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UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS OSASCO/EPPEN PROGRAMA DE PÓ-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE POLÍTICAS E ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS Eduardo Maalouf Análise da relevância do fluxo de caixa na avaliação de empresas não financeiras: um estudo empírico sobre o retorno de ações Osasco 2015

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UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

CAMPUS OSASCO/EPPEN

PROGRAMA DE PÓ-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL

EM GESTÃO DE POLÍTICAS E ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS

Eduardo Maalouf

Análise da relevância do fluxo de caixa na avaliação de empresas não

financeiras: um estudo empírico sobre o retorno de ações

Osasco

2015

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EDUARDO MAALOUF

ANÁLISE DA RELEVÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA AVALIAÇÃO DE

EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE O

RETORNO DE AÇÕES

Dissertação apresentada à UNIFESP – Universidade

Federal de São Paulo – Campus Osasco/EPPEN

como requisito para obtenção de titulo de Mestre

Profissional em Gestão de Políticas e Organizações

Públicas

Orientador: Professor Dr. Álvaro Machado Dias

Co-Orientador: Professor Dr. Ricardo Hirata Ikeda

OSASCO

2015

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EDUARDO MAALOUF

M111e Maalouf, Eduardo

Análise da relevância do fluxo de caixa na avaliação de empresas não financeiras: um estudo empírico sobre o retorno de ações / Eduardo Maalouf - 2015

110 f.: il.

Dissertação (Mestrado profissional em Gestão de Políticas e Organizações Pública) – Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Política, Economia e Negócios), Osasco, 2015.

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Machado Dias Co-Orientador: Prof. Dr. Ricardo Hirata Ikeda

Título em inglês: Analysis of the relevance of cash flow in the evaluation of non-financial companies: an empirical study on the stock price return.

1. Administração Pública 2. Fluxo de Caixa 3. Relevância da

Informação Contábil. I. Título

CDD 657

CDD 23. ed. – 658.3

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ANÁLISE DA RELEVÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA AVALIAÇÃO DE

EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE O

RETORNO DE AÇÕES

Dissertação apresentada à UNIFESP – Universidade

Federal de São Paulo – Campus Osasco/EPPEN

como requisito para obtenção de titulo de Mestre

Profissional em Gestão de Políticas e Organizações

Públicas

Orientador: Professor Dr. Álvaro Machado Dias

Co-Orientador: Professor Dr. Ricardo Hirata Ikeda

Aprovado em 04 de Setembro de 2015.

Prof. Dr. Orientador Álvaro Machado Dias

Presidente da Banca

Prof. Dr. Ricardo Hirata Ikeda

Membro Interno

Prof. Dr. Ricardo Luiz Pereira Bueno

Membro Interno

Prof. Dr. José Luiz Munhós

Membro Externo

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado a Deus, meu sustento, força e proteção,

aos meus pais, Joseph (in memorian) e Ghesira, por terem me educado na persistência,

determinação e me orientado a buscar o conhecimento.

à minha esposa, Sandra, pelo incentivo, compreensão e apoio nos momentos mais cruciais,

às minhas filhas, Andressa e Giovanna, pela motivação e por acreditarem em mim.

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AGRADECIMENTOS

Um projeto desta envergadura, em um contexto marcado por várias atividades

concorrentes requer disposição, disciplina e determinação. Conduz a situações que

exigem uma grande capacidade de superação, permite o desenvolvimento do

autoconhecimento e o reconhecimento das pessoas que contribuem para que o

projeto seja consolidado.

Assim, manifesto minha gratidão a todos aqueles que, direta ou indiretamente,

ajudaram a realizar este trabalho.

Primeiramente a Deus, por ter me capacitado com discernimento, inteligência e

sabedoria. Aos meus pais, pelo incentivo e pelos valiosos conselhos repletos de

experiência, honestidade e bom senso.

Agradeço à minha esposa pela paciência, generosidade e força nos momentos mais

difíceis, os quais foram atenuados pela sua serenidade e fé.

Agradeço às minhas filhas que participaram com muito carinho, energia positiva e

torcida.

Agradeço ao meu orientador Professor Doutor Álvaro Machado Dias por ter

acreditado no meu potencial e atuado de forma assertiva nos momentos decisivos.

Ao Professor Doutor Ricardo Hirata Ikeda pela generosidade e disponibilidade em

compartilhar seus conhecimentos sobre Mercado de Capitais e Contabilidade.

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EPÍGRAFE

“O lucro do nosso estudo é tornarmo-nos melhores e mais sábios”

Michel Eyquem de Montaigne

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RESUMO

O advento da Lei 11638/07 consolidou o posicionamento do governo com relação à

transparência e à prestação de contas no Mercado de Capitais, expressa na

obrigatoriedade da apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) para

empresas de grande porte, especialmente aquelas com ações negociadas na Bolsa

de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Esta determinação trouxe para o Brasil

os estudos e discussões iniciados na década de 80 nos Estados Unidos e Canadá

sobre a relevância das informações contábeis e a eficácia das variáveis lucro e fluxo

de caixa das operações para explicação do preço e/ou retorno das ações, que em

última análise expressa à avaliação das companhias a preços de mercado. Sob a luz

da abordagem positivista foi realizada pesquisa empírica envolvendo as

Demonstrações de Resultado do Exercício e as Demonstrações dos Fluxos de Caixa

publicadas de 33 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo

(BM&FBOVESPA) e que constituem 56,95% do Índice BOVESPA (IBOVESPA), no

período do primeiro trimestre de 2005 ao primeiro trimestre de 2015. O modelo

estatístico utilizado compreendeu a regressão linear simples e múltipla e o método

dos Mínimos Quadrados (MMQ) para estimação do relacionamento entre as

variáveis independentes (EBIT, EBTIDA, Lucro Líquido e Fluxo de Caixa

Operacional) e variável dependente (preço das ações), com testes de correlação e

significância. Este estudo está enquadrado na primeira e segunda categoria da

classificação proposta por Holthausen e Watts (2001), que tem por objetivo avaliar a

existência de associação entre o preço de mercado das ações e informações

contábeis, por meio de testes de regressão com verificação do R² (coeficiente de

determinação) e testes de significância. Os resultados indicam que o fluxo de caixa

operacional para as companhias que constituem o IBOVESPA não possui poder

preditivo nem explicativo sobre o preço das ações.

Palavras-Chave: Administração Pública, Fluxo de Caixa, Relevância da Informação

Contábil.

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ABSTRACT

The enactment of Law 11638/07 consolidated the government's position with respect to transparency and accountability in capital markets, expressed in the mandatory presentation of Cash Flow Statement (DFC) for large companies, especially those with traded shares on the São Paulo Stock Exchange (BM&FBOVESPA). This determination brought to Brazil the studies and discussions started in the 80s in the US and Canada on the relevance of financial reporting and the effectiveness of the income variables and operating cash flow for forecasting future cash flows and explanation of price and / or return of stocks, which ultimately expresses the evaluation of the companies at market prices. In light of the positivist approach was carried out empirical research involving the Income Statement and published cash flow statements of 33 companies listed on the Stock Exchange of São Paulo (BM&FBOVESPA) and constituting 56.95% of the Bovespa Index (Ibovespa) in the first quarter of 2005 period the first quarter of 2015. The statistical model included the simple and multiple linear regression and the method of least squares (OLS) to estimate the relationship between the independent variables (EBIT, EBITDA, Net Income and Operating Cash Flow) and dependent variable (stock price), with correlation and significance tests. This study is framed in the first and second categories of the classification proposed by Holthausen and Watts (2001), which aims to assess the existence of an association between the market price of the stock and financial information through regression testing to verify the R² (coefficient of determination) and significance tests. The results indicate that operating cash flow for the companies that make up the Ibovespa not have any predictive or explanatory power over the stock price. Keywords: Public Administration, Cash Flow, Relevance of Accounting Information.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Modelo de DRE ....................................................................................36

Quadro 2 - Cálculo do EBITDA ...............................................................................37

Quadro 3 - Cálculo do EBIT ....................................................................................37

Quadro 4 - Cálculo do FCO - Método Direto ..........................................................42

Quadro 5 - Cálculo do FCO - Método Indireto .......................................................43

Quadro 6 - Composição da Amostra .....................................................................52

Quadro 7 - Regressão Simples - R - Coeficiente de Correlação ...........................55

Quadro 8 - Regressão Simples - R² - Coeficiente de Determinação .....................56

Quadro 9 - Regressão Simples - Teste F Anova ...................................................57

Quadro 10 - Regressão Simples - Teste t ..............................................................57

Quadro 11 - Sumário das Correlações de Pearson - Frequência .........................58

Quadro 12 - Correlações de Pearson ....................................................................58

Quadro 13 - Sumário das Correlações Negativas ................................................59

Quadro 14 - Regressão Múltipla ............................................................................59

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LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

BM&FBOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CVM Comissão de Valores Mobiliários

DFC Demonstração dos Fluxos de Caixa

DOAR Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

DRE Demonstração de Resultado do Exercício

EBIT Earning Before Interest and Taxes

EBITDA Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization

FASB Financial Accounting Standards Board

FCO Fluxo de Caixa das Operações

IAS International Accounting Standards

IASB International Accounting Standards Board

IBOVESPA Índice Bovespa

LAJIDA Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização

LL Lucro Líquido após Imposto de Renda

P Preço das Ações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................13

1.1 Contexto ......................................................................................................13

1.2 Situação Problema .....................................................................................15

1.3 Hipóteses .....................................................................................................17

1.4 Objetivos .....................................................................................................19

1.5 Justificativa .................................................................................................19

1.6 Metodologia .................................................................................................22

1.7 Limitações ...................................................................................................24

1.8 Estrutura do Trabalho ................................................................................25

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................27

2.1 Considerações Iniciais ...............................................................................27

2.2 A Contabilidade e o Mercado de Capitais ................................................28

2.3 Enfoques das Teorias da Contabilidade ..................................................30

2.4 Informações Contábeis ..............................................................................32

2.5 Demonstrações Contábeis .........................................................................33

2.5.1 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) ...........................35

2.5.2 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) .....................................39

2.6 Estudos sobre Value Relevance da Informação Contábil .......................44

2.7 Hipótese de Mercados Eficientes .............................................................47

3. PESQUISA EMPÍRICA .........................................................................................50

3.1 Embasamento da pesquisa .......................................................................50

3.2 Amostra .......................................................................................................51

3.3 Técnicas e Modelo Estatístico ...................................................................53

3.4 Análise dos Resultados .............................................................................55

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................61

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................62

APÊNDICES ................................................................................................................67

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contexto

A promulgação da Lei n°11.638/07 modificou a legislação societária brasileira

(regida anteriormente pela Lei n° 6404/76), e introduziu a obrigação da apresentação

da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), em substituição à Demonstração das

Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), aplicada para sociedades de grande

porte, independente de sua estrutura societária, que apresentam ativo total superior a

R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, sendo que este

trabalho está voltado para as companhias abertas.

O advento desta lei estabeleceu dois marcos significativos e articulados: (1) a

preocupação do Governo em fortalecer o nível de transparência e estimular o

desenvolvimento do Mercado de Capitais, participação fundamental enquanto

regulador de um sistema altamente dinâmico, que é a porta de entrada para captação

de recursos fundamentais para o desenvolvimento da economia; (2) a convergência

das normas contábeis para preparação das demonstrações financeiras brasileiras às

normas internacionais, o que requereu o estabelecimento das regras para nortear as

entidades no cumprimento das novas exigências.

Sobre o primeiro marco, trata-se da evolução do processo que se iniciou em

1976 com a Lei nº 6385 de 07 de dezembro de 1976, “que dispõe sobre o Mercado

Mobiliário e cria a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, que tem como objetivos

fiscalizar as companhias abertas; assegurar o funcionamento do mercado e minimizar

o desequilíbrio entre os acionistas minoritários e majoritários.

Conforme observa Assaf Neto (2012, p. 43), a CVM é uma autarquia

vinculada ao Ministério da Fazenda que tem por como responsabilidade fiscalizar,

normatizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil, a fim de garantir

o funcionamento eficiente e transparente deste mercado, no sentido de coibir fraudes

e manipulações.

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Neste aspecto, nota-se a articulação com a Nova Lei das Sociedades

Anônimas, que tem por finalidade elevar a qualidade do nível de informação, com a

divulgação obrigatória da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), normatizada

pelo Pronunciamento Técnico CPC 03, aprovado dentre outros órgãos reguladores

pela CVM, através da Deliberação CVM nº 547/08 (MELO e SALOTTI, 2010, p.77).

O CPC 03 (R2) traz em seu escopo o eixo central do debate acadêmico

realizado nos Estados Unidos e Canadá, desde o início da década de 80:

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. (CPC 03_R2, p.2)

A inclusão da Demonstração dos Fluxos de Caixa introduz a discussão sobre

o fluxo de caixa, ao lado do lucro, como informação relevante para precificação dos

ativos, no mercado de capitais brasileiro, representada pelo preço ou retorno das

ações.

Há dois componentes que merecem atenção: (1) os relatórios contábeis como

geradores de informação para o mercado de capitais (Hendriksen e Breda, 1999), que

assume neste trabalho base para o entendimento da situação problema, por meio das

premissas dos Estudos sobre Value Relevance da Informação Contábil, com foco na

identificação das informações importantes para os investidores; (2) o fluxo de caixa e

lucro como informações relevantes, face o conjunto de informações disponíveis no

mercado de capitais, que assumem medidas explicativas do valor de mercado, por

meio do preço e/ou retorno das ações.

Estes dois componentes estão fortemente correlacionados, uma vez os

preços das ações, que expressam a avaliação das empresas, são estabelecidos por

meio das decisões de compra e venda dos investidores, as quais são tomadas sob a

luz de suas expectativas sobre os fluxos de caixa futuros das empresas, geradas com

base nas informações contábeis.

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A centralidade da informação contábil nos processos decisórios concernentes

ao mercado de capitais é compreendida pela mudança do enfoque da contabilidade:

de abordagem normativa para uma abordagem informativa.

Trabalhos desenvolvidos por BALL e BROWN (1968) e BEAVER (1968),

conforme destaca Cunha (2006), já abordavam a relação entre mercado de capitais e

informações contidas nas demonstrações contábeis.

E desde então, a relevância da informação contábil para o mercado de

capitais vem assumido posição central nos estudos acadêmicos internacionais, onde

se procura identificar quais as informações importantes para os investidores, dentre

as quais estão o lucro e o fluxo de caixa.

1.2 Situação Problema

A partir de meados da década de 80, propagaram-se estudos internacionais

que analisaram a relevância do lucro e do fluxo caixa para explicarem o preço das

ações e/ou retorno das ações.

A inclusão do fluxo de caixa nos trabalhos acadêmicos, como variável

independente, se deu com a obrigatoriedade da divulgação da Demonstração dos

Fluxos de Caixa (DFC) no Canadá em 1985 e nos Estados Unidos em 1987. Neste

sentido, Salotti e Yamamoto (2004, p.8) destacam a aprovação, em 1992, da norma

do International Accounting Standards Board (IASB) concernente ao DFC.

O fluxo de caixa apresenta-se, neste contexto, ao lado do lucro como

informação contábil relevante e se inicia um debate sobre a superioridade de um

sobre o outro no que diz respeito ao seu poder explicativo.

No entanto, conforme observa Malacrida (2009, p.6) “os resultados das

pesquisas empíricas não são conclusivas”, tendo em vista que os estudos realizados

trazem evidências divergentes, ora concluem que o lucro é o melhor estimador

(GREENBERG et al, 1986; DECHOW et al, 1998); ora indicam que tanto o lucro como

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o fluxo de caixa são relevantes (BOWEN et al, 1986; FINGER, 1994); ora apontam

para a superioridade do fluxo de caixa (BARTH et al, 2001; MALACRIDA et al, 2008).

Neste contexto, Lustosa e Santos (2007, p. 42) destacam: o estudo de Finger

(1994) que constatou a superioridade do fluxo de caixa das operações com relação ao

lucro contábil nas previsões dos fluxos de caixa futuros no curto prazo e se equivalem

quando o horizonte de projeção é ampliado; o estudo de Nichols e Wahlen (2004)

evidenciou que “as variações anuais do lucro contábil afetam muito mais

substancialmente o retorno das ações do que o fluxo de caixa das operações.”

Ribeiro (2006, p.16) destaca que “não há um consenso sobre a superioridade

relativa do lucro ou do fluxo de caixa para prever os fluxos de caixa futuros”, que

decorre do “uso de diferentes abordagens metodológicas e a forma como são

definidas as variáveis” (LUSTOSA e SANTOS, 2007, p.42).

A constatação de qual variável possui o maior poder explicativo sobre o

retorno das ações, constitui-se em questão importante, considerando o contexto da

contabilidade como provedora de informações para os stakeholders do mercado de

capitais, que conduziu à situação problema que este trabalho se propõe a analisar:

O fluxo de caixa operacional explica o preço das ações?

Desta forma, busca-se verificar se o fluxo de caixa operacional constitui-se,

um valor relevante, ao relacioná-lo como variável independente vinculada ao preço de

ações, conforme destaca Beaver (2002, p.459):

A pesquisa sobre valor relevante examina a associação entre a variável dependente, preço de ação e as variáveis independentes contábeis. E essas informações contábeis são classificadas como valores relevantes, caso apresente uma relação significativa com a variável dependente. (tradução livre)

1

Cumpre destacar que o problema investigado permite uma análise

comparativa que envolve outras variáveis independentes: Earning Before Interest and

1 Value relevance research examines the association between a security price-based dependent

variable and a set of accounting variables. And accounting number is termed ‘value relevant’ if it is significantly related to the dependent variable

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Taxes (EBIT); Earning Before Interest, Taxes, Depreciation e Amortization (EBITDA);

e o Lucro Líquido (LL), a fim de verificar o poder explicativo do Fluxo de Caixa.

Para responder a esta questão, este trabalho seguirá a abordagem positiva

que enfatiza a pesquisa empírica e os métodos estatísticos como base nos

procedimentos de análise e verificação, e se enquadrará na primeira e segunda

categoria da classificação de estudos de relevância proposta por Holthausen e Watts

(2001, p.5).

A primeira categoria denominada estudos de associação relativa possui como

objetivo analisar a associação entre o preço das ações e determinados valores

contábeis alternativos, em um longo período de tempo, através da utilização de testes

de regressão, a fim de verificar a correlação entre as variáveis através do R²

(coeficiente de determinação).

A segunda categoria envolve a análise do número contábil enquanto seu

poder explicativo do valor ou variação do preço das ações, aplicável em um longo

período de tempo, onde a informação contábil é considerada relevante se o

coeficiente do regressor for estatisticamente significante, ou seja, R² igual a zero.

1.3 Hipóteses

Segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 110) hipótese consiste de um

enunciado geral que estabelece relações entre variáveis, “formulada como uma

solução provisória para um determinado problema” que possui “caráter explicativo ou

preditivo”, apresenta coerência externa e interna e é “passível de verificação empírica.

A formulação de hipóteses é inerente ao trabalho do pesquisador e

compreende uma resposta suposta ao problema. Assim, uma vez definido o

problema, são elaboradas hipóteses que são marcadas pelo seu caráter temporário e

se apresentam como soluções provisórias, as quais podem ser refutadas ou

confirmadas, em consonância com o desenvolvimento da pesquisa.

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Lakatos e Marconi (1991, p.104) classificam as hipóteses em básica e

secundária, onde a hipótese básica contém a principal resposta, a qual pode ser

complementa por outras denominadas hipóteses secundárias.

Dentro deste enfoque, após a apresentação da situação problema e

embasado na teoria e estudos existentes, tem-se as seguintes hipóteses:

Hipótese Básica:

Hipótese 1: o fluxo de caixa operacional (FCO) possui poder explicativo

sobre o preço das ações (P).

Hipóteses Secundárias:

Hipótese 2: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que Lucro Líquido (LL).

Hipótese 3: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que o Earning Before Interest, Taxes,

Depreciation and Amortization (EBITDA).

Hipótese 4: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que o Earning Before Interest and

Taxes (EBIT).

1.4 Objetivos

O objetivo principal do presente estudo é avaliar a relevância do fluxo de

caixa para estimar o preço das ações negociadas na BMF&BOVESPA, as quais

representam a avaliação das empresas a preço de mercado.

A consecução do objetivo principal implica nos seguintes objetivos

específicos:

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1. Constituir um banco de dados com contendo as variáveis em estudo, a

partir das demonstrações financeiras publicadas de empresas, no mínimo

50% do índice Ibovespa, compreendendo o período do primeiro trimestre

de 2005 até primeiro trimestre de 2015;

2. Realizar regressão linear simples, envolvendo as variáveis: fluxo de caixa

operacional (FCO) e preço da ação (P);

3. Realizar regressão linear múltipla, através do modelo de estimação

mínimos quadrados (R²);

4. Verificar a correlação, por meio do coeficiente de Pearson e a

significância (p-value) pela análise de variância f ANOVA e t de Student, a

fim de testar estatisticamente as hipóteses.

5. Analisar a capacidade do fluxo de caixa operacional de explicar o retorno

das ações.

1.5 Justificativa

Em uma economia globalizada, marcada pela alta competitividade, o mercado

de capitais assume um papel importante no processo de desenvolvimento econômico,

já que permite captação de recursos financeiros de médio e longo prazos, através de

operações de emissão e de ações, o que permite às empresas participantes deste

mercado ampliar a sua capacidade produtiva, como também estabelecer diferenciais

competitivos.

Neste contexto, a relevância das informações contábeis no mercado de

capitais tem merecido uma centralidade nos estudos acadêmicos internacionais, os

quais apresentam como um dos objetivos: avaliar o poder explicativo do preço e/ou

retorno das ações, cujos resultados não são conclusivos.

No Brasil, a questão ainda é pouco explorada e ainda requer análises mais

profundas, o que justifica a elaboração do presente trabalho, que tem como propósito

contribuir com os estudos realizados, dentre os quais se destacam: Salotti (2003),

Souza (2006), Lustosa e Santos (2006), Ribeiro (2006), Malacrida et al (2008), Galdi

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20

(2008), Malacrida (2009), Silva et al (2012), Sobrinho et al (2014) e Moreira et al

(2014).

Destes trabalhos, Lustosa e Santos (2006), Ribeiro (2006), Cunha (2006),

Malacrida et al (2008), Malacrida (2009) e Silva et al (2012) abordam o lucro e o fluxo

de caixa como variáveis explicativas do preço e/ou retorno das ações.

Lustosa e Santos (2006) partiu de uma amostra de 92 companhias listadas na

Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e “avalia a eficácia da previsão de fluxos

futuros, para um e dois anos à frente de quatro medidas de desempenho da empresa,

sendo duas de fluxo de caixa e duas de lucro”. Parte dos resultados, por meio de

testes empíricos indicou que, dependendo do período analisado a relação entre o

Lucro Líquido (LL) e Fluxo de Caixa das Operações (FCO) se altera: para o ano

seguinte o LL é superior ao FCO; para um período de dois anos à frente, o FCO é

superior ao LL.

Ribeiro (2006) avança nos estudos de Lustosa e Santos (2006), ao utilizar a

mesma base de dados e aplicar o modelo de previsão Random Walk ou Passeio

Aleatório, que parte da premissa que a melhor previsão para o amanhã é o hoje. Os

resultados obtidos não confirmaram integralmente as evidencias anteriores e

indicaram que “não se pode concluir – com base neste estudo – sobre a melhor

capacidade preditiva do Lucro Líquido em relação ao Fluxo de Caixa Operacional”.

Cunha (2006) utilizou uma amostra composta por 275 empresas listadas na

BOVESPA analisou “a reação do mercado de capitais quanto ao preço das ações, ao

conteúdo informacional do lucro contábil e do fluxo de caixa das operações [...] entre

o primeiro trimestre de 1997 e o quarto trimestre de 2004”. Os testes empíricos

evidenciaram que o Lucro Operacional (LO) tem maior poder explicativo, nos períodos

trimestrais; porém para períodos de um ano, o FCO é superior ao Lucro Operacional

(LO) em explicar o retorno das ações.

Malacrida et al (2008) analisam a capacidade do lucro e do fluxo de caixa

operacional em predizer os fluxos de caixa operacionais futuros, por meio de estudo

empírico envolvendo 29 empresas brasileiras listadas na BOVESPA com ADRs, no

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período de 1999 a 2005, os resultados mostraram que o FCO possui maior

capacidade preditiva que a do Lucro.

Malacrida (2009) seguindo o modelo desenvolvido por Barth et al (2001), que

se baseou no modelo de Dechow et al (1998) e no estudo realizado por Bartov et al

(2001), analisou as Demonstrações de Fluxo de Caixa de 76 empresas listadas na

BOVESPA. As pesquisas empíricas indicaram que o Lucro Corrente (LC) é mais

relevante que FCO para predizer o fluxo de caixa operacional futuro para períodos

além de um ano e apresenta poder explicativo maior do preço das ações correntes.

No entanto para explicar o retorno futuro das ações, o FCO é mais relevante do que o

LC.

Silva et al (2012) avaliou a relevância das informações contábeis sobre LL,

EBTIDA e FCO de empresas do setor elétrico brasileiro, no período de 2005 a 2007,

com o propósito de discutir os impactos informacionais das recentes mudanças

contábeis no Brasil. Constatou a maior relevância do LL em comparação ao FCO,

embora apresente poder explicativo incremental. Inclusive, pelos resultados

encontrados os autores entendem que “não existiria uma justificativa de incremento

das informações contábeis para exigência da publicação do DFC...”

Muito embora, os estudos evidenciem a influência dos períodos sobre os

resultados quanto ao poder explicativo do FCO e Lucro, nota-se que não há

unanimidade.

Diante do exposto, o presente estudo é justificável e relevante por buscar

contribuir com a discussão ao abordar a importância das informações contábeis para

o mercado de capitais, e ao analisar se a divulgação do fluxo de caixa, sob a luz de

outras pesquisas empíricas e da base teórica, apresenta ou não relevância.

Adicionalmente traz como elemento peculiar o período analisado que contempla o ano

de 2008, marcado por uma das maiores crises financeiras da história do capitalismo,

cujo epicentro foi o mercado de capitais americano.

Por outro lado, no âmbito das políticas públicas governamentais no contexto

do Mercado de Capitais, a informação correta e de qualidade é fator central para

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contribuir com o papel regulador da CVM, que tem por objetivo fiscalizar e garantir

que o mercado operará de forma segura para os investidores, por meio do combate

das manipulações e fraudes, através de uma fiscalização efetiva e eficaz.

Neste contexto, a transparência e a segurança são fatores primordiais para o

funcionamento deste Mercado representado pelas Bolsas de Valores e Mercados de

Balcões organizados, os quais através de operações de médio e longo prazo, por

meio de ações, debêntures, commercial pappers, bônus de subscrição, etc.

possibilitam a transferência de recursos entre poupadores e tomadores (Perobelli,

2007, p. 25-26)

Neste processo de intermediação, Assaf Neto (2012, p. 79) observa que o

mercado de capitais assume papel fundamental no desenvolvimento econômico e na

politica monetária, ao suprir as necessidades de financiamento e investimento dos

agendes econômicos.

Por este motivo, o governo, através da CVM materializa o conceito de política

pública sintetizado por Souza (2006, p. 26): “’colocar o governo em ação’ e/ou

analisar essa ação [...] e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou curso

dessas ações [...]”, ao atuar com foco em proteger o investidor, ao exigir a divulgação

da informação, a fim de atrais mais investidores para o Brasil.

1.6 Metodologia

Marconi e Lakatos (2010, p. 65) definem método como:

[...] conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros - traçando o caminho a ser seguido, detectando e auxiliando as decisões do cientista.

Estas atividades nortearam as ações para a realização deste trabalho, no que

concerne à natureza das fontes utilizadas, objetivos e abordagem.

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Com relação às fontes utilizadas esta pesquisa é bibliográfica. Como

conceitua Severino (2007, p. 122) “se realiza a partir do registro disponível decorrente

de pesquisas anteriores, em documentos impressos como livros, artigos, teses etc.”,

que permitiu, por meio das contribuições dos autores, o embasamento do tema

abordado.

No que diz respeito aos objetivos esta pesquisa é classificada como

explicativa. Como define Severino (2007, p.123) “é aquela que além de registrar e

analisar os fenômenos estudados, busca identificar sua causas [...], através da

aplicação do método experimental matemático”, que no contexto deste trabalho é

fundamental, pois tem como objetivo verificar o poder explicativo do FCO no preço

e/ou retorno das ações.

O método para o alcance deste objetivo é o hipotético-dedutivo, que segundo

Popper (apud Marconi e Lakatos, 2010, p. 77) a partir da identificação do problema,

estabelece uma solução provisória e em seguida realiza testes de falseamento ou

refutação através de observação empírica.

Quanto aos métodos de procedimento, esta pesquisa é direcionada pelo

método estatístico, que permite a validação estatística das hipóteses apresentadas,

por meio de regressão, com testes de correlação e significância, sendo que o

presente estudo está enquadrado em consonância à classificação proposta por

Holthausen e Watts (2001) nas categorias: (1) estudos de associação relativa, pois

tem a finalidade de verificar a associação entre as variáveis contábeis e o preço das

ações, através de testes de correlação (R²); (2) estudos do número contábil enquanto

seu poder explicativo do valor ou variação do preço das ações, aplicável em um longo

período de tempo, já que este trabalho tem como intento verificar se números

contábeis são úteis para explicar o preço das ações, por meio do teste de

significância (p-value) envolvendo a associação das variáveis FCO, LL, EBIT, E

EBITDA.

Para tanto, foi constituída uma amostra composta por 33 empresas, que

representam 56,95% do índice IBOVESPA, cujas demonstrações financeiras foram

obtidas do banco de dados da Economática.

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Desta forma, este trabalho tem como base a metodologia positiva de

pesquisa, que conforme Mendonça Neto et al (2009, p. 63): apresenta ênfase na

pesquisa empírica e nos modelos estatísticos.

A abordagem positiva ocupa-se em entender como os eventos funcionam e

como são analisados por meio da evidência empírica. Na pesquisa contábil ganha

importância por oferecer explicação e previsões, conforme observam Watts e

Zimmerman (1990, p.147): “a utilidade das teorias positivas depende de seu poder

preditivo e explicativo e das preferências ou objetivos dos usuários.” (tradução livre) 2

Portanto, a teoria positiva na contabilidade é útil, porque pode fornecer aos

tomadores de decisão, tanto internos como externos à organização, informações que

permitem explicar e prever cenários para subsidiar as suas escolhas.

Assim, este trabalho se propõe, com base em um arcabouço teórico,

identificar o problema e elaborar hipóteses com o objetivo de explicar e prever o preço

e/ou retorno das ações, caracterizando-o como empírico analítico, tendo em vista que

utiliza dados reais, coletados em banco de dados especializado, com a finalidade de

testar as hipóteses deste estudo.

1.7 Limitações

Este estudo está restrito à análise da capacidade das informações contábeis,

fluxo de caixa e lucro, em explicar o retorno das ações de empresas no mercado de

capitais, onde o fluxo de caixa corresponde ao fluxo de caixa das operações e não

contempla os fluxos de caixa de investimento e financiamento. E o lucro se refere ao

lucro líquido obtido diretamente da Demonstração de Resultado do Exercício. Além

disso, não são analisados os efeitos accruals3.

2 The usefulness of positive theories depends on their predictive and explanatory power and on the

user’s preferences or objective function. 3 Expressão em inglês sem correspondente na língua portuguesa que corresponde aos ajustes na

contabilidade provenientes do regime de competência em oposição à contabilidade pelo regime de caixa (Lustosa e Santos, 2005). Como consequência o lucro líquido apurado no regime de competência apresenta diferenças em relação ao caixa gerado e/ou consumido pelas operações.

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Em que pese à obrigatoriedade da publicação da Demonstração dos Fluxos

de Caixa (DFC), a partir de 2008, com o advento da Lei 11.638/07, o período da

amostra tem seu início no primeiro trimestre de 2005, data em que a divulgação do

DFC era voluntária e incentivada pela CVM (SALOTTI e YAMAMOTO, 2007, p. 38).

No que concerne à avaliação de empresas, não é foco de este trabalho expor

as metodologias de valuation, sendo que o conceito avaliação de empresas fica

relacionado ao preço das ações, definido pela oferta e a demanda do ativo em

determinado momento, onde o valor traduz as expectativas dos acionistas na geração

de caixa no futuro (PÓVOA, 2012).

1.8 Estrutura do Trabalho

O trabalho é construído por este capítulo, além de dois capítulos de

desenvolvimento, considerações finais, referências bibliográficas e apêndice.

O segundo capítulo apresenta a revisão da literatura demonstrando a

fundamentação teórica sobre o tema, que traz a Contabilidade com seu arcabouço

teórico e suas manifestações, uma visão dos estudos sobre a Value Relevance da

Informação Contábil, o Mercado de Capitais e a Hipótese de Mercado Eficiente, que

permite compreender a situação problema que este trabalho se propôs a analisar: a

relevância do fluxo de caixa para os tomadores de decisão e seu poder explicativo

sobre o preço das ações.

O terceiro capítulo apresenta o desenvolvimento da pesquisa empírica, com

base na abordagem positiva da Contabilidade, onde é destacada a amostra

selecionada, os dados utilizados, o teste estatístico adotado e a análise dos

resultados, sob a luz da categorização proposta por Holthausen e Watts (2001), com

vistas a responder ao problema da pesquisa e testar as hipóteses formuladas.

As considerações finais apresentam o fechamento do trabalho, onde são

destacados os resultados alcançados com o estudo.

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As referências bibliográficas trazem os livros, artigos científicos, dissertações

e teses que permitiram o desenvolvimento do tema. E, o apêndice traz as tabelas

(saídas) resultantes dos testes estatísticos realizados através do software IBM SPSS.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Considerações Iniciais

A análise que se destina esta pesquisa passa pelos conceitos de relevância,

informação, decisão, Mercado de Capitais e Contabilidade, os quais serão

continuamente citados neste trabalho e se encontram fortemente relacionadas.

Sobre relevância e informação, Hendriksen e Breda (1999, p.97 e 99)

relacionam os dois conceitos: “a informação relevante é a informação pertinente à

questão analisada.” E a informação pode ser definida como “um dado que representa

uma surpresa para quem a recebe”, pois reduz a incerteza e subsidia a decisão.

A decisão, vista sob a perspectiva econômica, entende o indivíduo que, em

condições de risco, racionalmente busca a escolha ótima, cuja base é encontrada na

“teoria da decisão sob condições de risco, desenvolvida por Von Neuman e

Morgenstern (1944), que tem como princípio básico a maximização da utilidade

esperada pelo indivíduo.” (GALDÃO e FAMA, 1998, p.3)

Esta busca pela melhor opção é uma tentativa de reduzir a incerteza e

minimizar os riscos, por meio de três técnicas: diversificação, seguro e obtenção de

informações (GALDÃO e FAMÁ, 1998 p. 2)

O Mercado de Capitais é o local onde a informação relevante e as decisões

se encontram e são personificadas nos acionistas e outros investidores que

“transacionam uns com os outros” comprando e vendendo ações, cujos preços

“refletem as perspectivas dos resultados das empresas.“ (HENDRIKSEN e BREDA,

1999, p.114; ASSAF NETO, 2012, p. 79)

Neste ambiente, a Contabilidade se apresenta como um sistema de

informações que provê os insumos necessários para auxiliar o investidor em suas

decisões no Mercado de Capitais,

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2.2 A Contabilidade e o Mercado de Capitais

O entendimento do papel da Contabilidade no Mercado de Capitais requer um

olhar de sua evolução que se inicia como um sistema de simples de escrituração e

controle e culmina em ciência aplicada, com natural expansão dos interessados,

enquanto usuários das informações por ela geradas, apresentando-se como elemento

fundamental no processo de tomada de decisão, conforme observa Iudícibus e Marion

(2011, p. 1)

A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

Neste sentido, Iudícibus et al (2005, p. 8) destacam que a Contabilidade como

campo de conhecimento essencial para a formação dos agentes decisórios dos mais

variados níveis, tanto internos como externos à entidade, traz como fundamento de

seu arcabouço teórico-científico, o enfrentamento de problemas reais, desde o seu

surgimento enquanto um sistema de escrituração e método de partidas dobradas até

atingir o nível de um sistema de informações complexo, que se manifesta enquanto

“instrumento de accountability, da avaliação da entidade e de seus gestores na

prestação de contas [...]”.

A necessidade desta prestação de contas e com ela o processo evolutivo da

Contabilidade - de sistema de escrituração para uma abordagem científica sofisticada,

apresenta sua gênese no crescimento e desenvolvimento das organizações e na

expansão dos mercados, que trouxe como consequência a separação entre

propriedade e administração (IUDICIBUS et al, 2005, p. 10-11).

As organizações passaram por um vertiginoso crescimento que culminou no

final do século XIX com o surgimento dos monopólios e a expansão da sociedade por

ações, que significou um maior distanciamento entre o acionista e o administrador e,

por consequência, uma maior demanda por informações.

Neste sentido, o período compreendido entre o final do século XIX e o início

do século XX representou um salto para a Contabilidade enquanto provedora de

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informações, cujas ações foram norteadas pelo controle e direcionamento dos

procedimentos contábeis, através do processo de regulamentação, que originou os

atuais órgãos reguladores do Mercado de Capitais, conforme destacam Hendriksen e

Breda (1999, p. 53-67): “[...] crescimento e desenvolvimento das instituições

responsáveis pela regulamentação da contabilidade [...], produziu um sistema de

contabilidade uniforme [...]”.

Este processo constitui o princípio e, ao mesmo a base para o entendimento

do papel da Contabilidade no Mercado de Capitais, enquanto um sistema sofisticado

de recepção, processamento e transmissão dos resultados das transações, cujo papel

ganha mais relevância e peso diante dos fluxos internacionais de capitais com a

consequente redução do nível de segmentação de mercado, resultado da integração

dos mercados, conforme Ikeda (2005, p. 5-7):

Observa-se que a Contabilidade não deve ser entendida isoladamente, mas no contexto em que se situa tendo o objetivo de fornecer qualquer informação útil sobre a situação patrimonial das entidades contábeis ou econômicas que se interessem. Quanto aos interessados, esses se consubstanciam nos denominados usuários das demonstrações contábeis, que tanto podem ser internos ou externos às entidades.

Assim, a Contabilidade atinge seu propósito de prover o suporte aos agentes

interessados internos e externos no desempenho do negócio. De um lado, os

usuários internos, administradores funcionários, que assumem como útil as

informações que têm valor de feedback de suas decisões, planos e ações. Do outro,

os usuários externos - acionistas, outros investidores, credores, clientes e governos -

que tomam como útil as informações que apresentam valor preditivo, as quais

possibilitam o acompanhamento do desempenho da entidade, como também a

avaliação de sua capacidade de geração de caixa futuro, que impacta no preço das

ações.

Vale destacar que tal propósito contribui para que o governo, através da CVM,

coloque em práticas sua política pública de proteger o investidor, disciplinar as ações

das companhias e regulamentar o mercado.

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2.3 Enfoques das Teorias da Contabilidade

Iudícibus (2012, p.6) inicia suas reflexões sobre a teoria da contabilidade e

cita Ahmed Riahi-Belkaoui4: “[...] uma teoria única geralmente aceita, para

contabilidade, não existe até hoje.” E afirma ser difícil imaginar uma teoria contábil

única e compreensiva, e apresenta uma definição de teoria: “conjunto articulado de

postulados, princípios e restrições que definem uma ciência.”

Dentro desta perspectiva, verifica-se que a teoria envolve enfoques que

variam em conformidade com a visão dos teóricos, o que não significa que a teoria

contábil é um quadro fragmentado, ao contrário, cada perspectiva contribui para

formação de uma disciplina complexa, com aplicação multidisciplinar.

Hendriksen e Breda (1999, p.23-28) destacam as influências dos enfoques

fiscal, ético, econômico e estrutural sobre a teoria da contabilidade, os quais neste

trabalho foram analisados sob a ótica da informação e suas relações com o Mercado

de Capitais:

Enfoque fiscal: a teoria contábil aborda como as informações geradas

podem atender às expectativas da Receita Federal, voltada para determinar a base e

os critérios para tributação, o que aumenta o nível de assimetria informacional entre

empresa e mercado. No contexto brasileiro, Iudícibus et al (2005, p. 14) trazem, como

exemplo, a questão do cálculo da depreciação realizado com base na porcentagem

estabelecida pela Receita Federal;

Enfoque legal: a teoria contábil se ocupa de compreender como as

informações são utilizadas para subsidiar decisões que atendam aspectos legais,

onde o objetivo é identificar indicadores para nortear indenizações, pagamento de

dividendos ou soluções de problemas societários e fiscais;

Enfoque ético: a teoria contábil trata como as informações devem ser

disponibilizadas e enfatiza os conceitos de justiça, verdade e equidade. Embora tais

4 Ahmed Riahi-Belkaoui, professor emérito da Universidade de Illinois, Chicago, autor do Livro

Accounting Theory. A citação foi obtida no prefácio da quinta edição do livro.

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conceitos conduzam à subjetividade, nota-se que exercem grande influência nas

práticas contáveis e se manifestam através da divulgação de informações confiáveis e

verificáveis, as quais devem retratar a real posição da entidade. Vale observar que

como no Mercado de Capitais os acionistas e outros investidores buscam o melhor

para si, não há espaço para estes conceitos;

Enfoque econômico: a teoria da contabilidade tem como premissa a

relação entre as interpretações contábeis e os dados econômicos, que se expressam

por meio de três perspectivas distintas: (1) a macroeconômica que abastece os

indicadores setoriais, o que permite analisar a economia em sua totalidade, como

também nortear políticas monetárias e fiscais; (2) a microeconômica, onde a entidade

econômica empresa é analisada na perspectiva do desempenho, eficiência

operacional e seus efeitos no mercado, que se materializa nas informações contábeis

divulgadas; (3) a social-empresarial onde as informações medem os impactos das

decisões e atividades da empresa na sociedade, a qual se configura, na apresentação

da Demonstração do Valor Adicionado (Balanço Social) 5, obrigatório no Brasil para

as companhias abertas, por meio da Lei 11.638/07.

Enfoque comportamental: surge como desdobramento do enfoque

econômico e admite a participação da psicologia e sociologia no desenvolvimento da

teoria contábil, que busca analisar e medir como a informação contábil divulgada

influencia no comportamento dos indivíduos e dos grupos (acionistas, outros

investidores, credores, governo, administradores, contadores e auditores), bem como

nas suas decisões.

Enfoque estrutural: concentra-se na estrutura do sistema contábil e na

aplicação dos princípios para o tratamento dos eventos. Esta abordagem preocupa-se

em garantir a uniformidade do registro e na divulgação das informações, fundamental

para o Mercado de Capitais.

5 O Balanço Social evidencia o perfil social das empresas: relações de trabalho dentro da empresa [...];

tributos pagos; investimentos para a comunidade (em cultura, esportes, habitação, saúde pública, saneamento, assistência social...); investimentos no meio ambiente, etc.” (IUDÍCIBUS e MARION, 2011, p.7)

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2.4 As Informações Contábeis

Independente do enfoque adotado, a questão reside em identificar quais as

informações são importantes nos processos decisórios dos stakeholders internos e

externos, e esta importância está relacionada à contribuição na avaliação dos

eventos. Neste sentido, as informações, devem ser compreensíveis e apresentar as

seguintes qualidades imprescindíveis: relevância, confiabilidade, comparabilidade e

consistência, materialidade, e relação custo-benefício.

A compreensibilidade requer que a informação seja apresentada de forma a

facilitar o entendimento do interessado e permita ao usuário utiliza-la no processo

decisório. Assim, a informação produzida pela Contabilidade somente terá utilidade se

os usuários a compreenderem (Iudícibus, 2000, p. 77).

A relevância da informação está apoiada em dois eixos: (1) previsão, a

qualidade da informação está relacionada ao apoio que os usuários encontram na

previsão de resultados, (2) feedback, a qualidade da informação está atrelada a

prover condições aos usuários de verificar expectativas anteriores.

Com relação à confiabilidade Iudícibus (2000, p. 77) define como “a qualidade

(atributo) que faz com que o usuário aceite a informação contábil e utilize como base

para suas decisões.”

Hendriksen e Breda (1999, p. 99-100) destacam que confiabilidade está

condicionada a três fundamentos: fidelidade de representação, verificabilidade e

neutralidade.

A fidelidade de representação implica que as informações representem

fielmente os fenômenos que a Contabilidade se dispõe a representar. A

verificabilidade assegura que os fenômenos serão mensurados com isenção, ou seja,

sem a presença de elementos subjetivos, erros e vieses. E a neutralidade garante que

as informações não estão direcionadas para um resultado específico.

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A comparabilidade permite aos usuários identificar semelhanças e diferenças

entre dois conjuntos de eventos, econômicos relativos, que envolvam duas ou mais

entidades ou aqueles ocorridos com a mesma entidade, em datas distintas.

Vale destacar que a comparabilidade envolve a consistência ou uniformidade,

onde eventos idênticos devem ser apresentados e mensurados de forma idêntica e a

consistência se refere ao uso dos mesmos procedimentos contábeis para o

tratamento dos eventos, conforme ensina Martins (2011, p. 35):

Quando existem diversas alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, todas válidas dentro dos princípios geralmente aceitos, deve a empresa adotar uma delas de forma consistente. Isto significa que a alternativa adotada deve ser utilizada sempre, não podendo a entidade mudar o critério em cada período.

A materialidade está fortemente relacionada à relevância, no que diz respeito

à importância da informação, ou seja, a informação pode ser “considerada material (e,

portanto, sua divulgação é necessária), caso o conhecimento seja importante para os

usuários dos relatórios contábeis.” (HENDRIKSEN e BREDA, 2009, p. 103)

A relação custo-benefício traz alguns conflitos, já que no contexto da

Contabilidade não é uma qualidade e sim um imperativo, tendo em vista que

informações não disponibilizadas podem ser interpretadas como “informação não

favorável sobre o valor ou qualidade do ativo.” (SALOTTI e YAMAMOTO, 2008, p. 39)

A qualidade destas informações se configura sob a forma das demonstrações

contábeis, as quais são elaboradas com o propósito de reduzir a assimetria

informacional e habilitar os usuários em acompanhar o desempenho das entidades.

2.5 Demonstrações Contábeis

O Pronunciamento Técnico CPC 26(R1) no item 9, estabelece:

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam

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apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados.

É oportuno destacar que a utilidade das demonstrações contábeis torna-se

efetiva quando ajudam os usuários a tomar decisões, que somente é possível quando

há previsão dos futuros fluxos da entidade, tanto ao nível de montante, como de

épocas, com vistas à redução dos riscos e das incertezas.

Neste sentido Silva (2006, p.85) observa:

As demonstrações contábeis e demais informações destinadas aos acionistas e aos diversos grupos de usuários interessados prestam grande contribuição na avaliação dos riscos e das potencialidades de retorno da empresa. As demonstrações contábeis representam um canal de comunicação da empresa com diversos usuários internos e externos.

Este canal de comunicação cumpre com suas funções na medida em que as

informações são disponibilizadas em sua totalidade. Por este motivo, o CPC 26, no

item 10, define como “conjunto completo demonstrações contábeis”:

Balanço Patrimonial (BP) do período;

Demonstração de Resultado do Exercício do período (DRE);

Demonstração de Resultado do Exercício Abrangente do período;

Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPAc);

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);

Demonstração de Valor Adicionado (DVA);

Relatório da Administração;

Notas Explicativas;

Parecer da Auditoria.

Tendo em vista, testar o poder explicativo do FCO, LL, EBITDA e EBIT, que

são obtidas a partir da DRE e da DFC, estas duas demonstrações contábeis, neste

trabalho, serão destacadas, a fim de permitir o entendimento destas variáveis.

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2.5.1 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

Martins et al, 2013, p. 560 destacam:

A Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas.

Hoji (2001, p259) define a DRE como “uma demonstração contábil que

apresenta o fluxo de receitas e despesas, que resulta em aumento ou redução do

patrimônio líquido entre duas datas.”

Ross et al (2008, p. 26) aborda a DRE como um relatório que mede o

desempenho em um período, em geral um trimestre ou um ano, de uma empresa e

destaca a equação elementar: Receitas – Despesas = Resultados.

Assim, o relatório é apresentado de forma dedutiva, ou seja, inicia-se com a

Receita Bruta e dela se deduz custo e despesas, a fim de apurar o lucro líquido sendo

constituído pelos seguintes elementos: Receita Bruta; Cancelamentos e Deduções;

Custo da Mercadoria Vendida (CMV) ou Custo do Serviço Prestado; Receita Líquida;

Despesas Administrativas; Despesas Comerciais ou com Vendas; Despesas

Financeiras Líquidas; Despesas Tributárias; Impostos; e Lucro Líquido (HOJI, 2001;

ROSS et al, 2008).

Iudícibus e Marion (2011, p.53) alertam que “a DRE Completa, exigida por lei,

fornece maiores minúcias para as tomadas de decisão: grupos de despesas, vários

tipos de lucro, destaque dos impostos etc.”.

Deste relatório, é objeto de estudo: o Lucro Líquido (LL), o Earning Before

Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA) e o Earning Before Interest

and Taxes (EBIT), variáveis independentes que constituem as hipóteses secundárias

neste trabalho.

O Lucro Líquido (LL) é um indicador obtido diretamente da DRE e representa

o resultado final do exercício social, que fica à disposição dos acionistas da

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companhia, para ser distribuído e/ou para constituir Reserva de Lucros. Se o

resultado final for Prejuízo Líquido, poderá ser compensado na Reserva de Lucros

constituída nos exercícios anteriores (HOJI, 2001, p. 262).

O quadro abaixo apresenta um modelo, elaborado considerando uma

empresa industrial:

Quadro 1 - Modelo de DRE

Fonte: Iudícibus e Marion (2011, p. 53), adaptado pelo autor.

O lucro líquido nas pesquisas empíricas, conforme já mencionado, tem se

constituído em informação relevante para prever fluxos de caixa futuros e explicar o

preço das ações.

No entanto, seu uso de forma isolada, como único indicador requer cuidados,

pois não considera as diferenças entre regime de caixa e competência, bem como

não desconsidera os efeitos da depreciação e da amortização, o que pode distorcer

as previsões (valor preditivo) e comprometer a confirmação das expectativas

anteriores (valor de feedback), o que impacta na sua relevância.

Neste aspecto, o EBTIDA ou Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e

Amortização (LAJIDA), bem como o EBIT ou Lucro Antes de Juros e Impostos

(LAJIR) apresentam uma tentativa de aproximação do fluxo de caixa das operações e

Receita Bruta de Vendas

- Deduções

= Receita Líquida

- Custo dos Produtos e Serviços

= Lucro Bruto

- Despesas Operacionais

Despesas com vendas

Despesas gerais e administrativas

Despesas financeiras líquidas

= Lucro Operacional

- Impostos de renda e Contribuição Social

= Lucro Líquido

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se constituem em indicadores de desempenho calculados a partir da DRE, cujas

definições são apresentadas na Instrução nº 527 da CVM, artigo 3º:

I - LAJIDA - resultado líquido do período, acrescido dos tributos sobre o lucro e das despesas financeiras líquidas das receitas financeiras, das depreciações, amortizações e exaustões; II - LAJIR - resultado líquido do período, acrescido dos tributos sobre o lucro e das despesas financeiras líquidas das receitas financeiras.

Silva (2006, p. 221) destaca que estas medidas representam o desempenho

operacional da companhia, onde o EBITDA “considera as receitas operacionais

líquidas, menos os custos e as despesas operacionais, exceto as depreciações e

amortizações” e o EBIT incluem as despesas com depreciações e amortizações,

conforme demonstrado nos quadros 2 e 3:

Quadro 2 - Cálculo do EBITDA

Fonte: Frezzati e Aguiar (2007, p. 13).

Quadro 3 - Cálculo do EBIT

Fonte: Elaborado pelo autor.

Sobre o EBITDA Frezatti e Aguiar (2013, p. 13) observam que:

[...] a pretensão é que se obtenha uma aproximação com o fluxo de caixa operacional. De qualquer forma, o fato de não considerar as alterações das contas do capital circulante líquido (ativo e passivo circulantes) a proxy se constitui em algo que já prevê margem de erro na apuração.

Lucro Líquido do Período

+ Depreciação e Amortização

+ Despesas Financeiras

+ Imposto de Renda e Contribuição Social

= EBITDA

EBIT

+ Depreciação e Amortização

= EBITDA

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Neste sentido, Salotti e Yamamoto (2005) no estudo empírico, apresentado

no 5º Congresso USP de Contabilidade e Controladoria, testam conceitualmente e

estatisticamente se o EBITDA é uma aproximação do FCO e concluem, após análise

de amostra composta por 70 companhias que voluntariamente publicaram a DFC, que

o EBITDA não pode ser considerado como uma aproximação do FCO.

Posteriormente, o estudo empírico de Silva et al (2012), que envolveu análise

de 26 empresas no período de 2005 a 2007 para analisar a relevância das

informações contábeis para o Mercado de Capitais, ratificou a conclusão acima

mencionada que o EBITDA não se constitui em informação relevante para o Mercado

de Capitais e adicionalmente o FCO traz conteúdo informacional não contemplado

pelo EBITDA.

É importante observar que tais conclusões podem ser estendidas ao EBIT

tendo em vista que conceitualmente estão fortemente correlacionados.

Desta forma, justifica-se a constatação realizada por Frezatti e Aguiar (2013,

p. 13): “os clássicos de finanças e contabilidade não destacam o EBITDA, quando

muito se limitam a mencionar e explicitar o seu cálculo.”

Em que pese às evidências, o EBITDA conquistou grande predileção entre os

analistas pela sua facilidade de utilização e comparação das empresas:

Apesar de pouco tratado pelos autores clássicos, de acordo com Eastman (1997, p. 12-14), é o indicador favorito dos analistas de mercado de capitais e é a mais popular medida de geração do fluxo de caixa entre os agentes de crédito. (FREZATTI e AGUIAR, 2013, p. 13)

Percebe-se, nesta situação, o embate entre o conhecimento científico e o

conhecimento popular, que por excelência é falível e inexato, já que não problematiza,

não questiona e, no âmbito, do Mercado de Capitais, compromete, pois o EBITDA traz

conteúdo assimétrico, tendo em vista que, a exemplo do Lucro Líquido não considera

as variações do ativo e do passivo circulante, aspecto contemplado no FCO

apresentado na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).

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2.5.2 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

O foco deste estudo é o Fluxo de Caixa das Operações ou Fluxo de Caixa

Operacional (FCO) que segundo Ross et al (2008, p. 35) representa “o caixa gerado

com as atividades operacionais normais de uma empresa”.

Nas companhias abertas esta informação era obtida a partir da Demonstração

das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), que permitia alinhar o regime de

competência - vinculado ao evento econômico, sem considerar o impacto no caixa

entrada ou saída; e o regime de caixa - atrelado ao evento financeiro quando de sua

entrada ou saída de caixa. (IUDÍCIBUS e MARION, 2011, p. 112)

A apresentação deste relatório para as companhias abertas permaneceu até

a promulgação da Lei 11.638/07, período em que a Demonstração dos Fluxos de

Caixa (DFC) não era obrigatória no Brasil, apenas estimulada pela Comissão de

Valores Mobiliários (CVM), através do Parecer de Orientação CVM n° 24, de 15 de

janeiro de 1992 (Salotti e Yamamoto, 2008, p. 38).

O item 4 denominado “Avanços na Qualidade da Informação e Divulgação

das Demonstrações Contábeis”, do Parecer de Orientação CVM nº 24, explicita o seu

propósito:

Algumas empresas têm demonstrado interesse ou desenvolvido trabalhos no sentido de levar ao seu usuário uma informação de melhor qualidade, através do aperfeiçoamento dos seus relatórios ou de informações mais completas. A CVM apóia e estimula estas iniciativas. São exemplos de formas de enriquecimento da informação levada ao público: - Demonstrações complementares, como: a) Fluxo de caixa; e b) Valor Adicionado.

Com o intuito de orientar as elaborações da Demonstração dos Fluxos de

Caixa, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), emitiu a Norma

e Procedimentos de Contabilidade (NPC) nº 20, em 30 de abril de 1999, composta por

26 (vinte e seis itens) e 2 (dois) anexos, com os modelos de elaboração pelo Método

Direto e pelo Método Indireto, que instruía os interessados no preparo desta

demonstração.

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Os itens 1 e 2 da NPC nº 20, agrupados sob o título “Princípios Contábeis

Aplicáveis”, expressam o seu intento:

1. A "Demonstração dos Fluxos de Caixa" refletirá as transações de caixa oriundas: a) das atividades operacionais; b) das atividades de investimentos; e c) das atividades de financiamentos. Também, deverá ser apresentada uma conciliação entre o resultado e o fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais visando fornecer informações sobre os efeitos líquidos das transações operacionais e de outros eventos que afetam o resultado.

2. A função primordial de uma demonstração dos fluxos de caixa é a de

propiciar informações relevantes sobre as movimentações de entradas e saídas de caixa de uma entidade num determinado período ou exercício. As informações contidas numa demonstração dos fluxos de caixa, quando utilizadas com os dados e informações divulgados nas demonstrações contábeis, destinam-se a ajudar seus usuários a avaliar a geração de fluxos de caixa para o pagamento de obrigações, lucros e dividendos a seus acionistas ou cotistas, ou a identificar as necessidades de financiamento, as razões para as diferenças entre o resultado e o fluxo de caixa líquido originado das atividades operacionais e, finalmente, revelar o efeito das transações de investimentos e financiamentos, com a utilização ou não de numerário, sobre a posição financeira.

A NPC nº 20 subsidiou por oito anos a elaboração da DFC, das empresas que

apresentavam voluntariamente esta demonstração e com a publicação da Lei nº

11.638/07, a divulgação fica obrigatória, conforme observa Martins et al (2013, p.

651):

Com a promulgação da Lei nº 11.638/07, a elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) em substituição à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), se tornou obrigatória. Entretanto, não tratou de sua forma de apresentação.

Assim, a NPC nº 20 foi revogada com a publicação, pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis, do CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixas, que

“estabeleceu as regras de como as entidades devem elaborar e divulgar as

demonstrações do fluxo de caixa para atendimento à Lei nº 11638/07” (MELO e

SALOTTI, 2010, p.77).

Vale observar que o CPC n° 03 (atualmente na 2ª revisão) se constitui no

avanço e em aprofundamento da norma revogada, que é evidenciada no item

Objetivo (p. 2):

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Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

Assim, a DFC tem por objetivo primário: “prover informações relevantes sobre

os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um

determinado período...” (MARTINS et al, 2013, p. 651)

Neste sentido, Salotti e Yamamoto (2008, p.38) destacam:

O conteúdo informativo da DFC é segregado de acordo com os fluxos de caixa por tipo de atividade: operacional, de investimento e de financiamento. Esses fluxos são somados, acarretando a variação líquida do caixa no período evidenciado. A este fluxo líquido, é somado o saldo inicial do caixa e equivalentes de caixa (demonstrados nos balanços patrimoniais dos dois períodos).

Esta segregação permite identificar a origem de todo o recurso que ingressou

no caixa, como a aplicação deste recurso, em determinado período, além de medir o

Resultado do Fluxo Financeiro, conforme Marion e Iudícibus (2011, p. 113), através

da mensuração das seguintes atividades: as principais atividades geradoras de

receita da entidade - atividades operacionais; as atividades referentes à aquisição e à

venda de ativos de longo prazo - atividades de investimentos; e as atividades que

resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital

de terceiros - atividades de financiamento. (CPC nº 03-R2)

Assim, o propósito é verificar a origem e a aplicação dos recursos, como

observam Martins et al (2013, p. 658):

A movimentação das disponibilidades do caixa (caixa e equivalentes de caixa) da empresa, em um dado período, deve ser estruturada na DFC [...], em três grupos, cujos títulos buscam expressar as entradas e saídas de dinheiro relacionadas com as atividades: (a) operacionais; (b) de investimentos; e (c) de financiamentos.

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Desta forma, a DFC permite aos usuários avaliarem as empresas, nas

seguintes dimensões: capacidade de pagamento; liquidez e solvência; desempenho

operacional; impactos sobre a posição financeira, ocasionados pelas decisões de

investimento e de financiamento; precisão das estimativas passadas; e capacidade de

geração de fluxos de caixa (IUDÍCIBUS e MARION, 2011, p. 112-114).

Neste contexto, o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) é fundamental, por

evidenciar as transações que afetam e não afetam o caixa e por informar, se os fluxos

de entrada de dinheiro são suficientes para liquidar as saídas de caixas. (ROSS et al,

2008, p.33; Silva 2006, p.474). O CPC 03 (R2), no item 18 (p.8), estabelece dois

métodos alternativos para a elaboração do fluxo de caixa proveniente das operações:

o direto e o indireto.

A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente: (a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgados; ou (b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

Segundo Martins et al (2013, p. 659), “o método direto explica a entrada e

saída bruta de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais”,

entre eles: recebimentos das vendas e pagamento fornecedores, conforme quadro 4:

Quadro 4 - Cálculo do FCO - Método Direto

Fonte: Assaf Neto e Silva (2012, p. 45), adaptado pelo autor.

+ Entrada (Vendas Recebidas)

= Valor Acumulado

- Pagamento de Fornecedores

- Pagamento de Salários

- Pagamento de Despesas Financeiras

- Pagamento Imposto de Renda e CSSL

= Fluxo de Caixa das Operações

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Sobre o método indireto, Martins et al (2013, p.659) define como a

“conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações”. O lucro é

ajustado conforme as variações dos saldos das contas do ativo circulante e do

passivo circulante, conforme Quadro 5:

Quadro 5 - Cálculo do FCO - Método Indireto

Fonte: Assaf Neto e Silva (2012, p. 46).

Com relação à adoção do Método, Mello e Salotti (2010, p. 85-86) observam:

Em relação à escolha dos métodos, pode-se destacar o seguinte: o método direto é mais simples para ser compreendido do que o método indireto. [...] Todavia as empresas argumentam que ele é mais dispendioso na prática. O método indireto é mais simples de ser preparado, porém mais complexo para um usuário comum [,,,]

Além disso, há uma obrigatoriedade imposta às empresas em que, caso

optem pelo método direto, deverão apresentar na Nota Explicativa, a conciliação entre

o resultado e o efeito no caixa, o que tem conduzido às empresas a optarem pelo

Método Indireto.

No que diz respeito à aplicação, Salotti e Yamamoto (2008, p. 39) destacam

que os “fluxos de caixa evidenciados na DFC são informações relevantes para uma

série de aplicações”, dentre elas a análise da capacidade de honrar com seus

compromissos e em processos de valuation.

Malacrida (2009, p. 27-42) apresenta quatro finalidades da DFC: (1) análise

das demonstrações contábeis, que permite constatar se a empresa possui liquidez e a

capacidade de financiar seu capital de giro e expandir suas operações, por meio de

Lucro Líquido

+ Variação de Valores a Receber

+ Variação nos Estoques

+ Variação em Fornecedores

+ Variação em Imposto de Renda a Pagar

+ Depreciação e Amortização

= Fluxo de Caixa das Operações

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suas atividades; (2) análise de crédito, proporciona a verificação, por parte do credor,

da capacidade de pagamento do tomador; (3) gerenciamento de resultados6 que

minimiza a assimetria informacional, já que busca eliminar manipulação nos accruals;

(4) avaliação de empresas, já que subsidia os processos do estabelecimento do valor

da empresa, por meio da somatória dos fluxos de caixa futuros, cujos montantes são

trazidos a valor presente, através de uma taxa de desconto, associada aos riscos do

negócio.

Diante do apresentado, o fluxo de caixa se constitui em informação relevante

para tomada de decisões, tanto ao nível de feedback, como de previsão de valores

futuros e, se espera, na explicação do preço e/ou retorno das ações.

2.6 Estudos sobre Value Relevance da Informação Contábil

A relevância por apresentar um caráter subjetivo, por estar sujeita à

perspectiva e necessidade do usuário, pode apresentar várias definições, conforme

discutido por Hendriksen e Breda (1999, p. 97):

Tem havido muitas definições de relevância. Em seu nível mais básico, a informação relevante é pertinente à questão que está sendo analisada. A informação pode ser pertinente de pelo menos três maneiras: afetando metas, afetando a compreensão, e afetando decisões.

Em continuidade, Hendriksen e Breda (1999, p. 97) analisam estas três

formas e definem que somente há relevância quando o usuário da informação contábil

entende o significado e as implicações das informações divulgadas, o que estabelece

uma estreita relação com o atributo compreensibilidade. Daí a necessidade das

informações disponibilizadas pela Contabilidade serem de fácil entendimento.

No tocante às decisões, a informação é relevante, quando permite ao usuário

que compreende esta informação, eleger uma alternativa e estabelecer metas.

6 Gerenciamento de resultados procedimento que pode ser adotado pelos administradores dentro dos

limites regulamentares, para manipular os accruals, que representam as diferenças entre os regimes de caixa e de competência, onde os eventos são reconhecidos em momentos distintos, os quais podem ser antecipados ou postergados com a finalidade de ajustar os resultados às suas necessidades. (MALCRIDA, 2009, p, 22-23)

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E, quando às informações, por meio do valor preditivo ou valor de feedback

contribuem para que o usuário atinja as metas, ganha relevância. No âmbito do

mercado de capitais, atingir metas envolve mitigar os riscos e maximizar os retornos.

Embora, o raciocínio seja lógico, há dificuldades na hierarquização da

informação contábil, no que concerne à sua relevância, o que é evidenciado pelos

estudos, que buscam identificar por meio da pesquisa empírica, aquelas que são mais

importantes.

Neste sentido, Watts e Zimmerman (1990, p.132) afirmam que os estudos de

value relevance estão fortemente associados com a pesquisa empírica, que tiveram

seu início no final da década de 60, quando Ball e Brown (1968) e Beaver (1968)

introduziram na contabilidade financeira, a perspectiva da informação, que entende as

informações contábeis como insumos para subsidiar modelos de avaliação, baseados

na geração futura de fluxos de caixa.

A perspectiva da informação permite buscar o estabelecimento de

associações entre as divulgações contábeis e os preços das ações, por meio de uma

metodologia financeira empírica.7

Ikeda (2005, p.44) observa que os estudos de Ball e Brown (1968) e Beaver

(1968) abriram caminho para a realização de outros trabalhos que envolvem a

averiguação da relevância das informações contábeis no mercado de capitais

(KIEGER, 1972; FOSTER, 1977; COLLINS e KORMEDI e LIPE, 1987; KOTHARI,

1989; ALFORD et al, 1993; HAYN, 1995) e destaca Kothari (1991, p. 118):

Ball e Brown (1968) e Beaver (1968) eclodiram uma indústria de pesquisa de mercado de capitais [...]. Algumas das pesquisas que se seguiram às de Ball e Brown replicaram seus resultados em diferentes paises, utilizando resultados que não os anuais, usando período de resultados mais curtos, ou analisando tanto o sinal como a magnitude, sendo que Ball e Brown analisaram apenas os sinais.

Corroboram Holthausen e Watts (2001, p. 3) quando observam:

7 Modern positive accounting research began flourishing in the 1960s when Ball and Brown (1968),

Beaver (1968), and others introduced empirical finance methods to financial accounting [...] that accounting numbers supply information for security market investment.

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Na última década, foram realizados vários estudos empíricos na contabilidade, que investigaram a relação entre os valores de mercado de ações (ou variação nesses valores) e determnados números contábeis, a fim de avalia-los ou para estabelecimento de um padrão contabil. Denominamos este conjutno de estudos, marcados pela busca de um estabelecimento de

normas e de literatura de value relevance. (tradução livre)8

Assim, com intuito de facilitar a análise, Holthausen e Watts (2001, p. 5-6)

classificaram os 62 estudos em três categorias: (1) estudos de associação relativa

(24% dos artigos, incluindo 10 que foram enquadrados na categoria 2); (2) estudos de

associação incremental (85% dos artigos); (3) estudos de conteúdo informacional

adicional (20% dos artigos, os quais na sua totalidade também estão na categoria 2).

A primeira categoria envolve os estudos que têm por finalidade analisar a

existência de associação entre o preço das ações e determinados valores contábeis

alternativos, em um longo período de tempo. Estes estudos, usualmente, utilizaram

testes de regressão com verificação do R² (coeficiente de determinação).

A segunda categoria envolve a análise do número contábil enquanto seu

poder explicativo do valor ou variação do preço das ações, aplicável em um longo

período de tempo. A informação contábil é considerada relevante se o coeficiente do

regressor for estatisticamente significante.

A terceira categoria verifica se determinada informação contábil adiciona

informação aos investidores (em curto período de tempo), que usualmente adotam a

metodologia do Estudo de Evento. Segundo Camargo e Barbosa (2003, p. 1):

Os Estudos de Evento são amplamente utilizados em Finanças, principalmente na aferição da eficiência informacional do mercado em sua forma semiforte. Consistem na análise do efeito da divulgação de informações específicas de determinadas firmas sobre os preços de suas ações. São estudos realizados com base na observação de períodos de tempo para avaliar se certo número contábil (condicionado a outras informações) está associado ao preço das ações.

8Over the last decade numerous accounting papers investigate the empirical relation between stock

market values (or changes in values) and particularaccounting numbers for the purpose of assessing or providing a basis of assessing those numbers’ use or proposed use in an accounting standard. We call the group of papers that are at least partially motivated by standard-setting purposes, the ‘‘value-relevance’’ literature.

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O presente estudo está enquadrado nas categorias 1 e 2, tendo em vista que

o objetivo é examinar se o FCO, divulgado na DFC, apresenta maior poder explicativo

sobre o preço das ações, do que outras informações contábeis calculadas com base

no DRE - Lucro Líquido (LL), EBITDA e EBIT, por meio da realização de testes de

regressão com verificação da correlação, por meio do R² (categoria 1) e, ao mesmo

tempo, verificar a relevância do coeficiente estimado, ao testar a sua significância

(categoria 2).

Os estudos de Value Relevance, que apresentam como eixo central a

associação da informação contábil com os preços de ações, por meio de testes

estatísticos para verificar a relevância desta informação, com vistas a subsidiar as

tomadas de decisão dos acionistas e outros investidores, encontra seu fundamento na

Hipótese de Mercados Eficiente.

2.7 Hipótese de Mercados Eficientes

Segundo Hendriksen e Breda (1999, p. 117), o mercado para ser considerado

eficiente é caracterizado pela influência que uma nova informação relevante exerce

sobre os investidores e, por consequência, no preço das ações, onde:

Tudo o que é realmente necessário para que haja eficiência é que toda informação disponível se incorpore aos preços dos títulos imediatamente, ou como uma demora mínima de forma não viesada. Em outras palavras, sempre que surge uma nova informação relevante sobre um dado título, alterando as expectativas dos investidores, o novo preço do equilíbrio deve ser alcançado, rápida e adequadamente.

Apesar de a definição simplificar o funcionamento do mercado, já que outras

variáveis concorrem para a precificação dos ativos, variáveis macroeconômicas - taxa

de juros e variação cambial (Hendriksen e Breda, 1999, p. 117), nota-se a relevância

da informação contábil como poder de explicação do preço das ações, principalmente

ao se observar os tipos de eficiência, destacado por Rabelo Junior e Ikeda, (2004, p.

98-100): forma fraca da HME; forma forte da HME; e forma semiforte da HME.

A forma fraca reflete as informações contidas nos preços passados, onde “o

preço de hoje é função do último preço observado, acrescido do retorno esperado do

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título e de um componente aleatório ao longo do período”, sendo que este

componente aleatório apresenta tendência ao valor zero.

Esta perspectiva desconsidera a análise técnica e a informação relevante

(RABELO JUNIOR e IKEDA, 2004, p. 98).

Portanto, no que diz ao presente estudo, que busca testar a relevância das

informações contábeis, a forma fraca é rejeitada. Neste sentido Hendriksen e Breda

(1999, 119) reforçam: “essa forma da HME não tem relevância para a contabilidade...”

A forma forte inclui além das informações históricas e atuais publicadas,

informações não divulgadas ou privilegiadas, que se constitui em aspecto de difícil

mensuração empírica, já que não está disponível ao público. Tal possibilidade de

especulação requer que a Contabilidade exerça o seu papel com agilidade e

transparência, conforme defendem Hendriksen e Breda (1999, p. 119):

As implicações da forma forte da HME para a contabilidade são as de que, para que a contabilidade desempenhe uma função social, ela deve fazer com que a informação financeira relevante se torne publicamente disponível tão depressa quanto factível para minimizar a possibilidade de uso de informação privilegiada.

A forma semiforte, intermediária entre as duas anteriores, considera que o

preço das ações incorpora toda a informação disponível - atuais e históricas,

excluindo as informações privilegiadas. Rabelo Junior e Ikeda, (2004, p. 100)

observam que: “a semiforte exigiria dos investidores, além do levantamento do

comportamento das ações, um maior embasamento teórico que lhes permitisse

analisar com propriedade empresas ou setores da economia.”

Logo, a Contabilidade enquanto geradora de informações deve estar

revestida dos atributos destacados no item 2.4 Informações Contábeis: relevância,

confiabilidade, comparabilidade e consistência, materialidade, e relação custo-

benefício.

Portanto, o presente trabalho se encontra ancorado mas premissas dos dois

últimos tipos: forte e semiforte. Vale observar que muito embora as informações

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referentes às operações da empresa são prioritariamente geradas na Contabilidade,

isto não implica em desconsiderar as ações de agentes que podem influenciar nos

preços das ações, já que notícias, entrevistas e opiniões influenciam.

No entanto, conforme observa Hendriksen e Breda (1999, p. 120): “a maior

parte da informação, diretamente relacionada a uma empresa específica, tenderá a

originar-se de própria empresa, e em grande parte do seu departamento de

contabilidade”.

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3 PESQUISA EMPÍRICA

3.1 Embasamento da Pesquisa

Mendonça Neto et al (2008, p. 63-65) destacam o estudo de Mattessich

(1995) que apresenta quatro abordagens teóricas em Contabilidade: (1) a abordagem

normativa, vinculada à escola alemã, que se preocupa com questões relacionadas

com o que deveria ser apresentado nas demonstrações financeiras e como esses

elementos deveriam ser avaliados, fundamentada em princípios éticos; (2) a

abordagem positiva que focaliza a pesquisa empírica e os métodos estatísticos,

oriunda da escola americana, que independe de posicionamento ético, e tem como

foco produzir generalizações, a fim de realizar previsões; (3) a abordagem crítico-

interpretativa, ligada à escola inglesa, que prioriza as normas éticas, ao invés das

pragmáticas, com vistas às metas sociais; (4) a abordagem normativo-condicional,

proposta por Mattessich (1995), síntese das abordagens normativa e positiva, que

compreende a “criação de um grande número de modelos contábeis, cada qual para

uma hipótese customizada para um objetivo contábil específico, oferecendo um

número considerável de escolha aos usuários.”

Embora esteja disponível esta variedade de metodologias Mendonça-Neto et

al (2009, p. 63), destacam que no âmbito internacional, Fulbier e Sellhorn (2006)

reconhecem as abordagens normativas e positivas como predominantes. E no Brasil,

por meio de análise do período de dez anos (1996 a 2005) dos trabalhos

apresentados nos Encontros Anuais da Associação dos Programas de Pós-

Graduação em Administração (ENANPADs), os autores evidenciam a predominância

da metodologia positivista (dos 900 trabalhos apresentados, 745 seguiram esta

metodologia).

Este trabalho segue a abordagem positivista, já que busca responder à

pergunta elaborada e testar as hipóteses com base na pesquisa empírica e em

métodos estatísticos.

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3.2 Amostra

A amostra é constituída por companhias abertas com ações negociadas na

Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&BOVESPA), que cujo critério convencionado

para seleção compreendeu:

Integrar o índice Bovespa (IBOVESPA);

As companhias selecionadas devem constituir 50% do IBOVESPA;

Não ser participante do segmento bancário/financeiro;

Optar por ações (PN - Preferencial), em caso das companhias que estejam

ranqueadas com ações ON (Ordinários) e PN, tendo em vista que os

detentores das ações são priorizados na distribuição de dividendos;

Apresentar no mínimo dez períodos com todas as variáveis analisadas.

O levantamento foi realizado no site da BMF&BOOVESPA, em 22 de junho de

2015, que resultou em amostra composta por 33 empresas, que representam 56,95%

do IBOVESPA, que se encontra especificada no Quadro 6.

As demonstrações financeiras, DRE e DFC, bem como os preços das ações

foram obtidas através do software Economática, e envolveu o período de primeiro

trimestre de 2005 ao primeiro trimestre de 2015.

Os campos do banco de dados foram assim constituídos:

Valor das Cotações: correspondentes i, dois dias após as datas de

divulgação das demonstrações financeiras (31/03; 30/06; 30/09; e 31/12),

sendo que nas datas em que não ocorreu o pregão foi considerado o último

dia útil;

A cotação da ação foi convertida em retorno de preço da ação, pela

equação: R = (Cn / Cn-1 - 1), onde:

R = Retorno da ação

Cn = Cotação do dia n

Cn-1 = Cotação do dia anterior a n

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As variáveis: FCO; EBIT e LL foram obtidas diretamente das

demonstrações, enquanto que a variável EBITDA foi calculada, por meio da

equação: EBITDA = EBIT - Depreciação.

Quadro 6 - Composição da Amostra

Fonte: elaborado pelo autor.

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3.3 Técnicas e Modelo Estatístico

Os dados foram processados através do IBM SPSS Statistics® e para testar

as hipóteses foram realizadas regressões simples e múltiplas, e correções.

Stevenson (1981, p.241) observa que a regressão e a correlação são técnicas

que envolvem a análise de dados amostrais, a fim de verificar se duas ou mais

variáveis são relacionadas e qual o grau de relacionamento entres estas variáveis.

Corrar et al (2007, p. 132-133) destacam que a análise de regressão, utilizada

na área de negócios e pesquisas acadêmicas, tem como propósito a previsão e são

divididas em dois tipos: regressão simples e regressão linear.

Ainda Corrar et al (2007, p. 133) definem a regressão simples como uma

técnica estatística que tem por objetivo “prever uma única variável dependente, a

partir do conhecimento de uma única variável independente.”

Este procedimento foi utilizado para testar a hipótese 1 - o fluxo de caixa

(FCO) possui poder explicativo sobre o preço das ações (P), representado pela

equação:

Pxt = β0 + β1*FCOxt + ε1, onde:

Pxt = Variável dependente, representa pelo preço da ação da empresa x,

no tempo t

β0 = Intercepto

β1 = Coeficiente de inclinação

FCOxt = Variação independente, representada pelo FCO da empresa x, no

tempo t

ε1 = Termo que representa o resíduo ou erro da regressão

Em seguida foi realizada a regressão múltipla, que segundo Corrar (2007, p.

133) “tem por objetivo prever uma variável dependente a partir de mais de uma

variável independente”, a fim de testar simultaneamente as hipóteses 2, 3 e 4:

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Hipótese 2: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que Lucro Líquido (LL).

Hipótese 3: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que o Earning Before Interest, Taxes,

Depreciation and Amortization (EBITDA).

Hipótese 4: O fluxo de caixa operacional (FCO) possui maior poder

explicativo sobre o preço das ações (P) do que o Earning Before Interest and

Taxes (EBIT).

Representado pela equação:

Pxt = β0 + β1*FCOxt + β2*LLxt + β3*EBITxt + β4*EBITDAxt + ε, onde:

Pxt = Variável dependente, representa pelo preço da ação da

empresa x, no tempo t

β0 = Intercepto

β1 = Coeficiente de inclinação

FCOxt = Variação independente, representada pelo FCO da empresa x,

no tempo t

LLxt = Variação independente, representada pelo Lucro Líquido da

empresa x, no tempo t

EBITxt = Variação independente, representada pelo EBIT da empresa x,

no tempo t

EBITDAxt = Variação independente, representada pelo EBTIDA da

empresa x, no tempo t

ε = Termo que representa o resíduo ou erro da regressão

Corrar et al (2007, p.137) destacam que “o método de estimação de modelos

mais comumente utilizado em regressão linear é o Método dos Mínimos Quadrados

(MMQ)”, cujo objetivo é obter o menor resíduo possível, entre os valores reais

observados e os valores estimados, sendo este o método eleito para a realização das

regressões neste trabalho.

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Quanto à correlação, Stevenson (1981, p. 367-368) define como “a

determinação da força do relacionamento entre duas observações emparelhadas” e a

forma mais empregada de medir o grau de relacionamento entre duas variáveis é

denominada coeficiente de Pearson, também conhecido como r de Pearson.

O coeficiente r possui duas propriedades: (1) magnitude, o coeficiente varia

de -1 a 1; (2) sinal, positivo ou negativo: sinal positivo, os valores positivos de uma

variável correspondem aos valores positivos de outra variável; sinal negativo os

valores negativos de uma variável correspondem aos valores positivos de outra

variável.

3.4 Análise dos Resultados

A regressão linear simples utilizada para explicar o poder explicativo do fluxo

de caixa operacional (FCO) sobre o preço das ações (P) trouxe os seguintes

resultados, sob a luz dos indicadores R, R², p-value.

O R, denominado coeficiente de correlação, reflete o grau de relacionamento

entre as variáveis FCO e Preço das Ações (P), segundo Corrar et al (2007, p. 166),

conforme demonstrado no Quadro 7:

Quadro 7 - Regressão Simples - R - Coeficiente de Correlação

Coeficiente de Correlação R

Menor Grau - BR MALLS 0,0040

Maior Grau - SABESP 0,3010

Média 0,1339

Fonte: Elaborado pelo autor.

Observa-se na média um baixo grau de associação entre a variável

dependente, preço das ações (P), e a variável independente, fluxo de caixa das

operações (FCO), ou seja, isoladamente, desconsiderando as outras variáveis

independentes, o FCO, enquanto informação contábil relevante possui baixa relação

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com a variação dos preços das ações, confirmado pelo R² (coeficiente de

determinação).

O R², coeficiente de determinação, indica o quanto a variável dependente, P,

é explicada pelas variações ocorridas na variável independente FCO (CORRAR et al,

2007, p. 167), conforme indicado no Quadro 8:

Quadro 8 - Regressão Simples - R² - Coeficiente de Determinação

Coeficiente de Determinação R²

Menor Grau - BR MALLS / CPFL / TIM / GERDAU 0

Maior Grau – SABESP 0,0900

Média 0,0210

Fonte: Elaborado pelo autor.

Em média 2,10% explica a variação na variável dependente P, pelas

variações ocorridas na variável independente, FCO, o que acentua a fraca

associação. Outro aspecto que merece destaque é que 36% das companhias

apresentaram coeficiente de determinação abaixo de 1%, sendo que 9,09%

registraram 0% de explicação.

A significância da regressão linear simples foi verificada pelo teste F ANOVA,

a qual segundo Stevenson (1981, p. 260) determina se a variável independente é

estatisticamente significante, através do Sig (p-value), onde se Sig < α (0,05), rejeita-

se a hipótese de que o R² é igual a zero. Neste contexto, a variável estatística exerce

influência sobre a variável dependente e o modelo é significativo.

No entanto, conforme apresentado no quadro 9, o coeficiente não é

significativo, ou seja, não há relação linear entre a variável dependente, P, e a

variável independente, FCO, onde é constatado que a totalidade da amostra (100%)

apresenta Sig (p-value) > α (0,05).

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Quadro 9 - Regressão Simples - Teste F ANOVA

Significância Sig (P-value)

Menor Significância - BR MALLS 0,9850

Maior Significância - SABESP 0,0530

Média 0,5362

Número de Companhias - Sig < α (0,05) 0

Fonte: Elaborado pelo autor.

Corrar et al (2007, p. 176) define o teste t como a formulação de hipótese nula

para verificar a validade do modelo. Se o coeficiente do intercepto é significativamente

diferente de zero, Sig < α (0,05), rejeita-se a hipótese nula, o que significa que o

modelo pode ser utilizado para fins preditivos.

Aplicando-se ao presente estudo, verifica-se que o coeficiente do intercepto

Sig é maior que α (0,05) e, portanto, o modelo não deve ser utilizado para fins

preditivos. Nota-se que apenas 4 companhias, correspondente a 12,12% da amostra,

apresentaram Sig (p-value) < α (0,05), conforme demonstrado no Quadro 10:

Quadro 10 - Regressão Simples - Teste t

Fins Preditivos Sig (P-value)

Menor Aderência – CPFL Energia 0,886

Maior Aderência – EMBRAER 0

Média 0,3865

Número de Companhias - Sig < α (0,05) 4

Fonte: Elaborado pelo autor.

Desta forma, hipótese básica, é rejeitada, ou seja, o fluxo de caixa (FCO) não

possui poder explicativo sobre o preço das ações.

O teste das hipóteses secundárias 2, 3 e 4 foi realizada através da regressão

múltipla, onde foi calculada a correlação entre as variáveis que resultou nos Quadros

11, 12 e 13, com os seguintes resultados:

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Quadro 11 - Sumário das Correlações de Pearson - Frequência

Variáveis Independentes %

EBIT 39,39

Lucro Líquido 21,21

EBITDA 24,24

FCO 15,15

Fonte: Elaborado pelo autor.

Há uma maior frequência do EBIT, 39,39%, como variável independente que

possui o maior grau de correlação com a variável dependente (P); e o FCO apresenta

a menor frequência com maior grau de correlação com a variável dependente (P),

com 15,15%.

Quadro 12 - Correlações de Pearson

.

Fonte: Elaborado pelo autor.

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O coeficiente de correlação varia de -1 a +1, Quando o coeficiente é negativo

significa que à medida que a variável independente diminui a varável dependente

aumenta e vice versa, ou seja, a correlação é negativa, no presente estudo significa

afirmar que quando as variáveis independentes aumentam, os preços das ações

diminuem e vice versa. Os coeficientes negativos estão sumarizados por variável no

Quadro 13:

Quadro 13 - Sumário das Correlações Negativas

Variáveis Independentes Ocorrências

EBIT 20

Lucro Líquido 19

EBITDA 20

FCO 23

Fonte: Elaborado pelo autor.

Desta forma, pode-se inferir que em mais de 58% da amostra observada, a

informação contábil disponibilizada não apresenta para o investidor conteúdo

informacional relevante, o que requer a realização de estudos para identificar quais

são outas informações que efetivamente influenciam nos preços das ações, como por

exemplo, variáveis politicas e macroeconômicas.

A regressão múltipla pelo Método dos Mínimos Quadrados apresentou os

seguintes resultados expressos no Quadro 14:

Quadro 14 - Regressão Múltipla - R2 e Teste t

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Fonte: Elaborado pelo autor.

O coeficiente de determinação R² do conjunto das variáveis independentes

aumentou, na média, para 12,24%, o que significou uma elevação de 583% com a

inclusão das variáveis independentes EBIT, LL, EBITDA ao FCO. Por outro lado,

87,76 % da variação no preço das ações não é explicado pelas variáveis

independentes.

Adicionalmente, os coeficientes estatísticos do intercepto das variáveis

independentes EBIT, LL, EBITDA e FCO, no teste t - dado pelo Sig (p-value), com

exceção do EBIT (0,024) e EBITDA (0,028) da Companhia Tractbel, apresentam-se

não significantes, já que Sig (p-value) > α (0,05) e, portanto, não podem ser utilizados

para explicar os preços e/ou retorno das ações.

Desta forma, as hipóteses secundárias também são rejeitadas, já que as

variáveis independentes EBIT, EBITDA e LL (10,14) são 4,83 vezes superiores ao

FCO (2,10%) para explicar o preço das ações em comparação ao FCO. Contudo,

conforme demonstrado, estas variáveis não são significativas para explicar os preços

e/ou retornos das ações.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou verificar, por meio de pesquisa empírica, se a

divulgação da DFC, obrigatória com o advento da Lei 11.638/07 se constitui em

informação relevante no Mercado de Capitais Brasileiro, através da verificação do

poder explicativo do número contábil fluxo de caixa operacional (FCO) sobre o preço

das ações.

Para tanto, sob a luz da abordagem positiva, como também dos estudos

nacionais realizados anteriormente (LUSTOSA e SANTOS, 2006; MALCRIDA et al,

2008; MALCRIDA, 2009, CUNHA, 2006, SILVA et al, 2012), e da primeira e segunda

categoria da classificação proposta por Holthausen e Watts (2001), adotou-se as

regressões lineares simples e múltipla e o Método dos Mínimos Quadrados para a

estimação do modelo.

Utilizando-se amostra composta por 33 companhias listadas na

BMF&BOVESPA que compõem 56,95% do IBOVESPA e após a aplicação dos testes

estatísticos, obteve-se como resultado que o fluxo de caixa das operações (FCO) não

possui poder explicativo sobre o preço das ações. Ao mesmo tempo, ficou constatado

superioridade do poder explicativo do EBIT, EBITDA e Lucro Líquido (LL), em

comparação ao FCO.

Em que pese à constatação desta superioridade, por outro lado, estas

informações contábeis no Mercado de Capitais Brasileiro não são relevantes para

explicar o preço das ações, o que indica a presença de outras variáveis explicativas.

Esta constatação aponta para a necessidade da realização de novos estudos,

no sentido de identificar e analisar estas variáveis, como por exemplo, políticas e

econômicas, as quais no contexto nacional estão fortemente relacionadas e têm se

apresentado como elementos de pressão, para que o governo federal alinhe suas

politicas monetária e fiscal, a fim de permitir que o país seja atrativo aos investidores

e, ao mesmo tempo, por meio da CVM garanta o bom funcionamento do Mercado de

Capitais imprescindível para o desenvolvimento econômico nacional.

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67

APÊNDICE

As informações que suportam a análise dos Resultados e que constituíram as

saídas do processamento realizado no IBM SPSS Statistics® por companhia

encontram-se detalhados neste tópico e compreendem:

a. Estatísticas descritivas: média, desvio padrão e número da amostra

Stevenson (1981, p. 19-29) apresenta as definições:

(1) Média, que se destaca como a medida mais importante dentre as

medidas de tendência central (mediana e moda): é definida como o valor equidistante

entre os dois extremos de uma amostra, que é calculada “determinando-se a soma

dos valores do conjunto e dividindo-se esta soma pelo número de valores no

conjunto.”

A notação expressa o conceito: x̅ =

(2) Desvio Padrão a definição do desvio padrão passa pelos conceitos de:

(i) desvio que mede o quando o número observado e a distância da média, expresso

pela equação: D = x1 - x̅; (ii) variância é a “média dos quadrados dos desvios dos

valores, a contar da média, onde o n é substituído por n-1”, conforme notação.”

A notação expressa o conceito: x̅ =

O desvio padrão é dado pela raiz quadrada positiva da variância, assim

representada:

x̅ =

(3) Número de amostras: quantidade de números observados que constitui

determinada base de dados.

A seguir, as estatísticas descritivas das companhias observadas:

∑ X

n

∑ (xi- x̅)²

n-1

∑ (xi- x̅)²

n-1

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AMBEV

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_AMBEV ,0037541 ,02666971 41

EBIT 5536726,15 3856715,795 41

Lucro Líquido 3683809,59 2950313,257 41

EBITDA 4205575,34 3645184,306 41

FCO 4976274,20 4012069,306 41

PETROBRÁS

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_PETRO ,0031174 ,01734488 39

EBIT 23980620,72 14429453,644 39

Lucro Líquido 15428204,18 10722409,007 39

EBITDA 13547802,56 15396529,634 39

FCO 30892799,95 16079449,870 39

BRF

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_BRF ,0029209 ,02387229 41

EBIT 684591,51 749305,742 41

Lucro liquido 398807,41 484720,682 41

EBTIDA 268115,37 490357,234 41

FCO 937013,98 1234171,048 41

VALE

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_VALE ,004038799593 ,019524940042 41

EBIT 16703211,8780 11489841,1573 41

Lucro Líquido 10502298,27 8986109,562 41

EBITDA 13150528,93 10221307,819 41

FCO 15014896,8780 11031733,2465 41

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CIELO

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CIELO ,0023632 ,02160781 24

EBIT 1676549,21 819535,077 24

Lucro Líquido 1393947,00 740153,739 24

EBITDA 1499249,08 718716,411 24

FCO 1316051,21 669180,511 24

JBS

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_JBS ,0101343 ,03883733 34

EBIT 1485246,59 1688919,758 34

Lucro Líquido 272009,76 528762,063 34

EBITDA 780101,38 1112528,623 34

FCO 638628,71 1971140,821 34

ULTRAPAR

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_ULTRAPAR -,0001219 ,01021922 15

EBIT 1179262,93 595251,193 15

Lucro Líquido 663532,87 341061,165 15

EBITDA 709067,33 373935,734 15

FCO 1087259,20 878482,460 15

BMF&BOVESPA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_BVMF ,0018519 ,03700697 27

EBIT 794989,44 408858,125 27

Lucro Líquido 645285,15 296082,438 27

EBITDA 726952,70 400581,023 27

FCO 949488,15 619432,707 27

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EMBRAER

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_EMBRA -,9971196 ,02064244 41

EBIT 481869,80 360142,166 41

Lucro Líquido 347018,56 259057,346 41

EBITDA 217725,46 238282,992 41

FCO 320616,27 840011,455 41

KROTON

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_KROTIN ,0061111 ,04205845 12

EBIT 427038,17 273337,683 12

Lucro Líquido 400433,25 265474,090 12

EBITDA 339661,08 217547,112 12

FCO 414407,50 338112,534 12

TELEFÔNICA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_TELEFON ,0077263 ,01210769 27

EBIT 2960381,93 1651853,648 27

Lucro Líquido 2104045,22 1305168,693 27

EBITDA 396969,44 672855,783 27

FCO 4286067,44 2751536,982 27

CCR

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CCR ,0011359 ,01966733 41

EBIT 1066267,90 711355,757 41

Lucro Líquido 503036,41 330359,900 41

EBITDA 807197,32 573557,188 41

FCO 884625,85 634072,087 41

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PÃO DE AÇUCAR

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_PACUCAR ,0026656 ,01748483 41

EBIT 920220,80 918621,517 41

Lucro Líquido 329888,24 303857,200 41

EBITDA 521608,10 764916,995 41

FCO 405259,56 1671547,042 41

CEMIG

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CEMIG ,0035142 ,02087752 41

EBIT 2329616,00 1228463,860 41

Lucro Líquido 1461460,88 837519,672 41

EBITDA 1840512,17 1019215,590 41

FCO 1912526,02 1151591,343 41

FIBRIA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_FIBRIA -,0002712 ,02048359 41

EBIT 455849,37 416637,593 41

Lucro Líquido 78461,85 522301,209 41

EBITDA -335640,73 414843,776 41

FCO 931716,00 518504,957 41

SOUZA CRUZ

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_SCRUZ ,0016420 ,01305596 27

EBIT 1399426,74 625246,652 27

Lucro Líquido 989321,00 432731,152 27

EBITDA 1302622,59 582077,461 27

FCO 840531,89 714447,075 27

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72

HYPERMARCAS

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_HIPER ,0049067 ,03123995 27

EBIT 375384,78 261352,175 27

Lucro Líquido 118944,85 140412,490 27

EBITDA 305629,81 284481,876 27

FCO 298002,81 211371,457 27

CETIP

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CETIP ,0107294 ,02003469 19

EBIT 306547,11 156772,247 19

Lucro Líquido 188392,58 104297,417 19

EBITDA 264975,26 134786,609 19

FCO 209213,21 187336,442 19

TIM PARTICIPAÇÕES

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_TIM -,0024235 ,02284863 38

EBIT 732370,03 749148,924 38

Lucro Líquido 403142,47 616622,955 38

EBITDA -853588,32 642211,597 38

FCO 1198484,89 1866710,112 38

SUZANO PAPEL

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_SUZANO ,0048220 ,01843337 42

EBIT 501829,88 295858,058 42

Lucro Líquido 147775,43 342201,328 42

EBITDA 122588,26 185448,523 42

FCO 478205,50 397410,100 42

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73

LOJAS AMERICANAS

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_AMERICAN ,0021067 ,01952431 26

EBIT 640870,08 409221,242 26

Lucro Líquido 142447,96 135708,273 26

EBITDA 495576,23 333253,437 26

FCO 55356,23 509431,475 26

KLABIN

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_KLABIN ,0078627 ,02219566 42

EBIT 524598,88 416782,431 42

Lucro Líquido 277134,14 315787,748 42

EBITDA 208975,10 286359,921 42

FCO 514967,10 357250,948 42

GERDAU

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_GERDAU ,0041529 ,02228669 42

EBIT 2183859,24 1801999,917 42

Lucro Líquido 1366565,98 1017299,896 42

EBITDA 1174955,79 1648568,424 42

FCO 2459877,21 1646981,365 42

TRACTBEL

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_TRACTBEL ,0061012 ,01856514 39

EBIT 1256059,51 624373,881 39

Lucro Líquido 746559,69 373394,936 39

EBITDA 1000453,79 491049,288 39

FCO 997608,87 627584,400 39

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BR MALLS

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_BRMALLS ,0022087 ,01819528 31

EBIT 682677,55 757931,849 31

Lucro Líquido 282486,71 381529,041 31

EBITDA 666495,61 764643,202 31

FCO 302962,77 269868,570 31

CPFL ENERGIA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CPFL ,0005971 ,01858929 40

EBIT 1528370,95 743056,033 40

Lucro Líquido 743804,10 399350,070 40

EBTIDA 1077424,10 547148,521 40

FCO 1186988,45 768185,590 40

ESTACIO

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_ESTACIO ,0119237 ,02882884 30

EBIT 105497,57 102848,391 30

Lucro Líquido 105699,80 100586,343 30

EBITDA 70744,13 82609,085 30

FCO 90928,87 136809,986 30

SABESP

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_SABESP ,0073054 ,02604266 42

EBIT 1394974,10 675129,209 42

Lucro Líquido 760464,33 434402,147 42

EBITDA 961872,81 506289,476 42

FCO 1406336,43 698140,693 42

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75

LOCALIZA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_LOCALIZA ,0047858 ,02437315 40

EBIT 261809,88 171433,210 40

Lucro Líquido 136468,13 97578,543 40

EBITDA 93486,68 148587,279 40

FCO 269606,83 311183,943 40

NATURA

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_NATURA ,0017842 ,01868360 40

EBIT 575947,70 378889,329 40

Lucro Líquido 376412,35 228929,430 40

EBITDA 508388,43 338886,396 40

FCO 380687,15 303394,891 40

QUALICORP

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_QUALICOR ,0059525 ,01920630 16

EBIT 107988,88 122144,232 16

Lucro Líquido 18419,19 47958,320 16

EBITDA 2955,75 90333,904 16

FCO 162283,44 124873,499 16

SIDERÚRGICA NACIONAL

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CSN ,0001551 ,02453453 30

EBIT 2444361,33 2088259,002 30

Lucro Líquido 1183893,63 1470263,463 30

EBITDA 1780190,53 1970651,850 30

FCO 1474373,90 1441967,300 30

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CESP

Estatísticas descritivas

Média Desvio Padrão N

R_CESP ,0057378 ,01916433 31

EBIT 724853,06 696060,699 31

Lucro Líquido 291765,97 654866,603 31

EBITDA 317468,77 698074,296 31

FCO 1016801,42 697743,027 31

b. Regressão Simples

Esta etapa, conforme mencionado, buscou testar a hipótese básica - o poder

explicativo do fluxo de caixa das operações (FCO) sobre o preço das ações (P), por

meio dos coeficientes R, R², Teste F e Teste t:

No Quadro Resumo do Modelo:

R (coeficiente de correlação): reflete o grau de associação entre a variável

dependente (P) e a variável independente (FCO).

R² (coeficiente de determinação): indica a porcentagem da variação da

variável dependente (P) explicada pelas variações ocorridas na variável

independente (FCO).

No Quadro ANOVA:

Teste F - ANOVA: verificada se o modelo é significativo, através do Sig (p-

value). “Quando Sig < α (0,05), rejeita-se a hipótese de que o R² é igual a

zero. A variável estatística exerce influência sobre a variável dependente e

o modelo é significativo.”

No Quadro Coeficientes:

É obtida a equação da regressão. O valor previsto para cada observação é

o valor intercepto (Constante) β, mais o coeficiente da regressão,

multiplicado pelo valor da variável independente, dada pela equação: Pxt =

β0 + β1*FCOxt + ε1, onde:

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Pxt = Variável dependente, representa pelo preço da ação da empresa

x, no tempo t

β0 = Intercepto

β1 = Coeficiente de inclinação

FCOxt = Variação independente, representada pelo FCO, da empresa x,

no tempo t

ε1 = Coeficiente de inclinação

Teste t: realizado através do Sig (p-value) que evidencia se o intercepto é

maior α. Assim, se Sig < α (0,05), o mesmo deve ser utilizado para fins

preditivos.

A seguir, estimação e avaliação do modelo de regressão simples por

companhia, sendo que a AMBEV servirá de modelo para a análise:

AMBEV

O coeficiente R (0,032) indica o baixo grau de associação entre a variável

dependente preço das ações (P) e variável independente (FCO). O coeficiente R²

indica que 0,1% das variações do preço das ações é explicada pelas variações

ocorridas pelo FCO.

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,032a ,001 -,025 ,02699587

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,039 ,844b

Resíduo ,028 39 ,001

Total ,028 40

a. Variável Dependente: R_AMBEV

b. Preditores: (Constante), FCO

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78

Na tabela ANOVA, como Sig é maior que α (0,05), significa que a FCO não

exerce influência sobre o P e, portanto, o modelo não é significativo.

No caso, como Sig do intercepto é maior que α (0,05) significa que o modelo

não deveria ser utilizado para fins preditivos.

Os demais resultados seguirão o mesmo comportamento da AMBEV, exceto

para as companhias EMBRAER, SABESP, ESTACIO e CETIP que apresentaram Sig

menor que α (0,05), conforme demonstrado abaixo, o que permite concluir que o FCO

não possui poder explicativo sobre o preço das ações.

PETROBRAS

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,003 ,007 ,400 ,692

FCO 2,109E-10 ,000 ,032 ,198 ,844

a. Variável Dependente: R_AMBEV

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,107a ,011 -,015 ,01747758

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,425 ,518b

Resíduo ,011 37 ,000

Total ,011 38

a. Variável Dependente: R_PETRO

b. Preditores: (Constante), FCO

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79

BRF

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,007 ,006 1,089 ,283

FCO -1,150E-10 ,000 -,107 -,652 ,518

a. Variável Dependente: R_PETRO

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,088a ,008 -,018 ,02408255

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,305 ,584b

Resíduo ,023 39 ,001

Total ,023 40

a. Variável Dependente: R_BRF

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,005 ,005 ,952 ,347

FCO -1,703E-9 ,000 -,088 -,552 ,584

a. Variável Dependente: R_BRF

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80

VALE

CIELO

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,057a ,003 -,022 ,019742022223

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,125 ,725b

Resíduo ,015 39 ,000

Total ,015 40

a. Variável Dependente: R_VALE

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,006 ,005 1,056 ,298

FCO -1,001E-10 ,000 -,057 -,354 ,725

a. Variável Dependente: R_VALE

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,115a ,013 -,032 ,02194685

a. Preditores: (Constante), FCO

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81

JBS

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,295 ,593b

Resíduo ,011 22 ,000

Total ,011 23

a. Variável Dependente: R_CIELO

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,007 ,010 ,721 ,478

FCO -3,713E-9 ,000 -,115 -,543 ,593

a. Variável Dependente: R_CIELO

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,190a ,036 ,006 ,03872432

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,002 1 ,002 1,193 ,283b

Resíduo ,048 32 ,001

Total ,050 33

a. Variável Dependente: R_JBS

b. Preditores: (Constante), FCO

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82

ULTRAPAR

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,013 ,007 1,791 ,083

FCO -3,735E-9 ,000 -,190 -1,092 ,283

a. Variável Dependente: R_JBS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,133a ,018 -,058 ,01051049

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,235 ,636b

Resíduo ,001 13 ,000

Total ,001 14

a. Variável Dependente: R_ULTRAPAR

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,002 ,004 ,354 ,729

FCO -1,549E-9 ,000 -,133 -,485 ,636

a. Variável Dependente: R_ULTRAPAR

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83

BMF&BOVESPA

EMBRAER

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,107a ,012 -,028 ,03752150

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,292 ,594b

Resíduo ,035 25 ,001

Total ,036 26

a. Variável Dependente: R_BVMF

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) -,004 ,013 -,317 ,754

FCO 6,417E-9 ,000 ,107 ,540 ,594

a. Variável Dependente: R_BVMF

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,068a ,005 -,021 ,02085633

a. Preditores: (Constante), FCO

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84

KROTON

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,184 ,671b

Resíduo ,017 39 ,000

Total ,017 40

a. Variável Dependente: R_EMBRAER

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) -,997 ,003 -285,394 ,000

FCO -1,683E-9 ,000 -,068 -,429 ,671

a. Variável Dependente: R_EMBRAER

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,274a ,075 -,017 ,04242276

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 ,812 ,389b

Resíduo ,018 10 ,002

Total ,019 11

a. Variável Dependente: R_KROTON

b. Preditores: (Constante), FCO

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85

TELEFONICA

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,020 ,020 1,017 ,333

FCO -3,409E-8 ,000 -,274 -,901 ,389

a. Variável Dependente: R_KROTON

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,273a ,075 ,038 ,01187688

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 2,020 ,168b

Resíduo ,004 25 ,000

Total ,004 26

a. Variável Dependente: R_TELEF

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,013 ,004 3,004 ,006

FCO -1,203E-9 ,000 -,273 -1,421 ,168

a. Variável Dependente: R_TELEF

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86

CCR

PÃO DE AÇUCAR

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,110a ,012 -,013 ,01979666

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,479 ,493b

Resíduo ,015 39 ,000

Total ,015 40

a. Variável Dependente: R_CCR

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) -,002 ,005 -,353 ,726

FCO 3,417E-9 ,000 ,110 ,692 ,493

a. Variável Dependente: R_CCR

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,094a ,009 -,017 ,01762951

a. Preditores: (Constante), FCO

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87

CEMIG

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,346 ,560b

Resíduo ,012 39 ,000

Total ,012 40

a. Variável Dependente: R_PÃO DE AÇUCAR

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,003 ,003 1,081 ,287

FCO -9,812E-10 ,000 -,094 -,588 ,560

a. Variável Dependente: R_PÃO DE AÇUCAR

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,131a ,017 -,008 ,02096152

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,680 ,415b

Resíduo ,017 39 ,000

Total ,017 40

a. Variável Dependente: R_CEMIG

b. Preditores: (Constante), FCO

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88

FIBRIA

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,008 ,006 1,258 ,216

FCO -2,373E-9 ,000 -,131 -,825 ,415

a. Variável Dependente: R_CEMIG

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,297a ,088 ,065 ,01980903

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 3,771 ,059b

Resíduo ,015 39 ,000

Total ,017 40

a. Variável Dependente: R_FIBRIA

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,011 ,006 1,659 ,105

FCO -1,173E-8 ,000 -,297 -1,942 ,059

a. Variável Dependente: R_FIBRIA

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89

SOUZA CRUZ

HYPERMARCAS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,055a ,003 -,037 ,01329448

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,075 ,786b

Resíduo ,004 25 ,000

Total ,004 26

a. Variável Dependente: R_SOUZA CRUZ

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,001 ,004 ,200 ,843

FCO 1,002E-9 ,000 ,055 ,275 ,786

a. Variável Dependente: R_SOUZA CRUZ

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,160a ,026 -,013 ,03144836

a. Preditores: (Constante), FCO

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90

CETIP

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 ,657 ,425b

Resíduo ,025 25 ,001

Total ,025 26

a. Variável Dependente: R_HIPER

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,012 ,011 1,128 ,270

FCO -2,364E-8 ,000 -,160 -,810 ,425

a. Variável Dependente: R_HIPER

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,244a ,059 ,004 ,01999401

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 1,073 ,315b

Resíduo ,007 17 ,000

Total ,007 18

a. Variável Dependente: R_CETIP

b. Preditores: (Constante), FCO

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91

TIM

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,016 ,007 2,318 ,033

FCO -2,606E-8 ,000 -,244 -1,036 ,315

a. Variável Dependente: R_CETIP

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,008a ,000 -,028 ,02316309

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,002 ,963b

Resíduo ,019 36 ,001

Total ,019 37

a. Variável Dependente: R_TIM

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) -,003 ,004 -,566 ,575

FCO 9,575E-11 ,000 ,008 ,047 ,963

a. Variável Dependente: R_TIM

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92

SUZANO PAPEL

LOJAS AMERICANAS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,162a ,026 ,002 ,01841456

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 1,084 ,304b

Resíduo ,014 40 ,000

Total ,014 41

a. Variável Dependente: R_SUZANO

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,001 ,004 ,272 ,787

FCO 7,534E-9 ,000 ,162 1,041 ,304

a. Variável Dependente: R_Suzano

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,023a ,001 -,041 ,01992176

a. Preditores: (Constante), FCO

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93

KLABIN

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,012 ,912b

Resíduo ,010 24 ,000

Total ,010 25

a. Variável Dependente: R_AMERICANAS

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,002 ,004 ,524 ,605

FCO 8,714E-10 ,000 ,023 ,111 ,912

a. Variável Dependente: R_AMERICANAS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,099a ,010 -,015 ,02236059

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,397 ,532b

Resíduo ,020 40 ,000

Total ,020 41

a. Variável Dependente: R_KLABIN

b. Preditores: (Constante), FCO

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94

GERDAU

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,011 ,006 1,808 ,078

FCO -6,162E-9 ,000 -,099 -,630 ,532

a. Variável Dependente: R_KLABIN

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,080a ,006 -,018 ,02249054

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,260 ,613b

Resíduo ,020 40 ,001

Total ,020 41

a. Variável Dependente: R_GERDAU

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,007 ,006 1,086 ,284

FCO -1,088E-9 ,000 -,080 -,510 ,613

a. Variável Dependente: R_GERDAU

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95

TRACTBEL

BR MALLS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,137a ,019 -,008 ,01863807

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,703 ,407b

Resíduo ,013 37 ,000

Total ,013 38

a. Variável Dependente: R_TRACTBEL

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,010 ,006 1,791 ,082

FCO -4,040E-9 ,000 -,137 -,839 ,407

a. Variável Dependente: R_Tractbel

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,004a ,000 -,034 ,01850622

a. Preditores: (Constante), FCO

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96

CPFL ENERGIA

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,000 ,985b

Resíduo ,010 29 ,000

Total ,010 30

a. Variável Dependente: R_BRMALLS

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,002 ,005 ,424 ,675

FCO 2,368E-10 ,000 ,004 ,019 ,985

a. Variável Dependente: R_BRMALLS

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,007a ,000 -,026 ,01883181

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,002 ,965b

Resíduo ,013 38 ,000

Total ,013 39

a. Variável Dependente: R_CPFL

b. Preditores: (Constante), FCO

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97

ESTACIO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,001 ,006 ,145 ,885

FCO -1,733E-10 ,000 -,007 -,044 ,965

a. Variável Dependente: R_CPFL

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,244a ,059 ,026 ,02845565

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 1,766 ,195b

Resíduo ,023 28 ,001

Total ,024 29

a. Variável Dependente: R_ESTACIO

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,017 ,006 2,646 ,013

FCO -5,132E-8 ,000 -,244 -1,329 ,195

a. Variável Dependente: R_Estacio

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98

SABESP

LOCALIZA

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,301a ,090 ,068 ,02514495

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,003 1 ,003 3,980 ,053b

Resíduo ,025 40 ,001

Total ,028 41

a. Variável Dependente: R_SABESP

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,023 ,009 2,620 ,012

FCO -1,122E-8 ,000 -,301 -1,995 ,053

a. Variável Dependente: R_SABESP

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,120a ,014 -,012 ,02451425

a. Preditores: (Constante), FCO

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99

NATURA

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,552 ,462b

Resíduo ,023 38 ,001

Total ,023 39

a. Variável Dependente: R_LOCALIZA

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,007 ,005 1,418 ,164

FCO -9,375E-9 ,000 -,120 -,743 ,462

a. Variável Dependente: R_LOCALIZA

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,196a ,038 ,013 ,01856063

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 1,518 ,225b

Resíduo ,013 38 ,000

Total ,014 39

a. Variável Dependente: R_NATURA

b. Preditores: (Constante), FCO

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100

QUALICORP

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,006 ,005 1,344 ,187

FCO -1,207E-8 ,000 -,196 -1,232 ,225

a. Variável Dependente: R_NATURA

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,101a ,010 -,061 ,01977948

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,143 ,711b

Resíduo ,005 14 ,000

Total ,006 15

a. Variável Dependente: R_QUALICORP

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,003 ,008 ,416 ,684

FCO 1,548E-8 ,000 ,101 ,378 ,711

a. Variável Dependente: R_QUALICORP

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101

SIDERÚRGICA NACIONAL

CESP

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,178a ,032 -,003 ,02456876

a. Preditores: (Constante), FCO

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,001 1 ,001 ,919 ,346b

Resíduo ,017 28 ,001

Total ,017 29

a. Variável Dependente: R_CSN

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) -,004 ,006 -,667 ,510

FCO 3,034E-9 ,000 ,178 ,959 ,346

a. Variável Dependente: R_CSN

Resumo do modelo

Modelo R R quadrado

R quadrado

ajustado

Erro padrão da

estimativa

1 ,009a ,000 -,034 ,01949119

a. Preditores: (Constante), FCO

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102

c. Regressão Múltipla

Esta etapa buscou testar simultaneamente as Hipóteses 2, 3 e 4, por meio da

regressão múltipla, que verifica a correlação dos coeficientes da variável dependente

(P), com os coeficientes das variáveis independentes (EBIT, EBITDA, LL e FCO), por

companhia.

O primeiro passo consistiu em obter a correlação entre a variável dependente

(P) e as variáveis independentes (EBIT; LL, EBITDA, FCO), o que resultou nos

seguintes coeficientes por companhia:

ANOVAa

Modelo

Soma dos

Quadrados df

Quadrado

Médio Z Sig.

1 Regressão ,000 1 ,000 ,002 ,962b

Resíduo ,011 29 ,000

Total ,011 30

a. Variável Dependente: R_CESP

b. Preditores: (Constante), FCO

Coeficientesa

Modelo

Coeficientes não padronizados

Coeficientes

padronizados

t Sig. B Erro Padrão Beta

1 (Constante) ,006 ,006 ,957 ,347

FCO -2,428E-10 ,000 -,009 -,048 ,962

a. Variável Dependente: R_CESP

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106

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107

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108

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109

Em seguida foi realizada a regressão múltipla no intuito de obter o R² e testar

as associações entre a variável dependente (P) e as variáveis independentes (EBIT;

LL, EBITDA, FCO), cujos coeficientes adotados para análise, neste trabalho foram os

seguintes:

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Os coeficientes estatísticos do intercepto das variáveis independentes EBIT,

LL, EBITDA e FCO, no teste t – dado pelo Sig (p-value), com exceção do EBIT

(0,024) e EBITDA (0,028) da Companhia Tractbel, apresentam-se não significantes, já

que Sig (p-value) > α (0,05).