cargas e indução elétrica

28
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA CARGAS E INDUÇÃO ELÉTRICA TOLEDO PARANÁ 2013

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Relatório Cargas e Indução Elétrica

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARAN

    CENTRO DE ENGENHARIAS E CINCIAS EXATAS

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA

    CURSO DE ENGENHARIA QUMICA

    CARGAS E INDUO ELTRICA

    TOLEDO PARAN

    2013

  • Amanda Mansano Zanella

    Carina Langaro

    Kamila Cavalcante de Oliveira

    Susana Suttor Both

    Vanessa Tanara Fetsch

    Vicky Cerioli

    CARGAS E INDUO ELTRICA

    Relatrio apresentado disciplina de

    Fsica Geral e Experimental II.

    Universidade Estadual do Oeste do

    Paran - Campus de Toledo.

    Professor: Dr. Fernando Rodolfo

    Espinoza Quiones

    TOLEDO PARAN

    2013

  • i

    NDICE

    LISTA DE FIGURAS .......................................................................................... iii

    RESUMO............................................................................................................ 1

    1. INTRODUO ............................................................................................... 2

    1.1 Eletrmetro ............................................................................................... 2

    1.2 Efeito das Pontas ..................................................................................... 2

    1.3 Efeito Corona............................................................................................ 2

    1.4 EfeitoTriboeltrico ..................................................................................... 3

    1.5 Gerador Eletrosttico Van der Graaff ....................................................... 4

    1.6. Carga eltrica .............................................................................................. 6

    1.7. Eletrizao ................................................................................................... 6

    1.7.1. Por induo .............................................................................................. 6

    1.7.2. Por atrito ................................................................................................... 6

    2. OBJETIVOS ................................................................................................... 7

    2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 7

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ........................................................................ 7

    3. METODOLOGIA ............................................................................................ 8

    3.1 MATERIAIS .............................................................................................. 8

    3.2 MTODOS ............................................................................................... 8

    3.2.1. Eletrizao dos corpos ............................................................................. 8

    3.2.2 Funcionamento do eletroscpio de folhas ................................................. 8

    3.2.3 Chama de uma vela submetida ao de um campo eltrico .................. 9

    3.2.4 Blindagem da ao do campo eltrico....................................................... 9

    3.2.5 Poder das pontas Torniquete eltrico ..................................................... 9

    4. RESULTADOS E DISCUSSES ................................................................. 10

    4.1 Eletrizaes dos corpos ............................................................................. 10

    4.2 Caso do cabelo .......................................................................................... 10

    4.4 Caso da esfera conectada a um basto isolante ........................................ 11

    4.5 Eletroscpio de folhas ................................................................................ 12

    4.6 Chama de uma vela submetida a um campo eltrico ................................. 12

    4.7 Blindagem da ao de um campo eltrico.................................................. 13

    4.8 Poder das pontas Torniquete eltrico ...................................................... 13

  • ii

    4.9 Questes .................................................................................................... 15

    5. CONCLUSO .............................................................................................. 22

    REFERNCIAS ................................................................................................ 23

  • iii

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Gerador de Van der Graaff (SITE 2) ................................................... 5

    Figura 2. Descarga eltrica num gerador de van der Graaf ............................. 11

    Figura 3. Eletroscpio de folhas ....................................................................... 12

    Figura 4. Gerador ............................................................................................. 19

  • 1

    RESUMO

    Foram realizados diversos experimentos com o intuito de observar as

    caractersticas da carga eltrica. Estudaram-se: formas de eletrificar um corpo

    por atrito, induo, ou contato; polaridade, conservao e quantizao;

    condutores e isolantes bem como o campo eltrico dentro e fora de um

    condutor; fora e torque eltrico. Tambm foram observados os efeitos das

    Pontas, Corona, Triboeltrico e suas aplicaes. Ainda mais, procurou-se

    descrever o funcionamento do eletroscpio de folhas, Torniquete Eltrico,

    Gerador Eletrosttico de Van der Graaf, alm de buscar entender a distribuio

    das cargas em um condutor e a blindagem eltrica. Para realizar o experimento

    de eletrizao dos corpos, foram colocadas no domo gerador, tiras de

    alumnios. No experimento do eletroscpio de folhas, aproximou-se o

    eletroscpio de folhas ao domo do gerador de Van der Graaf j ligado. A

    chama de uma vela submetida ao de um campo eltrico foi estudada

    colocando-se uma vela entre as placas do capacitor, e ligando-se o gerado em

    seguida. Para realizao do experimento de Blindagem da ao do campo

    eltrico, novamente uma vela foi introduzida, porm nesse caso dentro de uma

    teia metlica, entre as placas do capacitor, inicialmente descarregado. Para

    realizar a prtica de poder das pontas, torniquete eltrico, fez-se as conexes

    necessrias e colocou-se o sistema de quatro pontas descansando na ponta do

    suporte. Em todos os casos observou-se o que ocorreu durante o experimento.

  • 2

    1. INTRODUO

    1.1 Eletrmetro

    Os eletrmetros so aparelhos utilizados para medir a diferena de

    potenciais eltricos, em outras palavras, a tenso eltrica entre dois pontos de

    potenciais distintos, tipicamente trata-se de um capacitor deformvel. No sculo

    XVIII precisou-se de instrumentos destinados medio de cargas eltricas

    designados por Eletroscpio o qual era composto por dois fios suspensos do

    mesmo ponto que quando eletrizados, formavam um ngulo entre si

    (ESPINOZA, 2013).

    1.2 Efeito das Pontas

    A eletricidade se encontra nas pontas e nos elementos fsicos que se

    afunilam, fazendo das pontas o caminho mais fcil para entrada ou sada de

    energia, como por exemplo, o pra-raios (SITE 1). Algumas experincias nesse

    ramo foram realizadas no sculo XVIII, dispondo de condutores metlicos com

    pontas muito finas que levaram a concluso de que a intensidade de Campo

    Eltrico proporcional a densidade de carga (ESPINOZA, 2013).

    O torniquete eltrico constitudo de quatro varetas de lato que se

    distribuem de forma simtrica em direes radiais em torno de um pequeno

    disco condutor. Este utilizado para visualizar o Poder das Pontas

    (ESPINOZA, 2013).

    1.3 Efeito Corona

    Quando um campo eltrico muito forte associado com um condutor de

    alta tenso ioniza o ar prximo ao condutor ocorre o Efeito Corona. O campo

    eltrico na superfcie dos condutores atinge um limite no qual o isolante do ar

    rompe-se, criando pequenas descargas em torno do condutor, muito

    semelhantes a uma coroa (SITE 2).

  • 3

    Este efeito, que proporcional a tenso, provoca perdas eltricas no

    sistema e interferncia em rdio e TV que estejam prximas, alm de gerar um

    rudo eletromagntico de largo espectro (SITE 2).

    1.4 EfeitoTriboeltrico

    Este efeito, tambm conhecido como Eletrizao por atrito, ocorre

    quando dois corpos so atritados e os tomos mais extremos de cada corpo

    entram em intenso contato trocando cargas eltricas, mesmo que um deles

    seja isolante (SITE 3).

    Atravs de vrios experimentos foi possvel construir a srie

    triboeltrica apresentada pela Tabela 1, na qual os corpos esto atritados. Os

    que aparecem primeiro ganharo carga positiva, enquanto o ltimo ganhar

    carga negativa (ESPINOZA, 2013).

  • 4

    Tabela 1. Srie Triboeltrica

    Mais positivo Ar

    Vidro

    Fibra sinttica

    L

    Chumbo

    Alumnio

    Papel

    Algodo

    Ao

    Neutro Madeira

    Borracha

    Cobre

    Acetato

    Polister

    Poliuretano

    Polipropileno

    Vinil (PVC)

    Silicone

    Mais negativo Teflon

    1.5 Gerador Eletrosttico Van der Graaff

    Van der Graaff, em 1931, inventou o gerador que levou seu nome a fim

    de produzir uma diferena de potencial muito alta (da ordem de 20 milhes de

    volts) para acelerar partculas carregadas que se chocavam contra blocos fixos.

    Dessa forma, os resultados das colises informam as caractersticas dos

    ncleos do material que constituem o bloco (ESPINOZA, 2013).

    O gerador de Van der Graaff um gerador de corrente constante,

    enquanto que a bateria um gerador de voltagem constante, o que varia a

    intensidade dependendo de quais os aparelhos que so conectados

    (ESPINOZA, 2013).

    http://www.fisica.ufs.br/egsantana/elecmagnet/mov_campo/mov_campo.html#Movimiento en un campo elctrico
  • 5

    O gerador de Van der Graaff muito simples, consta de uma cpula de

    descarga (domo), coluna de apoio, dois roletes, duas escovas metlicas, uma

    correia transportadora, um pequeno motor eltrico e uma base para alojar o

    mesmo, fixar a coluna e a escova interior (ESPINOZA, 2013).

    Figura 1. Gerador de Van der Graaff (SITE 2)

    A correia, escovas e cilindros ocultos se combinam para formar o

    Eletrforo de funcionamento contnuo. Trata-se de um dispositivo de

    eletrosttica em que utilizado o fenmeno da induo eletrosttica para

    bombear carga eltrica entre a escova de metal e a superfcie de correia mvel

    (ESPINOZA, 2013).

    Esta prtica objetiva o conhecimento de caractersticas da carga

    eltrica como polaridade, conservao e quantizao; formas de eletrificar um

    corpo seja por atrito, induo, ou contato; conhecimento de condutores e

    isolantes bem como o campo eltrico dentro e fora de um condutor, fora e

    torque eltrico. Tambm visa o conhecimento dos Efeitos: das Pontas, Corona,

    Triboeltrico e suas aplicaes. Alm disso, procura descrever o

    funcionamento do eletroscpio de folhas, Torniquete Eltrico, Gerador

    Eletrosttico de Van der Graaf, entender a blindagem eltrica e a distribuio

    das cargas em um condutor (ESPINOZA, 2013).

  • 6

    1.6. Carga eltrica

    Os tomos so compostos por um ncleo, onde ficam os prtons e

    nutrons, e uma eletrosfera onde permanecem os eltrons em rbita. Se fosse

    possvel separar esses trs compostos elementares e lan-los em direo

    um im, ocorreria um desvio de prtons e eltrons em direes opostas. Esta

    caracterstica de cada partcula denomina-se carga eltrica. Assim, os prtons

    possuem cargas positivas, os eltrons cargas negativas e os neutros possuem

    carga neutra (ESPINOZA, 2013).

    1.7. Eletrizao

    Eletrizar um corpo trata-se de tornar diferente o nmero de prtons e

    de eltrons, seja adicionando ou reduzindo o nmero de eltrons que o mesmo

    j possui (ESPINOZA, 2013).

    1.7.1. Por induo

    A eletrizao por induo, ou induo eltrica, o processo de

    carregar eletricamente um objeto colocando-o no campo eltrico de outro

    objeto carregado. Este processo ocorre quando um corpo eletrizado redistribui

    cargas de um condutor neutro. O indutor (corpo eletrizado) colocado prximo

    ao induzido (corpo neutro), de forma a permitir que as cargas do indutor

    atraiam ou repilam as cargas negativas do corpo neutro. Esta distribuio de

    cargas no corpo induzido s mantida na presena do corpo indutor

    (ESPINOZA, 2013).

    1.7.2. Por atrito

    J nas eletrizaes por contato ou por atrito necessrio um contato

    direto entre o corpo eletrizado e o corpo neutro (ESPINOZA, 2013).

  • 7

    2. OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Verificar a ao das cargas eltricas sobre corpos incialmente neutros e

    observar a transferncia de cargas por induo.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Observar as caractersticas da carga eltrica: polaridades, conservao

    e quantizao;

    Observar as formas de eletrificar um corpo: atrito, induo e contato;

    Observar se um material condutor ou isolante;

    Observar o campo eltrico dentro e fora de um condutor;

    Observar a fora e o Torque eltrico;

    Observar o efeito das pontas, efeito corona, efeito triboeltrico e as

    aplicaes destes;

    Observar o funcionamento do eletroscpio de folhas e do torniquete

    eltrico;

    Observar e entender a blindagem eltrica;

    Observar e entender o funcionamento do gerador eletrosttico de Van

    der Graaf;

    Observar a distribuio das cargas em um condutor.

  • 8

    3. METODOLOGIA

    3.1 MATERIAIS

    Para a realizao dos experimentos foram utilizados os seguintes

    materiais:

    Gerador didtico de Van der Graaf;

    Lminas de alumnio;

    Esfera com basto isolante;

    Conexes de fios com pino banana;

    Eletroscpio de folhas;

    Capacitor de placas paralelas;

    Vela;

    Caixa de fsforos;

    Teia metlica de formato cilndrico;

    Um torniquete eltrico de quatro pontas com suporte;

    Dois jacars para conexo eltrica;

    3.2 MTODOS

    3.2.1. Eletrizao dos corpos

    Primeiramente colou-se tiras de alumnio na parte exterior do gerador de

    Van der Graaf. O aparelho foi ligado por alguns instantes e em seguida tornou-

    se a deslig-lo. Em seguida, aproximou-se uma esfera com basto isolante no

    sistema.

    3.2.2 Funcionamento do eletroscpio de folhas

    Foi ligado o gerador Van der Graff, e aproximou-se ao domo do gerador

    o eletroscpio de folhas. Observou-se o ocorrido com a folha metlica presa a

    haste metlica do eletroscpio de folhas.

  • 9

    3.2.3 Chama de uma vela submetida ao de um campo eltrico

    Fizeram-se as conexes eltricas necessrias de modo a carregar o

    capacitor, e ento uma vela foi colocada entre as placas do mesmo. O gerador

    de Van der Graff foi ligado, para tornar possvel a identificao da polaridade

    de cada placa. Observou-se o fenmeno que ocorreu.

    3.2.4 Blindagem da ao do campo eltrico

    Colocou-se uma vela acessa dentro de uma teia metlica de formato

    cilndrico. O conjunto foi inserido entre as placas do capacitor ainda

    descarregado. Fizeram-se as conexes necessrias de modo a carregar o

    capacitor. Por fim, observou-se o ocorrido.

    3.2.5 Poder das pontas Torniquete eltrico

    Uma haste de suporte com pino banana foi introduzido na parte superior

    da esfera do gerador a fim de observar-se o poder das pontas - torniquete

    eltrico. O sistema de quatro pontas foi colocado descansando na ponta do

    suporte com pino banana, e em seguida o gerador Van der Graff foi ligado.

    Um novo sistema foi montado a fim de avaliar-se o comportamento de

    um torniquete eltrico. Introduziu-se uma haste do mesmo num bloco de isopor

    (isolante eltrico). O torniquete foi inserido entres as placas paralelas de um

    capacitor. Foram feitas as conexes eltricas das placas do capacitor com as

    duas polaridades do gerador eletrosttico e ento o aparelho foi ligado.

  • 10

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    4.1 Eletrizaes dos corpos

    Quando o Gerador de Van der Graaf ligado, ocorre o atrito entre o

    nylon e a borracha e entre a borracha e o metal. Pela srie triboeltrica, o nylon

    ou teflon tm a tendncia de ficar negativamente carregados, em

    consequncia, a borracha ficar positivamente carregada. Por induo, o pente

    do Gerador fica carregado negativamente, o que desencadeia a ionizao do ar

    entre o pente e a borracha, ocorrendo um intenso Campo Eltrico. Nesse caso,

    as cargas fluem do pente para a borracha, aumentando a densidade de carga

    na borracha.

    No pente superior, que conectado a um domo neutro, espera-se que

    ao fim de certo tempo o pente esteja carregado negativamente e,

    consequentemente, o domo fique positivamente carregado, o que causa a

    ionizao do ar ao redor deste domo.

    4.2 Caso do cabelo

    O efeito que pode ser observado neste caso o poder das pontas, ao

    aproximar o cabelo do domo carregado. Por induo, os fios de cabelo ficam

    carregados com carga de mesma polaridade, o que faz com que ocorra a

    repulso entre os mesmos.

    4.3 Caso das fitas

    O que se observou neste caso foi a repulso entre as fitas e o domo, o

    que significa, que, como o domo estava carregado positivamente, as fitas

    tambm estavam carregadas positivamente.

  • 11

    4.4 Caso da esfera conectada a um basto isolante

    Observaram-se fascas ou descargas eltricas quando a distncia entre

    o domo e o basto-esfera era menor que 2 cm. Como a superfcie do domo

    estava carregada positivamente e o basto-esfera possua carga neutra,

    significa que ocorreu eletrizao por induo. Por consequncia, ocorre a

    migrao de cargas na superfcie do basto-esfera, ou seja, as cargas eltricas

    negativas so atradas pelo domo, que possui carga positiva, enquanto que as

    cargas positivas so repelidas para o lado oposto do basto-esfera.

    As descargas eltricas ocorreram, pois o campo eltrico excedeu

    localmente a intensidade do dieltrico do ar. Desse modo, pode-se perceber

    que quando h maior diferena de potencial, ou seja, onde h maior acmulo

    de cargas, ocorre uma ruptura dieltrica e acontece uma descarga eltrica.

    Nesse caso, a rigidez dieltrica do ar foi rompida e ele funcionou como um

    condutor para a descarga.

    A diferena de potencial entre os dois corpos pode ser quantificada por

    meio da equao (1).

    V = E . d (1)

    V = 3.106 V/m . 2.10-2 m = 6.104 V

    Onde:

    V a diferena de potencial;

    E a rigidez eltrica do meio (Ear crtico = 3.106 V/m);

    d a distncia entre os dois corpos.

    Figura 2. Descarga eltrica num gerador de van der Graaf

  • 12

    4.5 Eletroscpio de folhas

    Inicialmente, o eletroscpio estava neutro, assim a fita metlica estava

    abaixada. Ao se aproximar o eletroscpio do domo do gerador (j carregado

    positivamente), observou-se que a ponta da fita metlica foi repelida pela haste

    e aderiu-se ao vidro. Isso se deve ao fato de ter ocorrido a induo de cargas

    na parte superior do eletroscpio, contrrias s do domo. Por consequncia, a

    haste e a folha ficaram carregadas positivamente, ocorrendo a repulso entre

    estas.

    O ngulo entre a fita e a haste pode determinar a quantidade de carga

    transferida, visto que, se o ngulo aumenta, as cargas da fita e da haste so de

    mesmo sinal e quando o ngulo diminui, as cargas so opostas.

    Figura 3. Eletroscpio de folhas

    4.6 Chama de uma vela submetida a um campo eltrico

    A placa da esquerda foi conectada ao domo, enquanto que a placa da

    direita foi aterrada, ou seja, a placa da direita possua carga negativa e a

    placa da esquerda possua carga positiva. Por consequncia, criou-se um

    campo eltrico, sendo que este flui da esquerda para a direita, ou seja, da

    placa positiva para a negativa.

    Quando a vela foi colocada entre as placas j eletrizadas, observou-se

    que a ponta da chama foi para o lado da placa negativa e a base da chama foi

    para o lado da placa positiva, ou seja, houve uma redistribuio de cargas na

    chama da vela, ficando a parte da base negativa e a ponta positiva, visto que

  • 13

    esta se encontra em estado plasmtico e todos os gases esto na forma de

    ons.

    No terminal negativo da mquina eletrosttica (placa da direita). Como a

    placa tem carga negativa, repele eltrons das molculas de ar que esto

    prximas dela, criando ons positivos. O on positivo ento atrado pela placa

    negativa. Quando os ons positivos so atrados, arrastam consigo outras

    molculas de ar. H ento um deslocamento de molculas de ar em direo

    placa negativa, como se estivesse soprando um vento. Esse deslocamento de

    ar, provocado por um fenmeno eltrico chamado de sopro eltrico.

    4.7 Blindagem da ao de um campo eltrico

    Quando foi colocada a vela dentro do cilindro metlico, percebeu-se que

    no houve deformao na chama da vela. Tal fato explicado porque o cilindro

    funciona como uma gaiola de Faraday, isto porque h uma redistribuio de

    cargas no metal por influncia do campo eltrico entre as placas. Essa

    reorganizao ocorre de forma que as cargas do cilindro consigam anular o

    campo no interior do cilindro. Dessa forma, criado um campo eltrico de

    mesma intensidade, porm de sentido oposto ao campo externo e por isso no

    ocorre o sopro eltrico ou vento. Caso o material utilizado no fosse metlico,

    provavelmente seria possvel observar algum fenmeno na chama da vela, pois

    corpos isolantes no possuem propriedades de blindagem, pois no possuem

    eltrons livres e as cargas no entrariam em equilbrio.

    4.8 Poder das pontas Torniquete eltrico

    O torniquete eltrico constitudo por um conjunto de finas barras

    metlicas terminadas em pontas dobradas no mesmo sentido. Estas barras so

    articuladas com uma haste vertical, ligada ao gerador de Van der Graaf, de

    maneira que possam girar livremente num plano. Quando o sistema

    Gerador/Torniquete ligado, observa-se que as ps do torniquete comeam a

    girar em sentido oposto ao das pontas das ps, neste caso, no sentindo

    horrio. Esse giro ocorre porque o Gerador fornece uma energia eltrica, que

  • 14

    transformada em energia mecnica por intermdio do campo eltrico. Isto

    porque, em um torniquete eltrico uma ponta positiva atrair eltrons e repelir

    ons positivos de molculas de ar, empurrando assim as pontas no sentido

    oposto das mesmas, ocorrendo a ao-reao, descrita pela Terceira Lei de

    Newton, ou seja, as pontas so atradas em um sentido e repelidas em outro e

    ocorre a conservao do Momentum.

    As pontas do torniquete devem ser curvas para que possa ser

    observado o movimento das ps, pois quando as pontas so curvas, o torque

    causado pela repulso das partculas das pontas com as do ar ir rotacionar o

    torniquete, ao contrrio do que se as pontas fossem retas, pois a fora seria

    aplicada na direo do centro, o que no causaria rotao, impossibilitando a

    observao da ao de repulso entre as partculas.

    O material metlico, quando no possui pontas, carregado

    uniformemente. Porm, quando o material metlico possui pontas, a

    concentrao de cargas maior nessas regies, visto que a rea tende a ser

    infinitesimal, e como a densidade de carga inversamente proporcional rea,

    espera-se que haja uma concentrao de cargas muito alta nas pontas. Sendo

    assim, espera-se campos eltricos mais intensos entre uma ponta e a curva da

    outra.

    No caso do torniquete eltrico entre as placas carregadas, estas placas

    funcionam como um capacitor. Quando colocado um isolante entre as placas,

    aumenta-se a capacitncia do capacitor, pois este isolante dificulta a passagem

    de carga de uma placa outra. Neste caso, tem-se duas placas carregas com

    cargas opostas e o campo flui da placa positiva para a placa negativa,

    ocasionando no torniquete o fenmeno do sopro eltrico, que uma

    sucesso de repulses e atraes entre as pontas e as molculas de ar,

    obedecendo terceira Lei de Newton.

    Novamente, espera-se que ocorra uma maior concentrao de cargas

    por unidade de rea nas pontas, j que a densidade de carga inversamente

    proporcional rea. Portanto, o campo eltrico mais intenso dever dar-se

    entre as pontas e as curvas das ps do torniquete. Por consequncia, as

    molculas de ar prximas s pontas ionizam-se, ficando com uma carga

    resultante positiva, as quais chegariam perto da placa carregada positivamente,

  • 15

    sofrendo repulso novamente, fazendo com que o torniquete girasse em

    sentido horrio.

    4.9 Questes

    a) Cite as partculas fundamentais do tomo e suas respectivas cargas

    eltricas (em Coulomb).

    As partculas fundamentais do tomo so o prton, o eltron e o nutron.

    No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de carga eltrica o

    Coulomb (C). O valor da carga do prton e do eltron denominado carga

    elementar (e) e possui o valor de 1,6.10-19 C, ou seja, a carga do eltron

    negativa, a do prton positiva e a carga do nutron nula.

    b) O que voc entende por uma carga eltrica?

    A carga eltrica uma propriedade intrnseca da matria, bem como a

    massa. H cargas eltricas positivas e negativas, sendo que ocorre a atrao

    entre cargas de sinais opostos e repulso entre cargas de mesmo sinal. Essas

    cargas no podem ser criadas nem destrudas. A existncia dessas cargas traz

    consequncias como foras e campos eltricos.

    c) Cite as formas de eletrizar um corpo. D alguns exemplos.

    Um corpo est eletrizado quando h um nmero diferente de prtons e

    eltrons, ou seja, quando o corpo no estiver neutro. O processo de retirar ou

    acrescentar eltrons a um corpo neutro para que este passe a ser eletrizado

    chama-se eletrizao. Os processos mais comuns de eletrizao so:

    Eletrizao por atrito: Quando h eletrizao por atrito, os dois

    corpos ficam com cargas de mdulo igual, porm com sinais opostos. Por

    exemplo, o cabelo humano atritado com papel fica carregado positivamente, a

    l atritada com a madeira tambm fica eletrizada positivamente.

    Eletrizao por contato: Os corpos tambm podem ser eletrizados

    por contato, se dois corpos condutores, sendo pelo menos um deles eletrizado,

    so postos em contato, a carga eltrica tende a se estabilizar, sendo

    redistribuda entre os dois, fazendo com que ambos tenham a mesma carga,

  • 16

    inclusive com mesmo sinal. Depois de separados, os dois condutores ficam

    com cargas de mesmo sinal. Se os dois corpos forem de mesma dimenso,

    ficaro com carga de mesmo valor. Se forem de dimenses diferentes, o corpo

    maior ficara com carga de maior valor. Por exemplo, quando um condutor

    carregado entra em contado com a Terra, quase toda sua carga transferida

    para a Terra, o que o torna praticamente neutro. Isso se aplica pelo fato de a

    Terra ser considerada um condutor neutro de enormes dimenses.

    Eletrizao por induo eletrosttica: Esta baseada no princpio

    da atrao e repulso, pois a eletrizao ocorre apenas com a aproximao de

    um corpo eletrizado (indutor) a um corpo neutro (induzido). Um exemplo de

    eletrizao por induo quando aproximamos um eletroscpio de folhas

    (inicialmente neutro) a um aparelho de van der Graaf (carregado

    positivamente). Os eltrons foram atrados para a esfera do eletroscpio e a

    lmina carregou-se positivamente havendo repulso entre a folha e a haste.

    d) Compare eletrizao por atrito (contato) com a eletrizao por induo.

    Na eletrizao por atrito os corpos atritados ficam com cargas eltricas

    opostas, como por exemplo, o pedao de flanela com cargas positivas e um

    basto de vidro com cargas negativas. Geralmente observado em corpos

    isolantes, em que as cargas livres ficam restritas rea atritada. J na

    induo, a eletrizao de um condutor neutro pode ocorrer por simples

    aproximao de outro corpo eletrizado, sem que haja contato entre eles. Por

    exemplo, considere um condutor inicialmente neutro e um basto eletrizado

    negativamente. Quando aproximamos o basto do corpo neutro, suas cargas

    negativas repelem os eltrons livres do corpo neutro para posies mais

    distantes possveis.

    e) O que se entende em fsica por Campo eltrico?

    uma manifestao eltrica que toda partcula carregada cria no seu

    entorno. Atravs do campo se d a interao eltrica. o meio fsico de poder

    interagir qualquer partcula carregada com o resto.

    f) Por que dizemos que o campo eltrico um campo conservativo? Explique.

  • 17

    A energia potencial aquela vinculada ao campo. Assim, em cada ponto

    do espao onde h campo (gravitacional ou eltrico) atribui-se uma energia de

    campo, chamada de energia potencial (associada posio onde h influencia

    do campo). Sob o efeito da fora eltrica, o trabalho realizado para deslocar um

    corpo de prova entre dois pontos do campo depende exclusivamente da

    posio relativa entre esses dois pontos. Portanto, o campo eltrico

    conservativo, pois independe da trajetria e sim do deslocamento, j que no

    altera a energia mecnica do corpo que se desloca. O trabalho realizado sobre

    o corpo entre dois pontos igual a menos a variao de energia potencial entre

    os pontos.

    g) O que se entende, em fsica, por linhas de fora de um campo eltrico?

    As linhas de fora (ou de campo) so linhas imaginrias, tangentes

    aos vetores campo eltrico em cada ponto do espao sob influncia eltrica e

    no mesmo sentido dos vetores campo eltrico. Estas linhas vo ajudar a definir

    a direo da fora eltrica e a densidade do campo eltrico em qualquer regio

    do espao. A reta tangente a linha de fora nos fornece a direo do campo

    eltrico no ponto escolhido.

    h) Cite trs propriedades das linhas de fora de um campo eltrico

    Saem de cargas positivas e chegam nas cargas negativas

    As linhas so tangenciadas ao campo eltrico e a cada ponto do campo

    associa-se um vetor Campo eltrico.

    Duas linhas de fora nunca se cruzam, pois em cada ponto s existe um

    vetor campo perfeitamente determinado em intensidade direo e

    sentido.

    A intensidade do campo eltrico proporcional concentrao das

    linhas de fora.

    i) Cite os efeitos eletrostticos no funcionamento do gerador didtico de Van

    der Graaf. Descreva o funcionamento dele.

    O gerador de Van der Graaf utiliza-se mais do atrito e do contato como

    meio de eletrizao, em que se induzem as cargas por transformao de

    energia mecnica em eltrica e fornecem essa energia por contato direto.

  • 18

    Um gerador desse tipo um dispositivo projetado para criar eletricidade

    esttica e torn-la disponvel para experimentos.

    O fsico americano Robert Jemison Van de Graaff inventou o gerador

    Van de Graaff em 1931. O dispositivo, que leva seu nome, tem a capacidade

    de produzir voltagens extremamente altas, at 20 milhes de volts. Van de

    Graaff inventou o gerador para fornecer a alta energia necessria para os

    primeiros aceleradores de partculas. Nos Estados Unidos, esses aceleradores

    de partculas eram conhecidos como esmagadores de tomos por acelerar

    partculas subatmicas a grandes velocidades e depois as "esmagar" contra os

    tomos do alvo. As colises resultantes criavam outras partculas subatmicas

    e radiao de alta energia como os raios X. A capacidade de criar essas

    colises de alta energia o fundamento das fsicas nuclear e de partculas.

    Os geradores Van de Graaff so descritos como dispositivos

    eletrostticos de corrente constante. Quando uma carga colocada num

    gerador desse tipo, a corrente (amperagem) continua a mesma. a voltagem

    (tenso) que varia com a carga. No caso desse gerador, conforme voc se

    aproxima do terminal de sada (esfera) com um objeto aterrado, a voltagem

    diminui, mas a corrente permanece a mesma.

    Existem dois tipos de geradores Van de Graaff: para carregar, um deles

    usa uma fonte de energia de alta voltagem e o outro usa correias e cilindros

    para carregar. Este ltimo tipo de gerador feito de:

    um motor;

    dois cilindros;

    uma correia;

    duas montagens de escovas;

    um terminal de sada (geralmente uma esfera de metal ou

    alumnio).

    A figura a seguir ilustra o gerador:

  • 19

    Figura 4. Gerador

    Quando o motor ligado, o cilindro inferior (carregador) comea a girar a

    correia. Como a correia feita de borracha e o cilindro inferior coberto com fita

    de silicone, ele comea a produzir uma carga negativa enquanto a correia gera

    uma carga positiva. fcil entender porque esse desequilbrio de cargas

    acontece olhando nas sries triboeltricas: o silicone mais negativo que

    borracha; portanto, o cilindro inferior captura eltrons da correia enquanto esta

    passa por ele. importante perceber que a carga no cilindro muito mais

    concentrada do que a carga na correia. Por causa dessa concentrao de

    carga, o campo eltrico do cilindro muito mais forte do que o da correia no

    lugar onde o cilindro e a escova inferior se juntam. A carga negativa mais forte

    comea agora a fazer duas coisas:

    1. Repelir os eltrons prximos das pontas da montagem da escova

    inferior - os metais so bons condutores, pois eles so basicamente tomos

    positivos cercados por eltrons fceis de mover. A montagem da escova agora

    tem pontas de fio que esto carregadas positivamente, porque os eltrons

    foram para longe das pontas, na direo da ligao e do suporte do motor;

    2. Tirar molculas de ar prximas dos seus eltrons - quando um

    tomo perde seus eltrons, chamado de plasma, o quarto estado da matria.

    Assim, tm-se eltrons livres e tomos de ar positivamente carregados entre o

    cilindro e a escova. Os eltrons so repelidos do cilindro, que tem poucos

    eltrons, e atrados para as pontas da escova enquanto os tomos positivos

    so atrados para o cilindro negativamente carregado.

  • 20

    Os ncleos atmicos (com carga positiva) das molculas de ar tentam se

    mover na direo do cilindro negativamente carregado, mas a correia est no

    caminho. Agora ela est revestida pela carga positiva, que as leva para longe

    do cilindro.

    Enquanto houver ar entre o cilindro inferior e a montagem da escova, o

    gerador Van de Graaff continuar a carregar a correia. Teoricamente, o gerador

    pode continuar a carregar para sempre. Infelizmente, sujeira e outras

    impurezas no ambiente vo limitar a verdadeira carga que se desenvolve na

    esfera.

    A correia, como a deixamos, est positivamente carregada e girando em

    direo ao cilindro superior e montagem da escova superior. Como foi usado

    nylon para o cilindro superior, este quer repelir a carga da correia. A montagem

    da escova superior conectada parte interna da esfera e fica prxima ao

    cilindro superior e correia. Os eltrons na escova se movem para as pontas

    dos fios, pois so atrados para a correia, que est positivamente carregada.

    Uma vez que o ar se quebra como antes, os ncleos atmicos positivos do ar

    so atrados para a escova. Ao mesmo tempo, os eltrons livres no ar vo para

    a correia. Quando um objeto carregado encosta no interior de um recipiente de

    metal, o recipiente fica com toda a carga, deixando o objeto neutro. O excesso

    de carga aparece na superfcie de fora do recipiente. Nesse caso, o recipiente

    a esfera. atravs desse efeito que o gerador Van de Graaff capaz de

    atingir suas imensas voltagens. Para o gerador, a correia o objeto carregado,

    entregando continuamente uma carga positiva para a esfera.

    Normalmente, um material neutro usado para o cilindro superior, para

    que a correia torne-se neutra quando a esfera sugar a carga em excesso.

    Como foi usado um cilindro superior de nylon, que positivo nas sries

    triboeltricas, a correia entrega mais carga positiva e torna-se negativa. Essa

    uma tcnica usada para duplicar sua corrente. A correia positiva em um dos

    lados conforme se aproxima do cilindro superior e negativa do outro lado

    medida que se aproxima do cilindro inferior (site 1).

    j) Qual a condio necessria para que ocorra uma descarga eltrica?

    Explique.

  • 21

    Para ocorrer uma descarga eltrica necessrio dois corpos carregados

    com cargas opostas e h a ionizao do ar (ar seco) e quando ocorre o

    rompimento da rigidez dieltrica do ar acontece a descarga.

    k) O que acontece fisicamente com o gs perto das pontas de um condutor?

    Explique.

    Como no caso do experimento, ocorre a ionizao do ar (gs) pelo

    grande acmulo de cargas nas pontas do condutor.

    l) Como so as linhas de fora perto da superfcie de um condutor? Explique.

    No caso de um condutor eletrizado estaticamente, ou seja, a carga

    eltrica est em equilbrio, todos os pontos da superfcie esto com o mesmo

    potencial, ou seja, a superfcie do condutor equipotencial.

    Quando o dimetro (no caso de um condutor de formato cilndrico)

    muito menor que o comprimento do condutor, em pontos perto da superfcie,

    este ser considerado como plano infinito, e as linhas de fora sero

    perpendiculares a sua superfcie e estaro igualmente espaadas entre si.

    m) O que voc entende por blindagem para o campo eltrico. D alguns

    exemplos.

    Um corpo eletrizado com uma quantidade de carga Q faz com que as

    cargas em excesso se afastem ao mximo possvel umas das outras, isso

    causa uma distribuio dessas cargas pela superfcie do condutor de forma a

    ficar em equilbrio (equilbrio eletrosttico). Uma vez que esse corpo eletrizado

    tenha atingido uma situao de equilbrio eletrosttico, o campo eltrico em seu

    interior nulo, independente da forma desse corpo. Isso se deve ao fato de

    que se o campo eltrico em seu interior fosse diferente de zero os eltrons

    livres ali existentes entrariam em movimento sob a ao do campo, mas como

    o corpo est em equilbrio, essa situao no acontece e por isso o campo

    eltrico no interior de qualquer corpo condutor eletrizado nulo. Vale ressaltar

    que isso no vlido para os corpos isolantes, uma vez que esses no

    possuem eltrons livre e por tanto se eletrizarmos ele em um determinado

    ponto as cargas no iriam entrar em movimento a fim de adquirir um equilbrio.

  • 22

    Essas propriedades so conhecidas como Blindagem Eletrosttica. A

    Blindagem Eletrosttica utilizada com grande frequncia em aparelhos

    eletrnicos e ela tambm que garante a segurana de pessoas dentro de

    carros e avies durante descargas eltricas. A blindagem faz com que o que

    esteja no interior do material eletrizado no sofra com nenhum fenmeno

    eltrico externo. Alm desses exemplos, as propriedades da Blindagem

    eletrosttica so vlidas para corpos vazados como gaiolas. O Fsico ingls

    Michael Faraday comprovou experimentalmente o efeito da Blindagem

    Eletrosttica colocando-se dentro de uma gaiola metlica, totalmente

    eletrizada, e pde comprovar que devido ao fato do campo eltrico ser nulo em

    seu interior, ele no sofreu com os fenmenos eltricos exteriores da gaiola

    (Site 2).

    5. CONCLUSO

    Com a realizao do experimento pode-se confirmar que partculas

    com cargas iguais se repelem e partculas com cargas opostas se atraem.

    Observou-se que no eletroscpio de folhas, houve induo de cargas no

    sistema e a folha metlica se afastou da haste por possuir cargas positivas.

    Alm disso, observou-se que as placas do capacitor possuam polaridades

    diferentes, a placa da esquerda possua cargas positivas e a da direita, cargas

    negativas.

    Percebeu-se ainda no caso da vela, que a chama voltou-se para o lado

    da placa com polaridade negativa, ou seja, a direo do campo eltrico gerado

    pelo capacitor era em direo a placa negativa. Outra observao foi que o

    campo eltrico externo no atuou sobre a chama vela quando a mesma foi

    submetida a uma blindagem.

    No sistema contendo o torniquete eltrico observou-se que os fios

    metlicos comearam a girar com fora e velocidade, gerando o chamado

    vento eltrico. Isso se deve a 3a Lei de Newton. Por fim pode-se observar que a

    densidade eltrica sempre maior nas pontas do que nas regies no

    pontudas, assim como a intensidade do campo eltrico.

  • 23

    REFERNCIAS

    ESPINOZA, F.R Prtica: Cargas e induo eltrica. Toledo, 2013.

    (SITE 1): O gerador. Disponvel em: Acesso em: 15/09/2013.

    (SITE 2): Eletrosttica. Disponvel em:

    Acesso em: 15/09/2013.

    (SITE 3): Introduo eletrosttica. Disponvel em:

    Acesso em: 15/09/2013.

    http://ciencia.hsw.uol.com.br/geradores-van-de-graaff2.htmhttp://ciencia.hsw.uol.com.br/geradores-van-de-graaff2.htmhttp://www.ufjf.br/fisicaecidadania/conteudo/eletromagnetismo/eletricidade/eletrostatica/http://www.ufjf.br/fisicaecidadania/conteudo/eletromagnetismo/eletricidade/eletrostatica/