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Estudo de Impacto Ambiental – EIA Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra Maio, 2011 – Rev. 00 V. 1/19 Capítulo V - Área de Influência 1 INTRODUÇÃO A delimitação da Área de Influência do empreendimento, em foco, baseia-se na conceituação estabelecida pela Resolução CONAMA nº 01/1986 e pela DZ-41, R13 FEEMA, que definem que tal área corresponde àqueles locais passíveis de serem afetados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais decorrentes da atividade em suas diferentes fases. Assim, a Área Diretamente Afetada (ADA) foi definida em função das intervenções necessárias à implantação do empreendimento. Já as Áreas de Influência Direta (AID) e de Influência Indireta (AII) foram definidas com base no alcance dos impactos previstos sobre os meios físico, biótico e socioeconômico, decorrentes das infraestruturas e serviços de uso comum do Distrito Industrial de São João da Barra e da implantação dos loteamentos das áreas A1 e A5 do Distrito e do Sistema de Abastecimento de água, que atenderá ao Distrito e à ZIPA. A partir da definição da ADA e da delimitação preliminar de Áreas de Influência foi estabelecida a amplitude dos estudos de diagnóstico. Cabe ressaltar que, para subsidiar a identificação dos impactos do empreendimento e a delimitação dos compartimentos ambientais afetados, o Diagnóstico elaborado focalizou, por vezes, áreas de estudos mais amplas do que aquelas circunscritas pelo alcance de tais impactos. Em linhas gerais as áreas de estudo, caracterizadas no presente Diagnóstico, abrangem a Baixada Campista até o litoral, incluindo o sistema de canais e lagoas costeiras desta região, o baixo curso do rio Paraíba do Sul, principalmente em seu trecho final, a partir da cidade de Campos, e a área marítima litorânea da Região Norte Fluminense. Especificamente quanto aos aspectos do meio socioeconômico, adotou-se outro recorte para a área de estudo, buscando circunscrever o alcance dos fatores indutores de modificação nas dinâmicas, social e econômica da região, em função da implantação e operação do empreendimento, bem como do licenciamento das futuras unidades produtivas a serem instaladas. Assim, os estudos socioeconômicos do Diagnóstico abrangem, basicamente, os municípios de São João da Barra, Campos dos Goytacazes e São Francisco do Itabapoana, com ênfase em suas localidades mais próximas ao empreendimento e/ou sujeitas às influências específicas, como é o caso das localidades litorâneas do município de São Francisco de Itabapoana, em face da atuação de seus

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Estudo de Impacto Ambiental – EIA Infraestruturas do Distrito Industrial de São João da Barra Maio, 2011 – Rev. 00

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Capítulo V - Área de Influência

1 INTRODUÇÃO

A delimitação da Área de Influência do empreendimento, em foco, baseia-se na conceituação estabelecida pela Resolução CONAMA nº 01/1986 e pela DZ-41, R13 FEEMA, que definem que tal área corresponde àqueles locais passíveis de serem afetados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais decorrentes da atividade em suas diferentes fases.

Assim, a Área Diretamente Afetada (ADA) foi definida em função das intervenções necessárias à implantação do empreendimento. Já as Áreas de Influência Direta (AID) e de Influência Indireta (AII) foram definidas com base no alcance dos impactos previstos sobre os meios físico, biótico e socioeconômico, decorrentes das infraestruturas e serviços de uso comum do Distrito Industrial de São João da Barra e da implantação dos loteamentos das áreas A1 e A5 do Distrito e do Sistema de Abastecimento de água, que atenderá ao Distrito e à ZIPA.

A partir da definição da ADA e da delimitação preliminar de Áreas de Influência foi estabelecida a amplitude dos estudos de diagnóstico. Cabe ressaltar que, para subsidiar a identificação dos impactos do empreendimento e a delimitação dos compartimentos ambientais afetados, o Diagnóstico elaborado focalizou, por vezes, áreas de estudos mais amplas do que aquelas circunscritas pelo alcance de tais impactos.

Em linhas gerais as áreas de estudo, caracterizadas no presente Diagnóstico, abrangem a Baixada Campista até o litoral, incluindo o sistema de canais e lagoas costeiras desta região, o baixo curso do rio Paraíba do Sul, principalmente em seu trecho final, a partir da cidade de Campos, e a área marítima litorânea da Região Norte Fluminense.

Especificamente quanto aos aspectos do meio socioeconômico, adotou-se outro recorte para a área de estudo, buscando circunscrever o alcance dos fatores indutores de modificação nas dinâmicas, social e econômica da região, em função da implantação e operação do empreendimento, bem como do licenciamento das futuras unidades produtivas a serem instaladas.

Assim, os estudos socioeconômicos do Diagnóstico abrangem, basicamente, os municípios de São João da Barra, Campos dos Goytacazes e São Francisco do Itabapoana, com ênfase em suas localidades mais próximas ao empreendimento e/ou sujeitas às influências específicas, como é o caso das localidades litorâneas do município de São Francisco de Itabapoana, em face da atuação de seus

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pescadores no espaço marítimo sob influência das obras de implantação do empreendimento.

A seguir é sumarizado o alcance da ADA e das Áreas de Influência sobre as quais foram elaborados os estudos de Diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico.

2 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

São consideradas Áreas Diretamente Afetadas pelo empreendimento aquelas onde se processarão as intervenções necessárias à sua implantação (Mapa 2). Sob esse conceito, são delimitadas áreas terrestres e marinhas.

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V. 3/19MAPA 2-1:

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2.1 ÁREAS TERRESTRES

São consideradas ADA’s da porção terrestre do empreendimento (ADA - Terrestre):

� O terreno onde serão implantadas as infraestruturas de uso comum do Distrito Industrial de São João da Barra e os loteamentos das áreas A1 e A5, com aproximadamente 2.100 ha;

� O corredor de implantação da adutora a partir do rio Paraíba do Sul, com extensão de aproximadamente 23 km; e

� O corredor de implantação do emissário para lançamento dos efluentes industriais tratados, com aproximadamente 5,85 km na parte terrestre (e 4,73 km no trecho submarino, a partir da chaminé de equilíbrio).

2.2 ÁREAS MARINHAS

� O assoalho marinho na área de empréstimo marítimo de areia que suprirá a construção de aterro hidráulico no terreno do empreendimento;

� O ponto de instalação da estrutura de conexão para bombeamento da areia para o terreno;

� O corredor no assoalho marinho, onde será escavada a trincheira para implantação do emissário submarino, com uma extensão de 4,73 km;

3 ÁREAS DE INFLUÊNCIA PARA O MEIO FÍSICO

3.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

3.1.1 Áreas Terrestres (Ambientes Continentais)

A Área de Influência Indireta do empreendimento, no que diz respeito aos impactos sobre o meio físico, possui diversos recortes que variam em função da natureza do fator ambiental afetado. Assim, considerou-se a área potencialmente afetada por impactos indiretos decorrentes das intervenções do empreendimento no sistema de macrodrenagem da porção sul Baixada Campista, como envoltória do alcance dos impactos indiretos do empreendimento sobre o meio físico.

Sob esta ótica, delimita-se um espaço territorial que abrange a totalidade da bacia de drenagem do Sistema São Bento e a parte inicial da bacia de drenagem do canal Campos-Macaé, entre a sede municipal de Campos dos Goytacazes e a lagoa Feia.

Deste modo, a envoltória da AII do empreendimento abrange os terrenos delimitados ao norte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste pelos canais do Cacomanga e Campos-Macaé, a leste pela estrada municipal SB-16 (paralela à praia) e ao sul pela lagoa Feia.

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Além disso, nos estudos do Meio Físico que integram o Diagnóstico, considerou-se a necessidade de caracterizar o baixo curso do rio Paraíba do Sul, onde será instalada a captação de água para suprimento ao Distrito Industrial. Esta caracterização visa a subsidiar a compreensão dos potenciais efeitos indiretos da captação sobre o regime hídrico deste trecho do rio. Desta forma entende-se que o trecho final do rio Paraíba do Sul, entre a cidade de Campos e a foz também integra o recorte geográfico da AII do empreendimento (Mapa 3-1).

Outro recorte territorial definido pelo alcance de potenciais efeitos indiretos do empreendimento sobre o meio físico é representado pela área de ocorrência do aquífero São Tomé II. Esta área abrange o trecho da planície litorânea da Baixada Campista, entre a margem direita do rio Paraíba do Sul e a região de Barra do Açu.

Os demais efeitos indiretos sobre o meio físico se projetam, basicamente, dentro dos mesmos espaços sobre os quais ocorrem os efeitos diretos que lhes dão origem. Por este motivo tais espaços são identificados dentro da Área de Influência Direta do empreendimento.

3.1.2 Áreas Marítimas

Quando considerada a porção mais costeira da área em estudo, as áreas marítimas contidas no espaço litorâneo entre a foz do rio Paraíba do Sul e o Farol de São Tomé estão sujeitas à influência indireta dos impactos do empreendimento sobre o meio físico, em decorrência de potenciais desdobramentos indiretos das intervenções relativas à construção e operação do emissário submarino.

Outro recorte de área é definido pelo espaço marítimo entre a linha de costa e a região onde se insere a área de empréstimo marítimo; esta área decorre dos potenciais efeitos indiretos da eventual atividade de dragagem e de bombeamento de areia para o terreno do empreendimento (Mapa 3-2).

3.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)

As áreas terrestres e marinhas sob influência direta de impactos do empreendimento sobre o meio físico são descritas a seguir, separadamente.

3.2.1 Áreas Terrestres

Constituem áreas atravessadas pelas vias de acesso ao empreendimento e áreas vizinhas ao terreno de implantação do mesmo, sujeitas aos impactos das fases de implantação e operação, devido às alterações ou interferências no sistema de drenagem, ruídos e emissões atmosféricas geradas pelo tráfego de veículos e movimentação de materiais.

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Para melhor compreensão da AID, foram definidos recortes específicos para cada área considerada (Mapa 3-1).

Como alcance da Área de Influência Direta do Distrito Industrial sobre o meio físico foi definido um recorte, abrangendo o sistema lagunar da planície litorânea, em função das diferentes intervenções do empreendimento que podem gerar impactos diretos sobre estes ambientes.

Assim foi definido um recorte abrangendo os terrenos vizinhos delimitados ao norte dessa área, pela rodovia BR-356 e pela localidade de Grussaí, a oeste pelo canal Quitingute, a leste pela SB-16 (paralela à praia) e ao sul pela lagoa do Açu.

Como AID decorrente de impactos de ruído, considerou-se o entorno imediato do terreno do DISJB como sujeito à influência direta dos ruídos de construção e operação das infraestruturas comuns do mesmo. Ressalta-se que esta área encontra-se inserida no polígono considerado anteriormente.

Para as questões decorrentes das emissões atmosféricas foi adotado um polígono de 45 km x 45 km, o qual engloba a área projetada no estudo do comportamento de dispersão das emissões associadas à operação das futuras indústrias, para fins de avaliação estratégica e planejamento de políticas de gestão.

3.2.2 Áreas Marítimas

Para as áreas marinhas, considera-se apenas a influência da construção e operação em função dos aspectos ambientais associados às obras de dragagem, descarga de drenagem pluvial e operação de emissário submarino.

Assim, são consideradas AID do presente estudo (Mapa 3-2):

� Área em torno do empréstimo, afetada pela dispersão da pluma gerada pela atividade de dragagem;

� Área marítima afetada pelo descarte da água de retorno do aterro hidráulico; � A marítima afetada pela dispersão de efluentes tratados, lançados via

emissário submarino do Distrito Industrial. � Rota de deslocamento da draga, entre a área de empréstimo marítimo

(aproximadamente 32 km da costa) e o ponto de bombeamento de areia, para execução do aterro hidráulico; e

� Áreas de segurança marítima, delimitadas por uma faixa de 500 metros de largura, em torno da de empréstimo marítimo e do ponto de conexão da draga para bombeamento de areia, no interior das quais ficam restritas outras atividades marítimas durante o período de construção do aterro hidráulico.

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V - 9/19Mapa 3-1: Mapa das Áreas de Influência (AII, AID e ADA) dos Ambientes Terrestres.

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V - 11/19Mapa 3-2: Mapa das Áreas de Influência (AII, AID e ADA) dos Ambientes Marinhos.

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4 ÁREAS DE INFLUÊNCIA PARA O MEIO BIÓTICO

4.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

4.1.1 Ecossistemas Terrestres

Considerou-se que, os efeitos indiretos do empreendimento sobre o Meio Biótico poderão manifestar-se no mesmo espaço de abrangência dos efeitos diretos, exceto no caso das interferências associadas à fauna terrestre, que podem estender-se às vizinhanças da AID em função do deslocamento de animais em fuga das áreas diretamente afetadas, por ruído ou supressão de habitat.

Integram, ainda, a área de possível ocorrência de efeitos indiretos sobre a biota, os terrenos vizinhos ao empreendimento, passíveis de serem afetados por alterações da qualidade do ar associadas às fases de implantação e operação.

Assim, considera-se como AII do Meio Biótico, o mesmo polígono descrito para o Meio Físico (Seção 3.1.1) delimitado ao norte pelo rio Paraíba do Sul, a oeste pelos canais do Cacomanga e Campos-Macaé, a leste pela estrada municipal SB-16 (paralela à praia) e ao sul pela lagoa Feia (Mapa 3-1).

4.1.2 Ecossistemas Aquáticos Interiores

Para a análise dos efeitos indiretos decorrentes dos impactos gerados pela implantação e operação do empreendimento, foi considerada como AII a rede hidrográfica existente, dentro da mesma área delimitada como AII dos ecossistemas terrestres (Item 4.1.1), cujas fronteiras correspondem ao rio Paraíba do Sul ao norte, os canais do Cacomanga e Campos-Macaé a oeste, a rodovia SB-16 (paralela à praia) a leste, e a lagoa Feia ao sul (Mapa 3-1).

4.1.3 Ecossistemas Marinhos

Da mesma forma mencionada para a fauna terrestre, os efeitos indiretos sobre a biota no meio marinho podem se manifestar fora da área onde ocorreram os efeitos diretos que lhes deram origem, dada mobilidade das espécies do nécton potencialmente afetadas.

A área onde ocorrerão as atividades de dragagem, para obtenção da areia a ser usada nos aterros, insere-se em região marítima caracterizada pela migração de cetáceos, que cruzam a Bacia de Campos em direção às áreas de reprodução.

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Além deste grupo há também nesta área a ocorrência de quelônios, que se aproximam do litoral Norte Fluminense em direção às áreas de desova, bem como cardumes de peixes demersais que se deslocam em busca de áreas de alimentação.

Com vistas a caracterizar esta dinâmica, para subsídio à identificação e avaliação de potenciais impactos indiretos das atividades de dragagem sobre a biota marinha, considerou-se como área de estudo espaço marítimo litorâneo da região Norte Fluminense desde a foz do rio Paraíba do Sul até o Farol de São Tomé e a área marinha adjacente até a distância de, aproximadamente, 32 km da costa (Mapa 3-2).

4.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)

4.2.1 Ecossistemas Terrestres

As áreas sob influência direta dos impactos correspondem às mesmas consideradas para os impactos sobre o meio físico (Item 3). As características da AID definidas consideram, principalmente, a mobilidade de muitos dos representantes da fauna terrestre, os quais buscariam refúgio em áreas próximas.

Deste modo, foram consideradas as áreas vizinhas ao terreno do empreendimento, sujeitas a efeitos associados, principalmente, ao tráfego de veículos (Mapa 3-1):

� Compreende o terreno ocupado pelas lagoas costeiras, os quais apresentam ambientes rurais ou de vegetação nativa com efeitos direto sobre flora e fauna aí existente.

� Foi considerado o mesmo polígono apresentado para a AID do Meio Físico (Item 3.2) cujos limites abrangem os terrenos vizinhos delimitados ao norte dessa área pela rodovia BR-356, e pela localidade de Grussaí, a oeste pelo canal Quitingute, a leste pela via municipal SB-16 (paralela à praia) e ao sul pela lagoa do Açu.

4.2.2 Ecossistemas Aquáticos Interiores

Foram caracterizados no Diagnóstico os aspectos bióticos dos ambientes lagunares e fluviais próximos á área do empreendimento, para verificar sua susceptibilidade às interferências decorrentes das obras ou da operação do empreendimento.

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Portanto, como AID para este tipo de ambiente, foram considerados os corpos hídricos presentes nos mesmos limites descritos na AID dos Ecossistemas Terrestres (Item 4.2.1), a saber:

� Lagoas litorâneas:

� Lagoa do Taí; � Lagoa de Grussaí; � Lagoa de Iquipari; � Lagoa Salgada; � Lagoa do Veiga; e � Lagoa do Açu.

� Rios e canais:

� Canal Quitingute

Ressalta-se que os demais corpos hídricos interiores apresentados no Diagnóstico Ambiental permitem melhor compreensão das características gerais da AII.

4.2.3 Ecossistemas Marinhos

Assim como para o meio físico (Item 3.2), são consideradas AID do Meio Biótico:

� Entorno da área de empréstimo marítimo na qual se dará a dispersão da pluma gerada pela atividade de dragagem para exploração de areia;

� Área marítima no entorno do ponto de descarte da água de retorno do aterro hidráulico;

� A área marítima em torno do ponto de descarga do emissário submarino que conduzirá ao mar, após tratamento, os efluentes líquidos produzidos pelo Distrito Industrial; e

� Rota de deslocamento da draga entre a área de empréstimo marítimo e a costa.

5 ÁREAS DE INFLUÊNCIA PARA O MEIO SOCIOECONÔMICO

Os limites das Áreas de Influência do empreendimento para o meio socioeconômico podem ser observados no Mapa 5-1.

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5.1 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII)

A AII socioeconômica do empreendimento compreende os municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra que, futuramente, sentirão as transformações sociodemográficas, produtivas e urbanísticas decorrentes da implantação e plena ocupação do DISJB. Tais transformações se darão, nesta dimensão territorial mais abrangente, a partir da dinamização econômica e da atração populacional esperadas, apresentando rebatimentos, não só em termos de crescimento do emprego e da renda como de pressões sobre a infraestrutura urbana.

Compreende ainda o município de São Francisco do Itabapoana, desmembrado há pouco tempo (1997) de São João da Barra e com o qual ainda mantém laços intensos de circulação de bens e pessoas, através da navegação de pequeno porte na região estuarina do rio Paraíba do Sul. Acresce que a costa são franciscana abriga comunidades pesqueiras que operam no mesmo espaço marítimo utilizado pelos pescadores do litoral de Campos e São João da Barra, exposto aos efeitos da implantação e operação do Porto do Açu. Por outro lado, detecta-se um fluxo de trabalhadores das comunidades do litoral sul de São Francisco para São João da Barra, em busca de emprego nas obras do Porto do Açu, suscitando desde já expectativas locais em relação ao DISJB. Tais expectativas, inclusive, antecipam explicitamente o significativo aumento de acessibilidade à área do empreendimento que ocorrerá caso seja concluída, conforme previsto, a ponte sobre o rio Paraíba próxima a Campo Novo (São Francisco de Itabapoana), cujas principais estruturas já estão implantadas.

5.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)

A definição da AID socioeconômica foi feita considerando-se que esta deverá corresponder ao espaço conjunto das áreas de manifestação de algumas das principais transformações socioeconômicas associadas ao empreendimento, a saber:

� Zona potencialmente afetada no uso de recursos naturais e na continuidade de estratégias de sobrevivência tradicionais e consolidadas, em decorrência da instalação e operação do empreendimento. São assim consideradas as localidades cujas comunidades atuam na explotação econômica de recursos naturais terrestres ou marinhos nas proximidades do empreendimento, sobretudo, as comunidades pesqueiras de:

� Atafona (em São João da Barra); � Farol de São Tomé (em Campos dos Goytacazes); e � Gargaú, Guaxindiba e Santa Clara (em São Francisco de Itabapoana);

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� Localidades da vizinhança imediata do empreendimento, cuja população estará sujeita a uma percepção mais intensa e contínua da dinâmica de sua construção e operação. Destacam-se, neste conjunto, as localidades do 5º e no 6º Distritos de São João da Barra, situadas ao longo das estradas de acesso ao projeto, onde ocorrerão os aumentos de tráfego induzidos pelas obras de implantação do empreendimento e os impactos daí decorrentes; e

� Zona sujeita a transformações significativas na dinâmica socioeconômica em face da atração e fixação de vultosos contingentes populacionais vinculados às obras de implantação da infraestrutura e, futuramente, aos empreendimentos produtivos do DISJB, gerando, no espectro dos efeitos negativos, competição pelo uso de recursos territoriais e pela infraestrutura de serviços públicos, além da desarticulação de seu ambiente social rural. Incluem-se nesta definição:

� todas as localidades do município de São João da Barra; � os Distritos de Mussurepe e São Sebastião, em Campos dos Goytacazes � as localidades campistas do Distrito de Goytacazes do município de Campos

com elevado potencial de atração populacional em função da densa articulação viária com a área do DISJB e da oferta diferenciada de serviços urbanos, que correspondem aos bairros de Donana e Goytacazes; e

� as localidades do Distrito Sede do município de Campos dos Goytacazes situadas na porção adjacente ao limite norte do Distrito de São Sebastião.

Para delimitação da zona de abrangência destas últimas transformações, foram consideradas, principalmente, as indicações de zonas mais prováveis de adensamento demográfico do Estudo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do Distrito Industrial.

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V - 19/19Mapa 5-1: Mapa das Áreas de Influência (AII, AID e ADA) do Meio Socioeconômico.