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PROGRAMA CIENTÍFICO Casos difíceis SANA LISBOA HOTEL 19 e 20//JAN//2012 IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários

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Page 1: Casos difíceis - Eventos · Insónias na Patologia Psiquiátrica Dr. Luís Sardinha Apneia do Sono Dra. Amélia Feliciano As Perturbações do Sono em Medicina Geral e Familiar Casos

PROGRAMA CIENTÍFICO

Casos difíceis

SANA LISBOA HOTEL

19 e 20//JAN//2012

IV Congresso de Psiquiatriae Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários

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IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários2 3

19 de Janeiro de 2012PROGRAMA CIENTÍFICO

CURSO PRÉ-CONGRESSO

14.00-18.00h Curso ACTUAlIzAçãO TERAPêUTICA NAS PATOlOGIAS PSIqUIáTRICAS FREqUENTES EM MEdICINA GERAl E FAMIlIAR Dra.ReginaSequeiraCarlos Dra.TeresaLaginha Dr.PedroMacedo

18 de Janeiro de 2012

Destinatários do Curso: O Curso destina-se a Médicos, Enfermeiros e Psicólogos dos Cuidados de Saúde Primários. A compreensão biológica será perspectivada com referência ao psicológico. É abordada a relação médico-doente e enquadrada com o conceito de acompanhamento terapêutico, não deixando de ser enfatizado o farmacológico.

objectivosdoCurso:O Curso procura, a partir do levantamento das actuais áreas fundamentais de intervenção em Psiquiatria e Saúde Mental pela Me-dicina Geral e Familiar, dar uma perspectiva actual das maiores necessidades e critérios de abordagem pela Medicina Geral e Familiar, bem como actuali-zação terapêutica.

08.30h AberturadoSecretariado

09.30-09.45h sEssÃoDEABErTurA

09.45-10.30h CoNFErÊNCIAINAuGurAL AIMPorTÂNCIADoDIAGNÓsTICo NAEFICÁCIATErAPÊuTICA Presidente:Dr.PedroMacedo Palestrante:Profª.DoutoraMariaLuísaFigueira

10.30-11.00h Coffee-break

11.00-12.30h MEsA-rEDoNDA DEPrEssÃorEsIsTENTE Moderadores:Dr.ManuelLucianoSilva eDra.ReginaSequeiraCarlos Depressão vs. Doença Bipolar CasoClínico Dra.AlexandraFernandes Dr.JorgeBouça Reconhecer factores de risco de suicídio na depressão Dra.FilipaRamalhoSilva

COMISSãO dE HONRAPresidente:Ministro da SaúdeMembros:Bastonário da Ordem dos MédicosPresidente do Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos MédicosPresidente do Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos MédicosPresidente da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica GeralPresidente do Conselho de Administração da ARS de Lisboa e Vale do Tejo

COMISSãO ORGANIzAdORA

Presidente: PEdRO MACEdO Especialista em Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa; Director Clínico da Clínica Passeio da Estrela, LisboaClARA Sá dA BANdEIRAPsicóloga Clínica e Psicoterapeuta, Lisboa || CRISTINA GAlvãO Especialista em Medicina Geral e Fa-miliar; Assistente Graduada de Clínica Geral, Centro de Saúde de Beja; Assessora da Região de Saúde do Alentejo para os Cuidados Paliativos; Mestre em Gerontologia pela Universidade de Salamanca, Espanha; Mestre em Cuidados Paliativos pela Universidade de Lisboa || lUÍS ROCHA Enfermeiro Especialista em Saúde Mental; Enfermeiro Chefe do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa || MANUEl lUCIANO SIlvA Especialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Graduado de Clínica Geral; Coordenador da Unidade

de Saúde Familiar Horizonte, ACES de Matosinhos || REGINA SEqUEIRA CARlOSEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Chefe de

Serviço de Clínica Geral; ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa || TERESA lAGINHA Chefe de Serviço de Clínica Geral; Terapeuta Familiar,

Lisboa.

COMISSãO CIENTÍFICAPresidentes: MARIA lUÍSA FIGUEIRA Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, Lisboa; Professora Catedrática de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa|| lUÍS PISCO Médico de Família, Lisboa

AdRIANO vAz SERRA Professor Catedrático de Psiquiatria; Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra || ANTóNIO lEUSCHNERChefe de Serviço de Psiquiatria; Presidente do Conselho de Administração do Hospital Magalhães Lemos, EPE, Porto; Professor no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Porto || CRISTINA GAlvãOEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Graduada de Clínica Geral; Centro de Saúde de Beja; Assessora da Região de Saúde do Alentejo para os Cuidados Paliativos; Mestre em Gerontologia pela Universidade de Salamanca, Espanha || dANIEl SAMPAIO Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa; Coordenador do Núcleo de Estudos do Suicídio do Hospital de Santa Maria, Lisboa|| JOãO BARRETOChefe de Serviço de Psiquiatria, Hospital de São João, Porto; Professor Associado de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto || JOãO SEqUEIRA CARlOS Especialista em Medicina Geral e Familiar, Hospital da Luz, Lisboa; Presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral || JORGE BRANdãOEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Presidente da Associação Portuguesa de Grupos Balint|| JOSÉ CANAS dA SIlvAChefe de Serviço de Reumatologia; Director do Serviço de Reumatologia do Hospital Garcia de Orta, Almada || JOSÉ G. SAMPAIO FARIAChefe de Serviço de Psiquiatria; Lisboa|| lUÍS CâMARA PESTANAEspecialista em Psiquiatria; Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE; Presidente da Associação de Psiquiatria Biológica; Membro da Direcção do Colégio da Especialidade de Psiquiatria, Lisboa || lUÍS REBElOEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Centro de Saúde de Alvalade, USF do Parque; Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa || lUIz GAMITO Especialista em Psiquiatria; Unidade de Neurociências da Clínica de S. João de Deus, Lisboa || MANUEl CRUz Chefe de Serviço de Psiquiatria; Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa|| MANUEl lUCIANO SIlvAEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Graduado de Clínica Geral; Coordenador da Unidade de Saúde Familiar Horizonte, ACES de Matosinhos || MARIA ISABEl SANTOSDirectora do Departamento Universitário de Clínica Geral/Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Ciências Médicas, Lisboa || PEdRO MACEdO Especialista em Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa; Director Clínico da Clínica Passeio da Estrela, Lisboa || REGINA SEqUEIRA CARlOSEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Chefe de Serviço de Clínica Geral; ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa || RICARdO FRANçA JARdIMPresidente Conselho de Administração do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa|| RUI MOTA CARdOSO Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Presidente da Direcção do Instituto de Prevenção do Stresse e Saúde Ocupacional

INTERvENIENTESAlExANdRA FERNANdES Especialista em Medicina Geral e Familiar; Directora do Internato Médico da Zona Sul; Coordenadora da USF FF-MAIS, Fernão Ferro, ACES Seixal-Sesimbra || AMÉlIA FElICIANO Assistente Hospitalar de Pneumologia; Hospital Pulido Valente; CHLN || ClARA Sá dA BANdEIRA Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta, Lisboa || CRISTINA GAlvãO Especialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Graduada de Clínica Geral, Centro de Saúde de Beja; Assessora da Região de Saúde do Alentejo para os Cuidados Paliativos; Mestre em Gerontologia pela Universidade de Salamanca, Espanha; Mestre em Cuidados Paliativos pela Universidade de Lisboa || dUlCE BOUçA Psiquiatra e Psicoterapeuta; Assistente da Faculdade de Medicina de Lisboa; até Dezembro de 2010 responsável da Unidade de Comportamento Alimentar do Hospital de Santa Maria, Lisboa || FERNANdO MEdEIROS PAIvA Psiquiatra; Serviço de Psiquiatria do Hospital de S. João, Porto || FIlIPA RAMAlHO SIlvA Interna de Psiquiatria; Hospital Magalhães Lemos, Porto || JOãO MARqUES TEIxEIRA Psiquiatra e Psicoterapeuta; Professor Agregado da Universidade do Porto; Director Clínico do Neurobios-Instituto de Neurociências || JOãO SEqUEIRA CARlOS Especialista em Medicina Geral e Familiar, Hospital da Luz, Lisboa; Presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral || JORGE BOUçA Psiquiatra, Psicanalista, Director do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia || JOSÉ CANAS dA SIlvA Chefe de Serviço de Reumatologia; Director do Serviço de Reumatologia do Hospital Garcia de Orta, Almada || JOSÉ NUNES Chefe de Serviço de Clínica Geral; Assistente Convidado de Medicina Geral e Familiar da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa || JOSEFINA MARAU Chefe de Serviço de Medicina Geral e Familiar; Unidade de Saúde Familiar Cidadela, Centro de Saúde de Cascais || lUÍS ROCHA Enfermeiro Especialista em Saúde Mental; Enfermeiro Chefe do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa || lUÍS SARdINHA Chefe de Serviço de Psiquiatria, Hospital de S. Francisco Xavier, Lisboa || MANUEl lUCIANO SIlvA Especialista em Medicina Geral e Familiar; Assistente Graduado de Clínica Geral; Coordenador da Unidade de Saúde Familiar Horizonte, ACES de Matosinhos || MARIA lUÍSA FIGUEIRA Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, Lisboa; Professora Catedrática de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa || PEdRO MACEdO Especialista em Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa; Director Clínico da Clínica Passeio da Estrela, Lisboa || REGINA SEqUEIRA CARlOS Especialista em Medicina Geral e Familiar; Chefe de Serviço de Clínica Geral; ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa || RITA ABRIl Especialista em Medicina Geral e Familiar, Unidade de Cuidados Continuados, Hospital da Luz, Lisboa || RUI MOTA CARdOSO Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Presidente da Direcção do Instituto de Prevenção do Stress e Saúde Ocupacional || TERESA lAGINHA Chefe de Serviço de Clínica Geral; Terapeuta Familiar, Lisboa || TERESA vENTURA Chefe de Serviço de Medicina Geral e Familiar; Centro de Saúde Santo Condestável, Lisboa; Assistente Convidada da Fac. de Ciências Médicas de Lisboa.

COMISSãO dE AvAlIAçãO dE COMUNICAçÕES ORAIS E POSTERSPresidente: REGINA SEqUEIRA CARlOSEspecialista em Medicina Geral e Familiar; Chefe de Serviço de Clínica Geral; ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Lisboa ClARA Sá dA BANdEIRAPsicóloga Clínica e Psicoterapeuta, Lisboa ||lUÍS ROCHA Enfermeiro Especialista em Saúde Mental; En-fermeiro Chefe do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa || PEdRO MACEdO Especialista em Psiquiatria, Centro Hospitalar Psiquiá-trico de Lisboa; Director Clínico da Clínica Passeio da Estrela, Lisboa || TERESA lAGINHA Chefe de Serviço de Clínica Geral; Terapeuta

Familiar, Lisboa.

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IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários4 5

20 de Janeiro de 201208.30h AberturadoSecretariado

09.30-11.00h MEsA-rEDoNDA PsICoPAToLoGIANAsDEMÊNCIAs Moderadora:Dra.ClaraSádaBandeira Psicopatologia e Sintomas nas Doenças com Deterioração Cognitiva Dr.PedroMacedo

Factores de resistência ao tratamento Dr.FernandoMedeirosPaiva Perguntas & Respostas

12.30-13.15h sIMPÓsIosATéLITE. uMoLhArsoBrEAPErTurBAçÃo DEPrEssIvAMAjor Palestrante: Dra.GiselaBorges

13.15-14.30h AlmoçodeTrabalho

14.30-15.00h CoNFErÊNCIA PArADIGMAsDoCorPoEDAMENTE Dor Crónica Presidente:Dra.ReginaSequeiraCarlos Palestrante:Dr.JoséCanasdaSilva

15.00-16.30h MEsA-rEDoNDA ABorDAGEMEMPAToLoGIAsDIFÍCEIs Moderadora:Dra.TeresaLaginha Depressão e Ansiedade nas Perturbações da Personalidade Dr.JoséNunes Primeiros Sinais de Alterações do Comportamento Alimentar Dra.DulceBouça Fronteiras de Diagnóstico nas Psicoses Prof.DoutorJoãoMarquesTeixeira Como lidar com Personalidades Difíceis Enf.ºLuísRocha Perguntas & Respostas

16.30-17.00h Coffee-break

17.00-19.10h APrEsENTAçÃoDECoMuNICAçõEsLIvrEs

19.10h FimdasSessõesdo1ºdia

Demência Frontal, Depressão Vascular e Depressão Dra.CristinaGalvão Cuidados Paliativos nas Demências Dra.RitaAbril Perguntas & Respostas

11.00-11.30h Coffee-break

11.30-12.15h CoNFErÊNCIA PArADIGMAsDoCorPoEDAMENTE O Corpo como Local Psíquico Presidente:Dr.JoãoSequeiraCarlos Palestrante:Dr.PedroMacedo

12.15-13.00h sIMPÓsIosATéLITE

13.00-14.30h AlmoçodeTrabalho

14.30-16.00h MEsA-rEDoNDA PAToLoGIADosoNo Moderadora:Dra.TeresaVentura Insónias na Patologia Psiquiátrica Dr.LuísSardinha Apneia do Sono Dra.AméliaFeliciano As Perturbações do Sono em Medicina Geral e Familiar Casos Clínicos e Comentários Dra.JosefinaMarau Terapêutica das Disfunções do Sono Dra.AméliaFelicianoeDr.LuísSardinha Perguntas & Respostas

16.00-17.15h DEBATEDEENCErrAMENTo soNhoouPEsADELo:oENvELhECIMENTo NoséCuLoXXI Projecção do filme “Alasca” de Miguel Seabra Lopes Intervenientes:Dra.CristinaGalvão, Prof.DoutorRuiMotaCardosoeDr.PedroMacedo

17.15-17.30h ENTrEGADEPréMIos EENCErrAMENToDoCoNGrEsso

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IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários6 7

POSTERS

RESUMOS DE COMUNICAÇÕES LIVRES

POSTER Nº 1A SAÚdE MENTAl dOS NOSSOS IdOSOSHelenaFragoeiroeIsabelFragoeiroCentrodeSaúdedeCâmaradeLobos-UniversidadedaMadeiraIntrodução: Nos idosos as perturbações da saúdemental (SM) são frequentemente desvalorizadas.Importa, pois, determinar o seu tipo e prevalência,a forma como são toleradas, que relação têm comoutraspatologiaseassuasrepercussõesnaqualida-dedevida.Objectivos:Caracterizarapopulaçãoidosadopon-todevistadaSM,determinaraprevalênciadaansie-dadeedepressãoeainfluênciadediversosfactoresnaSM.Material e métodos: Tratou-se de um estudo denatureza psicossocial, transversal, probabilístico. ASMfoiavaliadasegundoomodelodeWare65anos,residentenacomunidade.Resultados: Daanálisedosdados,verificou-sequeosidosospossuiammaioritariamenteSMmaisposi-tiva.Constatou-seumaprevalênciade3,2%paraodistresspsicológicoede0,3%paraosidososqueseapresentavammaisdeprimidos.Dosinquiridos,8,8%apresentavamumnivelmédiodedepressãoe27,5%perturbaçãodaansiedade.AprobabilidadedaSMsermaispositivaera30%menornasmulheresenaque-lesqueauferiamdeapoiossociais.Era40%inferiorquandopossuíamumaredesocialmuitolimitada.Aslimitaçõesnacapacidadefísicaparaasatisfaçãodenecessidades diárias e a percepção de saúde maisnegativa emergiram como factores significativosparaapiorSM.Conclusão: Salienta-secomonecessárioo rastreiodos idosos que apresentam défices cognitivos, osquaisdeverãobeneficiardeapoioserespostasade-quadas,comoobjectivodeminimizarascomplica-çõesqueserepercutemnobem-estareSM.

POSTER Nº 2ABORdAGEM dA dEPRESSãO PóS-PARTO NOS CUIdAdOS dE SAÚdE PRIMáRIOSHelenaFragoeiroCentrodeSaúdedeCâmaradeLobosIntrodução: Adepressãopós-partoéumapatologiarelativamentecomummasquefrequentementepas-sa despercebida, sobretudo devido à sobreposiçãodossintomasdepressivoscomaquiloqueécultural-menteaceitecomoexpectávelenaturalnamulherapósoparto.Objectivo: Rever e sistematizar os aspectos rela-tivosàepidemiologia,etiopatofisiologia,manifesta-çõesclínicas,diagnósticoeterapêuticadadepressãopós-parto, no sentido de nortear uma abordagemadequadaaoníveldoscuidadosdesaúdeprimários.Material e Métodos: Pesquisabibliográficadear-tigoseminglêseportuguêspublicadosnosúltimos3 anos nas bases de dados Pubmed, Cochrane e Uptodate, utilizando os termos Mesh: Post partum depression.Resultados: A depressão pós-parto afecta aproxi-madamente10%dasmulheres,constituindo-secomoumfactorderiscoimportanteparaodesenvolvimentofuturodeepisódiosdedepressãomajor.Apresentare-percussõesnegativasaoníveldacriaçãodevínculosafectivosentreamãeeacriança,nonormaldesenvol-vimentodaúltimaenarelaçãodocasal.Idealmente,oseudespistedeveráfazerpartedasconsultasderoti-nanoperíodopós-parto,podendoparatalrecorrer-seainstrumentosjávalidadosousimplesmentepeloquestionardamulherrelativamenteaoseuestadodehumoreeventuaismedosquepossater.Aterapêuti-cafarmacológicadeveráser instituídaprecocementee,seleccionadaconsoanteofactodamulherestarounão a amamentar, podendo ser complementada poracompanhamentopsicológico.

Discussão/Conclusão:Odespistedadepressãopós-parto deverá ser feito rotineiramente pelo médicodefamília,devendoasconsultasdesaúde infantilederevisãodopuerpérioconstituirmomentoschaveparatal.

POSTER Nº 3dE PESCAdOR A AGRICUlTOR: UM CASO dE STRESS PóS-TRAUMáTICOHelenaFragoeiroeFábioCamachoCentrodeSaúdedeCâmaradeLobosEnquadramento: Embora inicialmente descrito emmilitares,ostresspós-traumático(STP)éaindaumaentidadeateremcontanosdiasdehojeeparaoqualomédicodefamíliadeveestaralerta,sobretudoemindividuossujeitosaeventostraumáticos.descrição do caso: JMVA,sexomasculino,33anos,casado e pescador. Em 2010, a embarcação ondetrabalhavasofreuumnaufrágio, tendoomestredaembarcaçãofalecido.Apesardefisicamentenãotersofrido sequelas, após regressar a casa, a esposacomeçou a notar alterações no seu comportamen-to(dificuldadesemdormir,evitamentodeconversassobreonaufrágio,ansiedadeeagressividade),tendoprocuradoajudajuntodomédicodefamília.Emborana primeira consulta o doente tenha demonstradoresistênciaemabordaronaufrágio,acabouporrefe-rirquesofriadeinsónias,quesesentiaansiosoecomdificuldadesemconcentrar-sepoistinhapesadeloserecordaçõesconstantessobreoquetinhaaconteci-do.Optou-se,por iniciarterapêuticaantidepressiva(escitaprolam10mg),associadaaumabenzodiaze-pina.Recomendou-seacompanhamentonaconsultade psicologia, o qual recusou. Entretanto, o doentecontinuaaseracompanhadonaconsultaemantémamedicação,poisemborasesintamenosansiosoetenha menor dificuldade em dormir, continua a terdificuldadesemabordaroqueaconteceu,tendoin-clusivamente mudado de profissão, dedicando-seagoraàagricultura.discussão: O SPT embora raro, está associado aelevados níveis de disfunção social, familiar e pes-soal,sendooseudiagnósticoparticularmentedifícildevidoàheterogeneidadedemanifestaçõesclínicaseàresistênciaporpartedosdoentesemabordaroeventotraumático.

POSTER Nº 4OS SOMATIzAdORES, HIPOCONdRÍACOS NA CONSUlTA…GuidadaPonte,TeresaNeves,MargaridaLobo,Su-sanaFernandes,VanessaVilaNova,OféliadaPonteServiço de Psiquiatria, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo,EPEIntrodução: Tradicionalmenteostermos“somatiza-ção”ehipocondria”têmsidousadosdeformasinóni-maparadesignarapresençaouapreocupaçãocomumsintomasugestivodedoençafísica,paraoqualnãoéencontradoumaetiologia físicaclara.Muitosdestespacientesnãochegamaoscuidadosdopsi-quiatrapelasuaprópriarecusaoupelafaltadeiden-tificaçãoporpartedotécnico.Objectivos: Alertarparaaimportânciadaidentifica-çãoetratamentodasperturbaçõessomatoformes.Material e Métodos: Pesquisa de literatura rele-vante.Resultados: AsPerturbaçõesSomatoformesrepre-sentamumaregiãoobscuranoconhecimentomédi-co,sendobastantefrustrantes,tantoparaopacientecomoparaomédico.Representamatémetadedosatendimentosemcuidadosdesaúdeprimáriosese-cundários,esãocausaimportantedeincapacidade.O diagnóstico traz consigo a problemática inerenteaqualquerdiagnósticodeexclusão:afrustraçãodomédicoedopaciente,eoelevadoconsumodeser-

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viçosdesaúde.Oalertardomédicoparaaprocurado factor emocional despoletante da sintomatolo-gia somatoforme permite um diagnóstico positivo,comainstituiçãodeumtratamento,quepassapelaexplicação dos sintomas ao paciente, um acompa-nhamentoregular,esenecessário,areferenciaçãoàconsultadepsiquiatria.discussão/conclusões:Ossomatizadoressãores-ponsáveisporexcessivosgastosnosistemadesaú-de.Aadopçãodeummodelomédicobio-psico-socialfacilitaasuacorrectaidentificaçãocomainstituiçãodo tratamento apropriado, melhorando a qualidadedevidadopacienteediminuindooscustos.

POSTER Nº 5dEPRESSãO NO IdOSO: COMO ABORdAR?JoanaLopes1, JessicaCosta2,CátiaAlmeida2,Cata-rinaSantos3

1USFEgasMoniz(ACESFeira-Arouca)2USFFamílias(ACESFeira-Arouca)3UCSPArgoncilhe(ACESFeira-Arouca)Introdução: A Depressão no Idoso é uma patolo-giaquecursacomcaracterísticasinespecíficas,peloqueéfrequentementesubdiagnosticadaesubtrata-da. Segundo alguns autores a sua prevalência variaentre 1-10% nos idosos vivendo na comunidade e10-30%entreosinstitucionalizados.Sendoumadasprincipais causas de sofrimento social e diminuiçãoda qualidade de vida, é nas idades avançadas queatinge os mais elevados índices de morbilidade emortalidade.Objectivo: Reveresistematizarosprincipaisaspec-tos inerentes a etiologia, factores de risco, clínica,diagnósticoetratamentodadepressãonoidoso,nosentido de nortear uma abordagem adequada emcuidadosdesaúdeprimários(CSP).Metodologia: Pesquisadeartigosderevisão,meta-análiseseguidelinesnaMedline/PubmedesitesMBE (National Guideline Clearinghouse, Cochrane, Dare, Bandolier),publicadosnosúltimos10anosemlínguaportuguesa e inglesa, com as palavras-chave: de-pression; elderly; management.PesquisabibliográficarecomendadanasáreasdeGeriatriaePsiquiatria.Resultados: Paraadepressãonoidosopodemcon-tribuir factoressócio-demograficos, factoresbioló-gicos,acontecimentosvitaiseantecedentesfamilia-resepsiquiátricosderisco.Apresençadecuidadosmédicos, condutas de confrontação e apoio socialadequados, podem actuar como factores protec-tores ao desenvolvimento desta patologia. Clinica-mente,apresenta-sefrequentementedeformaatí-pica,caracterizando-semaispelaanedoniaemaiornúmerodesintomassomáticosedecomorbilidadesdecorrentesdedoençaorgânica.Existemváriosins-trumentosparaavaliaçãodedepressãonoidoso,dosquaissedestacamaEscaladeDepressãoGeriátricade Yassavage.No tratamento,os IRS e ISRSN con-tinuam a ser os antidepressivos de eleição nestesdoentes, embora nos casos refractários, quadrospsicóticosouriscodesuicidio,sepossaassociarumestabilizadordehumor.discussão/Conclusão:Nosidosos,odiagnósticodedepressãoédificultadoporproblemasfísicoscoexis-tentesefrequentementeossintomassãoencaradoscomo manifestações normais do envelhecimento.Masamaioriapodeserefectivamentetratada,comreduçãodaincapacidadeemelhoriadaqualidadedevida.AintervençãodosCSPéfundamental,porqueomédicodefamíliaencontra-senumaposiçãopri-vilegiada para detectar factores de risco, fazer umdiagnósticoeumaabordagemterapêuticaprecocesereferenciarsemprequenecessário,segundoumaaarticulaçãoadequadadecuidados.

POSTER Nº 6HIPERICãO, qUAl O SEU IMPACTO NA dEPRESSãO?!AnaPóvoas,AnaQuelhasUSFAlpendorada,USFNovaEra

Introdução: Adepressãoéumproblemadesaúdepública, com especial destaque nos países desen-volvidos.EmPortugal,afectacercade20%dapo-pulaçãoacarretandocustossociasepessoaismuitoelevados.Éumapatologiaqueexigeumtratamentoprolongado e, por vezes recorrente. O extracto deHipericãotemvindoaserusadoparafinsmedicinaisdesdeaantiguidade.São-lheconhecidasproprieda-des anti-inflamatórias e antibacterianas, mas o seuprincipalusosemprefoidevidoàssuaspropriedadesantidepressivas,namedidaemqueinibearecapta-çãodaserotonina.Objectivos: Rever a evidência disponível sobre aeficáciadoHipericãonotratamentodaDepressão.Metodologia:Pesquisadesistemas,meta-análises,revisõessistemáticas,normasdeorientaçãoclínica,ensaios clínicos aleatorizados e controlados e es-tudos observacionais, publicados entre Janeiro de2000eNovembrode2011,eminglêseportuguês.Foram utilizados os termos MeSH: depression, de-pressive disorder, St John´s Wort e hypericum, nasbases de dados National Guideline Clearinghouse, NHS Evidence, Cochrane, DARE, Medline e Uptoda-te.Paraavaliaçãodosníveisdeevidênciaeatribui-çãodeforçasderecomendaçãofoiutilizadaaescaladeStrenght of recomendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician.Resultados: Foram encontrados 243 artigos, dosquais18cumpriamoscritériosde inclusão:8revi-sõessistemáticas,9ensaiosclínicosaleatorizadosecontroladose1estudoobservacional.Daanálisedosartigos seleccionados conclui-se que o tratamentocom hipericão na depressão apresenta resultadossuperioresaoplaceboesemelhantesaosantidepres-sivosstrandard.discussão: Aevidênciadisponíveldemonstrouumamelhoria significativa da sintomatologia depressivados doentes medicados com extracto de hipericãocomparativamentecomoplacebo,eresultadosse-melhantesaosantidepressivosstandard.Noentan-to,asconclusõesdosestudosnãosãoconsistentes,namedidaemqueavaliaramdosagensetemposdetratamentodiferenteseusarammetodologiamuitoheterogénea (SORT B). Mesmo tratando-se de umfármacocomresultadospositivosediminutosefeitoslaterais, a sua utilização clínica não é recomendadapeloInfarmed.

POSTER Nº 7RASTREIO dA dEPRESSãO PóS-PARTO UTIlIzANdO A ESCAlA PdSS, EM UNIdAdES dE CUIdAdOS dE SAÚdE PRIMáRIOSAna Magalhães, Ana Dantas, Maria João Oliveira,*OlenaLourenço,PauloBaptistaCoelho.*USFRodriguesMiguéis,USFTílias,UCSPSeteRiosIntrodução: A depressão pós-parto tem elevadaprevalênciaeimpactonegativoemtodaafamília,noentantoésubdiagnosticada.Tem-seprocuradoummétododerastreioeficaz,quealerteoclínicoparaofactodeamulherestaravi-venciarsintomasdepressivos,osquaispodemindicartratar-sedeumcasodeperturbaçãodepressiva.AescalaPDSS(Postpartum Depression Screen Scale)foirecentementevalidadaemPortugal.Objectivos: Determinar a prevalência de rastreiospositivos para a depressão pós-parto utilizando aversãocurtadaescalaPDSS.Caracterizarasmulhe-rescomrastreiopositivo.Material e métodos:Estudodescritivoetransver-sal,atravésdaaplicaçãodeumquestionárioaumaamostra de conveniência, constituída por mulheresnoperíodoentreos2eos4mesespós-parto,uti-lizadoras de Unidades de Saúde do ACES-I (LisboaNorte).Resultados: Obtiveram-secinquentaecincoques-tionários válidos, de mulheres com idade média de32anos.56%(n=31)tiveramrastreiopositivoparasintomas depressivos. Todas as mulheres com an-tecedentes de depressão tiveram rastreio positivo(n=9),assimcomotodasasmulheresquereferiram

tertidoumadepressãoduranteestagravidez(n=4).Das5mulheresquereferiramtersidoumagravideznãodesejada,4tiveramrastreiopositivoparasinto-masdepressivos.discussão: Dada a elevada sensibilidade e especi-ficidade do teste de rastreio utilizado (> 83%) e aprevalênciadedepressãopós-partoobtidanoutrosestudos, os resultados deste estudo são surpreen-dentes.Estesresultadossalientamaimportânciadaabordagem da sintomatologia depressiva em todasasmulheresnoperíodopós-parto,deformaadiag-nosticarprecocementeetratarasmulherescomde-pressão.

POSTER Nº 8UMA dOR NO CORAçãO OU NA AlMA?CarlaCardoso,RuiQueirozValérioUCSPPóvoadeSantaIria-ACESLisboaXIIEnquadramento:Osdoentesdeprimidosapresen-tamfrequentementequeixassomáticas,quemasca-ramoquadrodepressivosubjacenteequedificultamodiagnóstico.Asqueixassomáticasmaisfrequentessão: algias crónicas, sintomas gastrointestinais, as-tenia, palpitações, precordialgia ou dispneia. Nestassituações,odiagnósticodedepressãosóépossívelseomédicodefamília(MF)tiverumolharatento.descrição do caso: Doentedosexomasculino,48anos de idade, pertencente a uma família recons-truida,declassemédiaalta.EmSetembrode2011,dirige-se ao serviço de urgência por precordialgia.PosteriormentemarcaconsultacomoMFporrecor-rência das queixas. Pediram-se exames cardíacos eanálises.Vemanovaconsultaparamostrarosexa-mes, que não revelaram alterações, e refere novasqueixasdedificuldadedememorizaçãoeconcentra-ção.Quandoquestionadosobreohumor,desenca-deia-seopranto,aomesmotempoquerefereaDra.tocou-menumponto fraco.Estãopresentes7cri-tériosdedepressãomajor,comumanodeevolução.Inicia-seumantidepressivoeansiolíticoeagenda-senovaconsultapassadoummês.Naconsultaseguin-te, apresentahumormelhorado,negandoepisódiosdeprecordialgiadesdeoiníciodaterapêutica.Man-témseguimentomensal.discussão: A evolução da doença, a história fami-liarepessoaldedistúrbiosafectivos,apersonalidadepré-mórbidaearespostaaotratamentoantidepres-sivo são elementos essenciais e ao alcance do MFpara identificar um quadro depressivo, mascaradopelasintomatologiasomatoforme.Acontinuidadedecuidados prestados pelo MF veio a revelar-se umamais-valianestecaso,poiscontribuiuparaaidentifi-caçãodaverdadeiracausadaprecordialgia.

POSTER Nº 9dR. ANdO MUITO ESqUECIdO(A)!...TEREI AlzHEIMER?CarlaCardoso,RuiQueirozValérioUCSPPóvoadeSantaIria-ACESLisboaXIIIntrodução: As queixas de alterações de memóriasãofrequentesnapráticaclinicadomédicodefamília(MF).EmPortugal,existemcerca92470casosdedemência,50-60%referentesàDoençadeAlzhei-mer. Em 10% dos casos existe uma causa reversí-vel,peloqueoMFdeveestaraptoaidentificá-laeacorrigi-la.Objectivos: Esquematizarospassosrecomendadosperanteasuspeitadeumdéficecognitivo.Metodologia: Pesquisa de artigos publicados naPubmed,revistasmédicasdeclinicageraleguidelinesde Neurologia e Psiquiatria. Foram seleccionados 8artigos,deJan99aMaio2005,eminglês,espanholeportuguês.Utilizaram-seostermosMESH:demen-tia, diagnosis, primary health care.Resultados: Apresenta-seumalgoritmodeactua-çãoclínicaquepretendeauxiliaroMFnaabordagemdo défice cognitivo. A anamnese e o exame físico,neurológicoedoestadomental(Mini-Mental StateExamination)permitemconfirmarodéficecognitivo

eidentificareventuaispatologiasquesejamacausaou contribuam para o quadro demencial. É impor-tanteavaliaroestadofuncional(QuestionáriosobreActividadesFuncionais)frequentementeafectadonademência. Deve fazer-se o diagnóstico diferencialdas causas reversíveis e tratáveis, nomeadamentedepressão, perturbações metabólicas e infecções.Subsistindo a suspeita de demência, é necessárioreferenciarodoenteparadeterminaranaturezadadesordemdemencial.discussão: Oalgoritmoelaboradopretendemelho-raraactuaçãoclinicadoMFperanteumdéficecog-nitivo.Amelhoriaesperadarefere-seàidentificaçãoprecoce das causas tratáveis com resolução dasqueixas.Poroutro lado,a referenciaçãoprecocedademência,permiteintervirnafaseinicial,retardandoasuaprogressão.

POSTER Nº 10BURNOUT: PREvAlêNCIA NOS PROFISSIONAIS dO AGRUPAMENTO dE CENTROS dE SAÚdE dO BAIxO vOUGA IITânia Silva, Yolanda Oliveira, Maria João Marques,PedroDamiãoUnidadedeSaúdePública,CentrodeSaúdeIntrodução: Areestruturaçãodoscuidadosdesaúdeprimários,nestesúltimosanos,criounovasexigên-ciasaosprofissionaisqueintegramosseusserviços,criandoumstressadaptativo,podendoestecompro-metero seubem-estar,produtividadeedesempe-nho. Neste contexto, torna-se pertinente avaliar aqualidadedarelaçãoindivíduo-trabalho.Objectivo: DeterminaraprevalênciadaSíndromedeBurnoutnosprofissionaisdoAgrupamentodeCen-trosdeSaúdedoBaixoVougaII(ACeSBVII),nostrêsestratosprofissionaismaisnumerosos:administrati-vo,enfermagememédico.Material e métodos: Oestudorealizadofoidotipoobservacional,transversaleanalítico,comaplicaçãode um questionário de auto-preenchimento, queincluíaos16itensdoMaslach Burnout Inventory – General Survey (MBI-GS),aosprofissionaisdoACeSBVII,entreMaioeAgostode2011.Resultados: A adesão foi de 84,1%, contudo dos290 questionários apenas 244 estavam completa-mentepreenchidos.Aplicandooscritériosestabele-cidosparaousodoMBI-GS(1996)estimou-seumaprevalênciaintervalar(I.C.95%)de[0,1%;3,2%]nosprofissionaisdoACeSBVII.discussão/Conclusões: Em comparação com ou-trostrabalhos,aprevalênciaencontradafoi inferior.TalpoderesultardaaplicaçãodecritériosmaislatosdeoutrasversõesdoquestionárioMBIeeventual-mentedeumaboarelaçãodosprofissionaisdoACeSBVIIcomoseuambientedetrabalho.

POSTER Nº 11dEMêNCIA E dEPRESSãO - qUE RElAçãO?JoanaMarquesdaTorreCentrodeSaúdedeMarvila–LisboaIntrodução e Objetivos: Na pratica clínica en-contramos frequentemente casos de doentes comalgum tipo de demência e com patologias do forodepressivoconcomitantemente.Oobjetivodestain-vestigaçãofoidetetarseodiagnósticodedepressãoemdoentescomdemênciaéefetuadodeformaefi-caznanossaprática,tantoaoníveldosCuidadosdeSaúdePrimárioscomoSecundários.Metodologia: Foi avaliada uma amostra de doen-tes com demência e depressão identificadas comodoençasativas.Estasamostras foramconfrontadasdeformaadeterminarseapercentagemdedoentescomdepressãonosdoentescomdemênciaeracor-respondenteàdaliteraturaatualizadaeàdadepres-sãonatotalidadedosdoentesdaamostra.Resultados: Apercentagemdedoentesdiagnosti-cadoscomsíndromedepressivodentrodaamostradedoentescomdemênciafoisignificativamenteme-nordoqueamesmapercentagemnosdoentessem

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IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários10 11

diagnósticodedemência.Estesdadosforamcolhidoscombasenosdadosoficiaisconstantesdafichaclíni-cadodoenteediferembastantedarealidadeobser-vadanapráticaedaliteratura.Amaioriadosdoentescomdemênciatemsinaisobjetivosdedepressão.discussão e Conclusão:Adepressãoéfrequente-mentesub-diagnosticadaemdoentescomdemência.As interfaces entre depressão e demência são fre-quenteseclinicamentesignificativas.Podeconcluir-sedapesquisabibliográficaquesíndromedepressivopoderelacionar-secomdemênciaenquantocomor-bilidade,pródromooufatorderisco.Refinarmedidasdeavaliaçãodacogniçãonocontextodadepressãoénecessário,assimcomodaavaliaçãodadepressãonademência. Identificarbiomarcadoresparadepressãoedemênciapodeserofuturo.

POSTER Nº 12dEPRESSãO SAzONAl - UM dESAFIO NA ClÍNICARaquelCalvãodeMelo1,RuiLopes2,HenriqueFon-tes1,JoséCarlosAlves1

1Hospital do Divino Espirito Santo, Ponta Delgada;2HospitaldeS.João,PortoResumo: ADepressãoSazonaléumsub-tipodeDe-pressão,descritanaDSM-IV-R,comoumaentida-denosológicadistintarelativamenteàsuadefiniçãoe características clínicas. A manifestação clinica évariávelmasmaisfrequentementecoincidentecomsintomatologia de Depressão Atípica, ocorrendo ti-picamentenaPrimaveraenoOutono/Inverno,comremissãototaldossintomasnosmesesdeVerão.Nasuaetiologiapoderáestarumaalteraçãodometabo-lismodamelatoninaedoritmocircadiano,associadosaumamenoractividadedoneurotransmissorseroto-nina.Asuaincidênciaémaiornospaísesdemaioreslatitudes,opadrãodemanifestaçãomaisfrequentenoOutonoenosexofeminino,sendoaidademédiade diagnóstico aos 23 anos. A importância do seureconhecimentonosCuidadosdeSaúdePrimárioseSaúdePublicarelaciona-secomofactode10-40%dosdoentesnoscuidadosprimáriossofreremdesin-tomatologiadepressivaedestesalgunsapresentaremumpadrãotípicodaDepressãoSazonal.ADepressãoSazonalépoisumaentidadequeoMedicodeFamí-liaePsiquiatradeverãoreconhecernumesforçoemconjunto,comvistaaumabordagemmultidisciplinare de cooperação. Os autores apresentam um casoclínicodedepressãosazonalnumdoentede32anos,quemanifestaperíodosdesintomatologiadepressivamajordesdehá2anos,coincidentescomaestaçãodeOutono,comremissãototalnosmesesdeVerão,eaoqualsesegueumabreverevisãobibliográficadoassunto,nomeadamenteestratégiasdetratamento.

POSTER Nº 13qUAlIdAdE dE vIdA ACIMA dOS 65 ANOS EM PESSOAS COM dIABETES MEllITUS TIPO 2: A IMPORTâNCIA dO SExO dOS dOENTESEduardo Sepúlveda1, Rui Poínhos1,2, Miguel Cons-tante3, Paula Freitas4,5, Duarte Pignatelli4,5, DavideCarvalho4,5

1APADAssociaçãodePrevençãoeApoioàDiabetes(Porto);2FaculdadedeCiênciasdaNutriçãoeAlimentaçãodaUniversidadedoPorto;3InstituteofPsychiatry,King'sCollegeLondon;4ServiçodeEndocrinologia,HospitaldeS.João;5FaculdadedeMedicinadaUniversidadedoPortoIntrodução:Apercepçãodaqualidadedevida(PQV)empessoascomDiabetesMellitus(DM)podeestardiminuída em algumas dimensões. Este constructoassumeparticularimportânciaquandoconsideradosconcomitantementefactoresqueapossamafectar.Apsicogeriatriaéumaáreaemergente,sabendo-sequea idade influenciaaPQV, importandoconheceros factores efectivamente relevantes quando seabordamdoentesidosos,nomeadamenteverificandose pessoas diabéticas com idade superior apresen-

tamdiferençasnalgumasdimensõesdaPQVfaceaosrestantesdoentes.Objectivo: CompararaPQVempessoascomDia-betesMellitustipo2(DM2)entredoentescomida-desuperiora65anosouaté65anos.Metodologia: Avaliaram-se 95 DM2 (55,2% ho-mens) através das oito dimensões do Short-Form36 (SF-36) função física, desempenho físico, dorcorporal, saúde geral, vitalidade, função social, de-sempenhoemocionalesaúdemental.Compararam-sedoentesentre44e65anos(n=59)eentre66e 80 anos (n=36). Registaram-se as complicaçõescrónicasdecadadoente.Resultados: Osdoisgruposdedoentesnãodiferiamquanto ao número de complicações. Não se verifi-caram diferenças na PQV entre os dois grupos noshomens;asmulheresmaisvelhasapresentavampiorPQVemtermosdefunçãofísicamasmelhoremter-mosdesaúdegeral.discussão/Conclusões: A valoração da PQV emDM2commaisde65anosimplicaaconsideraçãodosexodosdoentes.Poderáserútilestudara relaçãodo controlo metabólico com a percepção de saúdegeralemfunçãodafaixaetáriaesexodosdoentes.

POSTER Nº 14COMPlICAçÕES AGUdAS: RElAçãO COM A qUAlIdAdE dE vIdA GERAl E ESPECÍFICA PARA A dIABETES MEllITUSSara Oliveira1, Eduardo Sepúlveda1, Rui Poínhos1,2,Gonçalo Fernandes1, Miguel Constante3, José LuísPais-Ribeiro1,4, Paula Freitas5,6, Duarte Pignatelli5,6,DavideCarvalho5,6

1APADAssociaçãodePrevençãoeApoioàDiabetes(Porto);2FaculdadedeCiênciasdaNutriçãoeAlimentaçãodaUniversidadedoPorto;3InstituteofPsychiatry,King'sCollegeLondon;4FaculdadedePsicologiaedeCiênciasdaEducaçãodaUniversidadedoPorto;5ServiçodeEndocrinologia,HospitaldeS.João;6FaculdadedeMedicinadaUniversidadedoPortoObjectivo: Avaliar a relação entre a presença decomplicaçõesagudasdaDiabetesMellitus(DM;semcomplicações agudas frequentes vs. com hipergli-cemias mas sem hipoglicemias frequentes vs. comambasascomplicaçõesagudasfrequentes)eaper-cepçãodaqualidadedevida(PQV)geraleespecíficaemdiabéticos.Metodologia:Entrevistaram-se95diabéticos(52,6%homens; média de idades de 54,7 anos, DP=15,9;26,3% DM1, 41,1% DM2 com insulinoterapia e32,6%DM2seminsulinoterapia)atravésdoShort-Form 36 (SF-36: função física [FF], desempenhofísico [DF],dorcorporal [DC],saúdegeral [SG],vi-talidade[VT],funçãosocial[FS],desempenhoemo-cional[DE]esaúdemental[SM]),edoDiabetes He-alth Profile (DHP: tensão psicológica [TP], barreirasàactividade[BA]ealimentaçãodesinibida[AD])emfunçãodascomplicaçõesagudas.Resultados: OsDMapenascomhiperglicemiasfre-quentesapresentamumaFFsignificativamenteinfe-rioremrelaçãoaosrestantesgrupos.OsDMapenascom hiperglicemias frequentes apresentavam DF,DC,SGeFSsignificativamenteinferioresetendênciaparapiorVTemrelaçãoaosquenãotinhamnenhu-madascomplicaçõesagudas.NenhumadimensãodoDHPmostrourelaçãosignificativacomascomplica-çõesagudasdaDM.discussão/Conclusões: Os diabéticos com hiper-glicemiasfrequentesapresentamumaPQVsignifica-tivamenteinferioremrelaçãoaosrestantesgrupos.A interpretação da pior PQV nos diabéticos apenascom hiperglicemias frequentes poderá ser estuda-da através de metodologia qualitativa que valorizeas representações dos dois tipos de complicaçõesagudasdaDM.A idadedosdoentespoderámediaralgumas relações entre as diferentes dimensões dePQVeascomplicaçõesagudas.

COMUNICAçÕES ORAISCOMUNICAçãO ORAl Nº 1PSICOPATOlOGIA PURA OU SECUNdáRIA A ACIdENTE vASCUlAR CEREBRAl: A PROBlEMáTICA NA CONSUlTA…GuidadaPonte,OféliadaPonte,TeresaNeves,Mar-garidaLoboServiço de Psiquiatria, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo,EPEIntrodução:OAcidenteVascularCerebral (AVC)éa 3ª causa de morte nos países desenvolvidos. Asperturbações psiquiátricas associadas são variadase colocam problemática no diagnóstico diferencialentre quadros primários e secundários. A patologiamais frequentemente encontrada é a depressiva,mas também surgem deficits cognitivos, quadrosde ansiedade, apatia, labilidade emocional, mania,psicose, alterações da personalidade e disfunçõessexuais.Objectivos: Alertarparaacomorbilidadepsiquiátri-canoAVCemcontextodeconsulta.Material e Métodos: Pesquisa de literatura rele-vanteepequenasnotasclínicas.Resultados:Osquadrospsiquiátricospós-AVCsãosimilares às patologias primárias. O diagnóstico dedepressãopós-AVClevaemcontafactores,tambémde prognóstico, como: tempo decorrido pós-AVC,sexo e localização da lesão. Nos deficits cognitivosé fundamental fazerodiagnósticodiferencialentrepseudodemência e demência, sendo importante acolheitadahistóriacomênfasenocursoclínico,naconduta e exploração das perturbações cogniti-vasdodoente.Aapatiaéumdos factoresdepiorprognósticonaevoluçãodoAVC,especialmenteseassociadaadepressão.A labilidadeemocionaléumquadroquegeralmenteseassociaalesõesfrontais.Aocontráriodaansiedade,psicose,maniaealtera-çõesdapersonalidade,quesãomanifestaçõespoucofrequentes,maisdedoisterçosdosdoentessofremdedisfunçãosexualpós-AVC.discussão/conclusões: Os doentes que sofreramde AVC têm maior predisposição para apresentarperturbações emocionais e da conduta. É urgenteidentificare tratarapatologiapsiquiátricapeloseuimportante impacto sobre a qualidade de vida dodoente (nomeadamente a sua recuperação física eemocional),edoscuidadores.

COMUNICAçãO ORAl Nº 2CARACTERIzAçãO ClÍNICA E ANTROPOMÉTRICA dO ESTAdO NUTRICIONAl dE IdOSOS dEPRIMIdOSAliceRoberto,IsabelR.Costa,CatarinaCupertinoHospitalGarciadeOrta,EPEIntrodução: A depressão é uma perturbação co-mum e debilitante, que ocorre frequentemente napopulação idosa. Os sintomas depressivos influen-ciam o estado nutricional e problemas a este nívelpodem,porsuavez,agravarasíndromedepressivae contribuir para o surgimento ou agravamento deco-morbilidades.Objectivo Principal: caracterizaroestadonutricio-naldeidososcomdepressão,seguidosemconsultadepsicogeriatria.Material e métodos: Estudodescritivoetransver-sal.Aplicou-seumquestionárioconstituídoportrêssecções:Dadossócio-demograficoseco-morbilida-des;EscaladeDepressãoGeriátrica(30itens);Mini Nutritional Assesment.OsdadosforamanalisadosnoSPSSv.19paraWindows.Resultados: 35 doentes foram avaliados; 58%encontra-se sob risco de desnutrição e 6% estádesnutrido. A gravidade do estado nutricional es-teve directamente relacionada com a gravidade doquadrodepressivo(p=0,006).57,6%temexces-sodepesoe30,3%estãoobesos.Relativamenteàs

co-morbilidades,45%dosdoentestemhipertensãoedislipidemiae30%temdiabetesmellitus.discussão e Conclusões:Encontrou-seumaasso-ciaçãoestatisticamentesignificativaentreagravida-dedadepressãoeodéficenutricional.Adepressãopode contribuir para as alterações nutricionais masalgunsestudosapontam-nascomoumfactoretioló-gicodasíndromedepressiva.Nosidososdeprimidosdevemserpesquisadosfactoresderiscocardiovas-cular e nos doentes com estes factoresdevem serpesquisadossinaisdedepressão,dadaarelaçãobidi-reccionalexistenteentreestaspatologias.Asques-tões nutricionais no tratamento destas patologiastêmumespecialimpactoepodemfazeradiferençanaqualidadedevidaenoscustosdesaúde.

COMUNICAçãO ORAl Nº 3IMPORTâNCIA dA CONSIdERAçãO dO SExO, COMORBIlIdAdES E vARIávEIS ClÍNICAS NA AvAlIAçãO dA qUAlIdAdE dE vIdA ESPECÍFICA PARA A dIABETES MEllITUSEduardoSepúlveda1,RuiPoínhos1,2,MiguelConstan-te3,JoséLuísPais-Ribeiro1,4,PaulaFreitas5,6,DuartePignatelli5,6,DavideCarvalho5,6

1APADAssociaçãodePrevençãoeApoioàDiabetes(Porto);2FaculdadedeCiênciasdaNutriçãoeAlimentaçãodaUniversidadedoPorto;3InstituteofPsychiatry,King'sCollegeLondon;4FaculdadedePsicologiaedeCiênciasdaEducaçãodaUniversidadedoPorto;5ServiçodeEndocrinologia,HospitaldeS.João;6FaculdadedeMedicinadaUniversidadedoPortoIntrodução: Diversas características influenciam apercepção da qualidade de vida (PQV) na DiabetesMellitus(DM).Objectivo: Relacionar PQV com sexo, classe IMC,duraçãodadoença,tipoDMeterapêutica,compli-cações microvasculares (retinopatia, nefropatia eneuropatia)emacrovasculares(doençascardiovas-culares[DCV],doençaarterialperiférica[DAP]ehi-pertensãoarterial[HTA]).Metodologia: Relacionaram-se as dimensões doDiabetes Health Profile (DHP; valores em bruto eajustados para a idade) tensão psicológica (TP),barreiras à actividade (BA) e alimentação desinibi-da(AD)comasvariáveisclínicasem97diabéticos(74,2%DM2;55,7%homens;média54,7anos).Resultados: AsmulheresapresentampiorTPeBA.Verifica-se associação entre maior IMC e pior TP(nãoajustadoparaidade).MaiorduraçãodadoençaestáassociadaapiorTPeBA.OsDM2cominsuli-noterapia apresentaram pior TP do que os DM1, epiorBAdoqueosDM2seminsulinoterapia.OsDM2cominsulinoterapiaapresentarampiorADdoqueosDM1emtratamentointensivo(apenasconsiderandovalores não ajustados). DCV relaciona-se com piorTP (apenas valores não ajustados). Retinopatia ouneuropatiarelacionam-secompiorTPeBAeretino-patiacommelhorAD.Háinteracçõesentreparesdecomplicações.Onúmerodecomplicaçõesassocia-sesignificativamentecompiorTPeBA.discussão/Conclusões: AsvariáveisclínicasesexoapresentamrelaçõescomaPQV.Apesardaausên-ciadeassociaçãocomasdimensõesdoDHP,aida-depodemediaralgumas relações.Ascomplicaçõesmicrovasculares parecem ter maior relação com aqualidade de vida específica para a DM do que asmacrovasculares.

COMUNICAçãO ORAl Nº 4TERAPIA FAMIlIAR EM CUIdAdOS SAÚdE PRIMáRIOS

MariaPaulaFernandes

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Introdução: Asalteraçõesdadinâmicafamiliar,en-quantosistema,comoaparecimentodenovasfor-mas de família, mudanças no ciclo de vida familiarlevam ao aumento de situações de crise familiar oquetornoupertinenteacriaçãodeumespaçopró-prio para intervenção familiar assim, no âmbito daformaçãodaUnidadedeSaúdeFamiliarondeexerçofunções,foiiniciadaumaconsultadeterapiafamiliar.Objectivo: Oobjectivodestetrabalhoéodetrans-mitir a experiencia dessa consulta no período des-de25deJaneirode2011até31deDezembrode2011.Análise de dados e Conclusões: Osdadosecon-clusõesserãoavaliadosapartirdas32famíliasse-guidasnoperíodoacimaeincluemtempomédiodeesperademarcaçãoconsulta;referenciadores,formadecontactodas famíliase tempodoprocesso,noscasosemqueaquelejáfoiconcluído.Foram usadas na intervenção várias técnicas comofacilitadoras na mudança sistémica, tais como, ocontosistémico,cadeiravazia,“comose”-objectosflutuantes(Caillé,Rey,2003).Acomunicaçãoincidi-rásobreváriosexemplosdeintervençãoemfamíliasevidenciando as técnicas anteriormente referidas,tendoemcontaaorgânicadoserviço.AconsultadeTerapiaFamiliartrouxeumdecréscimoáprocuradeConsultasdeSaúdedoAdulto,confor-me feedback dos colegas, das famílias e da colegaInternadeMedicinaGeraleFamiliarquetestemunhaoprocessodeumadasfamílias.

COMUNICAçãO ORAl Nº 5PSICOSE NO IdOSOHenriqueFontes,RaquelMelo,JoséCarlosAlvesHospitaldoDivinoEspiritoSanto,PontaDelgadaObjectivo: Sistematizar linhas de orientação diag-nósticaeterapêutica,contextualizadasàpráticacli-nicanoscuidadosdesaúdeprimários.Métodos: Revisão e sistematização de literaturaactual.Resumo: Estaexposiçãoabordaapsicoseno idosode uma forma geral, tentando enquadrar o tema àpráticaclinicaedirigi-loàsnecessidadesdoscuida-dosdesaúdeprimários.A relevância desta exposição prende-se sobretudocomumagrandecorrelaçãoentrepatologiaorgâni-caeestadomental,queassumenestegrupoetárioumaelevadaprevalência:emqueapatologiaorgâni-caapresentafrequenterepercussãopsicopatológicae da mesma forma, co-morbilidades psiquiátricaspoderãoter influêncianaevoluçãodapatologiaor-gânica.Assim,tenta-seaquiestabelecerumamatrizorien-tadoradaabordagemdiagnósticadepsicosesfuncio-naisdenovoeepifenómenosfrequentesdenaturezacognoscitiva,bemcomorevereventuaisimplicaçõesfarmacológicascontextualizadasaogrupoetárioemquestão.

COMUNICAçãO ORAl Nº 6ENTRE REAlIdAdE E NECESSIdAdEIwonaTomczak,JoséEstradaCSAlvalade-USFdoParque;HospitaldeSãoFran-ciscoXavier-DepartamentodePsiquiatriaIntrodução: Portugal é um dos países europeusondeaGeriatriaaindanãoéreconhecidacomoes-pecialidade.O rápidoenvelhecimentodapopulaçãocria grandes desafios para a prestação de cuidadosprimários.Oaumentodalongevidadedaspopulaçõesconstitui,assim,umdesafioparaaformaçãoeedu-caçãoemGerontologia,integrandoasdiferenteses-ferasdeactuaçãonumaperspectivamultidisciplinar.Objectivos:Pretende-serealizarrevisãoteóricaso-bre formaçãoemgeriatriaemPortugal.Seráapre-sentadabrevevinhetaclinicadedoentecomPertur-bação Esquizofrénica para ilustrar a importância dacolaboração multidisciplinar entre os Cuidados deSaúdePrimárioseCuidadosSecundários.Metodologia: O documento é baseado na revisão

sobreGeriatriaemPortugaleaanálisededadosde-mográficos de Portugal (Índice de Envelhecimento;ÍndicedeDependênciadeIdosos;CensosdePopula-ção;EstimativaseProjecçõesdePopulaçãoResiden-te;PirâmidesEtáriasdaPopulaçãoResidenteTotal).Seráapresentadabrevevinhetaclinicadedoentein-ternada em Psiquiatria no Centro Hospitalar LisboaOcidental.Resultados: DeacordocomINE(2007)onúmerodosidosostemaumentadoecaracteriza-sepeloen-velhecimentodaprópriapopulação idosa, istoé,aspessoasmaisidosas(80anosoumais)constituemosegmentodapopulaçãoemcrescimentomaisrápido.Porumladooaumentodaesperançamédiadevidaacarretamaistempodevidaactivae,poroutro,maistempo de dependência. Em Portugal não existemcompetências específicas em Geriatria. A articula-çãoentreamedicinafamiliareoutrasespecialidadespodeserfeitanosdiversosmodos:programasinfor-máticos,reuniõesecongressosmultidisciplinares.discussão: ÉimportanteaformaçãodosMédicosdeFamíliaemcompetênciasparticularesdeassistênciaaosmaisvelhos,assimcomo idade,sexoepráticasculturalmentesensíveis,queabordamconhecimen-tos, atitudes e habilidades. Desta forma, podemosajudaraspessoasidosasaviverestafasedasuavidamelhorepormaistempoeaindaprepararosjovensprofissionais para lidar eficazmente com todos osproblemasdosidosos.Umaperspectivamultidiscipli-narcontribuiparaumamelhorprestaçãodecuidadosemenorriscodeerroscometidos.Palavras-chave: geriatria,comunicaçãomultidisci-plinar,prestaçãodecuidados.

COMUNICAçãO ORAl Nº 7O RASTREIO dA SÍNdROME dE APNEIA OBSTRUTIvA dO SONO EM dOENTES dIABÉTICOS MEllITUS TIPO 2, NUMA lISTA dE UTENTES dE MÉdICO dE FAMÍlIACelestinaVentura1,AnaFurão1,SaraLetras2,TamaraProkopenko2,TâniaBarcelos3,JorgeRodrigues3,Mar-garidaGuedes4

1USCPdeSines,ACESdoAlentejoLitoral2USP de Santiago do Cacém, ACES do Alentejo Li-toral3USCPdeSantiagodoCacém,ACESdoAlentejoLi-toral4LindegásIntrodução: AdiabeteséconsideradaaepidemiadoséculoXXI.Adiabetesestáassociadavulgarmenteàdoença cardiovascular, uma das principais causas demortalidadenomundo.Temsidoobservadorecente-menteumaumentodataxademortalidadecardiovas-cularemdoentescomSíndromedeApneiaObstrutivadoSono(SAOS).ExisteevidênciaentreaSAOSeasdoençascardiovasculares,easuapatogénesenãoestácompletamente esclarecida, envolve uma multiplici-dadedefactores,desdeahiperactividadedosistemanervososimpático,aactivaçãodasviasinflamatórias,adisfunçãoendotelial,alteraçõesdacoagulação,adis-funçãometabólicaeporfimaresistênciaàinsulinaeaalteraçãodometabolismolipídico.Objectivos: AvaliaraprevalênciadeSAOS,emdo-entes com diabetes mellitus tipo 2, numa lista deutentesdeMédicodeFamília.Metodologia: Estudoprospectivodosdoentescomdiabetesmellitustipo2eseguidosnalistadeuten-tesdeMédicodeFamília,durante2meses.Os148utentes identificados com diabetes mellitus tipo 2foram avaliados com o Questionário de Berlim e aEscaladeSonolênciadeEpworth.Osdoentesconsi-deradospositivosefectuaramoestudopoligráficodosonoemambulatóriocomosistemaApneiaLink.Resultados: Dos148utentesestudados,56apre-sentaramvaloresnoQuestionáriodeBerlimeescaladeEphwortpositivosparaSAOS,tendosidoposte-riormenteavaliadospeloApneiaLink.Osresultadosmostraram13negativos,18comapneiadosonodegrauligeiro,11comapneiadosonodegraumodera-doe9comapneiadosonodegrauacentuado.

discussão/Conclusão: Estudo efectuado durante2mesesnoCentrodeSaúde,comosrecursosdis-poníveis, pessoal e instalações e com apoio de umtécnico de Cardiopneumologia. Foram identificadosnosdoentesportadoresdediabetesmellitustipo2,osdoentescomapneiadosonodegrauacentuado,estes 9 doentes foram observados e avaliados naconsultadePneumologiadoHospitaldeReferênciaeemtodosseconfirmouanecessidadedemedidasurgentesdevigilânciaeterapêutica.Verificámosque6,1% dos doentes têm SAOS de grau acentuado,confirmandoanecessidadedeefectuarumrastreiomaisabrangenteaosdoentescomdiabetesdosnos-sosCentrosdeSaúde;parece-nosqueométodouti-lizado,aavaliaçãocomoQuestionáriodeBerlimeaEscaladeSonolênciadeEpworthpodemfazerpartedeumaprimeiraselecçãoeosdoentesconsideradospositivos, posteriormente avaliados com o estudopoligráficodosonoemambulatório.

COMUNICAçãO ORAl Nº 8dISFUNçãO ERÉTIl NO IdOSOJoanaMarquesdaTorreCentrodeSaúdedeMarvilaIntrodução: Ésabidoqueaimportânciadosexonavidadaspessoasnãodiminuicomoenvelhecimento,apesardafrequênciadasrelaçõesdiminuir.Aevolu-çãoconstantedamedicinaedascondiçõesdevidatemlevadoaumaumentoprogressivodaesperançamédiadevidadapopulação,quegeraumperíododevidamaislongodeconvivênciacomdoençascróni-casquepodemafetaravidasexualdodoente.Nestecontexto,tendoemcontaaimportânciadavidase-xualnaqualidadedevidadodoente,devemossaberaformacomoestaopodeafetarfísicaepsicologi-camente.Objetivos: Oobjetivodestaapresentaçãoéesclare-cer,deacordocomestudosrecentes,aformacomosedeveabordarapatologiapsicológicaassociadaàdisfunçãoerétilnoidoso,relembrarosseusmecanis-mosfisiológicosesugeriralgumasterapiaseficazesnestasituação.Material e Métodos:Pesquisadeliteraturacientífi-caatualizadatantonacionalcomointernacionalmen-teutilizandoartigospublicadosnopresenteano.Resultados: Asterapêuticasfarmacológicasdispo-níveisparatratarapatologiaemcausaaindanãosãosuficientementesegurastendoemcontaquenestafaixaetáriasãoprevalentesmuitaspatologiascróni-cas.Asterapiasnãofarmacológicasdevemserdis-ponibilizadascommaiorfacilidade.Conclusões: A questão da sexualidade tem de serabordadanoidosoeéesteoprimeiropassoparaaresoluçãodoproblema.Têmdeservencidasbarreirasculturaisecabeaoclínicoavaliarasmesmas.Quandohá necessidade de recorrer a terapêutica farmaco-lógica esta deve ser selecionada criteriosamente esempretendoemcontaasituaçãoclínicadodoente.

COMUNICAçãO ORAl Nº 9dIABETES TIPO 2 E dEPRESSãO: qUE RElAçãO?AnaSanchesUCSPdaLapa-ACESIIIdeLisboaCentralIntrodução: Adiabetesmellitustipo2eadepressãosãoduaspatologiasmuitoprevalentesnanossaso-ciedade.Dequeformaestasduaspatologiasintera-gem?Queimpactotemestarelaçãonanossapráticaclínica?Objectivos: Reveraevidênciaexistentesobreare-laçãoentrediabetestipo2edepressão.Material e Métodos:Pesquisasistemáticana Pub-med comostermos"Diabetes Mellitus, Type 2" and "Depression"deartigosemInglês,Francês,EspanholePortuguês,publicadosnosúltimos10anos.Resultados: A prevalência da depressão na popu-laçãodiabéticacorrespondea1,6vezesaquelaen-contrada na população sem esta patologia. Linhasdeinvestigaçãoapontamparaahiperglicémiacomo

factorpredisponenteparaodesenvolvimentodede-pressão.Poroutrolado,oaparecimentodedepressãomajorpareceprecederodiagnósticodediabetestipo2emváriosanoseaumentaro riscodesedesen-volver essa doença. Para tal, poderão contribuir osefeitoshiperglicemiantesdamedicaçãoantidepressi-va,asalteraçõesnopesoenadietaeosedentarismoassociadosàdepressãocrónica,ouaindaalteraçõesbioquímicas relacionadascomadepressão. EstudosapontamparaumagravamentodocontrologlucídicocomanortriptilinaecomosinibidoresdaMAOeumamelhoriadestecomalgunsinibidoresivosdarecap-taçãodaserotonina(fluoxetina,sertralina).Depres-sãoediabetesinteragemnegativamente,namedidaem que a depressão condiciona um pior controlometabólico(tantoporviasmetabólicascomocom-portamentais)eahiperglicémiaagravaossintomasdepressivos.discussão/Conclusões: Apesar de mais de umquarto da população diabética apresentar sintomasdepressivos, a depressão é diagnosticada e trata-daapenasemcercadeumterçodestesdoentes.Éimportantereconheceretrataradepressãonosdo-entesdiabéticospromovendoumamelhoriadaade-sãoà terapêuticaeaosautocuidados.Nosdoentescomdepressãoé importanterastrearumaeventualdiabetes, dado que um melhor controlo metabólicopodecondicionarumamelhoriadohumor,eescolherotratamentodadepressãoquemelhorrespeiteoseucontrolometabólico.

COMUNICAçãO ORAl Nº 10HIdROCEFAlIA dE PRESSãO NORMAl, UM SÍNdROME SE RECONHECIdO, REvERSÍvElPedro Guimarães, Alexandre Costa, Andreia Veiga,GeorginaNevesServiçodeNeurologiadoCentroHospitalardeTrás-os-MonteseAltoDouroIntrodução:DescritapelaprimeiravezporHakimeAdamsem1965,aHidrocefaliadePressãoNormalconsisteemhidrocefalianaausênciadepapiledemaecompressãodeaberturanormalnapunção lom-bar.Àetiologiaidiopáticaacrescenta-seasecundáriaem que as doenças meníngeas e do epêndima sãoexemplos.Atríadecompostapordemência,apraxiadamarchaeincontinênciaurináriaéaapresentaçãohabitual.Caso Clínico: Mulher,78anosdeidade,comdiag-nósticodemeningitecrónicalinfocíticacom10anosdeevoluçãocujainvestigaçãoetiológicarevelouse-rologiapositivaparacisticerconosangue.Efectuoutratamento para provável neurocisticercose comPraziquantel.Evoluiu,noentanto,comdeterioraçãocognitiva, períodos de confusão, apatia e inconti-nênciaurináriabemcomoconsequentetotaldepen-dêncianasactividadesdavidadiáriaoquemotivoureadmissãononossoserviço.Aoexameneurológicoexistiadesorientaçãotemporaleespacial,inatenção,indiferença afectiva, bradifrenia, bradicinésia, com-portamentos de imitação, perturbação da lingua-gem,errosdememóriaimediata,reflexodepreensãopalmarpatológicoeapraxiadamarcha.Na imagemverificar-se-ia dilatação ventricular desproporcio-nadafaceàatrofiacorticalcomimagenssugestivasde exsudação transependimária e a punção lombarevacuadora com manometria revelaria pressão deaberturanormalelíquorcompleocitoseleucocitáriamonocítica, hiperproteinorráquia e glicose normal.Ressalva-sequeaevacuaçãodelíquorfoieficaznamelhoriadasmanifestaçõescognitivasmassobretu-dodadificuldadedamarcha.Conclusão: O caso descrito ilustra hidrocefalia depressãonormalsecundáriaaumprocessomeningíti-cocrónico.Salienta-seamanifestaçãosindromáticapotencialmentereversíveldestaentidade.

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IV Congresso de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários14 15

Notas

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Casos difíceis

IV Congresso de Psiquiatriae Medicina Geral e Familiar IX Encontro de Psicogeriatria e Cuidados de Saúde Primários

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