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JUNHO DE 2019 - ANO VI - Nº 55 EXEMPLAR GRÁTIS FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ Páginas 22 e 23 CONVERSA DE E SQUINA COM FERNANDO D AMÁSIO EMISSÁRIO SUBMARINO CONSTRUINDO DESTRUINDO Página 24 J ACK O MARUJO POR NEI DUCLÓS Projeto é chamado de Sistema de Disposição Oceânica e vai despejar 917 litros de efluentes por segundo. Só em um mês, seriam 2,37 bilhões de litros de esgoto no mar. Custará mais de R$ 200 milhões. Páginas 3, 4 e 6 Em São José a prefeitura constrói um trapiche e reurbaniza o Centro Histórico. Página 11 Florianópolis não preservou o jardim do paisagista Burle Marx, que é homenageado em Nova York. Página 8 CASAN QUER JOGAR NO MAR DO CAMPECHE ESGOTO DE 17 BAIRROS Com o petisco Arancini de Siri, bar conquistou os paladares. Página 19 SUFOCOS GANHA EDIÇÃO 2019

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Page 1: EMISSÁRIO SUBMARINO CASAN QUER JOGAR NO … 055.pdfFlorianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz O custo de implantação do emissário submarino no

JUNHO DE 2019 - ANO VI - Nº 55

EXEMPLAR G

RÁTIS

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

Páginas 22 e 23

CONVERSA DEESQUINA COM

FERNANDO DAMÁSIO

EMISSÁRIO SUBMARINO

CONSTRUINDO DESTRUINDO

Página 24

JACK OMARUJO POR

NEI DUCLÓS

Projeto é chamado de Sistema de Disposição Oceânica e vai despejar 917 litros de efluentes por segundo.Só em um mês, seriam 2,37 bilhões de litros de esgoto no mar. Custará mais de R$ 200 milhões. Páginas 3, 4 e 6

Em São José a prefeitura constrói um trapichee reurbaniza o Centro Histórico. Página 11

Florianópolis não preservou o jardim do paisagista BurleMarx, que é homenageado em Nova York. Página 8

CASAN QUER JOGAR NO MAR DOCAMPECHE ESGOTO DE 17 BAIRROS

Com o petisco Arancini de Siri, barconquistou os paladares. Página 19

SUFOCO’S GANHAEDIÇÃO 2019

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2 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

EDITORJurandir Camargo

COMERCIALFernando Damásio

DESIGN GRÁFICORonaldo Ferro

DIRETORESFernando Damásio e Jurandir Camargo

CIRCULAÇÃOFlorianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz

ENDEREÇOSAv. Josué Di Bernardi, 185 - Sl 27 - Campinas, São José, SC - CEP 88101-200

Rua João Motta Espezim, 1.107 - Saco dos Limões, Florianópolis, SC - CEP 88045-400

Fone (48) 98477-1499www.bomdiafloripa.com.br

[email protected] / [email protected]

TIRAGEM: 6 MIL EXEMPLARESFUNDADO EM 11 DE OUTUBRO DE 2013

COLABORADORESCarlos Moura, Fernanda Damásio e Nei Duclós

Confirmando a tendência deoutros anos, 2019 tambémnão começou bem para os

jornais diários impressos de SC.Em fevereiro, segundo dados doIVC (Instituto Verificador deCirculação) a média/dia decirculação do DC foi de 12.526exemplares, 11% a menos do queem 2018. Como o jornal diz que éestadual, se dividirmos essatiragem pelos 295 municípioscatarinenses dá uma média de 42exemplares por cidade. A tiragemmédia do Hora SC foi de 12.309exemplares e o Santa, lá deBlumenau, 5.508 exemplares. ONotícias do Dia vem na rabeira,

com média de 3.469 exemplaresdiários, cerca de 20% menos que omesmo mês do ano anterior. Ojornal Bom Dia, que é mensal etem tiragem de 6.000 exemplares,no dia em que circula dá um banhono Notícias do Dia e também bateo Santa. Na Grande Florianópolis,vale mais anunciar nos chamadospequenos jornais, que têmcirculação maior, não encalham embancas porque são distribuídosgratuitamente, e o custo deinserção é menor. Só as agênciasde propaganda não enxergam isso.(Os dados do IVC forampublicados pelo jornalista ClaitonSelistre, do Portal Making Of).

TIRAGEM DOS JORNAISDIÁRIOS É RIDÍCULA

Visões da praçaUma bela imagem do Palácio Cruz e Sousa, visto de um ângulo

diferente, do meio da Praça XV. A foto é do jornalista João Cavalazzi emostra que sentar nos bancos do nosso principal logradouro ainda éreconfortante e uma boa oportunidade de apreciar o patrimônio cultural deFloripa.

João Cavalazzi/Divulgação/BD

Horário nobreJá está ficando

manjado a estratégia dosecretário deInfraestrura daprefeitura deFlorianópolis, ValterGallina, de darentrevista no elevadodo Rio Tavares só noshorários de poucofluxo. Com isso, asimagens das TVssempre mostram otrânsito fluindo semproblemas. Gallina temque aparecer noelevado fora do horárionobre, quando a filaestá dando nó. Que tal?

Até 24/6 Santa Catarina já tinharegistrado 20 casos de meningitebacteriana, com 3 mortes, segundodados da Diretoria de VigilânciaEpidemiológica. Os casos foramregistrados em 16 municípios.

Parece que SC está andando pratrás na saúde pública. Em São José,por exemplo, foram descobertos1.600 focos de mosquito dadengue. A cidade prepara umaguerra contra o aedes aegypti

Idade média?

Buraco fundoSe estados e municípios ficarem de fora da reforma da Previdência,

podem quebrar. O buraco é muito fundo. Santa Catarina, nosprimeiros quatro meses do ano, teve um déficit de R$ 1,4 bilhão. NoBrasil, só quatro dos 26 estados estão no azul. Vai adiantar aprovar areforma e deixar sem solução esse imenso problema?

Zé do CacupéA Ilha de Santa Catarina perdeu

mais um de seus personagenstradicionais com a morte do Zé doCacupé (25/6). Nascido José Elizeuda Silva, tinha 91 anos e criou, napraia do Cacupé, a partir de umavenda à beira da estrada geral, umdos restaurantes mais autênticos deFloripa, que virou referênciagastronômica. Zé do Cacupé,pescador, era uma figura folclórica,contador de casos. Teve uma vida

de aventuras desde que saiu de casa,aos 16 anos, na década de 1940, eganhou o Brasil de carona numnavio que zarpou de Itajaí. A Ilhaperde mais uma referência.

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3JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Oemissário submarino doCampeche é umverdadeiro Cavalo de

Tróia. O projeto, que osmoradores do bairro ainda nãoconhecem em detalhes, tem opomposo nome de Sistema deDisposição Oceânica (SDO) doSistema de Esgotamento SanitárioSul da Ilha (SES) da Casan, e prevêdespejar no mar do Campeche osefluentes de esgoto de 17 bairrosde Florianópolis.

O SES Sul da Ilha, uma futuramáquina de transporte de merda, éum sistema que compreende acoleta, tratamento de efluentes

domésticos e disposição oceânicadesse material coletado nos bairrosdo Campeche, Ribeirão da Ilha,Tapera, Lagoa da Conceição,Morro das Pedras, Armação,Pântano do Sul, Sambaqui, SantoAntônio de Lisboa, Cacupé, MonteVerde, João Paulo, Saco Grande,Trindade, Pantanal, Saco dosLimões e Costeira.

Segundo o Estudo de ImpactoAmbiental (EIA) feito pelaempresa gaúcha Polar Inteligênciaem Meio Ambiente, de PortoAlegre, com data de fevereiro de2017, o projeto planeja atender

população prevista para omunicípio em um horizonte de 50anos, com acréscimo da populaçãoflutuante de turistas no verão.

O “Cavalo de Tróia” teriacapacidade de despejar 917 litrosde efluentes de esgoto por minutoe atenderia, até o ano de 2060,433.864 habitantes. Esse total depessoas citado no relatório daPolar deixa dúvidas. Como aestimativa populacional do IBGEde 2018 diz que a Capital tem 492.977 habitantes, uma população de433.864 pessoas significaria que oemissário jogaria no mar os

efluentes de esgoto de 88% doshabitantes da Capital.

De qualquer forma, o volumede 917 litros por segundo deefluentes previsto para o Sistemade Disposição Oceânica(emissário) é assustador: em umminuto seriam despejados 55.020litros; em uma hora, 3.301.200litros; em um dia, 79.228.800 delitros de efluentes; em um mês, 2bilhões e 376 milhões de litros; eem um ano, 28 trilhões e 522milhões de litros de efluentes deesgoto seriam lançados nas águasdo Campeche. Um verdadeiro“mar de merda” tratada.

EMISSÁRIO SUBMARINO

NO MAR DO CAMPECHE, EFLUENTESDE ESGOTO DE 17 BAIRROSVazão prevista do emissário é de 917 litros por segundo. Em um dia, o mar receberámais de 79 milhões de litros de efluentes de esgoto. Em um ano, 28 trilhões de litros

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4 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Ocusto de implantação doemissário submarino noCampeche foi calculado

em R$ 190 milhões em 2017. Oprazo de construção está estimadoem 27 meses. Mas o emissáriodeverá custar bem mais do que issoe demorar mais tempo. Afinal,estamos no Brasil e ainda falta alicença ambiental, realizaraudiência pública e a Casan captaros recursos para a obra, entreoutras pendências. Por isso osnovos custo e prazo só saberemosquando o martelo for efetivamentebatido.

O que a população já questionaé que, com esse valor de R$ 200milhões a Casan poderia construirsistemas descentralizados, maisrápidos de implantar, fáceis deoperar, e com menos riscoambiental.

O Sistema de DisposiçãoOceânica planejado para OCampeche seria construído por ummétodo chamado de “PipeJacking”, que teria menor impactosocioambiental. Na faixa inicial,entre as dunas e a zona dearrebentação, seria tubulação deconcreto, e após a zona dearrebentação, tubulação depolietileno de alta densidade,ancorada no fundo do mar comblocos de concreto. O diâmetro datubulação é de 90 cm, e ocomprimento do emissário cercade 5 Km.

Segundo o Estudo de ImpactoAmbiental os benefícios do SDOCampeche, apesar dos bilhões delitros de efluentes de esgotojogados diariamente no mar,seriam a “diminuição das doençastransmitidas por água docecontaminada; melhoria daqualidade de vida da população;melhoria no tratamento de esgotoe nas condições de balneabilidade;ampliação do tratamento de esgotoa localidades não atendidas;melhoria da qualidade das baciashidrográficas do Sul da Ilha; emelhoria da qualidade das baías eenseadas do Sul“.

“O oceano tem grandecapacidade de diluição de cargasexternas, sendo muito baixa aprobabilidade de ocorrência dealterações e efeitos negativos para

o ecossistema marinho,organismos aquáticos e para ocontato primário. O lançamentoocorre longe da praia, diminuindoo potencial de causar desconfortopara as pessoas e alterações nabalneabilidade“, diz o EIA.

A Casan sustenta que oemissário submarino “é umequipamento estrutural para acidade, uma alternativa de grandeimportância para solucionar adisposição final de efluentestratados em uma cidade comoFlorianópolis − uma ilha quepossui rios, em sua maioria, depequeno porte e vazão limitada.Os emissários são equipamentosutilizados em diversas cidades domundo e quando adequadamenteplanejados e construídos protegemas áreas litorâneas com ambientesfrágeis como manguezais e praias,como é o caso de Florianópolis“.

Onde será? - A Casan já fezestudos sobre o lugar por ondepassaria o emissário. Será “numeixo perpendicular à linha da costalocalizado ao norte da Ilha deCampeche e distante 5.300 metrosda mesma“. De acordo com osmapas, pode ser na região entre aLagoinha Pequena e NovoCampeche. É a localização maispróxima da estação de tratamento,que fica perto da cachoeira, no RioTavares. O ponto facilitaria aconexão com a rede que virá comos efluentes da ETE da Lagoa.(Veja o mapa).

No último dia 24/6 houve umadiscussão com a comunidadedentro da Frente Parlamentar deMeio Ambiente, no Rio Tavares.

Quatro fasesA implantação do projeto do

Sistema de Disposição Oceânica(SDO) do Sistema deEsgotamento Sanitário Sul da Ilha(SES) será em quatro fases.

A primeira é a ETE (Estação deTratamento) no Rio Tavares,aquela que as obras já começarame pararam várias vezes. Receberiaesgoto da rede coletora doCampeche, Ribeirão da Ilha eTapera (parte da rede doCampeche está implantada e nos

outros dois bairros ainda tem queimplantar). A ETE faria“tratamento primárioquimicamente assistido, reatorMBBR anóxico, filtro biológicoanaeróbio e tratamento UV, tendoseu efluente tratado lançado noRio Tavares“, segundo o EIA.

Na fase SDO, que é o emissário,teria que ser construído o Sistemade Disposição Oceânica para olançamento dos efluentes deesgoto tratados no mar. Oemissário teria aproximadamente5.000 metros. Isso quer dizer queos efluentes de esgoto (79 milhõesde litros por dia) serão lançados auns 3.000 metros de distância deuma linha além da Ilha doCampeche. Muita gente sustentaque a distância da boca doemissário seria muito próximo dapraia.

Nesta fase do SDO, segundo o

estudo, a ETE Campeche mudariaa sua configuração em virtude doaumento da vazão estipulado parao projeto SES Sul da Ilha. Assim, aETE deverá ter minimamentetratamento primário avançado,com previsão de desinfecção comomedida de segurança.

Seria, então, implantada a redecoletora nos bairros Morro dasPedras, Armação e Pântano do Sul.Nessa fase, os efluentes da ETECampeche e da ETE Lagoa seriamunidos em emissário terrestre, paraentão serem lançados no oceano.

A última fase é o Setor CentroOeste da Ilha, que deverá ter aampliação de toda a rede coletora,para atender Sambaqui, SantoAntônio de Lisboa, Cacupé, MonteVerde, João Paulo, Saco Grande,Trindade, Pantanal, Saco dosLimões e Costeira.

EMISSÁRIO SUBMARINO

CUSTO PASSARÁ DE

R$ 200 MILHÕES

A CASAN já fez estudos sobre o lugar por onde passará o emissário.Será “num eixo perpendicular à linha da costa localizado ao norte daIlha de Campeche e distante 5.300 metros da mesma“. De acordo com osmapas, pode ser na região entre a Lagoinha Pequena e Novo Campeche.

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FRITA, GRELHADA, ENSOPADA, ESCALADA, RECHEADA, NO FEIJÃO,A PORTUGUESA, COM LEITE DE COCO, OVAS FRITAS E MUITO MAIS

07JULHO2019

MÚSICA AO VIVO A PARTIR DAS 15:30H

L a g o i n h a P e q u e n a - C a m p e c h e - 3 3 3 8 - 2 2 2 7

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6 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Em 1840, quandoFlorianópolis ainda eraDesterro, as “Posturas

Municipais” já determinavam: “Asimundícies e águas sujas quepossam exalar “miasmas” einfectar o ar, não sejam lançados àrua, mas, juntamente com osdetritos dos curtumes (sejam)jogados ao mar”.

Este relato, extraído do livroNossa Senhora do Desterro, deOsvaldo Rodrigues Cabral (1979),pelos engenheiros sanitaristasElsom Bertoldo dos Passos eFlávia Vieira Guimarães Orofino ereproduzido no seu trabalho “OSaneamento Básico na Ilha”,mostra que Florianópolis faz domar a sua latrina há séculos.

Em 1862 chegaram a serconstruídos três trapiches para olançamento de esgoto e lixo aomar. Um ficava próximo ao ForteSanta Bárbara, na cabeceira insularda ponte Hercílio Luz; outro juntoao Mercado Público e o terceironas proximidades da Praça XV.Mas a população insistia com arotina de lançar seus detritos emlocal já consagrado: o meio da rua.

Em 1877 foi realizada aprimeira concessão para remoçãode lixo e esgotos, que deveriam sertransportados à noite em barris oucubos, para serem lançados ao mardos trapiches. No ano de 1886,foram contratados lanchões paratransportar os dejetos e lançá-losao mar em pontos mais afastados,para evitar que a imundície voltasseàs praias.

Naquela época, as praias eramtidas como os locais maisadequados para receber os dejetos,influenciando, inclusive, no modocomo eram dispostas asconstruções: a parte dos fundosdas casas era voltada para o mar

justamente para permitir olançamento dos despejos. E, porincrível que pareça, essa condiçãovalorizava o imóvel. Um anúncioclassificado do jornal O Dia,edição de 10 de agosto de 1905,estampava: “Vende-se uma casa echácara à rua Bocayuva, comacomodações para grande família,com água, esgotos para o mar,onde faz fundos... (Os esgotossanitários em Florianópolis, deDalton Silva, 1989)”.

A cidade tinha péssimascondições de salubridade e apopulação sofria com inúmerasdoenças. A situação só melhoravaum pouco quando chovia muito eas grandes enxurradas e fortesventos davam a impressão de umacidade mais limpa e arejada.

O tempo passou e a situaçãonão mudou muito. A praia deCanasvieiras virou um mar demerda no verão de 2016, as praiassem balneabilidade aumentaram e

a população, castigada por virosese diarreias, entupiu os serviços desaúde.

Estamos em 2019, quase 2séculos depois do aviso contra asimundícies. Ninguém mais jogamerda na rua, pela janela. Áreas dacidade já têm rede coletora de

esgoto e estação de tratamento,mas o mar continua sendo umgrande lixão, destino inevitável dosdejetos urbanos. O rio do Brás e atragédia sanitária de Canasvieiras; orio do Noca, que polui a praia doCampeche, e nossas praias e baíasapodrecendo só comprovam queevoluímos muito pouco.

HÁ 200 ANOS JOGAMOS ESGOTO NO MARA poluição das praias, que explodiu depois da tragédia fecal no rio do Brás, em Canasvieiras,foi só mais um aviso de que a degradação sanitária na Ilha de Santa Catarina chegou ao limite

CASTELINHOSO primeiro sistema de esgotos de Florianópolis só começou a ser

implantado em fevereiro de 1913, no governo de Vidal Ramos, eabrangia apenas a área central da Ilha. A obra foi paralisada em 1914,pela 1ª Guerra Mundial e a falta de verbas. Foi concluída emsetembro de 1916, no governo de Felipe Schmidt. A Capital tinhacerca de 15 mil habitantes. Os “Castelinhos”, marcos dessa época,foram construídos em 1916 (existem três) para abrigar o sistema debombas elevatórias. Têm 103 anos.

Fotos: Divulgação/BD

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8 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Em Florianópolis, passamosvergonha. O Parque DiasVelho, jardim construído

por Roberto Burle Marx no aterroda Baía Sul há exatos 40 anos, em1979, e que poderia ser umareferência mundial de paisagismo,foi vítima da falta de planejamento,conhecimento cultural e histórico,e da omissão de vários prefeitos daCapital. A cidade tinha nas mãosum tesouro, criação do maisimportante paisagista do SéculoXX, e destruiu.

Aqui nós destruímos sua obra.Mas, lá fora, o paisagista brasileiroBurle Marx (1909-1994) recebeuma magnífica homenagempóstuma no Jardim Botânico deNova York, a maior da história doJardim, que levou três anos paraser organizada, foi aberta dia 22/6e encanta gente de todo o mundo.

Burle Marx, que é classificadocomo gênio pelo curador daexposição, Edward Sullivan,morreu há 25 anos e executou maisde 3 mil projetos em vários lugaresdo Brasil e do mundo. Aurbanização do Aterro doFlamengo, no Rio, é uma obra suaimortalizada. Como as ondas do

calçadão de Copacabana. A exposição do Jardim

Botânico de Nova York quehomenageia este grande brasileiro,maior paisagista do Século XX, vaiaté setembro e deveríamos sentirorgulho disso.

Parque - O projeto do ParqueDias Velho, que ia das cercanias doTerminal Rita Maria até a divisacom a Praça Tancredo, incluindotoda a orla, além dos jardins queforam construídos, previa trêspassarelas para unir a área centralcom a orla da Baía Sul. Foiconstruída apenas uma. Sem arelação da população com o mar, oparque virou um grande vaziourbano e a falta de manutençãonos chafarizes, nos pisos, nailuminação, no banheiro público eno paisagismo foi o começo do seufim.

Abandonada, a obra de BurleMarx começou a ser degradada.Carros sob a grama e os pisos depedra portuguesa, estacionamentode ônibus, camelódromo, terminalurbano. Ocupações provisóriasviraram definitivas, como aPassarela Nego Quirido e o Centrode Convenções. Também ganhou

uma estação de tratamento deesgoto. Restaram algumas grandespalmeiras que teimam em manterviva a história do maior parqueurbano que a cidade já teve.

Há quem atribua esse descasocom o jardim de Burle Marx àreação do corpo de urbanistas doIpuf, que à época preparava oplano diretor da Capital e não foiconsultado pelo governo, que foiquem executou a obra.

O parque de Burle Marx,inaugurado em 1979, nunca foiintegrado à cidade. A maior e maisnobre área pública da Capital,depois de transformar-se em umjardim, foi ocupada porconstruções e puxadinhos de todotipo. E, depois de 40 anos,ninguém sabe o que vai acontecercom esta grande área.

Os últimos vestígios dainsensatez com a obra de BurleMarx ficaram ali até pouco tempo,amontoados, como que para darum ar definitivo de ruína ao que jáfoi uma bela obra do maiorpaisagista do Século XX: osentulhos da demolição docamelódromo que ficava ao ladoterminal Cidade de Florianópolis.

Uma justa homenagem –Agências de notíciasinternacionais, como a francesaReuters, tratam a exposição doJardim Botânico de Nova York emhomenagem ao brasileiro comoum grande acontecimento. “É umparaíso tropical de exuberantespalmeiras e bromélias inspirado emuma força da natureza, RobertoBurle Marx“. E reforça que aexposição aguarda neste verãomilhares de nova-iorquinos eturistas.

O brasileiro é classificado comoo “audaz arquiteto paisagista, íconedo modernismo, artista,explorador, cientista, pioneiro daecologia“.

Descobriu dezenas de novasespécies, desenhou mais de 3.000parques e jardins públicos eprivados no Brasil e, também, naVenezuela, nos Estados Unidos esudeste asiático.

Na exposição, além de imensosjardins, também poderão ser vistasvárias das pinturas, desenhos etecidos feitos por Burle Marx nosúltimos 30 anos. Um grandeacontecimento.

PARQUE DIAS VELHO

A OBRA DE BURLE MARX QUEFLORIPA DESTRÓI HÁ 40 ANOSNos EUA, arquiteto, considerado o grande paisagista doSéculo XX é homenageado com a maior exposição jáfeita pelo Jardim Botânico de Nova York

ROBERTO

BURLE

MARX

NYB

G/D

ivulga

ção

JARDIM feito por um ex aluno de-Burle Marx para a exposição em Nova York Jardim de Burle Marx no aterro da Baía Sul, em Florianópolis

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9JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Rua Joâo Motta Espezim,860Saco dos Limões - Florianópolis/SC

(48) 999316262odonto_especil

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Oprefeito de Florianópolis,Gean Loureiro, voltou aotrabalho depois uma

semana negra. O desembargadorfederal, Leandro Paulsen, doTribunal Regional Federal da 4ªRegião (TRF-4), de Porto Alegre,que determinou que fosse preso elevado à sede da Polícia Federal, nodia 18 de junho, e ainda expediumandado de busca e apreensão nacasa e no gabinete do prefeito,determinou sua volta ao cargo nodia 24/6.

Na noite segunda (24), já naprefeitura, Gean disse que se sentiaabsolvido: "Foi eliminada qualquerrestrição contra a minha pessoa".

Ele negou a existência de salade contraespionagem na prefeiturae que tivesse contato com osoutros envolvidos na OperaçãoChabu. Disse que a prisão e oafastamento foram os episódiosmais tristes de sua vida, mas quetoda essa situação deu mais

vontade de ser prefeito, detrabalhar pela cidade.

O desembargador, na decisão,considerou que não havia fatonovo depois da busca e apreensãoe, por isso, determinou que oprefeito retornasse imediatamenteao cargo. O MPF já havia semanifestado favorável que Geanreassumisse a prefeitura, mas aPolícia Federal foi contra.

A Operação Chabu investiga ovazamento de informações sobreoperações policiais. Seis pessoasforam presas temporariamente(todas já em liberdade) ecumpridos 23 mandados de buscae apreensão. Além do prefeito, sãoinvestigados empresários, delegadofederal e servidor da PolíciaRodoviária Federal (PRF).

Reações - Duas questõesobservadas na Operação Chabu: a)As emissoras de TV e os jornaisdiários, colunistas e vários blogs,

que escracharam o prefeito depoisde sua prisão pela PF, agora abremamplos espaços na tentativa deredimir-se pelo julgamentoapressado de Gean; b) A PolíciaFederal, aos olhos de algunssegmentos de Florianópolis,também só dá tiro na água. Arápida liberação de Gean Loureiroe dos outros envolvidos seriauma prova do açodamentodas operações da PF, queprende sem provas edestrói reputações. Aocaso do reitor da UFSC,Luiz Carlos Cancellierde Olivo, que se jogoudo vão do ShoppingBeira Mar e morreu,depois de ser presona OperaçãoOuvidos Moucos,juntam-se agoraos perseguidosda OperaçãoChabu.

GEAN ESTÁ DE VOLTA

OPERAÇÃO CHABU

Miriam Zomer/Agência AL/Divulgação/BD

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11JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Em agosto próximo oCentro Histórico de SãoJosé ganha de volta o seu

trapiche. A estrutura está em fasefinal de implantação pelaprefeitura, na orla que fica atrás doprédio da Câmara de Vereadores.O investimento é de R$ 2,9milhões, valor proveniente dadevolução de recursos feita pelaCâmara ao município.

O novo trapiche será uma voltaao tempo em que São José , umapequena comunidade, tinhaprofunda ligação com o mar. Aolongo da história, quando a atual

Praça Arnoldo de Souza ainda eraum descampado de terra, havia naorla um trapiche que serviu deporto de embarque de pessoas emercadorias, e permitia a ligaçãoentre São José e a Ilha de SantaCatarina (Florianópolis). Nos seuslongos anos de uso, o trapiche foireconstruído diversas vezes, atéque na década de 1950 a estruturanão resistiu mais. Depois de quase70 anos, só restou a base de algunspilares.

O novo trapiche terá cerca de80 metros de comprimento, com3,6 metros de largura, e uma

estrutura fixa e outra flutuante. Vaipermitir que os moradores doCentro Histórico, o distrito sede,retomem sua convivência com omar.

Na obras de reurbanização, umnovo calçamento já estápraticamente pronto, na orla e noentorno da quadra de futebol degrama sintética. A quadrapoliesportiva também está em fasefinal. E estão avançadas as obrasda nova praça, com o plantio deárvores adultas; e já ficou pronta aescadaria de contemplação do mar.O espaço terá ainda academia,

jardim de acesso ao trapiche e onovo jardim da Câmara. Arevitalização prevê também aconstrução de um bicicletário,parede de escalada para crianças, ecolocação de mobiliário e sistemade iluminação com lâmpadas LED

“Neste momento, trabalhamosna pavimentação e no paisagismoda praça. Está em finalização todaa estrutura do trapiche e acolocação da grama sintética daquadra de futebol”, explica osecretário de Planejamento deAssuntos Estratégicos, Rodrigo deAndrade.

Para a prefeita Adeliana DalPont, a construção do trapiche e arevitalização do Centro Históricoserá um marco para a cidade, poisvai possibilitar a prática de esportesnáuticos, viabilizar o transportemarítimo, e valorizar a cultura e odesenvolvimento da economia.

As obras do trapiche e areurbanização da orla do CentroHistórico e começaram emdezembro de 2018. Na assinaturada ordem de serviço, o prazofixado para a execução foi de oitomeses. Com a entrega dareurbanização prevista para agosto,o prazo deve ser cumprido.

CENTRO HISTÓRICO

TRAPICHE E ORLA URBANIZADA,REENCONTRO DE SÃO JOSÉCOM MARDepois de quase 70 anos, distrito sede volta a ter um trapiche nomesmo lugar onde ficava o velho atracadouro, que caiu em 1950. ANTIGO TRAPICHE do Centro Histórico funcionou até 1950

NOVO TRAPICHE, que tem 80 metros, vai ser inaugurado em agosto

Secom/PMSJ/Divulgação/BD

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12 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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13JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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14 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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15JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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16 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

VISÕES DA CIDADEAbri meu baú eletrônico e lá estavam algumas fotosfeitas ao longo dos anos sobre tendas espalhadaspela cidade. É uma memória interessante. Às vezes,assim do nada, Floripa se enche de tendas. Equando isso acontece, a Ilha, que é da magia,aumenta seu estoque de lendas. (Jurandir Camargo)

Na tenda do Vostok tem palhaço e trapezista.A lona do circo é azul. Protege da chuva oespetáculo e o riso.

A tenda do Natal é mágica. Tem torres de Catedral.

Na beira daestrada, a tenda

da reza tinha lonade circo. Prometia

vida abundantepra gente de

boa fé.

Na feirinha deartesanato, astendas sãopara todas astribos. Pareceuma aldeia.

Branca emisteriosa,essa tendanão há quementenda. É aprópria lenda.

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17JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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18 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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19JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Foi um verdadeiro presentede aniversário. O restauranteSufoco´s, que este ano

completa 30 anos, sagrou-secampeão da edição do Comida diButeco de 2019, em Florianópolis,no dia 4/6, com o petiscoArancini de Siri, um deliciosobolinho de risoto recheado comsiri e catupiry, frito na farinhapanko. Agora vai disputar oconcurso nacional em busca dotítulo de melhor comida de botecodo Brasil.

Mas não foi só uma vitória.Antes, o bar ganhou um chequede mil reais pela conquista doPrêmio Perdigão no Comida DiButeco, com uma Focaccia comLinguiça, classificada pelos juradoscomo o melhor petisco da marca.

O bar e restaurante écomandado pelos sócios ecunhados Pedro Luís Prando daSilva, o Pedrão, e Édison AdrianoDaniel, o famoso Edinho, e fica naAv. Campeche, em frente aLagoinha Pequena, uma das vistasmais privilegiadas para quem gostade ver a lua nascer comendoexcelente comida, com bebidassempre geladas e ótima música aovivo.

No "Comida di Buteco ", oSufoco´s enfrentou iguarias de 15bares concorrentes. E a disputanacional começou logo emseguida. Jurados já visitam oscampeões de cada cidade paraavaliar os mesmos critérios e

escolher a melhor comida deboteco do Brasil. A premiação seráem julho.

História - O Sufoco´s Bar eRestaurante existe desde 1989. Erauma pequena choupana à beira dapraia do Campeche. O nome, dadopelo proprietário Edinho Daniel,veio da dificuldade paratransportar (muitas vezes nascostas) engradados de cerveja,

botijões de gás e sacos de batata daestrada até a praia, pelas dunas.

Desde aquela época, na décadade 90, o Sufoco´s é uma referênciacultural. Muitos músicos e bandaspisaram na areia do Campechepara tocar. Os luaus eram muitoconcorridos. No sábado deCarnaval, ainda acontece otradicional campeonato de surfedo bairro, o Surfocos, que também

já tem quase 30 anos e é um dosmais antigos do país.

O restaurante mudou para oatual endereço, a Av. Campeche,em frente à Lagoinha Pequena, em2001. A estrutura tocada porEdinho cresceu, com a entrada dosócio Pedrão. Hoje, o Sufoco´s éum dos lugares mais tradicionaisda Ilha. Mas, para conhecer emdetalhes, precisa ir até lá.

UM BRINDE AO NOSSO BAR DE CADA DIASufoco’s Restaurante, do Campeche, foi campeão do Comida di Buteco com oArancini de Siri, e ainda levou o Prêmio Perdigão, com a Focaccia com Liguiça

EDINHO E PEDRÃO (nas pontas da foto), sócios do restaurante vencedor

Roberto Pacheco/Divulgação/BD

Lind

a La

ranja/

Divulga

ção/

BD

Arancini de Siri, o prato vencedor Restaurante fica em frente a Lagoinha Pequena

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20 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

[email protected]

DESTAQUEFernanda

PipocaArraiá da Escola Aloha, do Campeche

PassarelaLaura e Marina clicadas para a coleção de inverno daElefante Baby e Kids, pela fotógrafa Caroline Lima

FeijãoNata, professor da academia Aftiness, tem feito o maiorsucesso junto aos seus alunos. E já começa a preparar suagrande feijoada para o mês de Julho.

NiverCristiane Rosacomemorou seuaniversário junto afamília, em AlfredoWagner, na SerraCatarinense.

BatismoA família Moreira batizou, num final de semana, a pequena Rafaela.Na foto a vovó Regina e os pais Rodolfo e Fernanda.

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21JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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22 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fernando Damásio

e-mail: [email protected](48) 98477-1499

Bela famíliaZenaide, Raul, Karoliny e Eduarda sempre

unidos e felizes, valorizando a vida em família.

Entrevista imperdívelO ex-Prefeito Fernando Elias concedeu

uma ótima entrevista ao programa O Povono Rádio, na Mais Alegria, emissora ondeeste radialista e colunista completou umano no ar, de segunda a sexta.

TietagemEmpresário Telmo Petry, acostumado com

com o mundo das celebridades, não resistiu aoportunidade de tietar o grande ídoloMarquinho, do Avaí.

Semprejuntos

Grupo dejornalistas e analistasque se reúne todas as

quintas-feiras norestaurante Sufoco's,em frente à Lagoinha

Pequena, na Av.Campeche, para

colocar o papo emdia e atualizar os

assuntos.

Pica-PauGilberto Luz, o

popular Pica-Pau, foiconvidado especialdo requintado jantarcom a família dodoutor MarcoAurélio Moreira, nacidade de Balneáriode Camboriú.

Dupla dinâmicaValdemar Bornhausen, curtindo férias,

encontrou o boa praça Maikon em Daytona,na Flórida. Maikon mora nos EUA eaproveitou para colocar o papo em dia sobreos assuntos de Santa Catarina.

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23JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Mulheres na políticaVereadoras Cristina, Giomara, Aline,

Sandra Martins e Meri Hang (fileira detrás) formam o atuante bloco feminino naCâmara de São José. Poucas cidadescatarinenses têm tantas mulheres comparticipação efetiva na política. Faz parteda história do município. É de São José aprimeira mulher eleita para Presidente deuma Câmara de Vereadores em SantaCatarina. Foi Albertina Krummel Maciel,que comandou a Câmara na Legislatura1963-1964. Nascida na cidade no dia 24de fevereiro de 1911, foi a primeiramulher a ocupar uma cadeira nolegislativo josefense (1963-1967).

Grande pilotoVicente Orige, do grupo Santa Fé

(camiseta cinza), ao lado da sua super-máquina e da qualificada equipe. O pilotocatarinense é destaque a nível nacional,figurando sempre no posto mais alto dopódio. Parabéns.

Equipe do viceAdemir, Gisele, Amanda e Vanilton

formam um grupo unido que atua nogabinete do vice-prefeito de São José,Neri Amaral.

Niver do CesinhaDalva, Marcia, Ferreira (Zé Bagrinho), Cesinha e Mario

curtiram uma bela noite entre irmãos.

CONVITEEXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DO LIVRO

“Cleber saiu da linha”Local: Território Invisível

Travessa Jorge Bráz, 64, Campeche.Data: 6 de julho Hora: 15h

Omar Rosario e Elvira Nardone.

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24 JUNHO DE 2019Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

- O sr. está então convencidoque a terra é plana, capitão?

- Para os europeus sempre foi,disse Jack o Marujo. Até quedescobriram o outro lado do mar.Se jogaram no abismo e viramque dava pé.

- Onde está o sr., capitão? - Estou calado, portanto

invisível, disse Jack o Marujo.

- Qual seu patrimônio,capitão?

- O respeito dos camaradas e otemor que me dedica a bandalha,disse Jack o Marujo.

- Como a Terra poderia serplana se aparece nas fotos comoum globo?

- Ela se encolhe, como o tatubola, disse Jack o Marujo.

- O sr jogou sua biografia nolixo ao abraçar a teoria da terraplana, capitão.

- A teoria é uma bobagem.Serve apenas para peitar asoberba heliocentrista. Balançar oparadigma abre portas, disse Jacko Marujo.

Se continuar criticando aesquerda será acusado de fascista,capitão.

-Sou também acusado decomunista quando critico adireita. É o divertimento deles.Somos o play-ground dessacanalha, disse Jack o Marujo.

- Ficar em cima do muro étambém ter lado, não dá para

escapar, disse o ideólogo. - Tenho o mar, que não

compactua, disse Jack o Marujo.

- Sempre achei que homemnão ama, disse a Sereia.

- E é verdade, disse Jack oMarujo. Eu apenas me perdi noteu olhar.

- O sr. se repete muito, capitão. - O mar é sempre o mesmo,

disse Jack o Marujo. As palavrasque valem permanecem. E osnovos precisam escutar pelaprimeira vez o que os veteranos jásabem.

- Quando o seu navio seafasta, some primeiro o casco,depois as velas e finalmente agávea. Isso prova a curvatura daterra, capitão.

- Pode ser. Mas o horizontepermanece em linha reta, disseJack o Marujo.

- Não sou melhor do queninguém, capitão.

- Não há controvérsias, disseJack o Marujo

Se a gravidade não existe,como sustentam os terraplanistas,o que provoca o peso naspessoas, capitão?

- Churrasco, massa e cerveja,disse Jack o Marujo.

- Existe globalização na teoriada terra plana, capitão?

- Sim. Chama-seterraplanagem, disse Jack oMarujo.

- A Terra se move, o homem éuma evolução das bactérias, asplacas tectônicas boiam nomagma, o universo surgiu do bigbang e está em expansão, e agravidade é resultado dacurvatura do espaço, capitão.

- Estava discutindo isso ontemcom o Papai Noel, disse Jack oMarujo.

- O sr. nunca circunavegou oglobo, capitão?

- Só fiz viagens de bate e volta,igual a Colombo, disse Jack oMarujo.

- Deus fez todos os planetasredondos, menos a Terra, que éplana. Como foi isso, capitão?

- Ele deixou cair no chão eresolveu aproveitar o material,disse Jack o Marujo.

- Situação está perigosa,precisamos emigrar, capitão.

- Moro no horizonte, ondeninguém pode chegar, disse Jacko Marujo.

- Homem sabe amar, capitão? - Não, mas pode aprender,

disse Jack o Marujo.

- Estamos todos no mesmobarco, capitão.

- Só o mar que é outro, disseJack o Marujo.

- O sr se acha, não é mesmo?- Eu sou o que me acho. Só

quem não é fica procurando,disse Jack o Marujo.

O TERRAPLANISTADO MAR

NEI DUCLÓS

Para o capitão Jack o Marujo a teoria da terraplana é uma boa oportunidade para continuar

chutando o balde das perguntas.

JACK NUMTEMPO MAU

Jack, o Marujo, nunca disse"bem vindo a bordo". E quandoalguém diz, vai para a prancha.

O que é estibordo? perguntoua madame. É o oposto debombordo, disse Jack o Marujo.

E como está o velame?perguntou o folgado. Posso teamarrar nele junto com ocordame, disse Jack o Marujo. Aítu me diz como está.

Vamos sair em passeata contraa corrupção, disse a estudante.Quanto vão pagar? perguntouJack o Marujo.

O senhor é umdesavergonhado pessimista, dissea televisiva. Eu apenas mudo decanal, disse Jack o Marujo.

O senhor voltou muitoengraçadinho, disse a madame.Melhor assim, se eu perder ohumor vou jogá-la aos tubarões,disse Jack o Marujo.

Vou inspecionar a gávea, disseo fiscal. Não faça isso, disse Jack oMarujo. O encarregado do lugarmorreu a semana passada e aindanão conseguimos tirá-lo de lá.

O senhor acha que existe climapara personagens como o senhor,tão obsoleto? disse ovanguardista. Claro que não, disseJack o Marujo. Sou apenas a mánotícia quando anunciam tempobom.

Vai ser emocionante estaviagem, não vai? disse adeslumbrada. Vai, disse Jack oMarujo. Vou amarrá-la no mastropara descobrir a sensação.

Pensei que o senhor tinhaamaciado com a Sereia, disse oImediato. Se fosse assim ela teriame jogado fora do barco, disseJack o Marujo.