cap 1 - fluxogramas de etas (1)

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  • 7/30/2019 Cap 1 - Fluxogramas de Etas (1)

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARCURSO: ENGENHARIA SANITRIA E AMBIENTALDISCIPLINA : TRATAMENTO DE GUAS DE ABASTECIMENTOPROFESSORA DRA. LUIZA GIRARD

    UNIDADE 1 - ESTAES DE TRATAMENTO DE GUA

    1. Finalidade do Tratamento

    Melhoria da qualidade da gua a fim de poder ser utilizada para consumo humanoou para uso industrial. Higinicas: Remoo ou eliminao de microorganismos e elementos nocivos a sade. Estticas: Correo da cor, turbidez, sabor e odor.

    Econmicas: Reduo da corrosividade, dureza, ferro, mangans, cor, turbidez, odor esabor.

    2. ETA Convencional

    Esquema 1 - Processo de tratamento de gua convencional.

    gua Bruta gua Final

    Correo de pHCoa ulante Correo de pH

    Oxidante

    Coagulao(Mistura Rpida)

    Floculao(Mistura lenta)

    Sedimentao Filtrao Desinfeco

    Flor

    Este material de apoio destinado exclusivamente aos alunos da disciplina, no devendo ser distribudo e publicado.

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    3. ETA Simplificadas

    Coag e

    gua bruta M.R Filtrao Desinfeco gua tratada

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    gua bruta Coag e floculao filtrao Desinfeco guaM.R tratada

    gua bruta filtrao Desinfeco gua tratada

    H20 bruta Aerao leito de filtrao Desinfeco guaContato tratada

    H20 bruta Aerao filtrao Desinfeco gua tratada

    H20 bruta Desinfeco gua tratada

    4. Descrio dos Processos

    a) Coagulao: o processo de neutralizao da carga eltrica geralmente negativapresente nas partculas naturais. Durante a coagulao adicionado um produtoqumico denominado coagulante, que pode ser o sulfato de alumnio, sulfato frrico ououtros. O coagulante reage com a gua e com outras partculas e formam compostosde carga positiva, diminuindo as foras de repulso entre as partculas naturais.Para a obteno de eficincia neste processo necessrio a perfeita mistura docoagulante na gua. Normalmente utilizam-se calhas Parshall.

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    b) Floculao: Uma vez as partculas desestabilizadas torna-se necessrio que asmesmas se aglutinem e formem flocos maiores e mais pesados, de forma que possamser removidos por sedimentao simples. A gua ento agitada lentamente porprocessos mecnicos ou hidrulicos.

    Os floculadores mecnicos so os agitadores de palhetas ou tipo turbina, e osmisturadores hidrulicos so as chicanas horizontais ou verticais com esta mistura lenta,ocorre o encontro dos microflocos formadas no processo de coagulao, propiciando o seucrescimento.

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    c) Sedimentao: Os flocos formados na unidade anterior so submetidas a uma situaode calmaria, desta forma so removidos da gua e se acumulam no fundo do tanque. Aremoo de lodo pode ser manual ou mecanizada com o uso de raspadores de fundo.Para a limpeza manual necessrio o completo esvaziamento da unidade.

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    d) filtrao: Tem como objetivo bsico a remoo de impurezas que no foram removidasnas unidades anteriores, ou seja, no caso de ETAS convencionais servem para dar umpolimento final na gua. O processo consiste em fazer a gua atravessar uma camadafiltrante de areia ou carvo ativado, ou ambos, que retm partculas muito finas emicroorganismos.

    Os filtros podem ser de fluxo descendentes ou ascendentes, e de acordo com a taxa defiltrao, podem ser rpidos ou lentos.Periodicamente os filtros devem ser lavados em contra corrente, sendo a gua delavagem recolhidas por canaletas e levadas para fora da estao.

    e) Desinfeco: A desinfeco da gua serve para garantir uma gua de boa qualidadeem termos bacteriolgicos para abastecimento pblico. O desinfectante mais utilizado o cloro, embora outros possam ser utilizados como o oznio e a radiao ultra violeta eiodo. A desinfeco com cloro pode ser feita com cloro lquido, gasoso, cal clorado ouhipoclorito, sendo esses dois ltimos utilizados para a desinfeco de pequenasvazes.Para a garantia da boa qualidade da gua, em qualquer ponto da rede, dever haveruma concentrao mnima de cloro na ordem de 0,3 mg/l de cloro livre.

    Algumas vezes o cloro utilizado para a remoo de ferro. O cloro combina-se com oferro formando um composto sedimentvel.

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    f) Aerao: Consiste em se provocar a troca de gases e substncias volteis entre a guae o ar. Dos objetivos da unidade de aerao so:

    remoo dos gases dissolvidos em excesso nas guas e de substncias volteis. Introduo de oxignio com a finalidade de aumentar o teor desse elemento na gua

    para a oxidao de compostos ferrosos e manganosos.Os principais tipos de aeradores so:

    Aerador de gravidade ( tipo cascata, tipo tabuleiro) Aerador de repuxo.

    g) Outras operaes:

    - Correo do pH: feita mediante a aplicao de composto cido ou bsico, conforme

    se deseja diminuir ou aumentar o valor do pH, normalmente as guas so cidos,devendo o pH ser elevado, o que se consegue com a aplicao de cal.- Aplicao de flor: feita para melhorar a dentio e reduzir as cries da populao. O

    flor deve ser aplicado na gua aps a realizao de todo o tratamento.- Aplicao de carvo ativado em p: deve ser utilizado quando se deseja reduzir odor e

    sabor, normalmente causados por algas, o carvo ativado em p deve ser aplicado noincio do tratamento, juntamente com o coagulante.

    5- Definio dos processos de tratamento NBR 12216/1992 Projeto de estaes de

    tratamento de gua para abastecimento pblico.Tipos de guas naturais de abastecimento

    A guas subterrneas ou superficiais, provenientes de bacias sanitariamente protegidas,com as caractersticas bsicas definidas na tabela seguinte, e as demais satisfazendo ospadres de potabilidade;

    B guas subterrneas ou superficias, provenientes de bacias no protegidas, com ascaractersticas bsicas definidas na tabela seguinte, e que possam enquadrar-se nospadres de potabilidade, mediante processo de tratamento que no exija coagulao.

    C guas superficiais provenientes de bacias no protegidas, com as caractersticasbsicas definidas na tabela seguinte, e que exijam coagulao para enquadrar-se nospadres de potabilidade.

    D - guas superficiais provenientes de bacias no protegidas, sujeitas a fonte de poluio,com as caractersticas bsicas definidas na tabela seguinte, e que exijam processosespeciais de tratamento para enquadrar-se nos padres de potabilidade.

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    Classificao de guas naturais de abastecimento - NBR 12216/1992

    TIPOS A B C DDBO5 (mg/L)

    - Mdia- Mxima em qualquer amostra

    At 1,51-3

    1,5

    2,53-4

    2,5-4,04-6

    >4>6

    Coliformes (NMP/100 mL)

    - mdia mensal em qualquer ms

    - mximo

    50-100

    > 100 emmenos de5% das

    amostras

    100-5000

    > 100 emmenos de5% das

    amostras

    5000-20000

    > 100 emmenos de 5%das amostras

    > 20000

    -

    pH 5 - 9 5 - 9 5 -9 3,8 10,3

    Cloretos 600

    Fluoretos < 1,5 1,5 3,0 > 3,0 -

    OBS: guas receptoras de produtos txicos, excepcionalmente, podem ser utilizadas paraabastecimento pblico quando estudos especiais garantam a sua potabilidade, comautorizao e controle dos rgos sanitrios e de sade competentes.

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    Tratamento mnimo necessrio a cada tipo de gua

    Tipo Tratamento mnimo

    A Desinfeco e correo de pH

    B Desinfeco e correo de pH e:a) decantao simples, para guas contendo slidos

    sedimentveis, quando, por meio desse processo, suas

    caractersticas se enquadrem nos padres de

    potabilidade;

    b) filtrao, precedida ou no de decantao, para guas

    de turbidez natural, medida na entrada do filtro, sempre

    inferior a 40 UT e cor sempre inferior a 20 UC.

    C Coagulao, seguida ou no de decantao, filtrao em filtros

    rpidos, desinfeco e correo de pH.

    D Tratamento mnimo do tipo C e tratamento complementar

    apropriado a cada caso.