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  • 1

    COMUNHO Revista Esprita Bimestral

    Propriedade da

    COMUNHO ESPRITA CRIST DE LISBOA www.comunhaolisboa.com

    ANO 28 N 177

    MARO - ABRIL 2011

    Propriedade, Administrao, ndice Pgina

    Redaco, Composio e

    Impresso :

    Editorial 2 Calada do Tojal, 95, s/c Palavras de Kardec 3

    1500-592 Lisboa O Quinho do Discpulo 5

    Telefone : 217 647 441 A Casa de Deus (Poema) 19

    * A Pedra Angular das trs Rev. 21 Director Responsvel : Amor ao Prximo 24

    Manuela Vasconcelos Mos Limpas 27

    * Tiragem : 150 exemplares

    Distribuio Gratuita

    *

    Registo n.211720 *

    Depsito Legal N. 13972

    http://www.comunhaolisboa.com/

  • 2

    EDITORIAL

    No nmero anterior referiamos o 30 aniversrio da

    COMUNHO e informavamos que, oportunamente, dariamos

    notcias do facto. Pois bem, a comemorao comeou no ltimo

    sbado de Janeiro, com uma palestra sobre o Centro Esprita, com

    que o ALEXANDRE RAMALHO, Presidente das Casas Francisco

    Xavier, de Vila Nova de Gaia, nos brindou. Foi hora e meia

    bebendo conhecimentos de tudo o que se relaciona com a Casa

    Esprita e que os frequentadores escutaram atentamente,

    percebendo, talvez, melhor tudo aquilo que sobre o mesma tema e

    ao longo dos tempos, temos tentado transmitir. Em Fevereiro, e

    igualmente no ltimo sbado, teremos a falar a nossa Irm

    ISABEL ANDRADE, Presidente da Comunho Espirita Crist, de

    Baguim do Monte. Procuramos assim, com convidados que

    representem outros tantos Centros Espiritas Portugueses, dar aos

    frequentadores da nossa Casa uma panormica do Movimento

    Esprita no nosso Pas. Cremos que todos beneficiaremos.

    A mudana dos Corpos Sociais da FEP est a revelar-se, desta

    vez, na mudana da apresentao das instalaes, que esto a ficar

    com a cara lavada facto que no acontecia desde a aquisio

    das instalaes onde, de h uns anos a esta parte, se encontra

    instalada. Parabinizamos a Direco, pela feliz ideia que est a

    concretizar, tornando as instalaes mais receptivas e agradveis a

    todos os que a procurem. Que esta atitude seja o comeo de muitas

    coisas novas e diferentes... que o Movimento Esprita Portugus

    agradece!

    Est a aproximar-se a data de realizao de mais um Seminrio

    (27/3/011), desta vez dedicado ao mdium portugus do sculo

    XX, FERNANDO AUGUSTO DE LACERDA E MELLO .

  • 3

    Se, at aqui, temos dado conhecimento de quem foram Irmos

    de outras ptrias, chegada a altura de revelarmos a prata da

    Casa... e a nossa Casa foi, desde o incio do MEP, um relicrio de

    jias, qual delas a mais bela, a enriquecer o nosso patrimnio

    espiritual. Assim o saibamos, todos ns, dignificar!

    Certos de que a maioria de ns nos encontraremos nesse

    Seminrio, despedimo-nos... at l!

    A DIRECO

    *

    PALAVRAS DE KARDEC

    CARACTERES DA REVELAO ESPRITA

    1.- Pode o Espiritismo ser considerado como uma revelao?

    Neste caso, qual o seu carcter? Sobre o que est fundada a sua

    autenticidade? A quem, e de que maneira ela foi feita? A doutrina

    esprita uma revelao no sentido teolgico da palavra ou, por

    outra, no seu todo o produto de um ensino oculto vindo do Alto?

    Ela absoluta ou suscetvel de modificaes? Trazendo aos

    homens a verdade integral, a revelao no teria como efeito

    impedi-los de fazer uso de suas faculdades, desde que lhes

    pouparia o trabalho de investigaes? Qual pode ser a autoridade

    do ensino dos Espritos, se eles no so infalveis nem superiores

    humanidade? Qual a utilidade da moral que eles pregam, se essa

    moral no outra seno a do Cristo, j conhecida? Quais so as

  • 4

    verdades novas que eles nos trazem? O homem tem necessidade

    de uma revelao e no pode encontrar em si mesmo e em sua

    conscincia tudo o que lhe necessrio para se conduzir? Tais so

    as questes sobre as quais importa nos fixarmos.

    2. Definamos, primeiramente, o sentido da palavra revelao

    Revelar, do latim revelare cuja raiz velum,vu, significa

    literalmente sair de sob o vu, figuradamente, descobrir, fazer

    conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Em sua acepo

    vulgar, mais geral, empregada no sentido de qualquer coisa

    ignorada que esclarecida, de qualquer idia nova que nos pe a

    par daquilo que no sabiamos.

    Sob esse ponto de vista, todas as cincias que nos fazem

    conhecer os mistrios da Natureza so revelaes, e pode-se dizer

    que h para ns uma revelao incessante; a Astronomia nos

    revelou o mundo sideral que no conheciamos; a Geologia, a

    formao da Terra; a Quimica, a lei das afinidades; a Fisiologia, as

    funes do organismo, etc.. Coprnico, Galileu, Newton, Laplace,

    Lavoisier, so reveladores.

    3. O carcter essencial de qualquer revelao deve ser a

    verdade. Revelar um segredo, fazer conhecido um fato; se

    falso, no mais um fato e, por consequncia, no h revelao.

    Toda revelao desmentida pelos fatos deixa de o ser; se

    atribuida a Deus, Deus no podendo mentir nem enganar-se, ela

    no pode emanar dEle; deve ser considerada como um produto da

    concepo humana.

    4. Qual o papel do professor diante de seus alunos, seno

    o de um revelador? Ele lhes ensina aquilo que no sabem, o que

    no teriam tempo nem possibilidade de descobrir por si mesmos,

    porque a cincia a obra coletiva dos sculos e de uma multido

    de homens que trouxeram, cada um, o seu contingente de

    observaes, e das quais se aproveitam aqueles que vm depois. O

  • 5

    ensino , assim, na realidade, a revelao de certas verdades

    cientficas ou morais, fsicas ou metafsicas, feita por homens que

    as conhecem a outros que as ignoram, e que permaneceriam

    ignoradas, se assim no fosse.

    (Continua)

    ALLAN KARDEC

    (In: A GNESE, 13 ed. Lake, 1981, captulo I).

    *

    O QUINHO DO DISCPULO

    Quinho : parte que cabe a cada um, quando se divide o todo.

    29 conto do livro Pontos e Contos

    Chico Xavier / Irmo X (Humberto de

    Campos) Pedro Leopoldo / MG 3 de

    Outubro de 1950.

    Cercado de potncias anglicas, o Mestre dos mestres recebia a

    longa fileira de almas necessitadas, a chegarem da Terra, trazidas

    pelas asas veludosas do sono.

    Rogativas particulares sucediam-se ininterruptas. E o Divino

    Dispensador as acolhia afavelmente. Para as solicitaes mais

    disparatadas, oferecia a ternura do benfeitor e o sorriso do sbio.

    Jovens e velhos, adultos e crianas eram admitidos Augusta

    Presena, um a um, expondo cada qual sua necessidade e sua

    esperana.

  • 6

    - Senhor implorava carinhosa me, de olhos splices meus

    filhos aguardam-te a complacncia vigilante!

    E prosseguia, aflita, enumerando intrincados problemas

    domsticos, destacando projetos para o futuro, na experincia

    carnal.

    O Mestre ouviu e recomendou aos ooperadores atendessem a

    splica, na primeira oportunidade.

    Seguiu-se-lhe linda jovem que rogou ansiosa:

    - Oh! Jesus, atende-me! Socorre meu noivo que sucumbe...

    Livra-o da morte, por piedade! Sem ele, no viverei!...

    O Benfeitor Divino ouviu atento, e ordenou que os emissrios

    restituissem o dom da saude fisica ao doente grave.

    Logo aps, entrou velho e simptico lavrador, de gestos

    confiantes, que se prosternou, suplicando: - Doador da ida,

    abenoa o meu campo! Peo-te! Amo profundamente a terra que

    me confiaste. O celeiro do meu po, recreio de meus olhos,

    esperana de minha velhice!...

    O Pastor Divino sorriu para ele, abenoou-o afetuosamente e

    determinou aos auxiliares santificassem o ritmo das estaes sobre

    o campo daquele trabalhador devotado, para que ali h