carla geanfrancisco doutrina da justificação
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Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos
A Doutrina da Justificação
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Conteúdo Definição de Justificação ........................................................................................................ 1
Elementos da Justificação ...................................................................................................... 1
Argumentos e Métodos da justificação ................................................................................ 2
Relação da justificação com a lei e santidade de Deus .................................................... 3
Relação da justificação com a união com cristo e com o espírito ................................... 3
Relação da justificação com a obra ...................................................................................... 4
Relação da justificação com a Fé ......................................................................................... 4
Prova da Doutrina .................................................................................................................... 4
Resultados e Conseqüências da Justificação ..................................................................... 5
Bibliografia ................................................................................................................................ 5
A Doutrina da Justificação
Definição de Justificação
Justificação – processo pelo qual seres humanos pecadores são aceitos por um
Deus Santo (Dicionário Ilustrado da Bíblia)
A justificação é a declaração de Deus de que as exigências de sua lei foram
cumpridas na justiça de seu Filho. Pois o homem já nasce pecador, e Deus
inverte sua atitude para com o pecador, por causa da nova relação do pecador
para com Cristo, Deus condenou, agora Ele absolve.
Elementos da Justificação A justificação é um ato, como a santificação, uma obra continua e
progressiva;
Um ato da graça para com o pecador. Por si mesmo, ele merece
condenação quando Deus justifica;
Quanto à natureza do ato, ele não é, em primeiro lugar, um ato eficaz
nem um ato de poder. Não produz nenhuma mudança subjetiva na
pessoa justificada. Não efetua nenhuma mudança de caráter, fazendo
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bons os que eram maus, nem santos, os que eram ímpios. Isso ocorre
na regeneração e na santificação. Em lugar, não se trata de mero ato
executivo, como quando um soberano perdoa um criminoso e restaura
com ele seus elementos civis, ou a sua anterior posição na
comunidade.
É um ato legal ou judicial, o ato de um juiz, não de um soberano. Ou
seja, no caso do pecador, ou, in foro Dei, trata-se de um ato de Deus,
não em seu carater de Soberano, mas em seu carater de juiz. É um ato
declarativo no qual Deus pronuncia justo ou reto o pecador, ou seja,
declara que as exigências da justiça são satisfeitas até onde ela lhe diz
respeito, de modo que ele não pode ser justamente condenado, senão
que, em justiça, tem direito à recompensa prometida ou devido à
perfeita justiça.
Argumentos e Métodos da justificação
A justificação do homem se dá pela graça de Deus, pois é a declaração de Deus
que as exigências de sua lei foram cumpridas na justiça de seu filho. A base para
a justificação é a morte de Cristo, Paulo diz que “Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões” (2CO 5.19). Essa reconciliação cobre todo o pecado.
Quando Deus justifica, ele lança o debito do pecado do homem a Cristo e credita
a justiça de Cristo ao crente (2CO 5.21). Desse modo, “assim como, por uma só
ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também,
por um só ato de justiça, veio à graça sobre todos os homens para a justificação
que dá vida” (Rm 5.18). Visto que essa justiça é “a justiça de Deus” e “sem lei”
(Rm. 3.21), é completa; um crente é “justificado de todas as coisas” (At 13.39).
A justificação pela fé esta no principio de que embora o Senhor Jesus tenha
pagado o preço por nossa justificação, é por meio da fé que ele é recebido e sua
justiça é experimentada e desfrutada.
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Relação da justificação com a lei e santidade de Deus
Por ser um termo forense. Pode-se conceber o homem justo em dois sentidos:
Caráter moral, isto é, absolutamente santo na natureza, disposição e
conduta;
E em relação à lei, ou livre de toda a obrigação de sobre a pena e ter
direito as recompensas da obediência.
Porem a própria bíblia declara que não há na terra um homem justo nos sentidos
acima descrito, Então se existe justificação, deve ser não um ato que torna o
pecador absolutamente santo, mas um ato de Deus que declara o pecado livre
das penas legais e habilitado às recompensas legais.
Relação da justificação com a união com cristo e com o espírito
É pela Graça de Deus.
“Sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus” (Rm. 3:24).
“A fim de que justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a
esperança da vida eterna” (Tito 3:7).
Isto demonstra a fonte de nossa justificação. Não é ela a obra da justiça que
temos praticado, mas é segundo a sua misericórdia “que ele nos salvou (Tito
3:5). Assim a justificacao se origina no coração de Deus. Tendo consciencai não
apenas de nossa falta de justiça, mas também de nossa incapacidade de
consegui-la, Ele, em sua bondade, decidiu nos fornecer a justiça. Foi sua graça
que levou a fornecê-la; Ele não tinha a menor obrigação de fazer isso. Em sua
gracao, ele não considerou a nossa culpa, e em sua misericórdia, nossa miséria”.
É pele sangue de Cristo.
“Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo sangue, seremos por ele salvo
da ira” (Rm. 3:24).
“Com efeito, quase todas as cousas, seguindo a lei, se purificam com sangue, e
sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb. 9:22).
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Isto estabelece a base de nossa justificação. Por ter Cristo suportado o castigo
de nossos pecados em Seu próprio corpo, Deus pôde revogar a pena e nos
restabelecer a Seu favor.
Relação da justificação com a obra
Não é pelas obras da Lei. Mesmo sendo verdade que Jesus se referiu à lei
quando o jovem rico perguntou como poderia obter a vida eterna (MC. 10:17-22);
mas é claro que Ele fez isto apenas para demonstrar ao jovem que a salvação é
impossível nesta base, Aquele quer for ser justificado pelas obras, deve continuar
em todas as coisas que estão escritas na lei (Gl. 3:10 Tg. 2:10) Ninguém
consegue nem pode fazer isso. Paulo declara que pelas obras da lei ninguém é
justificado diante Dele (Rm. 3:20; Gl. 2:16). A lei sé serve para revelar o pecado
(Rm. 3:20; 7:7) e para impedir a alma condenada a fugir para Cristo (Gl. 3:24).
Jesus em outra ocasião ensinou que “a obra de Deus” é a de que “creiais
naquele que por ele oi enviado” (Jô. 6:29). Os homens não são salvos por
“fazerem o melhor que podem” , como normalmente se entende essa declaração,
mas são salvos por fazerem o melhor que podem se quiserem com isso dizer que
creêm no Senhor Jesus Cristo (Mt. 7:12).
Relação da justificação com a Fé
Muitas passagens declaram que somos justificados pela fé. Em Rm. 3:26-30; 5:1;
10:10; Gl. 2:16; 3:8, 24; Atos 13: 38,39.
Então esta é a condição de nossa justificação, não a base meritória para ela; a fé
não é o preço da justificação, mas o meio pela qual nos apropriamos dela.
Prova da Doutrina
A prova da escrituriíticas da doutrina como um todo são as seguintes:
Rm. 1:17;
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Gl. 3:11;
Ef. 1:17;
Hb. 11:4, 7;
Sl. 85:8
Entre outros
Resultados e Conseqüências da Justificação Uma das conseqüências da justificação é aquilo do que somos salvos: “...
justificados por seu sangue seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9). Outra
conseqüência é o objetivo daquilo para que fomos salvos: “... aqueles a quem
justificou, também glorificou” (Rm 8.30).
Paulo também inclui a paz com Deus (Rm 5.1) e o acesso à graça divina (RM5.
2) como benefícios da justificação. Quem crê em Cristo pode olhar com
expectativas para a redenção do corpo (Rm 8.23) e para a herança eterna (Rm
8.17; 1Pe1. 4).
Bibliografia
DIB – Dicionário Ilustrado da Bíblia
Hodge, Charles. Teologia Sistemática, 1ª edição, 2005.
Henry clarence Thiessem. Palestras introdutórias a Teologia sistemática,
2001.
Strong, Augustos Hopkins. A doutrina de Deus vol II, Hagnos.