capítulo i
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Esse texto busca estabelecer critérios de segurança, visando clínicas estéticas.TRANSCRIPT
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CAPÍTULO I:
OS DESAFIOS
Não há mais a amplitude do sabe, pois estão cada vez mais
fragmentados e divididos em disciplinas, que em oposição os problemas estão
cada vez mais abrangendo outras disciplinas, sendo mais globais e planetários.
A especialização impede a participação na problemática global, pois os
problemas não são parceláveis e sim globais tornando-se cada vez mais
essenciais.
O retalhamento da disciplina impede a aprendizagem do todo. Isto
diminui a reflexão e a compreensão impossibilitando uma visão a longo prazo.
Quanto mais os problemas se tornam maiores menor a capacidade de resolve-
los.
Somos criados desde pequenos a decompor e eliminar tudo aquilo que
causa desordem e contradições em nosso entendimento. Os jovens acabam
por perder a capacidade de contextualizar e ligar os saberes para integra-los.
Cita como desafios para a organização desses saberes: o desafio
cultural, desafio sociológico e o desafio científico. O primeiro diz respeito entre
a cultura das humanidades (cultura genérica, de inteligência geral, que estimula
a reflexão sobre o saber e favorece a integração pessoal do conhecimento) e a
cultura científica, enraizada pela razão, e desprovida de mais globais. O
segundo desafio proposto pelo autor se refere ao desafio sociológico, em que
pese, o crescimento cognitivo deva estar constituído em tríade harmonia com a
informação, o conhecimento e pensamento. Como último desafio, tem-se o
desafio cívico, em que o enfraquecimento de uma percepção global leva ao
enfraquecimento do senso de responsabilidade – cada um tende a ser
responsável por sua tarefa especializada -, bem como enfraquecimento da
solidariedade – ninguém mais preserva seu elo orgânico com a cidade e seus
concidadão. A percepção do global conduz ao aumento da responsabilidade
individual.
COMENTÁRIO:
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Os saberes estão fragmentados em disciplinas, e desde pequenos somos
criados a pensar de retalhada nos impossibilitando de ter uma visão ampla que
nos permita refletir e compreender o todo, pois os problemas estão mais
globais e menos parceláveis. Cita três desafios essenciais para organização do
saber, que são os desafios cultura, sociológico e cívico.
O problema crucial na contemporaneidade é o da necessidade de se destacar
todos esses desafios citado como interdependentes. Para o autor, a reforma do
ensino deve levar à reforma do pensamento, e a reforma do pensamento deve
levar à reforma do ensino. A finalidade de nossa escola é ensinar a repensar o
pensamento, a des-saber o sabido, a questionar a própria vida.
CAPITULO II:
A CABEÇA BEM-FEITA
O significado de “Cabeça bem cheia” é uma cabeça repleta do saber e
“Uma cabeça Bem feita” é se dispor a aptidão geral e princípios que permitam
interligar os saberes.
Quanto maior a inteligência geral, maior a capacidade de tratar os
problemas especiais. É necessário estimular o pleno emprego da inteligência
geral através da curiosidade.
Assim, tendo como ensejo o desenvolvimento dessas competências
cognitivas em lidar com os problemas é que a Educação deve visar, desde
cedo, ao estímulo, a crítica e a curiosidade em resolver os problemas
fundamentais de nossa condição humana.O pensamento deve ser organizado
em uma cabeça apta, com vista a não acumular pensamentos estéreis.
Ao fazer esta colocação o autor considera que nossa civilização e
conseguinte, nosso ensino privilegiaram a separação em detrimento da ligação,
e a análise em detrimento da síntese.
Como nosso modo de conhecimento desune os objetos entre si,
precisamos conceber o que os une. Como ele isola os objetos de seu contexto
natural e do conjunto do qual fazem parte, é uma necessidade cognitiva inserir
um conhecimento particular em seu contexto e situá-lo em seu conjunto. É a
partir dessa aptidão para contextualizar e globalizar que o saber torna-se um
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imperativo da educação. O autor considera também que a revolução científica
do século XX, mas precisamente a partir dos anos 60 gerou desdobramentos
que levaram a ligar, contextualizar e globalizar os saberes, antes fragmentados
e compartimentados nas disciplinas. Essa mudança de pensamento permite ao
aluno de hoje pensar de maneira mais abrangente e completa, a entender-se
como parte de um sistema complexo, um sistema planetário. Estes sistemas
são constituídos a partir de interações, retroações, inter-retroações entre
unidades que se organizam por si próprios.
COMENTÁRIO:
O saber é diretamente proporcional a capacidade de resolução de
problemas. O pleno emprego da mesma aplica-se ao exercício da curiosidade
pois através dela ocorre os questionamentos e então a necessidade da procura
de mais conhecimento. Como o autor diz a inteligência geral necessita de
ligação com total com a dúvida.
O conhecimento abrange, concomitantemente, separação e ligação,
análise e síntese. Na nossa civilização, esses aspectos não recebem o mesmo
tratamento. Ligação e síntese continuam subdesenvolvidas, porque a
separação e a acumulação são privilegiadas, sem ligar os conhecimentos.
CAPITULO III
A CONDIÇÃO HUMANA
Edgar Morin afirma que o estudo da condição humana não depende
apenas do ponto de vista das ciências humanas. Não depende apenas da
reflexão filosófica e das descrições literárias. Depende também das ciências
naturais renovadas e reunidas, que são: a Cosmologia, as ciências da Terra e
a Ecologia. O autor afirma que trazemos dentro de nós, o mundo físico, o
mundo químico, o mundo vivo, e, ao mesmo tempo, deles estamos separados
por nosso pensamento, nossa consciência, nossa cultura. Assim, Cosmologia,
ciências da Terra, Biologia, Ecologia permitem situar a dupla condição humana:
natural e metanatural. Conhecer o humano não é separá-lo do Universo, mas
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situá-lo nele. Assim, todo conhecimento, para ser pertinente, deve
contextualizar seu objeto. “Quem somos nós?” é inseparável de “Onde
estamos, de onde viemos, para onde vamos?”. Morin destaca ainda que
estamos, a um só tempo, dentro e fora da natureza. Somos seres,
simultaneamente, cósmicos, físicos, biológicos, culturais, cerebrais, espirituais.
A terra em que vivemos não é a soma do planeta físico, de uma biosfera e da
humanidade, ela é a totalidade complexa físico-biológica-antropológica. A
humanidade é, pois, uma entidade planetária e biosférica. O ser humano, ao
mesmo tempo natural e supranatural, deve ser pesquisado na natureza viva e
física, mas emerge e distingue-se dela pela cultura, pensamento e consciência.
Tudo isso nos coloca, segundo Morin, diante do caráter duplo e complexo do
que é humano: a humanidade não se reduz absolutamente à animalidade, mas,
sem animalidade, não há humanidade. O ser humano nos é revelado em sua
complexidade: ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural.
No subtópico intitulado – A contribuição das ciências humanas, o autor afirma
que paradoxalmente, são as ciências humanas que, no momento atual,
oferecem a mais fraca contribuição ao estudo da condição humana,
precisamente porque estão desligadas, fragmentadas e compartimentadas.
Essa situação esconde inteiramente a relação indivíduo/ espécie/ sociedade, e
esconde o próprio ser humano. Por outro lado percebe-se uma ênfase isolada
do autor em demonstrar a contribuição da cultura das humanidades para o
estudo da condição humana. Neste sentido, destaca-se a linguagem, a poesia,
a literatura, as artes, a História, a Filosofia, entre outras. Ao se posicionar a
despeito da ausência de uma ciência do homem que coordene e
ligue as ciências do homem (ou antes, a despeito da ignorância dos trabalhos
realizados neste sentido), Morin destaca que o ensino pode tentar,
eficientemente, promover a convergência das ciências naturais, das ciências
humanas, da cultura das humanidades e da Filosofia para a condição humana.
COMENTÁRIO:
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CAPITULO IV
APRENDER A VIVER
Como dizia magnificamente Durkeim, o objetivo da educação não é
transmitir conhecimentos mais numerosos ao aluno, mas o “de criar nele um
estado interior e profundo, uma espécie de polaridade de espírito que o oriente
em um sentido definido, não apenas durante a infância, mas por toda a vida.”
Justamente, mostrar que ensinar a viver necessita não só dos
conhecimentos, mas também da transformação, em seu próprio ser mental, do
conhecimento adquirido em sapiência para toda a vida. Na educação, trata-se
de transformar as informações em conhecimento, de transformar o
conhecimento em sapiência, isso se orientado segundo as finalidades aqui
definidas.
Quando consideramos os termos “cultura das humanidades” , é preciso
pensar a palavra “cultura”, em seu sentido antropológico: uma cultura fornece
conhecimentos, valores, símbolos que orientam e guiam as vidas humanas. A
cultura das humanidades foi, e ainda é, para uma elite, mas de agora em diante
deverá ser, para todos, uma preparação para a vida.
Literatura, poesia e cinema devem devem ser considerados não apenas, nem
principalmente, objetos de análises gramaticais, sintáticas ou semióticas, mas
também escolas de vida, em seus múltiplos sentido:
- Escolas de língua, que revela todas as suas qualidades e possibilidades
através das obras dos escritores e poetas, e permite que indivíduo possa
expressar-se plenamente com o outro.
- Escolas da qualidade poética da vida e , correlativamente, da emoção estética
e do deslumbramento.
- Escolas da descoberta de si, em que o adolescente pode reconhecer sua
subjetividade nas personagens de romances oou filmes. Pode descobrir a
manifestação de suas aspirações, seus problemas, suas verdades.
Literatura, poesia, cinema, psicologia, filosofia deveriam convergir para
tornar-se escolas da compreensão. A ética da compreensão humana constitui,
sem dúvida, uma exigência chave de nossos tempos de incompreensão
generalizada. Enfrentar a dificuldade da compreensão humana exigiria o
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recurso não a ensinamentos separados, mas uma pedagogia conjunta que
agrupasse filósofo, psicólogo, sociólogo, historiador, escritor que seria
conjugada a uma iniciação à flacidez.
O aprendizado da auto observação faz parte do aprendizado da lucidez.
A aptidão reflexiva do espirito humano, que o torna capaz de considerar-se ao
se descobrar-se, deveria ser encorajada e estimulada em todos. Seria preciso
ensinar, de maneira contínua, como cada um produz a mentira para si mesmo.
Seria o caso de estimular a escrita de um diário e a reflexão sobre os
acontecimentos vivenciados.
Ainda não existe, infelizmente, uma noologia, destinada ao âmbito do
imaginário, dos mitos, dos deuses, das idéias, ou seja, a noosfera.
Alimentamos com nossas crenças os mitos ou ideias oriundos de nossa mente,
e esses mitos e ideias ganham consistência e poder.
Seria preciso ensinar ajudar as mentes a se movimentar na noosfera e ajuda-
las a instauras o convívio com suas ideias, nunca esquecendo que estas
devem se mantidas em seu papel mediador, impedindo que sejam identificadas
com o real.
COMENTÁRIO:
CAPITULO IV
ENFRENTAR A INCERTEZA
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%C3%A7a_Bem_Feita_Morin