caserna n.º16

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Agosto de 2010 Director: José Rachado Adjunto: António Gomes Subdirectores: Tiago Rachado, Élia Felício Grafismo: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar CASERNA DO CIMO DO LUGAR As Actividades da União Desportiva de Felgar Pág. 3 Entrevista ao Presidente da U.D.Felgar Pág. 5, 6 Felgarenses no Mundo Pág. 7 A Lei da Água Pág. 10, 11 Trasfega Pág. 12 Felgarenses no Mundo Pág. 13 Os trombones da Banda do Felgar Pág. 13, 14 Em destaque na reportagem fotográfica as danças do “Entrudo 2010” PARABÉNS U.D.FELGAR PELOS TEUS 10 ANOS

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Jornal da Caserna

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Page 1: Caserna n.º16

Agosto de 2010

União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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Agosto de 2010

Director: José Rachado Adjunto: António Gomes Subdirectores: Tiago Rachado, Élia Felício Grafismo: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar

CASERNA DO CIMO DO LUGAR

As Actividades da União Desportiva de Felgar

Pág. 3

Entrevista ao Presidente da U.D.Felgar

Pág. 5, 6

Felgarenses no Mundo

Pág. 7

A Lei da Água

Pág. 10, 11

Trasfega

Pág. 12

Felgarenses no Mundo

Pág. 13

Os trombones da Banda do Felgar

Pág. 13, 14

Em destaque na reportagem fotográfica as

danças do “Entrudo

2010”

PARABÉNS U.D.FELGAR PELOS TEUS 10 ANOS

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Temos mais uma festa à porta

E chega a hora de mais um número da Caserna do Cimo do Lugar.

Mais uma vez esta equipa persistente, que gosta da nossa terra, independentemente de viver nela diariamente ou não, não se poupou a esforços e conseguiu trazer para as ruas este jornal, que é desejo, de todos os que nele se envolvem, não o deixar enfraquecer. Continuo a apelar a todos que colaborem, continuo a aceitar histórias de todos, mas também continuamos à espera que mês após mês essas histórias cheguem. E é claro chega mais um jornal sem que mais ninguém colabore. Será por medo, será por algum tipo de intimidações ou simplesmente porque não querem saber desta forma de divulgação da nossa terra e estão à espera que, como muitas outras tradições, este jornal também acabe. É esta atitude passiva, este espírito de sofá, esta falta de dinamismo das pessoas da nossa Freguesia que é preciso combater, por isso número após número apelo a todos para nos enviarem a sua história, para connosco partilharem momentos de infância, aventuras suas ou que ouviram dos seus antepassados, actividades actuais que por um motivo ou outro nos passaram despercebidas, qualquer coisa.

Este jornal não se resume só à publicação em papel, com umas dezenas de exemplares, tem também a publicação digital que através da internet chega a todos os que têm ligação à nossa Freguesia. Com ele sabem novidades, recordam momentos e de uma forma ou outra matam um pouco a saudade que com eles carregam por esse mundo fora. É a eles que também peço colaboração que contem a sua história da infância por aqui passada, ou do motivo que os levou a partir, ou ainda da experiência que é viver longe e o sentimento que carregam após cada regresso.

Em cada número orgulhamo-nos de divulgar as actividades que vão decorrendo na nossa Freguesia e que até nós chegam relatos. É com pena que ninguém nos faz chegar textos, fotografias dos acontecimentos que vão ocorrendo Também é certo que quase nada ocorre, não porque não haja vontade de se realizarem ou falta de ideias, mas sim por falta de apoios, sobretudo dos habitantes locais que cada vez menos se mobilizam para a sua dinamização.

Para além disso há ainda outros que assistem a algumas actividades só para poderem tentar deitar abaixo quem as realiza. Buscam um defeito ou algo que corra menos bem para se poderem felicitar com o facto do “deita abaixo” de quem nunca nada fez, ou de quem, se alguma coisa fez, foi apenas por algum interesse que só eles(as) saberão. Desta vez temos o orgulho de divulgar as Danças de Carnaval, sempre polémicas e divertidas, sempre ansiadas e criticadas, mas que ano após ano arrastam algumas centenas de pessoas que não as vêm apenas uma, mas sim várias vezes. São actividades destas, desenvolvidas por quem monetariamente nada ganha, que são de louvar e manter, é delas que reza a história de tradições do nosso Felgar.

No passado mês a União Desportiva de Felgar esteve de parabéns, ao celebrar o seu 10º aniversário. Dez anos de história e a fazer história, com feitos nunca antes conseguidos pela nossa aldeia e com a realização de eventos que transmitem o espírito e importância do associativismo.

Não posso também esquecer as festividades em Honra de Nossa Senhora do Amparo que ano após ano trazem vida e cor à aldeia. São o maior motivo de reencontro entre felgarenses com laços criados na infância e adolescência e que as vicissitudes da vida os levaram a seguir caminhos diferentes, criando distâncias que esta época ajuda a reduzir. O cartaz promete, vamos esperar que o esforço desta gente, que está de parabéns, seja recompensado.

Quero também aqui lembrar as festividades em honra de Sta Bárbara no Carvalhal, que este ano cativaram centenas de pessoas e que contaram com uma organização exemplar. Deixo desde já os parabéns a toda a comissão de festas e votos de que assim continuem.

Espero que desfrutem deste número e que no próximo com ele possam colaborar. Desejo a todos que se divirtam e reencontrem com saúde aqueles que nesta época aqui reencontram.

Por: José Rachado

Editorial

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As actividades da União Desportiva de Felgar

A União Desportiva de Felgar não é apenas uma Associação de cariz desportiva, abrange também uma acção cultural. É neste âmbito que ano após anos se realiza o jantar de Natal em que são convidados os atletas e ex-atletas, bem como todos os sócios.

Este ano a Associação está de parabéns pelo seu 10º aniversário e como não podia deixar de ser foram comemorados no local que ficará para sempre associado à UDF, o Lugar do Prado, mais propriamente o Polidesportivo e sua zona envolvente. Uma comemoração que decorreu dia 31 de Julho, de forma a evitar que coincidisse com as festividades em honra de Sta Bárbara no Carvalhal, e que começou pela hora do jantar com frango no churrasco à descrição para sócios e ex-atletas e terminou já perto da meia-noite com o cantar dos parabéns e o soprar das velas por parte do Presidente em exercício, Filipe Canhoto. Uma noite agradável de calor e um dia que se espera ver repetido por muitos e enérgicos anos.

Para além disso é associado a esta associação que se encontra este jornal, que a pouco e pouco ganha o seu espaço e assume um papel importante na divulgação das actividades da nossa freguesia.

Organizou por 3 vezes uma maratona de expressão inter-distrital que constitui desde logo uma referência no panorama do futsal a

norte do Douro. No entanto por falta de apoios este ano a mesma não se realizará. Manter-se-á a realização da maratona para equipas da freguesia que conta já com 11 edições e que mais uma vez promete ser um entretém muito agradável para quem ali acorrer.

Por último a UDF é responsável pela realização do Festival de

música Noites no Prado que vai já na sua 4ª edição e que este ano conta apenas com uma noite. Apesar disso e passando uma olhadela pelo cartaz, promete ser bem aliciante e cativante. Espera-se que seja do agrado de todos e tenha uma adesão compatível com a organização que é sempre irrepreensível.

Por: José Rachado

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Mais desporto

Passadas as festividades natalícias e pascoais a U.D.Felgar volta a competição distrital. Com a entrada do um novo ano espera-se que a sorte dos atletas mude, pois, apesar de perderem os jogos

quase na sua totalidade antes da paragem de Natal, a U.D.F praticara bom futsal, pecando por pequenos erros em algumas das novas movimentações tácticas aprendidas esta época e na

finalização. Tal sorte não veio ajudar a equipa e a U.D.F continua a pecar nestes mesmos aspectos e mesmo por isso continua sem ganhar jogos tendo até ao momento apenas uma vitória, tendo

conseguido entretanto um empate contra o segundo classificado, o Vila Flor, demonstrando assim o seu futsal.

No que diz respeito aos juvenis a sorte também não lhes bateu a porta e o seu campeonato tem sido de altos e baixos em

termo de resultados. Praticando futsal de qualidade e disputando os jogos todos como uma verdadeira final a verdade

e que têm perdido alguns desses jogos e assim sendo encontram-se numa posição pouco convincente na tabela,

classificação esta que não demonstra o futsal que se pratica nesta camada jovem da U.D.F.

A camada mais jovem deste clube iniciou o seu campeonato depois da passagem de ano. É uma equipa ainda em formação e por isso ainda com

muito para aprender. Mesmo assim, lutou em todos os jogos por um bom resultado apesar de terem pouco poder físico comparando com as

restantes equipas do campeonato. Contam já com uma vitória no seu campeonato e demonstra, que mesmo ainda em formação, estes jogadores

poderão ser os futuros jogadores da nossa terra caso assim o queiram mais tarde.

Por: António Gomes

Crónica Desportiva

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Entrevista ao Presidente da U.D.F.

Filipe Alves Canhoto é um dos fundadores da União Desportiva de Felgar, onde começou exercendo as funções de Tesoureiro e desde 2002 assumiu as rédeas de Presidente da Direcção. A Caserna do Cimo do Lugar foi falar com ele.

Caserna do Cimo do Lugar: A União Desportiva de Felgar cumpriu no passado mês de Julho 10 anos de existência, ainda te recordas de quem foi a ideia da sua fundação e quem foram os primeiros impulsionadores? Filipe Canhoto: A proposta partiu do primeiro presidente Cristiano Pereira, após a minha saída da ASCR de Felgar, nesse ano o Felgar participou nos Jogos Concelhios em várias modalidades, e eu tratei da logística. Então numa noite o Cristiano abordou-me, “depois de tanto trabalho que tiveste e se criássemos uma associação, porque pelo que estamos a ver não vamos ter desporto na aldeia”. Foi a partir daí que começámos a contactar os jovens interessados para iniciar.

CCL: O que é que os fundadores desta associação queriam trazer de novo à nossa terra? FC: De novo, talvez, o associativismo jovem, uma nova mentalidade, a criação de melhores condições para os jovens praticarem desporto, formação nos jovens no âmbito desportivo e cultural. Tentar realizar melhor que os anteriores. CCL: Dos fundadores da UDF qual aquele que mais te custou ver partir?

Que preponderância poderia ter neste momento? FC: Só já restamos dois, mas o que mais me custou foi a saída do Cristiano, que nem o primeiro mandato completou, devido à sua vida Profissional, acabando por não demonstrar as suas qualidades, dinamismo e dedicação. CCL: Do que inicialmente foi pensado que objectivos faltam ainda cumprir e porquê? FC: O principal, é executar a cobertura do polidesportivo, o projecto está aprovado mas a candidatura efectuada foi recusada devido à falta de elementos técnicos da obra, mas já estamos a corrigir e vamos candidatá-la novamente em Setembro. Encontramos muitas dificuldades no Inverno para treinar, devido aos horários atribuídos pela Câmara Municipal, treinar jovens a partir das 21:30h é uma tarefa que os pais não vêem com bons olhos. CCL: Que objectivos é que superaram as expectativas iniciais e porquê? FC: O primeiro título de campeões distritais, porque a estrutura estava em construção, era a primeira época desportiva em que participávamos e tínhamos dificuldades logísticas e pouca experiência.

CCL: Qual o momento mais marcante na história da UDF e porquê? Podes descrever como viveste esse momento?

FC: O primeiro titulo de campeões distritais. Já foi há uns anos, mas fiquei muito emocionado, foi pena nesse jogo em Macedo não estar presente.

CCL: A formação desportiva e cívica é uma aposta que não deve ser nunca posta de lado, que balanço fazes da formação nestes 10 anos? FC: Faço um balanço muito positivo, devido aos objectivos conseguidos, com poucos recursos técnicos e humanos.

CCL: Por aqui muitos foram os jovens que passaram, recordas-te de quantos já serão? FC: Não tenho o número exacto, mas já passa da centena.

CCL: E qual o jovem desportista que mais marca esta Associação? FC: Desculpa mas não vou nomear nenhum atleta, porque esse atleta também é dirigente. O atleta em causa é muito trabalhador, dedicado, é pena existir poucos como ele ou nenhum. Já sabes de quem estou a falar.

CCL: Quais as perspectivas desportivas para os próximos anos? FC: Essa pergunta é muito difícil de responder, depende dos jovens, o futuro é deles.

CCL: Em anos anteriores foi organizada uma Maratona de invejar em qualquer parte do Distrito. Sendo sempre bem sucedida, porque é que este ano

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essa actividade foi posta de parte e trocada por uma mais modesta? FC: Não foi trocada, porque esta actividade já existia antes da UDF ser fundada. Em relação ao início da pergunta, uma Maratona para crescer, a logística também tem que ter o mesmo sentido, isso não estava a acontecer, as equipas com mais potencial encontram algumas lacunas nas condições, e não voltam, para termos um torneio cada vez com menos equipas não é viável nem apelativo.

CCL: O futsal acaba por ser, em termos competitivos, a única modalidade desenvolvida, não haverá vontade de iniciar uma outra? Porque é que tal ainda não aconteceu? FC: Sempre houve vontade, mas os jovens não encontram motivação para outra, principalmente no nosso distrito que também não há outros campeonatos, sem ser futebol e futsal.

CCL: Mas nem só de desporto vive a Associação, queres falar um pouco das outras actividades e qual a sua importância no âmbito do trabalho desenvolvido pela UDF? FC: Exacto, somos uma associação que não só participa, mas também organiza eventos como o festival “Noites no Prado”, que este ano vai na sua terceira edição com um orçamento mais reduzido. A activação do jornal foi uma boa iniciativa, dando continuidade ao trabalho de alguns jovens que no tempo de secundária o elaboravam. Apoiamos as críticas Carnavalescas naquilo que nos é possível.

Participamos sempre no programa OTL do IPJ, onde já passaram alguns jovens da freguesia, onde efectuam trabalho de apoio ao ambiente e desporto. Estas actividades dão-nos uma maior projecção a nível do concelho e do distrito, e fazem com que a freguesia seja divulgada. Posso-me enganar, mas a UDF é neste momento a associação que mais projecta o nome Felgar.

CCL: Quais as perspectivas para o festival deste ano e quais as dificuldades que ano após anos encontras na sua realização e continuidade. FC: As perspectivas são as melhores, devido este ano ser realizado no mes de Agosto, onde se espera uma maior aderência do publico. A maior dificuldade que se encontra é o seu financiamento, onde a autarquia este ano, não viabilizou qualquer tipo de apoio. Esta edição era para ser realizada em dois dias, por isso, realizou-se uma parceria com outra associação, mas a colectividade em causa no final chumbou a nossa proposta, teve-se que alterar a logística à última hora, para se realizar num só dia, devido ao seu curto orçamento, contudo vai-se realizar que isso é muito importante. A sua continuidade dependendo da UDF é para continuar, mas o seu futuro financiamento e a colaboração das pessoas tem o seu peso.

CCL: A juventude é cada vez menos, no entanto a associação vai mantendo actividade, sobretudo no polidesportivo que diariamente,

especialmente no Verão, se encontra com uma boa taxa de ocupação. No Inverno o mesmo não acontece devido às condições climatéricas. O que falta e o que é que a UDF pode fazer para colmatar a falta de um pavilhão? FC: A UDF tem lutado para que o primeiro passo seja a colocação de uma cobertura no polidesportivo, mas também não é só da nossa responsabilidade.

CCL: Este jornal é desde há alguns anos propriedade da UDF, qual a sua importância? É para continuar? Em que moldes? FC: Para nós tem muita importância na divulgação das actividades realizadas, sensibilizar os jovens para o conhecimento histórico e contemporâneo da freguesia. Desde que haja colaboração entre as pessoas é para continuar, sabendo que ultimamente tem faltado, por esse motivo o número da Páscoa não foi realizado. A base é para continuar pode haver no futuro umas pequenas alterações, mas o futuro dirá.

CCL: Por último qual a mensagem que gostavas de deixar aos leitores do jornal? FC: A mensagem que deixo é que somos nós, os felgarenses, que temos que lutar e contribuir para que o desenvolvimento e a colaboração associativa da freguesia tenham futuro.

Por: José Rachado

Entrevista

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Transtorno Bipolar Males que só conhecemos quando batem à nossa porta!

Passamos a vida desconhecendo factos e eis que um dia surge algo que não conhecia, o chamado transtorno Bipolar, um mal que afecta o dia a dia de muitas pessoas e por vezes nunca diagnosticado.

O transtorno ou desordem bipolar (anteriormente definido como psicose maníaco-depressivo) é uma alteração do humor, génio ou temperamento caracterizada por períodos alternados de mania e de depressão. Cerca de 2,5% da população norte americana na faixa de 18 anos ou mais apresenta sintomas de desordem bipolar. Uma cifra mais conservadora é de que 1% de qualquer população é acometida deste tipo de transtorno mental. Caso então, de 1,8 milhões de brasileiros. O desvio é mais frequentemente encontrado em artistas, músicos, autores, poetas e cientistas… Escolhi este tema para que pessoas como eu que desconheciam ou desconhecem este mal possam buscar ajuda médica. Constatei em uma amiga em certa ocasião passando por dificuldades de vivência fiz a seguinte observação á mesma; Sua vida esta desabando e você está dando risadas! Esta pessoa veio a constatar ter este mal que requer acompanhamento médico para controle.

Uma poesia;

Transtorno Bipolar... Poesia de Rita Reikki

Desculpe, pois permito-me despir deixo que saia de mim o momento presente

se tenho vontade de chorar eu choro... mas não quero não experimentar sorrir...

Desculpe, se te pareço insana sem rumo, sem sol e sem plano mas sei muito bem o que quero

tenho tentado mudar… esta forma de ser

Espero que um dia eu consiga chegar... ao universo que parece que não construo

mas que todos os dias refaço tentando fazer da nossa vida

uma parte ou mesmo um pedaço dos sonhos que sonhei...

Desculpe, não tenho me medicado... talvez por isto minha cabeça dói tanto

e já não é espanto que eu tenha tantos sentimentos extremistas...

preocupando com todos e perdendo-me de mim...

Mas agora eu sei o que posso estar sofrendo...

ou é falta do "parlodel"... ou é torre de Babel...

e ainda pode ser... eu nem quero acreditar ser transtorno bipolar...

Por: António Augusto

São Paulo, BR

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O Entrudo 2010

Reportagem Fotográfica

Fotos cedidas por: A. Teixeira

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O Felgar e a Barragem

Fotos cedidas por: Sónia Ribeiro

Fotos cedidas por: A. Teixeira

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A Lei da Água

A Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro (Lei da Água), veio proceder à transposição da Directiva n.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, para o direito interno português.

Entre os princípios que agora orientam a gestão dos recursos hídricos nacionais contam-se o princípio do valor social da água, pelo qual se reconhece que ela constitui um bem de consumo ao qual todos devem ter acesso para satisfação das suas necessidades elementares. O princípio da dimensão ambiental da água, pelo qual se reconhece que esta constitui um activo ambiental que exige a protecção capaz de lhe garantir um aproveitamento sustentável. O princípio do valor económico da água, pelo qual se reconhece que a água, constituindo um recurso escasso, deve ter uma utilização eficiente, confrontando-se o

utilizador da água com os custos e benefícios que lhe são inerentes.

A compensação desses custos e benefícios constitui, portanto, uma exigência essencial da gestão sustentável da água, pois só quando o utilizador interiorize os custos e benefícios que projecta sobre a comunidade se pode esperar dele um aproveitamento racional dos recursos hídricos escassos de que a comunidade dispõe. Mais do que isso, a compensação dos custos e benefícios associados à utilização dos recursos hídricos constitui uma exigência elementar de igualdade tributária, pois quando não se exige o custo ou o benefício do utilizador, permite-se, afinal, que ele provoque custos que o todo da comunidade

acaba por suportar ou que se aproprie gratuitamente de recursos hídricos que são úteis ao todo da comunidade. Foi neste sentido que a comunicação social apelidou esta Lei como a “lei dos poços", lançando a confusão geral dos seus proprietários. Os donos de poços e furos teriam de declarar a sua existência, até 31 de Maio de 2008.

Como havia, à data de entrada em vigor desta Lei, particulares que utilizavam recursos hídricos sem dispor do necessário título, foi previsto um regime transitório que lhes permitiu legalizar a sua situação e conformar-se àquele novo regime de utilização dos recursos hídricos. Esse mesmo regime define um prazo para que, voluntariamente, os utilizadores não titulados possam regularizar a sua situação junto das administrações de região hidrográfica territorialmente

Info

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competentes, o qual terminava inicialmente em 1 de Junho de 2009. Este prazo não foi cumprido, uma vez que, para além das situações previsíveis há também muitos poços dos quais não se sabe quem são os herdeiros e outros estão mesmo emigrados.

Face a tudo isto e alguma contestação, o prazo foi novamente adiado até 31 de Maio de 2010 e posteriormente para 15 de Dezembro de 2010, através do Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 82/2010, de 2 de Julho do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. De salientar ainda que para a generalidade dos pequenos proprietários por Portugal fora o formulário possui campos de difícil preenchimento.

Estando compreendido o porquê da necessidade de comunicação, importa agora saber quem terá de declarar os poços e furos.

As captações de águas subterrâneas particulares já existentes, nomeadamente furos e poços, com meios de extracção até 5 Cv não carecem de qualquer título de utilização nem têm de proceder a qualquer comunicação obrigatória à administração.

No caso de novas captações, posteriores a 1 de Junho de 2007, com estas características, apenas é necessário proceder a uma mera comunicação à Administração de Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte). No entanto, mesmo os que possuam captações com potências inferiores a 5 Cv anteriores ou posteriores a 1 de Junho de 2007, poderão, a título voluntário, comunicar à ARH-N a sua utilização, obtendo assim uma garantia de que não serão consentidas captações conflituantes com as suas e contribuindo para um melhor conhecimento e uma melhor gestão global dos recursos hídricos.

Estes não estarão sujeitos ao pagamento de qualquer taxa administrativa.

Apenas quem dispõem de meios de extracção com potências superiores a 5 Cv terá de proceder ao preenchimento do formulário e solicitar a emissão de um título que lhes permita essa utilização. Não existe, também neste caso, qualquer taxa administrativa associada a este processo.

No que respeita a taxas de utilização apenas nos casos de utilizações susceptíveis de causar impacte muito significativo, isto é, quando cumulativamente os meios de extracção excedam os 5 Cv e o volume extraído seja superior a 16.600 m3/ano é aplicável.

Quem estiver interessado em proceder ao licenciamento dos seus furos ou poços poderá encontrar o formulário no sítio da ARH-Norte na internet em http://www.arhnorte.pt/, ou dirigindo-se directamente a uma das suas representações, Mirandela ou Vila Real.

Com ou sem licença de utilização o importante é que todos saibamos que a água é um bem escasso, um recurso estratégico que deve ser usado com a máxima eficiência.

Por: José Rachado

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Trasfega A trasfega serve para retirar o vinho do

contacto directo com a borra. A borra é

constituída por diversas matérias que

se encontravam

em suspensão no líquido e que com a paragem da fermentação e abaixamento da temperatura se depositaram no fundo da vasilha de armazenamento. Ela tem como elementos principais, leveduras mortas e todos os seus constituintes celulares, matéria corante e tartaratos de sódio e potássio, estes fazem o chamado sarro, que muitas vezes é difícil de remover sem a aplicação de um solvente, que pode ser ácido tartárico ou um produto muito alcalino, como a soda cáustica; para além destes elementos, na borra temos também poeiras e pequenas partículas de “lixo” que podem afectar seriamente aquilo a que se chama a

saúde de um vinho, o sabor e aromas. É então necessário proceder a uma trasfega.

Deve-se tentar retirar o vinho por uma passagem superior, ou seja, não tirar o vinho pela torneira mais abaixo, assim iríamos mexer na borra e isso é de evitar. O vinho deve ser passado para um recipiente bem limpo, que pode ser o mesmo, depois de lavado. A retirar a ultima porção de vinho, ter muito cuidado para não apanhar borra, é claro que sempre passa alguma, só havendo uma filtração é que se consegue

evitar, ou, desperdiçando todo o vinho que se encontra mais perto da borra, o que não é conveniente. O vinho, depois de separado da borra, fica mais limpo e seguro, baixa-se em muito, a probabilidade de haver turvação com o aumento da temperatura nos meses primaveris. Depois de trasfegado o vinho, pode-se complementar o processo de “limpeza do vinho”, eu sugiro que o façam, com a utilização de uma bentonite em brancos e “palhetos”; se o vinho tiver muita matéria corante, usa-se uma albumina (clara de ovo) e adição de solução sulforosa para ajudar a estabilizar o vinho e

evitar a oxidação. A borra pode ser usada na produção de aguardentes, pode também, quando em grande quantidade, ser utilizada para produção de acido tartárico, que será novamente utilizado na industria alimentar e enológica,

mais recentemente apareceram os “spa’s” de vinho, a borra pode ser usada nesse ramo da industria de cosmética, com tantas opções até vale a pena trasfegar o vinho.

Por: Tiago Rachado

Info

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Espaço dedicado aos Músicos

Todos gostamos de ouvir a nossa querida banda, trata-se da pérola da nossa freguesia, mas é com muito esforço e empenho, que os elementos que a constituem fazem com que ela perdure no tempo. É por isso, e em sinal de reconhecimento que vamos iniciar

neste número da Caserna do Cimo do Lugar uma rubrica dedicada aos que festa após festa, ensaio após ensaio, trazem até nós um pouco

de música. Vamos dar a conhecer um pouco mais daqueles que se dedicam de corpo e alma a uma causa que a todos nos deixa tão orgulhosos, a nossa Banda do Felgar. Vamos iniciar, aleatoriamente, pelo naipe de trombones de vara.

O trombone pertence à família dos metais. Há duas variedades de trombone, quanto à forma:

Trombone de Pistões: Utiliza pistões mecânicos como o trompete.

Trombone de Vara: Possui uma válvula móvel (vara), que, ao ser deslizada, altera o tamanho do tubo, mudando a nota. São várias as particularidades da vara:

Faz com que o trombone apresente todas as notas dentro da sua extensão (é comum entre os instrumentos de pistões um "buraco", isto é, notas ausentes na região grave). Deixa o timbre do instrumento mais homogéneo em todos os registos, já que o ar não muda de caminho, apenas aumenta ou diminui o percurso.

É mais adequada para realizar efeitos como o glissando. Requer um maior cuidado com a afinação.

Do naipe de trombones fazem parte três elementos (Pedro Martins, Ruben Leal e Carlos Seixas), a eles e para os conhecer um pouco melhor foram feitas as seguintes perguntas:

1 - Em que ano entraste para a Banda? E porquê? 2 - Qual a tua primeira festa? 3 – Qual o instrumento que escolheste e porquê?

4 – Na tua opinião como se encontra a banda actualmente? 5 - O que mais gostas na banda? 6 - Qual a melhor recordação que guardas?

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“Fui influenciado pelo meu irmão mais velho” Começamos pelo primeiro trombone, Pedro Martins, 21anos: 1- Entrei para a banda no ano de 2002, fui influenciado pelo meu irmão mais velho que já fazia parte há algum tempo. 2- A minha primeira festa foi em Moncorvo, a Feira de Artesanato. 3- Inicialmente não queria o trombone porque era o que o meu irmão tocava, por isso fui para o Soprano, mais tarde passei para o Saxofone Alto, e só depois fui para o trombone de Pistões e depois para o Trombone de Vara. 4- A nossa banda actualmente está a recompor-se da crise, no entanto penso que temos capacidade de evoluir muito mais. 5- O que gosto mais na banda é das festas e do convívio que nos proporciona. 6- A minha melhor recordação foi a ida a Arrentela.

“Trabalhar sempre mais para continuar no bom caminho” Segundo trombone, Ruben Leal, 17 anos:

1- Entrei para a banda no ano de 2003, as minhas três irmãs já faziam parte e o meu pai já tinha sido maestro o que me influenciou bastante. 2- A minha primeira festa foi em Moncorvo, já não me recordo bem qual. 3- Inicialmente comecei por tocar trompete, mas logo mudei para trombone de vara. 4- Neste momento a banda encontra-se numa fase boa, temos é de trabalhar sempre mais para continuar no bom caminho. 5- O melhor de andar na banda são as festas, a animação e o tempo bem passado com os amigos. 6- O que recordo com mais entusiasmo foi a ida a Arrentela.

“O mais interessante são as festas, conhecer novos locais e novas pessoas” Por último o terceiro trombone, Carlos Seixas, o mais jovem, 15 anos:

1- Entrei para a banda o ano passado, ano de 2009. 2- A minha primeira festa foi no Mês de Maio em Benlhevai 3- Entrei para a banda porque tinha vontade de aprender música. 4- O instrumento que escolhi foi o trombone de vara, porque gosto da sonoridade e da estética, é um instrumento bonito. 5- Na minha escassa experiência penso que a banda está boa. 6- O mais interessante são as festas, conhecer novos locais e novas pessoas. Gostei do convívio realizado na passagem de ano.

Por: Élia Felício

As Associações

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Associação da Mordomia do Santuário de Nossa Senhora do Amparo Neste número decidi que era importante abrir um espaço a todas as Associações da Freguesia. A União Desportiva tem de logo papel de destaque uma vez que é a ela que pertence o jornal. No entanto é necessário dar a conhecer um pouco do trabalho das restantes Associações que durante o ano vão trazendo animação à Freguesia. A Associação da mordomia veio substituir a histórica Comissão de Festas. Surge, numa altura em que para garantir apoios institucionais, passou a ser necessário que as Comissões de festas fossem legalmente constituídas. A escritura foi efectuada a 17 de Outubro de 2002 pelos Srs. António Carrasqueira, Jorge Encarnação e João Amaral. A partir desse dia passou a Associação a ter como objecto, segundo se pode ler nos estatutos, a promoção de festas, festividades e actividades afins, preservação e construção de obras no Santuário e zona

envolvente, apoio aos seus associados e a toda a população da Freguesia de Felgar. Para tal conta com os seus Associados, designados de mordomos, nomeados pela Direcção de 3 em 3 anos e que em reunião elegem os corpos directivos para mandatos também eles de 3 anos. Sendo, com esta finalidade, a primeira Associação no concelho, desde logo acarreta sobre si diversas responsabilidades a primeira das quais a de servir como exemplo a outras que entretanto possam vir a ser criadas.

Falando agora das actividades promovidas, contam-se este ano 4 convívios dos quais se destacam o do mês de Maria e a Sardinhada de S. João. Todos eles felizmente com uma boa massa humana e que motivam a direcção para com eles continuar. Neste contexto é de salientar a excelente organização do convívio de 15 de Agosto, que superou todas as

expectativas e onde o salão verificou a maior enchente, com perto de 200 pessoas, um almoço maravilhoso que certamente agradou a todos os que nele participaram e encheu de forças e muito orgulho todos os que para ele trabalharam. Destaque ainda para a procissão que, anualmente, em Maio, acompanha Nossa Senhora do Amparo desde a Igreja até à Capela do Santuário. Por último não deixar de fazer referência às festividades em honra de nossa Senhora do Amparo e que este ano têm um cartaz Religioso que mantém a tradição centenária, com a Majestosa Procissão que cativa centenas de romeiros e claro a tradicional

Missa do Emigrante na Segunda-feira. E um cartaz profano de invejar, com 5 conjuntos, 2 ranchos, um grupo de bombos, 3 bandas filarmónicas, Karaoke, 1 fadista com ascendência Felgarense e que este ano venceu o prémio “Amália”, uma grandiosa sessão de fogo de artifício e diversões para todos os gostos. Sem dúvida aliciante. Espero que seja do agrado de todos e que quem venha continue a querer voltar e continue a dizer “És tão linda ó minha aldeia”.

Por: José Rachado

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Horizontais: 1- Guarda-redes com reflexos únicos e muita humildade; 2- Atleta corpulento que marcou a diferença logo no

jogo de abertura; 3- A força de que faltou à equipa nos primeiros jogos e que brilhou nos jogos da Nacional; 4- O mais jovem e

mais promissor jogador da altura; 5- O vice-capitão, esquerdino que tão belos golos marcou na fase nacional; 6- O jovem guarda-redes suplente que esteve lá quando necessário; 7- O treinador, massagista e delegado. Verticais: 1- O pivot-fixo, autor de 4 golos num só jogo; 2- O capitão, goleador e alma da equipa (invertido); 3- O fixo, quem segurava o jogo sempre que necessário; 4- O defesa intransponível sempre encarregue de anular os melhores dos adversários; 5- O miúdo franzino que tão bem surpreendeu o Foz Côa (inv).

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