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www.canalmoz.co.mz | ano 7 | número 1574 | Maputo, Segunda-Feira 2 de Novembro de 2015 Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo Registo: 18/GABINFO-DEC/2009 e-mail: grafi[email protected] | [email protected] Telefones: 823672025 - 823053185 publicidade publicidade Corretores de Seguros Insurance Brokers Contacto: Tel: 21 30 37 01 Cell: (+258) 84 30 07 843 Fax: 21 30 37 02 Corretores de Seguros Insurance Brokers Contacto: Tel: 21 30 37 01 Cell: (+258) 84 30 07 843 Fax: 21 30 37 02 Publicidade Emboscada do dia 25 Setembro População de Zimpinga diz que não incendiou viaturas da Renamo Gondola (Canalmoz) – A popu- lação de Zimpinga (próximo de Amatongas – Estação), no distrito de Gondola, província de Mani- ca, nega ter sido ela a incendiar as viaturas da Renamo, depois de as forças do Governo tentarem assas- sinar Afonso Dhlakama, no aten- tado do dia 25 de Setembro. A po- pulação diz que o Governo é quem sabe quem de facto incendiou as viaturas da caravana da Renamo. Os residentes na zona exigem a remoção das carcaças das via- turas. Segundo eles, ouvidos numa breve visita do a Zimpinga no passado sábado, a permanência das carcaças cria- -lhes fantasmas dos episódios vividos naquele dia de tiroteio. Fernando Raúl, residente em Zimpinga, disse que a vida voltou à normalidade, mas vivem com fantasmas de guerra enquanto as carcaças dos carros queimados não forem removidas da estrada. “Temos medo devido a es- tas carcaças. Pedimos à Rena- mo e ao Governo para virem remover”, disse Fernando Raúl. População não incendiou os carros Manuel Lázaro, também resi- dente em Zimpinga esclareceu que não foi a população que queimou os carros da Renamo. “Peço a vocês para falarem a verdade. Aqui foram queimados muitos carros. Não é verdade que nós é que queimámos os carros. É mentira. Nenhuma pessoa da- qui dormiu aqui naquela noite. Foram disparados muitos tiros e fomos apanhados de surpresa.

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www.canalmoz.co.mz | ano 7 | número 1574 | Maputo, Segunda-Feira 2 de Novembro de 2015

Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda

Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo Registo: 18/GABINFO-DEC/2009

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Emboscada do dia 25 Setembro

População de Zimpinga diz que não incendiou viaturas da Renamo

Gondola (Canalmoz) – A popu-lação de Zimpinga (próximo de Amatongas – Estação), no distrito de Gondola, província de Mani-ca, nega ter sido ela a incendiar as viaturas da Renamo, depois de as forças do Governo tentarem assas-sinar Afonso Dhlakama, no aten-tado do dia 25 de Setembro. A po-pulação diz que o Governo é quem sabe quem de facto incendiou as viaturas da caravana da Renamo.

Os residentes na zona exigem a remoção das carcaças das via-turas. Segundo eles, ouvidos

numa breve visita do a Zimpinga no passado sábado, a permanência das carcaças cria--lhes fantasmas dos episódios vividos naquele dia de tiroteio.

Fernando Raúl, residente em Zimpinga, disse que a vida voltou à normalidade, mas vivem com fantasmas de guerra enquanto as carcaças dos carros queimados não forem removidas da estrada.

“Temos medo devido a es-tas carcaças. Pedimos à Rena-mo e ao Governo para virem remover”, disse Fernando Raúl.

População não incendiou os carros

Manuel Lázaro, também resi-dente em Zimpinga esclareceu que não foi a população que queimou os carros da Renamo.

“Peço a vocês para falarem a verdade. Aqui foram queimados muitos carros. Não é verdade que nós é que queimámos os carros. É mentira. Nenhuma pessoa da-qui dormiu aqui naquela noite. Foram disparados muitos tiros e fomos apanhados de surpresa.

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Eram 19.00 horas quando que co-meçaram a chover tiros”, disse.

E acrescentou: “A Renamo

e as tropas sabem quem quei-mou os carros. Não foi a po-pulação. Fugimos e voltámos

dois dias depois. A situação já está calma. As carcaças metem--nos medo”. (Cláudio Saúte)

Maputo (Canalmoz) – O Governo moçambicano vai fazer a revisão do Decreto 15/2010, de 24 de Maio, que regulamenta a contratação de emprei-teiros de obras públicas, fornecimen-to de bens e prestação de serviços ao estado, anunciou, na semana passa-da, o ministro das Obras Públicas e Recursos Hídricos, Carlos Bonete.

Carlos Bonete falava na Reunião Na-cional da Construção, que reuniu re-presentantes dos empreiteiros de todo o país com o Governo para analisar a qualidade das obras como exigência prioritária do sector da construção. O ministro garantiu que o seu ministério vai entregar dentro em breve o do-cumento ao Conselho de Ministros.

O presidente da Federação Mo-çambicana dos Empreiteiros, Agos-tinho Vuma disse, na semana passa-da, em Maputo, que a paralisação e a falta de conclusão das obras do Estado por parte dos empreiteiros deve-se à falta de cumprimento do Decreto 15/2010, particularmen-

te do número n.o 4 do Artigo 46.Na Reunião Nacional da Cons-

trução, Agostinho Vuma disse que a imposição de tectos financeiros, a orçamentação feita por falta de traba-lho, a falta de ou a fraca fiscalização residente, a falta de gestão de planos de trabalho, a fraca capacidade téc-nica dos autores, a Lei do SISTAFE e a falta de valorização do associati-vismo são as outras razões que con-correm para a paralisação das obras.

O presidente da Federação Mo-çambicana dos Empreiteiros apon-tou como soluções a necessidade de acompanhamento dos contratos, o fortalecimento do corpo técnico em obras, a aplicação de cláusulas contratuais relativa às multas e san-ções por parte dos empreiteiros, a gestão dos planos de trabalho, a clareza e realismo nos documentos de licitação e a valorização das au-toridades associativas e reguladoras.

Disse também que deviam ser res-ponsabilizados os funcionários que

causam os atrasos ou a falta de pa-gamento, deve ser melhorada a le-gislação, para tornar os contratos mais justos e com obrigações equi-libradas entre o dono da obra e o empreiteiro, a aplicação de juros de mora e o cumprimento dos prazos contratuais de pagamento em obe-diência ao cronograma financeiro.

Agostinho Vuma afirmou que os pro-jectos devem passar a ser elaborados pelos consultores e não pelas Unida-des de Gestão e Alienação (UGEAS) como tem vindo a acontecer até ago-ra, para permitir a correcta interpreta-ção do conceito de “menor preço”.

Segundo o presidente da Federa-ção Moçambicana dos Empreitei-ros, há necessidade de padronizar as especificações técnicas dos ma-teriais de construção, regulamentar o controlo dos materiais de cons-trução produzidos localmente e im-portados e regulamentar as dimen-sões dos elementos construtivos pré-fabricados. (Bernardo Álvaro)

Governo vai rever Lei do “Procurement”

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Maputo (Canalmoz) – O Gover-no informou que vai propor nos próximos dias para aprovação o Estatuto do Pessoal das Instituições do Ensino Superior e a revisão da Lei 27/2009, de 29 de Setembro.

O ministro da Ciência e Tecnolo-gia, Ensino Superior e Técnico-Pro-fissional, Jorge Penicela Nhambiu, disse na passada terça-feira, na pro-víncia de Maputo, que o Governo vai também continuar a trabalhar com outras instituições para a implemen-tação do Sistema e da Base de Dados do Cidadão com recurso ao Número Único de Identificação do Cidadão.

Jorge Nhambiu disse que esta se-gunda medida visa permitir uma ges-tão efectiva dos sistemas de presta-

ção de serviços públicos ao cidadão com recurso a sistemas electrónicos.

O ministro falava durante o I Conselho Coordenador do seu Mi-nistério, que decorreu na Empre-sa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia, no posto adminis-trativo de Maluana, distrito da Manhica, província de Maputo.

Jorge Nhambiu afirmou que cons-titui prioridade daquele sector a entrada em vigor daquelas me-didas. Outras prioridades são: a aprovação da Lei das Transacções Electrónicas e os seus regulamen-tos; o estabelecimento de infra--estruturas públicas essenciais; a introdução do sistema de assinatu-ras electrónicas nos documentos da

função pública para garantir maior segurança e integridade dos do-cumentos no formato electrónico.

O I Conselho Coordenador decor-reu sob o lema “Ciência, tecnologia, ensino superior e técnico-profissio-nal, construindo uma plataforma para o desenvolvimento socioeco-nómico do país” e fez o balanço das realizações do sector de Janeiro a Setembro de 2015, analisou o plano operacional para os próximos cinco anos, prestou informação sobre o funcionamento do ministério, mode-lo de articulação e principais docu-mentos de governação e capacitou os participantes em matéria de lideran-ça e boas práticas de gestão dos re-cursos do Estado. (Bernardo Álvaro)

Para aprovação na Assembleia da República

Governo vai propor estatuto do pessoal do ensino superior

Maputo (Canalmoz) – Realiza--se na cidade de Maputo a partir de hoje, segunda-feira, 2 de No-vembro, a exposição “Construindo para uma Vida Melhor”, organi-zada pela Representação da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento.

A cerimónia da abertura terá como anfitrião o embaixador da Rede Aga Khan para o Desenvolvi-mento, o comendador Nazim Ah-mad, terá a presença do ministro da Cultura e Turismo, Silva Dundu-ro, e realiza-se no Polana Serena

Hotel. A exposição será posterior-mente aberta ao público no Edifí-cio Sua Alteza Aga Khan, de 4 a 8 de Novembro no período da tarde.

A exposição “Construindo para uma Vida Melhor” está centrada no Prémio Aga Khan para Arquitectura,

Organizada pela Rede Agha Khan para o Desenvolvimento

Realiza-se em Maputo exposição “Construindo para uma Vida Melhor”

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“A bancada do MDM quer apelar e exortar ao Governo para que, a par da aprovação deste estatuto, resolva os velhos e terríveis problemas que afectam este sector”,

deputado do MDM José de Sousa.

que foi criado por Sua Alteza Aga Khan em 1977. O prémio é conce-dido em ciclos de três anos e o seu valor corrente é de um milhão de dólares norte-americanos. A exposi-ção apresenta os 20 projectos selec-cionados para o prémio no seu últi-mo ciclo, o 12.o ciclo (2011-2013), incluindo os cinco galardoados.

Apresenta também algumas ou-tras iniciativas do Fundo Aga Khan para a Cultura, nomeadamente o Museu Aga Khan e o Programa de

Apoio às Cidades Históricas. O Prémio Aga Khan para a Arquitec-tura é concedido a projectos que estabelecem novos padrões de ex-celência na arquitectura, práticas de planeamento, preservação his-tórica e arquitectura paisagística.

Procura igualmente identificar e encorajar conceitos de construção que respondam com sucesso às ne-cessidades e aspirações da socieda-de global, das comunidades onde os projectos estão implantados e

a necessidades individuais. Des-de o seu lançamento há 36 anos, foram premiados 110 projectos e documentados mais de 8000 pro-jectos de várias partes do mundo.

A Rede Aga Khan para o Desen-volvimento, em parceria com o Mi-nistério da Cultura e Turismo, tem como objectivo divulgar o Prémio Aga Khan para Arquitectura para que sejam identificados projectos em Moçambique que concorram para o prémio. (Bernardo Álvaro)

Maputo (Canalmoz) – A Assem-bleia da República aprovou na se-mana passada, por consenso, a lei que cria a Ordem dos Enfermei-ros de Moçambique e que aprova o respectivo estatuto. O estatuto visa reconhecer os profissionais da classe e estabelecer mecanis-mos de reconhecimento das suas qualificações técnico-profissionais.

A Ordem dos Enfermeiros de Mo-çambique vai registar os enfermei-ros, fiscalizar a actividade de enfer-magem, nomeadamente, detectar e corrigir as más práticas, garantir o respeito da ética e deontologia pro-fissionais, promover a formação de enfermeiros no país, fomentar o de-senvolvimento da investigação em enfermagem, prestar colaboração

técnica, defender a classe e incen-tivar o apoio social aos enfermeiros.

Entretanto, as duas bancadas da oposição, nomeadamente Re-namo e Movimento Democráti-co de Moçambique, dizem que não se pode ficar pelo estatuto em si. A oposição considera que é urgente que o Governo resol-va os problemas dos enfermeiros.

“A bancada do MDM apela e exorta ao Governo para que, a par da aprovação deste estatuto, re-solva os velhos e terríveis proble-mas que afectam este sector, tais como os míseros salários, o paga-mento, falta de progressão, paga-mento de horas extras, habitação e transporte”, disse José de Sousa

A bancada da Frelimo diz que

os enfermeiros devem dar o seu máximo no exercício das suas fun-ções. “Os moçambicanos espe-ram mais carinho, mais atenção, maior espírito de entrega e a me-lhoria da sua prestação, colocan-do a vida dos doentes acima de qualquer outro interesse”, afirmou um deputado aquela bancada.

A Ordem dos Enfermeiros de Mo-çambique é uma pessoa colectiva de direito público e independente dos órgãos do Estado. Está dotada de per-sonalidade jurídica e autonomia ad-ministrativa, financeira, patrimonial, científica e regulamentar. A proposta da criação da Ordem dos Enfermei-ros é da iniciativa do Governo e foi apresentada pela ministra da Saúde, Nazira Abdula. (André Mulungo)

Assembleia da República aprova criação da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique

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São esses que matam propositadamente o “diálogo propalado”.

Beira (Canalmoz) – Não é de hoje que se diz uma coi-sa, mas que se faz outra.

Está ficando claro que, para al-guns, o diálogo de que tanto de falou e se continua a falar, é um assunto para consumo da opinião pública. Somente isso. Para esses que se apresentam como “impe-rativo nacional”, Moçambique só pode ser aquilo que eles conce-bem. O DUAT de Moçambique pertence-lhes em exclusividade.

Dão abertamente conferências de imprensa onde dizem que o outro tem que aceitar, mesmo que seja à força, aquilo que está desenhado e definido.

É o regresso da ditadura, mas, em certos aspectos, é a continuação de uma ditadura que produziu a guer-ra civil dos dezasseis anos e que somente parecia desfeita e vencida.

Independentemente dos bri-lharetes discursivos, cimenta-se a posição de que só aquilo que vem de um lado é que é válido.

A realidade demonstra que a exclusão dos outros está em cima da mesa, mesmo que seja

com recurso a uma nova guerra.De uma maneira firme e concerta-

da, com as tarefas claramente defi-nidas, agigantam-se os sinais de que os “falcões” estão na mó de cima.

O que a realidade também mostra de forma cada vez mais convincen-te é que Moçambique está condi-cionado a pactos do passado que só os seus signatários conhecem.

Pelo que se pode depreender, par-tindo dos “pronunciamentos” de gente do topo ligada ao partido in-dependentista, Frelimo, aquilo que foram cedências num dado momen-to e que conduziram à assinatura do AGP de Roma foi meramente uma táctica num percurso que se adivi-nhava difícil. Todo o entendimento existente no seio dos “libertado-res” terá sido que havia que ceder, mas jamais desarmar nem desistir da política de monopólio político.

Quem se comporta com altivez, desfaçatez, arrogância e prepotên-cia nos dias de hoje? Quem se lança, através dos meios de comunicação públicos, ao ataque cerrado contra os seus opositores políticos? Quem

se nega a aceitar que adversários políticos não são inimigos a abater? Quem continua a impor que só os de confiança política é que devem exercer cargos governamentais ou merecer especial no aparelho de Es-tado? Quem se está rearmando ver-tiginosamente, mesmo que seja com equipamentos em leilões de produ-tos de segunda mão? Quem, através de políticas concertadas, continua “cavalgando os recursos públicos” num processo de dilapidação crimi-nosa envolvendo empresas públicas e adjudicações directas contrárias às leis de “procurement” aprovadas?

Compatriotas, a “Unidade Nacio-nal” tornou-se num escudo vazio, pois não tem servido para cimentar a moçambicanidade. Quando uns moçambicanos são mais importan-tes que os outros e quando os mais importantes se apoderam, a olhos vistos, de todo o país e dos seus re-cursos, estamos conversados sobre o que seja tal “unidade nacional”.

Arreganham-se os dentes e afiam-se as baionetas para sacrificar mais con-cidadãos que discordem das imposi-

Quem cavalga a arrogância e menospreza tudo e todos?

por Noé NhantumboCanal de Opinião

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ções que pretendem trazer de novo.O estado deplorável em que se en-

contra a situação da administração da justiça revela que se pretende conti-nuar a privilegiar a impunidade para os “moçambicanos de primeira”.

Honestidade, sinceridade e res-peito pelos outros continuam ausentes na mesa de negocia-ções que foram sucessivamen-te minadas pela prepotência.

Uma sociedade que foi sendo embrutecida através de “slogans” e práticas de controlo e repressão, de temor e de violência encontra--se atolada. Todo o mundo está na expectativa sobre quais serão os próximos passos dos “liber-tadores”. Existe consciência de que o poder real repousa neles.

É inegável que possuem poder e, na verdade, jamais se livraram da sua áurea mística de combatentes pela libertação de Moçambique. E esse estatuto tem consequências, uma das quais é a arrogância com que olham e tratam os “dossiers” nacio-nais. Moçambique não pertence só aos seus “libertadores”, e é retórica barata dar e perceber ao estatuto de

que gozam primazia em relação aos outros moçambicanos. Eles não têm nem detêm o “DUAT” de Moçambi-que, como procuram dar a entender.

Empoleirados num poder ilici-tamente alcançado, alguns su-põem que já possuem os recursos necessários para impor a sua or-dem e desejos a todo um povo.

Enquanto se tardar a compre-ender que este país é de todos os seus filhos, continuaremos a ter crises, conflitos e violência.

O “blackout” informativo ofi-cial não consegue esconder que o país acelera em direcção aberta.

Estamos num país em várias di-mensões, com uns procurando mos-trar uma normalidade inexistente. Outros aproveitam-se das brechas e fraquezas governativas para ala-vancarem as suas fortunas, como se tudo estivesse normal. Cimenta--se a ideia de que os cultores da guerra estão levando a melhor.

E não tenhamos dúvidas de que é a mediocridade docu-mentada de alguns membros da Comissão Política da Frelimo que nos empurra para a guerra.

Joaquim Chissano, mesmo com suas inconsequências em relação ao cumprimento integral do AGP de Roma, não produziu guerra.

Fala-se de eixos e de alas com interesses específicos em jogo que defendem uma solução final como se isso fosse exequível. Ne-nhuma solução de descontinui-dade trará ou assegurará a paz.

Acreditar nisso é não ter-se aprendido nada com a História.

Os “homens das vírgulas e dos imperativos” sabem que numa situ-ação normal em que reine a meri-tocracia, a competência, a abnega-ção, a qualidade, não têm hipótese alguma de sobreviver com o fausto e pompa com que hoje o fazem.

Os heróis de hoje serão e são aqueles que lutam pela paz, construindo consensos e pon-tes para que os filhos desavin-dos de Moçambique embarquem no barco da concórdia nacional.

Não é a escassez de recursos que nos coloca em rota de colisão, mas sim o contrário. É sim o conceito de que “isto é só meu” que pode levar-nos a uma nova guerra. (Noé Nhantumbo)

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Tipo de Assinante

(a) Pessoa Singular

(b) Empresas e Associações de Direito Moçambicano

(c) Órgãos e Instituições do Estado

(d) Embaixadas e Consulados em Moçambique e Organismos Internacionais

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(f) ONG’s Nacionais

(g) ONG’s Internacionais

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