cartilha adubação verde - para tecnicos

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Bancos Comunitorios

de Sementes de Adubos Verdes:

lnformccoes Tecnicos

Equipe Tecnico

Elaine Bahia WUTKEEdmilson Jose AMBROSANO

Luiz Fernandes R A Z E R APriscila Fratin MEDINA

Luiz Henrique CARVALHO

Hamilton KIKUTI

Ministerio da Agricultura,

Pecuorio e Abastecimento (MAPA)

Brasilia, dezembro 2007

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CDD.631.874

B213 Bancos cornunitcrios de sementes de adubos verdes: inforrnccoes tecnicos / equipe

tecnico: (coords.) Elaine Bahia Wutke; Edmilson Jose Ambrosano; et al. Brasilia:

Ministerio da Agricultura, Pecuorio e Abastecimento, 2007.

52p.

Coordenadores: Elaine Bahia Wutke; Edmilson Jose Ambrosano; Luiz

Fernandes Razera; Priscila Fratin Medina; Luiz Henrique Carvalho; Hamilton

Kikuti. Colaboradores: Rogerio Pereira Dias; Marcelo Silvestre Laurino; Jorge

Ricardo de Almeida Gonc:;aIves.

1 . Adubccco verde 2. Sementes. I. Wutke, Elaine Bahia; II. Ambrosano,

Edmilson Jose; III. Razera, Luiz Fernandes; IV.Medina, Priscila Fratin; V.Carvalho, Luiz

Henrique; VI. Kikuti, Hamilton; VII. Dias, Roqerio Pereira; VIII. Laurino, Marcelo

Silvestre; IX. Gonc:;alves, Jorge Ricardo de Almeida.

Equipe Participante desta Publicccco

Revisco de Vernoculo: Maria Angela Manzi da Silva

Projeto Grcfico: Adriano Reducino

Editorccco Eletr6nica e Criccco da Capa: Adriano Reducino

Tiragem: 1.000 exemplares (dezembro de 2007)

lmpressco e Acabamento: Grofico Editora Modelo Ltda.

Fone: (19) 3728-9000 - www.graficamodelo.com.br

Equipe Tecnico

Coordenadores:

Elaine Bahia Wutke - IAC/APTA

Edmilson Jose Ambrosano - P610 APTA Centro Sul/APTA

Luiz Fernandes Razera - IAC/APTA

Priscila Fratin Medina - IAC/APTA

Luiz Henrique Carvalho - IAC/APTA

Hamilton Kikuti - IAC/APTA

Colaboradores

Roqerio Pereira Dias - MAPA

Marcelo Silvestre Laurino - MAPA

Jorge Ricardo de Almeida Gonc:;alves - MAPA

Agradecimento especial

Cristiane Aparecida Alves - Fundag

Todos os direitos reservados

A reproducco nco autorizada desta publicocdo, no todo ou em parte, constitui violccdo do

Copyright © (Lei n." 9610).

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Sum6rio

P6gina

1. lntroducoo _

2. Bancos Comunit6rios de Sementes: Cooperccoo e Troca

de Experiencios 3

3. Historico, Principios e lmportoncio do Adubccoo Verde para

os Agroecossistemas 4

4. Especies para Adubccoo Verde 8

5. Caracteristicas das Principais Especies 9

6. Leguminosas 17

7. Gramineas 27

8. Compostas 29

9. Leguminosas 31

10. Gramineas 33

11. Cruciferas 33

12. Cultivo de Adubos Verdes 34

13. Preporo das Sementes: Quebra de Dorrnencio e lnoculccoo __ 36

13.1 Quebra de Dorrnencio 36

13.2. 1nocu 10<;00'-- 36

15. Preporo do SoI0, 39

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15. Semeadura 39

16. Manejo dos Adubos Verdes 40

17. Manejo do Fitomassa: Corte e lncorporccoo 41

18. Formas de Cultivo e Utilizocoo dos Adubos Verdes 44

1 9. Prod ucoo de Sementes 47

20. Colheita 48

21. Coleta de Amostras para An61ises Laboratoriais 49

22. Armazenamento 49

23. Considerccoes Finais 50

Referencios 50

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Bancos Cornunitorios de Sementes

de Adubos Verdes

1. lntroducco

Um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta eo de gerar alimentos

para um nurnero coda vez maior de pessoas, sem levar a exoustdo e a deqrodoccodos solos, comprometer a quantidade e qualidade do oquo, cousar series danos abiodiversidade e agravar ainda mais 0problema do efeito estufa.

Se considerarmos que a populccoo humana e coda vez mais urbana e,

portanto, temos coda vez menos produtores oqropecuorios para produzir uma

quantidade coda vez maior de alimentos para saciar a fome de todos, podemos

visualizar as dificuldades que temos que enfrentar para conciliar a producoo e a

conservocoo do meio ambiente.

A discussdo em torno desse tema vem ocorrendo ha algumas decodes e

entre vorios correntes de pensamento a cdocoo de sistemas org6nicos de producoo

e uma das que mais tem se fortalecido como um caminho para 0 tao almejado

desenvolvimento sustentovel.Em recente conferencio promovida pela FAO tratando do relccco entre

producoo org6nica e sequronco alimentar, identificou-se, como uma das

recornendccoes estroteqiccs aos tecnicos, cientistas e autoridades ligadas aagricultura, que seja dada enfase 00 desenvolvimento e a prornocco de um

modelo de agricultura que esteja firmado no menor dependencio possivel de

insumos externos.

Essa recornendccco esto em sintonia com os principios bosicos do

agricultura org6nica, porern, e sempre bom relorcor este ponto para que se evite

cair no tentocoo rnerccdoloqico e conduzir os sistemas org6nicos de producco asubstituicdo de um pocote quimico para um biolcqico.

Desse modo, 0 uso de adubos verdes e, sem duvido, uma tecnologia que se

enquadra perfeitamente nesse conceito, uma vez que coda agricultor pode reservar

do colheita de coda ana uma quantidade de sementes que necessitoro para 0 ana

seguinte.

A odubccoo verde e uma protico agricola que consiste no plantio de

especies vegetais em rotccoo ou em consorcio com culturas de interesse

econ6mico. Essas especies, de ciclo anual ou perene, cobrem 0 terreno por

determinado periodo de tempo ou durante todo 0ano. Depois de roccdcs, podem

ser incorporadas ou mantidas em cobertura sobre a superficie do solo.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

A protico do Adubccoo Verde nco e restrita aos sistemas org6nicos de

producco oqropecuoric , e podem ser tornbern aplicada aos sistemas

convencionais, auferindo muitos beneficios olern do reducoo do seu impacto

ambiental.

Contudo, e no 6mbito dos sistemas org6nicos que essa protico encontra sua

oplicccoo mais significativa, uma vez que atende simultaneamente vcrios dos

principios do Agricultura Org6nica, dos quais se destacam alguns que estdo

estabelecidos no Lei 10.831, de dezembro de 2003, como:

y Preservar a diversidade biol6gica dos ecossistemas naturais e a

recornposicoo ou incremento do diversidade biol6gica dos ecossistemas

modificados em que se insere 0sistema de producoo:

y Incrementara atividade biol6gica do solo;

y Promover um uso soudovel do solo, do oquo e do or, e reduzir 00minimotodas as formas de contcminccoo desses elementos que possam resultar das

proticos agricolas;

y Manterou incrementara fertilidade do solo a longo prazo;

y Reciclar residuos de origem org6nica, reduzindo 00minimo 0emprego de

recursos ndo-renovoveis:

y Basear-se em recursos renovoveis e em sistemas agricolas organizados

localmente;

Em conson6ncia com esses principios, a odubccco verde promove 0

incremento do atividade biol6gica do solo e de sua fertilidade, mediante aporte de

materia org6nica e de nitroqenio fixado simbioticamente, reduzindo 0emprego de

recursos nco renovoveis, com reflexos significativos no biodiversidade do

ambiente. 0 processo de Iixocoo simbi6tica de nitroqeriio otrnosferico e a

capacidade das leguminosas em formarem relocces simbi6ticas mutualisticas com

fungos no Iorrnocco de micorrizas, contribuem para a maior disponibilidade de

nutrientes para culturas subsequentes ou consorciadas.

Do ponto de vista tecnol6gico e ambiental, a protico contribui para a

protecdo do solo contra a erosdo e a rcdiocco solar, permitindo 0aumento do seuteor de materia org6nica. Promove, tornbern, a descornpoctocco, estruturccoo e

cerccoo do solo, resultando no aumento do capacidade de armazenamento de

oquo e nutrientes.

Ao promover 0 equilibrio ecol6gico do solo, a odubocco verde contribui

para reduzir a infestccdo de pragas nos culturas de interesse econ6mico. Algumas

leguminosas sao particularmente efetivas no controle de nemat6ides fitoparasitos

do solo e a protico do odubocco verde com a utllizocdo destas especies, em geral,

reduz a incidencio de veqetccoo espont6nea.

Do ponto de vista social, a odubccco verde com leguminosas contribui para

a outo-suficiencio do produtor em relccco aos insumos externos utilizados para 0

incremento do fertilidade do solo. Alern disso, e possivel utilizar algumas dessas

,

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lnforr-iocoes tecniccs

especies no cllrnentocdo animal ou humana. Do ponto de vista economico,

promove reducoo significativa nos custos de producoo pela dispensa do cquisicdo

de insumos fornecedores de nitroqenio e melhoria nos condicoes gerais de cultivo.

2. Bancos Comunitorios de Sementes:

Cooperccdo e Troca de Experiencios

Entre os principais entraves para a utllizocdo do odubccco verde no Brasil

tern side a baixo disponibilidade de material propoqotivo e de inforrnccoes a

respeito de caracteristicas, beneficios e formas de utilizocdo, principalmente para

os agricultores familiares.

o mercado de insumos oqropecuorios tern, normalmente, pouco interesseem divulgar essa tecnologia justamente pela possibilidade que ela do 00 agricultor

de ter outo-suficiencio nos anos seguintes. Diante dessas constctocces e que passa

a ser estroteqico a criocoo de bancos comunitorios de sementes de adubos verdes

para viabilizar a troca de sementes e de inforrnccoes entre os agricultores.

Nesses bancos, cuja "moeda" vern a ser as proprios sementes, os

agricultores se associam espontaneamente e tern direito a emprestirnos de certo

volume de sementes, 0 qual e restituido opes a colheita em uma quantia superior

cquelo emprestada, segundo regras definidas pelo conjunto de associados. Este

sistema assegura que coda familia produza e beneficie sua propria semente,

destinando parte do producco para urn estoque cornunitorlo gerenciado

coletivamente.

A ideio central e que 0estoque do banco de sementes cresco com os "juros"

aplicados aos volumes emprestados, permitindo assim aumentar 0 nurnero de

beneficia dos, a quantidade emprestada por familia ou formar estoques-reserva

para enfrentar periodos de adversidades clirnoticcs mais prolongados.

Alern do monutencoo do germoplasma do especie ou do variedade

considerada, perenizando a disponibilidade de material de multiplicocco de

especies de interesse comum, esses bancos encarregam-se do qestdo do

conhecimento oriundo do protico e do troca de experiencics sobre sua

aplicabilidade e0manejo.

As instituicoes publicus podem dar urn importante apoio aos bancos

cornunitorios, por meio de ocoes de fomento que promovam 0 aporte inicial de

material propoqotivo e incentive a construcoo e sociolizocco de conhecimentos em

torno do tema. Dessemodo, pode-se incentivar 0dicloqo envolvendo iniorrnccoes

tecniccs obtidas nos instituicoes formais de pesquisa, muitas vezes responsoveispela obtencdo de uma determinada variedade ou cultivar, e conhecimentos e

saberes dos agricultores de urn determinado local.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

A cdocoo dessa protico viabiliza a conservocoo dos recursos qeneticos nos

sistemas oqropecuorios por meio de seu uso social e da qerccdo e divulqccoo do

conhecimento de uma determinada especie ou variedade no ambiente local,

criando meios para que se estcbeleccrn as condicoes necessorios ao manejo da

diversidade de especies e da diversidade varietal dos cultivos, fundamental para asustentabilidade dos sistemas.

3. Hist6rico, Prindpios e lmportoncio do Adubocoo Verde

para os Agroecossistemas

A odubccoo verde e uma protico agricola utilizada ho mais de 2.000 anos

por chineses, gregos e romanos, para aumentar a producoo das lavouras. No

Brasil, os primeiros estudos foram realizados no Instituto Aqronornico (lAC), no

Estado de S60 Paulo, sendo obtidos resultados muitos positives em que 0 "efeito

melhorador dos adubos verdes" foi evidente. A partir de entdo, as pesquisas foram

realizadas portodo 0 Pais, principalmente em orqoos publicos de pesquisa, ensino

e extensdo rural, sempre com a coloborccoo dos agricultores e das cooperativas.

Ao longo da historic da humanidade toda atividade agricola sempre foi

predotorio e 0 homem, 0 principal agente causador da deqrcdocoo dos solos

cultivados. A erosdo aparece em consequenclo dessa otuocco, causando grandes

problemas ate hoje, que podem ser solucionados pela utllizocdo de diversastecniccs de conservocco dos solos como a odubc c o o verde.

SATOR

AREPO

TENET

OPERA

ROTAS

Figura 1. lnscricoo encontrada em cercrnico do Imperio Romano destinado aos agricultores que

apresenta 0seguinte significado: Agricultor sobio continua a executor rolccoes.

,

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lnforr-iocoes tecniccs

A odubocc o verde e importante, sobretudo pelo auxilio no recuperccdo do

fertilidade do solo e, embora seja adotada por muitos agricultores, devido as suas

distintas vantagens, ainda e ignorada pela maioria. Foi temporariamente

esquecida e desestimulada em nossas condicces, particularmente nos decodes de

60 e 70, no auge do chamada "revolucco verde", quando houve forte estimulo acdocoo dos chamados "insumos modernos", dentre os quais, os fertilizontes

quimicos.

Mais recentemente, com 0 crescimento do consciencio ambiental e a

preocupocco com 0 uso de insumos fortemente vinculados a recursos nco

renov6veis, sobretudo pelos adeptos do agricultura orqonicc, foi retomada,

estando de acordo com a atual tendencio mundial para obtencdo de alimentos

mais saud6veis e produzidos com a minima utllizocdo de insumos externos a

propriedade e em sistemas que possam contribuir com a preservccdo ambiental eo

biodiversidade.

Figura 2. Flor de lablabe visitada por inseto polinizador.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

o adubo verde pode ser definido como a planta cultivada, ou nco, de

preferencio uma leguminosa (devido a capacidade de Iixocoo biol6gica do

nitroqenio], com a finalidade de elevar a produtividade do solo com sua massa

vegetal, produzida no local ou trazida de fora. A protico consiste no cultivo e no

corte de plantas em qualquer estdqio vegetativo, com ou sem a incorporocco dofitomassa; as plantas podem ser cultivadas tornbern ate a colheita de suas

sementes, garantindo as sementes para 0ana seguinte ou, ate mesmo, uma renda

extra 00agricultor.

Os efeitos benefices mais especificos dessa massa vegetal no solo cultivado

sao variados e dependem das condicoes locais e do Irequenclo de uso. A seguir

serdo detalhados alguns deles:

a) Melhoria de caracterfsticas frsicas:

y Cobertura do solo: gera protecdo 00 impacto de gotas de chuva e,consequeriternente, contribui para a conservocoo dos solos;

y Aumenta a porosidade do solo, com melhoria de sua estrutura;

Y Aumenta a retencoo de oquo e melhora a capacidade de infiltrccdo e de

armazenamento; em consequencio, diminui a enxurrada eo erosdo:

y Diminui a voriocco do temperatura entre 0 dia eo noite e seus efeitos no

superficie do solo e em profundidade, favorecendo 0aprofundamento de raizes e a

vida microbiana.

b)Melhoria de caracterfsticas bioloqicos:

y Favorece a atividade de microorganismos benefices a "vida" do solo

riz6bios, minhocas, colernbolos, besouros, alguns deles decompositores do

materia org6nica do solo, transformando parte dela em nutrientes absorvidos pelas

raizes das plantas;

y Favorecem as micorrizas (fungos benefices que tern a Iuncoo principal de

aumentar 0tamanho do sistema radicular e com isso melhorar a captura de oquo e

nutrientes) no solo.

y Controla algumas plantas infestantes, por efeito mec6nico (cornpeticco esombreamento ou por efeito olelopotico como: Ieijoo-de-porco (Canava/ ia

ensi formis) em tiririca (C yperus ra tundus L.); aveia em gramineas; czevern (Loll ium

multi f lorum Lam.) em guanxuma (Ma/vastrum sp.); nabo forrageiro em amendoim-

bravo (E uph orb ia h etera phy lla ), capim-marmelada (B ra ch ia ria p /a nta gin ea ) e

capim colchoo (D ig it ar ia ho r izon ta /i s) ;

y Controla a populocco de nemat6ides, sobretudo daqueles formadores de

go I has (M elo idogyne javan ica eM . incogn ita):

Pela fonte alternativa de materia org6nica para 0aumento do populocco de

microorganismos deslovoroveis aos nemat6ides;

Pelo fato de que as crotclorios e mucunas particularmente Crata/aria

spectabil is e do mucuna preta (M ucuna a terrim a), serem mas hospedeiras desses

nemat6ides;

,

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lnforr-iocoes tecniccs

Micorrizac;ao

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60+---50

~ 40

30

20

10

0+-----'---

% lnfeccco por FMVA

Tratamentos

Figura 3. Porcentagem de inleccco por micorrizas das raizes das leguminosas cultivadas em Piracicaba

para fazer parte do sistema de rolccco em areas de reforma do canavial.

N .O de nernctopides pratylenchus/l 09 de rais

Tatu Caip6 Teste C.J. M . Preta

Figura 4. Efeito das diferentes leguminosas sobre os nemat6ides coletados em raizes de cana-de-

ccucor;

Em estudos recentes, verificou-se que 0 polen das leguminosas guandu

[C ajanus ca jon (L.) Millsp.] e crotal6ria [unceo (C ra ta /a ria ju nc ea L.), cultivadas nos

ruas do cafezal, e produzido com qualidade nutricional suficiente para promover 0

crescimento populacional, sendo alimento para predadores de algumas pragas

nesta cultura, como 0 6caro /phiseiodes zu/uagai e 0 bicho-lixeiro Chrysoper /a

ex terna (predadorde pulg6es e cochonilhas).

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

c) Melhoria de caracterfsticas qufmicas:

y Incorpora nitroqeriio do atmosfera devido a Iixocdo com bocterlcs do

genero Rhizobium e Bradhyrhizobium, que vivem em simbiose nos nodules

radiculares das leguminosas; 0 aproveitamento pela cultura em sequencia e do

ordem de 40%;

Y Aumenta a materia org6nica que "condiciona produtividade";

Y Aumenta a disponibilidade de macro e micronutrientes;

Y Aumenta a capacidade de troca de cations (CTC) do solo, sobretudo nos

solos com argila de baixo atividade, do tipo 1: 1, que predomina nos solos

tropicais, bastante intemperizados;

Y As raizes liberam ocidos org6nicos que ajudam a solubilizar os minerais

do solo (como 0 Iosforo), deixando-os disponiveis para as culturas subsequentes:

Y Complexa 0 aluminio trocovel, tornando-o n60 disponivel e otoxico no

solo, colaborando para 0 aumento do pH do solo e para a dimlnuicdo de sua

acidez;

Y Mobiliza nutrientes lixiviados em profundidade e pouco soluveis, devido

00 crescimento vigoroso e em profundidade do sistema radicular, principalmente 0

das leguminosas.

4. Especies para Adubocco Verde

Para a odubccoo verde, destacam-se as leguminosas (loboceos),

principalmente pela sua capacidade de Iixocoo do nitroqeriio do or. Atualmente,

diversas especies passaram a ser consideradas adubos verdes ou, ainda, plantas

de cobertura. Desta forma, outras familias bot6nicas de plantas como as

gramineas e as cruciferas passaram a ser utilizadas, todavia sem a contribuicdo do

nitroqeriio fixado.

As leguminosas s60 consideradas plantas mais "tenras" porque a relccco

corbono/nitroqenio (C/N) em sua massa vegetal esto 00 redor de 20, em seu pleno

florescimento e inicio de Iorrnocoo de vagens, que e 0 estcqio apropriado para 0corte, quando 0 objetivo e a liberccoo rcpido dos nutrientes nelas contidos seguido

ou n60 de incorporccdo.

Poressemotivo, 0 corte das plantas pode ser mais cedo e a decornposicdo de

sua massa e mais ropido. Isso favorece a rninerolizocdo e a liberccco de nutrientes

reciclados preexistentes no solo e do N fixado, cuja liberccco e mais intensa nos

primeiros 60 dias opes a incorporccoo, permitindo a semeadura do proxima cultura

logo em seguida. Entretanto, aumentam as chances de perdas de nitratos por

lixiviocdo e s60 produzidas quantidades limitadas de humus em curto prazo.

As gramineas, por terem fitomassa menos "rica" em N e, com relccco C/N

bem maior (entre 30 e 40), fornecem coberturas mais estoveis, de decornposicdo

mais lento, com menos N disponivel no solo. Assim, e necessorlo um periodo maior

,

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lnforr-iocoes tecniccs

para a sua decornposicdo, havendo uma cornpeticoo mais intensa pelo nitroqeriio

disponivel as culturas em sucessdo devido a demanda pelos microorganismos

decompositores.

As principais especies e algumas de suas caracteristicas, bem como as

epocos recomendadas e preferenciais de cultivo, particularmente para as reqices

Sui, Sudeste e Central do pais estoo no tabela 1. A maioria daquelas relacionadas

para 0 periodo prirnovero-verdo tornbern pode ser cultivada no Regiao Nordeste.

No Regiao Norte do pais, onde a quantidade media anual de chuvas e a

temperatura sao elevadas (2.000 mm e acima de 30°C respectivamente), tern side

recomendadas:

y Algumas das especies relacionadas no tabela 1, como a crotolorio

[uncec, 0 guandu, 0 Ieijoo-de-porco e as mucunas preta e cinza;

y Especies nativas, como a leguminosa arb6rea Gliricidia (G/iricidia

sep ium) e In ga e du lis , em sistemas agroflorestais diversificados;

y Graminea B ra ch ia ria h um i dic o/a em pastagens;

y Arvores de rcpido crescimento (principalmente leguminosas do qenero

Acacia), especies madeireiras para reflorestamento e frutiferas em areas de

capoeiras (pousios).

5. Corocterlsticos dos Principois Especies

Crotolcrio [unceo (C ro ta /a ria ju nc ea )

Planta anual, ereta, arbustiva, de crescimento determinado e muito bem

adaptada aos solos arenosos, "soltos" e com fertilidade diminuida, embora seja

muito sensivel 00 aluminio no solo. Dentre as especies, e a que tem crescimento

inicial muito mais rcpido, 0 que a torna interessante para 0 controle de plantas

infestantes ou para ocupccoo de areas por menor tempo. E considerada "me"

hospedeira dos nemat6ides formadores de galhas (Meloydogyne spp.), e

durante seu cic!o a proliferccoo desses vermes e dificultada e sua populocoo

diminui no solo.

Quando as plantas forem destinadas a producco de sementes, recomenda-

se adiar a semeadura para rnorco ou abril, para obter plantas mais baixas e facilitar

tanto a colheita manual quanta a rneconlco, apesar do reducoo do quantidade de

fitomassa produzida.

Para odubccoo verde e producco de sementes, utilizar espccornentos de 25

050 cm entre linhas, distribuindo 25 a 40 sementes por metro, e para semeaduras

tardias, recomendam-se menores espccornentos. Sao necessorios 25 a 40 kg/ha

de sementes. Quando a semeadura e feita a lonco, 0 gasto de sementes por

hectare e maior, cerca de 35 a 40 kg e dificulto 0 cultivo do cultura.

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lnforr-iocoes tecniccs

Figura 5. Crotal6ria [unceo - uma das especies mais produtivas e empregadas nos sistemas

agroecol6gicos para odubccoo verde.

Figura 6. Sementes de crotal6ria [uncec.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

A Iixocoo de nitroqeriio em C . j uncea e, em media, entre 150 e 165

kg/ha/ano (podendo atingir 450 kg/ha/ano) e, em geral, sao produzidas 30 t/ha

de fitomassa e cerca de 100 15 t/ha de fitomassa seco, as quais correspondem a

41 kg/ha de P20Se217 e kg/ha de K20.

Figura 7. Planta de crotal6ria [uncec.

Seu cultivo pode contribuir para 0aumento de produtividade de culturas em

rotccoo como arroz, Ieijoo, soja, milho, olqodco, trigo, fumo e cono-de-ccucor,

olern do controle olelopotico positive do tiririca (C yp eru s ro tu ndu s L . ) . Do total de

nitroqenlo observado no C . j uncea , 60% ficam no solo, 30% vco para as plantas

semeadas apes a odubocco verde e 10% se perdem do sistema solo-planta.

A incidencio de insetos-praga pode nco atingir nivel de dono econ6mico.

Entretanto, a lagarta-das-vagens (Utetheisa oma tr ix) e 0 percevejo (Thianta

perdi tor) , quando presentes, podem prejudicar a producoo de sementes. A

incidencio do murcha, causada pelo fungo C era to cy stis fim b ria ta , e limitante aproducoo de sementes, exigindo 0 uso de cultivares resistentes como a IAC- 1 eo

IAC-KR 1, ou evitando-se 0cultivo seguido no mesma area.

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lnforr-iocoes tecniccs

Guandu (C aja nu s ca ja n (L. ) Millsp.)

Planta semiperene, arbustiva, de crescimento determinado e tornbern

indeterminado, adaptada a latitudes vari6veis entre 300N e 300S. E considerada 0

"zebu" das leguminosas, devido a sua rusticidade, mantendo-se verde durante todo

o ano. Seu desenvolvimento inicial e lento, sendo mais adequada uma faixa de

temperatura de 18 a 30°C.

Figura 8. Guandu.

Suas plantas tern muitas possibilidades de usos: na odubc c o o verde, na

ollrnentocdo humana e animal e na confeccoo de artesanatos. No Brasil, sao muito

divulgadas as cultivares IAC-Fava Larga e Kaki, de ciclo normal e com grande

capacidade de producco de fitomassa, olern da IAPAR-43 Arata, de ciclo curto e

muito interessante como opcoo de cultivo intercalar em culturas perenes. H6 ainda

cultivares lonccdos porfirmas particulares.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Seu sistema radicular e vigoroso, bem desenvolvido em profundidade, 0

que Ihe do toler6ncia aos periodos prolongados de seca e capacidade de

funcionar como "subsolador bioI6gico", rompendo camadas com determinado

nivel de cornpoctccoo: e tolerante 00aluminio no solo.

Figura 9. Guandu IAC-Fava largo - olcrn de excelente adubo verde tornborn pode ser utilizado para

olimcntocoo tanto animal como humana, enriquecendo-as com proteina vegetal.

Sao utilizados espocornentos de 50 cm entre linhas para odubccco verde e

de 50 cm a 1 m para a producco de sementes, distribuindo 15 e 10 sementes por

metro. Sao necessorios 60 kg/ha de sementes para odubocco verde e 20 a 60kg/ha para a producco de sementes, dependendo do espoccrnento adotado. A

semeadura tornbern podero ser feita a lonco, onde devem ser gastos de 50 a 60 kg

de sementes por hectare semeado.

Podem ser fixados de 41 ate 280 kg/ha/ano de N, com efeitos benefices de

suas excrecoes radiculares nos culturas de milho e clqoddo, em sucessdo. De suas

raizes podem ser liberados ocidos piscidicos responsoveis pela solubilizccco do

f6sforo combinado com 0ferro. Deste modo, 0f6sforo setorna entdo disponivel.

o guandu permite que se Iocom vorios cortes desde que sejam a uma altura

superior a 50 cm do solo. Em geral, sao produzidas 8 a 12 t/ha de fitomassa seca

em cortes de plantas a uma altura superior 050 cm do superficie do solo e 1,2 a

1,8 t/ha/ano de sementes.

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lnforr-iocoes tecniccs

E considerada planta mobilizadora de nutrientes e recuperadora de solos

depauperados, devendo, nesse coso, ocupar 0 solo por tres a quatro anos. Pode

ser utilizado com vantagem em rotccoo com culturas anuais (milho, arroz, soja,

Ieijoo, trigo, olqodco, sorgo, hortolicos): como cultura intercalar em perenes

(frutiferas, cafe, cono-de-ccucor), faixas de pastagem ou mandioca.

Podem ocorrer percevejos e lagartas de vagem, as vezes, sem necessidade

de controle. A especie e suscetivel aos fungos de solo (Sc le ro tiu m ro lfsii, F usa riu m

spp.), sobretudo no inicio de seu desenvolvimento e em solos arenosos.

Mucuna-preta (Mucuna a terr ima)

A mucuna-preta, considerada a "rainha" das leguminosas, e uma planta

anual, herbccec, com ramos trepadores, vigorosos e bem desenvolvidos que

pod em atingir ate 6,0 m de extensoo lateral. E resistente aos nemat6ides do qeneroMelo idogyne , sendo mo hospedeira destas pragas, olern de contribuirem para 0

aumento do materia org6nica no solo e 0 consequents aumento do populocco de

microrganismos desfovoroveis aos nemat6ides; apresenta efeito olelopotico

positive sobre a tiririca (C yp eru s ro tu nd us L.)e e muito tolerante 00aluminio no solo.

Para semear um hectare de mucuna-preta sao necessorios 80 a 100 kg de

sementes se forem semeadas em linhas espocodcs de 50 cm utilizando-se de 7 a

10 sementes vioveis por metro linear. Se for semeada a lonco, deve-se utilizar 100

kg/ha de sementes.

Figura 10. Mucuna-preta - excelente especie para cdubccco verde, boa producco de massa, promovendo

o controle das plantas espontcneos, nemat6ides e adicionando nitroqenio ao sistema.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Produz aproximadamente 35 t/ha de fitomassa verde, 6 a 8 t/ha de

fitomassa seca e 1.000 a 1.500 kg/ha de sementes. As sementes recern-colhidcs, e

sobretudo as de menor tamanho, sao "duras", de elevada percentagem de

ocorrencia, nco germinando facilmente.

Figura 11. Sementes de mucuna-preta.

Podem ser fixados aproximadamente 120 a 157 kg/ha/ano de N, obtendo-

se aumentos no produtividade do olqoddo em sucessdo 00 cons6rcio com

cultivares de ciclo curto de milho + mucuna preta; em rotocoo com culturas anuais

(arroz, Ieijoo, milho, em 30% do area, por exemplo) ou intercalar 00 milho

(particularmente para producoo de sementes do leguminosa), mandioca, citros

(controle do fitomassa com poda dos ramos laterais), cafe (alternando-se linhas

intercaladas com as mucunas ana e preta). Do total de nitroqenio encontrado no

mucuna preta, 60% ficam no solo, 30% voo para as plantas semeadas ap6s aodubc c o o verde e 10% se perdem do sistema solo-planta.

Deve-se tomar especial cuidado com a mucuna-preta para que nco seja

utilizada em areas com culturas perenes como cafe ou frutiferas devido aagressividade de seu hobito trepador que acaba comprometendo, por

sombreamento, a fotossintese e, consequenternente, a produtividade das culturas

econ6micas.

Outras especies de primavera / verco

As seguintes especies sao indicadas para reqioes com semeadura prevista

para 0 inicio do periodo chuvoso (a partir de outubro nos reqices Sui, Sudeste e

Centro-Oeste), podendo serestendida ate mcrco-cbril.

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lnforr-iocoes tecniccs

Figura 12. Florescimento da mucuna-preta.

6. Leguminosas

Outras CrotclcricsAlern do ja citada Crotolorlo [unceo, as especies de uso mais comum sao:

C ra ta /a ria sp ec ta bi/is e C ra ta /a ria pa u/in a, havendo outras especies como C .striata, C . rocemosa , C . usaromoens i s , C . gront iana e C . brevi f /oro.

Suas plantas estdo particularmente muito bem adaptadas aos solos

arenosos, soltos e pobres em fertilidade, podendo ser obtidos aumentos de ate

100% no rendimento das culturas subsequentes, Em geral, sao anuais, eretas,

arbustivas e de crescimento determinado.

A especie C rota /ar ia sp ec ta bi/is e considerada "rno" hospedeira de

nemat6ides formadores de galhas, dificultando sua proliferocco. Quando as

plantas forem destinadas a producoo de sementes em colheita rneconico.

recomenda-se adiar a semeadura para rnorco-obril, visando obter plantas mais

baixas e de maiorfacilidade desse processo, apesar do reducoo de fitomassa.

A C ra ta /a ria p au /in a pode ser cultivada em area isolada ou consorciada a

culturas anuais (milho, mandioca) ou perenes (cafeeiro, citros), sendo destinada

tanto a producco de sementes quanta de fitomassa, quando entdo e manejada no

Ilorocco plena (120 0150 dias) como a C . j uncea .

Deve-se evitar 0 cultivo sucessivo de C. spectabi / i s por problemas de

favorecimento de populocces de fungos do solo, assim como seu uso como

forrageira, por apresentar a substoncio monocrotalina, de efeito hepatot6xico. A

Iixccoo de nitroqeriio por essa especie e de cerca de 120 kg/ha/ano.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Feijao-bravo-do-ceara (C anav alia b ra s ilie n sis M. e Benth)

Planta anual ou bianual, herbdcec, de crescimento prostrado, grande

potencial de producoo de biomassa e rusticidade durante periodos de deficiencio

hidrica, devido 00 sistema radicular agressivo, que absorve oquo e nutrientes a

maiores profundidades do solo.

Esta especie possui sensibilidade 00 fotoperiodo; assim, semeaduras

tardias acarretam dimlnuicdo do fase vegetativa e, por conseguinte, reduz a

producoo de materia seco.

Feijao-de-porco (Canava l ia ensiform is DC.)

Especie anual, ereta, herbdcec, com crescimento iniciallento, resistencio a

temperaturas elevadas, toler6ncia 00 sombreamento parcial e odoptocco a solos

pobres em f6sforo.

Figura 13. Sementes de feijoo-de-porco.

Suas plantas possuem hastes grossas e lenhosas no base, SOa 120 cm de

altura, ciclo de SO-90 dies ate 0 florescimento e 130- 140 dias ate a colheita de

sementes, que sco broncos. Seu sistema radicular atinge grande profundidade no

solo, 0que Ihe confere alguma resistencio a periodos de veranico. Sco produzidas

aproximadamente 20 025 t/ha de fitomassa verde e 5 a St/ha de fitomassa seca ecerca de 1.000 a 1.S00 kg/ha de sementes. Podem ser fixados 57 a 190

kg/ha/ano de nitroqeriio.

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lnforr-iocoes tecniccs

Figuras 14 e 15. Planta de Ieijco-de-porco.

De efeito alelop6tico positive e comprovado sobre a tiririca (Cyperu s

ro tundus L.), pode ser utilizada em cafezais, em pomares (banana, citros), e na

cultura do milho (mesma epoco de semeadura, em plantio intercalar).

E considerada "boa" hospedeira de nemat6ides formadores de galhas,

favorecendo sua proliferocco, devendo ser evitada em locais onde houve

problemas com infestccoes anteriores. Tornbern hospedeira da mosca-branca

(Bemisia tabaci) , vetordo virus do mosaico-dourado e outras viroses do feijoeiro.

A especie C an ava /ia g /a dia ta DC, conhecida por feijao-maravilha ou Ieijoo-espada, e ornamental, de sementes qrcudos e colorccco avermelhada. As

sementes de ambas as especies nco sao recomendadas para 0 consumo humano

pelos fatores antinutricionais termoest6veis.

Lablabe [L ab la b p u rp u re u s (PRAIN) , s inonfm ia Do lic ho s la bla b L. ]

Especie anual ou bianual, rasteira, de h6bito de crescimento indeterminado,

de ampla odoptccoo, nco tolerante a geadas, com bom desenvolvimento sob

temperaturas entre 18 e 25° C. Considerada "boa" hospedeira de nemat6ides

formadores de galhas, auxiliando na sua proliferocco, deve ser evitada em locais

onde houve problemas com infestocoes anteriores. E suscetivel a besouros,

vaquinhas, carunchos e percevejos.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 16. Plantas de Lablabe.

Podem ser produzidas 5 a 7 t/ha de fitomassa seco, 1,0 a 1,5 t/ha de

sementes, sendo fixados ate 180 kg/ha/ano de N. Pode ser utilizada em cons6rcio

com 0milho (semeada aos 20 dias ap6s 0milho e manejada no seu florescimento),

com mandioca ou com culturas perenes (corte das plantas do leguminosa no

periodo seco), e tornbern em cultivo exclusivo, em rotccoo, por exemplo,antecedendo a culturas anuais.

Figura 17. Sementes de Lablabe, cultivarRongai. Figura 18. Lablabe - especie multifuncional que

olcrn de adubo verde pode ser utilizada

comoforrageira.

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lnforr-iocoes tecniccs

Mucunas

Essae uma denominocdo comum a diferentes especies do genero Mucuna

(anteriormente denominado Stizolobium), sendo as principais representantes a

mucuna-preta (M. aterrima) j6 descrita anteriormente e a rnucunc-ono (M.

deeringiana, var. ana). Existem, ainda, a mucuna-rajada (M. deeringiana, var.

rajada) e mucuna-cinza (M . niveo).

A rnucuno-ono difere do rajada pelos distintos h6bitos de crescimento e

durocco de ciclo, apesar de ambos terem sementes com tegumenta de colorccco

rajada. A mucunc-ono e anual, herb6cea, semi-ereta, de h6bito de crescimento

determinado, com 40 a 50 cm de altura, nco trepadora e resistente a seco,

beneficiando-se do efeito residual de adubos.

Figura 19. Mucuna-ana - planta nco trepadora que tem como finalidade principal 0 cultivo intercalar

na epoco de verco.

De ciclo curto (80 a 90 dias ate a Ilorocco e 150 dias ate a colheita de

qroos), produz 1.200 kg/ha de sementes, 4 a 6 t/ha de fitomassa seca e fixados

cerca de 100 kg/ha de N.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 20. Mucuna-ana.

Figura 21 . Mucuna-ana.

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lnforr-iocoes tecniccs

De born controle de nernotoides formadores de galhas, pode ser cultivada,

exclusivamente, em rotccco com culturas anuais (milho, oleroceos) ou intercalada

a perenes (cafeeiro, frutiferas diversas, mandioca), devendo ser manejada em

janei ro- feverei roo

Figuras 22, 23 e 24. Mucuna-cinza - excelente especie para controle de nemat6ides.

Soja (Glycine m ax}L . Merril

Planta anual, ereta, de crescimento determinado ou indeterminado, com

altura voriovel (0,30 a 1,20 m) e ciclo anual de 90 a 160 dias ate a colheita de

qrdos, dependendo do cultivar e do epoco de semeadura. Podem ser fixados desde

17 ate 370 kg/ha de N sendo cerca de 20 kg/ha de N fornecidos pelos nodules. Ecomprovado seu efeito benefice sobre a producco das culturas de milho e

olqodco, este sem nitroqenio, quando em sucessdo.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Pode ser muito adequada quando intercalada a cafeeiros e fruteiras,

entretanto, as cultivares disponiveis ainda sco suscetiveis 00 nemat6ide formador

de cistos (Heterodera spp). Pode ser tornbern utilizada, com eficiencic, em rotccoo,

no reforma de canaviais.

Figuras 24 e 25. Soja - no inicio era recomendada como adubo verde ate seu potencial ser despertado

para producco de qroos, oleo e proteina.

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lnforr-iocoes tecniccs

Adzuki

V ig na a ng ula ris (Willd.) Ohwi & Ohashi - sao plantas trepadoras, com h6bito

de crescimento indeterminado, ciclo de 120 a 150 dias. Vigna umbel lata (Thumb.)

Ohwi & Ohashi - sao plantas eretas, arbustivas, com h6bito de crescimento

determinado, com 40 a 50 cm de altura e ciclo de 90 a 100 dias. Essasespecies

sao utilizadas particularmente por populccoes de origem asi6tica, no conleccco de

doces (massa denominada "an") ou consumidas como 0Ieijoo comum.

Figura 26. Feijoo-adzuki (Groos vermelhos e pretos) e feijcc-rnunqo (qroos verdes)- clem de adubos

verdes podem ajudar no aumento do renda do propriedade com a venda dos qrcos.

Caupi (V ig na ungu ic u la ta (L.) Walp.)

Planta anual, ereta, resistente 00 calor e razoavelmente tolerante a seco,tornbern conhecida como Ieijoo-de-cordo ou I e i jdo - r no cos so r , bastante indicada

para a Regioo Nordeste do pais. Sao produzidas 15 a 25 t/ha de fitomassa verde e3 a 5 t/ha de fitomassa seco, podendo ser fixados 70 0240 kg/ha/ano de N. Pode

ser cultivada exclusivamente, no entressafra do melancia e do milho; em cons6rcio

com anuais (olqodoo, milho, arroz) ou semiperenes (mandioca, cono-de-ccucor)

ou intercalada a perenes (cafe, seringueira, frutiferas).

Mungo (V ign a r ad ia ta )

Planta ereta, anual, herb6cea, granifera, com ciclo curto (em media 100

dias). E suscetivel a oldie e a nemat6ides formadores de galhas. Suas sementes sao

preferencialmente utilizadas no elcborccoo de "moyashi", popularmente

conhecidos como "brotos de feijco", j6 atualmente incorporados a cllrnentocdohumana em nossas condicoes, sobretudo como salada.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 27. Caupi em cons6rcio com alface. Do nitroqenio observado em alface, 4% vieram do fixac:;ao

biol6gica do caupi.

Figura 28. Feijao-mungo - passos po ra fazer brotos de feijoo (Moiash i ) .

H6 grande potencial para exportccoo das leguminosas adzuki e mungo;

condicionada, sobretudo, 00 cultivo orqonico, pois essas plantas soo rusticos, com

pequeno exiqenclo em fertilidade do solo e as quantidades de nitroqeriio por

simbiose com bocterlcs fixadoras e suficiente para seu desenvolvimento.

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lnforr-iocoes tecniccs

Ainda, no coso do mungo, a cadeia produtiva pode chegar ate a producoo e

comerciolizocdo do broto de Ieijoo, sendo agregado valor 00 produto e favorecida

a inteqrocoo do trabalho familiar em todas as fases: do semeadura do leguminosa

ate a producoo do broto.

7. Gramfneas

Essas especies tornbern podem ser utilizadas para cdubocoo verde no

prirnovero-verdo e ou no "safrinha", propiciando boa cobertura de solo e tornbern

renda extra no colheita de seus qroos e no obtencdo de subprodutos.

Milho (Zea m ays L. )

Planta muito adequada para uso em rotccco com alimenticias anuais, como

o Ieijoo, arroz e girassol, ou em composto de adubos verdes, misturada as

leguminosas guandu, mucunas e lablabe, para aumentar a relccco C/N. Assim,

pode-se ter decornposicco mais lenta do fitomassa, 0 que e interessante para

manter a palhada no superficie do solo, sobretudo em sistema de plantio direto. A

colheita de fitomassa pode ser realizada com picador, seguindo-se 0

esparramador e a grade ou as plantas podem ser deixadas ate colheita de qroos

(verdes ou secos), para ufllizccdo no olimentccdo humana e animal.

Milheto (Pe nn ise tum gla uc um )

E uma forrageira de clima tropical, anual, de crescimento ereto, altura entre

1,5 e 2,0 m, sendo considerada uma especie rustico, indiferente a textura do solo,

com baixo exiqenclo a fertilidade, media toler6ncia 00 aluminio e resistencio

moderada 00 frio e a seco.

Planta de excelente valor nutritivo (ate 24% de proteina bruta quando empastejo), boa palatabilidade e digestibilidade (60% a 78% em pastejo), sendo

otoxico aos animais em qualquer est6dio vegetativo. A producoo de forragem pode

olconcor ate 20 t/ha de materia seco, quando cultivada no inicio do primavera;no

Estado do Mato Grosso do Sui, chegou a atingir 9,2 t/ha de materia seca no

florescimento, aos 50 dias apes a ernerqencio. Foram tornbern observadas 7,1 t/ha

de materia seco, aos 68 dies apes a semeadura.

Sao disponiveis as cultivares BRS-1501 e BN-2, com epoco de semeadura

de outubro a novembro e pleno florescimento aos 60 a 90 dias, sendo precisoutilizar, respectivamente, 12 a 15 kg/ha de sementes, para semeadura em linha (no

espoccrnento de 30 cm), e a lcnco.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 29. Milheto - graminea utilizada para forrnccoo de cobertura morta.

Sorgo ( So rghum b ic o lo r)

Especie de planta anual, ereta, com elevada producoo de fitomassa, de

decornposicdo mais lento, interessante a rnonutencoo de palhada no superficie do

solo, sobretudo em sistema de plantio direto. 0 sorgo granifero e adequado para

semeadura no safrinha (feverelro-rnorco nos reqices Central, Sui e Sudeste), em

sucessdo a soja de ciclo curto, amendoim e Ieijoo. Mais resistente a seca que 0

milho, pode ser utilizado em cornplernentccdo a este em rccoes de aves, bovinos e

suinos. 0 sorgo-vassoura e aproveitado para a confeccoo de vassouras, devido aelevada resistencio e maleabilidade do fibre de suas paniculas; a rebrota tornbern

pode ser aproveitada para producco de paniculas curtas que servirdo de

enchimento nos vassouras. Podem ser produzidas 1,0 a 1,5 t de palha

seca/hectare, sendo recomend6vel a rotccco com leguminosas (feijao, soja),

olqoddo e outras culturas comerciais.

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lnforr-iocoes tecniccs

Sorgo de quine "Gigante" (Sorghum bicolor roco guinea)

Planta anual, de porte ereto, outoqorno, cuja altura pode variar de 1,0 a 5,0

m, dependendo do qenotipo ou ambiente. Dentre as centenas variedades

existentes, 0 sorgo de quine pool vermelho (So rghum bico lo r subespecie bicolor

rcco gu inea ) denominado sorgo de quine gigante, vem-se destacando como

especie promissora em sistema de rotccoo de culturas, em reqices de inverno seco.

Essa especie produz elevados niveis de materia seca mesmo sob condicces

clirnoticos deslovoroveis para a maioria das culturas, sendo boa opcoo de planta

para ser utilizada em sistemas de rotccoo de culturas, principalmente nos sistemas

de inteqrocoo cqriculturo-pecuorio.

Sensivel 00 fotoperiodo, nos semeaduras tardias (safrinha), seu

desenvolvimento e reduzido, tendo como consequencio menor producoo de

materia seco. A especie pode atingir ate 32 t/ha de materia seco, quando cultivada

no inicio do primavera, tendo este material relccco C/N de 54.

Ho a opcco do cultivar Comum, cuja epoco de semeadura e de setembro a

rnorco, com pleno florescimento dos 50 aos 180 dias, sendo necessorlo um gasto

de sementes de, respectivamente, 12 a 15 kg/ha para semeaduras em linha (no

espoccrnento de 50 cm) eo lcnco.

8. Compostas

Girassol (Helianthus annuss L. )

Suas plantas tern ciclo que variam de 70 a 120 dias, com desenvolvimento

rcpido, devendo ser cortadas, sem ou com incorporocoo, antes de sua maturidade

Iisioloqico. De seus qroos pode ser extraido artesanalmente um oleo comestivel e

de elevado valor nutritive. com possibilidade de renda extra 00agricultor.

Planta de pollnizocoo cruzado, feita por insetos - particularmente abelhas.

Seu coule e ereto, geralmente nco ramificado, com altura variando entre 1,80 e

2,50 m e com cerca de 20 a 40 folhas por planta. A inflorescencio e um capitulo

onde se desenvolvem os qroos, denominados cquenios, Nos qenotipos

comerciais, 0 peso de mil cquenios varia de 30 a 60 9 e, 0 nurnero mais frequents

de cquenios pode variar entre 800 e 1.700 por capitulo. Seu potencial produtivo e

de 7 012 t/ha de materia seco.

o sistema radicular e do tipo pivotante, bastante ramificado e, se nco

houver impedimentos quimicos ou fisicos, e favorecida a explorocco do solo em

profundidade e consequentemente a obsorcoo de oquo e nutrientes. Entretanto,

seu desenvolvimento e prejudicado em solos compactados e pouco Ierteis, quando

entdo as raizes nco conseguem crescer adequadamente em profundidade. Devido

a grande adaptabilidade as diferentes condicoes edofoclirncticos, essa especie e

uma interessante opcoo nos sistemas de rotccco e de sucessdo de culturas nos

reqioes produtoras de qroos,

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Como opcoes de cultivares tern-se Catissol 01 e IAC-Uruguai. A epoco de

semeadura no safrinha e Ievereiro/rncrco, com pleno florescimento aos 60 a 80

dias e gasto de sementes de, respectivamente, 10 e 12 kg/ha, para semeaduras em

linha (no espoccrnento de 50 cm) eo lcnco.

Figura 30. GirassollAC-Uruguai - olcrn da producco de alimento e 6leo, serve como adubo verde.

Figura 31. Girassol IAC-Uruguai.

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lnforr-iocoes tecniccs

Especies de outono / inverno

As seguintes especies sao indicadas para reqioes com semeadura prevista

para 0 outono [rnorco-cbrll nos reqioes Sui, Sudeste e Centro-Oeste) com

desenvolvimento favorecido por condicoes oqroclirnoticos de temperaturas

amenas e restricoo de chuvas, e cujo ciclo e finalizado no maximo ate 0 inicio do

primavera, como constatado, sobretudo, no Regioo Sui; algumas das especies

tornbern estdo adaptadas as reqioes Sudeste e Centro-Oeste do pais.

9. Leguminosas

Chlchoro ( La th yr us s ativ us L. )

Planta anual, herbdcec, semi-ereta, nco trepadora, com ciclo de 120 dias

ate a Iorrnocco das primeiras vagens e de 160 dias ate a colheita de qroos, Saoproduzidas 4 a 6 t/ha de fitomassa seca e 500 a 800 kg/ha de sementes e fixados

cerca de 80 kg/ha de N. E planta autocompativel, de grande utilidade em

esquemas de rotocco, antecedendo a especies muito extratoras do nitroqenio do

solo, como 0 milho; como cultura intercalar em cultivos perenes, como as frutiferas

particularmente a videira, substituindo com vantagens econ6micas a cobertura

morta tradicionalmente adotada.

Iremoco: (Lupin us a/bus L. ) trernoco branco ou amargo;

( L . angust ifo/ ius L. ) trernoco azul e (L./uteus) trernoco amarelo

As especies trernoco azul e trernoco amarelo sao mais adaptadas aos

Estados do Reqioo Sui do pais. Sua planta e anual, ereta, herbdcec, adaptada a

uma faixa de temperatura entre 15 e 25°C, com ciclo de 50 a 120 dias ate 0

florescimento e 180 dies ate a colheita de sementes. Podem ser fixados, em media,

130 kg/ha/ano de N, sendo produzidas 30 040 t/ha de fitomassa verde e cerca de

5 t/ha de fitomassa seco. E suscetivel aos fungos de solo (particularmente a

Rhizoc ton ia spp. e Fusar ium spp.), a broca das axilas e a bacteria Erwin ia spp. Pode

ser utilizada em cons6rcio com frutiferas, especialmente a videira, e tcrnbern, em

rotccoo, antecedendo a culturas anuais como 0 milho e a soja, sendo roccdo no

florescimento ou cultivada ate a colheita de suas sementes.

Ervilha ( Pis um s ativ um L. )

Planta anual, ereta, herbocec, adequada a producco de qrdos, adaptada a

uma faixa de temperatura entre 14 e 27°C, sendo necessaria irriqocoo durante seu

ciclo. Pode ser utilizada no olimentccdo humana (groos verdes ou secos) e animal

(de elevado valor nutritivo e qroos para rccoes de aves, porcos ou ruminantes) e

como cobertura de solo, em rotccoo com culturas anuais, particularmente

gramineas de verde (milho, arroz) e hortcliccs (batata, repolho, tomate, cenoura,

vagem). Seu ciclo e de 70 a 120 dias ate a colheita de qroos, em vista do cultivar,

sendo muito suscetivel 00 pulqdo A cyrtho siphum p isum e as doenccs Cercospora

spp. ,Ascochyta spp. e oldie. Podem serfixados desde 40 ate 150 kg/ha de N.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

A ervilha forrageira (Pisum sativum subespecie Arvense) e planta anual, de

rcpido crescimento, que proporciona boa cobertura do solo. Caracteriza-se por

certa rusticidade quanta a fertilidade do solo, e tornbern suportar temperaturas

elevadas. Ho muitas opcoes de cultivares e podem ser utilizados espocornentos

entre linhas de 20 cm a 40 cm.

Grco-de-bico (Cieer arietinum L.)

Planta anual, herbdcec, ereta, adequada a producoo de qroos, adaptada a

uma faixa de temperatura entre 10 e 31°C. Para seu cultivo, e necessorlo correcoo

do solo, sendo planta indicadora de sua acidez, particularmente de niveis t6xicos

de rnonqones. Seu ciclo e de 120 a 140 dias ate a colheita de qroos, com

produtividade de 600 ate 2.500 kg/ha, sendo utilizada em rotocco, antecedendo

a culturas anuais de verde (arroz, em plantio direto no entrelinha; soja e milho) e

em cons6rcio com frutiferas, como a videira.

E suscetivel aos fungos de solo, a lagarta Elasmo (no inicio de seu

desenvolvimento), a lagarta de vagem (Heliothis spp.) e aos nemat6ides

formadores de galhas. Ho mercado potencial para a cornerciolizccdo de seus

qroos e consequents consumo humano.

Ervilhaea (Vicia sativa L.)

Planta anual, decumbente, podendo atingir altura de 50 a 80 cm, mais

adaptada aos Estados do Regioo Sui e potencial de producoo de 4 a 6 t/ha de

materia seco. A cultivar Comum floresce plenamente aos 120 a 150 dias, sendonecessorlo um gasto de sementes de 60 e 80 kg/ha, para semeaduras em linha

(espccornento de 20 cm) eo lcnco respectivamente.

Figura 32. Ervilhaca.

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lnforr-iocoes tecniccs

10. Grcmineos

Aveias: aveia branca (Avena sativa L.); aveia preta (A . strigosa Schreb)

Plantas anuais, eretas, com sistema radicular fasciculado. Podem produzir

em media 50 t/ha de fitomassa verde e 6 t/ha de fitomassa seco. A aveia preta e

mais rustico do que a bronco e ambos se prestam a rotccoo com culturas de verde

como as de Ieijoo, arroz ou soja, ou em cons6rcio com frutiferas, como a videira.

Sua fitomassa deve ser manejada no fase de qroo leitoso, para se evitar a rebrota.

Azevern (Loll ium mul ti fl orum)

Planta anual, de crescimento ereto, que pode atingir 80 a 1,20 m de altura,

com potencial de producoo de 3 06 t/ha de materia seco. Existea cultivar Comum,

com pleno florescimento aos 150 a 180 dias, sendo necessdrio um gasto desementes de 25 e 30 kg/ha, para semeaduras em linha (no espocornento de 20 cm)

eo lonco respectivamente

Centeio ( Se c a/e c e re a /e )

Planta anual, rustico, resistente as baixas temperaturas e a seca e tolerante

as condicces de baixo fertilidade de solo. Podem ser produzidas 20 a 30 t/ha de

fitomassa verde e 2 a 4 t/ha de fitomassa seco. Pode ser cultivada em sucessco as

gramineas, como 0 milho, as leguminosas, como Ieijoo e soja, ou intercalar as

perenes frutiferas, como a videira.

Trigo (Tr it icum aes tivum L.)

Planta anual, pode ser cultivada tanto em sequeiro em rotccoo com

cultivares de ciclo curto de soja, Ieijoo e amendoim, quanta sob irriqocoo em

vorzeos com arroz e culturas irrigadas como soja de ciclo curto, Ieijoo, sorgo e

amendoim.

11 . CrudferasNabo forrageiro (Ra phanus s ativu s L. var. oleiferus Metzg)

Planta anual, herbdcec, ereta, com raiz pivotante, profunda, as vezes

tuberosa, com crescimento inicial extrema mente rcpido e que pode atingir de 1,00

a 1,80 m de altura. Esto bastante adaptada as reqices Sui do pais e Sudoeste do

Estado de S60 Paulo. Podem ser produzidas 25 ate 60 t/ha de fitomassa verde e 2 a

6 t/ha de fitomassa seco, com Iixocoo anual de nitroqenio do ordem de 60 a 180

kg/ha.

E suscetivel 00 mofo branco, causado pelo fungo Sclerot in ia spp., que pode

comprometer 0 desenvolvimento de algumas culturas em sucessdo, como 0 feijco.

Pode ser usada em rotccco com milho ou em cons6rcio com frutiferas.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Sua produtividade media e de 3.000 kg/ha de massa seca da parte cerec, e,

mesmo em areas sem o dub c c o o , este valor pode oscilar entre 2.000 e 6.000

kg/ha de massa seca no estodio de f lorocco. Como sua massa e de ropido

decornposicdo pode ser plantado juntamente com a aveia, olern de poder ser

pastoreado. E boa alternativa como pasta apicola no inverno.

12. Cultivo de Adubos Verdes

Escolha das especies

Na tomada de decisco do agricultor por determinada especie de adubos

verdes, alguns aspectos importantes deverco ser considerados, tais como:

y Hist6rico da area;

y Adoptocco das plantas ao clima e solo da reqioo:

y Noo interlerencio das especies escolhidas nas atividades cqropecuorios

principais da propriedade, como culturas anuais, perenes, pastagem ou

reflorestamento;

y Custo financeiro minimo da odubo c c o verde;

y Facilidade de cquisicdo de sementes;

y Producoo de quantidade adequada de massa vegetal;

y Facilidade de manejo das plantas, tendo em vista 0 objetivo proposto

producoo de fitomassa ou sementes.

Algumas especies de adubos verdes sao recomendadas para 0

estabelecimento de cobertura vegetal para protecdo do solo em esquemas de

rotccoo, sucessdo ou cons6rcio de culturas anuais. Podem ser utilizadas, tornbern,

como culturas intercalares a outras culturas perenes: cafe, seringueira, frutiferas

diversas ou por occsido da reforma de areas de pastagem ou de conc-de-ocucor,

Outras especies podem ser utilizadas como forrageiras, associadas ou nco a

gramineas, fornecendo feno ou constituindo pastagens ou banco de proteinas para

suplementccdo na olimentocdo animal, como colopoqonio, centrosema, guandu,

kudzu, lablabe, leucena, siratro e soja-perene.

Epoca de semeadura

A epoco do ana mais Iovorovel ao cultivo das especies de adubos verdes

esto relacionada ao aproveitamento mais adequado da oquc, temperatura e luz

disponiveis, que sao fatores de interierencio na ernerqencic, no desenvolvimento

vegetativo e reprodutivo e no rendimento de massa e de qroos da planta. Dependetornbern das culturas econornicos exploradas em cada sistema de producoo. De

modo geral recomenda-se:

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lnforr-iocoes tecniccs

Nos regi6es Sui, Sudeste e Centro-Oeste: semear as especies cultivadas

preferencialmente na prirnovero-verdo (Tabela 1) no inicio do periodo chuvoso, em

geral, em outubro, para obter maior rendimento de fitomassa. Entretanto, algumas

especies como a crotolorio [unceo e guandu (eretas), mucuna-preta e mucuna-

cinza (trepadoras) podem ser semeadas mais tarde, como culturas de safrinha.

Nesse caso, a quantidade de fitomassa produzida sera menor, mas ainda

adequada e a altura das plantas eretas sera muito reduzida 0 que favorece a

colheita mec6nica dessas especies. Assim, pode-se prever epoco de semeadura

ate:

y janeiro: eratalaria brevifloro, Ieijoo-de-porco, rnucuno-cnc:

y rnorco: guandu, mucuna-preta e mucuna-cinza, algumas crotolorlos (c.

paulina, C. spectabilis);

y abril: crotolorio [uncec, particularmente nas reqioes com temperaturasmais elevadas nessa epoco do ano.

Semear as especies cultivadas no outono-inverno (Tabela 1) de preferencio

do Iirn de rnorco ate maio, aproveitando-se as ultirnos chuvas para favorecer a

qerrninocoo das sementes no solo, a ernerqencio eo desenvolvimento inicial das

plantas.

No Regiao Nordeste: semear especies de prirnovero-verdo, de preferencio

de fevereiro a junho, que e0periodo chuvoso do ano. Exemplos:

y Crotal6ria [unceo nas ruas de frutiferas como videira e mangueira;

y Semearguandu, bastante tolerante a falta de oquo no solo, em junho, que

vai vegetar no periodo seco e serviro tornbern de alimento aos anima is.

No Regiao Norte: semear especies de prirnovero-verdo, de preferencio

durante 0periodo de concentrocoo de chuvas, que e de dezembro a junho.

A epoco de semeadura e muito importante, devendo ser respeitadas as

condicces clirnoticos mais Iovoroveis ao desenvolvimento das plantas, fazendo as

opcoes conforme a estocoo do ana e pelas especies adaptadas ou ao cultivo na

prirnovero-verdo ou ao outono-inverno.

Deve-se lembrar, ainda, que para algumas especies, sobretudo as de verde,

admite-se uma semeadura mais tardia, sem prejuizos a planta. Como exemplo, naRegiao Noroeste no Estado de Sao Paulo, pode-se semear a crotolorlo [unceo ate 0

[irn de abril, com crescimento e cobertura do solo sotisfotorios no inicio de junho;

outras especies com menor flexibilidade, como 0 guandu e a mucuna-preta, as

semeaduras deverco ser um pouco mais antecipadas, ate fevereiro ou inicio de

rnorco.

A epoco de semeadura das plantas de cobertura, sobretudo daquelas

desenvolvidas no verdo-outono, e determinante da altura final daquelas com

crescimento ereto ou da exponsdo lateral daquelas voluveis, trepadoras.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Assim e que, para as especies eretas guandu e crotolcrics, semeaduras coda

vez mais tardias, ou seja, no inicio do periodo chuvoso (setembro-outubro),

resultam em sensivel reducoo do altura das plantas de 3,0 m para ate 1,0 a 1,5 m,

com consequents dimlnuicdo do quantidade de palha produzida, facilitando,

porern a colheita de vagens e qroos,

Em geral, a poda em especies perenes semeadas no epoco tradicional pode

ser feita no florccoo e Iorrnocco das primeiras vagens, a uma altura suficiente a

rebrota destas plantas, que retomam entdo seu crescimento vegetativo.

13. Preporo das Sementes:

Quebra de Dorrnencio e lnoculocco

13.1 Quebra de Dorrnencio

As sementes recern-colhidos de algumas especies, como mucuna-preta e

mucuna-cinza, sao "duras", ou seja, como seu tegumenta e resistente a obsorcoo

de oquc, nco germinam com facilidade. Para a "quebra" dessa dorrnencio, podem

ser utilizados vorios rnetodos eficientes, imediatamente antes do utilizccdo das

sementes:

y Utilizar lotes armazenados por um ano, em que a dureza tero side muito

diminuida;

y Escarificar, utilizondo tambores qirotorios revestidos internamente com

lixas abrasivas de carbureto de silicic ou em trilhadoras ou combinadas no rotccoo

de 500 a 600 rpm;

y Acondicionar as sementes em saco de estopa e colocc-lo em oquo

aquecida de 60 a 80°C, por cerca de 30 segundos. Escorrer a oquo e colocar as

sementes para secor em local ventilado e a sombra.

Y Espalhar as sementes em terreiros, nos horas mais quentes do dia,

revirando-as e recobrindo com lona durante a noite, por pelo menos uma semana;

Y Tratar com dcido sulfurico concentrado (densidade de 1,84) por 5 minutos.

Entretanto, esse rnetodo requer monipulccoo muito cuidadosa e com possivel

situccco de perigo 00 ser humano, nco sendo muito recomendado 00agricultor.

o agricultor pode fazer ainda uma pre-selecdo, eliminando do lote aquelas

sementes de menor tamanho, que sao muito mais "duras". Apes 0 tratamento de

"quebra" do dureza, deverco ser eliminadas aquelas sementes que nco foram

utilizodas.

13.2Inocula<;ao

Imediatamente antes do semeadura, as sementes devem ser submetidas a

inoculccoo com bccterics especificas, que viverdo associadas as raizes das

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lnforr-iocoes tecniccs

leguminosas adubos verdes, sendo responsoveis pela Iixocdo do nitroqenio do or e

incorporccoo 00 solo. Essa protico e especialmente recomendada em solos de

baixo fertilidade.

o inoculante (mistura de po de turfa e bccterics) e comercializado em

embalagens plcsticcs de 100 ou 200 g, com indicccco de data de validade,

podendo ser adquirido no Embrapa Agrobiologia, de Seropedico (RJ), ou em

algumas firmas particulares.

Existe a possibilidade do producco de inoculante no propriedade, com os

rizobios existentes no propria propriedade. Para que esta protico seja mais eficiente

o ideal e que se tenha, em algum lugar do propriedade, uma area mantida 0 ana

todo com as leguminosas vivas para manter alta a populocoo de rizobios nos

raizes.

No epoco de se fazer a inoculccco das sementes, arrancam-se algumas

plantas com as raizes das quais serdo retirados os nodules existentes. Maceram-se

os nodules e mistura-se com oquo, em quantidade suficiente para umedecer todas

as sementes a serem inoculadas. Para aumentar a cdesdo pode ser utilizado um

pouco de ocucor dlluido no oquo

o cultivo frequents de leguminosas no propriedade contribui para a

rnonutencoo e 0aumento do populccoo das especies de rizobios mais adaptadas a

reqioo onde a propriedade esto locclizodo.

Para as duos situocces, e interessante, sempre que possivel, no primeiro

plantio de leguminosas em determinada area, que seja feita a inoculocdo com

inoculantes comerciais para incrementara populccdo de rizobios no local.

Ate 0 momento de sua utilizocdo, os inoculantes comerciais devem ser

guardados em geladeira ou em lugar fresco e sombreado, para se evitar a morte

das bocterics. As etapas para oplicocco do inoculante sao:

y Colocar as sementes em um recipiente: vasilhas ou sacos plcsticos, lonas,

etc;

Y Umedecersuperficialmente as sementes, sem enchorco-lcs:

Y Despejar 0 inoculante no quantidade adequada, conforme recomendado

para especies com diferentes tamanhos de sementes, utilizando 100 9 de

inoculante para 10 kg de sementes pequenas como as das crotolorios ou 100 9 do

inoculante para ate 25 kg de sementes um pouco maiores, como as de guandu e

mucuna;

y Agitar as sementes no recipiente ate que fiquem totalmente recobertas

pelo inoculante;

y Deixar as sementes secondo, em local arejado e sombreado, e serneo-lcs,no maximo, ate 0 dia seguinte a inoculocdo. Apes esse periodo, as sementes nco

utilizadas deverco ser novamente submetidas a inoculocdo ..

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 33. Sementes de feijco-de-porco umedecidas.

Figura 34. Sementes de feijco-de-porco inoculadas.

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lnforr-iocoes tecniccs

14. Preparo do solo

Como para qualquer outre plantio, deve-se evitar 00 maximo 0

revolvimento do solo ou a incorporocoo do palhada ou residuos existentes no area,

como maneira de contribuir para sua preservccdo. Mas, se forem constatadasareas de cornpoctocoo no propriedade, deve-se resolver esse problema antes de

iniciar 0 cultivo, sobretudo no sistema de plantio direto ou ate no cultivo minimo,

utilizando subsolador.

o preparo do solo e urn fator determinante para favorecer a semeadura das

culturas, a qerrninocoo das sementes, a ernerqencio das pldntulcs, 0

desenvolvimento e a producco das plantas, olern de colaborar no controle inicial

das infestantes e no descornpoctocco do solo.

Sempre que possivel, e interessante seter acesso 00 resultado de onolises dosolo para subsidiar a definicoo de possiveis oplicccoes de calagem, fosfatagem ou

de outros pas de rocha.

E importante ressaltar, principalmente para as pequenas propriedades em

que se utilizam microtratores, dos cuidados que se deve tomar com 0 uso de

enxadas rotativas no preparo do solo, pois esse implemento movimenta

excessivamente 0solo, desestruturando-o.

A odubc c o o verde associada a urn minimo de revolvimento do solo pode

diminuir as perdas de oquo e de solo, por escorrimento superficial e melhorar

algumas das caracteristicas fisicas do solo tais como: a densidade e a resistencio a

penetrocoo. Assim, pode-se adotar 0 cultivo minimo ou plantio direto, mais

adequados a agricultura orqonico.

Cabe ressaltar que nos casos de plantio direto, e importante que haja uma camada

de pelo menos 6 010 centirnetros de palhada, pois, coso contra rio, podero havera

presence grande de plantas espontcnecs cujo manejo fica mais complicado em

rozdo do presence do palha. Essa otencoo e importante uma vez que nco e

permitido 0uso de herbicidas como nos sistemas convencionais de plantio direto.

15. Semeadura

A semeadura dos adubos verdes pode ser realizada de vorios maneiras:

y Em linhas ou sulcos: e a maneira mais comum, sendo adotada em

qualquer situocdo, sobretudo nos consorcios e no producoo de sementes; 0

espoccrnento entre linhas varia entre as especies de leguminosas mas, em media, e

de 50 cm tanto no prirnovero-verdo quanta no outuno-inverno. Nos semeaduras

tardias das especies de verde, deve-se reduzir para 20 030 cm, quando se destinar

a odubc c o o verde e aumentar para ate 90 cm quando for para producco de

sementes;

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

y A lcnco: distribuicco manual ou rnecoriico, ap6s a gradagem do terreno,

sendo enterradas com nova gradagem superficial; nessa situocoo sao gastos, em

media, 30% a mais de sementes e as capinas iniciais sao um pouco dificultadas;

y Em covas: distribuicoo manual, sendo distribuidas 2 a 3 sementes por

cova, com distcncio entre covas vcriovel de acordo com a especie; pode ser

adotado em areas de horticultura ou com maiordeclividade.

No semeadura dos adubos verdes podem ser utilizados:

y Enxada e matraca, sobretudo em areas de cons6rcio ou de horticultura;

y Semeadoras convencionais ou rndquinos adaptadas 00 sistema de

plantio direto, em areas maiores onde os adubos verdes sao cultivados em rotccoo

ou sucessdo de culturas.

y Um dos fatores mais importantes no semeadura sao as diferentes formas e

tamanhos das sementes, sendo este ultimo diretamente relacionado aprofundidade de semeadura que deve ser cerca de 2,5 a 3 vezes 0 didrnetro total

das sementes.

Tabela 2. Densidade de semeadura das leguminosas mais utilizodas

Especies Sementes DensidadeEspac;amento

entre linhas

kg/ha sementes/metro m

Cro ta /ar ia juncea 30 25 0,5

C r o ta / ar ia s p ec ta b il is 15 38 0, 5

Cajanus ca jo n - Guandu IAC-Fava Largo 50 17 0,5

Cajanus ca jo n - Guandu once 25 20 0,5

Mucuna a ter r im a - Mucuna-preta 65 4 0, 5

Mucuna d ee r in g ia n a - Mucuna-ana 80 8 0, 5

D olich o s lo b e -lo b e - Lablabe 60 13 0,5

C an a va lia en sifo rm is - Feijoo-de-Porco 100 5 0, 5

Milheto 15 70 0,3

Nabo forrageiro 15 30 0, 3

16. Manejo dos Adubos Verdes

Controle do veqetocco espontcneo

Antes do semeadura, deve haver um controle previo do populocoo de

plantas espontoneos para favorecer a ernerqencio das plcntulcs e seu

desenvolvimento inicial. Em geral, esse controle e estendido ate os 45-50 dias do

ciclo dos adubos verdes, por meio de capinas manuais (enxadas) ou rneccniccs,

com cultivador ou roccdeiro nos entrelinhas das especies,

,

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lnforr-iocoes tecniccs

Pode-se ainda utilizar manejo integrado, combinando tecniccs culturais

cultivares, epoco de semeadura e densidade populacional adequadas, odubccco

com controle mec6nico.

17. Monejo do Fitomosso: Corte e lncorporocoo.

A quantidade de fitomassa a ser produzida eo tempo de sua permcnencio

em determinada area de explorccdo agricola depende inicialmente do interesse e

do objetivo do agricultor, bem como das caracteristicas proprics de cada especie e

de outros fatores tais como:

y Adoptocco ecoloqico: temperatura, luz, cquc:

Y Durccco de ciclo: anual, bianual, semiperene ou perene;

y Porte da planta: rasteira ou ereta (arbustiva ou arboreal;

Y Epoca de semeadura: prirnovero-verdo ou outono-inverno;

Y Produto final colhido: fitomassa, qroos ou ambos;

y Proticos culturais adotadas na propriedade e na cultura;

y Fertilidade do solo e outros.

Em relccco ao manejo da fitomassa produzida, esta pode ser cortada e

deixada para decornposicco na superficie do solo, incorporada, ou ainda, a planta

pode ser conduzida ate 0Iirn de seu ciclo para colheita das sementes.

No caso de especies eretas com optidco para producoo de fitomassa

(crotolortos, guandu), quando semeadas em outubro (reqices Sui, Sudeste e

Centro-Oeste) e, particularmente, quando cultivadas nas ruas de perenes, podem

ser realizadas podas preliminares em dezembro/janeiro, entre 30 cm e 50 cm da

superficie do solo, visando a rebrota e reducco da altura das plantas. Esseprocesso

facilita bastante 0 manejo posterior da fitomassa e, sobretudo, a colheita das

sementes (manual ou mec6nica).

Os meios mec6nicos de corte podem ser os mais variados, em Iuncoo do

equipamento disponivel na propriedade e das devidas odcptccoes e regulagens

efetuadas no mesmo. Poderdo ser utilizados, por exemplo:

y Alfanje, foice ou gadanho: pode-se cortar toda a planta ou parte dela,

quando se preve rebrota, ou apenas suas extremidades (no caso de culturas

intercaladas a outras perenes);

y Arado: utilizado geralmente na primavera, para plantas de Iocil manuseio

que sao cortadas e deixadas para decornposicco sobre 0solo;

y Grade e grade-aradora: mais utilizadas quando a quantidade de

fitomassa produzida e muito grande, particularmente por especies trepadoras e

agressivas, como a mucuna-preta, sendo as vezes necessaria mais de uma

passagem do implemento. Entretanto, com 0 uso da grade, pode haver erosdo da

camada superficial do solo, pulverizocoo e reducco no di6metro dos agregados;

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Figura 35. Manejo com grade, n60 recomendado.

Figura 36. Manejo com roc:;adeira.

,

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lnforr-iocoes tecniccs

y Picadeira: eficaz para picagem de parte aerea de plantas com diferentes

h6bitos de crescimento e idade; os restos vegetais picados permanecem sobre 0

solo para posterior decornposicco ou podem ser incorporados;

Y Roccdeircs: muito interessantes para culturas intercaladas a outras

perenes. Com esse equipamento obtern-se melhor relccco dos agregados (devido

ao seu maior di6metro) e aumento na capacidade de armazenamento de 6gua ear

(aumento da macroposidade do solo). Em algumas especies poder6 haver rebrota

quando seutilizor esseprocesso;

Y Rolo-faca: promove 0 acamamento ou ate mesmo 0 corte das restevas e

de plantas pela criocco de uma situocoo estressante a elas , facilitando a

incorporocoo da fitomassa de algumas especies e favorecendo 0 cultivo minimo e

o plantio direto com outras. Em geral, e utilizado na epoco de plena Ilorocco e

inicio de Iorrnocoo das vagens nas plantas a serem manejadas, exceto na aveia

(fasede qroo leitoso);

Figura 37. Manejo com rolo-faea.

Y Rolo-disco: desenvolvido em Santa Catarina, principalmente para 0

acamamento de fitomassa de mucuna-preta.

Em situocoes de producoo de grande quantidade de fitomassa, podem ser

realizadas operccoes conjuntas, por exemplo, a passagem de roccdeiro ou rolo-

faca, seguida de arado ou grade, para obter mais incorporocco do material. No

caso de plantas perenes, os cortes podem ocorrer com mais Irequenclo durante 0

ana agricola.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

A epoco de corte deve ser tornbern definida em funcco do sistema adotado

pelo agricultor. Em geral, a poda em especies perenes semeadas no epoco

tradicional pode ser feita no Ilorocoo e Iorrnocoo das primeiras vagens, a uma

altura suficiente a rebrota destas plantas, que retomam entdo 0 seu crescimento

vegetativo.

As plantas utilizadas como cobertura do solo tornbern podem ter seu ciclo

finalizado ate a colheita dos qroos, Mesmo no coso de especies trepadoras

desenvolvidas em cultivo exclusivo (mucuna-cinza e mucuna-preta), e possivel

realizar a colheita mec6nica de suas vagens, apesar do rendimento ser menor do

que aquele obtido no colheita manual de plantas tutoradas.

Quando tornbern se quiser colher as sementes, particularmente de algumas

das leguminosas eretas (crotolorlcs e guandu), cultivadas normalmente no

prirnovero-verdo (reqioes Sui, Sudeste e Centro-Oeste), pode-se podar as plantas

no inicio de janeiro, a 50 cm do solo e deixaro material podado sobre a superficie.

As hastes rebrotorco e Ilorescerco a uma altura menor, facilitando a colheita

de sementes. 0agricultor poderc, tornbern, adiar a data de semeadura para ate

fevereiro ou rnorco, fazendo com que as plantas se desenvolvam no outono e

inverno, ficando com menor altura e facilitando tanto a colheita manual quanta a

mec6nica. Esseprocesso e volido principal mente para as reqioes Sudeste e Centro-

Oeste do pais.

18. Formas de Cultivo e Utilizocoo dos Adubos Verdes

Os adubos verdes podem ser cultivados para 0 estabelecimento de

cobertura vegetal ou para utllizocdo eventual no cllrnentocdo humana e animal. As

formas de cultivo sao:

y Cultivo exclusivo ou cultura "solteira" em rotccco ou sucessdo com

culturas anuais: arroz, I e i joo , milho, soja, trigo;

y Rotccoo com hortclicos cultivadas tanto no prirnovero-verdo quanta no

outono-inverno e com algumas frutiferas rasteiras (meldo, melancia, morongo);

y Reforma de areas de pastagem;

y Reforma de areas com cono-de-ocucor (20% do area / ano): seja para

obtencco de renda extra com a producoo de qroos como soja (cultivares de ciclo

precoce ou semiprecoce) e amendoim, seja para a producco de fitomassa, com

destaque para crotolorio [unceo e mucuna-preta (tornbern 0guandu eo lablabe).

y Cons6rcio ou cultivo intercalar com culturas anuais, como mucuna-preta

no cultura do milho e cclopoqonio no cultura do arroz;

y Cons6rcio ou cultivo intercalar com culturas perenes: cafe, seringueira,

citricos, frutiferas diversas, em todas as ruas ou em ruas aIternadas, com rotccco

entre as especies nos anos (Ieguminosa em um ana e graminea em outro).

y Cultivo em faixas ou oleios: no mandioca, em pastagens;

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lnforr-iocoes tecniccs

Figura 38. Mucuna-ana consorciada com cono-de-ccocor.

Figura 38. Cons6rcio de alface com tremoc:;o. Nesse sistema, constatou-se que 10% do nitroqenio

contido na alface vieram da fixac:;aobiol6gica do tremoc:;o.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

y Em misturas ou coqueteis: com diferentes proporcoes (1: 1, 1:2) e

diferentes nurnero de especies componentes. Como exemplos citam-se: milheto +crotolorio [unceo (1:2) para a Regioo Sudeste e aveia-preta + ervilhaca (Vicia

sat iva) para a Regioo Sui.

y Como forrageiras associadas ou nco a gramineas: para fornecimento de

feno, constituindo pastagens ou banco de proteinas para suplernentccdo no

cllrnentocdo animal, como porexemplo, 0guandu.

Quando 0 objetivo e a ciclagem de nutrientes as especies escolhidas para

rotccoo deverco ter sistema radicular profundo, grande quantidade de massa de

raizes e de producoo de palha (guandu, mucunas, crotolortcs), olern de diferentes

exiqencics nutricionais ou com capacidades distintas de obsorcoo de nutrientes.

As situccces especificas de cons6rcio ou cultivo intercalar com culturas

anuais e perenes, ou no reforma de areas com cono-de-ccucor e pastagens,escolher especies de adubos verdes com criterio, observando-se as seguintes

recornendccoes:

yO nurnero de linhas dos adubos verdes intercalares depende do idade do

cultura principal e do area disponivel nos ruas, entre as projecoes do copa;

y Cultivar de prelerencio nos periodos de excedente hidrico, para que nco

haja cornpeticoo por oquo com a cultura principal;

y Adubos verdes devem ser pouco competitivos por nutrientes: optar por

especies com predornindncio de fitomassa em relccco as partes reprodutivas(mucunas, crotolorics, guandu, lablabe) ou pela noo-permonenclo de especies

competitivas nos entrelinhas ou em ruas do cultura perene ap6s 0 inicio do seu

periodo reprodutivo;

y Adotar especies com arquitetura, porte e hobito de crescimento

adequados aos sistemas de cons6rcio; no coso das trepadoras, perenes ou

semiperenes, deve-se ter um cuidado especial no manejo das plantas, evitando

que usem a cultura principal como tutor.

y Evitar especies que ajudam a aumentar as populccces de nemat6ides de

galhas, como 0 Ieijoo-de-porco, 0 lablabe e 0 caupi, em areas onde estoo

estabelecidos e principalmente nos solos arenosos;

y Utilizar especies que necessitem dos mesmos insetos polinizadores que a

cultura principal, como a crotolorio [unceo nos ruas do cultura do rnorocu]o, ambos

polinizadas preferencialmente pela mamangava.

A utilizocco de algumas das leguminosas adubos verdes tanto no

olimentccdo humana quanta animal deve ser considerada com muito cuidado

devido aos fatores antinutricionais existentes nos sementes. Para olimentccdo

animal deve-se priorizar 0fornecimento das hastes e folhas.

o guandu e das excecoes e pode ser aproveitado de vcrios maneiras. Os

animais tornbern podem consumir suas vagens e qrdos: por cavalos, devem ser

,

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lnforr-iocoes tecniccs

consumidos apenas torrados para evitar problemas de Ilotulencic, muito comum

em nco ruminantes. No dieta humana, pode ser consumido como qroos verdes

(virado de guandu ou andu), secos e farinha.

Nos sistemas de producoo em que estejam incluidas as hortcliccs e algumas

frutiferas rasteiras (meldo, melancia, morongo), culturas de relev6ncia no

explorccdo agricola familiar, e recornendovel que se Icco rotccco com as

leguminosas adubos verdes, conforme as recornendccoes anteriormente

mencionadas para coda especie e sua odoptocco ecoloqicc.

Assim, tem-se a opcoo de cultivo de leguminosas de verde para rotccoo com

hortoliccs cultivadas no outono-inverno (aipo, clrneirdo, beterraba, brccolos,

cebolinha, cenoura, chicoric, couve, couve-flor de inverno, rabanete, repolho,

ruculo, salsa, morongo) e leguminosas de inverno ou aquelas de verde, mas com

possibilidade de semeadura em epoco mais tardio (fevereiro/ma reo) , para arotccoo com hortclicos cultivadas no periodo de verde (berinjela, beterraba,

brocolos, cenoura, chicoric, couve-flor de verde, maxixe, pepino, pimenta-

horticola, repolho, salsa, ruculo, melee e melancia).

19. Producoo de Sementes

Tecnicos especfficas de semeadura e manejo

As especies eretas ou trepadoras com crescimento favorecido no primavera-

verde (Tabela 1), particularmente nos reqices Sudeste e Centro-Oeste, deverco ter

sua data de semeadura adiada para se ter uniformidade no florescimento e

reducco no altura das plantas, facilitando 0 processo de colheita. Assim, a

crotolorio [unceo e 0 guandu poderco ser semeados em janeiro ou fevereiro e a

mucuna-preta em dezembro.

Tornbern deverco ser adotados espocornentos entrelinhas de 0,50 m para

crotolorio e mucuna e de 0,50 ate 0,90 m para 0 guandu. Como esta ultima

especie tem crescimento inicial muito mais lento, deve-se fleer atento a

necessidade de controle das plantas infestantes no fase inicial do ciclo.

Cuidar para que haja isolamento entre areas cultivadas com distintas

cultivares de uma mesma especie, para se evitar cruzamento e reducdo ou ate

perda do pureza qeneticc. Esse cuidado verifica-se, sobretudo, para 0 guandu,

cuja faixa de isolamento deve ser no minimo de 200 m.

Ainda no coso das especies polinizadas por insetos (abelhas, mamangavas),

como a crotolorio [unceo e 0 guandu, as areas para producoo de sementes

deverco estar proxirncs as matas e nco serem muito largos, para favorecer a

rnovirnentocoo do inseto pela cultura. Especificamente para a crotolorio [uncec, e

desejovel e necessaria a presence do mamangava - 0 inseto polinizador

preferencia I.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Durante 0ciclo das culturas deve-se tomar cuidado com eventual incidencio

de lagartas nos vagens e insetos sugadores e transmissores de viroses. Seu controle

pode ser realizado por meio de pulverizccoes com inseticidas aprovados para uso

em sistemas orqonlcos como 0oleo de nim a 0,5% ou um lagarticida bioloqico.

20. Colheita

A colheita dos adubos verdes pode ser manual ou rneconico.

No colheita manual gastam-se muito mais tempo e rnoo-de-obro, 0 que

pode encarecer a semente, sendo mais indicada para as especies trepadoras, com

a mucuna-preta. Neste coso especifico, pode-se aumentar 0 tamanho do cacho de

vagens do mucuna e, em consequencio, 0 rendimento em qroos, semeando a

mucuna nos entrelinhas do milho, quando estiver com cerca de 40 a 60 dias. Asplantas de mucuna utllizordo as de milho como tutor e a colheita de ambos as

culturas ser6 manual, mas realizada em tempos diferentes, iniciando-se pela

colheita do milho.

Para a colheita rneccnico, as especies eretas, como 0guandu e a crotal6ria,

deverco ter side semeados mais tarde (janeiro ou fevereiro no reqioo Sudeste),

porque as plantas estcrdo com menor altura, possibilitando a colheita rnecdnico e

tornbern facilitando a manual, conforme opcco do produtor. Podem ser utilizadas

as mesmas m6quinas colhedoras combinadas adotadas nos culturas de soja e

Ieijoo.

Beneficia mento

Logo opes a colheita, as sementes devem ser beneficiadas a [irn de se

eliminar restos de cascas, gravetos e torroes de solo, impurezas e outros materiais

indesej6veis. Esseprocedimento poder6 ser realizado seguindo processos simples,

nos casos de producoo para consumo proprio ou para os bancos comunit6rios de

sementes. No coso em que a producoo de sementes se destinar 00 cornercio,

deverco ser seguidos os seguintes passos:

As sementes recern-colhidos deverco ser encaminhadas imediatamente

para unidades de beneficia mento, onde deve ser utilizada inicialmente uma

m6quina de pre-lirnpezo a or com duos peneiras de crivos redondos ou circulares:

uma no posicoo superior, em que e definida a peneira de clossificocoo do lote e

outra, inferior, onde sao recolhidas as impurezas ou materiais a serem descartados.

Emseguida, as sementes sao ainda beneficiadas em uma mesa gravitacional.

No m6quina a or recomendam-se, como pcdroes medics. as seguintes

peneiras para as especies:

y crotal6ria [uncec: P14 no peneira superior e Pl 0 no peneira inferior que

pode ate ser P9 para sementes de tamanho muito pequeno, colhidas em anos

secos e para nco se ter muitas perdas;

,

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lnforr-iocoes tecniccs

y guandu: faixa de peneiras superiores entre P10 e P16, com

predornindncio de clossificocoo em duos peneiras: P12 e P13 ou ate P12 e P14 e,

como inferior, P l 0 ou Pll;

y mucuna-preta: faixa de peneiras superiores entre P22 e P30, com

predornindncio de dossificocoo em tres categorias: P22, P24 e P26 (maioria);

como inferior, P20 podendo ate ser P28 em determinados anos.

No mesa gravitacional, sera separado e descartado 0 material mais leve

como sementes perfuradas, mal formadas, chochas e deterioradas e eventuais

detritos de menortamanho.

21. Coleta de Amostras para Anolises Laboratoriais

Este procedimento so e obriqotorio para as sementes que serdo

comercializadas. No coso de uso proprio ou dos bancos comunitorios poderco ser

feitos, proximo a epoco de plantio, testes simples de qerrninocoo utilizando

amostras de cem sementes enroladas em popel toalha ou jornal molhados. A

definicoo do percentual de qerrninocoo indiccro os ajustes necessorios no

densidade de semeadura.

No coso do producoo comercial de sementes, opes 0 beneficiamento sao

coletadas amostras para a reolizocdo de cnclises laboratoriais de qualidade

Iisioloqico, sendo devidamente embaladas apenas aquelas dos lotes que estiverem

dentro dos pcdroes nacionais, a saber 70% de poder qerrninofivo e minimo de 98%

de pureza fisico, principalmente para as de categoria "bosico".

Em funcco de, ocasionalmente, haver pouca disponibilidade de sementes

em determinados anos de mais demanda, pode-se aceitar um valor de poder de

qerrninocoo um pouco inferior a 70% para os lotes de sementes.

22. ArmazenamentoDo mesma forma que no item anterior, os procedimentos para 0

armazenamento das sementes dependerdo do objetivo do producoo. Quando

forem destinadas 00 consumo proprio ou aos bancos comunitcrios de sementes,

poderco ser utilizadas embalagens perrneovels, de popel, olqodco ou sacos de

propileno tronccdo, como aquelas utilizadas para 0 cornercio de qroos, tortas e

farelos.

Como 0 teor de oquo das sementes entroro em equilibrio com a umidade

relativa do or, e importante que 0armazenamento seja feito em locais frescos e bemventilados. Deve-se evitar colocar os sacos com as sementes em contato com pisos

e paredes.

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Progromo boncos cornunitcrios

de sementes de odubos verdes

Tem side comum 0 uso de garrafas "pets" para a armazenagem de

sementes, principalmente aquelas mais sujeitas 00 ataque de trcccs e carunchos

como as de guandu. No coso em que se utilizem embalagens irnperrneoveis, e

importante que a secagem das sementes tenha side bem feita a Iirn de reduzir a

respirocoo das sementes, responsovel pela elevccoo do temperatura no massa de

sementes, e 0consumo das reservas delos, fatores que contribuem para a perda de

viabilidade.

No coso das sementes comerciais, os lotes de sementes que estiverem dentro

dos pcdroes nacionais serdo embalados em sacarias de popel. Se forem

armazenados por apenas uma safra, deverco ser mantidos em crrnozens com

ambiente seco, ventilados, a sombra e com pe direito de, no minimo, 4 m a 5 m,

para controle mais eficaz do temperatura ambiente.

Se0

armazenamento for superior a um ano, deve-se armazenar em corncrofrio e seco, com temperaturas ate 18°C e umidade relativa (UR) inferior a 60%. Em

ambos as situocoes as sementes devem ser armazenadas com teor maximo de

oquo de 13%.

23. Considerocoes Finais

Os resultados experimentais sobre a ufilizocdo dos adubos verdes em

rotccoo ou em cons6rcio com culturas de expressividade econ6mica tern side

muito satisfat6rios, permitindo a obtencco de aumento de produtividade ate

superior a 100% em muitos casos, com lucratividade e colaborando para a

preservccdo dos recursos ambientais.

Em Iuncoo dos inurneros resultados positives, espera-se que a utilizccdo

constante do odubccoo verde, opcoo simples e eficiente de conservccoo,

preservccdo e melhoria do solo, mantenha-se elevada a produtividade por

unidade de area, com consequentes melhorias do qualidade de vida e

rnonutencoo e vclorizccdo dos empregos no meio rural.

Tcrnbern, tem-se como um dos objetivos a contribuicdo efetiva no

otirnizocdo do retorno econ6mico 00 agricultor, considerando-se, ainda, osaspectos do preservccdo do solo e do ambiente e do sua capacidade produtiva,

com garantia do sustentabilidade e do biodiversidade no propriedade agricola,

particularmente naquela cultivada no sistema orqoriico.

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