mordomia cristà - instituto teológico kerigma
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DISCIPLINA – 37
MORDOMIA CRISTÃ “Servindo ao Senhor com Excelência”
Doulos Nehemias Santos
ÍNDICE CATALOGRÁFICO
2018 ® Por Nehemias Santos
Direção Geral: ITEKE
Instituto Teológico Kerygma
CNPJ – 28.029.058/0001.87
Categoria: Teologia
MORDOMIA CRISTÃ
Capa/ Arte Final: Israel Junior
Correção ortográfica: Nehemias Santos
Diagramação: Alfa Net
1ª. Edição: agosto/2018. Gráfica e Impressão
Image Express / São Paulo – SP
Todos os direitos autorais pertencem expressamente a Nehemias Santos ©. A
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SANTOS, Nehemias...
MORDOMIA CRISTÃ – “Servindo ao Senhor com Excelência”
1ª. Edição. São Paulo: IMAGE EXPRESS - GRÁFICA / 2018 – 32 Páginas.
MORDOMIA
CRISTÃ “Servindo ao Senhor com Excelência”
1ª Edição – julho de 2018.
São Paulo / SP.
“Fazendo Missões com Aquilo que Temos!”.
Doulos Nehemias Santos
INDICE
01 – Introdução
02 – O que é um mordomo?
03 – Celebrando a redenção
04 – A tríplice mordomia
05 – A mordomia da família
06 – A mordomia do tempo
07 – A mordomia dos talentos
08 – A mordomia das finanças
09 – A mordomia dos dízimos
10 – A mordomia da adoração
Bibliografia
Contatos
INTRODUÇÃO
1 – Perspectivas bíblicas da mordomia cristã,
Primeiro entendimento que se tem quando se ouve ou se fala de mordomia no seio
da igreja é que esse assunto trata de finanças. Alguns grupos cristãos cego a rejeitar o assunto
na congregação por entender ser ele de menor relevância espiritual à vida da igreja.
Entretanto a mordomia cristã alcança uma dimensão muito maior do que finanças. Suas
perspectivas são variadas no campo da administração pessoal material e espiritual. A
mordomia cristã é sem dúvida doutrina a bíblica da maior relevância na vida da igreja.
O ponto de partida para a compreensão da mordomia cristã é a declaração do Salmos
24 que diz “do Senhor e a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” essa
escritura está inserida em um dos cânticos de Davi. Tudo que somos, o que vemos e o que
temos na vida pertence a Deus porque Ele criou todas as coisas. O ser humano foi criado
por Deus para ser seu mordomo sobre todas as coisas criadas.
Portanto o homem foi feito para glorificar a Deus mediante sua capacidade moral e
espiritual de administrar a terra criada e ser tão somente o seu mordomo. Nunca lhe foi
entregue algum direito de propriedade, mas Deus conservou para si as coisas que criou. A
partir desse conceito de mordomia cristã, aprendemos os princípios básicos da vivência
cotidiana que nos conscientizarão acerca do papel que exercemos como mordomos de Deus
na face da terra.
2 – O QUE É UM MORDOMO
Mordomo é o administrador de uma casa ou dos bens de outrem. As palavras:
família, casa, pai de família, bens, mordomo, servo e administrador estão todas ligadas ao
sentido da palavra mordomia. Do ponto de vista bíblico aplicável e prático; mordomia é
administração da nossa vida individual em toda a sua extensão física, moral, material e
espiritual. Todas as atividades pessoais do cristão devem ser administradas sobre a exata
aferição da palavra de Deus.
Definições de termos
Algumas palavras no grego bíblico nos dão uma ideia geral do significado do termo
mordomia. Na língua do Novo Testamento, a grega o verbo significa “habitar”, “morar”, e
esse verbo sugerem duas outras palavras relativas oikia e oikos a palavra “oikía” significa
“casa” “Lar” “família” e “oikos” Tenho sentido de casa, família, linhagem. As duas palavras
referem-se a casa como lugar de habitação.
Um outro termo relativo do grego bíblico que poderá elucidar o assunto é “servo”.
Refere-se a alguém que pertence a uma família ou que serve a uma família como parte da
família. O melhor exemplo bíblico é o Servo Eliezer que serviu Abraão e que tinha o governo
sobre tudo o que Abraão possuía.
Uma terceira palavra grega relativa “oikodespotes” que se refere ao cabeça da casa
no sentido de gozar da confiança plena do dono da casa, do pai de família. Em algumas
versões da Bíblia, o mordomo é às vezes tratado como o senhor da casa; porque representa
plenamente o verdadeiro Senhor da casa (Mc 14.14). É na verdade um cargo de extrema
confiança como se percebe nas relações entre Abraão e o Seu servo mordomo Eliezer (Gn
24.2).
Para aclarar ainda mais o sentido de mordomia, temos uma quarta palavra que é
“oiketes”, a qual se refere ao “serviçal da casa” o latim mordomo é “maior domus” que
significa “o maior da casa” por último a quinta palavra relativa mordomia que é “oikonomos”
que tem o significado mais genérico de “administrador” “controlador” “diretor” “curador”.
1 – A base Bíblica da doutrina da mordomia:
A primeira grande verdade que um cristão deve aprender acerca da mordomia cristã
é que a bíblia é a revelação de toda a vontade de Deus para o homem. É a palavra de Deus
que ensina o papel do autêntico cristão. Como Deus confiou ao homem administração de
bens e poderes que pertence a ele, portanto é da sua competência administrar com eficiência
os bens confiados por seu Senhor para que seja plenamente feliz (Lc 12.42-44; 1 Co 4.2).
Em primeiro lugar, o princípio da soberania de Deus.
Essa soberania revela-se nas palavras inspiradas do salmista: “do Senhor e a terra, e
a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Salmos 24.1) por esse princípio divino,
entendemos que nosso papel como criaturas e filhos de Deus; é o de reconhecermos a sua
soberania sobre todas as coisas e seres sem reservas (Lc 14.26-27,33; Mt 28.20). A mordomia
bíblica destaca a soberania de Deus em termos de senhorio; Ele é o Senhor
Em segundo lugar, Deus é o criador e senhor de todas as coisas.
A doutrina da criação exposta na Bíblia tem por objetivo revelar a grandeza e o poder
e a sabedoria de Deus como criador; bem como em relação entre Ele e o homem. A Bíblia
evidencia o fato que Deus é a fonte de toda criação, de que ela pertence a ele; e se sujeita
(Am 4.13; 9.5-6). A criação do universo é apresentada como um fato consumado e aceito
pela fé: “Pela fé, entendemos, que os mundos; pela palavra de Deus foram criados” (Hb
11.3).
Sem dúvida, há uma intensa relação entre Deus, o criador, e a sua criação. Essa
relação demonstra que o Eterno cuida e se interessa por tudo quanto criou. Ele é quem
sustenta e prover todas as coisas (Jo 5.17; Hb 1.3; Sl 104.30). Após estabelecer o mundo
natural pelo poder de sua palavra, a ação criadora de Deus culminou com a criação do ser
humano (Gn 1 26-30). Quanto aos seres humanos Deus tem três direitos especiais que
focalizamos a seguir:
2 – A relação entre o criador e o homem:
Deus criou o homem ser racional e espiritual e o capacitou para pensar sentir e
decidir. Após criá-lo, ele o fez seu mordomo sobre tudo (Gn 1.28). O homem, ao cair em
pecado no Éden, perdeu todos os seus direitos de domínio, contudo, o amoroso criador não
desistiu de sua criatura especial, mas, providenciou a sua restauração através de Jesus Cristo
seu filho amado. Tal restauração inicia-se imediatamente sempre que o homem crê em Jesus
como seu Salvador e serve-o de todo o seu coração.
Em primeiro lugar, o homem pertence a Deus por direito de criação (Gn 1.27
Is 43; 45.12; Ez 18.4).
O criador, o Eterno concedeu-lhe uma estrutura física. Seu corpo foi formado do pó
da terra. O verbo formou em Gênesis 2.7, referente à Deus; quando da formação de Adão
conferiu um sentido dinâmico a sua criação, indicando que Ele não só constituiu de espírito
e alma, mas também de materiais pré-existentes. A forma material e espiritual resultara de
um ato completo do Poder criador de Deus como está declarado nas escrituras. A distensão
da criação especial do homem por Deus está no fato declarado pela bíblia em Gênesis 2.7
que diz: “e soprou em suas narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente”.
Esse fato nos mostra que o homem tem mais que vida física, possui vida espiritual. Ele é
também um ser pessoal com consciência de si mesmo e dotado livre arbítrio; o que o torna
altamente responsável além de revelar em parte o seu caráter.
Em segundo lugar, o homem pertence a Deus por direito de preservação (At
14.17; 17.28 Cl 1.17).
Deus não só criou o homem, mas também o sustenta por sua divina providência.
Essa providência inicialmente conhecida pelo oxigênio que respiramos, pelo vestuário e pelo
alimento que a terra produz para nós. Ele é a criação especial de Deus e o preserva por meio
de suas leis espirituais e naturais expressas na própria vida física e espiritual do homem. No
que se refere a mordomia de sua própria vida o homem deve obedecer e respeitar essas leis
para ter uma vida feliz e abençoada (Dt 33.12 a 16 Ne 9.6 At 17.28).
Em terceiro lugar, o homem pertence a Deus por direito de Redenção (1 Co
6.20; Tito 2.14; Ef 1.17).
Por causa da sua queda no Éden o homem perdeu seu rumo e, portanto, algo para o
qual foi criado perdeu de igual modo a Preciosa imprescindível comunhão com criador a
palavra “hamartia” definir o pecado como desvio do alvo, ilustrado pela flecha do atirador
disparada, mas sem rumo, sem alvo, perdida. Esse é o estado atual do homem sem Deus por
causa do pecado.
Entretanto, o todo poderoso não desistiu de sua criatura e enviou seu único filho
qual se fez carne e habitou entre nós para redimir a humanidade e restaurar a comunhão com
o criador. O preço da Redenção foi pago com sangue inocente, imaculado de Cristo.
Por meio desta maravilhosa obra Redentora o homem foi restaurado a sua condição
original de comunhão com Deus. O agente regenerador nesta obra salvífica é o Espírito
Santo que nele opera a Regeneração e a Santificação (Tito 3.5; 2 Ts 2.13), é imperioso afirmar
que a condição essencial da Redenção é a fé em Jesus Cristo nosso Senhor (Romanos 3.21-
26; Atos 26.18).
3 – CELEBRANDO A REDENÇÃO,
a) – Entendendo a redenção
Para muitos cristãos, a palavra “redenção” não significa nada mais do que “perdão
dos pecados” ou “salvação”. Mas o seu significado vai muito além disto! A palavra
“redenção” significa “resgate” ou “remissão”. Ela retrata o ato de se readquirir uma
propriedade perdida. Antes de Deus estabelecer algumas verdades no Novo Testamento, Ele
determinou que elas fossem primeiramente ilustradas no Antigo Testamento: “Ora, visto que
a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar
perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles
oferecem” (Hebreus 10.1 – TB)
A sombra é diferente do objeto que a projeta. Assim também, o que se via nas
ordenanças da Antiga Aliança eram características similares (em ordenanças “literais”) às dos
princípios que Deus revelaria nos dias da Nova Aliança (práticas espirituais). Por exemplo, o
ato da circuncisão deixou de ser “literal” e passou a ser uma “experiência” no coração (Rm
2.28,29). A serpente que Moisés levantou no deserto se tornou uma figura da obra redentora
de Cristo na Cruz (Jo 3.14).
Assim também, outros detalhes da Lei que envolviam comida, bebida e dias de festa,
começaram a ser vistos, não como ordenanças “literais” pelas quais quem não as praticasse
poderia ser julgado, mas como uma revelação de princípios espirituais, cabíveis na Nova
Aliança: “Ninguém, portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um
dia de festa, ou de lua nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o
corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).
É desta forma que precisamos olhar para a Lei da Redenção no Antigo Testamento.
Durante anos Deus fez o povo praticar pela fé uma “tipologia” do que Ele Mesmo um dia
faria conosco. Foi assim com o sacrifício do cordeiro que os israelitas repetiam anualmente
em várias cerimônias; por fim, vemos João Batista apontando para Jesus e dizendo: “Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! ” (João 1.29).
Paulo se referiu a Jesus como sendo o Cordeiro Pascal (1 Co 5.7). Vemos nestas
passagens que as práticas repetidas por centenas e centenas de anos visavam levá-los a
entenderem uma figura que só seria revelada posteriormente. Com a Redenção não foi
diferente.
O Livro de Rute nos mostra Boaz resgatando (ou redimindo) as propriedades de
Noemi. Ele estava readquirindo uma posse perdida. Toda dívida tinha que ser paga. Se uma
pessoa não tivesse recursos para honrar os seus compromissos, ela deveria dar os seus bens
em pagamento, e, se também não fossem suficientes, ela deveria dar as suas terras. E, se isto
ainda não bastasse para a quitação da sua dívida, o próprio indivíduo (e às vezes até a própria
família) deveria ser dado como pagamento. Isto faria dele um escravo!
Lemos em 2 Reis 4.1-7 que uma mulher viúva teria seus filhos transformados em
escravos se ela não pagasse a sua dívida. E, quando isto acontecia com alguém, só havia duas
formas de esta pessoa sair da condição de escravidão:
Ou alguém teria que pagar a sua dívida (um redentor), ou ela teria que esperar nesta
condição até que o Ano do Jubileu (que se repetia a cada cinquenta ano; a exceção ocorria
quando o escravo também era um judeu – Êx 21.2) chegasse.
Veja o que a Lei dizia acerca disto:
“Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas possessões, então, virá o
seu resgatador, seu parente, e resgatará o que seu irmão vendeu. Se alguém não tiver
resgatador, porém vier a tornar-se próspero e achar o bastante com que a remir, então,
contará os anos desde a sua venda, e o que ficar restituirá ao homem a quem vendeu, e
tornará à sua possessão. Mas, se as suas posses não lhe permitirem reavê-la, então, a que for
vendida ficará na mão do comprador até ao Ano do Jubileu; porém, no Ano do Jubileu, sairá
do poder deste, e aquele tornará à sua possessão” (Levítico 25.25-28).
Neste texto, que fala somente da perda da terra, e não da escravidão, vemos que havia
três formas de alguém recuperar as suas posses:
• a redenção (o pagamento feito por um parente);
• o perdão da sua dívida, proclamado no Ano do Jubileu;
• a sua própria possibilidade de pagar caso viesse a prosperar (o que não ocorria no
caso dos escravos).
Para o escravo, porém, só havia duas formas de ficar livre: o Jubileu (já vimos que a
exceção a este prazo ocorria no caso de um hebreu ter sido comprado como escravo por um
outro hebreu. Neste caso ele teria que libertá-lo depois de seis anos de servidão – Êx 21.2)
ou a Redenção! A redenção era o pagamento da dívida, feito por um parente próximo. Por
meio do pagamento, ele comprava de volta tudo aquilo que se perdera.
Assim a pessoa que fora escravizada não mais pertenceria a quem antes ela devia,
mas ao que pagava sua dívida. Por exemplo: se eu me endividasse a ponto de perder todas as
minhas posses e fosse transformado num escravo, e o meu irmão me resgatasse, eu não
deixaria de ser escravo! Eu somente mudaria de amo! Eu passaria a ser escravo do meu irmão,
porque ele me comprou! E qual seria o proveito disto?
De que adiantaria ficar livre de um, para se tornar escravo de outro? A diferença era
que o novo dono era um parente e ele pagou aquela dívida por amor (uma vez que um
escravo normalmente não custava tanto), e, justamente por causa do seu amor, ele trataria o
escravo com brandura, com misericórdia.
b) – O que Cristo fez por nós
Foi exatamente isto que Jesus fez por nós! Jesus Cristo nos comprou para Deus
através da Sua morte na Cruz: “… porque foste morto e com teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os
constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra” (Apocalipse 5.9b,10). O homem se
transformou num escravo de Satanás ao render-se ao pecado no Jardim do Éden. A Bíblia
declara que “aquele que é vencido fica escravo do vencedor” (2 Pe 2.19), e foi isto que
ocorreu ao primeiro casal. Eles foram separados da glória de Deus e perderam a filiação
divina.
Adão foi chamado filho de Deus (Lc 3.38), mas esta condição não foi mantida.
Quando Jesus veio ao mundo, Ele foi chamado de Filho Único de Deus (Jo 3.16), mas Ele
veio mudar esta condição e passou a ser o Primogênito de muitos irmãos (Rm 8.29). O Diabo
se assenhoreou do homem e da Terra, que fora dada ao homem (Sl 115.16), e afirmou isto
para Jesus na tentação do deserto (Lc 4.6). Mas Jesus veio pagar a nossa dívida do pecado, e,
ao fazê-lo, garantiu a nossa libertação das mãos de Satanás: “Ele nos resgatou do poder das
trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a nossa
redenção, a remissão dos nossos pecados” (Colossenses 1.13,14 – TB).
Observe o termo “resgatou”, que aparece quando o apóstolo Paulo está falando que
fomos transportados do Reino das Trevas e levados ao Reino do Filho de Deus. Depois, ele
afirma: “no qual temos a nossa redenção”. Esta redenção foi um ato de compra, efetuado
pelo pagamento da dívida do pecado: “Tendo cancelado o escrito de dívida que era contra
nós e que constava de ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o inteiramente,
cravando-o na cruz; e tendo despojado os principados e potestades, os exibiu abertamente,
triunfando deles na mesma cruz” (Colossenses 2.14,15 – TB).
O Texto Sagrado revela que Jesus despojou os príncipes malignos. Segundo o
Dicionário Aurélio, “despojar” significa: “privar da posse; espoliar, desapossar”. Isto nos faz
questionar o que, exatamente, Jesus tirou destes principados malignos. O que eles possuíam
que pudesse interessá-Lo?
Nada, a não ser o senhorio sobre as nossas vidas! O despojo somos nós, que fomos
comprados por Ele para Deus, e, a partir de então, passamos a ser propriedade de Deus. É
exatamente assim que as Escrituras se referem a nós. Somos agora chamados de propriedade
de Deus: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).
Repetidas vezes encontramos a ênfase de que o Senhor Jesus Cristo nos comprou
para Si. E o preço pago foi o Seu próprio sangue! “Sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que
vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1.18,19).
Portanto, quando Jesus nos comprou, Ele nos livrou da escravidão do Diabo, mas
nos fez escravos de Deus! Coisa alguma do que “possuímos” é de fato uma propriedade
exclusivamente nossa. Nem as nossas próprias vidas pertencem a nós mesmos! Somos
propriedade de Deus! Ele é o nosso Dono!
Consequentemente, tudo o que nos pertence, é d’Ele também! Referindo-se ao
Espírito Santo em nós, Paulo O chamou de “o penhor da nossa herança, para redenção da
possessão de Deus” (Ef 1.14 – ARC). Observe que o termo “herança” aparece associado aos
termos “redenção” e “possessão”, pois é disto que o princípio da redenção sempre trata: o
resgate da propriedade!
c) – Celebrando a redenção
A consciência da REDENÇÃO deve provocar em nós uma atitude de gratidão e de
culto a Deus. Paulo falou sobre vivermos uma vida de santidade, que é fruto desta
consciência: “Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas
o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o nosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo
e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6.18-20 – ARC).
O apóstolo deixa claro, em três frases distintas, a ênfase de que somos propriedade
de Deus. Primeiro ele afirma que não somos de nós mesmos. Depois ele declara que fomos
comprados – e por um bom preço! E finalmente ele diz que o nosso corpo e o nosso espírito
“pertencem” (verbo que indica posse) a Deus. Portanto, separar-se do pecado e santificar-se
para Deus é glorificá-Lo por meio do corpo.
Não é um culto de palavras, mas não deixa de ser uma exaltação. É um culto de
santidade e boa mordomia! Celebramos a Redenção não só por meio de cânticos, mas
também de atitudes. Quando reconhecemos que Deus comprou o nosso corpo e cuidamos
dele com a consciência de que ele é de Deus, estamos cultuando ao Senhor.
Da mesma forma, há um culto que é expresso não só por meio de palavras, mas
também por nossas atitudes em relação às nossas finanças. Assim como Deus redimiu o
nosso corpo, Ele também redimiu os nossos bens. Logo, da mesma forma como o bom uso
do corpo (em santidade) glorifica a Deus, assim também o bom uso dos nossos recursos
financeiros, que são de Deus, O glorifica!
4 – A TRÍPLICE MORDOMIA
1 – A mordomia do espírito humano.
Em Gênesis 2.7, o texto diz “e formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e
soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Esse texto
bíblico é a base central da tríplice mordomia, pois ele reflete aquilo que nós aprendemos e
ensinamos como “tricotomia humana”. Outro texto que reforça essa ideia de tricotomia foi
ensinado pelo Apóstolo Paulo aos irmãos de Tessalônica (1Ts 5.23) “E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Em ambas as leituras nós temos a classificação da nossa tricotomia, senão vejamos:
Com base em Gênesis 2.7, a nossa a tricotomia tem essa ordem: “corpo, espírito e alma”. Já
com base nos escritos de Paulo (1Ts 5.23), temos essa ordem: “espírito e alma e corpo”.
Deus, de uma maneira tão sábia, dividiu a vida do homem em três partes, para que o homem
dedicasse dos 100% da sua vida 33,3% para cada parte da sua tricotomia:
1.1 – Em primeiro lugar, Deus deu ao homem um espírito,
(Gn 2.7, Jó 32.8, Zc 12.1, Jó 33.6).
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).
“Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz
entendido” (Jó 32:8).
“Peso da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu,
e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zacarias 12:1).
“Eis que vim de Deus, como tu; do barro também eu fui formado” (Jó 33:6).
Através do espírito humano, o homem pode se relacionar com Deus. Em João 4.24
o texto diz: “Deus é Espírito, importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade”. Na figura de linguagem bíblica o homem passou a ser para Deus um templo. Isso
fica mais fácil de entender a luz do Novo Testamento nos escritos de Paulo (1Co 6.19), “Ou
não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente
de Deus, e que não sois de vós mesmos? ”.
Esse foi sempre o desejo de Deus desde o princípio (Gn 2.7), ou seja, que o homem
fosse o seu Tabernáculo para que Ele pudesse ali habitar. É por meio do espírito humano
que o homem no Éden tinha um relacionamento com Deus. De 100% da vida do homem,
33,3% deveria ser dedicado a Deus, essa porcentagem corresponde ao espírito do homem.
Aqui está a mordomia do espírito humano, A mordomia da adoração, do culto, da celebração
ao Senhor, da santificação, da oração, do devocional, da intimidade entre o homem e Deus
e entre Deus e o homem.
Porque 33,3%? Porque Deus nunca quis roubar do homem o tempo que ele tem para
se dedicar a sua família (alma), e também a sua vida material, secular e profissional (corpo).
Dessa forma Deus estabeleceu na vida do homem um ponto de equilíbrio para todas as áreas
da sua vida, inclusive o seu relacionamento com Deus. Assim como Deus não quer roubar o
tempo do homem, não é inteligente o homem negligenciar o seu tempo com Deus, ou seja,
dedicar-se ao Senhor e a sua obra 33,3% da sua vida.
A NOSSA TRICOTOMIA
a) – A mordomia do espírito,
Mas infelizmente, não são poucos os cristãos que estão em débito com Deus. Muitos
crentes estão dedicando uma porcentagem maior da sua vida as coisas materiais, seculares,
profissionais e familiares, então, quando sobra um tempo; dedicam esse tempo que sobrou a
Deus. O problema é que quando eu faço isso, eu desalinho o ponto de equilíbrio estabelecido
por Deus dentro da minha tricotomia, e fico em dívida com o meu Criador, pois dediquei a
ele menos do que 33,3% do meu espírito humano.
Essa é a razão de nós termos muitos crentes raquíticos espiritualmente, com uma
vida cristã espiritual superficial, sem relacionamento com Deus, sem intimidade com Ele,
sem experiências, profundidade, maturidade e raízes firmes na presença do Senhor.
Obreiros infrutíferos, porque seus pés não estão sendo molhados pelas águas do
Espírito Santo, obreiros sem frutos pela falta de vida espiritual contínua, sem fogo no altar,
sem motivação para o trabalho na Seara do Mestre.
Quando o meu relacionamento com Deus é raso, os meus resultados também o são.
Os frutos dos trabalhos realizados pela igreja do Senhor Jesus coletivamente ou pela vida de
cada cristão individualmente é resultado da intensidade ou dimensão da intimidade desta
igreja ou desse cristão com Deus.
E.H
A.H
C.H
33,3 % da vida do espírito
33,3 % da vida do corpo
33,3 % da vida da alma
ZOE
PSIQUE
BIOS
Um grande exemplo que podemos citar à luz da Bíblia foi o patriarca Jó (Jó 1.1-5),
pois soube usar a sua tricotomia sabiamente. Jó teve tempo para o seu trabalho (corpo), para
a sua família (alma) e para Deus (espírito). Uma das razões pelas quais Jó suportou todo o
processo da aprovação foi justamente o ponto de equilíbrio da tricotomia do patriarca estar
em perfeita consonância com a palavra de Deus.
Deus não quer do seu povo sacrifícios, holocaustos, promessas e sim obediência.
Precisamos praticar esse ponto de equilíbrio da nossa tricotomia e dedicarmos a Deus os
33,3% do nosso espírito humano, prestando a Ele um serviço santo, que o glorifique, que o
exalte. Precisamos adorá-lo na beleza da sua santidade, prestar-lhe um culto racional, com
temor e tremor, aproveitar bem essa porcentagem de 33,3% na presença do Senhor para
descobrirmos qual a sua boa, perfeita e agradável vontade para nós.
1.2 – Em segundo lugar, Deus deu ao homem uma alma,
(Gn 2.7, Sl 42.2, Pv 11.25, Mt 16.26).
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).
“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de Deus? ” (Salmos 42:2).
“A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido”
(Provérbios 11:25).
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou
que dará o homem em recompensa da sua alma? ” (Mateus 16:26).
b) – A mordomia da alma,
O espírito humano é a sede da adoração a Deus, já a alma humana é a sede das
emoções, sentimentos e vontades. Essas são as três faculdades da alma: " intelecto,
sensibilidade e vontade", fazem parte da personalidade humana, daí o homem ser uma
pessoa. É a nossa psique! No sentido bíblico da mordomia da alma, Deus deu, 33,3% para a
alma se dedicar há três áreas de suma importância na vida do ser humano, são elas:
1. Relacionamento entre esposo e esposa.
2. Relacionamento entre pais e filhos.
3. Relacionamento entre familiares.
Um dos maiores conflitos no casamento, lar e família, é justamente a falta de
investimento. Mas o maior investimento que uma Família Cristã pode fazer para manter vivo
o casamento, o lar e a família chama-se: TEMPO.
Mais uma vez destacamos a sabedoria divina na constituição do homem e nos
detalhes das suas subdivisões: espírito e alma e corpo. Como falamos anteriormente sobre a
importância de empregarmos forças para dedicarmos a Deus 33,3% da nossa vida espiritual
é de suma importância dedicarmos 33,3% da vida da alma ao esposo /esposa, aos filhos e a
família.
Se quisermos diminuir o atendimento pastoral a casais e as famílias, vamos precisar
orientar os mesmos sobre a importância de se dedicarem o tempo estabelecido por Deus a
essas áreas da vida do ser humano, a saber: relacionamento entre esposo e esposa,
relacionamento entre pais e filhos e relacionamento entre familiares. Parece ilógico aquilo
que eu vou dizer, mas você há de convir comigo que essa é a mais pura realidade. A maioria
dos cristãos zelosos pela obra de Deus, sinceros nos seus pensamentos acerca de Deus,
entendi que as suas vidas precisão ser dedicada completamente e tão somente a Deus.
Mas foi o próprio Deus que cuidou desse detalhe, dessa subdivisão: “espírito
humano, alma humana e corpo humano”. Foi ele e não nós, que estabeleceu as três vidas que
nós temos: “a vida do espírito humano, a vida da alma humana e a vida do corpo humano”,
ou seja, o Zoe, a Psique e o Bios. Se dedicarmos todas as vidas (Zoe, Psique e Bios) a Deus,
o que será da vida da alma e da vida do corpo? Daí a importância de obedecermos ao ponto
de equilíbrio estabelecido pelo próprio Deus.
Não estou ensinando o cristão a ser relaxado e descompromissado com o reino de
Deus, estou enfatizando que se dedicarmos acima de 33,3% da nossa vida na obra de Deus,
certamente, a vida da alma ou a vida do
corpo sofrerá a deficiência na porcentagem.
O contrário também é verdadeiro, se nós
dedicarmos acima de 33,3% da nossa vida
somente ao relacionamento entre esposo e
esposa, entre Pais e Filhos, entre os
familiares, a vida do espírito ou do corpo
ficará comprometida com a desvantagem da
porcentagem.
O testemunho das escrituras com respeito a tudo que Deus fez é: “... e viu Deus que
era bom” (Gn 1.10, 12, 18, 21, 25). A mordomia da alma requer investimento nas áreas já
citadas acima e esse investimento chama-se TEMPO. O maior investimento que um cristão
pode fazer no que tange a mordomia da alma, é gastar tempo com a sua família. Wayne
Grudem escreveu um livro cujo título é: “famílias fortes, igrejas fortes”, o título desse livro
revela-nos a responsabilidade que temos com a nossa família.
1.3 – Em terceiro lugar, Deus deu ao homem um corpo,
(Gn 2.7, 1Ts 5.23; 1Co 6.19; 2Co 5.8).
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o
fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo”.
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em
vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? ” (1 Coríntios 6:19).
Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o
Senhor. (2 Coríntios 5:8).
c) – A mordomia do corpo,
A mordomia do corpo está relacionada a mordomia cristã. O nosso corpo tem cinco
faculdades a saber: audição, visão, tato, olfato e paladar. Se o Espírito humano se relaciona
com Deus e a alma humana se relaciona consigo mesmo, com a família e com o cônjuge, o
corpo humano por sua vez se relaciona com o mundo externo, físico e material. Daí a
necessidade de ouvir, falar, olhar, tocar, cheirar, deitar, levantar, trabalhar, estudar, planejar,
conquistar etc.
Teologicamente nós somos biformes:
“Vida espiritual e vida material”. A alma e o espírito falam da do nosso lado espiritual
enquanto o corpo fala do nosso lado material. Mas no sentido da mordomia cristã, Deus deu
ao corpo 33,3% para ser administrado. Assim como não pode haver uma dedicação
exagerada no que tange o espírito humano e a alma humana, o mesmo não deve ocorrer com
o corpo. Em outras palavras, não é inteligente nos dedicarmos ao nosso corpo acima do
Ponto de Equilíbrio estabelecido por Deus, a saber: 33,3% da vida do corpo.
Não pode haver exagero em nenhuma das áreas da tricotomia.
A dedicação na mordomia do corpo deve ser a mesma dedicação da mordomia do
espírito assim bem como da mordomia da alma, ou seja, 33,3%. Quando falamos em
mordomia do corpo, estamos falando do tempo que devemos dedicar a nossa vida material.
O tempo que dedicamos aos estudos seculares, aos projetos pessoais, a vida
profissional, as conquistas financeiras, a obtenção de bens materiais e aquisições. Quando
dedicamos além dos 33,3% da vida do corpo a todas essas áreas citadas acima certamente a
vida do espírito ou a vida da alma ficará em deficiência.
A vida na sua plenitude.
É a partir daí que começa a surgir os primeiros conflitos, se a deficiência for na vida
do Espírito humano, o meu conflito então será de ordem espiritual, como por exemplo: falta
de oração, ausência nos cultos, falta de interesse pela palavra de Deus, afastamento da
comunhão com os irmãos e etc.
Por outro lado, se a deficiência estiver na alma humana, os conflitos surgiram dentro
do contexto do casamento, entre esposa e esposo, Pais e Filhos, entre os familiares. Mesmo
que se ganha muito dinheiro, que o sonho se torne uma realidade, os projetos sejam
alcançados, nenhum desses sucessos poderá se comparar aquilo que Deus planejou para o
homem, que é viver a vida na sua plenitude.
Mas o que é viver a vida de Deus na sua plenitude? É obedecer ao ponto de equilíbrio
estabelecido por Deus para o homem. É dedicarmos a nossa tricotomia na mordomia cristã
respeitando as porcentagens para a alma humana, para o espírito humano e para o corpo
humano. Quando o cristão respeita os limites pré-estabelecidos por Deus através da sua
palavra, esse Cristão passa a viver a Plenitude das bênçãos de Deus, sendo elas:
1. As bênçãos espirituais,
2. As bênçãos familiares,
3. As bênçãos materiais.
Conclusão:
Infelizmente os nossos gabinetes pastorais; semanalmente tem sido um ambiente de
grandes desabafos. Esposas que reclamam dos seus esposos a falta de tempo que ele tem
para se dedicar a ela e aos seus filhos, porque ele na condição de obreiro na igreja de Deus
tem se dedicado mais a obra, ultrapassando os limites do 33,3% e tem deixado a desejar no
que tange ao tempo para esposa e os filhos.
Quando não, os desabafos envolvendo a falta de compromisso do esposo com o
trabalho material para trazer, através do suor do seu rosto, o sustento para a casa, alegando
assim, que Deus o chamou ao Ministério e que quando Deus chama; Deus cuida. Quando
na verdade isso se chama transferências de responsabilidades. Mas há casos também em que
a reclamação é outra, a falta de dedicação as coisas espirituais e a falta de tempo para família,
pois ele só pensa em trabalhar e ganhar dinheiro.
Todas essas reclamações só existem porque a mordomia da tricotomia humana está
sendo negligenciada. Portanto, é de suma importância para todos nós, entendermos bem
como funciona a mordomia da tricotomia humana e colocá-la em prática, pois só assim
viveremos a plenitude das bênçãos de Deus, sendo elas: 1. Bênçãos espirituais, 2. Bênçãos
familiares e 3. Bênçãos materiais.
5 – MORDOMIA DA FAMÍLIA
1 – Somos mordomos da instituição da família,
Em primeiro lugar, a proteção e preservação da família. Instituída por Deus, a família
deve ser preservada contra toda possibilidade de enfraquecimento e dissolução. A família
representa a unidade básica e de suporte da sociedade (Mc 10.11-12 Mt 19.1-12)
Em segundo lugar, a família como muralha moral e espiritual contra a degeneração
social. São muitos os elementos corruptores que agem contra família. Deus estabeleceu
princípios básicos e vitais para a manutenção da família, os quais dão o equilíbrio necessário
para sua preservação. O primeiro princípio é o da união entre o homem e a mulher, mediante
o matrimônio
Em terceiro lugar, a família é a “célula mater” da sociedade. Do ponto de vista de Deus,
o casamento deve ser vitalício e a família indissolúvel.
2 – A mordomia dos deveres conjugais,
A mordomia cristã para família requer que seus membros conheçam as
responsabilidades de cada um deles. Administração familiar começa pelo pai, depois a mãe,
cada qual cumprindo o seu papel.
Em primeiro lugar, administrando as responsabilidades conjugais. A vida conjugal deve
apoiar-se no amor, que é o sólido fundamento de um bom relacionamento conjugal (Ef 5.
22-25,28-33).
Em segundo lugar, cultivando amor na vida conjugal. Num lar cristão regido pelo amor
não há espaço para ciúmes doentios, atitudes frívolas, agressões físicas ou palavras grosseiras.
Ninguém magoa a própria carne (Ef 5.29), já que ambos (marido e mulher) pelo casamento
se tornar uma só carne (Ef 5.31).
Em terceiro lugar, o cultivo da fidelidade. A infidelidade conjugal tem sido a ruína de
muitos casamentos e lares. Por trás de toda a infidelidade conjugal há sempre algum tipo de
problema pessoal, não tratado, nem solucionado entre o casal. Insatisfação, vingança,
carência afetiva não satisfeita e outras coisas mais são os elementos negativos condutores
para a infidelidade conjugal. O casal deve administrar seus problemas, de ordem conjugar e
emocional, de modo a haver reciprocidade e satisfação mútua (Êx 20.14.17; 1Co 7.2-3).
Em quarto lugar, a função do marido como autoridade na vida familiar. Deus
estabeleceu um padrão de autoridade dentro da família. Todos os membros da família estão
sob autoridade do cabeça apontado por Deus. O padrão divino é este: Cristo, o cabeça do
marido, senhor da família (1Co 11.3; Ef 5.23); o marido, o cabeça da mulher e dos filhos (Ef
5.22); a esposa, parceira e ajudadora do marido com autoridade compartilhada na criação dos
filhos (Gn 2.18); os filhos, submissos e obediente aos pais enquanto estiverem sob sua
autoridade no lar (Ef 6.1-4).
Em quinto lugar, a função da esposa dentro da família. A Bíblia ressalta como princípio
fundamental de responsabilidade da parte da esposa, a obediência e a submissão ao marido
(Ef 5.22, 24,33), além de retribuir-lhe amor. A obediência amorosa envolve submissão e
significa, antes de tudo, respeito e reverência a posição do líder dentro da família. A Bíblia
ensina que a submissão dentro da família é “como o Senhor”.
3 – A mordomia dos deveres familiares,
Em primeiro lugar, maturidade. Maturidade no contexto da família define-se como
aquela capacitação para agir com segurança e equilíbrio. Pais imaturos não saberão
encaminhar seus filhos no caminho certo para o futuro. Muitos filhos inseguros,
desobedientes, rebeldes e fracos de personalidade resultam da falta de pais conscientes de
seus papéis.
Em segundo lugar, educação. (Dt 6.6,7; Sl 78.4). A educação em qualquer sentido,
começa no lar. Os pais são os primeiros e mais próximos mestre dos filhos. Nos dias de
Moisés, vemos no Pentateuco, o empenho da educação dos filhos.
Em primeiro lugar, o amor. Para que haja um desenvolvimento positivos dos valores
morais e espirituais nos filhos, se faz necessário que os pais cultivem o amor de Deus no
ambiente do lar, e que o mesmo predomine nas pessoas da família (1Co 13; Cl 3.19; Mt
22.37-38; 1Ts 3.12). Quando estamos cheios do amor divino, todas as demais expressões de
amor como, o conjugal, familiar, fraternal tornam-se uma realidade constante.
Em quarto lugar, disciplina. O Dr. HENRY BRANDT, escreveu: “Disciplinar uma
criança não é punida por haver feito algo errado, mas primeiramente instruída no caminho que deve seguir”.
Quem ama e aplicar disciplina nos assuntos pessoais, nas relações familiares, produz a
consciência de ser amado pelos que são atendidos. A disciplina correta produz fruto pacífico
(Hb 12.6,11).
3 – O papel dos filhos (Cl 3:20).
A formação moral e espiritual dos filhos tem seu suporte no modelo dos pais. Uma
boa liderança dentro da família abrange três dimensões da vida dos filhos. A primeira
dimensão alcança os filhos pela “instrução”, isto é, refere-se ao que dizemos para os nossos
filhos. A segunda dimensão é a “influência”, isto é, o que fazemos diante e para os filhos.
A terceira dimensão é a “imagem”, aquilo que os pais de são e demonstra para os
filhos no dia a dia.
Conclusão
O cultivo da vida espiritual é indispensável dentro da família. Cabe ao chefe da família
conscientizar-se do seu papel de sacerdote do lar (Êx 12.26-27 Ap 1.6), conduzir a família a
experiência da salvação, cultivar a vida espiritual dentro do Lar e conduzir a família a
participação da vida da Igreja.
6 – MORDOMIA DO TEMPO
1 – Conceitos acerca do tempo,
Em primeiro lugar, conceitos errôneos acerca do tempo. Eis alguns erros que devem
ser evitados na administração do tempo.
a). Para onde foi o tempo?
Quando não conseguimos fazer todas as coisas necessárias no tempo disponível, o
problema não está no tempo, mas sim no seu uso. O tempo sempre está disponível; nós é
que o sufocamos com atividades em demasia e sempre priorização, num determinado
momento. “Contar os dias” também significa contar o tempo, isto é, planejar todas as
atividades possíveis dentro do tempo disponível, dentro de um critério de prioridade
conforme a importância das coisas.
b). O tempo voa.
É outra expressão comum dos que trabalham, porém, não consegue executar as
tarefas do tempo disponível.
c). O tempo cuidará do caso.
Esta frase é usada por quem não consegue resolver um certo problema no tempo
desejado. Como crentes em Cristo, devemos entender que não é o tempo que trará a solução
a um problema, mas sim que “devemos dar o devido tempo” para cuidar do caso.
d). Não tenho tempo.
A questão toda não é a nossa falta de tempo e sim nossos critérios de prioridades no
tempo que dispomos. A má administração do tempo provoca confusão e desorganização.
e). Matar o tempo.
Esta é uma expressão comum dos que não estão fazendo nada em certo momento.
Matar o tempo é destruí-lo, não aproveitá-lo, não administra-lo para o que for útil. Quem
assim o faz pecar contra Deus, contra si mesmo e contra o próximo.
Em segundo lugar, conceitos bíblicos acerca do tempo. Do ponto de vista bíblico, o
tempo relaciona-se com aspectos “temporais e eternos” da vida humana.
a). A vida humana neste mundo é temporária, isto é, limitado ao tempo (Sl 90.3-6;
8,10). A nossa vida física aqui é passageira, por isso, o tempo é precioso e precisa ser
sabiamente administrado.
b). O homem tem um elemento eterno dentro de si. Sim, alma e espírito são imortais.
uma coisa é o tempo da vida física outra é o tempo do homem depois da morte. a garantia
de uma eternidade feliz está em seguir fielmente ao Senhor, agora.
2 – Como usar o tempo sabiamente,
Em primeiro lugar, o uso negativo do tempo. O tempo deve ser usado à medida que
temos em nossa frente. Uma vez que se deixe de usá-lo não se pode mais reavê-lo. Cada
segundo é precioso. Por isso, desperdiçá-lo significa perdê-lo irrecuperavelmente. Deus nos
deu tempo para que o usemos sabiamente, em proveito próprio, para o próximo e para a
glória de Deus.
Em segundo lugar, o uso positivo do tempo. “Tudo tem o seu tempo determinado”
(Ec 3.1) nesta expressão bíblica, entendemos, não só que o nosso tempo é pré-determinado
por Deus, mas que nós devemos ser metódicos quanto ao seu uso.
a). Cultive a pontualidade – “Não sejais vagarosos no cuidado” (Rm 12.11). Há uma
justificativa falida contra a pontualidade que muito prejudica e que ouvimos sempre “antes
tarde do que nunca”. A pontualidade faz parte do caráter cristão.
b). Procure remir o tempo – “Não significa diminuí-lo nem o aumentar” significa
aproveitar ao máximo (Ef 5.16; Cl 4.5). No original, a frase literalmente significa aquisição;
adquirir; comprar em relação ao tempo. Devemos também, remir o tempo na esfera
espiritual, no sentido de dar prioridade as coisas espirituais como, evangelização, cultos de
doutrina, meditação bíblica individual, culto doméstico. A mordomia do tempo é a base para
o êxito administrativo de todas as esferas da vida do cristão. Por isso, tempo deve ser
santificado ao Senhor.
7 – MORDOMIA DOS TALENTOS
Introdução
A parábola dos talentos foi a última proferida por Jesus. Hoje a mensagem principal,
trata do nosso trabalho com diligência, constância e fidelidade com os talentos que Deus nos
tem dado. Abordaremos o assunto da parábola dos talentos sob a perspectiva da
administração do nosso trabalho recebido da parte de Deus. Somos mordomos na
aplicação dos nossos talentos na propagação do Reino de Deus.
1 – A concessão dos talentos por Deus,
Em primeiro lugar, o dono dos talentos. A parábola fala de um homem rico, possuidor
de muitos talentos, de muitos bens. Ao sair para fora de sua terra, convocou seus servos,
trabalhadores e deu a oportunidade de trabalharem com os bens a eles distribuídos. A lição
da parábola indica que Jesus Cristo é aquele Senhor; o qual nos tem dado talentos para
trabalharmos para ele. É o homem que se ausentou da sua terra por um pouco de tempo
para quando voltar; receber os frutos dos talentos entregue aos seus servos (Jo 13.13 At
10.36). Jesus depois de sua ascensão viajou para longe, “subindo ao alto... deu dons aos
homens” (Ef 4.8).
Ao retornar para o céu, Jesus deixou sua igreja equipada concedendo seus bens para
serem negociados. Certa ocasião ele disse “assim como o pai me enviou, Eu vos envio a vós”
(Jo 20.21).
Em segundo lugar, a mensagem dos talentos. Um talento era uma medida de peso com
valor monetário nas medidas de peso dos tempos bíblicos. Um talento equivale a 60 minas e
uma mina tinha o peso de 60 ciclos. Essa mina de peso podia ser de ouro, prata, bronze ou
latão. Por isso, o valor podia ser diferenciado. Um talento pesava aproximadamente 30 kg.
A palavra dinheiro no v.18, no original é prata.
O valor monetário de um talento era muito alto, uma pessoa que possuísse pelo
menos um talento, era respeitado como bem de vida. Aquele senhor entregou os seus talentos
a três dos seus servos para que negociassem com os mesmos. Na linguagem figurada, esses
talentos representam: “os dons, dotes e habilidades concedidos por Deus para com eles
trabalharmos”. Notemos que estes talentos pertenciam ao Senhor, e Ele concedeu conforme
a capacidade individual de seus servos.
Em terceiro lugar, o dono dos talentos. A Escritura diz que aquele senhor, a um deu
cinco talentos, e a outro deu dois talentos, e a outro deu um talento, indicando que os
mesmos pertenciam aquele homem rico. A Bíblia diz que tudo vem de Cristo “pois tudo foi
criado por ele, por meio dele, e para ele” (Cl 1.16; 1Co 8.6 Rm 1.3-6), de nós mesmos nada
temos nem podemos fazer (Jo 15.5), dele nos vem tudo para que o sirvamos segundo a sua
vontade, não a nossa. Os servos não foram escolhidos em função de já possuírem algum
talento.
Em quarto lugar, a distribuição dos talentos. A distribuição foi proporcional à
capacidade de cada um daqueles servos para negociar. A um deu cinco talentos, a outro; dois
talentos, e ao terceiro um talento Quando Deus criou o ser humano, nos criou com diferentes
aptidões e capacidades. Pelo menos um talento todo crente possui. O que Deus espera de
todos nós e que mediante seus talentos sejamos fiéis e úteis ao seu reino
2 – Administração dos talentos,
Em primeiro lugar, seus talentos. Cada um deles trabalharia e administraria os bens
conforme a sua capacidade. Aquele senhor deixou aqueles talentos em suas mãos para serem
cuidados e utilizados. Cada qual negociaria da melhor forma possível com aquilo que recebeu
para trabalhar. Cada qual deveria preocupar-se apenas com seu trabalho e procurar fazer o
bem. Não pode haver espaço para invejas, ciúmes, porfias entre os servos de Cristo; coisas
típicas de pessoas carnais (Gl 5.19-21)
Em segundo lugar, dois daqueles servos administraram bem seus talentos. Diz a
parábola, que o servo que recebeu cinco e o que recebeu dois talentos negociaram bem e
multiplicaram os seus talentos. Foram diligentes e fiéis. “Os que trabalham na obra de Deus,
na Igreja, devem fazer o melhor que puderem para multiplicar os seus talentos”.
Esses dois primeiros servos tiveram êxito em seu trabalho. Sem dúvida, quando
fazemos a obra de Deus com amor e desvelo, a graça de Deus torna-se uma fonte de poder
inesgotável na provisão de todas as nossas necessidades (Fl 4.13).
Em terceiro lugar, o terceiro servo não cumpriu a sua missão. Diz a parábola que ele
recebeu justamente tanto quanto podia negociar, mas pelo contrário, ele preferiu não fazer
nada com talento recebido. O texto diz que ele cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu
senhor, encheu-se de justiça própria, pois ao cavar na terra e esconder dinheiro, queria
insinuar injustiça da parte de seu senhor.
Aquele dinheiro escondido significava prejuízo, desperdício. Quantos crentes,
inclusive obreiros, receberam bens da parte do Senhor Jesus e ao invés de negociar e trabalhar
com afinco para multiplicar esses bens, tornaram-se inativos na obra de Deus. A cobrança
virar a seu tempo, quando o Senhor voltar.
3 – As grandes lições da parábola,
Em primeiro lugar, a fidelidade. Tudo que aquele senhor esperava dos seus servos era
que fossem fiéis no cumprimento de suas atividades até que ele voltasse. Ele requer dos seus
servos um serviço eficiente (Lc 16.10 1Co 4.2).
Em segundo lugar, inteligência (Mt 25.16-17), aqueles dois primeiros servos fiéis usaram
inteligência para negociar. Com os talentos recebidos é preciso que o servo de Deus aplique
a inteligência espiritual para que não haja prejuízo nos negócios que temos que fazer (Cl 1.9).
Os bens de seu Senhor deveriam ser multiplicados através de uma mordomia fiel, dinâmica
e eficiente (Pv 10.4; 13.4). Na obra de Deus nada deve ser feito só por emoção.
Em terceiro lugar, diligência. O que é diligência no serviço? É cuidado, zelo, dedicação,
dinamismo, atenção, esmero e amor. Os servos que receberam cinco e dois talentos
trabalharam com cuidado e com aplicação até poderem multiplicar os bens de seu senhor. A
mordomia cristã repudia a ociosidade. A Bíblia diz que “a alma do preguiçoso deseja é coisa
nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes engordará” (Pv 13.4)
4 – A mordomia requer prestação de contas (Mateus 25.19).
Em primeiro lugar, a volta do senhor para reaver os seus talentos. “E muito tempo
depois veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” v.19 o senhor daquele servo
veio quando eles não esperavam, assim será na vinda de Cristo. Ele virá quando ninguém o
espera (Mt 24.44; 25.13), por isso, não devemos nos descuidar da nossa mordomia nas tarefas
que o Senhor nos entregou para administrar.
Em segundo lugar, o ajuste de contas. Os servos sabiam disso, é evidente que cada servo
tinha o seu ajuste de contas por isso entendemos que essa prestação de contas é individual
na presença do Senhor. A Bíblia testifica “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”
(Rm 14.12). No ajuste de contas quanto aos serviços, suas obras, os servos de Cristo
comparecerão diante do tribunal de Cristo após o arrebatamento da igreja.
Todos os crentes salvos terão de comparecer diante desse tribunal onde suas obras
serão julgadas e recompensados (2Co 5.10), trata-se do que fizeram ou não fizeram para o
Senhor enquanto viveram na terra (Rm 14.10; Cl 3.24; Ef 6.8; 1Co 3.14). Quanto aos infiéis,
os injustos, eles compareceram perante o Senhor para julgamento, somente no juízo final
(Mt 25.24-25).
8 – MORDOMIA DAS FINANÇAS
Introdução
Acerca das coisas que movem o mundo, o dinheiro se destaca como algo eticamente
difícil de ser administrado. A mordomia cristã das finanças implica instruir o cristão com
relação ao modo ética de lidar com dinheiro. O dinheiro está diretamente ligado aos bens
materiais. A mordomia cristã nesse particular tem a ver com a administração adequada do
dinheiro.
1 – Princípios de administração do dinheiro,
Em primeiro lugar, avaliação correta do dinheiro. Não é o dinheiro que é a raiz de toda
espécie de males, mas o amor do dinheiro (1Tm 6.10). É esse amor idolatrado que torna as
pessoas vítimas da ganância, da presunção e da avareza. O dinheiro não é mal nem bom, é a
sua utilização que deve ser justa, honesta e racional. A parte final do texto de 1 Timóteo 6.10
declara “e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores”. É o amor ao dinheiro que é prejudicial e faz mal à alma. Colocar o dinheiro à frente
de todas as coisas na vida, ou acima das prioridades espirituais, é mal e perigoso. A bíblia
condena a avareza porque ela conduz ao egoísmo (Hb 13.5; 2Pe 2.3 e 14).
Em segundo lugar, na mordomia cristã o dinheiro é um meio e não um fim em si
mesmo. A sociedade humana gira em torno do dinheiro e faz do homem a razão de tudo na
vida, pois o incrédulo na sua cegueira espiritual não conhece a Deus. A Bíblia adverte “o que
ama o dinheiro nunca se fartará dele” (Ec 5.10).
Em terceiro lugar, a arte de ganhar dinheiro. Não é pecado ganhar dinheiro de maneira
digna e honesta, pecado é aplicá-lo mal. Para que ganhemos dinheiro sabiamente, precisamos
reconhecer antes de tudo, e em primeiro lugar, “o reino de Deus”. Isto é, o seu predomínio
nas nossas finanças pessoais (Mt 6.33). Todo verdadeiro mordomo cristão, nas suas Finanças,
faz de Deus o seu sócio-gerente, seu orientador. Na sua obtenção de dinheiro veja sempre o
modo de contribuir para o reino de Deus.
Em quarto lugar, o uso racional do dinheiro. John Wesley era muito prático e por isso
deu três regrinhas sobre o uso correto do dinheiro. Primeira regra: “Ganhar o máximo que
pudermos”. Isso deve ser feito sem pagarmos demasiado caro pelo dinheiro e sem
prejudicarmos o próximo, assim do corpo como na alma. Segunda regra: “Economizar o
máximo que pudermos”.
Isto significa que devemos cortar as despesas que apenas visam dar satisfação aos
loucos desejos da carne, à vaidade e a cobiça dos olhos. Terceira regra: doarmos o máximo
que pudermos.
2 – A administração do nosso dinheiro,
Os exemplos dos dízimos e ofertas no Antigo Testamento contêm princípios
importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do Novo
Testamento.
1) – Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo
que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum
domínio sobre as nossas posses.
2) – Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt
6.19-24; 2Co 8.5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5).
3) – Nossas contribuições (dízimos e ofertas) devem ser para a promoção do reino
de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo
(1Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1Tm 5.17,18), para ajudar aos necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; 2Co
8.14; 9.2), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprender a temer ao
Senhor (Dt 14.22,23).
4) – Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado
tanto no Antigo Testamento (Ex 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no Novo Testamento (2Co 8.1-
5,11,12).
Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal
espírito que o Senhor Jesus se entregou por nós (2Co 8.9). Para Deus, o sacrifício envolvido
é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (Lc 21.1-4).
5) – Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (2Co 9.7). Tanto o exemplo
dos israelitas no Antigo Testamento (Êx 35.21-29; 2Cr 24.10) quanto o dos cristãos
macedônios do Novo Testamento (2Co 8.1-5) servem-nos de modelos.
9 – A MORDOMIA DO DÍZIMOS
1 – Definição de dízimos e ofertas,
A palavra hebraica para “dízimo” (ma’aser) significa literalmente “a décima parte”
(Ml 3.10).
1) – Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das
crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento
e gratidão pelas bênçãos divinas (Lv 27.30-32; Nm 18.21,26; Dt 14.22- 29; Lv 27.30).
O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos
sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes
dera na terra prometida (Mt 25.15; Lc 19.13).
2) – No âmago do dízimo, achava-se a ideia de que Deus é o dono de tudo (Ex 19.5;
Sl 24.1; 50.10-12; Ag 2.8). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego
de vida (Gn 1.26,27; At 17.28). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido
originalmente do Senhor (Jó 1.21; Jo 3.27; 1Co 4.7). Nas leis sobre o dízimo, Deus estava
simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha
dado.
2 – Dízimo, uma prática bíblica a ser observada,
a) – Em primeiro lugar, a prática do dízimo antecede à lei. Aqueles que se recusam ser
dizimistas pelo fato de o dízimo ser apenas da lei estão rotundamente equivocados. O dízimo
é um princípio espiritual presente entre o povo de Deus desde os tempos mais remotos.
Abraão pagou o dízimo a Malquisedeque (Gn 14.20) e Jacó prometeu pagar o dízimo ao
Senhor (Gn 28.22), muito antes da lei ser instituída.
b) – Em segundo lugar, a prática do dízimo foi sancionada na lei. O princípio que
governava o povo de Deus antes da lei, foi ratificado na lei. Agora, há um preceito claro e
uma ordem específica para se trazer todos os dízimos ao Senhor (Lv 27.32). Não entregar o
dízimo é transgredir a lei, e a transgressão da lei constitui-se em pecado (1Jo 3.4).
c) – Em terceiro lugar, a prática do dízimo está presente na Bíblia. A fidelidade na
mordomia dos bens, a entrega fiel dos dízimos e das ofertas, é um ensino claro em toda a
Bíblia. Está presente no Pentateuco, os livros da lei; está presente nos Livros Históricos (Ne
13.11,12), Poéticos (Pv 3.9,10) e, Proféticos (Ml 3.8-10). Também está explicitamente
ratificado nos Evangelhos (Mt 23.23) e nas Epístolas (Hb 7.8). Quanto ao dízimo não
podemos subestimá-lo, sua inobservância é um roubo a Deus. Não podemos subtraí-lo, pois,
a Escritura é clara em dizer que devemos trazer “todos os dízimos”. Não podemos
administrá-lo, pois a ordem: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro”.
d) – Em quarto lugar, a prática do dízimo é sancionada por Jesus no Novo Testamento.
Os fariseus superestimavam o dízimo, fazendo de sua prática, uma espécie de amuleto. Eram
rigorosos em sua observância, mas negligenciam os preceitos mais importantes da lei: a
justiça, a misericórdia e a fé. Jesus, deixa claro que devemos observar atentamente a prática
dessas virtudes cardeais da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos (Mt 23.23). Ora, aqueles
que usam o argumento de que o dízimo é da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos
isentos de observá-lo; da mesma forma, estariam também isentos da justiça, da misericórdia
e da fé, porque essas virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim, já seria uma
tragédia!
e) – Em quinto lugar, a prática do dízimo é um preceito divino que não pode ser
alterado ao longo dos séculos. Muitas igrejas querem adotar os princípios estabelecidos pelo
apóstolo Paulo no levantamento da coleta para os pobres da Judéia como substituto para o
dízimo. Isso é um equívoco. O texto de 2 Coríntios 8 e 9 trata de uma oferta específica, para
uma causa específica. Paulo jamais teve o propósito de que essas orientações fossem um
substituto para a prática do dízimo.
Há igrejas na Europa e na América do Norte que estabelecem uma cota para cada
família para cumprir o orçamento da igreja. Então, por serem endinheirados, reduzem essa
contribuição a 5% ou 3% do rendimento. Tem a igreja competência para mudar um preceito
divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos
fiéis às Escrituras. Sejamos fiéis dizimistas!
3 – As razões dos não dizimistas
Base Bíblica: Hb 7.1-10
A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma
experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência
da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino. No Novo Testamento a palavra
DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações:
1) Mt 23.23 = Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus.
Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua
prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) – “Jejuo duas vezes por semana
e dou o dízimo de tudo quanto ganho. ” Também Jesus denuncia a prática do dízimo como
substituição de valores do Reino tais quais: justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42).
2) Hb 7. 1-10 = eis as lições desse texto:
a) O Pai da fé deu dízimo de tudo – v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo do melhor –
v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez que o povo israelita
ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica – v. 6; d) Hebreus nos faz perceber
e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao
dado aos sacerdotes (mortais) – v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos
também devem ser dizimistas – v. 9. Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos
na causa que abraçamos, na “pérola que encontramos. ”
Hoje muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar esta
atitude criam vários justificativas e desculpas. Se dependessem deles a igreja fecharia as
portas. Não existiria templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem
assistência social. Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas:
a) – Justificativa Teológica,
“Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei, mas sim da
graça”.
Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo.
Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça
não nos motiva a ir além da lei?
Veja: A lei dizia: não matarás = Eu porém vos digo aquele que odiar é réu de juízo.
A lei dizia: não adulterarás = Eu porém vos digo qualquer que olhar com intenção impura…
A lei dizia: olho por olho, dente por dente = Eu porém vos digo: se alguém te ferir a face
direita, dá-lhe também a esquerda. A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo,
ela ficaria aquém da lei? Está, portanto, é uma justificativa infundada. Mt 23.23 = justiça,
misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao dízimo por ser
da lei, então você também está em relação a estas virtudes.
d) – Justificativa Assistencial
“Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo”.
A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do
Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão
nem para retê-lo nem para administrá-lo.
A ordem é: trazei todos os dízimos à casa do tesouro para que haja mantimento na
minha casa. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos alimentados. Mas
será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma
boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence?
e) – Justificativa Política
“Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados. ”
Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que
entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão
conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los, mas sim Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis.
Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a
coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito? Deus mandou que
eu trouxesse os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo.
f) – Justificativa Míope
“A igreja é rica e não precisa do meu dízimo. ”
Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de
investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica,
amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do Evangelho?
Ainda, não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja, É DO
SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda prata. Ele é rico. Ele
não precisa de nada, mas exige fidelidade, essa desculpa é a máscara da infidelidade.
g) – Justificativa Contábil
“Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho. ”
Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como
sabemos se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês? Não
sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a
estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será autoproteção? Será
desinteresse?
h) – Justificativa Eclesiológica
“Não sou membro da igreja”
Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos se iniciam com o Batismo e
a Profissão de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros? Não será
incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o perdão,
a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos
responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja?
Conclusão
É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas
desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a
Deus com as nossas justificativas. É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos
que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas joias, nossos bens, nossa
vida, nossa saúde, nossa família. TUDO é DELE. Somos apenas mordomos,
administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas.
Fidelidade e não evasivas. Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso
tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o
dízimo. Amém.
10 – MORDOMIA DA ADORAÇÃO
Definição,
Adoração: O sentido original sugere o ato de inclinar-se perante alguém, a fim de
reverenciar, venerar ou adorar. A adoração como culto ao Senhor, deve ser em “espírito e
em verdade”, como declarou Jesus em João 4.23,24. O apóstolo Pedro descreveu a igreja
como “povo adquirido” e “povo de Deus” (1 Pe 2.9,10). O Senhor constituiu esse povo, a
Igreja, para oferecer sacrifícios espirituais a Ele.
1 – O que é adoração?
Em primeiro lugar, Adorar é um ato de rendição a Deus. Nas línguas bíblicas, o
sentido do termo “adoração” é chegar-se a Deus de modo reverente, submisso e agradecido,
a fim de glorificá-Lo. Adorar é um ato de total rendição, gratidão e exaltação jubilosa a Deus
(Sl 95.6; 2 Cr 29.30; Mt 2.11). É o Espírito Santo que habilita o crente a adorar com
profundidade e temor a Deus (Jo 4.23,24; Ef 5.18,19; 1 Co 14.15; At 10.46; Fp 3.3).
Em segundo lugar, adorar é um sublime ato de serviço a Deus. O servir a Deus tem
relação direta com o adorar a Deus. O serviço que fazemos para Deus por amor e gratidão,
sob o estímulo do Espírito Santo, é uma forma de adoração. Na verdade, como afirmou o
pastor Russell Shedd: “o Senhor reivindica a totalidade do serviço dos seres a quem Ele
resgatou e deu vida”.
Em terceiro lugar, adorar a Deus requer reverência. Deus é infinitamente sublime em
majestade, poder, santidade, bondade, amor e glória. Por isso, devemos adorá-Lo e servi-Lo
com toda reverência, fervor, zelo, sinceridade e dedicação (Hb 12.28,29). Portanto, adoração
e reverência são elementos inseparáveis em nosso culto a Deus. Adorar é também exaltar e
reconhecer que Deus é o Senhor, Criador de todas as coisas (Sl 95.3-6).
2 – A natureza da adoração,
Em primeiro lugar, adorar é uma experiência interior. No Salmo 95.6,7, o salmista
convida: “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos! Ajoelhemos diante do SENHOR que nos
criou. Porque ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão”. Ele exalta
a Deus por aquilo que Ele é e faz. E sendo Deus infinito, há muitas maneiras de adorá-Lo,
conforme o Espírito Santo nos ensina e dirige. A adoração a Deus, no qual vivemos, nos
movemos e existimos, é, acima de tudo, uma atitude interior do ser humano, imagem e
semelhança do Criador (At 17.28). Faz parte da estrutura espiritual de quem crê, teme, ama
e serve ao Eterno, a necessidade interior de adorá-Lo (Ef 1.6,12,14).
Em segundo lugar, a adoração testifica da redenção. A Igreja tem um papel relevante
no que diz respeito à obra redentora de Jesus. A Igreja não salva, mas é através dela que a
salvação é difundida e recebida. O crente, que foi salvo da condenação do pecado, deve aqui
viver em santidade prática, liberto do poder do pecado, e vencedor por Cristo, mediante a fé
(Hb 11.17-39).
Na adoração e ministração da Palavra de Deus, a ignomínia do pecado é revelada
e a necessidade de salvação é demonstrada (Sl 51.10-12,17; 32.5-7). O homem sob o poder
do pecado não é capaz de avaliar o perigo eterno que aguarda aquele que é escravo do pecado.
Mas, uma vez remido e salvo do pecado, o crente deseja adorar ao Senhor que o salvou (Sl
32.1,2; 34.15-22).
3 – Adoração e o serviço cristão prestado a Deus,
Em primeiro lugar, adorar e servir ao Senhor (Mt 4.10; Ap 2.19). Liturgia é o
conjunto dos elementos que compõem o culto de adoração a Deus. Em 2 Co 9.12, a palavra
é traduzida por “serviço”, ao referir-se à coleta que se fazia durante o culto para auxílio dos
missionários e irmãos necessitados (2 Co 8; 9). A oferta apresentada como gratidão a Deus,
para o sustento de sua obra, é um ato de adoração (2 Co 9.7-12). O termo também é
empregado em Filipenses 2.17,30, descrevendo o “serviço da fé”, isto é, o esforço pessoal
empreendido pelo servo de Cristo a favor de sua obra. Portanto, essa palavra tem uma relação
direta com o culto que fazemos a Deus, seja no serviço da adoração, contribuição financeira
ou realização da obra do Senhor (Mt 4.10; Jo 16.2; Hb 9.9; Ap 2.19).
Conclusão
Não precisamos de qualquer talismã ou objeto, tido como sagrado, para
desfrutarmos da presença, proteção e comunhão do Senhor Jesus Cristo. Ele tem de estar
presente pelo Espírito Santo, no seio da Igreja e no coração dos crentes. Essa presença
dinâmica faz fluir a adoração da Igreja através de cânticos, manifestação de dons espirituais
e do ensino da Palavra de Deus.
BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Pentecostal
Bíblia Tradução Brasileira
Bíblia Revelada – Antigo Testamento
Bíblia Revelada – Novo Testamento
Uma questão de honra – O valor do dinheiro na adoração – Luciano Subirá.
Dízimos & Ofertas são para hoje? – Hernandes Dias Lopes e Arival Dias Casimiro
– Editora Hagnos.
As Disciplinas da vida Cristã – Claudionor de Andrade – Editora CPAD.
Mordomia Cristã – Aprendendo como servir melhor a Deus – Editora CPAD.
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