caserna do cimo do lugar 19

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Agosto de 2011 União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000 1 Agosto de 2011 Director: José Rachado Adjunto: António Gomes Subdirectores: Tiago Rachado, Élia Felício Grafismo: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar Fundadores: Dinis Teixeira, Olinda Sá, José Rachado - 1994 CASERNA DO CIMO DO LUGAR Actividades da U.D.F. Pág. 3 Padre João Barros Pág. 5 Retalhos da minha Infância Pág. 6 Sim. Sou Columbófilo Pág. 7 Energia Fotovoltaica Pág. 10, 11 HACCP Pág. 12, 13 Farrapos de Memória Pág. 15 Em destaque na reportagem fotográfica o Passeio Pedestre do Sabor UM PADRE COM MUITA HISTÓRIA Nº 19

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Jornal do Felgar

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Page 1: Caserna do Cimo do Lugar 19

Agosto de 2011

União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

1

Agosto de 2011

Director: José Rachado Adjunto: António Gomes Subdirectores: Tiago Rachado, Élia Felício Grafismo: Mário Pinto Propriedade: União Desportiva de Felgar Redacção: Felgar Fundadores: Dinis Teixeira, Olinda Sá, José Rachado - 1994

CASERNA DO CIMO DO LUGAR

Actividades da U.D.F. Pág. 3

Padre João Barros Pág. 5

Retalhos da minha Infância Pág. 6

Sim. Sou Columbófilo Pág. 7

Energia Fotovoltaica Pág. 10, 11

HACCP Pág. 12, 13

Farrapos de Memória Pág. 15

Em destaque na

reportagem fotográfica o

Passeio Pedestre do

Sabor

UM PADRE COM MUITA HISTÓRIA

Nº 19

Page 2: Caserna do Cimo do Lugar 19

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Verão que a todos aquece

Chegou finalmente o Verão, tempo de calor, tempo de recuperar energias e aumentar motivações, é a época em que revemos a nossa terra, em que matamos saudades das ruas que fizeram parte do dia-a-dia da nossa infância e juventude. As pestanas espremem-se de alegria à chegada e encharcam-se de tristeza na despedida. É esta a magia da nossa Freguesia, algo inexplicável e que a todos nos prende. Lá diz o nosso hino que “quem por aqui passar de certo te há-de lembrar e nunca te há-de esquecer”. Passando em revista os últimos acontecimentos na Freguesia, pouco de novo tenho a dizer, até porque começo a ser a pessoa menos indicada para os comentar, não por estar fora, mas porque cada vez é mais difícil encontrar quem relate o dia-a-dia da nossa Freguesia. O Fórum do Felgar tem cada vez menos aderentes, o nosso cantinho na página do António Cristino está também cada vez mais esquecido, as entidades oficiais que deveriam preocupar-se em divulgar a Freguesia e tudo o que a ela diz respeito fazem orelhas moucas e não lhes interessa minimamente publicar seja o que for relativo à nossa Freguesia e assim começa a ser difícil remar contra a maré. Foram inúmeros os apelos que fiz para escreverem para este jornal, para irem actualizando notícias nos Fóruns sobre a nossa Freguesia, mas nada, será que anda tudo assim tão adormecido, ou será que os que querem calar o povo mantendo eles o controlo de tudo, num claro quero, posso e mando, continuam a ganhar terreno e ninguém tem coragem de inverter a situação, ou será mesmo porque a nossa Freguesia está de tal forma adormecida que não há nada para relatar? Espero sinceramente que esta atitude mude e que no próximo número eu possa apresentar outro tipo de conteúdo neste editorial, ou melhor ainda, que alguém se disponibilize para ele(a) mesmo(a) escrever para aqui. Do pouco que sei entusiasma-me o saber das actividades de algumas das nossas Associações e Comissões de Festas.

Não me canso aqui de destacar a Banda de Música que com cacetadas de muitos lados continua de pé, tudo graças à força dos jovens que nela andam e dos dirigentes que abraçaram um projectos que muitos davam já como envenenado. Como músico que ainda me sinto e felgarense que sempre serei, darei toda a minha força para a cada ano saber que as procissões do Felgar, Carvalhal e Silhades são abrilhantadas pela suave melodia saída do esforço de tantos meses de trabalho dos nossos músicos. Destaco ainda as iniciativas da União Desportiva de Felgar que deu como terminada mais uma época com duas camadas a participar nos distritais, fez também um passeio pedestre e torneio de pesca terminado com um convívio onde os muitos participantes envolvidos puderam desfrutar um pouco mais das maravilhas da nossa terra. Por último e como sempre destaco a Associação da Mordomia do Santuário de Nossa Senhora do Amparo e a Comissão de Festas da Sta Bárbara no Carvalhal que rumam a cada ano contra a crise e apresentam cartazes de invejar a qualquer sede concelhia. São estes homens que merecem o nosso apoio, são eles que mantém a tradição da chamada a cada ano dos emigrantes à nossa freguesia, dando-lhes mais ânimo e força no regresso. O trabalho visto nos 4 ou 5 dias de festa é o resultado de um ano de muito trabalho em que se desdobram em contactos, angariação de fundos com patrocinadores e eventos realizados para que as festas mantenham a sua dimensão e os recintos sejam conservados e melhorados. Peço aqui desculpa se esqueci alguém que tenha remado contra a maré e contribuído para o dinamismo da nossa Freguesia, mas é de gente dessa que precisamos, gente que nada ganha, temos o dever de os apoiar. Quanto ao nosso jornal, com ou sem apoios, é para continuar. Este número marca já 17 anos de existência, com alguns interregnos que lhe deram força e permitiram que ele continue a ser caso único no concelho.

Por: José Rachado

Editorial

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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As actividades da União Desportiva de Felgar O período Primaveril foi

especialmente fértil no que a

actividades da União Desportiva de

Felgar diz respeito.

Destaco desde logo o passeio

pedestre que juntou dezenas de

pessoas e que foi enriquecido com

um torneio de pesca desportiva

realizado no rio Sabor. A actividade

designada como “Convívio Rio

Sabor” começou por volta das 8:00

junto ao nosso rio a fim de se

organizarem. Seguiu-se o pequeno-

almoço, sorteio dos postos e início

da prova, bem disputada e em que o

convívio foi a principal atracão.

Uma hora depois foi a concentração

em frente à sede da União

Desportiva de Felgar para dar

arranque ao passeio pedestre.

Destaque para as inúmeras pessoas,

vindas de diferentes localidades do

concelho, que ali se deslocaram para

o exercício de uma prática

desportiva que começa a ganhar

adeptos um pouco por toda a parte.

O percurso teve cerca de 8,3 Km e

presenteou os

participantes com

a passagem por

alguns locais e

paisagens a reter,

das quais destaco

desde já o Ribeiro

dos Moinhos e o

Vale do Sabor. A

organização

pensou em tudo e

a meio do

percurso houve mesmo direito a um

pequeno reforço para que as forças

não faltassem durante a caminhada.

Depois do meio-dia foi então vez do

almoço, bem merecido depois da

caminhada.

Esta actividade superou todas as

expectativas, quer em termos de

adesão quer mesmo em termos de

confraternização

dos participantes.

Pelo que, no

final, ficou o

desejo unânime

de no próximo

ano se poder

repetir.

O futsal é

também uma

actividade que

não pode ser

esquecida, porque não pára, exige

uma constância e dedicação dos

poucos que por amor à terra ainda

perdem muitas noites de Terça e

Sábado, tarde de Sexta e manhãs de

Domingo, para que os nossos jovens

continuem a poder usufruir desta

modalidade. Muitos chamam-lhe

“os da bola”, eu entendo de outra

forma, para mim a importância desta

actividade vai muito para além d’ “a

bola”. O futsal, tal como é encarado

no Felgar tem uma componente

social bem vincada. O futsal torna-

se num elo de ligação dos jovens da

nossa freguesia, promove o

convívio, a diversão, a aquisição de

valores morais, colectivos e claro, a

manutenção de elos de ligação

destes jovens para com a Freguesia

de Felgar.

“Caserna do Cimo do Lugar” faz

também parte das actividades desta

Associação, que assim como outras

mostra pernas para andar e muita

vontade de a cada número novas

histórias contar.

Por: José Rachado

Page 4: Caserna do Cimo do Lugar 19

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Mais desporto

Regresso à competição após paragem de campeonato para celebrações da semana Santa e Páscoa. Depois de umas semanas de folga a UDF regressa cheia de vontade para mostrar que afinal os resultados nem sempre reflectem o que uma equipa joga, muitas vezes a inexperiência de alguns jogadores leva a pequenos erros, normais para anda nestas andanças à tão pouco, como é o caso da maioria dos atletas da rejuvenescida equipa da União Desportiva de Felgar. Mesmo assim é de salientar que no último terço da prova os resultados foram bem mais positivos. Entre eles destaco o resultado do jogo GDC Roios vs UDF,

em que a equipa da UDF deixou escapar a vitória por entre os dedos com o resultado final de 10-8 a favor da equipa visitada. Este resultado negativo apareceu nos minutos finais, uma vez que durante todo o jogo a nossa equipa soube equilibrar as coisas. A razão desta derrota não foi mais que o cansaço

evidenciado pelos nossos atletas no último quarto do jogo, quando tinham o resultado empatado a sete golos. O jogo merece especial destaque uma vez que na altura do empate a nossa equipa dispôs de 2 ou 3 oportunidades de passar para a frente, mas a maior experiencia, frescura, concentração e o factor casa levaram a que

a equipa da casa puxa-se dos galões e aproveitasse assim para marcar 3 golos que levaram à sua vitória. A UDF ainda tentou reverter o resultado mas marcou apenas um golo e não conseguiu conquistar o tão merecido ponto. Mas apesar da derrota é de salientar o esforço que se teve mesmo na altura que o cansaço era evidente.

A nossa equipa de iniciados logrou também chegar ao final do campeonato distrital. Os resultados nestas idades são o que menos importa sendo sempre importante garantir que estes jovens mantenham alguma actividade desportiva de modo a combater o sedentarismo.

De realçar a lesão que afectou o capitão de equipa, jogador fisicamente mais possante e que garantiria maior equilíbrio defensivo à equipa. Esta

condicionante explica em parte o elevado número de golos sofridos pela equipa. De salientar, que esta equipa mostrou um enorme espírito de

companheirismo que certamente a muitas outras inveja.

Por: António Gomes

Crónica Desportiva

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

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Padre João Barros

O Revmo. Padre João de Barros comemorou já as

suas bodas de ouro sacerdotais. Não podia deixar de

passar esta comemoração em claro e aproveito para

deixar aqui a minha homenagem e de toda a equipa

do jornal pelo excelente trabalho que tem vindo a

realizar, não só na paróquia do Felgar, mas também

em todas as localidades em que é pároco.

Para quem não se recorda o Sr. Padre João, como

entre nós é conhecido, veio para o Felgar herdar uma

pesada herança, a herança deixada pelo nosso Padre

Aragão que tão bem soube dirigir os destinos da

nossa paróquia.

Perante algumas dúvidas o Sr. Padre João lá foi

mostrando estar à altura e de ano para ano ir

conquistando a admiração de todos, graças à sua

simplicidade e capacidade de diálogo. A sua imagem

foi sempre a disponibilidade e o muito trabalho

desenvolvido, contando já com vários Lares

inaugurados e centros de apoio a crianças, um pouco

por todas as paróquias que dirige. Refiro-me ao

Felgar, Freixo de Espada à Cinta, Urros, Peredo dos

Castelhanos, Ligares, Poiares e Felgueiras

O seu trabalho levou mesmo a que a autarquia de

Freixo de Espada à Cinta lhe atribui-se a medalha de

mérito do município concedida a personalidades ou

instituições que se distinguem por um percurso em

prol do município.

Como não podia deixar de ser ao Sr. Padre João e

para eternizar a data, houve festa.

A localidade, claro está, foi Felgueiras, a data foi o 3

de Julho.

Muitos populares ali se deslocaram, talvez cerca de

2000 e as individualidades também marcaram a sua

presença. Destaque para os padres vindos de diversas

terras, presidentes de Juntas de Freguesia, os

presidentes das câmaras de Torre de Moncorvo e

Freixo de Espada à Cinta e claro está o bispo

resignatário D. António Rafael.

O acompanhamento musical esteve a cargo da Banda

de Música do Felgar, por quem o Sr. Padre João nutre

especial carinho.

Resta-me agradecer o trabalho que tem vindo a

desenvolver e pedir para que mantenha a dedicação

que nos tem habituado. Um muito obrigado.

Por: José Rachado

Page 6: Caserna do Cimo do Lugar 19

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Retalhos da minha infância Praia do Bilene

Só muito recentemente eu soube que o José Rachado se encontrava a trabalhar num dos mais belos países de África, o mesmo é dizer Angola e foi de lá que nos lançou o repto para o ajudarmos na feitura de mais um

jornal escrevendo algo. Pensei que seria uma ideia interessante dar a conhecer aos meus amigos a alguns momentos inesquecíveis que vivi em Moçambique e trago ainda na lembrança. Foi com um enorme prazer que aceitei o desafio lançado pelo amigo Zé Rachado e assim resolvi vir dar o meu pequeno contributo para o “Jornal da Caserna”. Prontamente me sentei ao computador e logo me veio à lembrança uma das mais paradisíacas paisagens de Moçambique… a praia do “Bilene” que frequentei várias vezes na companhia dos meus pais… Nasci e vivi em Moçambique até aos meus 10 anos. Apesar de ter vindo para Portugal ainda de tenra idade

tenho os meus pensamentos povoados de muitas lembranças dessa fase da minha vida numa terra maravilhosa, que eu chamo e recordo como…”retalhos da minha infância”… Associando estas lembranças à chegada do Verão aqui em Portugal quero deixar aqui um pequeno registo sobre a famosa praia do Bilene… O Bilene é uma instância Balnear situada no Distrito de Gaza, a cerca de 200 km a norte de Maputo em Moçambique. Bilene é uma pequena povoação dominada por uma enorme lagoa de água salgada, cuja temperatura ultrapassa frequentemente os 30.º… as águas são extremamente límpidas e muito calmas… Lembro-me que como criança de 7 ou 8 anos já entrava dentro da água e caminhava…caminhava centenas de metros lagoa a dentro sem deixar de tocar o solo de finas areias sem qualquer receio devido à pouca fundura e às ondas calmas e baixinhas… Como era bom olhar o fundo da praia e ver muitos peixinhos nadando de um lado para o outro… e as crianças (como eu…) sentiam-se uns verdadeiros reis ou príncipes e com os seus baldinhos iam construindo seus castelos na areia… Era fantástico nadar ali…

Ao redor da praia naquele vasto areal de areia branca e fina podemos observar várias espécies de árvores altas que eram muito disputadas pela pouca sombra que faziam e mesmo alguns arbustos rasteiros, que por vezes dificultavam que se estendessem as enormes quantidades de toalhas. Lembro-me bem das traquinices de criança e das queimadelas nos pés que apanhava enquanto caminhava naqueles areais quentes…

Por: Jorge Vieira

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Sim. Sou Columbófilo

Boa tarde, mais uma vez vos escrevo para dar a conhecer as últimas deste tão belo desporto, Columbófilia.

Começaram os campeonatos, Paulistano e Paulista de São Paulo/Grande São Paulo e Estado de São Paulo. São dois campeonatos distintos, onde no paulistano entram só os columbófilos do município de São Paulo, e os municípios vizinhos, enquanto no Paulista,

participam todos os columbófilos do Estado de São Paulo.

Solta de Pombos – Federação Paulista

O Transporte pertencente à Federação Paulista de Columbofilia, passa em todos os municípios que têm sociedades, e os pombos são colocados no Caminhão, que os conduz até o local pré estabelecido, para a devida solta. Os pombos chegam ao local da solta à tarde, onde são tratados com ração e água, e soltos aos primeiros raios de sol no dia seguinte. A Primeira prova que abriu o campeonato, foi de Uberlândia Minas Gerais a São Paulo na distância de 530 Km em linha reta. Classificações da 1ª Prova do Campeonato Paulistano

Claro que não estamos contentes com a 5.ª colocação, mas vamos lutar para chegar as primeira, temos pombos de qualidade e capacidade para tal.

No Campeonato Paulista, é um pouco mais difícil, pois tem pombais cuja distância é menor, e os pombos da Capital Paulista levam desvantagem, e precisam fazer um tempo excelente para sairmos ganhadores. Em 2009, o Pombal Nossa Senhora do Amparo, foi Campeão Paulistano e Paulista. Ganhando ainda outros campeonatos paralelos sociais.

Espero que nossos amigos felgarenses tenham entendido como é disputado um Campeonato Columbófilo. Não é difícil a criação de pombos correio, mas tem seus macetes. Por hoje é só e prometemos que daremos notícias do andamento dos campeonatos.

Pomba Campeã 2009

Grande abraço a todos

Por: Serafim Camilo

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Dia de Convívio

Reportagem Fotográfica

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A Avenida

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A Energia Fotovoltaica

Neste número abandono um pouco a questão da água, poupança, tratamento e encaminhamento e vou iniciar um novo tema, que me parece bastante pertinente numa altura de crise, onde todos os recursos renováveis devem ser aproveitados.

Diariamente, sobretudo nesta época do ano, vê-mos o sol, que intrinsecamente sabemos possuir uma energia imensa. É também inerente a ideia de que a distância ao sol leva a perdas substanciais de energia no seu trajecto. Mas o certo é que muitos de nós não

sabemos de que quantidades de energia podem estar envolvidas neste processo. É um facto incontornável que esta grande distância existente entre o Sol e a Terra, cerca de 150 milhões de Km (que varia com a estação do ano e um mínimo de 147,1 milhões de Km no periélio a um máximo de 152,1 milhões de Km no afélio (em torno de 4 de Julho), leva a que apenas

uma mínima parte (aproximadamente duas partes por milhão) da radiação solar emitida atinge a superfície da Terra. Esta radiação corresponde a uma quantidade de energia de 1x1018 KWh/ano. Uma mais pequena parte ainda é absorvida pelo solo, plantas e outros corpos presentes na atmosfera terrestre. A luz solar demora aproximadamente 8:18 min para chegar à Terra Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos

através da fotossíntese, processo do qual, directa ou indirectamente, dependem todos os seres vivos que habitam nosso planeta.

De acordo com a evolução da exploração das reservas de petróleo e de gás, é previsto que as reservas se esgotem nas três primeiras décadas do nosso século. Mesmo no caso de serem

descobertos novos depósitos, apenas se prolongará a dependência da energia fóssil por mais algumas décadas. Estando cada vez mais em voga a ideia do desenvolvimento sustentável - Satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades – é

necessário então passar das palavras aos actos. A lógica passa então por tentar usufruir ao máximo da energia solar, não só para nos bronzearmos na praia, não só para a realização da fotossíntese nas plantas, mas também para a produção de energia eléctrica. A produção de energia eléctrica recorrendo à energia solar é designada de fotovoltaica. Os sistemas fotovoltaicos não utilizam calor para produzir electricidade. Interpretando a palavra, temos que "photo" significa "produzido pela luz," e o sufixo "voltáico" refere-se a "electricidade produzida por uma reacção química." (M.Trindade J.S , M.J.L. Afonso, 2005). A conversão directa de energia solar em energia eléctrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial eléctrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fotões (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (usados maioritariamente átomos de silício), provocando a emissão de electrões, gerando corrente eléctrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta em demasia.

Temos então que a energia fotovoltaica caracteriza-se por

Info

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transformar a energia solar em energia eléctrica. O processo é dividido em várias etapas: captação de energia, armazenamento, controle de carga e descarga, e inversão. Nos materiais semicondutores sob o efeito de uma radiação luminosa, a energia dos fotões incidentes é directamente transferida para o sistema electrónico do material, podendo excitar electrões da banda de valência para a banda de condução e dando origem à criação de pares electrão (absorção). Para obter uma corrente eléctrica é criada uma estrutura de separação dos portadores de carga fotogerados, por acção do campo eléctrico interno, antes de se recombinarem. Segue-se logo a extracção das cargas em corrente contínua para utilização. A este efeito dá-se o nome de efeito Fotovoltaico. A vantagem é que no processo de produção de energia estes sistemas não produzem ruído nem qualquer tipo de poluição.

Utilizam a energia limpa e inesgotável do Sol. Para além desta vantagem a ausência de partes móveis susceptíveis de partir, não produz cheiros, têm baixa ou nenhuma manutenção, e com tempo de vida elevados para os módulos.

Sabemos então que a energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão directa da luz em electricidade (Efeito Fotovoltaico). Edmond Becquerel relatou o fenómeno em 1839, quando nos extremos de uma estrutura de matéria semicondutora surge o aparecimento de uma diferença de potencial eléctrico, devido à incidência de luz. No processo de conversão da energia radiante em energia eléctrica a célula é a unidade fundamental.

O silício (do latim silex, sílica) foi identificado pela primeira vez por Antoine Lavoisier em 1787, e posteriormente tomado como composto por Humphry Davy em 1800. Em 1811 Gay-Lussac, e Louis Thenard provavelmente, prepararam silício amorfo impuro aquecendo potássio com tetracloreto de silício. Em 1824 Berzelius preparou silício amorfo empregando um método similar ao de Gay-Lussac, purificando depois o produto obtido com lavagens sucessivas até isolar o elemento. O silício é o segundo elemento

mais abundante no globo terrestre perfazendo mais de

28% de sua massa. Aparece na argila, feldspato, granito, quartzo e areia, normalmente na forma de dióxido de silício (também conhecido como sílica) e silicatos (compostos contendo silício, oxigénio e metais). O silício é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones, que são substâncias plásticas muitas vezes confundidas com o silício. O silício cristalino é, actualmente a principal tecnologia de fabricação de células fotovoltaicas,

A este segue-se o silício amorfo. Não sendo estas as tecnologias mais eficientes empregues em células solares, uma vez que o Arsenieto de Gálio apresenta rendimentos substancialmente mais elevados, são no entanto as que apresentam uma melhor relação custo/produção de energia.

No próximo número continuarei a abordar este tema. Deixo no entanto aqui uma curiosidade. A quantidade de energia solar que atinge a Terra em dez dias é equivalente a todas as reservas de combustíveis conhecidas.

Por: José Rachado

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Sistema HACCP É com imenso

prazer que

volto a

escrever

nestas páginas

para ajudar a

dar continuidade a este jornal,

felicitando desde já todo o esforço

que tem sido feito para manter este

meio de informação de pé.

Este artigo vem dar continuidade ao

publicado num número anterior

onde se fez uma breve apresentação

ao HACCP.

Anteriormente explicou-se o

significado da sigla, a história e os

benefícios do Sistema HACCP.

Neste artigo vamos resumidamente

falar de:

� Desvantagens para quem não

aplica HACCP;

� O reconhecimento do HACCP;

� Os tipos de perigos;

� Pré-requisitos de HACCP

� Como começar o HACCP.

As desvantagens para quem não

Aplica o Sistema HACCP.

� Má imagem da empresa

� Escândalos altamente

mediatizados

� Retirada de marcas do mercado

� Perdas de confiança por parte do

consumidor

� Perdas de clientes

� Custos das consequências,

consultas e tratamentos médicos

� Custos com coimas e outras

sanções

� Encerramento de empresas

� Morte de consumidores

O reconhecimento do Sistema

HACCP

O HACCP é um sistema

reconhecido por:

� Consumidores / Clientes

� Legislação Europeia (Directiva

93/43 do Conselho, de 14 de Junho)

� Legislação Nacional (Decreto-

Lei n.º 67/98, de 18 de Março,

alterado pelo Decreto-Lei nº 425/99;

Regulamento (CE) nº 852/2004, de

29 de Abril)

� Os organismos de referência:

FDA; OMS; FAO; Codex

Alimentarius; ICMSF.

A ferramenta usada para quem

deseja certificar é:

� NP EN IS0 22000_2005

� Norma de Segurança Alimentar

� Favorece a comunicação entre

todos os intervenientes

� A implementação pode demorar

dois anos.

Os tipos de

perigos

� Químicos:

- Resíduos de detergentes e

desinfectantes

- Metais pesados

- Resíduos de pesticidas

- Aditivos (nitratos e nitritos,

nitrofuranos, hidrocabonetos

poliaromáticos...); Lubrificantes; …

� Físicos:

- Vidros; Metais

- Adornos pessoais

- Cabelos

- Plástico

- …….

Info

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União Desportiva de Felgar Fundada em 24 de Julho de 2000

13

� Biológicos:

- Insectos (moscas, formigas, …);

Roedores

- Bactérias ( Salmonella, E. Coli, S.

Aureus,…)

- Vírus (Hepatite, Gripe,

Tuberculose)

- …

Do crescimento de bactérias, resulta

a produção de:

- Toxinas em Peixes e Mariscos,

resultando na degradação rápida dos

tecidos musculares, normalmente

não ingeridas.

- Toxinas em carnes, que podem ser

ingeridas, caso não se adoptem

medidas preventivas. (temperatura

de armazenamento, …)

Os factores de desenvolvimento dos

microrganismos

∗ Temperatura

∗ Actividade da água ( aw )

∗ pH

∗ O2

Apesar dos grandes avanços

� As doenças de origem alimentar

são um dos problemas de saúde mais

difundidos no mundo

contemporâneo e um factor de

grande impacto na economia.

� 30% da população

sofre anualmente de doenças de

origem alimentar.

Os Pré-Requisitos de HACCP

� Conjunto de procedimentos que

controlam condições operacionais,

dentro de uma empresa alimentar,

favorecendo o estabelecimento de

condições ambientais favoráveis á

produção de alimentos seguros.

� Com o objectivo de dar

cumprimento aos requisitos legais, é

necessário que as empresas tenham

previamente implementado um

programa de Pré-Requisitos, sem os

quais é impossível desenvolver um

Plano HACCP.

� Boas Práticas de Higiene

� Fardamento

� Mãos; Feridas e cortes

� Manipuladores doentes

� Visitantes

� Animais Domésticos e Plantas

� Recipientes do lixo

� Equipamento diverso

� Instalações sanitárias

� Limpeza e Desinfecção

� Controlo de pragas

o Registos

� Controlo na Recepção

� Temperaturas

� Higienização

� Medicina do Trabalho

� Desinfestação

� Para começar o HACCP

� Para se implementar o HACCP

têm de ser assegurados alguns

requisitos:

� Empenho da direcção

� Selecção da equipa HACCP

� Formação sobre a

metodologia HACCP

� Verificação das condições

prévias – Layout.

Ficamos por aqui, até uma próxima.

Umas óptimas e Santas Festas de

2011 para todos os Felgarenses

(residentes, imigrantes e

emigrantes).

Cordiais Saudações

Por: Eduardo Sousa

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14

A Barragem

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Farrapos de Memória

Nas inúmeras deambulações pela internet de certo que todos nós conhecemos já o blog “Farrapos de Memória” que se destina à divulgação de

personagens e eventos históricos e do quotidiano do

passado da região de Moncorvo, através de

fotografias, vídeos, correspondência, notícias de

jornais, excertos de livros e revistas, encontrados em

álbuns, baús, caixas, gavetas, gavetões e em

outras fontes fidedignas. Este blog, fruto de um grande trabalho de todos os colaboradores é provavelmente, a melhor fonte de divulgação existente sobre o concelho de Torre de Moncorvo.

Devidamente autorizado pelo seu criador, neto de uma felgarense, Julieta Freire, decidi então começar a colocar excertos que ali vou encontrando no dia-a-dia, aqui neste jornal.

Seguem-se alguns excertos devidamente identificados pelos seus autores no blog. 21.07.1910 – Notícia do Felgar: - Foi gravemente ferido com foiçadas na cabeça e com um tiro de pistola no pescoço Ezequiel Augusto Pires (…) é arguido António Praça, por alcunha O Risinha.

Por: António Júlio Andrade

Ao ver o Afonso (Emílio) Praça numa fotografia de uma equipa de futebol do Felgar vieram-me à memória algumas andanças do Afonso Emílio (como carinhosamente dois ou três amigos o tratavam). O Praça para compor o ordenado (à semelhança do que então faziam muitos jornalistas) conseguiu um biscate no Record. Diga-se que, na altura, o Record era dirigido pelo Artur Agostinho que, sendo um homem de direita, protegeu muita gente de esquerda. Nessa altura (antes do 25 de Abril), o Mário Zambujal era o chefe de redacção e tinha como colaboradores nomes tais como o do Assis Pacheco ( cujas crónicas no Record deram origem ao livro Memórias de um craque), Silva Pinto ( fundador e director de O Jornal) e Afonso Praça. O Afonso chegou mesmo a ser

despachado, como enviado especial, para a cobertura de um jogo da CUF no estrangeiro, durante uma competição europeia. Contou-me várias histórias com jogadores, de que já me não lembro, e da crónica escrita por quem não sabia nada ou muito pouco de futebol. Creio que foi com a CUF a um país de Leste, mas não posso garantir. Mais tarde, logo a seguir ao Porto ganhar a Taça dos Campeões em 1987, durante um vinda da equipa do Porto a Lisboa para um jogo (já não me lembro com quem) fomos jantar ao Solar dos Presuntos, cujo patrão era/é o Evaristo, um bom homem, sportinguista e que, durante anos, foi o cozinheiro da selecção nacional. No jantar estiveram, pelo Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa e Artur Jorge. Pelos jornalistas portistas estávamos eu, o Afonso, o Venâncio Guilherme (que esteve como fotógrafo da agência ANOP em Tóquio na vitória do Porto sobre o Peñarol, se não me engano), o Rui Ochoa da Expresso, o Ribeiro Cardoso, amigo do Artur Jorge já desde os tempos de Coimbra, e mais dois ou três nomes que não recordo. O Afonso era mesmo portista, ainda que não fosse um aficionado do futebol, propriamente dito. Mais tarde demo-nos com o António Oliveira, treinador jogador do Sporting que almoçava connosco com alguma frequência na Casa Transmontana às Escadinhas do Duque.

Por: Rogério Rodrigues

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Horizontais: 1- O Adjunto; 2- O Pivot guerreiro, polivalente e goleador; 3- O guarda-redes; 4- O defesa possante; 5- O Pivot fixo.

Verticais: 1- O ala lutador; 2- O ala promissor, muito jovem mas com uma apurada técnica; 3- O capitão de equipa, a força do querer; 4- O

treinador; 5- O jovem ala/pivot, força e vontade de vencer; 6- O benjamim da equipa

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Palavras Cruzadas (Vice-campeões Distritais de Infantis 2004-2005)

Passatempos