carregadeiras, escavadeiras, motoniveladoras ecaminhões articulados. Este ano, o objetivo é dobrar o nú-mero de unidades comercializadas no mercado mexicanoem 2004, que ficou em cerca de 100 equipamentos. Amatriz do distribuidor, chamado Converto-Dexel fica naCidade do México, mas a marca tem filiais nas cidades deQueretaro, Guadalajara e Monterrey.

Vocal: novo site

Volvo, além de terem acesso aoinformativo Vocal Express”, co-menta Alexandre Neves, da Vo-cal. Para conferir as novidades,acesse www.vocal.com.br.

Hong Kong: 25 ônibus double-deck da Volvo Bus

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31■Volvo Eu Rodo l 2005

+ d e 1 m i l h ã o d e k m

O caminhão Volvo NL 12 6x2EDC Gold, ano 98, da Trans PinhoLtda. ultrapassou este ano a marcade 1 milhão de quilômetros semabrir o motor – cerca de 1 milhão e50 mil quilômetros. Localizada emSão José dos Pinhais, no Paraná, aempresa transporta derivados demadeira – como chapas de MDF,compensado e laminado – utilizadosno setor moveleiro. O caminhão tra-balha com uma carreta e opera en-tre Curitiba e a região Nordeste, ro-dando cerca de 11 mil quilômetrospor mês. A empresa possui em suafrota nove veículos Volvo.

A transportadora DiCanalli,que está em processo de am-pliação de frota, recebeu esteano 10 caminhões Volvo FH 12380. A empresa, com sede emPasso Fundo/RS, é especiali-zada em transporte de carga noterritório nacional e latino-ame-ricano. Os novos FH irão operarnas rotas Brasil/Peru e Bra-sil/Chile. Segundo a direção daDiCanalli, a empresa aposta emoperações com frota própria,porta/porta sem transbordo emfronteira para mercado externo,

A área dePós-venda daVolvo está comuma nova cam-panha. A idéiaé mostrar a diferença entre pe-ças remanufaturadas e recon-dicionadas. Clientes de todo opaís já começaram a recebermalas diretas sobre o assunto.A rede de concessionárias Vol-vo também já conta com mate-riais para exposição e divulga-ção dos produtos. SegundoMarlon Maues, gerente deMarketing de Pós-venda da

B12R paraÁfrica do Sul e Egito

Volvo CE em Las VegasEm março, a Volvo Construction Equipment

– Volvo CE, participou da ConExpo2005, realizada em Las Ve-gas, nos Estados Unidos. AVolvo CE apresentou para omercado mundial de construçãouma escavadeira hidráulica de 70toneladas. A maior escavadeira da li-nha. O equipamento começará a ser comer-cializada ainda este ano. A ConExpo-Con/AGG ocorre detrês em três anos, com o objetivo de apresentar ao setor osmais recentes equipamentos, produtos, serviços e tecnologias.Passaram pela exposição mais de 100 mil visitantes, de 120países. Este ano, o evento atraiu cerca de 2 mil expositores, queocuparam um espaço de mais de 170 mil m2. A ConExpo é re-conhecida também como o ponto de encontro dos setores deconstrução e de materiais de construção de todo o mundo.

Entenda a diferença

A Volvo do Brasil iniciou em junho a produção de 60chassis de ônibus B12R para a África do Sul. Os veículos fo-ram adquiridos por sete compradores e serão encarroçadospela Marcopolo, Busscar e Irizar. A produção dos chassis de-verá ser finalizada em julho. A expectativa de venda para 2005é ultrapassar as 170 unidades comercializadas no ano passa-do naquele país. Outros 10 chassis B12R foram vendidospara o Egito, pelo importador Ghabbour, e o encarroçamentoserá feito no próprio país. O chassi B12R é reconhecido porsua tecnologia, robustez e versatilidade.

Volvo, “a diferença básica éque uma peça recondicionadaé consertada apenas ondeapresentou a falha, sem substi-tuição de componentes. Já emuma peça remanufaturada, to-dos os componentes que so-freram desgaste são substituí-dos, atendendo as mesmas es-pecificações do projeto de umapeça nova”.

DiCanallirecebedez FH 12

daí a necessidade de amplia-ção e a importância de veículosextremamente confiáveis.

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