cadernos de habitaÇÃo n.º 003 cdh 003 tÍtulo bairro de moradias econÓmicas da cooperativa “o...

16
BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR” Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar” Cadernos de Habitação n.º 003. Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto Cadernos de Habitação n.º 003. Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto CDH 003 Mário Bonito | Porto, 1950-1962

Upload: others

Post on 09-Aug-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA

COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”

Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com a possibilidade de projectar, um bairro de habitações económicas para um terreno na parte ocidental da cidade, promovido pela Cooperativa de Habitação O Lar familiar. O projecto com o objectivo de uma máxima rentabilidade económica, é condicionado programaticamente, pela tipologia unifamiliar imposta e pelas características particulares do terreno – sua localização, configuração e topografia. O terreno, de configuração irregular e de topografia acidentada caracteriza-se por uma área agrícola de interstício delimitada pelos lotes que conformam a avenida da Boavista a norte, a rua Ciríaco Cardoso a nascente, a travessa de Cima, de matriz rural, a poente e campos de cultivo a sul. A área de intervenção, sem frente directa com o espaço público, coloca dois temas urbanos chave a resolver, a definição de novas frentes para colmatar os muros dos logradouros/lotes e a ligação da malha proposta à estrutura viária existente, em dois pontos opostos.

O princípio de implantação e a respectiva volumetria dos conjuntos habitacionais contempla um modelo urbano estruturado por uma malha regular de quarteirões, constituída por dois tipos de habitações unifamiliares, de dois pisos, agrupadas em banda contínua que garantem as unidades de propriedade, mas afirmam através de um princípio compositivo e formal, a leitura de um conjunto coeso. Nas unidades habitacionais destaca-se a racionalização da distribuição funcional, a composição dos alçados através da individualização dos elementos arquitectónicos e o rigor compositivo na resolução do rés-do-chão em diálogo com o espaço público e a afirmação do remate superior na escala e no desenho de continuidade da frente de rua. A condição urbana e os princípios de implantação, estruturados por quarteirões a partir de habitações em banda contínua de dois pisos, remetem de forma clara para a proposta de J. J. P. Oud no Bairro Kiefhoek, em Roterdão, de 1925-29. O princípio viário assenta na definição de uma estrutura principal, associada a um núcleo central ajardinado, que estabelece a ligação com a malha existente garantindo um circuito contínuo, e de uma estrutura secundária, associada aos acessos dos restantes conjuntos habitacionais, com as ruas à cota do passeio, organizadas por separadores ajardinados. Esta estrutura secundária, que desenhará a ampliação a sul do bairro, hierarquiza a malha atribuindo às ruas, sem saída, um carácter mais reservado e de apoio local, privilegiando o espaço e uso pedonal. Este princípio anuncia um desenho de compromisso, entre o modelo urbano tradicional e a cidade funcional de Le Corbusier (CIAM V, 1933), cruzando a definição da unidade quarteirão com um espaço público envolvente hierarquizado funcionalmente, oferecendo áreas predominantemente de uso pedonal independentes da circulação automóvel de atravessamento, isto é, de ligação à estrutura viária existente.

O tema da natureza, associado ao bairro habitacional, com matriz no lote individual, remete para os estudos de Le Corbusier e Pierre Jeanneret para o Bairro de Pessac, em Bordéus, de 1925-28. A concepção de uma quadrícula que desalinha os diversos quarteirões, de forma a enquadrar o vazio do logradouro e a valorizar os respectivos jardins – arborização e vegetação –, desenha um sistema visualmente aberto, utilizando o domínio privado como elemento de composição do público, ou seja, a matriz da cidade tradicional e seus elementos colocados ao serviço dos princípios do urbanismo moderno. Neste desenho de compromisso, a condição da cidade do Porto é, também, influência determinante, sobretudo a sua morfologia urbana de quarteirões constituídos por lotes estreitos e profundos ocupados perifericamente, libertando o interior para jardins particulares que, devido aos muros de meação de baixa altura, transforma o jardim privado num enorme espaço de usufruto visual colectivo. A reinterpretação desta matriz local permite um novo equilíbrio entre o uso individual e o usufruto colectivo, mantendo as premissas da cidade tradicional.

O Bairro de Moradias Económicas da Cooperativa O Lar Familiar, informado pelas experiências modernas do centro europeu, assenta na continuidade da estrutura da cidade tradicional – a afirmação do quarteirão e da rua – e reformula o discurso oficial do Estado Novo para os Bairros Económicos, mantendo as premissas programáticas da habitação individual com jardim, mas transformando o seu modelo urbano. A representação da individualidade, implícita nos modelos oficiais, é reformulada num claro diálogo entre o significado do espaço público e do espaço privado, conferindo um novo sentido à urbanidade do colectivo. Esta lição de compromisso, de fertilização recíproca, indica um caminho alternativo de resposta às questões principais que o urbanismo colocava sem percorrer um caminho único da ortodoxia dos modelos do moderno. A concretização do projecto estender-se-á no tempo com o licenciamento de várias fases e respectivas construções a prolongarem-se durante 12 anos, terminando o processo com o pedido de legalização de parte da construção em 1962. No entanto, o tempo e o ritmo de execução não comprometeram as leituras autorais de continuidade urbana e arquitectónica pretendidas para o conjunto, com destaque para os temas de concepção e de composição subjacentes ao processo de desenho de Mário Bonito.

HELDER CASAL RIBEIROArquitecto. Professor Auxiliar FAUP. Investigador CEAU, FAUP.

AFFORDABLE HOUSING ESTATE OF THE COOPERATIVE “O LAR FAMILIAR”

In 1950, 29-year-old architect Mário Bonito faced the possibility of designing an affordable housing estate for a lot in the western part of the city, promoted by the housing cooperative O Lar Familiar. The initiative aimed for maximum economical profitability and the design was restricted through an imposed single-family typology and the specific characteristics of the location – its configuration, placement and topography. The plot, an irregularly shaped rugged terrain, was located in an agricultural transition area, bordered by lots facing Avenida da Boavista to the North, the Rua Ciriaco Cardoso to the East, the rural calibre Travessa de Cima to the West and farming fields to the South. The intervention area, with no direct connection to public space, introduced two key urban issues to be solved by the design: creating new street fronts to cover backyard walls and setting new links between the existing road structure and the new urban layout in two opposite points.

The placement and volumes of the housing complex are structured following an urban model of a regular grid of blocks with two types of terraced, single-family two-story houses, thus guaranteeing separate property units while forming a cohesive ensemble through formal composition principles. The housing units stand out for their rational functional organization, the façade configuration resorting to the individualization of architectural elements, the thoroughness in solving the connection between ground floor and public space and the role of the upper edge of the façade in the scale and continuity of the street front. The urban character and building setting principles, in blocks of two-story terraced houses, clearly recall J.J.P. Oud’s design for the Kiefhoek Estate, in Rotterdam (1925-29). The road layout is organized in two structures, a main one surrounding a central landscaped nucleus and establishing a continuous circuit in connection with the existing urban grid, and a secondary structure of shared use roads, organized by landscaped barriers, that establish the accesses to the remaining housing units. This secondary structure will be used in the estate’s extension towards South, defining a hierarchical grid by assigning a more reserved and local character to the impasse roads, favouring pedestrian use. This design indicates a principle of compromise between the traditional urban setting and the functional city of Le Corbusier (CIAM V, 1933), crossing the affirmation of the block unit with a functionally hierarchical surrounding public space, creating areas of predominant pedestrian use independent from the crossing traffic connection to the existing urban grid.

The theme of nature within the housing estate’s individual plots evokes the studies by Le Corbusier and Pierre Jeanneret for the Pessac Estate, in Bordeaux (1925-28). The creation of a grid that displaces the various blocks in order to frame the empty backyards, upgrading the respective gardens – trees and vegetation –, delineates a visually open system, using private domain as an element of public space composition, subjecting the traditional city matrix and its elements to the principles of modern urbanism. This design of compromise is also influenced by the city of Porto itself, specifically by its urban morphology of long, narrow plots with a peripheral occupation, freeing the interior areas for landscaping, transforming the private gardens in large areas of collective visual use with low height separating walls. A review of this local matrix establishes a new connection between individual use and collective fruition, while retaining the premises of the traditional city.

The Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”, while aware of the ongoing modern experimentation in Central Europe, establishes a continuity with the structure of the traditional city – claiming back the block and the street – and revises the official Estado Novo discourse on affordable housing estates by keeping with the principle of the single-family house with a private garden but transforming the urban model. The affirmation of individuality, implicit in the official models, is reconsidered in the clear dialogue between private and public spaces, setting a new meaning for the collective urbanity. This lesson in compromise and reciprocal fertility indicates an alternative response to major questions addressed then by urban design, refusing a single path of orthodox modern models. The implementation of the design will linger in time, as several phases and their respective constructions extended through 12 years until authorization for use was issued in 1962. The time and rhythm of the concretization did not compromise the author’s view for the ensemble’s urban and architectural continuity, highlighting Mário Bonito’s design process and its recurring themes of concept and composition.

HELDER CASAL RIBEIROArchitect. Assistant Professor FAUP. Researcher CEAU, FAUP.

Cadernos de Habitação n.º 003. Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoCadernos de Habitação n.º 003. Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

CDH 003 CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003CDH 003

TÍTULOTITLEBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)MdH Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)

CoordenaçãoEditorsMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias Silva

InvestigadoresResearchersMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias SilvaLuísa Sousa RibeiroMaria TavaresSara Martins

ArtigoArticleHelder Casal Ribeiro

TradutorTranslatorSérgio Dias Silva

DesenhosDrawingsSara Martins Luísa Sousa Ribeiro Marta Rocha

ProduçãoProduced by MdH

Mentor MentorCarmen Espegel Alonso, ETSAM-UPM

Design gráfico original Original graphic designGIVCO, ETSAM-UPM

Apoio editorialEditorial supportDaniel Movilla Vega, ETSAM-UPMLeandro Medrano, FAUUSPLuiz Recaman, FAUUSP

ISBN 978-989-8527-24-0 (edição impressa)978-989-8527-34-9 (edição digital)

© da edição: FAUP© dos desenhos: MdH© dos textos: autores© das imagens: autores e arquivos

Os CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) decorrem de um acordo de cooperação entre o MdH (FAUP-CEAU/FCT), o GIVCO (ETSAM-UPM) e o PC3 (FAUUSP) que resultou na elaboração da versão portuguesa dos “Cuadernos de Viviendas”, originalmente desenvolvidos pelo GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, cuja Inves-tigadora Responsável é a Prof. Carmen Espegel Alonso. Esse acordo visa a sistematização de infor-mações sobre edifícios de habitação coletiva, que ficarão disponíveis para investigadores, arquitectos, instituições públicas e outros interessados.

The CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) emerged from a cooperation agreement between MdH (FAUP-CEAU/FCT), GIVCO (ETSAM-UPM) and PC3 (FAUUSP) researchers which led to the portu-guese version of “Cuadernos de Viviendas”, origi-nally published by GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, with the supervision of the Main Research Prof. Carmen Espegel Alonso. The aim of this agreement is to systemize information on collective housing which will be made available to researchers, architects, public organizations and other interested parties.

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃORESEARCH PROJECT

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)é um Projeto de Investigação desenvolvido no âmbito do grupo Atlas da Casa [AdC], um dos grupos de investigação do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo [CEAU] na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto [FAUP].

MdHMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)is a Research Project carried out within Atlas da Casa [AdC], one of the research groups of Center for Architecture and Urban Studies [CEAU] at Faculty of Architecture, University of Porto [FAUP].

FINANCIAMENTOFUNDINGPT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014

SITEwww.mappingpublichousing.up.ptwww.mapadahabitacao.arq.up.pt/en/

INSTITUIÇÃO PROPONENTEHOST INSTITUTIONUniversidade do Porto [UP] Faculdade de Arquitectura [FAUP]

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTESPARTICIPANT INSTITUTIONS

Universidad Politécnica de MadridEscuela Técnica Superior de Arquitectura Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva [GIVCO]

Universidade Nova de Lisboa [UNL]Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [FCSH]Instituto de História Contemporânea [IHC]

Universidade do Porto [UP]Faculdade de Letras [FLUP] Instituto de Sociologia [ISUP]

EQUIPA MdHMdH TEAM

[FAUP | CEAU / FCT]Rui J. G. Ramos (Investigador Responsável) Eliseu Gonçalves (Coordenador)Gisela Lameira (Bolseiro de Investigação) Luciana Rocha (Bolseiro de Investigação) Luísa Sousa Ribeiro (Bolseiro de investigação) Maria TavaresMarta RochaRaquel Geada PaulinoSérgio Dias Silva (Bolseiro de Doutoramento) Teresa Cálix

[ETSAM | GIVCO]Carmen Espegel AlonsoDaniel Movilla Vega

[UNL | IHC-FCSH]Fernanda Ribeiro Maria Fernanda Rollo

[FLUP | ISUP]Virgílio Borges Pereira

CONSULTORES MdHMdH PROJECT CONSULTANTS

[UMR | AUSser] Monique Eleb Jean-Michel Léger

[USL | AUHG]Mark Swenarton

PRESTADORES DE SERVIÇOSSERVICE CONSULTANTSCristina AmilLuís UrbanoSara MartinsSilvano Rego

SELECÇÃO BIBLIOGRÁFICASELECTED BIBLIOGRAPHY

2001COSTA, Jorge, 2001– "Bairros do Estado Novo 1933-1958". In FIGUEIRA, Jorge; PROVIDÊNCIA, Paulo; GRANDE, Nuno (coord.) – Porto 1901-2001, Guia de arquitectura moderna. Porto: Ordem dos Arquitectos SRN; Civilização, 2001.

SILVA, Vera dos Santos e – O papel das cooperativas na construção de habitação no Porto entre 1933 e 1956. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2011. (Dissertação de Mestrado Integrado).

2013RIBEIRO, Helder Casal – A experimentação do Moderno na obra de Mário Bonito: um processo de desenho do anos 40 a 60. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2013. (Tese de Doutoramento).

2019 RAMOS, Rui J.G., PEREIRA, Virgílio Borges, ROCHA, Marta e SILVA, Sérgio Dias (coord.) – Contexto Programa Projeto: Arquitetura e Políticas Públicas de Habitação. Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Arquitectura, Projeto de Investigação (FCT) Mapa da Habitação, 2019 [edição digital].

IMAGENSIMAGES

© Arquivo da Família de Mário Bonito

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

CDH 003

Page 2: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA

COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”

Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com a possibilidade de projectar, um bairro de habitações económicas para um terreno na parte ocidental da cidade, promovido pela Cooperativa de Habitação O Lar familiar. O projecto com o objectivo de uma máxima rentabilidade económica, é condicionado programaticamente, pela tipologia unifamiliar imposta e pelas características particulares do terreno – sua localização, configuração e topografia. O terreno, de configuração irregular e de topografia acidentada caracteriza-se por uma área agrícola de interstício delimitada pelos lotes que conformam a avenida da Boavista a norte, a rua Ciríaco Cardoso a nascente, a travessa de Cima, de matriz rural, a poente e campos de cultivo a sul. A área de intervenção, sem frente directa com o espaço público, coloca dois temas urbanos chave a resolver, a definição de novas frentes para colmatar os muros dos logradouros/lotes e a ligação da malha proposta à estrutura viária existente, em dois pontos opostos.

O princípio de implantação e a respectiva volumetria dos conjuntos habitacionais contempla um modelo urbano estruturado por uma malha regular de quarteirões, constituída por dois tipos de habitações unifamiliares, de dois pisos, agrupadas em banda contínua que garantem as unidades de propriedade, mas afirmam através de um princípio compositivo e formal, a leitura de um conjunto coeso. Nas unidades habitacionais destaca-se a racionalização da distribuição funcional, a composição dos alçados através da individualização dos elementos arquitectónicos e o rigor compositivo na resolução do rés-do-chão em diálogo com o espaço público e a afirmação do remate superior na escala e no desenho de continuidade da frente de rua. A condição urbana e os princípios de implantação, estruturados por quarteirões a partir de habitações em banda contínua de dois pisos, remetem de forma clara para a proposta de J. J. P. Oud no Bairro Kiefhoek, em Roterdão, de 1925-29. O princípio viário assenta na definição de uma estrutura principal, associada a um núcleo central ajardinado, que estabelece a ligação com a malha existente garantindo um circuito contínuo, e de uma estrutura secundária, associada aos acessos dos restantes conjuntos habitacionais, com as ruas à cota do passeio, organizadas por separadores ajardinados. Esta estrutura secundária, que desenhará a ampliação a sul do bairro, hierarquiza a malha atribuindo às ruas, sem saída, um carácter mais reservado e de apoio local, privilegiando o espaço e uso pedonal. Este princípio anuncia um desenho de compromisso, entre o modelo urbano tradicional e a cidade funcional de Le Corbusier (CIAM V, 1933), cruzando a definição da unidade quarteirão com um espaço público envolvente hierarquizado funcionalmente, oferecendo áreas predominantemente de uso pedonal independentes da circulação automóvel de atravessamento, isto é, de ligação à estrutura viária existente.

O tema da natureza, associado ao bairro habitacional, com matriz no lote individual, remete para os estudos de Le Corbusier e Pierre Jeanneret para o Bairro de Pessac, em Bordéus, de 1925-28. A concepção de uma quadrícula que desalinha os diversos quarteirões, de forma a enquadrar o vazio do logradouro e a valorizar os respectivos jardins – arborização e vegetação –, desenha um sistema visualmente aberto, utilizando o domínio privado como elemento de composição do público, ou seja, a matriz da cidade tradicional e seus elementos colocados ao serviço dos princípios do urbanismo moderno. Neste desenho de compromisso, a condição da cidade do Porto é, também, influência determinante, sobretudo a sua morfologia urbana de quarteirões constituídos por lotes estreitos e profundos ocupados perifericamente, libertando o interior para jardins particulares que, devido aos muros de meação de baixa altura, transforma o jardim privado num enorme espaço de usufruto visual colectivo. A reinterpretação desta matriz local permite um novo equilíbrio entre o uso individual e o usufruto colectivo, mantendo as premissas da cidade tradicional.

O Bairro de Moradias Económicas da Cooperativa O Lar Familiar, informado pelas experiências modernas do centro europeu, assenta na continuidade da estrutura da cidade tradicional – a afirmação do quarteirão e da rua – e reformula o discurso oficial do Estado Novo para os Bairros Económicos, mantendo as premissas programáticas da habitação individual com jardim, mas transformando o seu modelo urbano. A representação da individualidade, implícita nos modelos oficiais, é reformulada num claro diálogo entre o significado do espaço público e do espaço privado, conferindo um novo sentido à urbanidade do colectivo. Esta lição de compromisso, de fertilização recíproca, indica um caminho alternativo de resposta às questões principais que o urbanismo colocava sem percorrer um caminho único da ortodoxia dos modelos do moderno. A concretização do projecto estender-se-á no tempo com o licenciamento de várias fases e respectivas construções a prolongarem-se durante 12 anos, terminando o processo com o pedido de legalização de parte da construção em 1962. No entanto, o tempo e o ritmo de execução não comprometeram as leituras autorais de continuidade urbana e arquitectónica pretendidas para o conjunto, com destaque para os temas de concepção e de composição subjacentes ao processo de desenho de Mário Bonito.

HELDER CASAL RIBEIROArquitecto. Professor Auxiliar FAUP. Investigador CEAU, FAUP.

AFFORDABLE HOUSING ESTATE OF THE COOPERATIVE “O LAR FAMILIAR”

In 1950, 29-year-old architect Mário Bonito faced the possibility of designing an affordable housing estate for a lot in the western part of the city, promoted by the housing cooperative O Lar Familiar. The initiative aimed for maximum economical profitability and the design was restricted through an imposed single-family typology and the specific characteristics of the location – its configuration, placement and topography. The plot, an irregularly shaped rugged terrain, was located in an agricultural transition area, bordered by lots facing Avenida da Boavista to the North, the Rua Ciriaco Cardoso to the East, the rural calibre Travessa de Cima to the West and farming fields to the South. The intervention area, with no direct connection to public space, introduced two key urban issues to be solved by the design: creating new street fronts to cover backyard walls and setting new links between the existing road structure and the new urban layout in two opposite points.

The placement and volumes of the housing complex are structured following an urban model of a regular grid of blocks with two types of terraced, single-family two-story houses, thus guaranteeing separate property units while forming a cohesive ensemble through formal composition principles. The housing units stand out for their rational functional organization, the façade configuration resorting to the individualization of architectural elements, the thoroughness in solving the connection between ground floor and public space and the role of the upper edge of the façade in the scale and continuity of the street front. The urban character and building setting principles, in blocks of two-story terraced houses, clearly recall J.J.P. Oud’s design for the Kiefhoek Estate, in Rotterdam (1925-29). The road layout is organized in two structures, a main one surrounding a central landscaped nucleus and establishing a continuous circuit in connection with the existing urban grid, and a secondary structure of shared use roads, organized by landscaped barriers, that establish the accesses to the remaining housing units. This secondary structure will be used in the estate’s extension towards South, defining a hierarchical grid by assigning a more reserved and local character to the impasse roads, favouring pedestrian use. This design indicates a principle of compromise between the traditional urban setting and the functional city of Le Corbusier (CIAM V, 1933), crossing the affirmation of the block unit with a functionally hierarchical surrounding public space, creating areas of predominant pedestrian use independent from the crossing traffic connection to the existing urban grid.

The theme of nature within the housing estate’s individual plots evokes the studies by Le Corbusier and Pierre Jeanneret for the Pessac Estate, in Bordeaux (1925-28). The creation of a grid that displaces the various blocks in order to frame the empty backyards, upgrading the respective gardens – trees and vegetation –, delineates a visually open system, using private domain as an element of public space composition, subjecting the traditional city matrix and its elements to the principles of modern urbanism. This design of compromise is also influenced by the city of Porto itself, specifically by its urban morphology of long, narrow plots with a peripheral occupation, freeing the interior areas for landscaping, transforming the private gardens in large areas of collective visual use with low height separating walls. A review of this local matrix establishes a new connection between individual use and collective fruition, while retaining the premises of the traditional city.

The Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”, while aware of the ongoing modern experimentation in Central Europe, establishes a continuity with the structure of the traditional city – claiming back the block and the street – and revises the official Estado Novo discourse on affordable housing estates by keeping with the principle of the single-family house with a private garden but transforming the urban model. The affirmation of individuality, implicit in the official models, is reconsidered in the clear dialogue between private and public spaces, setting a new meaning for the collective urbanity. This lesson in compromise and reciprocal fertility indicates an alternative response to major questions addressed then by urban design, refusing a single path of orthodox modern models. The implementation of the design will linger in time, as several phases and their respective constructions extended through 12 years until authorization for use was issued in 1962. The time and rhythm of the concretization did not compromise the author’s view for the ensemble’s urban and architectural continuity, highlighting Mário Bonito’s design process and its recurring themes of concept and composition.

HELDER CASAL RIBEIROArchitect. Assistant Professor FAUP. Researcher CEAU, FAUP.

Cadernos de Habitação n.º 003. Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoCadernos de Habitação n.º 003. Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

CDH 003 CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003CDH 003

TÍTULOTITLEBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)MdH Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)

CoordenaçãoEditorsMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias Silva

InvestigadoresResearchersMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias SilvaLuísa Sousa RibeiroMaria TavaresSara Martins

ArtigoArticleHelder Casal Ribeiro

TradutorTranslatorSérgio Dias Silva

DesenhosDrawingsSara Martins Luísa Sousa Ribeiro Marta Rocha

ProduçãoProduced by MdH

Mentor MentorCarmen Espegel Alonso, ETSAM-UPM

Design gráfico original Original graphic designGIVCO, ETSAM-UPM

Apoio editorialEditorial supportDaniel Movilla Vega, ETSAM-UPMLeandro Medrano, FAUUSPLuiz Recaman, FAUUSP

ISBN 978-989-8527-24-0 (edição impressa)978-989-8527-34-9 (edição digital)

© da edição: FAUP© dos desenhos: MdH© dos textos: autores© das imagens: autores e arquivos

Os CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) decorrem de um acordo de cooperação entre o MdH (FAUP-CEAU/FCT), o GIVCO (ETSAM-UPM) e o PC3 (FAUUSP) que resultou na elaboração da versão portuguesa dos “Cuadernos de Viviendas”, originalmente desenvolvidos pelo GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, cuja Inves-tigadora Responsável é a Prof. Carmen Espegel Alonso. Esse acordo visa a sistematização de infor-mações sobre edifícios de habitação coletiva, que ficarão disponíveis para investigadores, arquitectos, instituições públicas e outros interessados.

The CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) emerged from a cooperation agreement between MdH (FAUP-CEAU/FCT), GIVCO (ETSAM-UPM) and PC3 (FAUUSP) researchers which led to the portu-guese version of “Cuadernos de Viviendas”, origi-nally published by GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, with the supervision of the Main Research Prof. Carmen Espegel Alonso. The aim of this agreement is to systemize information on collective housing which will be made available to researchers, architects, public organizations and other interested parties.

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃORESEARCH PROJECT

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)é um Projeto de Investigação desenvolvido no âmbito do grupo Atlas da Casa [AdC], um dos grupos de investigação do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo [CEAU] na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto [FAUP].

MdHMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)is a Research Project carried out within Atlas da Casa [AdC], one of the research groups of Center for Architecture and Urban Studies [CEAU] at Faculty of Architecture, University of Porto [FAUP].

FINANCIAMENTOFUNDINGPT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014

SITEwww.mappingpublichousing.up.ptwww.mapadahabitacao.arq.up.pt/en/

INSTITUIÇÃO PROPONENTEHOST INSTITUTIONUniversidade do Porto [UP] Faculdade de Arquitectura [FAUP]

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTESPARTICIPANT INSTITUTIONS

Universidad Politécnica de MadridEscuela Técnica Superior de Arquitectura Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva [GIVCO]

Universidade Nova de Lisboa [UNL]Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [FCSH]Instituto de História Contemporânea [IHC]

Universidade do Porto [UP]Faculdade de Letras [FLUP] Instituto de Sociologia [ISUP]

EQUIPA MdHMdH TEAM

[FAUP | CEAU / FCT]Rui J. G. Ramos (Investigador Responsável) Eliseu Gonçalves (Coordenador)Gisela Lameira (Bolseiro de Investigação) Luciana Rocha (Bolseiro de Investigação) Luísa Sousa Ribeiro (Bolseiro de investigação) Maria TavaresMarta RochaRaquel Geada PaulinoSérgio Dias Silva (Bolseiro de Doutoramento) Teresa Cálix

[ETSAM | GIVCO]Carmen Espegel AlonsoDaniel Movilla Vega

[UNL | IHC-FCSH]Fernanda Ribeiro Maria Fernanda Rollo

[FLUP | ISUP]Virgílio Borges Pereira

CONSULTORES MdHMdH PROJECT CONSULTANTS

[UMR | AUSser] Monique Eleb Jean-Michel Léger

[USL | AUHG]Mark Swenarton

PRESTADORES DE SERVIÇOSSERVICE CONSULTANTSCristina AmilLuís UrbanoSara MartinsSilvano Rego

SELECÇÃO BIBLIOGRÁFICASELECTED BIBLIOGRAPHY

2001COSTA, Jorge, 2001– "Bairros do Estado Novo 1933-1958". In FIGUEIRA, Jorge; PROVIDÊNCIA, Paulo; GRANDE, Nuno (coord.) – Porto 1901-2001, Guia de arquitectura moderna. Porto: Ordem dos Arquitectos SRN; Civilização, 2001.

SILVA, Vera dos Santos e – O papel das cooperativas na construção de habitação no Porto entre 1933 e 1956. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2011. (Dissertação de Mestrado Integrado).

2013RIBEIRO, Helder Casal – A experimentação do Moderno na obra de Mário Bonito: um processo de desenho do anos 40 a 60. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2013. (Tese de Doutoramento).

2019 RAMOS, Rui J.G., PEREIRA, Virgílio Borges, ROCHA, Marta e SILVA, Sérgio Dias (coord.) – Contexto Programa Projeto: Arquitetura e Políticas Públicas de Habitação. Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Arquitectura, Projeto de Investigação (FCT) Mapa da Habitação, 2019 [edição digital].

IMAGENSIMAGES

© Arquivo da Família de Mário Bonito

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

CDH 003

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA

COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”

Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com a possibilidade de projectar, um bairro de habitações económicas para um terreno na parte ocidental da cidade, promovido pela Cooperativa de Habitação O Lar familiar. O projecto com o objectivo de uma máxima rentabilidade económica, é condicionado programaticamente, pela tipologia unifamiliar imposta e pelas características particulares do terreno – sua localização, configuração e topografia. O terreno, de configuração irregular e de topografia acidentada caracteriza-se por uma área agrícola de interstício delimitada pelos lotes que conformam a avenida da Boavista a norte, a rua Ciríaco Cardoso a nascente, a travessa de Cima, de matriz rural, a poente e campos de cultivo a sul. A área de intervenção, sem frente directa com o espaço público, coloca dois temas urbanos chave a resolver, a definição de novas frentes para colmatar os muros dos logradouros/lotes e a ligação da malha proposta à estrutura viária existente, em dois pontos opostos.

O princípio de implantação e a respectiva volumetria dos conjuntos habitacionais contempla um modelo urbano estruturado por uma malha regular de quarteirões, constituída por dois tipos de habitações unifamiliares, de dois pisos, agrupadas em banda contínua que garantem as unidades de propriedade, mas afirmam através de um princípio compositivo e formal, a leitura de um conjunto coeso. Nas unidades habitacionais destaca-se a racionalização da distribuição funcional, a composição dos alçados através da individualização dos elementos arquitectónicos e o rigor compositivo na resolução do rés-do-chão em diálogo com o espaço público e a afirmação do remate superior na escala e no desenho de continuidade da frente de rua. A condição urbana e os princípios de implantação, estruturados por quarteirões a partir de habitações em banda contínua de dois pisos, remetem de forma clara para a proposta de J. J. P. Oud no Bairro Kiefhoek, em Roterdão, de 1925-29. O princípio viário assenta na definição de uma estrutura principal, associada a um núcleo central ajardinado, que estabelece a ligação com a malha existente garantindo um circuito contínuo, e de uma estrutura secundária, associada aos acessos dos restantes conjuntos habitacionais, com as ruas à cota do passeio, organizadas por separadores ajardinados. Esta estrutura secundária, que desenhará a ampliação a sul do bairro, hierarquiza a malha atribuindo às ruas, sem saída, um carácter mais reservado e de apoio local, privilegiando o espaço e uso pedonal. Este princípio anuncia um desenho de compromisso, entre o modelo urbano tradicional e a cidade funcional de Le Corbusier (CIAM V, 1933), cruzando a definição da unidade quarteirão com um espaço público envolvente hierarquizado funcionalmente, oferecendo áreas predominantemente de uso pedonal independentes da circulação automóvel de atravessamento, isto é, de ligação à estrutura viária existente.

O tema da natureza, associado ao bairro habitacional, com matriz no lote individual, remete para os estudos de Le Corbusier e Pierre Jeanneret para o Bairro de Pessac, em Bordéus, de 1925-28. A concepção de uma quadrícula que desalinha os diversos quarteirões, de forma a enquadrar o vazio do logradouro e a valorizar os respectivos jardins – arborização e vegetação –, desenha um sistema visualmente aberto, utilizando o domínio privado como elemento de composição do público, ou seja, a matriz da cidade tradicional e seus elementos colocados ao serviço dos princípios do urbanismo moderno. Neste desenho de compromisso, a condição da cidade do Porto é, também, influência determinante, sobretudo a sua morfologia urbana de quarteirões constituídos por lotes estreitos e profundos ocupados perifericamente, libertando o interior para jardins particulares que, devido aos muros de meação de baixa altura, transforma o jardim privado num enorme espaço de usufruto visual colectivo. A reinterpretação desta matriz local permite um novo equilíbrio entre o uso individual e o usufruto colectivo, mantendo as premissas da cidade tradicional.

O Bairro de Moradias Económicas da Cooperativa O Lar Familiar, informado pelas experiências modernas do centro europeu, assenta na continuidade da estrutura da cidade tradicional – a afirmação do quarteirão e da rua – e reformula o discurso oficial do Estado Novo para os Bairros Económicos, mantendo as premissas programáticas da habitação individual com jardim, mas transformando o seu modelo urbano. A representação da individualidade, implícita nos modelos oficiais, é reformulada num claro diálogo entre o significado do espaço público e do espaço privado, conferindo um novo sentido à urbanidade do colectivo. Esta lição de compromisso, de fertilização recíproca, indica um caminho alternativo de resposta às questões principais que o urbanismo colocava sem percorrer um caminho único da ortodoxia dos modelos do moderno. A concretização do projecto estender-se-á no tempo com o licenciamento de várias fases e respectivas construções a prolongarem-se durante 12 anos, terminando o processo com o pedido de legalização de parte da construção em 1962. No entanto, o tempo e o ritmo de execução não comprometeram as leituras autorais de continuidade urbana e arquitectónica pretendidas para o conjunto, com destaque para os temas de concepção e de composição subjacentes ao processo de desenho de Mário Bonito.

HELDER CASAL RIBEIROArquitecto. Professor Auxiliar FAUP. Investigador CEAU, FAUP.

AFFORDABLE HOUSING ESTATE OF THE COOPERATIVE “O LAR FAMILIAR”

In 1950, 29-year-old architect Mário Bonito faced the possibility of designing an affordable housing estate for a lot in the western part of the city, promoted by the housing cooperative O Lar Familiar. The initiative aimed for maximum economical profitability and the design was restricted through an imposed single-family typology and the specific characteristics of the location – its configuration, placement and topography. The plot, an irregularly shaped rugged terrain, was located in an agricultural transition area, bordered by lots facing Avenida da Boavista to the North, the Rua Ciriaco Cardoso to the East, the rural calibre Travessa de Cima to the West and farming fields to the South. The intervention area, with no direct connection to public space, introduced two key urban issues to be solved by the design: creating new street fronts to cover backyard walls and setting new links between the existing road structure and the new urban layout in two opposite points.

The placement and volumes of the housing complex are structured following an urban model of a regular grid of blocks with two types of terraced, single-family two-story houses, thus guaranteeing separate property units while forming a cohesive ensemble through formal composition principles. The housing units stand out for their rational functional organization, the façade configuration resorting to the individualization of architectural elements, the thoroughness in solving the connection between ground floor and public space and the role of the upper edge of the façade in the scale and continuity of the street front. The urban character and building setting principles, in blocks of two-story terraced houses, clearly recall J.J.P. Oud’s design for the Kiefhoek Estate, in Rotterdam (1925-29). The road layout is organized in two structures, a main one surrounding a central landscaped nucleus and establishing a continuous circuit in connection with the existing urban grid, and a secondary structure of shared use roads, organized by landscaped barriers, that establish the accesses to the remaining housing units. This secondary structure will be used in the estate’s extension towards South, defining a hierarchical grid by assigning a more reserved and local character to the impasse roads, favouring pedestrian use. This design indicates a principle of compromise between the traditional urban setting and the functional city of Le Corbusier (CIAM V, 1933), crossing the affirmation of the block unit with a functionally hierarchical surrounding public space, creating areas of predominant pedestrian use independent from the crossing traffic connection to the existing urban grid.

The theme of nature within the housing estate’s individual plots evokes the studies by Le Corbusier and Pierre Jeanneret for the Pessac Estate, in Bordeaux (1925-28). The creation of a grid that displaces the various blocks in order to frame the empty backyards, upgrading the respective gardens – trees and vegetation –, delineates a visually open system, using private domain as an element of public space composition, subjecting the traditional city matrix and its elements to the principles of modern urbanism. This design of compromise is also influenced by the city of Porto itself, specifically by its urban morphology of long, narrow plots with a peripheral occupation, freeing the interior areas for landscaping, transforming the private gardens in large areas of collective visual use with low height separating walls. A review of this local matrix establishes a new connection between individual use and collective fruition, while retaining the premises of the traditional city.

The Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”, while aware of the ongoing modern experimentation in Central Europe, establishes a continuity with the structure of the traditional city – claiming back the block and the street – and revises the official Estado Novo discourse on affordable housing estates by keeping with the principle of the single-family house with a private garden but transforming the urban model. The affirmation of individuality, implicit in the official models, is reconsidered in the clear dialogue between private and public spaces, setting a new meaning for the collective urbanity. This lesson in compromise and reciprocal fertility indicates an alternative response to major questions addressed then by urban design, refusing a single path of orthodox modern models. The implementation of the design will linger in time, as several phases and their respective constructions extended through 12 years until authorization for use was issued in 1962. The time and rhythm of the concretization did not compromise the author’s view for the ensemble’s urban and architectural continuity, highlighting Mário Bonito’s design process and its recurring themes of concept and composition.

HELDER CASAL RIBEIROArchitect. Assistant Professor FAUP. Researcher CEAU, FAUP.

Cadernos de Habitação n.º 003. Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoCadernos de Habitação n.º 003. Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

CDH 003 CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003CDH 003

TÍTULOTITLEBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)MdH Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)

CoordenaçãoEditorsMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias Silva

InvestigadoresResearchersMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias SilvaLuísa Sousa RibeiroMaria TavaresSara Martins

ArtigoArticleHelder Casal Ribeiro

TradutorTranslatorSérgio Dias Silva

DesenhosDrawingsSara Martins Luísa Sousa Ribeiro Marta Rocha

ProduçãoProduced by MdH

Mentor MentorCarmen Espegel Alonso, ETSAM-UPM

Design gráfico original Original graphic designGIVCO, ETSAM-UPM

Apoio editorialEditorial supportDaniel Movilla Vega, ETSAM-UPMLeandro Medrano, FAUUSPLuiz Recaman, FAUUSP

ISBN 978-989-8527-24-0 (edição impressa)978-989-8527-34-9 (edição digital)

© da edição: FAUP© dos desenhos: MdH© dos textos: autores© das imagens: autores e arquivos

Os CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) decorrem de um acordo de cooperação entre o MdH (FAUP-CEAU/FCT), o GIVCO (ETSAM-UPM) e o PC3 (FAUUSP) que resultou na elaboração da versão portuguesa dos “Cuadernos de Viviendas”, originalmente desenvolvidos pelo GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, cuja Inves-tigadora Responsável é a Prof. Carmen Espegel Alonso. Esse acordo visa a sistematização de infor-mações sobre edifícios de habitação coletiva, que ficarão disponíveis para investigadores, arquitectos, instituições públicas e outros interessados.

The CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) emerged from a cooperation agreement between MdH (FAUP-CEAU/FCT), GIVCO (ETSAM-UPM) and PC3 (FAUUSP) researchers which led to the portu-guese version of “Cuadernos de Viviendas”, origi-nally published by GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, with the supervision of the Main Research Prof. Carmen Espegel Alonso. The aim of this agreement is to systemize information on collective housing which will be made available to researchers, architects, public organizations and other interested parties.

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃORESEARCH PROJECT

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)é um Projeto de Investigação desenvolvido no âmbito do grupo Atlas da Casa [AdC], um dos grupos de investigação do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo [CEAU] na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto [FAUP].

MdHMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)is a Research Project carried out within Atlas da Casa [AdC], one of the research groups of Center for Architecture and Urban Studies [CEAU] at Faculty of Architecture, University of Porto [FAUP].

FINANCIAMENTOFUNDINGPT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014

SITEwww.mappingpublichousing.up.ptwww.mapadahabitacao.arq.up.pt/en/

INSTITUIÇÃO PROPONENTEHOST INSTITUTIONUniversidade do Porto [UP] Faculdade de Arquitectura [FAUP]

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTESPARTICIPANT INSTITUTIONS

Universidad Politécnica de MadridEscuela Técnica Superior de Arquitectura Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva [GIVCO]

Universidade Nova de Lisboa [UNL]Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [FCSH]Instituto de História Contemporânea [IHC]

Universidade do Porto [UP]Faculdade de Letras [FLUP] Instituto de Sociologia [ISUP]

EQUIPA MdHMdH TEAM

[FAUP | CEAU / FCT]Rui J. G. Ramos (Investigador Responsável) Eliseu Gonçalves (Coordenador)Gisela Lameira (Bolseiro de Investigação) Luciana Rocha (Bolseiro de Investigação) Luísa Sousa Ribeiro (Bolseiro de investigação) Maria TavaresMarta RochaRaquel Geada PaulinoSérgio Dias Silva (Bolseiro de Doutoramento) Teresa Cálix

[ETSAM | GIVCO]Carmen Espegel AlonsoDaniel Movilla Vega

[UNL | IHC-FCSH]Fernanda Ribeiro Maria Fernanda Rollo

[FLUP | ISUP]Virgílio Borges Pereira

CONSULTORES MdHMdH PROJECT CONSULTANTS

[UMR | AUSser] Monique Eleb Jean-Michel Léger

[USL | AUHG]Mark Swenarton

PRESTADORES DE SERVIÇOSSERVICE CONSULTANTSCristina AmilLuís UrbanoSara MartinsSilvano Rego

SELECÇÃO BIBLIOGRÁFICASELECTED BIBLIOGRAPHY

2001COSTA, Jorge, 2001– "Bairros do Estado Novo 1933-1958". In FIGUEIRA, Jorge; PROVIDÊNCIA, Paulo; GRANDE, Nuno (coord.) – Porto 1901-2001, Guia de arquitectura moderna. Porto: Ordem dos Arquitectos SRN; Civilização, 2001.

SILVA, Vera dos Santos e – O papel das cooperativas na construção de habitação no Porto entre 1933 e 1956. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2011. (Dissertação de Mestrado Integrado).

2013RIBEIRO, Helder Casal – A experimentação do Moderno na obra de Mário Bonito: um processo de desenho do anos 40 a 60. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2013. (Tese de Doutoramento).

2019 RAMOS, Rui J.G., PEREIRA, Virgílio Borges, ROCHA, Marta e SILVA, Sérgio Dias (coord.) – Contexto Programa Projeto: Arquitetura e Políticas Públicas de Habitação. Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Arquitectura, Projeto de Investigação (FCT) Mapa da Habitação, 2019 [edição digital].

IMAGENSIMAGES

© Arquivo da Família de Mário Bonito

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

CDH 003

3

Page 3: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".1950. MÁRIO BONITO. PORTO.IMPLANTAÇÃO. ESTADO ACTUAL.CURRENT SITE PLAN.

B

A

A

B

B

B

B

B

B

B

B

B

B

C

C

B2B1

© MAPA DA HABITAÇÃO 1/21

Promoção Cooperativa.

5

Page 4: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".IMPLANTAÇÃO. FASE 1. CASAS TIPO A.SITE PLAN. STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemcirculaçãosala de estar

cozinhasala de jantar

6 casa de banho 1

12345

garagecirculationliving-room

kitchendinning-room

6 bathroom 1

1

7 despensa 7 storeroom8 casa de banho 2 8 bathroom 29 quarto 1 9 bedroom 110 quarto 2 10 bedroom 211 quarto 3 11 bedroom 3

2

7

5

4

3

29

8

12

10

12 quarto 4 12 bedroom 4

FASE 3. CASAS TIPO B2. PLANTAS DO FOGO.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. CELL PLANS.

N

11

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 2/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 21/21

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

Planta da caveBasement floor plan

FASE 3. CASAS TIPO B2. PLANTAS.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Corte4. Section

1

4

FASE 1. CASAS TIPO A. ALÇADOS E CORTE.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

E 1:300

N

32

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 20/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 3/21

76

Page 5: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 1. CASAS TIPO A. PLANTAS.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Alçado lateral4. Side elevation

5. Corte5. Section

FASE 3. CASAS TIPO B2. ALÇADOS E CORTE.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

1

5 42

3

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 4/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 19/21

N

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 3. CASAS TIPO B2.SITE PLAN. STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

pátio coberto: garagemsala de estarsala de jantar

cozinhacasa de banho 1

6 circulação

12345

covered patio: garageliving-roomdining-room

kitchenbathroom 1

6 circulation

2

6

4

5

7 casa de banho 2 6 bathroom 28 quarto 1 6 bedroom 19 quarto 2 6 bedroom 210 quarto 3 6 bedroom 311 quarto 4 6 bedroom 4

6

7

8

10

1191

3

FASE 1. CASAS TIPO A. PLANTAS DO FOGO.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. CELL PLANS.

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 18/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 5/21

98

Page 6: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 1. CASAS TIPO B.SITE PLAN. STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemcirculaçãosala de estar

cozinhasala de jantar

6 casa de banho 1

12345

garagecirculationliving-room

kitchendinning-room

6 bathroom 1

1

7casa de banho 2

7bathroom 28

quarto 18

bedroom 19quarto 2

9bedroom 210

quarto 310

bedroom 311quarto 4

11bedroom 4

2

4

6

5

3

2

11

12

9

10

8

7

despensa storeroom

1212

FASE 3. CASAS TIPO B1. PLANTAS DO FOGO.STAGE 3. TYPE B1 DWELLINGS. CELL PLANS.

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 6/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 17/21

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 3. CASAS TIPO B1. PLANTAS.STAGE 3. TYPE A DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Corte4. Section

FASE 1. CASAS TIPO B. ALÇADOS E CORTE.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

23 4

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 16/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 7/21

1110

Page 7: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 3. CASAS TIPO B1.SITE PLAN. STAGE 3. TYPE B1 DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemsala de estarsala de jantar

casa de banho 1cozinha

6 circulação

12345

garageliving-roomdinning-room

bathroom 1kitchen

6 circulation

1

7 quarto 1 7 bedroom 18 casa de banho 2 8 bathroom 29 quarto 2 9 bedroom 210 quarto 3 10 bedroom 311 quarto 4 11 bedroom 4

FASE 1. CASAS TIPO B. PLANTAS DO FOGO.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. CELL PLANS.

5 6

2

3

4 67

10

9

8

11

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 14/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 9/21

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 1. CASAS TIPO B. PLANTAS.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1. Alçado principal1. Front elevation

3. Alçado lateral3. Side elecation

FASE 3. CASAS TIPO B1. ALÇADOS E CORTE.STAGE 3. TYPE A DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

N

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 8/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 15/21

2. Alçado posterior2. Court elevation

4. Corte4. Section

4

2

1

3

1312

Page 8: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 2. CASAS TIPO C.SITE PLAN. STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Planta do fogo T2. Piso 0Cell plan T2. Ground floor

12345

sala de estar/jantarquarto 1quarto 2

cozinhacasa de banho

6 circulação

12345

living/dinning roombedroom 1bedroom 2

kitchenbathroom

6 circulation7 despensa 7 storeroom

21

3

7

5

4

6

FASE 2. CASAS TIPO C. PLANTA DO FOGO.STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. CELL PLAN.

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 10/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 13/21

0 15 m5

E 1:300

1

34

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Corte4. Section

FASE 2. CASAS TIPO C. ALÇADOS E CORTE.STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

2

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 11/21

1514

Page 9: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 2. CASAS TIPO C.SITE PLAN. STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Planta do fogo T2. Piso 0Cell plan T2. Ground floor

12345

sala de estar/jantarquarto 1quarto 2

cozinhacasa de banho

6 circulação

12345

living/dinning roombedroom 1bedroom 2

kitchenbathroom

6 circulation7 despensa 7 storeroom

21

3

7

5

4

6

FASE 2. CASAS TIPO C. PLANTA DO FOGO.STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. CELL PLAN.

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 10/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 13/21

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

Planta da caveBasement floor plan

FASE 2. CASAS TIPO C. PLANTAS.STAGE 2. TYPE C DWELLINGS. PLANS.

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 12/21

1716

Page 10: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 1. CASAS TIPO B. PLANTAS.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1. Alçado principal1. Front elevation

3. Alçado lateral3. Side elecation

FASE 3. CASAS TIPO B1. ALÇADOS E CORTE.STAGE 3. TYPE A DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

N

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 8/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 15/21

2. Alçado posterior2. Court elevation

4. Corte4. Section

4

2

1

3

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 3. CASAS TIPO B1.SITE PLAN. STAGE 3. TYPE B1 DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemsala de estarsala de jantar

casa de banho 1cozinha

6 circulação

12345

garageliving-roomdinning-room

bathroom 1kitchen

6 circulation

1

7 quarto 1 7 bedroom 18 casa de banho 2 8 bathroom 29 quarto 2 9 bedroom 210 quarto 3 10 bedroom 311 quarto 4 11 bedroom 4

FASE 1. CASAS TIPO B. PLANTAS DO FOGO.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. CELL PLANS.

5 6

2

3

4 67

10

9

8

11

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 14/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 9/21

1918

Page 11: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 3. CASAS TIPO B1. PLANTAS.STAGE 3. TYPE A DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Corte4. Section

FASE 1. CASAS TIPO B. ALÇADOS E CORTE.STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

23 4

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 16/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 7/21

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 1. CASAS TIPO B.SITE PLAN. STAGE 1. TYPE B DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemcirculaçãosala de estar

cozinhasala de jantar

6 casa de banho 1

12345

garagecirculationliving-room

kitchendinning-room

6 bathroom 1

1

7casa de banho 2

7bathroom 28

quarto 18

bedroom 19quarto 2

9bedroom 210

quarto 310

bedroom 311quarto 4

11bedroom 4

2

4

6

5

3

2

11

12

9

10

8

7

despensa storeroom

1212

FASE 3. CASAS TIPO B1. PLANTAS DO FOGO.STAGE 3. TYPE B1 DWELLINGS. CELL PLANS.

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 6/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 17/21

2120

Page 12: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

FASE 1. CASAS TIPO A. PLANTAS.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

E 1:300

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Alçado lateral4. Side elevation

5. Corte5. Section

FASE 3. CASAS TIPO B2. ALÇADOS E CORTE.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

1

5 42

3

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 4/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 19/21

N

0 100 m

E 1:2000

5010

N

IMPLANTAÇÃO. FASE 3. CASAS TIPO B2.SITE PLAN. STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

pátio coberto: garagemsala de estarsala de jantar

cozinhacasa de banho 1

6 circulação

12345

covered patio: garageliving-roomdining-room

kitchenbathroom 1

6 circulation

2

6

4

5

7 casa de banho 2 6 bathroom 28 quarto 1 6 bedroom 19 quarto 2 6 bedroom 210 quarto 3 6 bedroom 311 quarto 4 6 bedroom 4

6

7

8

10

1191

3

FASE 1. CASAS TIPO A. PLANTAS DO FOGO.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. CELL PLANS.

NBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 18/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 5/21

2322

Page 13: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

0 100 m

E 1:2000

5010

N

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".IMPLANTAÇÃO. FASE 1. CASAS TIPO A.SITE PLAN. STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. 0 1 5 m

E 1:100

Plantas do fogo T4. Piso 0 e 1Cell plans T4. Ground and upper floor

12345

garagemcirculaçãosala de estar

cozinhasala de jantar

6 casa de banho 1

12345

garagecirculationliving-room

kitchendinning-room

6 bathroom 1

1

7 despensa 7 storeroom8 casa de banho 2 8 bathroom 29 quarto 1 9 bedroom 110 quarto 2 10 bedroom 211 quarto 3 11 bedroom 3

2

7

5

4

3

29

8

12

10

12 quarto 4 12 bedroom 4

FASE 3. CASAS TIPO B2. PLANTAS DO FOGO.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. CELL PLANS.

N

11

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 2/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 21/21

0 15 m5

E 1:300

Planta do piso 1Upper floor plan

Planta do piso 0Ground floor plan

Planta da caveBasement floor plan

FASE 3. CASAS TIPO B2. PLANTAS.STAGE 3. TYPE B2 DWELLINGS. PLANS. 0 15 m5

1. Alçado principal1. Front elevation

2. Alçado posterior2. Court elevation

3. Alçado lateral3. Side elevation

4. Corte4. Section

1

4

FASE 1. CASAS TIPO A. ALÇADOS E CORTE.STAGE 1. TYPE A DWELLINGS. ELEVATIONS AND SECTION.

E 1:300

N

32

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR". BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA "O LAR FAMILIAR".

© MAPA DA HABITAÇÃO 20/21 © MAPA DA HABITAÇÃO 3/21

2524

Page 14: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoCDH 003CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto CDH 003

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”Mário Bonito | Porto, 1950-62

APROJETOPROJECT

Data do projetoProject date1950Data de finalização da obraCompletion date of work1962ArquitetoArquitectMário BonitoClienteClientCooperativa "O Lar Familiar"Sistema de desenvolvimentoDeveloping systemCooperativoCooperativePrograma de FinanciamentoFunding Program Promoção CooperativaCooperative Promotion

BLOCALIZAÇÃOLOCATION

CoordenadasCoordinatesN 41,160201W 8,652547OrientaçãoSolar OrientationNordeste-SudoesteNortheast-SouthwestLocalizaçãoLocationLargo Maestro Miguel Ângelo, Lordelo do Ouro, Porto, PortugalSituação urbanaUrban SituationNovo BairroNew EstateNúmero de habitantes da população da cidade (data da obra)Number os inhabitants of town (on date of work)281 406 (1940) Temperatura média anualAverage temperature13,8º (1970)Média anual das temperaturas mínimas diáriasAverage of minimum daily temperatures8,5º (1970)Precipitação anual médiaAverage precipitation1149 mm (1970)Humidade relativa médiaAverage humidity80% (1970)Número médio anual de dias de precipitação superior ou igual a 1mmAverage number of days with precipitation greater than or equal to 1mm128 (1970)Número médio de dias sem chuvaAverage number of days without rain 237 (1970)Número médio anual de horas de solAverage number of sun hours per year≈ 2700 Área de intervençãoArea of the intervention≈ 22.200 m2

Área de ocupação do soloOccupation area5.012 m2

Ocupação do soloOccupation23 %Volume total de construçãoTotal construction volume39.961 m3

Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area159 m2

VolumeBuilt volume520 m3

Área útilUsable area106 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter35,9 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,95 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,8 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant65 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area30 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area49 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area1 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,08

CD2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,95 m ComprimentoLength48,3 mAlturaHeight7,85 mÁrea de ocupação do soloOccupied area480 m2

Área brutaGross floor area960 m2

VolumeGross floor area3.140 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,5 m³/m²

CD3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use910 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking50 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use6Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses6Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use95 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking5 %

CE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

CE1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building5Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio built volume/Occupation area7,97 m³/m²Área bruta totalTotal gross area10.816 m2

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use10.816 m2

Área bruta de outros usosGross floor area for others uses0Número de edifíciosNumber of buildings17Número de unidades habitacionaisNumber of housing units92Número de tipos de unidades habitacionaisNumber of types of housing units6Número de unidades habitacionais por tipoNumber of housing units per typeFase 1. Casas Tipo A : 14Fase 1. Casas Tipo B : 47Fase 2. Casas Tipo C : 10Fase 3. Casas Tipo B1 : 6Fase 3. Casas Tipo B2 : 5Densidade de unidades habitacionais por hectare (ha)Density (housing units per ha)41Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants656Máxima densidade de habitantes por hectare (ha)Density (inhabitants per ha)295Área de espaço livreFree space area≈ 16.777 m2

Área de espaço livre por unidade habitacionalFree space area per dwelling25 m2

Estacionamento comunitárioCommunal parking

CEDIFÍCIOSBUILDINGS

CACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

CA1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building7Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor7

Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area0,01Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90Área garagem individualIndividual garage area12,3

DE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits5Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area157 m2

VolumeBuilt volume490 m3

Área útilUsable area105 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,8 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,90 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant61 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area29 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area48 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CE2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,90 m ComprimentoLength40,3 mAlturaHeight10,5 mÁrea de ocupação do soloOccupied area399 m2

Área brutaGross floor area1.197 m2

VolumeGross floor area3.546 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area8,9 m³/m²

CE3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.160 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking37 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use5Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses5Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use97 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking3 %

DTIPOS DE UNIDADES HABITACIONAISTYPES OF DWELLINGS

DACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floors

Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building56

CA2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,6 m ComprimentoLength48,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area466 m2

Área brutaGross floor area932 m2

VolumeGross floor area2.970 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,4 m³/m²

CA3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use840 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking92 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use7Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses7Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses7Percentagem de uso residencialRate of residential use91 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking9 %

CBCASAS TIPO B (Edifício com 4 unidades habitacionais)TYPE B DWELLINGS (Building with 4 housing units)

CB1DADOS GERAISGENERAL DATA

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,09Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90 Área garagem individualIndividual garage area10,5

EFACHADASFACADES

EACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NOROESTE (Rua)NORTHWEST FACADE (Street)

EA1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade49CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access7Acessos de veículosVehicular access7Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EA1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Número de unidadesUnits14Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area132,5 m2

VolumeBuilt volume423 m3

Área útilUsable area87,7 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,51PerímetroPerimeter33 mComprimento das fachadasFaçade length13,8 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,6 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant16,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant52,9 m3

Área da entradaEntrance area6,5 m2

Área da salaLiving room area24,7 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area12,9 m2

Área de casas de banhosBathroom area4,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

–Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)77,7 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,07Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,09Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,47Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyGaleriaGalleryNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building4Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor4Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building32

CB2DIMENSÕESDIMENSIONS

ProfundidadeDepth9,12 m ComprimentoLength30,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area278 m2

Área brutaGross floor area556 m2

VolumeGross floor area1712 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,15 m³/m²

CB3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use488 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking68 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use4

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area373 m2

Área total de janelasTotal window area65 m2

Área total de portasTotal door area40 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,28Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling53 m2

EA1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use373 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use0Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area0

EBCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NORDESTE (Pátio)NORTHEAST FACADE.(Courtyard)

EB1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade56CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EB1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height5,5 mAltura do embasamentoBasement height

Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,89Área garagem individualIndividual garage area11,5

DBCASAS TIPO B TYPE B DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits47Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste ou ≈ Norte-Sul≈ East-West or ≈North-SouthÁrea brutaGross floor area138,2 m2

VolumeBuilt volume425 m3

Área útilUsable area89 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter33,4 mComprimento das fachadasFaçade length15,15 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,12 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade8Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant17,3 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant53 m3

Área da entradaEntrance area5,6 m2

Área da salaLiving room area22 m2

Área da cozinhakitchen area9 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area45 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,8 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses4Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use88%Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking12 %

CC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

CC1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building10Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CC2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,7 m ComprimentoLength40,8 mAlturaHeight10,4 mÁrea de ocupação do soloOccupied area393 m2

Área de fachadaFaçade area267 m2

Área total de janelasTotal window area76 m2

Área total de portasTotal door area29 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,20Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling38 m2

EB1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use267 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

ECCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA SUDESTE (Rua)SOUTHEAST FACADE (Street)

EC1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade1Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade4CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EC1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area61,25 m2

Área total de janelasTotal window area6,7 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)78,2 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,06Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,10Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,50Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,88Área garagem individualIndividual garage area17

DC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

Tipo TypeT2 SimplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor location1.º piso1st floorNúmero de unidadesUnits20Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area84 m2

VolumeBuilt volume237 m3

Área útilUsable area56 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,6 mComprimento das fachadasFaçade length16,2 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,7 mNúmero de divisõesNumber of rooms7Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade6

Área brutaGross floor area1.179 m2

VolumeGross floor area3.590 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area9,1 m³/m²

CC3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.179 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking0Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use10Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses10Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use100 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking0

CD CASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

CD1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building6Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor6Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building48

Área total de portasTotal door area0Área total de vãosTotal openings area6,7 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,10Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling61,25 m2

EC1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use61,25 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

FSAGUÕESINNER COURTS Os edifícios analisados não possuem saguões de iluminação ou ventilaçãoThe buildings analyzed have not light or ventilation inner courts

GCONSTRUÇÃOCONSTRUCTION EstruturaStructure

–LajesSlabs

–Parede exteriorEnvelope

–EscadasStairs

–CaixilhariaCarpentryMadeiraWoodPé direito do piso térreoAverage ground floor heightEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mPé direito das unidades habitacionaisAverage height per dwellingEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mRelação pé direito do piso térreo/pé direito das unidades habitacionaisRatio average ground floor height/average height per dwelling1Espessura de laje Slab thickness0,3 mUso de sistemas pré-fabricadosUse of prefabricated systems

NOTAInformações recolhidas a partir do redesenho do Anteprojecto.NOTEInformation collected from the redesign of the Preliminary Project.

Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants4Área bruta por habitanteGross area per inhabitant21 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant60 m3

Área da entradaEntrance area1,2 m2

Área da salaLiving room area14,2 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 2 quartosTwo bedrooms area27 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,6 m2

Área de corredoresConnecting spaces area2,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)53,4 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,02Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,13Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,49Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,06Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,05Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,95 Área garagem individualIndividual garage area0

DDCASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits6

27

Page 15: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoCDH 003CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto CDH 003

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”Mário Bonito | Porto, 1950-62

APROJETOPROJECT

Data do projetoProject date1950Data de finalização da obraCompletion date of work1962ArquitetoArquitectMário BonitoClienteClientCooperativa "O Lar Familiar"Sistema de desenvolvimentoDeveloping systemCooperativoCooperativePrograma de FinanciamentoFunding Program Promoção CooperativaCooperative Promotion

BLOCALIZAÇÃOLOCATION

CoordenadasCoordinatesN 41,160201W 8,652547OrientaçãoSolar OrientationNordeste-SudoesteNortheast-SouthwestLocalizaçãoLocationLargo Maestro Miguel Ângelo, Lordelo do Ouro, Porto, PortugalSituação urbanaUrban SituationNovo BairroNew EstateNúmero de habitantes da população da cidade (data da obra)Number os inhabitants of town (on date of work)281 406 (1940) Temperatura média anualAverage temperature13,8º (1970)Média anual das temperaturas mínimas diáriasAverage of minimum daily temperatures8,5º (1970)Precipitação anual médiaAverage precipitation1149 mm (1970)Humidade relativa médiaAverage humidity80% (1970)Número médio anual de dias de precipitação superior ou igual a 1mmAverage number of days with precipitation greater than or equal to 1mm128 (1970)Número médio de dias sem chuvaAverage number of days without rain 237 (1970)Número médio anual de horas de solAverage number of sun hours per year≈ 2700 Área de intervençãoArea of the intervention≈ 22.200 m2

Área de ocupação do soloOccupation area5.012 m2

Ocupação do soloOccupation23 %Volume total de construçãoTotal construction volume39.961 m3

Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area159 m2

VolumeBuilt volume520 m3

Área útilUsable area106 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter35,9 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,95 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,8 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant65 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area30 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area49 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area1 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,08

CD2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,95 m ComprimentoLength48,3 mAlturaHeight7,85 mÁrea de ocupação do soloOccupied area480 m2

Área brutaGross floor area960 m2

VolumeGross floor area3.140 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,5 m³/m²

CD3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use910 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking50 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use6Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses6Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use95 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking5 %

CE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

CE1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building5Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio built volume/Occupation area7,97 m³/m²Área bruta totalTotal gross area10.816 m2

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use10.816 m2

Área bruta de outros usosGross floor area for others uses0Número de edifíciosNumber of buildings17Número de unidades habitacionaisNumber of housing units92Número de tipos de unidades habitacionaisNumber of types of housing units6Número de unidades habitacionais por tipoNumber of housing units per typeFase 1. Casas Tipo A : 14Fase 1. Casas Tipo B : 47Fase 2. Casas Tipo C : 10Fase 3. Casas Tipo B1 : 6Fase 3. Casas Tipo B2 : 5Densidade de unidades habitacionais por hectare (ha)Density (housing units per ha)41Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants656Máxima densidade de habitantes por hectare (ha)Density (inhabitants per ha)295Área de espaço livreFree space area≈ 16.777 m2

Área de espaço livre por unidade habitacionalFree space area per dwelling25 m2

Estacionamento comunitárioCommunal parking

CEDIFÍCIOSBUILDINGS

CACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

CA1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building7Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor7

Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area0,01Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90Área garagem individualIndividual garage area12,3

DE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits5Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area157 m2

VolumeBuilt volume490 m3

Área útilUsable area105 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,8 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,90 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant61 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area29 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area48 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CE2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,90 m ComprimentoLength40,3 mAlturaHeight10,5 mÁrea de ocupação do soloOccupied area399 m2

Área brutaGross floor area1.197 m2

VolumeGross floor area3.546 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area8,9 m³/m²

CE3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.160 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking37 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use5Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses5Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use97 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking3 %

DTIPOS DE UNIDADES HABITACIONAISTYPES OF DWELLINGS

DACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floors

Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building56

CA2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,6 m ComprimentoLength48,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area466 m2

Área brutaGross floor area932 m2

VolumeGross floor area2.970 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,4 m³/m²

CA3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use840 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking92 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use7Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses7Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses7Percentagem de uso residencialRate of residential use91 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking9 %

CBCASAS TIPO B (Edifício com 4 unidades habitacionais)TYPE B DWELLINGS (Building with 4 housing units)

CB1DADOS GERAISGENERAL DATA

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,09Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90 Área garagem individualIndividual garage area10,5

EFACHADASFACADES

EACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NOROESTE (Rua)NORTHWEST FACADE (Street)

EA1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade49CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access7Acessos de veículosVehicular access7Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EA1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Número de unidadesUnits14Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area132,5 m2

VolumeBuilt volume423 m3

Área útilUsable area87,7 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,51PerímetroPerimeter33 mComprimento das fachadasFaçade length13,8 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,6 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant16,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant52,9 m3

Área da entradaEntrance area6,5 m2

Área da salaLiving room area24,7 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area12,9 m2

Área de casas de banhosBathroom area4,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

–Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)77,7 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,07Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,09Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,47Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyGaleriaGalleryNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building4Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor4Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building32

CB2DIMENSÕESDIMENSIONS

ProfundidadeDepth9,12 m ComprimentoLength30,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area278 m2

Área brutaGross floor area556 m2

VolumeGross floor area1712 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,15 m³/m²

CB3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use488 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking68 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use4

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area373 m2

Área total de janelasTotal window area65 m2

Área total de portasTotal door area40 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,28Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling53 m2

EA1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use373 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use0Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area0

EBCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NORDESTE (Pátio)NORTHEAST FACADE.(Courtyard)

EB1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade56CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EB1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height5,5 mAltura do embasamentoBasement height

Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,89Área garagem individualIndividual garage area11,5

DBCASAS TIPO B TYPE B DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits47Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste ou ≈ Norte-Sul≈ East-West or ≈North-SouthÁrea brutaGross floor area138,2 m2

VolumeBuilt volume425 m3

Área útilUsable area89 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter33,4 mComprimento das fachadasFaçade length15,15 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,12 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade8Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant17,3 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant53 m3

Área da entradaEntrance area5,6 m2

Área da salaLiving room area22 m2

Área da cozinhakitchen area9 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area45 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,8 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses4Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use88%Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking12 %

CC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

CC1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building10Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CC2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,7 m ComprimentoLength40,8 mAlturaHeight10,4 mÁrea de ocupação do soloOccupied area393 m2

Área de fachadaFaçade area267 m2

Área total de janelasTotal window area76 m2

Área total de portasTotal door area29 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,20Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling38 m2

EB1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use267 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

ECCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA SUDESTE (Rua)SOUTHEAST FACADE (Street)

EC1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade1Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade4CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EC1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area61,25 m2

Área total de janelasTotal window area6,7 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)78,2 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,06Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,10Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,50Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,88Área garagem individualIndividual garage area17

DC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

Tipo TypeT2 SimplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor location1.º piso1st floorNúmero de unidadesUnits20Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area84 m2

VolumeBuilt volume237 m3

Área útilUsable area56 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,6 mComprimento das fachadasFaçade length16,2 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,7 mNúmero de divisõesNumber of rooms7Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade6

Área brutaGross floor area1.179 m2

VolumeGross floor area3.590 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area9,1 m³/m²

CC3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.179 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking0Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use10Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses10Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use100 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking0

CD CASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

CD1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building6Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor6Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building48

Área total de portasTotal door area0Área total de vãosTotal openings area6,7 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,10Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling61,25 m2

EC1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use61,25 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

FSAGUÕESINNER COURTS Os edifícios analisados não possuem saguões de iluminação ou ventilaçãoThe buildings analyzed have not light or ventilation inner courts

GCONSTRUÇÃOCONSTRUCTION EstruturaStructure

–LajesSlabs

–Parede exteriorEnvelope

–EscadasStairs

–CaixilhariaCarpentryMadeiraWoodPé direito do piso térreoAverage ground floor heightEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mPé direito das unidades habitacionaisAverage height per dwellingEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mRelação pé direito do piso térreo/pé direito das unidades habitacionaisRatio average ground floor height/average height per dwelling1Espessura de laje Slab thickness0,3 mUso de sistemas pré-fabricadosUse of prefabricated systems

NOTAInformações recolhidas a partir do redesenho do Anteprojecto.NOTEInformation collected from the redesign of the Preliminary Project.

Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants4Área bruta por habitanteGross area per inhabitant21 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant60 m3

Área da entradaEntrance area1,2 m2

Área da salaLiving room area14,2 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 2 quartosTwo bedrooms area27 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,6 m2

Área de corredoresConnecting spaces area2,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)53,4 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,02Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,13Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,49Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,06Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,05Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,95 Área garagem individualIndividual garage area0

DDCASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits6

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoCDH 003CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of PortoMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto CDH 003

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”Mário Bonito | Porto, 1950-62

APROJETOPROJECT

Data do projetoProject date1950Data de finalização da obraCompletion date of work1962ArquitetoArquitectMário BonitoClienteClientCooperativa "O Lar Familiar"Sistema de desenvolvimentoDeveloping systemCooperativoCooperativePrograma de FinanciamentoFunding Program Promoção CooperativaCooperative Promotion

BLOCALIZAÇÃOLOCATION

CoordenadasCoordinatesN 41,160201W 8,652547OrientaçãoSolar OrientationNordeste-SudoesteNortheast-SouthwestLocalizaçãoLocationLargo Maestro Miguel Ângelo, Lordelo do Ouro, Porto, PortugalSituação urbanaUrban SituationNovo BairroNew EstateNúmero de habitantes da população da cidade (data da obra)Number os inhabitants of town (on date of work)281 406 (1940) Temperatura média anualAverage temperature13,8º (1970)Média anual das temperaturas mínimas diáriasAverage of minimum daily temperatures8,5º (1970)Precipitação anual médiaAverage precipitation1149 mm (1970)Humidade relativa médiaAverage humidity80% (1970)Número médio anual de dias de precipitação superior ou igual a 1mmAverage number of days with precipitation greater than or equal to 1mm128 (1970)Número médio de dias sem chuvaAverage number of days without rain 237 (1970)Número médio anual de horas de solAverage number of sun hours per year≈ 2700 Área de intervençãoArea of the intervention≈ 22.200 m2

Área de ocupação do soloOccupation area5.012 m2

Ocupação do soloOccupation23 %Volume total de construçãoTotal construction volume39.961 m3

Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area159 m2

VolumeBuilt volume520 m3

Área útilUsable area106 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter35,9 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,95 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,8 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant65 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area30 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area49 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area1 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,08

CD2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,95 m ComprimentoLength48,3 mAlturaHeight7,85 mÁrea de ocupação do soloOccupied area480 m2

Área brutaGross floor area960 m2

VolumeGross floor area3.140 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,5 m³/m²

CD3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use910 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking50 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use6Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses6Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use95 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking5 %

CE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

CE1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building5Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio built volume/Occupation area7,97 m³/m²Área bruta totalTotal gross area10.816 m2

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use10.816 m2

Área bruta de outros usosGross floor area for others uses0Número de edifíciosNumber of buildings17Número de unidades habitacionaisNumber of housing units92Número de tipos de unidades habitacionaisNumber of types of housing units6Número de unidades habitacionais por tipoNumber of housing units per typeFase 1. Casas Tipo A : 14Fase 1. Casas Tipo B : 47Fase 2. Casas Tipo C : 10Fase 3. Casas Tipo B1 : 6Fase 3. Casas Tipo B2 : 5Densidade de unidades habitacionais por hectare (ha)Density (housing units per ha)41Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants656Máxima densidade de habitantes por hectare (ha)Density (inhabitants per ha)295Área de espaço livreFree space area≈ 16.777 m2

Área de espaço livre por unidade habitacionalFree space area per dwelling25 m2

Estacionamento comunitárioCommunal parking

CEDIFÍCIOSBUILDINGS

CACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

CA1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building7Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor7

Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area0,01Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90Área garagem individualIndividual garage area12,3

DE CASAS TIPO B2TYPE B2 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits5Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area157 m2

VolumeBuilt volume490 m3

Área útilUsable area105 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,8 mComprimento das fachadasFaçade length16 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,90 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant19,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant61 m3

Área da entradaEntrance area5 m2

Área da salaLiving room area29 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area48 m2

Área de casas de banhosBathroom area5,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area9,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)95,5 m2

Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CE2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,90 m ComprimentoLength40,3 mAlturaHeight10,5 mÁrea de ocupação do soloOccupied area399 m2

Área brutaGross floor area1.197 m2

VolumeGross floor area3.546 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area8,9 m³/m²

CE3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.160 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking37 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use5Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses5Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses4Percentagem de uso residencialRate of residential use97 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking3 %

DTIPOS DE UNIDADES HABITACIONAISTYPES OF DWELLINGS

DACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floors

Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building56

CA2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,6 m ComprimentoLength48,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area466 m2

Área brutaGross floor area932 m2

VolumeGross floor area2.970 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,4 m³/m²

CA3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use840 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking92 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use7Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses7Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses7Percentagem de uso residencialRate of residential use91 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking9 %

CBCASAS TIPO B (Edifício com 4 unidades habitacionais)TYPE B DWELLINGS (Building with 4 housing units)

CB1DADOS GERAISGENERAL DATA

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,05Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,07Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,46Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,09Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,90 Área garagem individualIndividual garage area10,5

EFACHADASFACADES

EACASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NOROESTE (Rua)NORTHWEST FACADE (Street)

EA1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade49CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access7Acessos de veículosVehicular access7Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EA1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Número de unidadesUnits14Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area132,5 m2

VolumeBuilt volume423 m3

Área útilUsable area87,7 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,51PerímetroPerimeter33 mComprimento das fachadasFaçade length13,8 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,6 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade9Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant16,6 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant52,9 m3

Área da entradaEntrance area6,5 m2

Área da salaLiving room area24,7 m2

Área da cozinhakitchen area7,5 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area12,9 m2

Área de casas de banhosBathroom area4,5 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,5 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

–Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)77,7 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,07Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,28Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,09Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,47Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyGaleriaGalleryNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building4Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor4Número de tipos por edifícioNumber of types per building1Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building32

CB2DIMENSÕESDIMENSIONS

ProfundidadeDepth9,12 m ComprimentoLength30,5 mAlturaHeight7,7 mÁrea de ocupação do soloOccupied area278 m2

Área brutaGross floor area556 m2

VolumeGross floor area1712 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area6,15 m³/m²

CB3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use488 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking68 m2

Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use4

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area373 m2

Área total de janelasTotal window area65 m2

Área total de portasTotal door area40 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,28Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling53 m2

EA1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use373 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use0Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area0

EBCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA NORDESTE (Pátio)NORTHEAST FACADE.(Courtyard)

EB1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade7Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade56CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EB1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height5,5 mAltura do embasamentoBasement height

Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,89Área garagem individualIndividual garage area11,5

DBCASAS TIPO B TYPE B DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits47Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste ou ≈ Norte-Sul≈ East-West or ≈North-SouthÁrea brutaGross floor area138,2 m2

VolumeBuilt volume425 m3

Área útilUsable area89 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,55PerímetroPerimeter33,4 mComprimento das fachadasFaçade length15,15 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,12 mNúmero de divisõesNumber of rooms10Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade8Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants8Área bruta por habitanteGross area per inhabitant17,3 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant53 m3

Área da entradaEntrance area5,6 m2

Área da salaLiving room area22 m2

Área da cozinhakitchen area9 m2

Área dos 4 quartosFour bedrooms area45 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,8 m2

Área de corredoresConnecting spaces area3,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms area

Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses4Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use88%Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking12 %

CC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

CC1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type2MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements1Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building10Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor5Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building40

CC2DIMENSÕES POR EDIFÍCIODIMENSIONS PER BUILDING

ProfundidadeDepth9,7 m ComprimentoLength40,8 mAlturaHeight10,4 mÁrea de ocupação do soloOccupied area393 m2

Área de fachadaFaçade area267 m2

Área total de janelasTotal window area76 m2

Área total de portasTotal door area29 m2

Área total de vãosTotal openings area105 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,20Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling38 m2

EB1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use267 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

ECCASAS TIPO ATYPE A DWELLINGS

FACHADA SUDESTE (Rua)SOUTHEAST FACADE (Street)

EC1.1DADOS GERAISGENERAL DATA Número de unidades habitacionais que dão para essa fachadaNumber of housing units opended on to this façade1Número de aberturas nessa fachadaNumber of openings opened on to this façade4CorColor

–Material de acabamentoFinishing materialsRebocoPlasterAcessos de peõesPedestrian access0Acessos de veículosVehicular access

–Sistemas ativos de proteção solarActive solar protection systems

–Sistemas de proteção visualSystems of visual protection

–Sistemas de aproveitamento energéticoSustems of energy optimization

–Uso de sistemas pré-fabricadosUsing of prefabricade systems

EC1.2DIMENSÕESDIMENSIONS

Altura da fachadaFacade height7,7 mAltura do embasamentoBasement height

–Área de fachadaFaçade area61,25 m2

Área total de janelasTotal window area6,7 m2

Área útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)78,2 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,06Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,10Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,50Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,05Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,04Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,88Área garagem individualIndividual garage area17

DC CASAS TIPO CTYPE C DWELLINGS

Tipo TypeT2 SimplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor location1.º piso1st floorNúmero de unidadesUnits20Esquema do tipoLayout schemeUnidade habitacional com 2 frentesHousing unit with 2 frontsOrientação das fachadasFaçade orientation≈ Este-Oeste≈ East-WestÁrea brutaGross floor area84 m2

VolumeBuilt volume237 m3

Área útilUsable area56 m2

Relação área bruta/área útilRate gross floor area/usable area1,5PerímetroPerimeter35,6 mComprimento das fachadasFaçade length16,2 mComprimento da empena lateralBoundary wall length9,7 mNúmero de divisõesNumber of rooms7Número de divisões na fachadaNumber of rooms opened on the façade6

Área brutaGross floor area1.179 m2

VolumeGross floor area3.590 m3

Relação volume construído/Área de ocupação do soloRatio buil volume/occuped area9,1 m³/m²

CC3USOSUSES

Área bruta de uso residencialGross floor area for residential use1.179 m2

Área bruta de uso coletivo Gross floor area for collective use0Área bruta de estacionamentoGross floor area for parking0Número de acessos diretos ao uso residencialNumber of accesses to the residential use10Número de acessos diretos ao uso coletivoNumber of accesses to the collective use0Número de acessos pedonaisNumber of pedestrian accesses10Número de acessos para veículosNumber of vehicle accesses0Percentagem de uso residencialRate of residential use100 %Percentagem de uso coletivoRate of colective use0Percentagem de estacionamentoRate of collective parking0

CD CASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

CD1DADOS GERAISGENERAL DATA

RegimeTenurePropriedadeProperty Número de edifícios deste tipoNumber of buildings of this type1MorfologiaMorphologyBloco linearLinear block TipologiaBuilding typologyAcesso DirectoDirect AccessNúmero de andaresFloors2Número de cavesNumber of basements0Número de habitações por edifícioNumber of dwellings per building6Número de unidades habitacionais por pisoNumber of housing units per floor6Número de tipos por edifícioNumber of types per building2Número de núcleos verticais por edifícioNumber of types per building0Habitações servidas por cada núcleo vertical por pisoDwellings served by each core, per floor0Número de elevadores por edifícioNumber of lifts per building0Número máximo de habitantes por edifícioMaximum number of inhabitants per building48

Área total de portasTotal door area0Área total de vãosTotal openings area6,7 m2

Relação área total de vãos/área de fachadaRatio total openings area/total façade0,10Área média de fachada por habitaçãoAverage façade area per dwelling61,25 m2

EC1.3USOSUSES

Área da fachada de uso residencialFaçade area for residential use61,25 m2 Área da fachada de uso colectivoFaçade area for common use

–Relação área da fachada de uso residencial/área da fachadaRatio residential use/Façade area1Relação área da fachada de uso colectivo/área da fachadaRatio common use/Façade area

FSAGUÕESINNER COURTS Os edifícios analisados não possuem saguões de iluminação ou ventilaçãoThe buildings analyzed have not light or ventilation inner courts

GCONSTRUÇÃOCONSTRUCTION EstruturaStructure

–LajesSlabs

–Parede exteriorEnvelope

–EscadasStairs

–CaixilhariaCarpentryMadeiraWoodPé direito do piso térreoAverage ground floor heightEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mPé direito das unidades habitacionaisAverage height per dwellingEntre 2,6 m e 2,8 mBetween 2,6 m and 2,8 mRelação pé direito do piso térreo/pé direito das unidades habitacionaisRatio average ground floor height/average height per dwelling1Espessura de laje Slab thickness0,3 mUso de sistemas pré-fabricadosUse of prefabricated systems

NOTAInformações recolhidas a partir do redesenho do Anteprojecto.NOTEInformation collected from the redesign of the Preliminary Project.

Sistemas de acessibilidadeAdaptability systems

–Número máximo de habitantesMaximum number of inhabitants4Área bruta por habitanteGross area per inhabitant21 m2

Volume por habitanteBuilt volume per inhabitant60 m3

Área da entradaEntrance area1,2 m2

Área da salaLiving room area14,2 m2

Área da cozinhakitchen area7,4 m2

Área dos 2 quartosTwo bedrooms area27 m2

Área de casas de banhosBathroom area3,6 m2

Área de corredoresConnecting spaces area2,6 m2

Área de outras dependênciasOther secondary rooms areaExtra na cave: 61 m2

Extra in the basementÁrea útil iluminada diretamente (não via pátios)Useful area directly lit (not via shaft)53,4 m2

Área exterior (jardim, pátios, terraços, varandas)Outdoor area (garden, patios, terraces, balconies)≈ 60 m2

Relação área da entrada/área útilRelationship between entrance area/usable area0,02Relação área da sala/área útilRelationship between living room area/usable area0,25Relação área da cozinha/área útilRelationship between kitchen area/usable area0,13Relação área dos quartos/área útilRelationship between bedrooms area/usable area0,49Relação área de casas de banhos/área útilRelationship between bathrooms area/usable area0,06Relação área de corredores/área útilRelationship between connecting spaces area/usable area0,05Relação área de outras dependências/área útilRelationship between other secondary rooms area/usable area

–Relação área útil iluminada diretamente (não via pátios)/área útilRatioseful area directly lit (not via shaft)/usable area0,95 Área garagem individualIndividual garage area0

DDCASAS TIPO B1TYPE B1 DWELLINGS

Tipo TypeT4 DuplexPosição em plantaLayout locationEntre fogos e topo livreBetween cells and End of rowPosição em alturaFloor locationTodos os pisosAll floorsNúmero de unidadesUnits6

28

29

Page 16: CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003 CDH 003 TÍTULO BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O … · Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA

COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”

Em 1950, o jovem arquitecto de 29 anos, Mário Bonito, é confrontado com a possibilidade de projectar, um bairro de habitações económicas para um terreno na parte ocidental da cidade, promovido pela Cooperativa de Habitação O Lar familiar. O projecto com o objectivo de uma máxima rentabilidade económica, é condicionado programaticamente, pela tipologia unifamiliar imposta e pelas características particulares do terreno – sua localização, configuração e topografia. O terreno, de configuração irregular e de topografia acidentada caracteriza-se por uma área agrícola de interstício delimitada pelos lotes que conformam a avenida da Boavista a norte, a rua Ciríaco Cardoso a nascente, a travessa de Cima, de matriz rural, a poente e campos de cultivo a sul. A área de intervenção, sem frente directa com o espaço público, coloca dois temas urbanos chave a resolver, a definição de novas frentes para colmatar os muros dos logradouros/lotes e a ligação da malha proposta à estrutura viária existente, em dois pontos opostos.

O princípio de implantação e a respectiva volumetria dos conjuntos habitacionais contempla um modelo urbano estruturado por uma malha regular de quarteirões, constituída por dois tipos de habitações unifamiliares, de dois pisos, agrupadas em banda contínua que garantem as unidades de propriedade, mas afirmam através de um princípio compositivo e formal, a leitura de um conjunto coeso. Nas unidades habitacionais destaca-se a racionalização da distribuição funcional, a composição dos alçados através da individualização dos elementos arquitectónicos e o rigor compositivo na resolução do rés-do-chão em diálogo com o espaço público e a afirmação do remate superior na escala e no desenho de continuidade da frente de rua. A condição urbana e os princípios de implantação, estruturados por quarteirões a partir de habitações em banda contínua de dois pisos, remetem de forma clara para a proposta de J. J. P. Oud no Bairro Kiefhoek, em Roterdão, de 1925-29. O princípio viário assenta na definição de uma estrutura principal, associada a um núcleo central ajardinado, que estabelece a ligação com a malha existente garantindo um circuito contínuo, e de uma estrutura secundária, associada aos acessos dos restantes conjuntos habitacionais, com as ruas à cota do passeio, organizadas por separadores ajardinados. Esta estrutura secundária, que desenhará a ampliação a sul do bairro, hierarquiza a malha atribuindo às ruas, sem saída, um carácter mais reservado e de apoio local, privilegiando o espaço e uso pedonal. Este princípio anuncia um desenho de compromisso, entre o modelo urbano tradicional e a cidade funcional de Le Corbusier (CIAM V, 1933), cruzando a definição da unidade quarteirão com um espaço público envolvente hierarquizado funcionalmente, oferecendo áreas predominantemente de uso pedonal independentes da circulação automóvel de atravessamento, isto é, de ligação à estrutura viária existente.

O tema da natureza, associado ao bairro habitacional, com matriz no lote individual, remete para os estudos de Le Corbusier e Pierre Jeanneret para o Bairro de Pessac, em Bordéus, de 1925-28. A concepção de uma quadrícula que desalinha os diversos quarteirões, de forma a enquadrar o vazio do logradouro e a valorizar os respectivos jardins – arborização e vegetação –, desenha um sistema visualmente aberto, utilizando o domínio privado como elemento de composição do público, ou seja, a matriz da cidade tradicional e seus elementos colocados ao serviço dos princípios do urbanismo moderno. Neste desenho de compromisso, a condição da cidade do Porto é, também, influência determinante, sobretudo a sua morfologia urbana de quarteirões constituídos por lotes estreitos e profundos ocupados perifericamente, libertando o interior para jardins particulares que, devido aos muros de meação de baixa altura, transforma o jardim privado num enorme espaço de usufruto visual colectivo. A reinterpretação desta matriz local permite um novo equilíbrio entre o uso individual e o usufruto colectivo, mantendo as premissas da cidade tradicional.

O Bairro de Moradias Económicas da Cooperativa O Lar Familiar, informado pelas experiências modernas do centro europeu, assenta na continuidade da estrutura da cidade tradicional – a afirmação do quarteirão e da rua – e reformula o discurso oficial do Estado Novo para os Bairros Económicos, mantendo as premissas programáticas da habitação individual com jardim, mas transformando o seu modelo urbano. A representação da individualidade, implícita nos modelos oficiais, é reformulada num claro diálogo entre o significado do espaço público e do espaço privado, conferindo um novo sentido à urbanidade do colectivo. Esta lição de compromisso, de fertilização recíproca, indica um caminho alternativo de resposta às questões principais que o urbanismo colocava sem percorrer um caminho único da ortodoxia dos modelos do moderno. A concretização do projecto estender-se-á no tempo com o licenciamento de várias fases e respectivas construções a prolongarem-se durante 12 anos, terminando o processo com o pedido de legalização de parte da construção em 1962. No entanto, o tempo e o ritmo de execução não comprometeram as leituras autorais de continuidade urbana e arquitectónica pretendidas para o conjunto, com destaque para os temas de concepção e de composição subjacentes ao processo de desenho de Mário Bonito.

HELDER CASAL RIBEIROArquitecto. Professor Auxiliar FAUP. Investigador CEAU, FAUP.

AFFORDABLE HOUSING ESTATE OF THE COOPERATIVE “O LAR FAMILIAR”

In 1950, 29-year-old architect Mário Bonito faced the possibility of designing an affordable housing estate for a lot in the western part of the city, promoted by the housing cooperative O Lar Familiar. The initiative aimed for maximum economical profitability and the design was restricted through an imposed single-family typology and the specific characteristics of the location – its configuration, placement and topography. The plot, an irregularly shaped rugged terrain, was located in an agricultural transition area, bordered by lots facing Avenida da Boavista to the North, the Rua Ciriaco Cardoso to the East, the rural calibre Travessa de Cima to the West and farming fields to the South. The intervention area, with no direct connection to public space, introduced two key urban issues to be solved by the design: creating new street fronts to cover backyard walls and setting new links between the existing road structure and the new urban layout in two opposite points.

The placement and volumes of the housing complex are structured following an urban model of a regular grid of blocks with two types of terraced, single-family two-story houses, thus guaranteeing separate property units while forming a cohesive ensemble through formal composition principles. The housing units stand out for their rational functional organization, the façade configuration resorting to the individualization of architectural elements, the thoroughness in solving the connection between ground floor and public space and the role of the upper edge of the façade in the scale and continuity of the street front. The urban character and building setting principles, in blocks of two-story terraced houses, clearly recall J.J.P. Oud’s design for the Kiefhoek Estate, in Rotterdam (1925-29). The road layout is organized in two structures, a main one surrounding a central landscaped nucleus and establishing a continuous circuit in connection with the existing urban grid, and a secondary structure of shared use roads, organized by landscaped barriers, that establish the accesses to the remaining housing units. This secondary structure will be used in the estate’s extension towards South, defining a hierarchical grid by assigning a more reserved and local character to the impasse roads, favouring pedestrian use. This design indicates a principle of compromise between the traditional urban setting and the functional city of Le Corbusier (CIAM V, 1933), crossing the affirmation of the block unit with a functionally hierarchical surrounding public space, creating areas of predominant pedestrian use independent from the crossing traffic connection to the existing urban grid.

The theme of nature within the housing estate’s individual plots evokes the studies by Le Corbusier and Pierre Jeanneret for the Pessac Estate, in Bordeaux (1925-28). The creation of a grid that displaces the various blocks in order to frame the empty backyards, upgrading the respective gardens – trees and vegetation –, delineates a visually open system, using private domain as an element of public space composition, subjecting the traditional city matrix and its elements to the principles of modern urbanism. This design of compromise is also influenced by the city of Porto itself, specifically by its urban morphology of long, narrow plots with a peripheral occupation, freeing the interior areas for landscaping, transforming the private gardens in large areas of collective visual use with low height separating walls. A review of this local matrix establishes a new connection between individual use and collective fruition, while retaining the premises of the traditional city.

The Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”, while aware of the ongoing modern experimentation in Central Europe, establishes a continuity with the structure of the traditional city – claiming back the block and the street – and revises the official Estado Novo discourse on affordable housing estates by keeping with the principle of the single-family house with a private garden but transforming the urban model. The affirmation of individuality, implicit in the official models, is reconsidered in the clear dialogue between private and public spaces, setting a new meaning for the collective urbanity. This lesson in compromise and reciprocal fertility indicates an alternative response to major questions addressed then by urban design, refusing a single path of orthodox modern models. The implementation of the design will linger in time, as several phases and their respective constructions extended through 12 years until authorization for use was issued in 1962. The time and rhythm of the concretization did not compromise the author’s view for the ensemble’s urban and architectural continuity, highlighting Mário Bonito’s design process and its recurring themes of concept and composition.

HELDER CASAL RIBEIROArchitect. Assistant Professor FAUP. Researcher CEAU, FAUP.

Cadernos de Habitação n.º 003. Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoCadernos de Habitação n.º 003. Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

CDH 003 CADERNOS DE HABITAÇÃO n.º 003CDH 003

TÍTULOTITLEBAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)MdH Mapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)

CoordenaçãoEditorsMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias Silva

InvestigadoresResearchersMarta RochaEliseu GonçalvesSérgio Dias SilvaLuísa Sousa RibeiroMaria TavaresSara Martins

ArtigoArticleHelder Casal Ribeiro

TradutorTranslatorSérgio Dias Silva

DesenhosDrawingsSara Martins Luísa Sousa Ribeiro Marta Rocha

ProduçãoProduced by MdH

Mentor MentorCarmen Espegel Alonso, ETSAM-UPM

Design gráfico original Original graphic designGIVCO, ETSAM-UPM

Apoio editorialEditorial supportDaniel Movilla Vega, ETSAM-UPMLeandro Medrano, FAUUSPLuiz Recaman, FAUUSP

ISBN 978-989-8527-24-0 (edição impressa)978-989-8527-34-9 (edição digital)

© da edição: FAUP© dos desenhos: MdH© dos textos: autores© das imagens: autores e arquivos

Os CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) decorrem de um acordo de cooperação entre o MdH (FAUP-CEAU/FCT), o GIVCO (ETSAM-UPM) e o PC3 (FAUUSP) que resultou na elaboração da versão portuguesa dos “Cuadernos de Viviendas”, originalmente desenvolvidos pelo GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, cuja Inves-tigadora Responsável é a Prof. Carmen Espegel Alonso. Esse acordo visa a sistematização de infor-mações sobre edifícios de habitação coletiva, que ficarão disponíveis para investigadores, arquitectos, instituições públicas e outros interessados.

The CADERNOS DE HABITAÇÃO (CDH Portugal) emerged from a cooperation agreement between MdH (FAUP-CEAU/FCT), GIVCO (ETSAM-UPM) and PC3 (FAUUSP) researchers which led to the portu-guese version of “Cuadernos de Viviendas”, origi-nally published by GIVCO – Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva, with the supervision of the Main Research Prof. Carmen Espegel Alonso. The aim of this agreement is to systemize information on collective housing which will be made available to researchers, architects, public organizations and other interested parties.

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃORESEARCH PROJECT

MdHMapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974)é um Projeto de Investigação desenvolvido no âmbito do grupo Atlas da Casa [AdC], um dos grupos de investigação do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo [CEAU] na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto [FAUP].

MdHMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974)is a Research Project carried out within Atlas da Casa [AdC], one of the research groups of Center for Architecture and Urban Studies [CEAU] at Faculty of Architecture, University of Porto [FAUP].

FINANCIAMENTOFUNDINGPT2020-PTDC/CPC-HAT/1688/2014

SITEwww.mappingpublichousing.up.ptwww.mapadahabitacao.arq.up.pt/en/

INSTITUIÇÃO PROPONENTEHOST INSTITUTIONUniversidade do Porto [UP] Faculdade de Arquitectura [FAUP]

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTESPARTICIPANT INSTITUTIONS

Universidad Politécnica de MadridEscuela Técnica Superior de Arquitectura Grupo de Investigación en Vivienda Colectiva [GIVCO]

Universidade Nova de Lisboa [UNL]Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [FCSH]Instituto de História Contemporânea [IHC]

Universidade do Porto [UP]Faculdade de Letras [FLUP] Instituto de Sociologia [ISUP]

EQUIPA MdHMdH TEAM

[FAUP | CEAU / FCT]Rui J. G. Ramos (Investigador Responsável) Eliseu Gonçalves (Coordenador)Gisela Lameira (Bolseiro de Investigação) Luciana Rocha (Bolseiro de Investigação) Luísa Sousa Ribeiro (Bolseiro de investigação) Maria TavaresMarta RochaRaquel Geada PaulinoSérgio Dias Silva (Bolseiro de Doutoramento) Teresa Cálix

[ETSAM | GIVCO]Carmen Espegel AlonsoDaniel Movilla Vega

[UNL | IHC-FCSH]Fernanda Ribeiro Maria Fernanda Rollo

[FLUP | ISUP]Virgílio Borges Pereira

CONSULTORES MdHMdH PROJECT CONSULTANTS

[UMR | AUSser] Monique Eleb Jean-Michel Léger

[USL | AUHG]Mark Swenarton

PRESTADORES DE SERVIÇOSSERVICE CONSULTANTSCristina AmilLuís UrbanoSara MartinsSilvano Rego

SELECÇÃO BIBLIOGRÁFICASELECTED BIBLIOGRAPHY

2001COSTA, Jorge, 2001– "Bairros do Estado Novo 1933-1958". In FIGUEIRA, Jorge; PROVIDÊNCIA, Paulo; GRANDE, Nuno (coord.) – Porto 1901-2001, Guia de arquitectura moderna. Porto: Ordem dos Arquitectos SRN; Civilização, 2001.

SILVA, Vera dos Santos e – O papel das cooperativas na construção de habitação no Porto entre 1933 e 1956. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2011. (Dissertação de Mestrado Integrado).

2013RIBEIRO, Helder Casal – A experimentação do Moderno na obra de Mário Bonito: um processo de desenho do anos 40 a 60. Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2013. (Tese de Doutoramento).

2019 RAMOS, Rui J.G., PEREIRA, Virgílio Borges, ROCHA, Marta e SILVA, Sérgio Dias (coord.) – Contexto Programa Projeto: Arquitetura e Políticas Públicas de Habitação. Porto: Universidade do Porto – Faculdade de Arquitectura, Projeto de Investigação (FCT) Mapa da Habitação, 2019 [edição digital].

IMAGENSIMAGES

© Arquivo da Família de Mário Bonito

Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

CDH 003Mapa da Habitação: Reflexão crítica sobre a arquitectura habitacional apoiada pelo Estado em Portugal (1910-1974). Faculdade de Arquitectura da Universidade do PortoMapping Public Housing: A critical review of the State-subsidized residential architecture in Portugal (1910-1974). Faculty of Architecture, University of Porto

Mário Bonito | Porto, 1950-1962

BAIRRO DE MORADIAS ECONÓMICAS DA COOPERATIVA “O LAR FAMILIAR”Affordable Housing Estate of the Cooperative “O Lar Familiar”

CDH 003