cartilha sepe previ-rio - uma questão do servidor
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Cartilha elaborada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação - SEPE.TRANSCRIPT
Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público Municipal
Maio 2011
Uma questão do servidorPrevi-Rio
Cartillha produzida pelo
Diagramação e arte: Caio Amorim e Mariana Gomes
(contato p/ trab.: 9249-0184 / 8378-0986 - revista Vírus Planetário - www.virusplanetario.com.br)
Ilustração capa: Carlos Latuff
Impresso na Ramandula Gráfica e Editora Ltda
contato: 3988-2545 / Delano Teixeira: Nextel 7888-6136 ID 98*47169
Tiragem: 20 mil exemplares
SEPE-RJ - Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação do Rio de JaneiroEndereço: R. Evaristo da Veiga, 55/ 8º
andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ Contato: www.seperj.org.br/fale.php
Telefone: (21) 2195-0450
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação
D i g a n ã o a o P L C 4 1 ! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Previ-Rio em Tese. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Previ-Rio de Fato. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Resumo da Ópera. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Resposta do Atual Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Sumário
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Diga não ao PLC 41
que ataca a nossa
aposentadoria!
proposta do Projeto de Lei da Complementar (PLC) 41 altera o regime previdenciário do funcionalis-mo municipal. Os futuros funcionários da prefei-tura do Rio devem se preparar para essa proposta,
que prevê uma aposentadoria menor do que o sa-lário pago no período de atividade. Os funcionários públicos não devem se conformar com a possibilidade de não ter mais direito à chamada integralidade de vencimentos na aposen-tadoria e paridade de reajuste entre ativos e inativos. Esses benefícios continuarão garantidos somente para os atuais 165 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas do Rio. É isso que prevê o PLC 41 do prefeito Eduardo Paes. Se não sofrer emendas alargando seu alcance, as duras medidas vão atingir aos novos concursados, é o que informa a presidente do Previ-Rio, Ariane Di Iorio.
Abaixo, estamos disponibilizando a lista com os emails de todos os vereadores para que a rede municipal possa enviar mensagens cobrando deles uma posição contrária ao PLC 41, que vai mexer nas nossas aposentadorias. Temos que defen-der os nossos direitos e exigir que o prefeito e a Câmara de Vereadores tirem as mãos da nossa previdência. Vamos pro-testar contra o projeto do prefeito e mostrar para o governo municipal que não vamos aceitar mais este ataque contra o funcionalismo municipal.
Os vereadores precisam lembrar que quem vota contra a educação não consegue reeleição. Só com nossa luta e mobi-lização derrotaremos mais esta investida do prefeito Eduar-do Paes contra os direitos da educação municipal.
Mobilize-se!
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Adilson Pires (PT): [email protected] Cerruti (DEM): [email protected]ísio Freitas (DEM): [email protected]éa Gouveia Vieira (PSDB): [email protected] Pimentel (PMDB): [email protected] (PRTB): [email protected] Mecânico (PPS): [email protected] Caiado (DEM): [email protected] Bolsonaro (PP): [email protected] Brazão (PMDB): [email protected]. Carlos Eduardo (PSB): [email protected]. Edson da Creatinina (PV): [email protected]. Eduardo Moura (PSC): [email protected]. Fernando Morais (PR): [email protected]. Gilberto (PT do B): [email protected]. Jairinho (PSC): [email protected]. João Ricardo (PSDC): [email protected]. Jorge Manaia (PDT): [email protected] Dantas (DEM): [email protected] Coelho (PSOL): [email protected]
Veja quem são os vereadores que irão votar o PLC 41 e envie uma mensagem para cada um deles exigindo uma postura cidadã destes parlamentares, que impeça este verdadeiro ataque contra o nosso sistema previdenciário.
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Elton Babu: [email protected] Alves (PTB) : [email protected]
Ivanir de Mello (PP): [email protected]ão Cabral (DEM): [email protected]
João Mendes de Jesus (PRB): [email protected] Braz (PT do B): [email protected]
Jorge Felipe (PMDB): [email protected] Pereira (PT do B): [email protected]
Jorginho da SOS (DEM): [email protected]é Everaldo (PMN): [email protected]
Luiz André Deco (PR): [email protected] Carlos Ramos (PSDC): [email protected] Arar (PSDB): [email protected]
Marcelo Piuí (PHS): [email protected] Pedregal (PDT): [email protected]ícia Amorim (PSDB): [email protected]
Paulo Messina (PV): [email protected] Pinheiro (PPS): [email protected]
Prof. Uóston (PMDB): [email protected] (PT): [email protected]
Renato Moura (PTC): [email protected] Monteiro (PC do B): [email protected]
Rosa Fernandes (DEM): [email protected] Andrade (PSB): [email protected]
S. Ferraz (PMDB): [email protected] Rabelo (PV): [email protected]
Tânia Bastos (PRB): [email protected] Bergher (PSDB): [email protected]
Tio Carlos (DEM): [email protected] Lins (PP): [email protected]
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Previ-Rio em tese
previ-Rio é o Instituto de Previdência e Assis-tência do Município do Rio de Janeiro, prin-
cipal órgão do regime próprio de previdência e assistência e tem como funções gerir e operar
as políticas assistenciais e previdenciárias voltadas para o servidor municipal em observância à lei 3344/2001 e às deliberações do seu conselho de administração. Compete ainda ao Previ-Rio gerir o Funprevi – Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro nos termos da lei.
Título II - Do regime próprio de assistênciaCapítulo I - Do instituto de Previdência e assistência do municí-pio do Rio de janeiro – Previ-RioArt. 9.º o instituto de previdência e assistência do município do rio de janeiro — Previ-Rio, mantido sob a forma de autarquia com personalidade jurídica de direito público interno, autono-mia Administrativa, patrimônio e gestão financeira próprios, vinculada à secretaria municipal de Administração, tem por fi-nalidade:I - administrar o regime próprio de previdência do município; eII - conceder benefícios assistenciais e prestar serviços a seus segurados.
Lei 3344/2001
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Art. 10. São benefícios e serviços assegurados pelo Previ-Rio:I - auxílio-natalidade;II - auxílio-educação;III - auxílio-funeral de pensionista;IV - auxílio-reclusão;V - pecúlio post-mortem;VI - assistência financeira;VII - serviço social; eVIII - outros serviços assistenciais definidos em regulamento.
Título II - Do regime próprio de previdênciaCapítulo I - Do fundo de previdênciaArt. 1.º fica criado o fundo especial de previdência do muni-cípio do rio de janeiro-funprevi, com finalidade específica de prover recursos para o pagamento de benefícios previdenciários dos segurados do regime próprio de previdência dos servidores públicos do município do rio de janeiro e a seus dependentes.Parágrafo único. Serão observados pelo funprevi os seguintes preceitos do regime próprio de previdência:I - caráter contributivo e solidário de seguridade social, com con-tribuições obrigatórias tanto de servidores como do município;II - administração técnica dos recursos, com participação de se-gurados nos conselhos de administração e fiscal;III - autonomia financeira, com contabilidade distinta da do gestor, observado o princípio da Universalidade do orçamento municipal;IV - total transparência na gestão dos recursos;V - preservação do equilíbrio atuarial com reservas capitali-zadas; e
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VI - impossibilidade de criação, majoração ou extensão de quaisquer benefícios sem a correspondente fonte de custeio.
Título I - Do regime próprio de previdênciaCapítulo I - Do fundo de previdênciaArt. 1.º fica criado o fundo especial de previdência do muni-cípio do rio de janeiro-funprevi, com finalidade específica de prover recursos para o pagamento de benefícios previdenciários dos segurados do regime próprio de previdência dos servidores públicos do município do rio de janeiro e a seus dependentes.Parágrafo único. Serão observados pelo funprevi os seguintes preceitos do regime próprio de previdência:I - caráter contributivo e solidário de seguridade social, com con-tribuições obrigatórias tanto de servidores como do município;II - administração técnica dos recursos, com participação de se-gurados nos conselhos de administração e fiscal;III - autonomia financeira, com contabilidade distinta da do ges-tor, observado o princípio da universalidade do orçamento mu-nicipal;IV - total transparência na gestão dos recursos;V - preservação do equilíbrio atuarial com reservas capitaliza-das; eVI - impossibilidade de criação, majoração ou extensão de quaisquer benefícios sem a correspondente fonte de custeio.
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Art. 12. O previ-rio será gerido:I - nas instâncias consultiva e deliberativa, pelo conselho de ad-ministração;II - na instância executiva, por sua presidência; eIII - na instância de controle, por seu conselho fiscal.
Art. 13. O conselho de administração do previ-rio terá a seguinte composição:I – o prefeito da cidade do rio de janeiro, que o presidirá;II - o presidente do Previ-Rio, que atuará como secretário;III - o secretário municipal de administração; IV - o procurador-geral do município;V - o secretário municipal de fazenda; eVI - quatro representantes dos servidores municipais ativos, ina-tivos e pensionistas.
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m 2002 passou a vigorar o atual desenho ins-titucional do regime próprio de previdência e assistência do rio. Este foi estabelecido pela lei
3344/2001 que decorria das novas condições impostas pela EC 20/1998 e pela Lei Federal 9717/1999 (Reforma da Previdência).
A principal e mais importante modificação no re-gime foi a fundação de um sistema de capitalização, donde os futuros segurados (a começar por 2002) teriam suas aposenta-dorias e pensões pagas em função do desempenho de um fundo de capitalização (o Funprevi) que deveria buscar sua sustenta-bilidade junto ao mercado de capitais, ou seja, de modo sutil, as responsabilidades do ente empregador PCRJ estariam sendo transferidas para o capitalismo financeiro.
É importante destacar que o novo modelo cuidou de incorpo-rar a representação dos segurados nos dispositivos de gestão (cad/previ-rio) e controle (cons. Fiscal), no entanto, o governo é legalmente hegemônico neste colégios, pois tem maioria absoluta no cad e no conselho fis-cal através de seus representantes natos.
Previ-Rio de fato
oi em 2005 o primeiro grande golpe contra o regime próprio dos servidores do Rio. Em
2004, o governo parou de repassar a contribui-ção patronal por vários meses, gerando uma dívida de R$370 milhões do tesouro para com o fundo, refe-rentes às obrigações de abril a outubro de 2004. Cabe
ressaltar que o prefeito que fez isso foi o mesmo que aprovou a lei, César Maia. Coincidência ou não, isto ocorreu durante as despesas da PCRJ com as obras faraônicas do jogos panameri-canos de 2007, dentre elas a Cidade da Música.
Depois de uma intensa mobilização do conjunto de servido-res cobrando a dívida, o então procurador geral, através de um parecer, alegou que os valores não repassados seriam uma com-pensação do tesouro com o Funprevi, apontou que este deveria responsabilizar-se pelas aposentadorias a partir da emenda 20, ou seja, a partir de janeiro de 1999, e não janeiro de 2002, como estabelecia a Lei 3344, que responsabilizava o município pelas despesas com a folha de salários dos servidores já aposentados na data da criação do fundo.Tal medida, que se consolidou no decreto 27.502/2006, foi um golpe que jogou pra responsabi-lidade do Funprevi uma massa de segurados que ainda tinham suas aposentadorias e pensões sob a responsabilidade integral do tesouro municipal. Em outras palavras, todos agora depende-
O ‘sistema’ sabota o sistema
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O ‘sistema’ nunca respeitou o sistema
riam do novo sistema de capitalização, o que inclusive encurtou a ‘vida útil’ do fundo, uma vez que aumentou as responsabili-dades financeiras de um sistema de capitalização já débil por natureza.
Importante frisar que os efeitos desse golpe persistem ainda hoje e tem representado uma despesa anual extra que se apro-xima dos R$ 300.000.000,00 ao funprevi. Tudo isto apesar de apontamentos do TCMRJ, questionamentos do mp-rj, das inda-gações dos representantes eleitos do CAD/Previ-Rio, e de um decreto do próprio césar maia que no final do seu governo reco-mendou aos gestores a observação aos apontamentos do TCMRJ sobre tal dívida.
lém deste golpe de dimensões gigantescas, persis-tem um conjunto de irregularidades sem tamanho no que diz respeito às responsabilidades do gover-no com o Funprevi.
Os pagamentos das contribuições patronais relativas às folhas do TCMRJ e CMRJ conforme obriga a lei 3344/2001 nunca foram efetuados;
O inciso III do artigo 3º da lei 3344/2001 determina que crédito de dívidas de outras entidade municipais com o Previ-Rio deveriam ser repassados em até 24 meses ao Funprevi, isto na época da lei representava cerca de R$ 145.000.000,00 e NUNCA foi processado.
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-> O Funprevi hoje tem um passivo a descoberto mensal de cerca de R$ 30.000.000,00;
-> O Funprevi tem um déficit orçamentário de mais de R$200.000.000,00;
-> O déficit atuarial do Funprevi hoje é de mais de R$ 17.500.000.000,00;
-> Segundo o TCMRJ, o Funprevi só tem sustentabilidade até 2014;
-> Os gestores da prefeitura deixam de cumprir uma série de re-comendações de transparência nas contas do funprevi impostas pela lei de diretrizes orçamentárias, ao qual todo gestor público deve seguir.
Resumoda ópera:
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Resposta do atual governo
m vez de sentar pra negociar com os servidores medidas de recuperação do nosso fundo de previdência, a pre-feitura das terceirizações senta pra fazer negócio$ com
o banco mundial e, como garantia, promete extinguir direitos consolidados no serviço público. Não paga o que deve, joga ainda mais na incerteza o futuro dos atuais servido-res e pensionistas e destrói condi-ções de trabalho para um serviço público forte.
PLC-41 – fim da paridade, da integralidade e redução de 30% no
valor das pensões
“Ou eu pago as despesas do município com os hospitais e escolas ou pago a dívida que o tesou-ro tem com a previdência” - Eduardo Paes
Servidores de todo o
município do Rio:
ESTAMOS UNIDOS!
Mais informações e contatos:www.mudspm.blogspot.com
“Somos a memória que temos e a respon-sabilidade que assumimos. Sem memória não existimos e sem responsabilidade, talvez, não devamos existir” - José Saramago
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