campanha da fraternidade parte 2

22
1 QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA 2012 2012 PARTE Eclo 38,8

Upload: marquione-ban

Post on 05-Jun-2015

5.389 views

Category:

Spiritual


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Campanha da fraternidade parte 2

1

QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRAQUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA

20122012

2ª PARTE

Eclo 38,8

Page 2: Campanha da fraternidade parte 2

Os significados de saúde e de salvação, ao longo da história, são convergentes e sempre apresentaram uma relação profunda. Em diversas línguas, os termos nasceram de uma raiz única e, por muito tempo, partilharam a mesma palavra. Em geral, saúde e salvação significaram plenitude, integridade física e espiritual, paz, prosperidade. Evidência disso é que, nas grandes romarias, o povo em sua fé sempre pede, mas também agradece pela cura e saúde alcançada.

Introdução2012

Page 3: Campanha da fraternidade parte 2

Saúde na antiguidade e na Bíblia

Para muitos povos antigos a doença resultava:A ação de forças alheias ao organismo que se instalavam na pessoa por causa de erros em vidas passadas, infrações na vida presente, castigo da divindade ou ações de demônios. Por isso era comum a busca da cura na religião ou com certas práticas de magia.

Relação saúde e religião

Page 4: Campanha da fraternidade parte 2

Doença e Saúde no AT

A preservação da saúde, mais do que a cura da doença era obtida pela a observância da Lei de Deus Dt 28, 1-14. Para certos problemas físicos eram os sacerdotes que deviam ser consultados, recorrer aos médicos era visto como falta de fé no Deus vivo.

Page 5: Campanha da fraternidade parte 2

O Eclesiástico e a sabedoria popular em saúde

“a saúde se difunde sobre a terra” (cf. Eclo 38,8). Este é o verso central de uma coleção de ditos populares sobre saúde e a missão dos profissionais que ajudam a preservá-la. O texto sugere que Deus colabora com a humanidade na cura das doenças, dispondo os meios necessários para a cura.Antecede Eclo 38 um texto que resgata a relação da saúde com a temperança para se evitar as doenças.

Page 6: Campanha da fraternidade parte 2

O sofrimento do justo e seu significado

O sofrimento do justo não se inscrevia no esquema transgressão/castigo, com o qual se explicava as doenças na antiguidade.O livro de Jó enfrenta o problema. Para ele o sofrimento não pode ser respondido somente na esfera moral.Sua resposta aponta para a aceitação de um mistério que o homem não está em condições de compreender. Avança na resposta, mas não está em condições de responder totalmente.

Page 7: Campanha da fraternidade parte 2

Doença e Saúde no NT

“Quem pecou para que ele nascesse cego?” (Jo 9,2). Jesus responde: “nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9,3).Assim, interrompe a teologia tradicional e excludente – pecado/sofrimento. E se apresenta como “luz do mundo”.

A cura do cego de nascença

Page 8: Campanha da fraternidade parte 2

Jesus e os doentes: a saúde se difunde sobre a terra

“Jesus percorria toda a Galiléia, ... Curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23).Estas obras manifestam a sua origem divina e sua messianidade, ao curar o homem inteiro, alma e corpo e, resgatá-lo para o convívio social.Também indica uma nova forma de se relacionar com as pessoas necessitadas, especialmente os doentes.

Page 9: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

Esta parábola ajuda a pensar sobre a solidariedade e acerca da vulnerabilidade do se humano. Como também, da proximidade sanadora do outro.O samaritano se deixa interpelar pela necessidade do outro, se coloca em suas mãos. Estes verbos expressam nos verbos: ver, compadecer, aproximar, curar, colocar no próprio animal, levar à hospedaria, cuidar.A figura do samaritano é modelo para a ação da Igreja no campo da saúde e na defesa das políticas públicas.

Page 10: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

“ O Bom Samaritano é todo homem que se detém junto ao sofrimento de outro homem, seja qual for o sofrimento” (SD 28).

Atitude revelada em sete verbos:VER

Page 11: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

“Bom Samaritano é todo homem sensível ao sofrimento de outrem... Por vezes esta compaixão acaba por ser a única ou a principal expressão do nosso amor e da nossa solidariedade com o homem que sofre” (SD 28).

Atitude revelada em sete verbos:COMPADECER-SE

Page 12: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

Curar-se do medo de se aproximar do outro, de se tornar próximo do outro, pois isto implica aceitar tornar-se frágil nas mãos de outrem.

Atitude revelada em sete verbos:APROXIMAR-SE

Page 13: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

A presença do outro que sofre clama por cuidado. Acolhendo este clamor se traduz em atitude os sentimentos de solidariedade e compaixão.

Atitude revelada em sete verbos:CURAR

Page 14: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

Significa colocar a serviço do outro os próprios bens.

Atitude revelada em sete verbos:COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL

Page 15: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

Indica a necessidade de mudanças e adaptação para atender aquele que sofre. A mobilização de levar à hospedaria gera uma rede de solidariedade.

Atitude revelada em sete verbos:LEVAR À HOSPEDARIA

Page 16: Campanha da fraternidade parte 2

Bom samaritano: paradigma do cuidado

Este verbo expressa o conjunto da intervenção do Samaritano. Cuidar passa a ser uma missão, pois os passos dados pelas ações no decorrer da intervenção gera compromisso.

Atitude revelada em sete verbos:CUIDAR

Page 17: Campanha da fraternidade parte 2

O Horizonte humano e teológico do sofrimento

O sofrimento é de difícil aceitação. Várias são as suas modalidades.Suscita perguntas e a busca sincera por resposta.As situações de sofrimento clamam por compaixão e solidariedade.

A experiência da dor e do sofrimento

Page 18: Campanha da fraternidade parte 2

O Horizonte humano e teológico do sofrimento

•“Com Cristo fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (cf. Gl 2,19-20).•O sofrimento redentor de Cristo leva o homem ao reencontro com seus próprios sofrimentos.•A cruz de Cristo ilumina a vida humana, o anúncio da cruz inclui a notícia da ressurreição.

A participação humana no sofrimento de Cristo

Page 19: Campanha da fraternidade parte 2

Igreja, comunidade servidora no amor

O Papa Bento XVI nos lembra, em sua primeira Carta Encíclica, que a Igreja como comunidade deve praticar o amor.Desde os primórdios da Igreja, a caridade inspirou suas comunidades ao serviço dos adoecidos, pois a caridade como tarefa da Igreja encontra uma prática especialmente significativa no cuidado dos doentes.

Page 20: Campanha da fraternidade parte 2

Os Enfermos no seio da Igreja

•Quem permanece por muito tempo próximo das pessoas que sofrem, conhece a angústia e as lágrimas, mas também o milagre da alegria, fruto do amor (Bento XVI).•Na Igreja, os doentes evangelizam e recordam que a esperança repousa em Deus.•Se os enfermos evangelizam, também provocam uma resposta da Igreja. Primeiro, a oração na fé, “a oração feita com fé salvará o doente, e o Senhor o levantará” (cf. Tg 5,15).

Page 21: Campanha da fraternidade parte 2

A Unção dos Enfermos, sacramento da cura

•A unção não é um sacramento pontual e isolado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. •Pelo contrário, é um sacramento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um processo em favor e a serviço dos irmãos enfermos de uma comunidade.•Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete a todos na comunidade.

Page 22: Campanha da fraternidade parte 2

Maria, Saúde dos enfermos, a ação da Igreja na saúde

•No Evangelho, a cura do corpo é sinal da purificação mais profunda, que é a remissão dos pecados (cf. Mc 2,1-12). “Neles se manifesta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, ao transformá-los em portadores da Boa Nova do Reino.

•Maria santíssima (cf. Lc 1,28), plena do Espírito de Deus e primeira e perfeita discípula do seu Filho, sempre demonstrou especial solicitude para com os sofredores. •Papa Bento XVI lembra a toda a Igreja, “não admira que Maria, Mãe e modelo da Igreja, seja evocada e venerada como ‘Salus infirmorum’, ‘Saúde dos enfermos’.