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CADERNOS DA EDITORIAL DEZEMBRO 2019 Po A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER EM PORTALEGRE PRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO

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CADERNOSDA EDITORIAL

DEZEMBRO 2019

PortuguesaCaritas´

A ALIANÇA DOPENSAR E DO FAZEREM PORTALEGREPRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

EDITORIAL CÁRITAS Praça Pasteur, nº 11 — 2.º, Esq. | 1000 –238 [email protected] | Tel. +351 911 597 808, fax. +351 218 454 221

CADERNOS DA EDITORIALOrganizaçãO: Paulo NevesPaginaçãO: Rita Gomes

ÍNDICE

A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER EM PORTALEGRE 3

PRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO 10

CERIMÓNIA DE ENTREGA DO PRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO 12

O LIVRO “ENVELHECIMENTO ATIVO ‑ CAPACITAÇÃO PELAS UNIVERSIDADES DA TERCEIRA IDADE” 14O livro e a sua autoraApresentação do livro pela orientadora da teseApresentação do livro pela autora

À CONVERSA COM PATRÍCIA ROSADO 28Autora do livro “Envelhecimento Ativo ‑ Capacitação pelas Universidades da Terceira Idade

À CONVERSA COM LUÍSA CARVALHO 31Subdiretora da Escola de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre e orientadora da tese

À CONVERSA COM LUÍS CARLOS LOURES 34Vice ‑Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre

À CONVERSA COM ELICÍDIO BILÉ 37Presidente da Direção da Cáritas Diocesana de Portalegre ‑Castelo Branco

À CONVERSA COM ANTÓNIO LAGE RAPOSO 40Coordenador da Editorial Cáritas

TÍTULOS PUBLICADOS 42

O Auditório da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portale­gre, acolheu, no passado dia 10 de dezembro, a Sessão “A aliança do Pensar e do Fazer” que se centrou na Cerimónia de entrega do Prémio João Serra Bonacho, na sua terceira Edição. Esta Sessão foi organizada em parceria entre a Editorial Cáritas, a Cáritas Diocesana de Portalegre­­Castelo Branco e a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do

A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER EM PORTALEGRE

«Neste sentido, perante um território marcado por um forte envelhecimento, apelou aos alunos de Serviço Social presentes a reforçarem a sua preocupação com estas temáticas...»

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

“terceira” edição, resultando na publicação de “três” livros de estu­dantes da Escola que dirige, que implicou um júri composto por “três” elementos, tantos quantas as instituições envolvidas, pelo que todos saem valorizados e ajudando a afirmar a Escola e a região.De seguida, Elicídio Bilé, Presidente da Direção da Cáritas Diocesana de Portalegre/Castelo Branco, depois de saudar todos os pre­sentes e de felicitar a premiada e a sua orientadora, salientou as mais valias que o Protocolo estabelecido entre as três entidades envolvidas tem constituído para a Cáritas Diocesana de Portalegre/Castelo Branco, concretamente, para o desenvolvimento de relações sadias a nível institucional com o Instituto Politécnico de Portalegre, para a concretização de estágios curricu­lares no contexto da Cáritas, para o desenvolvimento do voluntariado local, para o enriquecimento da sua biblioteca e, consequentemente, para o desenvolvimento do terri­tório. Além disso, aproveitou para

recordar, de uma forma sucinta, alguns traços biográficos da perso­nalidade que dá nome ao Prémio, João Serra Bonacho, alguém muito próximo no tempo e que é uma referência para todos a nível do empenhamento social e associativo em Portalegre.

Instituto Politécnico de Portalegre e contou com a presença de vários professores do respetivo Instituto, alguns familiares e amigos da autora premiada, bem como alguns alunos, sobretudo do curso de Serviço Social, num total de cerca de cin­quenta pessoas.

Na mesa da sessão de abertura tomaram parte Fernando Rebola, Diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre; Elicídio Bilé, Presidente da Direção da Cáritas Diocesana de Portalegre­­Castelo Branco; António Lage Raposo, Coordenador da Editorial Cáritas; e Luís Carlos Loures, Vice­­Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre.Fernando Rebola, Diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, depois de saudar todos os presentes, felicitou a feliz Par­ceria entre as três entidades refe­rindo a mais valia da mesma para a academia. Além disso, felicitou também a premiada com o Prémio João Serra Bonacho, nesta sua ter­ceira Edição, Patrícia Rosado, bem como a respetiva orientadora da tese elaborada. Fernando Rebola aproveitou para salientar o número “três”, já que estamos perante uma parceria entre “três” instituições, com um Prémio que vai já na sua

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

Por sua vez, António Lage Raposo, Coordenador da Editorial Cáritas, para além de saudar todos os pre­sentes e de felicitar a premiada e a sua orientadora, referiu ­se à identi­dade e missão da Editorial Cáritas, aos livros publicados e às sessões

realizadas até ao momento, bem como ao caráter pioneiro, a nível nacional, da “Aliança do Pensar e do Fazer” em execução no Instituto Politécnico de Portalegre. Como tal aproveitou o momento para lançar o repto de um novo formato de Sessões deste cariz, a articular entre os diversos parceiros, o qual foi, desde logo, aceite pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre.Por fim, Luís Carlos Loures, Vice­­Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, depois de uma sau­dação inicial a todos e de felicitar tosos os envolvidos nesta Sessão, salientou a preocupação do Insti­tuto Politécnico de Portalegre asso­ciar o Pensar e o Agir, ou seja, rela­cionar a academia com a prática e com o território envolvente. Neste sentido, perante um território mar­cado por um forte envelhecimento, apelou aos alunos de Serviço Social presentes a reforçarem a sua preo­cupação com estas temáticas, inclu­sive com as terminologias utilizadas

neste âmbito, para que este tempo da vida seja tão natural como os demais. Além disso, reforçou o acompanhamento feito aos alunos pelos professores, a começar pela orientadora desta tese, em ordem

ao desenvolvimento de trabalhos e de percursos de vida com qualidade.Após a Sessão de abertura, foi apre­sentado o livro “Envelhecimento Ativo ­ Capacitação pelas Universi­dades da Terceira Idade”, pela autora, Patrícia Rosado, e pela sua orienta­dora, Luísa Carvalho que merecerão especial relevo nas páginas seguintes. Entretanto, Alexandre Martins, pro­fessor da área da Sociologia da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, enquanto membro do Júri do Concurso que levou à atribuição do III Prémio João Serra Bonacho, teve oportunidade de salientar, na perspetiva do júri, quais os critérios que justificaram a escolha deste tra­balho agora apresentado em livro.Seguiu ­se uma breve Cerimónia de entrega do Prémio João Serra Bona­cho à Patrícia Rosado, autora da tese vencedora, através da publicação da respetiva tese e da atribuição de um Diploma evocativo do momento. Além disso, foi também agraciada com um Diploma a orientadora da tese, Luísa Carvalho.

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

Por fim, Fernando Rebola, Diretor da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Poli­técnico de Portalegre; Elicídio Bilé, Presidente da Cáritas Diocesana de Portalegre ­Castelo Branco; e António Lage Raposo, Coorde­nador da Editorial Cáritas, depois de manifestarem o seu contenta­mento e agradecimentos mútuos

pela Sessão realizada, anunciaram o lançamento da IV Edição do Pré­mio João Serra Bonacho lançando, desde logo, o desafio aos alunos e professores presentes, sobretudo, aos professores coordenadores dos cursos, no sentido de estarem atentos ao potencial que esta ini­ciativa representa para todos os envolvidos.

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

Portalegre, serviu o Exército Por­tuguês, em Angola, desempenhou funções no Governo Civil de Por­talegre, trabalhou na Banca, tendo terminado a carreira profissional em janeiro de 2001, como gerente ban­cário. Foi destacado dirigente des­portivo durante 30 anos da sua vida, tendo desempenhado vários cargos diretivos em clubes de futebol e na Associação e Futebol de Portalegre. Pela sua dedicação à causa despor­tiva, como dirigente, foi agraciado com o grau de Sócio Honorário, da Associação de Futebol de Por­talegre. A partir de 1980, data em que foi criada a CERCIPORTALE­GRE – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades, João Serra Bonacho, desempenhou diversos cargos: Tesoureiro (1982–1984) e Presi­dente da Direção de 2004 até à data do seu falecimento (25/08/2014) tendo sido grande impulsionador das suas atividades, sempre preocu­pado com o bem­estar dos utentes da Instituição, das condições de trabalho dos colaboradores e da prestação dos serviços sociais nas

áreas da Educação, Reabilitação, For­mação, Ocupação e Lar Residencial. Na Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco, pertenceu aos órgãos sociais, como Presidente do Conselho Fiscal, desde 01/01/2004, até à data do seu falecimento.Através deste Prémio, a Cáritas Diocesana e o IPP criam condições para incentivar os alunos da ESECS a desenvolverem processos de inves­tigação/ação na área social, os quais beneficiarão a Escola, as Instituições Sociais e os beneficiários da ação social, sobretudo os mais carentes, que vivem na sua área de influência.Assim, o Prémio Serra Bonacho cumpriu já a sua terceira edição e foi, desde já, lançado o processo que levará á concretização da sua quarta edição.

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PRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO

O Protocolo de cooperação cele­brado, no dia 20 de outubro de 2016, entre a Cáritas Diocesana de Por­talegre – Castelo Branco, a Cáritas Portuguesa e a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Portale­gre (IPP), tem em vista aprofundar o estudo das matérias sociais, pas­sando pela atribuição de um prémio que se traduz na edição, em livro, da melhor tese de Mestrado na área de investigação em Serviço Social da ESECS.Nos termos deste Protocolo, com­petia à Cáritas Diocesana escolher a personalidade, cujo nome designaria

o prémio a atribuir. Nesse sentido foi instituído o “Prémio João Serra Bonacho”, tendo em conta a sua dimensão humana e o contributo que, em termos sociais, dedicou à causa dos mais frágeis do conce­lho de Portalegre colaborando em diversas iniciativas de carácter cívico e humanitário, com um elevado sen­tido caritativo e solidário.Recordando esta personalidade, João Serra Bonacho é natural de São Salvador da Aramenha, Conce­lho de Marvão, onde nasceu no dia 01/09/1942 e faleceu em Portalegre, onde viveu a maior parte da sua vida, no dia 25/08/2014. Estudou em

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A ALIANÇA DO PENSAR E DO FAZER

Cerimónia de entrega do III Pré­mio João Serra Bonacho a Patrícia Rosado, autora da tese intitulada “Envelhecimento Ativo ­ Capacita­ção pelas Universidades da Terceira Idade”; na Sessão realizada para o efeito, através da atribuição de um Diploma evocativo do momento e da publicação da respetiva tese.Foi ainda atribuído um diploma à orientadora da tese, professora Luísa Carvalho.

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CERIMÓNIA DE ENTREGA DO PRÉMIO JOÃO SERRA BONACHO

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APRESENTAÇÃO DO LIVRO PELA ORIENTADORA DA TESE“A obra “Envelhecimento Ativo – Capacitação pelas Universidades da Terceira Idade” resulta da investiga­ção realizada pela Patrícia Rosado, para obtenção do grau de mestre em Gerontologia – Ramo Social, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Insti­tuto Politécnico de Portalegre (IPP), em 2018.O percurso académico da Patrícia Rosado, a sua caminhada na ESECS, no IPP, teve início em 2012, com a frequência da licenciatura em Ser­

viço Social. Tive oportunidade de conhecer a Patrícia no seu 2.º ano de curso de licenciatura, em 2014, quando optou por uma unidade curricular de escolha pessoal que eu lecionava então. Desde logo, se evidenciou o interesse da Patrícia pelas questões de natureza educa­tiva e do seu complemento ao nível do Serviço Social.Em 2015, os nossos percursos cruzaram ­se novamente, desta feita com a frequência do mestrado, e aí, sim, tive oportunidade de conhecer em maior detalhe a Patrícia, a sua capacidade de trabalho, de organi­

O LIVRO E A SUA AUTORAPatrícia Isabel Borbinha Rosado é natural de Elvas, distrito de Portale­gre, nasceu no dia 25 de março de 1992. É licenciada em Serviço Social desde julho de 2015 e mestre em Gerontologia − Ramo de Especializa­ção Social, desde 04 de julho de 2018.Iniciou o seu percurso profissio­nal como professora voluntária na Universidade Sénior de Elvas. Atualmente, é Técnica Superior de Serviço Social na Associação Por­tuguesa de Apoio e Reabilitação Sénior de Intervenção Neurológica (APARSIN). Fez parte da organi­zação do projeto “Cuida de Mim” desenvolvido pela APARSIN.

Foi membro da Equipa da Comissão Organizadora do II Congresso Ibé­rico de Doenças Neurológicas: Visão Multidimensional Esclerose Múltipla e Esclerose Lateral Amiotrófica, organi­zado pela APARSIN, SPEM ­Delegação de Portalegre, Universidade de Évora e pela Universidade de Extremadura.

O LIVRO “ENVELHECIMENTO ATIVO ‑ CAPACITAÇÃO PELAS UNIVERSIDADES DA TERCEIRA IDADE”

Patrícia Rosado é natural de Elvas, distrito de Portalegre, nasceu no dia 25

de março de 1992. É licenciada em Serviço Social desde julho de 2015 e mestre

em Gerontologia – Ramo de Especialização Social, desde 04 de julho de 2018.

Iniciou o seu percurso profissional como professora voluntária na Universidade

Sénior de Elvas. Atualmente, é Técnica Superior de Serviço Social na Associação

Portuguesa de Apoio e Reabilitação Sénior de Intervenção Neurológica

(APARSIN). Fez parte da organização do projeto “Cuida de Mim” desenvolvido

pela APARSIN.

Foi membro da Equipa da Comissão Organizadora do II Congresso Ibérico

de Doenças Neurológicas: Visão Multidimensional Esclerose Múltipla e

Esclerose Lateral Amiotrófica, organizado pela APARSIN, SPEM ‑Delegação

de Portalegre, Universidade de Évora e pela Universidade de Extremadura.

Patrícia rosado

capacitação pelas universidades

da terceira idade

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ENVElhECIMENTOATIVO

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ISBN 978-972-9008-73-3

ISBN: 978‑972‑9008‑73‑3

Manual de Identidade Visual Corporativa

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ARQUIDIOCESANA DE

BragaCaritas´

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ÉvoraCaritas´

D I O C E S A N A D O S

AçoresCaritas´

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PortoCaritas´

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GuardaCaritas´

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LisboaCaritas´

D I O C E S A N A D O

FunchalCaritas´

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Portalegre eCastelo Branco

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D I O C E S A N A D E

Viana do CasteloCaritas´

D I O C E S A N A D E

Vila RealCaritas´

D I O C E S A N A D E

ViseuCaritas´

D I O C E S A N A D E

Bragança- Miranda

Caritas´

D I O C E S A N A D E

Leiria- Fátima

Caritas´

D I O C E S A N A D E

AveiroCaritas´

D I O C E S A N A D E

SantarémCaritas´

D I O C E S A N A D E

SetúbalCaritas´

D I O C E S A N A D E

CoimbraCaritas´

D I O C E S A N A D E

BejaCaritas´

D I O C E S A N A D E

LamegoCaritas´

Cáritas Diocesanas

O logótipo Cáritas poderá ser adaptado

ás Cáritas Diocesanas, tendo em conta a

formatação especificada:

Diocesana de | Arquidiocesana de = Garamond Pro Italic

Nome da Cidade = Garamond Pro Bold Italic

(alinhamento à esquerda).

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zação, o seu envolvimento. Rapida­mente me apercebi da capacidade de flexibilidade, de adequação, da Patrícia, a diferentes contextos e temáticas, talvez decorrente da pró­pria natureza do Serviço Social e da Gerontologia (Social/Educativa). Muito cedo, a autora percebeu que queria desenvolver a sua dissertação na área de Gerontologia Educativa, já com algumas ideias acerca da temá­tica que pretendia levar a cabo, com os normais avanços e recuos, até à

delimitação do estudo que deu ori­gem ao livro. O tema selecionado pela Patrícia é de grande pertinência e atualidade considerando o envelhecimento da população. Trata ­se de uma temá­tica muito debatida, por exemplo, na comunicação social, mas, e mais importante, de destacar a crescente preocupação que se tem eviden­ciado ao nível da investigação em torno desta temática, o que não será certamente alheio ao facto de Portugal ser um dos países mais envelhecidos do mundo. Os dados estatísticos apontam mesmo para o facto de Portugal ser o quinto país mais envelhecido do mundo (Euromonitor International, 2019), perspetivando ­se que, em trinta anos, ocupe o primeiro lugar do “ranking”. Nos concelhos do inte­rior do país, os valores são particu­larmente elevados, destacando ­se, a este nível, a região Alentejo, fruto da conjugação de diferentes variáveis, que são explanadas na presente obra. O facto de o nosso país ser um “país grisalho” traz consigo um conjunto

de dificuldades, mas também de desafios e potencialidades. Estamos longe de nos situar apenas ao nível da necessidade de assegurar equipa­mentos, como estruturas residen­ciais para idosos. Os nossos idosos vivem mais anos e, embora em situa­ções diversificadas, muitos possuem interesses e necessidades diferentes daqueles que tendencialmente se verificavam há algumas décadas. Perante este cenário foram surgindo, em Portugal, as universidades da ter­ceira idade, crescendo o seu número a cada ano, como dá conta a Rede de Universidades da Terceira Idade

(RUTIS). Com uma forte aposta no processo de aprendizagem ao longo da vida, estas universidades incidem em diferentes vertentes, preocupando ­se com dimensões como o convívio, a cultura, o com­bate ao isolamento e a participação social.Foi neste contexto que emergiu a investigação que deu origem a este livro. Talvez fruto da sua formação inicial em Serviço Social, a autora manifestou, a priori, um forte inte­resse em cruzar a área social com a (da gerontologia) educativa, sendo seu intuito compreender a forma

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como as aprendizagens realizadas nas universidades da terceira idade se traduzem no quotidiano dos seniores, considerando os pilares do envelhecimento ativo (saúde, parti­cipação social e segurança). A importância das investigações nesta área continua a ser evidente e de extrema relevância. Ainda no mês passado, os Censos Sénior da GNR, deste ano, sinalizaram mais de 40 000 idosos a viverem sozinhos ou isola­dos em todo o país, reportando ­se os dados ao mês de outubro. Esses dados assumem ainda maior relevo

quando percebemos que o nosso distrito (Portalegre) é o quarto em que esta situação mais se verifica. No estudo desenvolvido pela Patrícia, a Universidade Sénior de Elvas (USE) emergia, sem dúvida, como uma fonte para a realização de novas aprendiza­gens, com todas as implicações que daí advêm, nomeadamente ao nível do envelhecimento ativo, mas um dos principais motivos para a fre­quência da USE e dos seus benefícios prendia ­se precisamente com o con­vívio e com o combate à solidão e ao isolamento. Um dos entrevistados, a

propósito da solidão e da frequência da USE, referia “quando abriu a Uni­versidade Sénior, eu tomei este obje­tivo de mudar a minha vida e foi um salto enorme, mudou radicalmente (…)” (Rosado, 2019, p. 118).De louvar, a especial preocupação em realizar a investigação, na região de onde é natural, onde cresceu e vive e onde, simultaneamente, desen­volve a sua atividade profissional; a autora foca o estudo, de forma muito particular, na Universidade Sénior de Elvas. Desde o início do projeto de investigação, a autora manifestou esta grande vontade de fazer incidir o seu estudo nesta universidade, com o intuito de poder conhecer melhor o seu funcionamento, mas também com o intuito de, eventualmente, poder vir a contribuir para a sua dinâ­mica. Evidencia ­se a ideia de devolver ao território o que aprendemos na nossa formação; de contribuir para o desenvolvimento do território atra­vés da investigação, representando precisamente: “a aliança do pensar e do fazer”. É frequente ouvirmos que os jovens partem e não voltam ou não têm oportunidade para o fazer.

Julgo ser de louvar quem se mantém e se preocupa em investigar no ter­ritório, para o conhecer, para poder agir e contribuir para a sua melhoria. Sei que esta foi e é uma preocupa­ção da Patrícia, quer na investigação desenvolvida, quer na sua atividade profissional e na de voluntariado. Quem conhece Elvas, rapidamente reconhecerá também o contexto em que foi tirada a fotografia da capa… Mais uma vez, houve a preocupação de deixar uma marca do território.Relativamente à obra em si, consta, primeiramente, uma síntese do estado da arte e, posteriormente, o estudo de campo em si. O enqua­dramento teórico resulta de uma profunda pesquisa bibliográfica sobre o tema, apresentada de forma clara e bem fundamentada em diferentes capítulos; procura também sistema­tizar o resultado de outras investi­gações já desenvolvidas, no nosso país, em torno das universidades da terceira idade. No estudo de campo, a autora dá conta das opções meto­dológicas, analisa de forma detalhada os dados recolhidos e discute ­os, efetuando um cruzamento muito

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consistente com o enquadramento teórico apresentado. Gostaria, a este nível, de destacar a forma como a Patrícia, com muito rigor, desenvol­veu o estudo de campo. Toda a recolha de dados foi cuida­dosamente pensada e equacionada, nomeadamente ao nível da comple­mentaridade dos instrumentos/téc­nicas de recolha de dados. A Patrícia questionava ­se muito, questionava­­me também a mim, sobre os vários caminhos possíveis e a forma de os percorrer… E metodologia é preci­samente isso, selecionar o “caminho para a realização de algo”, neste caso, para a realização de uma inves­tigação. As opções metodológicas decorreram, portanto, de um pro­cesso reflexivo e refletido.Do ponto de vista metodológico, a Patrícia, partindo de um estudo de cariz essencialmente qualitativo e optando pelo estudo de caso, ponde­rou os instrumentos, preocupando­­se com a complementaridade na recolha de dados e com a possibi­lidade de articular, neste caso, os dados colhidos por via da entre­vista com os recolhidos por meio

da observação. Evidenciou ­se, em todo o processo, uma grande preo­cupação em obter, com o máximo rigor, dados empíricos, fulcrais numa investigação desta natureza.Além disso, a Patrícia procurou uma maior aproximação e conhecimento do contexto, e das suas dinâmicas, integrando ­se na USE, enquanto professora voluntária… Ainda hoje continua! Penso que a permanência no contexto foi determinante para a qualidade do estudo. E, a este propó­sito, destaco também a importância do voluntariado, o que vem enalte­cer ainda mais o perfil e o percurso da autora. A Patrícia correu o risco de ter menor objetividade, aquando da recolha de dados, pelo seu envol­vimento, mas, em meu entender, tal não aconteceu. Sem perder o rigor e a objetividade, conseguiu, por um lado, um conhecimento detalhado do funcionamento do contexto e, por outro, equacionar e delinear com maior precisão as opções metodológicas, nomeadamente no que à adequação dos instrumentos/técnicas de recolha de dados e defi­nição da amostra diz respeito.

Se tivesse de destacar uma etapa do trabalho que foi desenvolvida com especial mérito, sem dúvida, selecionaria esta etapa de recolha e a análise/discussão dos dados. No livro não foi possível detalhar os procedimentos de análise de dados (que na dissertação constam em anexo), mas efetivamente foi uma etapa muito bem trabalhada pela Patrícia, apropriando ­se com muito, muito rigor do processo de análise de conteúdo. Aliás, esta dimensão foi também muito elogiada, aquando das provas públicas de defesa da dissertação e apresentada como um exemplo a seguir por outros inves­

tigadores que recorram à análise de conteúdo.A forma como o trabalho foi desen­volvido (com maturidade, dedicação, rigor, profissionalismo, sentido de ética) traduz ­se nesta obra, na qual a articulação entre as abordagens teórica, metodológica e empírica, se encontra bem conseguida, o que, quanto a mim, se reflete na quali­dade da obra.De destacar a importância do estudo, para o contexto das uni­versidades da terceira idade em geral, mas em particular para a uni­versidade onde foi desenvolvida a investigação, uma vez que a Patrícia,

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para além da análise e interpretação dos dados e discussão dos resul­tados, deixa também expressas, na obra, algumas pistas para reflexão e eventual intervenção, concretizando, mais uma vez, o preconizado: “a aliança do pensar e do fazer”.Considero tratar ­se de uma obra que pode servir de referência quer para profissionais na área social e na educativa, quer para investigadores, nomeadamente mestrandos que estão a desenvolver as suas investi­gações. Estamos perante uma obra que convida à leitura e à reflexão, que merece ser lida e partilhada. Foi um gosto trabalhar com a Patrícia. Tratou ­se de um percurso marcado pelo interesse, pela vontade de apren­der, no fundo, pautado pelos 4 pilares de aprendizagem que Jacques Delors preconizou (autor que a Patrícia refe­rencia no livro): aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver jun­tos e aprender a ser. Foi um privilégio de ter sido escolhida para ser orienta­dora da investigação que deu origem a esta obra… Parabéns à Patrícia pela edição deste livro… Para já, fica a sugestão de leitura!”

APRESENTAÇÃO DO LIVRO PELA AUTORA“Para mim é um privilégio receber este prémio. Este livro é o resultado de cerca de dois anos de investiga­ção. Na verdade, ter concluído esta etapa sozinha seria praticamente impossível, gostaria de expressar o meu reconhecimento a todos aque­les que, de alguma forma, estiveram ao meu lado e tornaram possível a realização desta investigação, agora em livro.Em primeiro lugar, agradecer à Pro­fessora Doutora Luísa Carvalho pela excelente orientação, disponibi­lidade e acompanhamento, e, acima de tudo, por todas as recomenda­ções, conhecimentos e sugestões que se tornaram cruciais durante todo este processo.Aos responsáveis pela Universidade Sénior de Elvas por ter aprovado a realização da investigação.Aos alunos e aos professores da Universidade Sénior de Elvas pela sua colaboração na recolha de infor­mações e pela disponibilidade no decurso da observação direta das diversas disciplinas.

Aos familiares, por todo o apoio, estímulo e compreensão durante todo este percurso.O presente livro surgiu de uma investigação realizada na Universi­dade Sénior de Elvas. Para a elaboração da mesma optou­­se pela temática da gerontologia educativa, mais especificamente da frequência e dinâmica das Universida­des da Terceira idade e seus impactos, uma vez que se constitui como uma problemática que me suscita bastante interesse, enquanto Assistente Social, Mestre em Gerontologia Social e como professora voluntária da USE.

Pretendeu­se com o desenvolvi­mento do presente estudo, dar mais um contributo para a investigação em torno destas organizações, no sentido de alargar o conhecimento que tem vindo a ser construído em torno da importância das UTI na vida de quem as frequenta.Como referi anteriormente, a inves­tigação assumiu como contexto empírico a Universidade Sénior de Elvas, mais especificamente o pólo de Elvas. A escolha por esta Univer­sidade da Terceira Idade foi moti­vada, por ser o pólo mais antigo, por ser também o que é frequentado

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capítulo (aprendizagem), e conside­rando os aspetos mencionados no capítulo anterior, procurou ­se anali­sar o conceito de aprendizagem ao longo da vida, de gerontologia edu­cativa e caracterizar as universida­des da terceira idade, em particular em Portugal, destacando­se alguns estudos acerca das mesmas. A segunda parte do livro é composta pelas opções metodológicas orienta­doras do estudo de campo. Ao nível do estudo empírico, privilegiou ­se a abordagem qualitativa, dado que esta possibilitou uma melhor com­preensão acerca dos contributos/benefícios que as atividades realizadas nas universidades seniores têm ao nível do envelhecimento ativo. Neste caso concreto, o tipo de estudo que melhor respondeu à investigação realizada foi, sem dúvida, o estudo de caso, uma vez que “o estudo de caso consiste no exame detalhado e completo de um fenómeno ligado a uma entidade social” (Fortin, 2009, p. 241). A nível da população alvo esta correspondeu aos alunos que se encontravam a frequentar a Univer­sidade Sénior em análise e aos pro­

fessores que lecionam as disciplinas disponibilizadas pela mesma, no ano letivo 2016/2017. Relativamente aos instrumentos de recolha de dados, a realização de entrevistas semiestru­turadas constitui ­se como o principal meio de colheita de dados utilizado na presente investigação. Neste sentido, foram efetuadas entrevistas junto de seis alunos (que frequentavam maior número de disciplinas) e de dois pro­fessores (com mais “tempo de ser­viço” na USE). No entanto, também se recorreu à técnica de observação nas diversas disciplinas lecionadas na USE.Segue­se a terceira parte do livro, que é constituída por dois capítulos, um em que se apresentam e ana­lisam os dados e o outro em que se discutem os resultados. Por fim, dão­se conta das considerações finais da investigação.Neste sentido, importa destacar que a realização desta investigação per­mitiu conhecer as motivações dos seniores para frequência da USE, identificar as aprendizagens realiza­das pelos indivíduos, compreender os benefícios das (novas) aprendi­zagens no quotidiano dos seniores,

por um maior número de alunos e pela sua localização geográfica, uma vez que se localiza na minha área de residência, o que facilitou a recolha de dados, de forma a que este pro­jeto pudesse ser realizado.Este estudo assumiu, assim, com objetivo compreender a forma como as aprendizagens realizadas na Universidade Sénior de Elvas se traduzem no quotidiano dos

seniores (saúde, participação social, segurança). O livro encontra­se estruturado em três partes: A primeira parte, onde é feito um enquadramento teórico, é composta em dois capítulos: no primeiro capítulo (envelhecimento) são abordados vários conceitos, tais como, envelhecimento indivi­dual, envelhecimento demográfico, envelhecimento bem­sucedido e envelhecimento ativo. No segundo

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dados recolhidos, do diálogo com os participantes no estudo. Para concluir, gostaria de referir que o desenvolvimento do presente estudo foi bastante gratificante, não só do ponto de vista pessoal,

mas também profissional, dado que permitiu constatar o modo como as aprendizagens realizadas na USE contribuem para a promoção de um envelhecimento ativo”.

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aferidas as alterações na vida dos indivíduos, entre outros aspetos.É fundamental salientar também que a participação na USE dá possibilidade de os seniores expressarem os seus pontos de vista, ideias e vivências o que contribui para a promoção de um sentimento de confiança a nível emocional e de valorização pessoal. O facto de os seniores, ao manifes­tarem os seus pensamentos, pode estar a contribuir para que sejam estabelecidas relações interpessoais dentro e fora do contexto da US.

A USE, para além de promover as relações interpessoais e sociais, via­biliza ainda a inclusão a nível cultu­ral, possibilitando o acesso a novas aprendizagens e conhecimentos acerca na sociedade atual, e contri­bui também para combater a solidão e o isolamento social que algumas pessoas idosas vivenciam.No final desta investigação, conside­rou ­se essencial expressar algumas sugestões para promover o trabalho desenvolvido na USE, que emergiram no decorrer da mesma, a partir dos

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expressar algumas sugestões para promover o trabalho desenvolvido na USE, que emergiram no decor­rer da mesma, a partir dos dados recolhidos, do diálogo com os par­ticipantes no estudo.

EC: Que contributos e benefícios pode apresentar este livro para a promoção de um “envelhecimento ativo”, mormente num território marcado por um forte envelheci‑mento demográfico?

Pr: Este livro poderá ser uma importante ferramenta para quem

queira aprofundar temática da gerontologia educativa, mais especi­ficamente da frequência e dinâmica das Universidades da Terceira idade e seus impactos. Com este livro pre­tendeu­se dar mais um contributo para a investigação em torno destas organizações, no sentido de alargar o conhecimento que tem vindo a ser construído relativamente à importância que as Universidades da Terceira idade têm na vida de quem as frequenta.Neste sentido, importa também destacar que esta investigação per­mite conhecer as motivações dos

EditOrial Cáritas (EC): Do livro “Envelhecimento Ativo ‑ Capaci‑tação pelas Universidades da Ter‑ceira Idade”, enquanto autora, que aspetos considera mais relevantes associados à sua forma e conteúdo?

PatríCia rOsadO (Pr): O livro encontra­se estruturado em três partes distintas. A primeira parte, onde é feito um enquadramento teórico, é composta por dois capítulos: no primeiro capítulo, mais direcionado para o envelheci­mento, são abordados vários con­ceitos, tais como, envelhecimento individual, envelhecimento demo­gráfico, envelhecimento bem­su­cedido e envelhecimento ativo. No segundo capítulo, mais direcionado

para a aprendizagem, e conside­rando os aspetos mencionados no capítulo anterior, procurou ­se ana­lisar o conceito de aprendizagem ao longo da vida, de gerontologia educativa e caracterizar as univer­sidades da terceira idade, em par­ticular em Portugal, destacando­se alguns estudos acerca das mesmas. A segunda parte do livro é com­posta pelas opções metodológicas orientadoras do estudo de campo. Segue­se a terceira parte do livro, que é constituída por dois capítu­los, um em que se apresentam e analisam os dados e o outro em que se discutem os resultados. Por fim, dão­se conta das consi­derações finais da investigação e considerou ­se ainda essencial

À CONVERSA COM

PATRÍCIA ROSADOAUTORA DO LIVRO “ENVELHECIMENTO ATIVO ‑ CAPACITAÇÃO PELAS UNIVERSIDADES DA TERCEIRA IDADE”

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seniores para frequência das Uni­versidades da Terceira idade, iden­tificar as aprendizagens realizadas pelos indivíduos, compreender os benefícios das (novas) aprendiza­gens no quotidiano dos seniores, entre outros aspetos.

EC: O que significa para si ter ven‑cido este Concurso que se traduziu na terceira edição do Prémio João Serra Bonacho?

Pr: Para mim é um privilégio rece­ber este prémio, pois este livro é o resultado de cerca de dois anos de investigação.Foi bastante gratificante ter desen­volvido esta investigação, não só do ponto de vista pessoal, mas também profissional, dado que permitiu constatar o modo como as aprendizagens realizadas nas universidades seniores contribuem para a promoção de um envelheci­mento ativo.No entanto, ter concretizado este projeto, agora em livro, sozinha seria praticamente impossível, por isso, gostaria de expressar o meu

reconhecimento a todos aqueles que, de alguma forma, estiveram ao meu lado e tornaram possível a realização desta investigação.Em primeiro lugar, agradecer à Professora Doutora Luísa Carva­lho pela excelente orientação, dis­ponibilidade e acompanhamento, e, acima de tudo, por todas as recomendações, conhecimentos e sugestões que se tornaram cruciais durante todo este processo.Agradecer também aos responsá­veis pela Universidade Sénior de Elvas por ter aprovado a realiza­ção da investigação. Aos alunos e aos professores da Universidade Sénior de Elvas pela sua colabo­ração na recolha de informações e pela disponibilidade no decurso da observação direta das diversas disciplinas. E aos meus familia­res, por todo o apoio, estímulo e compreensão durante todo este percurso.

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EditOrial Cáritas (EC): Do livro “Envelhecimento Ativo ‑ Capacita‑ção pelas Universidades da Terceira Idade”, resultante da tese de mes‑trado da aluna Patrícia Rosado, da qual foi orientadora, que aspetos considera mais relevantes associa‑dos à temática em causa e à forma do estudo realizado?

luísa CarvalhO (lC): Considero especialmente relevante a reflexão em torno da temática do envelhe­cimento, por se tratar de um tema atual, na nossa sociedade. Importa ter em conta que o perfil de quem envelhece é cada vez mais diferen­ciado, pelo que há necessidade de pensar em diferentes formas de (cor)responder, tendo em vista a

promoção de um envelhecimento ativo. Na sua investigação, a Patrí­cia centrou ­se numa das possíveis “respostas”, as universidades da terceira idade – também designadas por universidades sénior, academias sénior, … –, tentando problematizar esta realidade e estudar um caso específico, tendo optado por centrar o seu estudo numa universidade da terceira idade, situada na região Alentejo. Paralelamente, a Patrícia aborda a temática da aprendizagem ao longo da vida, mais especificamente, da gerontologia educativa que assume também grande relevância no nosso território. No fundo, a Patrícia procurou cruzar a forma como as aprendizagens realizadas em deter­

À CONVERSA COM

LUÍSA CARVALHOSUBDIRETORA DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE E ORIENTADORA DA TESE

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USE, precisamente pela vontade da autora aprofundar o conhecimento acerca deste contexto, para poder agir e contribuir para a melhoria do território, preconizando a “aliança do pensar e do fazer”.

EC: Como se sente enquanto orien‑tadora da tese premiada que se tra‑duziu na atribuição da III edição do Prémio João Serra Bonacho?

lC: Foi uma honra ter orientado o percurso de investigação da Patrí­cia e, sobretudo, ter trabalhado com a autora. Como referido antes, a colaboração é também uma das palavras ­chave que carac­teriza a forma como o trabalho se desenvolveu, nomeadamente da relação orientadora ­mestranda. Constitui ­se, no fundo, como um trabalho em equipa, em que a arti­culação das tarefas e das diferentes etapas do processo de investigação decorreu de forma natural e em perfeita sintonia e articulação. Foi um privilégio ter sido orientadora da dissertação de mestrado que deu origem a este livro.

Por fim, gostaria de reforçar que considero merecido, o prémio atribuído, constituindo ­se como uma forma de reconhecimento do produto final, mas, para mim, também, e especialmente, de reco­nhecimento e de louvor acerca do processo, da forma como todo o trabalho foi realizado, bem como do perfil da Patrícia, enquanto investigadora e enquanto pessoa. Não interessa apenas “chegar”, importa (re)conhecer o trajeto percorrido até à “meta”. Quanto a mim, pensar as questões sociais é precisamente ter em consideração também estas dimensões.

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minada universidade da terceira idade se traduzem no quotidiano dos seniores, ao nível dos três pila­res do envelhecimento ativo (par­ticipação social, saúde e segurança).A relevância e o impacto das univer­sidades da terceira idade têm sido destacados nos estudos publicados acerca desta temática. Os resultados da investigação que deu origem ao livro “Envelhecimento Ativo ­ Capa­citação pelas Universidades da Ter­ceira Idade” vão ao encontro dessas constatações, evidenciando o caso da Universidade Sénior de Elvas (USE) e da sua relevância no contexto.

EC: Que aspetos gostaria de salien‑tar relativamente à autora do livro e que orientou ao longo do seu per‑curso de desenvolvimento da tese?

lC: Talvez rigor seja a palavra que melhor caracteriza o percurso académico da autora, em particu­lar o de desenvolvimento da dis­sertação. Ao longo do mestrado, foi ­se evidenciando a capacidade de trabalho, de organização e de envolvimento da Patrícia. Em

simultâneo, destacou ­se a sua capa­cidade de flexibilidade, de ajuste a diferentes contextos e temáticas, quer no plano teórico, quer no prático. Outro aspeto a salientar diz respeito à criatividade…No fundo, podemos pensar o percurso da Patrícia como tendo sido pau­tado pelos 4 C’s de competências para o século XXI: o pensamento crítico – critical think (a sua capa­cidade reflexiva e de resolver pro­blemas); a criatividade (o pensar “fora da caixa”; o “fazer diferente” e de forma original); a colaboração (com os colegas ao longo do mes­trado e com os intervenientes na investigação, nomeadamente com os professores e alunos da USE e comigo, enquanto orientadora); a comunicação (a vontade de par­tilhar o aprendido; de discutir as etapas; de disseminar os resultados da investigação).Paralelamente, não poderia deixar de fazer referência ao interesse e preocupação da Patrícia pelo território Alentejo, em particular pela sua cidade (Elvas). O trabalho de investigação desenvolveu ­se na

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citando e reforçando a compe­titividade do tecido empresarial, e criando massa crítica capaz de funcionar como um catalisador do desenvolvimento regional, impul­sionando a qualidade de vida e, consequentemente, a atratividade do território, sempre de forma próxima e comprometida com todos os parceiros regionais.

EC: Que mais valias representa para o IPP esta parceria com a Editorial Cáritas e com a Cáritas Diocesana de Portalegre ‑Castelo Branco e que passa por uma “aliança entre o pensar e o fazer”?

lCl: Tal como referido anterior­mente, a proximidade e o traba­lho com os parceiros regionais e nacionais constituem fatores chave do desenvolvimento para o Politécnico de Portalegre. Assim sendo, a parceria com a Editorial Cáritas e com a Cáritas Diocesana de Portalegre ­Castelo Branco, revestem ­se de suma importância para o Politécnico, não só pelos objetivos que encerram em si mesmas, mas também porque constituindo a materialização de uma das missões do ensino supe­rior politécnico ­ a de ministrar um ensino eminentemente prático,

EditOrial Cáritas (EC): Enquanto Vice ‑Presidente do IPP, Escola de referência neste território, como vê o papel da academia na sua relação com esta área geográfica e, de um modo especial, com as instituições sociais que nela existem?

luís CarlOs lOurEs (lCl): O Poli­técnico de Portalegre desde cedo iniciou um intenso trabalho de cooperação com as várias institui­ções sociais tanto a nível regional como nacional, de tal forma que se constituiu, em novembro de 2011, como a primeira instituição de ensino superior portuguesa a conseguir a certificação do seu Sistema de Gestão da Responsabi­lidade Social, segundo o referencial

normativo NP 4469 ­1:2008. Este momento, de elevado significado, representou um marco importante na história da instituição e ampliou ainda mais a responsabilidade do nosso Politécnico para com todas as instituições sociais presentes no território de influência do Politécnico. Não obstante, o papel do Politécnico de Portalegre não se esgota apenas na área social. A sua atuação centrada no território do alto Alentejo, tem como obje­tivos promover não só os aspetos ligados ao ensino e formação, mas também à investigação, à inova­ção, e ao empreendedorismo, de modo a capacitar os mais jovens, ao mesmo tempo que potencia a formação ao longo da vida, capa­

À CONVERSA COM

LUÍS CARLOS LOURESVICE ‑PRESIDENTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

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baseado na investigação aplicada onde é possível aprender fazendo ­ permitem divulgar e perpetuar uma parte do muito que de bom se faz na área social ao nível da forma­ção avançada através da publicação de um livro resultante do trabalho de um dos nossos diplomados. A “aliança entre o pensar e o fazer”, pode aqui ser entendida como a personificação da forma de traba­lhar do Politécnico de Portalegre, uma aliança em perfeita simbiose, em prol do desenvolvimento da região e do país.

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EditOrial Cáritas (EC): A Cáritas Diocesana de Portalegre ‑Castelo Branco, em parceria com a Editorial Cáritas e com o Instituto Politéc‑nico de Portalegre, já procederam a três edições do Prémio João Serra Bonacho. Tendo em conta o per‑curso realizado, que balanço faz do desenvolvimento desta parceria?

EliCídiO Bilé (EB): Considerando o percurso realizado, desde o dia 20 de Outubro de 2016, data em que assinámos o protocolo celebrado entre a Editorial Cáritas, o Instituto Politécnico de Portalegre e a Cáritas Diocesana de Portalegre ­ Castelo Branco, o balanço que fazemos é muito positivo. A Cáritas Diocesana e o Instituto Politécnico já mantinham

uma estreita cooperação em diver­sos domínios, concretamente na área do voluntariado (a Cáritas coordena o Banco Local de Voluntariado de Portalegre e o Instituto possui uma bolsa de voluntariado), e também na área dos estágios curriculares que a Cáritas proporciona aos de alunos da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politéc­nico de Portalegre. Esta cooperação tem sido potenciada e sedimentada a partir da celebração do Protocolo de Cooperação, através da nossa participação nos eventos realiza­dos pelo Instituto Politécnico e da parceria que desenvolvemos com a organização de voluntariado inter­nacional promovido pela Caritas Diocesana e, dirigido, em particular, a

À CONVERSA COM

ELICÍDIO BILÉPRESIDENTE DA DIREÇÃO DA CÁRITAS DIOCESANA DE PORTALEGRE ‑CASTELO BRANCO

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alunos do Ensino Secundário e Supe­rior oriundos de diversas escolas da Estremadura Espanhola. O Instituto Politécnico faz o acolhimento dos voluntários espanhóis nas suas insta­lações para estudantes e confeciona as refeições. A Cáritas Diocesana organiza, com as Instituições do con­celho de Portalegre, o trabalho dos voluntários.Gostaria de salientar a boa relação existente com a academia do Instituto Politécnico e com as diversas Escolas que a compõem. Refiro ­me às rela­ções Institucionais com a Presidência do IPP, com os órgãos dirigentes e, em particular, com os Docentes das suas Escolas. Esta boa relação tem possibilitado a partilha de ideias que resultam em dinâmicas de atuação dos nossos grupos de ação social e são veiculo para o recrutamento de voluntários e de colaboradores.Também no âmbito da “Aliança do Pensar e do Agir” celebrámos “, na nossa Diocese em 2019, igual pro­tocolo de colaboração com o Insti­tuto Politécnico de Castelo Branco. Em janeiro de 2020 será lançada a primeira edição do concurso para

atribuição do Prémio José Guar­dado Moreira à melhor dissertação de mestrado de alunos da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

EC: E em relação ao futuro desta “Aliança”, que aspetos se poderiam ter mais em conta no sentido de ela aproximar mais o “pensar e o fazer”?

EB: Com base no que atrás refiro, o futuro desta cooperação, através desta “Aliança do Pensar e do Agir”, está garantida, tendo em conta diver­sos fatores que são evidentes: desde logo a criatividade com que a Edi­torial Cáritas tem dinamizado a sua atividade, fruto do excelente relacio­namento entre os membros da sua equipa e do dinamismo que o senhor Engenheiro António Raposo lhe imprime. Depois, porque a participa­ção ativa dos dois Institutos Politéc­nicos, é demonstrativa da aceitação das duas comunidades académicas e do envolvimento das Instituições e das comunidades locais de Portalegre e de Castelo Branco. Outro aspeto revela que o futuro desta “Aliança”

está garantido, de que é exemplo a aceitação, que já foi feita, em relação ao repto lançado pela Editorial Cári­tas ­ Um dia Cáritas no Instituto Poli­técnico de Portalegre ­ a programar já no próximo ano. Também a aceitação por parte da Escola Superior de Edu­cação e Ciências Sociais do IPPorta­legre, em desenvolver nas Instalações da Escola a Formação “Stress e Bur­nout em Profissionais do Trabalho Social – Perceções e Desafios”. Esta formação enquadra ­se no âmbito de uma problemática de grande perti­nência para técnicos de IPSS’s, pro­movendo competência no âmbito da sua perceção e da forma de lidar com ela, em ordem a desempenhos mais eficientes e eficazes.

Para que esta formação, proposta pela Editorial Cáritas, se torne mais apelativa, a ESESC está a diligenciar a certificação deste curso junto dos serviços do Ministério da Edu­cação. A Cáritas Diocesana proce­derá ao recrutamento dos forman­dos, numa primeira fase, através de uma reunião com a Rede Social de Portalegre, para envolver o maior número de Instituições.Pela atividade já concretizada, e pelo êxito que obteve manifesto na parti­cipação ativa das entidades envolvidas, dos alunos e dos professores, sobre­tudo dos orientadores das disserta­ções de mestrado, considero que está consolidado o caminho para o futuro desta “Aliança do Pensar e do Agir”.

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EditOrial Cáritas (EC): A Cáritas Portuguesa, através da Editorial Cáritas, estabeleceu um Protocolo com a Cáritas Diocesana de Por‑talegre e com a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Portalegre, que prevê a publicação da melhor tese de mestrado na área das ciên‑cias sociais e humanas realizada, em cada ano letivo, neste Instituto, traduzindo ‑se recentemente na atribuição da III edição do Prémio João Serra Bonacho. Enquanto Coordenador da Editorial Cáritas, qual a importância que atribui a esta iniciativa denominada “Aliança do Pensar e do Fazer”?

António Lage Raposo (ALR): Do lado da Cáritas há três preocupa­ções fundamentais a que este pro­grama pretende dar resposta. Uma é estimular a investigação nas áreas da sua atuação. As intervenções na área social têm de ser feitas com a maior competência possível pelo que exige o permanente aprofun­damento dos conhecimentos pelo estudo dos métodos e práticas levadas a efeito, o que só é atingível com a investigação levada a efeito nos centros próprios, utilizando metodologia rigorosa adentro do ambiente de cultura científico. Assim o nosso propósito é esti­mular o interesse dos estudantes

À CONVERSA COM

ANTÓNIO LAGE RAPOSOCOORDENADOR DA EDITORIAL CÁRITAS

pelas temáticas inerentes a estas atividades. Outra é fazer chegar aos grupos de profissionais e volun­tários, que se dedicam e aplicam no trabalho real de ordem social os conhecimentos que vão sendo desenvolvidos nomeadamente através da publicação dos referidos estudos. Em terceiro lugar estabe­lecer espaços de contato e diálogo de saberes entre os dois universos, o do desenvolvimento dos conhe­cimentos e o da sua aplicação.

EC: Enquanto Coordenador da Edi‑torial Cáritas, quais os seus anseios relativamente ao futuro desta Parceria e que eventuais passos se podem dar no sentido de a poten‑ciar mais?

ALR: Nesta sessão completou­­se a terceira iteração do prémio Bonacho e foram abertas as candi­daturas da quarta relativa a 2019. Perante os resultados alcançados, o propósito dos três parceiros é organizar um espaço de diálogo de um dia com três tempos: Um sobre o estado da arte na área das arqui­teturas de conhecimento cientí­fico e conceptual. Outro sobre a investigação com a apresentação do livro respetivo e a terceira da apresentação de uma situação de intervenção social.

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TÍTULOS PUBLICADOS PELA EDITORIAL CÁRITAS

O Cuidar como Relação de Ajuda – Por uma ética teo­lógica do cuidar Antonino Gomes de SousaO Problema do Mal | Étienne BorneRosto Social da Religião | Roberto MarizO futuro do Estado Social | Volumes I e II / Cáritas Europa (Org.)Entendimento Global e Compromisso com as PeriferiasAmérico Pereira (Org.)Pensamento Social do Papa Francisco | Volume II / J.M. Pereira de Almeida (Org.)Cristãos Pensadores do Social II | O Pós ‑Guerra / Jean Yves CalvezAção Sócio Educativa dos Jesuítas e o Colégio de São Fiel | Jorge Nuño Mayer (coord.) | Ernesto Candeias MartinsDesenvolvimento de Competências Sociais no Cuida­dor Informal | Cláudia Catela PaixãoManual Observatórios Sociais de Pobreza | Jorge Nuño Mayer (coord.)Perceção do Stresse, burnout e autocuidado – um olhar sobre os profissionais do trabalho social | Ana Berta AlvesMYM, eu consigo – Desenvolvimento de uma tecnologia de apoio para alunos com necessidades especiais | Laura ChagasAs Infâncias na História Social da Educação – Frontei­ras e Interceções Sócio Históricas | Ernesto Candeias MartinsCrónicas Ainda Atuais | Pedro Vaz PattoSina da Mulher Cigana? | Ana Patrícia Pereira BarrosoBullying Sénior | Ana Lígia da CunhaPráticas de Gestão de Pessoas para a Sustentabilidade das IPSS’S | Angélica Martins FigueiraTráfico de Seres Humanos | António Silva Soares (coord.)Trajetórias Escolares Improváveis | Elsa Rocha de Sousa JustinoConhecer para intervir | Hélia BraconsMala da Partilha | Filipa Abecasis (Coord.)Sexualidade nas pessoas idosas com demência | Sarah PinhoEnvelhecimento Ativo ­ Capacitação pelas Universidades da Terceira Idade | Patrícia Rosado

TÍTULOS PUBLICADOS PELA EDITORIAL CÁRITAS

O Amor que Transforma o Mundo | René CosteDar ­se de Verdade: Para um desenvolvimento Solidário | váriosCónego José M. Serrazina | váriosTeresa de Saldanha | Helena Ribeiro de CastroMoralidade Pessoal na História | Sergio BastianelHumanizar a Sociedade | Georgino RochaCartas de Ozanam | Diogo Castelbranco de Paiva BrandãoEntre Possibilidades e Limites | Sergio BastianelPerspectivas sobre o Envelhecimento Ativo | váriosProcissão dos Passos | Abel VarzimServiço Social e Desemprego de Longa Duração | Aida FerreiraMaritain e Bento XV | Diogo MadureiraCristãos Pensadores do Social I | Jean Yves CalvezUm Intelectual ao Serviço dos Pobres | Gérard CholvyUm Genocídio de Proximidade | Teresa Nogueira PintoCaminhos para uma vida Solidária | Carlos AzevedoPobreza e Relações Humanas | Delfim Jorge Esteves GomesRendimento Social de Inserção | Mafalda SantosCuidar do Outro — Estudos em homenagem a Sergio Bastianel sj | vários autoresCrimes e Criminosos no norte de Portugal | Alexandra EstevesA Consciência Social da Igreja Católica — 124 Anos de História1891–2015 | Domingos Lourenço VieiraÉtica e Teologia — Declinações de uma Relação | Amé‑rico PereiraO Impacto da Doutrina Social da Igreja no Trabalhador e no Empresário | Hermenigildo Moreira EncarnaçãoO Padre das Prisões Portuguesas | Inês LeitãoPalavras de Liberdade | váriosO Pensamento Social do Papa Francisco | J. M. Pereira de Almeida (Org,)

Patrícia Rosado é natural de Elvas, distrito de Portalegre, nasceu no dia 25

de março de 1992. É licenciada em Serviço Social desde julho de 2015 e mestre

em Gerontologia – Ramo de Especialização Social, desde 04 de julho de 2018.

Iniciou o seu percurso profissional como professora voluntária na Universidade

Sénior de Elvas. Atualmente, é Técnica Superior de Serviço Social na Associação

Portuguesa de Apoio e Reabilitação Sénior de Intervenção Neurológica

(APARSIN). Fez parte da organização do projeto “Cuida de Mim” desenvolvido

pela APARSIN.

Foi membro da Equipa da Comissão Organizadora do II Congresso Ibérico

de Doenças Neurológicas: Visão Multidimensional Esclerose Múltipla e

Esclerose Lateral Amiotrófica, organizado pela APARSIN, SPEM ‑Delegação

de Portalegre, Universidade de Évora e pela Universidade de Extremadura.

Patrícia rosado

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ARQUIDIOCESANA DE

BragaCaritas´

ARQUIDIOCESANA DE

ÉvoraCaritas´

D I O C E S A N A D O S

AçoresCaritas´

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