caderno pedagógico

53
Outubro/2009 COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CADERNO PEDAGÓGICO Organizado pela Prof.ª Rosângela Menta Mello Especialista em Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem - UFRGS

Upload: jose-lucas-goes-benevides

Post on 23-Nov-2015

130 views

Category:

Documents


57 download

TRANSCRIPT

  • Outubro/2009

    COLGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    CADERNO PEDAGGICO

    Organizado pela

    Prof. Rosngela Menta Mello Especialista em Tecnologias da Informao e da Comunicao na Promoo da Aprendizagem - UFRGS

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    2

    APRESENTAO

    Este Caderno Pedaggico foi organizado com o objetivo de compartilhar nossas pesquisas, realizadas e aplicadas na escola pblica, com o auxlio de recursos tecnolgicos na educao. Atravs do Programa PDE Escola 2009, do Colgio Estadual Presidente Vargas Ensino Fundamental e Mdio, organizamos este material de apoio para subsidiar o trabalho docente na sala de aula. Inicialmente destacamos a importncia da organizao pedaggica do Professor e a utilizao das novas tecnologias educacionais em seu cotidiano. Apresentamos um breve relato da pesquisa realizada sobre a TV Multimdia em sala de aula,

    durante o primeiro semestre de 2009, no Colgio Estadual Wolff Klabin Ensino Fundamental, Mdio, Normal e Profissional, no Curso Normal, pela Professora Rosngela Menta Mello. Para subsidiar as aes educativas, previstas no Projeto Poltico Pedaggico da escola pblica, inclumos textos sobre:

    Roteiro de trabalho, com base no proposto pelo Prof. Joo Luiz Gasparin (UEM). Metodologia da Problematizao no Ensino, orientada pela Prof. Neuzi Berbel (UEL). Avaliao pedaggica: normas, teorias, sugestes para sua formalizao e algumas

    reflexes... Tutorial para uso pedaggico de imagens. TV Multimdia: conhecendo os comandos do controle remoto.

    Entendemos que a meta traada para o sucesso da escola e os frutos do nosso trabalho pedaggico, assim como a qualidade educacional, depende da nossa organizao didtica. Somos todos responsveis pela formao de valores, de cada cidado que passa pelas nossas mos e pela nossa escola. Desta forma, destacamos a importncia do trabalho coletivo e planejado. Possumos condies para contribuir na construo da conscincia crtica nos estudantes, seja em relao sua histria de vida, a poltica, a economia, a sociedade ou ao meio ambiente, etc. No podemos ignorar o nosso papel poltico. Mas, tambm temos conscincia que, antes de tudo, o estudante precisa apropriar-se do conhecimento, pois base da argumentao. A evoluo das pesquisas e a insero das tecnologias na educao vm ocorrendo em ritmo acelerado, mas atravs das reunies, grupo de estudos, compartilhamento de experincias, pesquisas durante a hora-atividade, podemos acompanhar a evoluo e colaborar para o seu avano. Sabemos das dificuldades, no entanto, estamos conscientes de nosso papel enquanto educadores. Nosso trabalho proporcionar ao estudante/cidado o acesso ao conhecimento, tornando-o capaz de refletir, questionar, interagir e principalmente modificar a sociedade em que vive. Vale ressaltar que isso no se concretizar, se no acompanharmos as novas tendncias educacionais e as polticas pblicas, em favor da classe popular, assim como no oportunizarmos o acesso tecnologia a todos os cidados, a comear pela comunidade educacional.

    Prof. Rosngela Menta Mello

    Telmaco Borba, novembro de 2009.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    3

    SUMRIO

    O COTIDIANO DA SALA DE AULA .................................................................................................................... 4 TV MULTIMDIA NA SALA DE AULA ................................................................................................................. 6 ROTEIRO DE TRABALHO COMENTADO, COM BASE NO DO PROF. GASPARIN ................................................... 10 ROTEIRO DE TRABALHO ................................................................................................................................. 12 PROPOSTA DE ROTEIRO DE TRABALHO METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAAO NO ENSINO .......................... 15 AVALIAO PEDAGGICA: NORMAS, TEORIAS, SUGESTES PARA SUA FORMALIZAO E ALGUMAS REFLEXES... ................................................................................................................................. 17 LDB 9394/96 .................................................................................................................................................. 17 MATRIZ DE REFERNCIA PARA O ENEM 2009 ................................................................................................. 19 AVALIAO SIGNIFICATIVA ............................................................................................................................ 20 AVALIAO - FUNDAMENTOS ........................................................................................................................ 22 Como avaliar com base em objetivos ............................................................................................................. 22 1 Taxionomia do domnio cognitivo .............................................................................................................. 22 2 Taxionomia do domnio afetivo ................................................................................................................. 23 3 Taxionomia do domnio psicomotor ........................................................................................................... 23 ORIENTAES DO CADERNO DE APOIO PARA ELABORAO DO REGIMENTO ESCOLAR .................................................... 24 DIMENSES DA AO AVALIATIVA ................................................................................................................. 27 PROPOSTAS PRTICAS PARA A AVALIAO DE ACORDO COM VRIOS AUTORES ............................................................. 27 SUGESTO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAO .............................................................................................. 29 TESTE DE FORMAO INDIVIDUAL ................................................................................................................. 30 MAPAS CONCEITUAIS COMO RECURSO PARA AVALIAO .............................................................................. 31 ELABORAO DO INSTRUMENTO ................................................................................................................... 33 Planejamento do instrumento de avaliao .................................................................................................... 33 Nveis das questes ....................................................................................................................................... 33 Classificao dos instrumentos ....................................................................................................................... 34 Normas da prova escrita ................................................................................................................................ 43 Valorao ...................................................................................................................................................... 43 Exemplo de cabealho de avaliaes .............................................................................................................. 44 TUTORIAL PARA USO PEDAGGICO DE IMAGENS ........................................................................................... 46 TV MULTIMDIA ............................................................................................................................................. 52

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    4

    O COTIDIANO DA SALA DE AULA

    Organizao do trabalho docente:

    Planejamento de ensino Diretrizes Curriculares Projeto Poltico Pedaggico Livro didtico pblico As necessidades da comunidade e

    do estudante

    Trabalho coletivo

    Por modalidade de ensino Por curso Por disciplina

    Reunio dos professores da rea

    Reunio dos professores da srie

    O roteiro do trabalho docente

    MARX PRTICA TEORIA PRTICA

    VYGOSTKY

    NVEL DE DESENVOLVIMENTO

    ATUAL Somos

    desnecessrios.

    ZONA DE DESENVOLVIMENTO IMEDIATO

    O estudante preciso da ajuda de algum. O Professor necessrio.

    NOVO NVEL DE DESENVOLVIMENTO

    ATUAL Somos

    desnecessrios.

    SAVIANI PRTICA SOCIAL PROBLEMATI-ZAO INSTRUMENTA-

    LIZAO CATARSE PRTICA SOCIAL

    GASPARIN

    Prtica inicial do contedo Problematizao Instrumentalizao Catarse

    Prtica final do contedo

    O que o aluno j sabe: viso da totalidade emprica.

    Desafio: o que o aluno gostaria de saber a mais?

    Identificao e discusso dos principais problemas postos pela prtica social e pelo contedo.

    Dimenses do contedo a serem trabalhadas.

    Aes docentes e discentes para construo do conhecimento.

    Relao aluno x objeto do conhecimento atravs da mediao docente.

    O professor trabalha o conhecimento cientfico.

    Elaborao e expresso terica da sntese, da nova postura mental.

    Avaliao: deve atender s dimenses e aos objetivos.

    Intenes do aluno e a nova atitude sobre o contedo e da forma de agir.

    Aes do aluno.

    Mtodo Didtico

    um conjunto de procedimentos escolares, lgica e psicologicamente estruturados, de que se vale o Professor para mediar a aprendizagem do estudante, a fim de que se aproprie de novos conhecimentos, adquira tcnicas, habilidades ou assuma novas atitudes e idias.

    Tcnicas pedaggicas Individuais

    Ensino por fichas Ensino por mdulos Estudo dirigido Mapas conceituais Pesquisa Produes escritas: redao,

    resumos, resenhas, resoluo de exerccios...

    Sociais Crculo de estudos Debate

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    5

    Entrevista Escrita colaborativa Estudo de casos Estudo orientado em equipes Painel Phillips 66 Projetos Seminrio Simpsio

    Scio-individuais: Tcnicas onde h momentos de estudos e produes individuais e coletivas: Projetos Problemas WebQuest Escrita colaborativa...

    Tecnologias da informao e comunicao ou recursos didticos

    Metodologia x Tecnologia Exemplos de recursos

    didticos/tecnologias Cartazes Cd dvd Computador Computadores Datashow Desenhos Diorama Filme Folders Grficos Gravadores

    Gravuras Histrias em quadrinhos Ilustraes Internet Jornais Letreiros Livros Mapas Maquete Mimegrafo Modelos Mural didtico Museus Msicas Quadro de giz Quadro magntico Rdio Relias Retroprojetor Revistas Slides Textos Transparncias Tv multimdia Varal didtico Videocassete Vdeos

    Avaliao pedaggica: normas, teorias, sugestes para sua formalizao e algumas reflexes... (ver na pgina 17)

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    6

    TV MULTIMDIA NA SALA DE AULA

    Relato de experincia: Colgio Estadual Wolff

    Klabin - Ensino Fundamental, Mdio, Normal e Profissional em Telmaco Borba Paran

    Prof. Rosngela Menta Mello

    Curso Formao de Docentes da Educao Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Modalidade Normal

    Perodo: 1 semestre de 2009

    Disciplina: Organizao do Trabalho Pedaggico OTP. Os roteiros de aula na perspectiva da pedagogia histrico-crtica:

    Prtica social inicial Problematizao Instrumentalizao Catarse Prtica social final

    Prtica de Formao (Estgio Supervisionado): os roteiro de atividades na Metodologia da problematizao do ensino:

    Observao da realidade (problemas) Pontos chaves Teorizao Hipteses de soluo Aplicao realidade (prtica)

    A TV Multimdia

    Projeto do Governo do Estado do Paran Aparelho de televiso de 29 Com entrada USB. Leitor de carto de memria, vdeo e

    udio, s-vdeo. Controle remoto.

    Os procedimentos metodolgicos No plano de trabalho:

    Estabelece os objetivos educacionais Temas Metodologia a ser empregada Os recursos necessrios.

    Avaliao

    A seleo do recurso de som, vdeo ou imagem requer: preparao formatao para uso na TV Multimdia

    Selecionar recursos que atendam alunos com baixa viso e/ou outras necessidades especiais

    O planejamento do recurso Preparamos as aulas na hora-atividade,

    com o pen-drive e utilizando o Laboratrio Paran Digital (a internet).

    Os recursos de vdeo, som e imagem podem ser localizados no Portal Educacional do Estado do Paran, inclusive os produzidos pela TV Paulo Freire.

    O Professor pode fazer o download e gravar na sua pasta pessoal (cadastrada no laboratrio de informtica da escola) ou no seu pen-drive.

    TV multimdia pode ser utilizada nos vrios

    momentos da aula para: Motivar Ilustrar Demonstrar Levar a reflexo dos temas selecionados Exemplificar uma situao do cotidiano Comprovar os valores humanos

    Execuo de aulas utilizando Debate, dinmicas em grupo. Estudo de caso, produes textuais. Aula dialogada:

    Diagnstico sobre os conhecimentos prvios que os estudantes possuem do tema proposto,

    Incentiva-se a participao com o relato da vivncia do aluno,

    Anlise do ponto de vista do estudante, de acordo com a sua vivncia na comunidade em que est inserido.

    H possibilidade de usar este recurso como ponto de partida para as discusses iniciais.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    7

    O Professor deve proporcionar o tempo necessrio, para que o aluno compreenda a apresentao, o vdeo, o som ou a imagem selecionada.

    Em nossa prtica pedaggica sempre reprisamos os vdeos, de forma a assegurar a compreenso da mensagem, a leitura de detalhes, cores, situaes.

    Conforme o caso h necessidade de pausar o vdeo, para os comentrios, tanto do Professor como do aluno, ou mesmo chamar ateno a determinadas cenas.

    A grande vantagem dos recursos de curta durao a possibilidade de fazer as discusses e anlises na aula.

    Os vdeos tm o poder de provocar a catarse no estudante.

    Aps a exibio do recurso, o estudante anota em seu caderno os principais dados do material utilizado, a sntese das discusses e seu posicionamento pessoal. O fechamento da aula realizado com: A retomada dos principais conceitos

    discutidos. Ligando-os com a vivncia pessoal

    destacada no incio das atividades. Fundamentao nas teorias ou prticas

    sugeridas. A considerao das dimenses propostas

    para o estudo do tema.

    O estudante passa a assumir uma nova postura diante da sua realidade ou do novo referencial terico construdo, procurando estabelecer aes futuras, novo ponto de vista a ser incorporado em sua vida, expressas nas suas produes verbais.

    um resultado da reflexo de todo o grupo e no exclusivamente do argumento do Professor.

    Estes recursos proporcionam uma grande contribuio na construo do conhecimento em cada momento didtico da aula.

    Recursos de vdeo utilizados: Vdeos de cenas de filmes, que ilustram o

    tema da aula, esclarecendo conceitos e referenciais tericos propostos;

    Pequenos clipes produzidos para ilustrar uma teoria;

    Documentrios de situaes do cotidiano; Desenhos animados retratando cenas

    referentes escola ou a correntes pedaggicas;

    Vdeos de motivao e reflexes sobre o papel do Professor.

    Vdeos gravados nas encenaes dos alunos.

    As cenas/vdeos selecionados tinham uma durao variada de 0,30 a 10 minutos cada.

    Os recursos de imagens:

    Fotografias Charges, Desenhos Esquemas das aulas Mapas...

    Imagens Produzidas em editores de

    apresentaes, adequando-se ao tamanho da tela de 29.

    Esquema dos temas propostos no plano de trabalho docente e convertidos no formato jpeg, onde os estudantes acompanhavam e participavam das discusses, utilizando os textos impressos.

    Imagens em jpg Textos no formato jpg

    Vdeos e sons www.diaadiaeducacao.pr.gov.br www.youtube.com/ http://portaldoprofessor.mec.gov.br Produzidos pelos estudantes Vdeo: MPEG, DIVX E XVID. udio: MP3 e WMA

    Alguns relatos1:

    As cenas utilizadas na TV Multimdia foram importantes, porque no dia-a-dia as pessoas no observam as mensagens...

    Os vdeos facilitam muito a compreenso 1 Relato dos alunos do 1 ano integrado, turma A, do Curso de Formao de Docentes da Educao Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Modalidade Normal, no Colgio Estadual Wolff Klabin, Ensino Fundamental, Mdio, Normal e Profissional, em junho de 2009.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    8

    de situaes do cotidiano da escola. A TV multimdia, de bom uso, pois no

    perdemos tempo escrevendo, e sobra para debatermos um assunto![sic]

    A TV Multimdia muito interessante, acompanhado de discusses e debates.

    A TV Multimdia facilita a aprendizagem, muito melhor assistir apenas algumas cenas do filme, [do que o filme todo, no caso de vdeo de filmes] mais fcil de entender.

    Uso de vdeos da internet

    Geralmente so vdeos com durao de poucos minutos, que utilizam fartamente primeiros planos e planos de detalhe, permitindo a melhor visualizao em tela reduzida. [...] cria-se uma atmosfera propcia atuao de vrios sistemas semiticos, discursos de origens diversas aglutinam-se e ao fuidor legada uma possibilidade maior de atuao na concretude da obra. (ALENCAR, 2004, 315)

    Vdeos curtos para a gerao de estudantes, caracterizados como zapiing O que mais chama ateno so vdeos

    curtos. Os vdeos so assistidos, normalmente

    2 a 3 vezes cada um. Na primeira vez, o estudante tem uma

    viso geral da mensagem, na segunda cesso faz uma interpretao das imagens, dos sons e na terceira so capazes de compreender a mensagem do vdeo ou recurso utilizado.

    Consideraes Finais

    um timo recurso de som, imagem e vdeo. No Estado do Paran est presente em todas

    as salas de aula, evitando o deslocamento dos estudantes para outros ambientes.

    Necessita de um planejamento adequado, de tcnicas e metodologias variadas, para que este recurso se torne sempre interessante ao estudante.

    Possibilita novas formas de avaliar a aprendizagem do estudante, quando este expressa o seu pensamento, estabelecendo relaes com a prtica social, atravs das discusses, de suas produes verbais, etc.

    A partir de um arquivo o Professor pode

    elaborar inmeras formas de trabalho com os estudantes, ou mesmo, ser o ponto de partida para novas pesquisas.

    Segundo Blasco, 2006, p. 28, o sucesso da atividade pedaggica com o uso de multimdia depende da nossa compreenso sobre o universo em que est inserido o nosso aluno, mais conhecida atualmente como a cultura do zapiing e do clip. H um encantamento pelas msicas, vdeos do youtube, apresentaes de mensagens por email, conversas no MSN a chamada cultura do espetculo, onde as sensaes so privilegiadas. Desta forma, o autor considera que necessrio passar antes pelas emoes para chegar s construes lgicas.

    Percebemos que os estudantes se dedicavam mais as discusses e afirmaes de seu ponto de vista, argumentando com mais clareza e objetividade nos recursos que despertavam a sensibilidade e a emotividade.

    Importncia do papel do educador, para que o uso da TV no se torne um espetculo, esvaziado de contedo, em que no se explora todas as possibilidades que este recurso oferece construo do conhecimento.

    Que no torne um passa-tempo durante as aulas.

    O estudante deve perceber claramente aonde o Professor quer chegar com a anlise de um vdeo, de uma imagem ou som, por esta razo afirmamos a necessidade do seu planejamento e do registro escrito no caderno do aluno, com os dados do recurso utilizado, a sntese das discusses e a apreciao pessoal do estudante. uma das maneiras dos pais ou responsveis pelos alunos acompanharem e participarem do processo educacional.

    A TV Multimdia contribui para a incluso digital do cidado brasileiro quando:

    o estudante prepara um arquivo para apresentar suas pesquisas, buscando recursos on e off-line,

    o Professor edita seus vdeos amadores e produz vrios materiais para efetivar a aprendizagem na escola pblica, a TV deve ser considerada um excelente recurso para a aprendizagem.

    A educao vai alm dos conhecimentos tericos e habilidades desenvolvidas no

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    9

    cotidiano da escola, trata-se de valorizar a cultura do aluno, de question-la e de inovar, da a importncia de promover atitudes e no somente habilidades.

    Neste foco est a importncia do trabalho do Professor, de polticas educacionais pblicas que formem cidados diante deste universo em constantes transformaes.

    A TV multimdia um recurso que pode proporcionar a construo de valores ticos, atravs da anlise de documentrios, de situaes cotidianas, de problemas vivenciados pelos estudantes.

    H um consenso absoluto sobre a necessidade introduzir o vdeo, apresentando o objetivo do recurso selecionado e orientando sobre os aspectos que devem prestar ateno, e aps a apresentao, deve propor discusses, pois h necessidade de compartilhar o que foi visto, ouvido, pensado, meditado, especialmente quando causa grande impacto, sobre situaes que o estudante vive ou presencia.

    O Professor precisa despertar no estudante o desejo de conhecer, de discutir, de desenvolver a habilidade de argumentar, fundamentado em teorias que acredita e comprova.

    imprescindvel que o aluno tenha o desejo da pesquisa, da descoberta, da busca de um saber com autonomia.

    Isto possvel, medida que o Professor indica caminhos, faz referncia aos recursos

    que utiliza, incentiva e orienta os estudantes na busca de novos conceitos, seja atravs da internet, de livros, revistas, de listas de discusses, pois cada um utiliza os meios que possui de acordo com seus valores pessoais, com sua concepo tica, poltica e social.

    Referncias

    ALENCAR, Renata. As linguagens do vdeo:

    infinitude e devir. In: BRASIL, Andr (org). Cultura em Fluxo: novas mediaes em rede. Belo Horizonte: PUC Minas, 2004.

    BLASCO, Pablo Gonzlez. Educao da afetividade atravs do cinema. Curitiba: SOBRAMFA, 2006.

    MARTINO, Lus Mauro S. Esttica da Comunicao: da conscincia comunicativa ao eu digital. Petrpolis: Vozes, 2007.

    PARAN. Secretaria de Estado da Educao. TV Multimdia: pesquisando e gravando contedos no pen drive. Curitiba: SEED-PR, 2008. 96 p.

    _____. Portal Educacional do Estado do Paran. TV Multimdia. Disponvel em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=4 acessado em 07/07/2009

    _____. Portal Educacional do Estado do Paran. Consulta Escolas. WOLFF KLABIN, CE E FUND MED NOR E PROF. Disponvel em http://www4.pr.gov.br/escolas/rendimento.jsp acessado em 16/02/2009

    FONTE: PUBLICADO EM http://pt-br.wordpress.com/tag/charges/ Acessado em 19/11/2009

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    10

    ROTEIRO DE TRABALHO COMENTADO, COM BASE NO DO PROF. GASPARIN ADAPTADO PARA O CURSO NORMAL

    Este roteiro de trabalho para um conjunto de aulas, de acordo com o tema, por exemplo, uma unidade didtica completa ou desdobrada, conforme o caso e o nmero de aulas semanais do Professor. Se o professor planejou 3 unidades para o bimestre, com carga horria de 2h/aula semanais, poder elaborar um roteiro de trabalho para cada unidade didtica. OBJETIVOS ESPECFICOS: O qu? Contedos (conceituais, procedimentais, atitudinais), habilidades e competncias. Para qu? Finalidade social do aprendido prtica social. Um objetivo para cada contedo listado. 1 PRTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEDO: Listagem: (listar unidade e tpicos)

    Contedo Eixos/linguagens

    Conhecimentos prvios trabalhados pelo professor com o aluno: O que os alunos j sabem sobre o tema. Conversar com o professor da turma, quais os temas j trabalhados com os alunos sobre a aula a ser dada. 2. PROBLEMATIZAO (DISCUSSO):

    Segundo Gasparin a problematizao um desafio, ou seja, a criao de uma necessidade para

    que o educando, atravs de sua ao, busque o conhecimento. Discusso sobre os principais problemas postos pela prtica social e pelo contedo. Os principais

    problemas so as questes fundamentais que foram apreendidas pelo professor e pelos alunos e que precisam ser resolvidas, no pela escola, ou na escola, mas no mbito da sociedade como um todo. Pode ser em forma de perguntas.

    Os estudantes vo levantar muitos pontos que gostariam de estudar, mas nem sempre podemos trabalhar tudo, ento deve-se selecionar com o grupo os principais problemas a serem discutidos na unidade.

    Uma discusso que inicia uma motivao para as prximas aulas. O professor pode propor algumas questes para iniciar esta atividade.

    Listamos a seguir os principais eixos proposto pela Secretaria Municipal de Educao de Telmaco Borba, para a rede municipal. O Governo Federal e o do Estado do Paran tambm prope eixos em algumas reas do conhecimento. Linguagens - eixos: Cientfico:

    a) Linguagem matemtica b) Formao de conceitos c) Linguagem cientfica d) Arte e) Produo textual f) Interpretao g) Domnio do cdigo h) Leitura i) Oralidade

    tico-poltico a. Valores individuais b. Valores polticos c. Meio de comunicao d. Valores ticos e. Relao de poder f. Valores coletivos g. Valores morais h. Relaes sociais

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    11

    Scio-ambiental a. Recursos naturais b. Valores, hbitos e atitudes c. Explorao dos recursos d. Preservaes naturais e. Homem, trabalho e a cultura

    Esttico-cultural a. Arte mundial b. Arte regional c. Arte nacional d. Cultura popular e. Cultura erudita

    3 INSTRUMENTALIZAO/DESENVOLVIMENTO:

    Descrever o passo a passo da aula em si, ou seja, como far a ligao da prtica social inicial com o

    tema selecionado. Introduzir o novo assunto e desenvolver o contedo, as atividades, fechamento ou sntese

    integradora, onde o aprendiz poder expressar a sua compreenso do assunto estudado. A metodologia da aula dever prever a participao do aluno, podendo ser: aula expositiva

    dialogada, leitura de mundo, leitura orientada de textos selecionados, trabalhos em grupo, seminrio, entrevistas com pessoas, anlises de cenas de vdeos ou filmes, produes escritas, encenaes, atividades prticas, experimentos, entre outros. Prever como vai trabalhar cada uma das linguagens propostas.

    Recursos pedaggicos necessrios para a aula: Colocar em anexo os textos e atividades, jogos, imagens, indicaes de vdeos e demais recursos, etc. 4 CATARSE: Momento em que o aluno se aproxima da soluo do problema. quando o contedo emprico se torna cientfico. Elaborao terica da sntese, da nova postura mental. Totalidade concreta (pensamento elaborado). Resumo com as linguagens propostas. 4.1 Sntese: Professor escreva um pequeno texto que expressa a sntese da aula, ou seja, o que o aluno dever se apropriar e demonstrar ao final das atividades. 4.2 Avaliao: Expresso da sntese: avaliao, atendendo s linguagens trabalhadas, utilizando diversos instrumentos de coleta de dados. Cada tcnica utilizada nas aulas deve prever um tipo de avaliao, variando tambm de acordo com os recursos utilizados. 5 PRTICA SOCIAL FINAL DO CONTEDO: Nova postura prtica ante a realidade: Intenes, predisposies, prtica, novo conhecimento. O estudante coloca em execuo o que props. 5.1 Intenes do aluno: nova postura prtica, nova atitude sobre o contedo 5.2 Aes do aluno: nova prtica social do contedo - transformao social REFERNCIAS DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS: ANEXOS:

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    12

    ROTEIRO DE TRABALHO2

    Aluno:

    Proposta de aula para a turma/srie: Carga Horria prevista:

    Escola/Instituio:

    Bimestre: Disciplina:

    Ttulo/tema :

    OBJETIVOS ESPECFICOS:

    1 PRTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEDO: Listagem: Objetivo geral:

    Contedo Objetivos Especficos

    VIVNCIA DO CONTEDO: O que o aluno j sabe:

    O que gostaria de saber a mais

    2 GASPARIN, Joo Luiz. Uma didtica para a Pedagogia Histrico-Crtica. 4 ed. So Paulo: Ed. Associados, 2007. p. 170-172

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    13

    2. PROBLEMATIZAO: Questes para debate:

    3 INSTRUMENTALIZAO/DESENVOLVIMENTO:

    Recursos humanos e materiais necessrios:

    4 CATARSE:

    4.1 Sntese:

    4.2 Avaliao:

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    14

    5 PRTICA SOCIAL FINAL DO CONTEDO:

    5.1 Intenes do aluno:

    5.2 Aes do aluno:

    REFERNCIAS DE TODOS OS RECURSOS UTILIZADOS:

    ANEXOS:

    FONTE: http://educationandtecnologic.blogspot.com/2009/10/hqs_04.html acessado em 19/11/2009

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    15

    PROPOSTA DE ROTEIRO DE TRABALHO METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAAO NO ENSINO

    Autor:

    Proposta de aula para a turma/srie: Carga Horria prevista:

    Bimestre: Unidade:

    INFORMAES DA AULA: O que o aluno poder aprender com esta aula:

    Conhecimentos prvios trabalhados pelo professor com o aluno:

    PROCEDIMENTOS: Observao da realidade social, concreta, pelos alunos, a partir de um tema ou unidade de estudo. As discusses entre os componentes do grupo e com o professor ajudaro na redao do problema, como uma sntese desta etapa e que passar a ser a referncia para todas as outras etapas do estudo.

    Pontos chaves: Os estudantes so levados a refletir primeiramente sobre as possveis causas da existncia do problema em estudo. Os estudantes so estimulados a uma nova sntese: a da elaborao dos pontos essenciais que devero ser estudados sobre o problema, para compreend-lo mais profundamente e encontrar formas de interferir na realidade para solucion-lo ou desencadear passos nessa direo.

    Teorizao: Os alunos se organizam tecnicamente para buscar informaes que necessitam sobre o problema, onde quer que elas se encontrem, dentro de cada ponto chave j definido. Se houver necessidade voltar observao. Buscar sistematicamente informaes tcnicas, cientficas, empricas, oficiais, com auxlio de procedimentos de pesquisa.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    16

    Hipteses de soluo: As hipteses so fruto da compreenso profunda que se obteve sobre o problema, investigando-o de todos os ngulos possveis. Elaborar propostas de superao do problema central em estudo.

    Aplicao realidade: Aes sobre a realidade, que devem ser tomadas, executadas ou encaminhadas. Compromisso dos alunos com o seu meio.

    o Aplicao realidade: o que fazer, como, em que condies, com que estratgias, com que recursos, para obter que efeitos, com que finalidade e para beneficiar a quem?

    o Condies objetivas: nvel de conhecimento, disponibilidades das pessoas envolvidas, autoridade; poder

    necessrio para interveno, uso das estratgias; momento oportuno, grau de comprometimento e conscincia social.

    Recursos complementares:

    Avaliao:

    Referncias:

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    17

    AVALIAO PEDAGGICA: NORMAS, TEORIAS, SUGESTES PARA SUA FORMALIZAO E ALGUMAS REFLEXES...

    LDB 9394/96

    CAPTULO II - DA EDUCAO BSICA Seo I - Das Disposies Gerais

    Art. 24. A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser organizada de acordo com as seguintes regras comuns: ... II - a classificao em qualquer srie ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a srie ou fase anterior, na prpria escola; b) por transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experincia do candidato e permita sua inscrio na srie ou etapa adequada, conforme regulamentao do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progresso regular por srie, o regimento escolar pode admitir formas de progresso parcial, desde que preservada a seqncia do currculo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - podero organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sries distintas, com nveis equivalentes de adiantamento na matria, para o ensino de lnguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificao do rendimento escolar observar os seguintes critrios: a) avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante verificao do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concludos com xito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia paralelos ao perodo letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituies de ensino em seus regimentos.

    Seo II Da Educao Infantil

    ... Art. 31. Na educao infantil a avaliao far-se- mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. ... Art. 32. O ensino fundamental obrigatrio, com durao de 9 (nove) anos, gratuito na escola pblica, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, ter por objetivo a formao bsica do cidado, mediante: (Redao dada pela Lei n 11.274, de 2006) IV - o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social. 1 facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 2 Os estabelecimentos que utilizam progresso regular por srie podem adotar no ensino fundamental o regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do processo de ensino-aprendizagem,

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    18

    CAPTULO III DA EDUCAO PROFISSIONAL

    Da Educao Profissional e Tecnolgica Art. 36. O currculo do ensino mdio observar o disposto na Seo I deste Captulo e as seguintes diretrizes: ... II - adotar metodologias de ensino e de avaliao que estimulem a iniciativa dos estudantes; ... IV sero includas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatrias em todas as sries do ensino mdio. (Includo pela Lei n 11.684, de 2008) 1 Os contedos, as metodologias e as formas de avaliao sero organizados de tal forma que ao final do ensino mdio o educando demonstre: I - domnio dos princpios cientficos e tecnolgicos que presidem a produo moderna; II - conhecimento das formas contemporneas de linguagem; Art. 41. O conhecimento adquirido na educao profissional e tecnolgica, inclusive no trabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento e certificao para prosseguimento ou concluso de estudos.(Redao dada pela Lei n 11.741, de 2008)

    TTULO VI Dos Profissionais da Educao

    Art. 67. Os sistemas de ensino promovero a valorizao dos profissionais da educao, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistrio pblico: ... IV - progresso funcional baseada na titulao ou habilitao, e na avaliao do desempenho; V - perodo reservado a estudos, planejamento e avaliao, includo na carga de trabalho;

    TTULO VIII Das Disposies Gerais

    Art. 80. O Poder Pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao de programas de ensino a distncia, em todos os nveis e modalidades de ensino, e de educao continuada. (Regulamento) ... 3 As normas para produo, controle e avaliao de programas de educao a distncia e a autorizao para sua implementao, cabero aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperao e integrao entre os diferentes sistemas. (Regulamento)

    TTULO IX Das Disposies Transitrias

    Art. 87. instituda a Dcada da Educao, a iniciar-se um ano a partir da publicao desta Lei. ... IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu territrio ao sistema nacional de avaliao do rendimento escolar

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    19

    MATRIZ DE REFERNCIA PARA O

    ENEM 2009

    EIXOS COGNITIVOS (comuns a todas as reas de conhecimento)

    I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Lngua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemtica, artstica e cientfica e das lnguas espanhola e inglesa.

    II. Compreender fenmenos (CF): construir e aplicar conceitos das vrias reas do conhecimento para a compreenso de fenmenos naturais, de processos histrico-geogrficos, da produo tecnolgica e das manifestaes artsticas.

    III. Enfrentar situaes-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informaes representados de diferentes formas, para tomar decises e enfrentar situaes-problema.

    IV. Construir argumentao (CA): relacionar informaes, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponveis em situaes concretas, para construir argumentao consistente.

    V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborao de propostas de interveno solidria na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

    Exigncias na redao do ENEM

    I. Demonstrar domnio da norma culta da lngua escrita. II. Compreender a proposta de redao e aplicar conceitos das vrias reas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um ponto de vista. IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos

    lingsticos necessrios para a construo da argumentao. V. Elaborar proposta de soluo para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

    SONETO DE FIDELIDADE

    De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto

    Dele se encante mais meu pensamento.

    Quero viv-lo em cada vo momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto

    E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou ao seu contentamento.

    E assim, quando mais tarde me procure

    Quem sabe a morte, angstia de quem vive Quem sabe a solido, fim de quem ama.

    Eu possa me dizer do amor (que tive):

    Que no seja imortal, posto que chama Mas que seja infinito enquanto dure.

    (MORAES, Vincius de. Antologia potica. So Paulo: Cia das Letras, 1992)

    A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua funo na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3. verso da 1. estrofe do poema de Vincius de Moraes. a) Pai, para onde fores, / irei tambm trilhando as

    mesmas ruas... (Augusto dos Anjos) b) Agora, como outrora, h aqui o mesmo contraste

    da vida interior, que modesta, com a exterior, que ruidosa. (Machado de Assis)

    c) Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remdio no surtiu efeito, mesmo em doses variveis. (Raimundo Faoro)

    d) Mas, olhe c, Mana Glria, h mesmo necessidade de faz-lo padre? (Machado de Assis)

    e) Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo. (Aurlio)

    MINISTRIO DA EDUCAO. ENEM. Disponvel em: http://www.enem.inep.g ov.br/ acessado em 24/08/2009.

    APROVADO NO VESTIBULAR. Dicas para fazer uma boa dissertao no ENEM. Disponvel em: http://aprovadonovestibular.com/enem-como-fazer-uma-boa-dissertacao-redacao.html acessado em 24/08/2009.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    20

    AVALIAO SIGNIFICATIVA

    APRENDIZAGEM: Vygotsky: A aprendizagem o resultado da interao social e da mediao do adulto. Pela sua capacidade de provocar desafios em um clima propcio e a sua interveno na Zona de

    desenvolvimento proximal. A ao do mediador criaria internalizaes.

    Piaget: Aprendizagem a ao da pessoa sobre o objeto do saber (realidade). Esta pessoa

    pode ser ajudada por um mediador.

    VYGOSTKY Nvel aprendizagem:

    o Natural: adquirido e formado. o Potencial: capacidade de aprender com

    ajuda de outra pessoa. Zona de desenvolvimento proximal a distncia entre aquilo que o aprendiz faz sozinho e o que capaz de fazer com a ajuda de um adulto. ALUNO A potencialidade para aprender no igual em todas as pessoas, variando a distncia entre o nvel de desenvolvimento natural e o potencial. No existe uma nica zona de desenvolvimento proximal por aprendiz e sim inmeras que se criam em funo dos desafios propostos.

    A capacidade de aprendizagem depende de sua maturidade. A estimulao essencial na aprendizagem

    construda por meio de desafios. AVALIAO No se pode separar o ensino da avaliao, como se representassem compartimentos separados de um processo. Aprender implica em se avaliar e, dessa maneira, o progresso do aluno deve ser visto, no pela forma como se sai em um desafio homogneo apresentado a muitos, mas como se reduz sua dependncia da ajuda do mediador e, portanto, qual a efetiva distncia que percorreu, comparado o que poderia realizar sem qualquer ajuda e o que conquistou com apoio da mediao. (Celso Antunes, 2005)

    IMPLICAES PRTICAS DE UMA AVALIAO SIGNIFICATIVA

    Deve ser escalonada em nveis de dificuldades diferentes. Cada saber escolar que se trabalhe, deve envolver a descoberta das dificuldades dos alunos, especificamente relativa queles saberes. Muitos alunos aprendem melhor com seus colegas, do que com a explicao de seu professor. No possvel aceitar que o aluno aprenda construtivamente isolando-os de seus colegas. H necessidade da construo de um ambiente afetivo (interativo) entre mediador e mediado. No possvel pensar que se possa existir avaliao sem a clareza de objetivos explicitamente estabelecidos. Todo educador no pode jamais esquecer que sua interveno na Zona de Desenvolvimento

    Proximal do Aluno visa em ltima anlise a sua autonomia.

    FONTE: http://diariodoimperio.blogspot.com/2007/05/hora-da-prova.html acessado em 28/09/09

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    21

    AVALIAO - FUNDAMENTOS

    Segundo Castro (Apud Melchior, 1994) a avaliao no deve ser vista como uma caa aos incompetentes, mas como uma busca de excelncia pela organizao escolar como um

    todo. A avaliao necessria aquela que

    consegue analisar como o aluno capaz de movimentar-se num campo de estudos e estimul-lo, atravs de uma reflexo sobre o que ele realizou, o que h para aprender com ou sem a ajuda de um Professor, a encontrar os caminhos para o seu prprio desenvolvimento.

    O que vai ser considerado na avaliao deveria depender do projeto pedaggico da escola. No entanto, depende, fundamentalmente, da concepo que o professor tem de educao. o professor que estabelece os padres e, de modo geral, no questionado por ningum em relao a esses padres. Da a necessidade de o professor

    ter muita clareza em relao funo da avaliao. Esta no serve mais para simplesmente, quantificar a aprendizagem, com base em uma amostra de temas estudados ou memorizados

    durante um certo perodo e, com isso, mold-lo segundo o padro social j existente, mas sim para, atravs de uma interao entre o avaliador e avaliando, repensar a situao e, em uma avaliao participativa, despertar a conscincia crtica. Se faz necessrio um compromisso com a prxis dialtica de um projeto de transformao.

    O papel da escola no deve ser entendido como um somatrio de interesses individuais ou corporativos, mas como a dimenso poltica concreta da atuao integrada de todos os componentes da comunidade escolar, que devem possuir todos, os mesmos interesses em relao ao desenvolvimento de cada um de seus elementos e do grupo como um todo. Isso pressupe capacidade profissional em nvel tcnico-cientfico, no como saber acabado, mas

    sob o controle da conscincia profissional, da tica e da vontade poltica dos sujeitos envolvidos que vo produzir o desenvolvimento atravs da prtica e da reflexo.

    Se o professor realizar a avaliao sob a forma de acompanhamento da construo do conhecimento do aluno, este ter de desenvolver a ao pedaggica de modo diferente ao usual, pois dever propor atividades alternativas, diversificadas em seu mtodo de trabalho, principalmente quando constatar que alguma etapa no foi vencida por um ou outro aluno. Desta forma as alteraes no processo de avaliao podero, tambm, conduzir a uma transformao no processo de ensino.

    Parece claro que a questo quando avaliar? est intimamente ligada concepo que o professor tem de educao e, conseqentemente, funo que ele atribui avaliao. Se ele avalia para dar uma nota, no necessrio perder tempo durante o processo, avaliando as atividades realizadas. Isso poder ser

    feito uma nica vez, antes do perodo de entregar as notas. Mas aquele professor que usa a avaliao para auxiliar o aluno a se conhecer e a identificar suas dificuldades sente necessidade de faz-lo constantemente, no s para verificar se pode prosseguir ou no, mas tambm para que o estudante perceba a importncia da sua participao na construo do conhecimento.

    O objetivo principal da avaliao ajudar o aluno a se auto-avaliar, a perceber suas falhas e seus pontos fortes e, atravs de uma reflexo conjunta, aprender a se conhecer, a buscar novos caminhos para a sua realizao. Os momentos avaliativos deveriam ser convertidos em momentos de aprendizagem de estmulo para a busca de novos conhecimentos, em momentos de satisfao mtua entre professor e aluno.

    O uso de provas e outros instrumentos formais para avaliar o processo de ensino e aprendizagem so importantes, desde que sejam usados com o objetivo de identificar as possibilidades e as dificuldades dos alunos. A construo da prova deve estar fundamentada nos princpios tcnicos de construo de testes,

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    22

    para que no se torne uma armadilha textual. Os itens devem estar adequados aos objetivos que o professor pretende avaliar, ao grupo e a situao em que devem ser utilizados, levando em considerao o processo de construo do conhecimento.

    A questo no eliminar as provas escritas, que mais um dos instrumentos importantes para o professor, mas elabor-la com uma funo bem determinada e conforme as normas tcnicas para que sejam vlidos e atinjam o objetivo de auxiliar o professor a identificar as dificuldades e/ou facilidades de aprendizagem dos alunos.

    Outro fator muito importante a discusso com a turma sobre o resultado destes testes. O trabalho da testagem no termina com a correo e a devoluo dos testes, pois o aspecto mais significativo tanto para o aluno como para o professor, so as discusses sobre os resultados obtidos. O professor/estudante dever analisar cada questo, onde est errado ou certo, por que, qual a resposta mais correta, quais as alternativas

    de soluo, onde est o erro conceitual ou a falha na aprendizagem. A partir da anlise desses resultados, deve ser encontradas alternativas de soluo para as dificuldades evidenciadas pelos alunos ou pelo direcionamento que o Professor usou no processo, se necessrias trabalhar o contedo novamente, mas com uma nova metodologia ou abordagem.

    Como avaliar com base em objetivos

    Segundo RODRIGUES JUNIOR, 2009, p. 37-8, um objetivo de ensino se define como um enunciado conciso, expressando a expectativa do professor quanto a mudanas a serem verificadas nos alunos em decorrncia da instruo posta em prtica. Desta forma o Educador ao elaborar seu plano de trabalho, j estabelece os objetivos centrados no estudante.

    O comportamento humano resultado de um todo, mas este todo composto de partes inter-relacionadas, que podem ser estudadas separadamente, para fins didticos e em suas

    relaes. As taxionomias de objetivos educacionais

    devem atender a trs condies, segundo RODRIGUES JUNIOR, 2009, p. 39:

    Existncia de um princpio ordenador, que orienta o processo de construo do conhecimento e deve estar presente em cada estgio ou nvel da taxionomia.

    Hierarquia uma ordenao em torno desse princpio em sentido crescente.

    Cumulatividade implica na dependncia de uma categoria taxionmica em relao categoria que lhe precede.

    1 Taxionomia do domnio cognitivo:

    Seu princpio organizador assenta-se na

    complexidade dos processos intelectuais e

    compem-se em seis categorias:

    Conhecimento Compreenso Aplicao Anlise Sntese Avaliao Pretende-se uma transformao e uma

    construo do saber. Esta construo deve ser garantida a todos os indivduos. Assim, no possvel desconsiderar por completo o aspecto tcnico, mas procurar utiliz-lo considerando a dimenso scio-poltica e as condies histricas presentes nos fins da educao, na natureza do ensino e na natureza do ensino e na natureza da aprendizagem. Procurando a variao de prticas pedaggicas que se complementem e ajudam o desenvolvimento integral do indivduo.

    O sentido fundamental da ao avaliativa o movimento, a transformao... acredito que precisamos agir como filsofos, refletindo sobre a

    problematicidade das situaes. Percebo o processo de avaliao como um processo dialtico que absorve em si o prprio princpio da contradio. Ou seja, para superarmos as dvidas, os obstculos em avaliao, precisaremos nutrir-nos dessas contradies para encaminhar-nos superao. A inquietao, de dvida.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    23

    Um professor que no problematiza as situaes do cotidiano, que no reflete passo a passo sobre suas aes e as manifestaes dos alunos, instala sua docncia em verdades prontas, adquiridas, pr-fabricadas. (HOFFMANN, 1993)

    2 Taxionomia do domnio afetivo:

    Refere-se internalizao dos sentimentos

    e emoes do indivduo e refletem-se, de modo geral, nas suas atitudes e valores. Os objetivos do domnio afetivo podem ser classificados nos seguintes nveis:

    Aquiescncia ou recepo: acolhimento ou ateno, tolerncia passiva do aluno em relao ao valor que se tem em vista na instruo.

    Resposta ou reao do aluno, sada do estado de passividade tolerante para o de aceitao ativa do valor.

    Valorizao: tem por objetivo a adeso consistente e continuada do aluno em relao ao valor que se tem em vista na instruo.

    Organizao: a capacidade do aluno posicionar-se ante valores antagnicos ou correlatos.

    Caracterizao: um complexo de valores, onde h uma identificao pessoal entre o aluno e

    o valor almejado. A funo da avaliao do aspecto afetivo melhorar o desenvolvimento do aluno e no lhe atribuir uma medida a esta atitude ou baixar a nota do desenvolvimento cognitivo. A principal tcnica de avaliao do aspecto afetivo a observao. Os resultados da avaliao das atitudes tem funo didtico-pedaggica apenas, pois favorecem o melhor conhecimento das etapas de desenvolvimento do aluno e indicam o que deve ser feito para redirecionar a caminhada. Quando o professor reunir todos os dados para elaborar um parecer final, deve anexar os resultados da avaliao afetiva para entender,

    porque do desempenho apresentado nas demais reas. 3 Taxionomia do domnio psicomotor: Diz respeito s habilidades e aos aspectos prticos especficos de cada domnio dos movimentos. Simpsom classifica em:

    Percepo: a categoria menos complexa, rene objetivos nos quais o aluno se d conta cognitivamente, visualmente, auditivamente ou de outra forma, da ao ou conjunto de aes a serem executadas.

    Posicionamento: representa objetivos de aes mais complexas; o aluno deve assumir as posturas corretas necessrias execuo de uma dada ao.

    Execuo acompanhada: os objetivos expressam movimento realizado pelo aluno; entretanto requer assistncia e suporte do instrutor.

    Mecanizao: ao independente do aluno, mas pode ser passvel de erros com maior ou menor freqncia.

    Completo domnio de movimentos: uma performance fluente na qual erros so consistentemente raros ou inexistentes.

    A principal tcnica na avaliao do domnio psicomotor a observao. Ex: em artes, educao fsica, em atividades em laboratrios e prticas, etc. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS HOFFMANN, J. Avaliao: mito & desafio. Porto Alegre: Educao e Realidade, 1993. _____. Avaliao Mediadora: uma prtica em construo da pr- escola universidade. Porto Alegre: Educao e Realidade, 1994. LUCKESI, C.C. Avaliao da aprendizagem escola. So Paulo: Cortez, 1995. MELCHIOR, M.C. Avaliao Pedaggica: funo e necessidade. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994. RODRIGUES JUNIOR, Jos Florncio. Avaliao do estudante universitrio. Braslia: SENAC, 2009.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    24

    ORIENTAES DO CADERNO DE APOIO PARA ELABORAO DO REGIMENTO ESCOLAR - 2009

    Seo X

    Da Avaliao da Aprendizagem, da Recuperao de Estudos e da Promoo

    Art. ... A avaliao uma prtica pedaggica intrnseca ao processo ensino e aprendizagem, com a funo de diagnosticar o nvel de apropriao do conhecimento pelo aluno.

    Art. ... A avaliao contnua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as caractersticas individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderncia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

    Pargrafo nico Dar-se- relevncia atividade crtica, capacidade de sntese e elaborao pessoal, sobre a memorizao.

    Art. ... A avaliao realizada em funo dos contedos, utilizando mtodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepes e finalidades educativas expressas no Projeto Poltico-Pedaggico da escola.

    Pargrafo nico vedado submeter o aluno a uma nica oportunidade e a um nico instrumento de avaliao.

    Art. ... Os critrios de avaliao do aproveitamento escolar sero elaborados em consonncia com a organizao curricular e descritos no Projeto Poltico-Pedaggico.

    Art. ... A avaliao dever utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparao dos alunos entre si.

    Art. ... O resultado da avaliao deve proporcionar dados que permitam a reflexo sobre a ao pedaggica, contribuindo para que a escola possa reorganizar contedos/instrumentos/mtodos de ensino.

    Art. ... Na avaliao do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o perodo letivo, num processo contnuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

    Art. ... Os resultados das atividades avaliativas sero analisados durante o perodo letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanos e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas aes pedaggicas.

    Art. ... A recuperao de estudos direito dos alunos, independentemente do nvel de apropriao dos conhecimentos bsicos.

    Art. ... A recuperao de estudos dar-se- de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

    Art. ... A recuperao ser organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didtico-metodolgicos diversificados.

    Pargrafo nico A proposta de recuperao de estudos dever indicar a rea de estudos e os contedos da disciplina.

    Art. ... A avaliao da aprendizagem ter os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    25

    10,0 (dez vrgula zero).

    1 Nos anos iniciais do Ensino Fundamental no haver meno de notas.

    2 Nos anos iniciais do Ensino Fundamental o registro dar-se- por parecer descritivo, parcial e final, sobre o desenvolvimento do aluno, a ser emitido pelo prprio professor, considerando os aspectos qualitativos acumulados ao longo do processo de ensino e aprendizagem.

    Art. ... Os resultados das avaliaes dos alunos sero registrados em documentos prprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.

    Pargrafo nico Os resultados da recuperao sero incorporados s avaliaes efetuadas durante o perodo letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatria sua anotao no Livro Registro de Classe.

    Art. ... A promoo o resultado da avaliao do aproveitamento escolar do aluno, aliada apurao da sua freqncia.

    Art. ... Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no regime de 8 (oito) anos de durao, a promoo ser automtica, desde que haja a freqncia mnima exigida em lei.

    Art. ... Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no regime de 9 (nove) anos de durao, a promoo ser no final de cada ciclo, desde que tenha freqncia mnima exigida em lei.

    Art. ... Na promoo ou certificao de concluso, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, a mdia final mnima exigida de 6,0 (seis vrgula zero), observando a freqncia mnima

    exigida por lei.

    Art. ... Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio, que apresentarem freqncia mnima de 75% do total de horas letivas e mdia anual igual ou superior a 6,0 (seis vrgula zero) em cada disciplina, sero considerados aprovados ao final do ano letivo.

    Art. ... Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio sero considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

    I. freqncia inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar;

    II. freqncia superior a 75% do total de horas letivas e mdia inferior a 6,0 (seis vrgula zero) em cada disciplina. 64

    O estabelecimento de ensino dever indicar tantos artigos quantos necessrios para especificar o Sistema de Avaliao adotado e sua respectiva frmula.

    Art. ... A disciplina de Ensino Religioso no se constitui em objeto de reteno do aluno, no tendo registro de notas na documentao escolar.

    Pargrafo nico Na modalidade Educao de Jovens e Adultos, o aluno que optar por freqentar as aulas de Ensino Religioso, ter carga horria da disciplina includa no total da carga horria do curso.

    Art. ... Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo sero devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedio de documentao escolar.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    26

    Art. ... Na modalidade Educao de Jovens e Adultos sero registradas de 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que correspondero a provas individuais escritas e a outros instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno submeter-se- na presena do professor.

    Art. ... Os registros de nota na Educao de Jovens e Adultos, para o Ensino Fundamental Fase II e

    Ensino Mdio, constituir-se-o de:

    I. 06 (seis) registros de notas, nas disciplinas de Lngua Portuguesa, Matemtica, Lngua Portuguesa e Literatura;

    II. 04 (quatro) registros de notas, nas disciplinas de Histria, Geografia, Cincias Naturais, Lngua Estrangeira Moderna, Qumica, Fsica, Biologia;

    III. 02 (dois) registros de notas nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia e Educao Fsica.

    Art. ... Na modalidade Educao de Jovens e Adultos, o aluno dever atingir no mnimo a nota 6,0 (seis vrgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliaes processuais.

    Pargrafo nico O aluno que no atingir a nota 6,0 (seis vrgula zero) em cada registro de nota ter direito recuperao de estudos.

    Art. ... Na modalidade Educao de Jovens e Adultos, a Mdia Final (MF) para cada disciplina corresponder mdia aritmtica dos Registros de Notas, resultantes das avaliaes realizadas.

    Mdia Final ou MF = soma dos Registros de notas nmero de Registros de notas

    Art. ... Para fins de promoo ou certificao, na modalidade Educao de Jovens e Adultos, a nota mnima exigida 6,0 (seis vrgula zero), em cada disciplina e freqncia mnima de 75% do total da carga horria de cada disciplina na organizao coletiva e 100% na organizao individual.

    Art. ... A idade mnima para a obteno do certificado de concluso do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio na Educao de Jovens e Adultos a estabelecida na legislao vigente.

    Destacamos alguns itens por considerarmos que ainda no esto sendo cumpridos totalmente na escola:

    LEI: Dar-se- relevncia atividade crtica, capacidade de sntese e elaborao pessoal, sobre a memorizao.

    o REALIDADE ATUAL: Muitos instrumentos utilizados de avaliao, pelos professores, ainda continuam privilegiando a memorizao

    LEI: vedado submeter o aluno a uma nica oportunidade e a um nico instrumento de avaliao.

    o REALIDADE ATUAL: Muitos professores s utilizam a prova escrita como forma de avaliar, sendo que esta um tipo de instrumento.

    LEI: A recuperao de estudos direito dos alunos, independentemente do nvel de apropriao dos conhecimentos bsicos.

    o REALIDADE ATUAL: Muitos professores somente do oportunidade de recuperao aos alunos com notas inferiores a mdia. Recuperam a nota e no o conhecimento.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    27

    DIMENSES DA AO AVALIATIVA

    Tcnica ou burocrtica: Classificatria, somativa, controladora Objetiva certificao ou registro formal

    Formativa ou continuada Diagnstica, processual, descritiva e

    qualitativa Indicativa de aprendizagens consolidadas,

    dificuldades e possibilidades

    PROPOSTAS PRTICAS PARA A AVALIAO DE ACORDO COM

    VRIOS AUTORES 1. Alterar a metodologia de trabalho em sala de aula. Se o professor percebe que

    houve defasagem na aprendizagem, a primeira atitude mudar o mtodo de ensino-aprendizagem, isto , trabalhar o contedo de outras formas, pois os aprendizes nem sempre aprendem do mesmo jeito, no mesmo ritmo.

    2. Diminuir a nfase na avaliao. Abrir mo do uso autoritrio da avaliao. Avaliar cotidianamente e no apenas em

    situaes formais. Avaliar todo o processo e no s o produto

    final. Respeitar o princpio de ateno

    diversidade. Valorizar as diferentes aprendizagens:

    racionais, sensoriais, prticas, emocionais e sociais.

    Diversificar as formas de avaliao: atividades por escrito, trabalhos de pesquisa, relatrios de atividades, apresentao de portflio, etc.

    Diversificar os tipos de questes: testes objetivos V ou F, palavras cruzadas, completar, pedir desenhos, associar, sntese construda pelo aluno, etc. Dar maior peso nas

    questes dissertativas. Contextualizar as questes: a partir do texto,

    relacionadas aplicao prtica, problemas com significado, acompanhados de desenhos, grficos, esquemas, etc.

    Colocar questes a mais, dando opo de escolha para os alunos.

    Dimensionar adequadamente o tempo de resoluo da avaliao.

    Deixar bem claro para os alunos e pais, quais os critrios de avaliao que esto sendo adotados pelo professor.

    Realizar avaliao em dupla e/ou em grupo, sem dispensar a avaliao individual.

    Fazer avaliao com consulta, esporadicamente.

    Alunos elaborarem sugestes de questes (ou propostas de trabalhos) para avaliao.

    Oportunizar o requerimento para prova de 2 chamada.

    No incentivar a competio entre os alunos. Para no se sobrecarregar com correes das

    atividades em sala de aula, o professor pode fazer correo por amostragem, autocorreo ou correo mtua pelos alunos com sua superviso.

    3. Redimensionar o contedo da avaliao No fazer avaliao de cunho decorativo. Realizar a avaliao/reflexo scio-afetiva,

    mas sem vincul-la nota. No sufocar a indisciplina atravs da ameaa

    da nota. A auto-avaliao no deve ser vinculada

    nota. Para as atividades de participao, os

    professores devero ter critrios bem objetivos, se forem mensurados.

    Sustentar os trabalhinhos para tirar nota ingenuidade.

    Trabalho em grupo: se o professor sente dificuldade em avaliar, uma das alternativas seria dar o total de pontos para que o grupo distribua a cada membro de acordo com os critrios estabelecidos.

    4. Alterar a postura diante dos resultados da avaliao: Democratizar e criar espaos de participao

    para alunos e pais na avaliao.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    28

    Retomar os assuntos em defasagem. Explicar o contedo de outra maneira. Mudar forma de organizar o trabalho em sala

    de aula. Dar ateno especial aos alunos com maior

    dificuldade. Quanto ao aluno: empenhar-se mais, dar

    especial ateno a matria com dificuldade, rever esquema de participao em sala de aula, rever mtodo de estudo, etc.

    Quanto escola: rever as condies de estudo, espao para recuperao, reviso do currculo, integrao entre professores, etc.

    O professor no deve se preocupar com a mdia, mas com a aprendizagem: analisar com os alunos os resultados da avaliao, colher sugestes; discutir o processo de avaliao em nvel de representantes de classes; fazer conselho de classe com a participao dos alunos.

    Importncia do erro como reflexo. Cuidado com as profecias auto-realizantes. Aproveitar os alunos mais velhos e/ou que j

    se apropriaram do contedo para ajudar a recuperar os alunos com dificuldades.

    5. Trabalhar na conscientizao da comunidade educativa - Construo de critrios comuns - Aproveitamento coletivo - Trabalhar com a famlia - No se organizar a escola pensando na

    transferncia dos alunos - No se trata de afrouxar: o que tem que ser

    exigente nas aulas e no, separadamente, as normas ou as provas.

    - Mudana de avaliao nos cursos de formao de professores.

    - Avaliar no s o aluno, mas toda comunidade escolar (professores, coordenao, direo, funcionrios, etc.)

    - Democratizao da sociedade.

    FONTE: http://blogorlandeli.zip.net/images/charge01x06x08.jpg Acessado em 28/09/2009.

    Qualidade formal significa a habilidade de manejar

    meios, instrumentos, formas tcnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento. Qualidade

    poltica quer dizer a competncia do sujeito em termos de se fazer histria, diante dos fins histricos da

    sociedade humana. condio bsica da participao. Dirigem-se a fins, valores e contedos. A qualidade dos

    meios est em funo da tica dos fins. A qualidade dos fins depende da competncia dos meios. (DEMO apud

    VASCONCELLOS, 1998, p. 62) METODOLOGIA DE ENSINO COMUM: - Leitura crtica e reflexiva sobre temas

    propostos - Dinmicas de grupo - Aulas expositivas dialogadas - Elaborao e apresentao de

    trabalhos/visitas a campo - Aulas expositivas com discusso - Pesquisa de tpicos e discusso em sala - Aulas prticas em laboratrio - Anlise de casos

    Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_RQ8nkGd23-I/Rkx_d9f-1MI/AAAAAAAAAE0/G7JHr-mVPA4/s400/calvin1.JPG acessado em 28/09/2009. FORMAS DE AVALIAO COMUNS: De forma processual envolvendo: apresentao de mini-seminrios; participao e conduta nas dinmicas

    propostas; participao e apresentao do trabalho de

    campo; produo individual e coletiva de textos e

    painis; avaliao escrita; avaliao formal mista; pesquisa de contedos; gincana sobre o contedo.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    29

    SUGESTO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAO3

    1 Observao: preciso aprender a olhar e a escutar cuidadosamente os estudantes. Aprender a observar saber que ao olharmos temos hipteses, objetivos, antes mesmo de fazermos as observaes. Pode ser incidental ou sistemtica (com roteiro de critrios de observao) 2 Anedotrios: anotaes realizadas pelo professor, sobre suas experincias e vivncias, podem ser apoiadas em imagens, desenhos e produes dos alunos. 3 Dirio de aula: o caderno em que o educador registra seu planejamento e suas impresses sobre as atividades, os estudantes, as reunies realizadas com os pais ou a equipe. Esse registro guarda a memria do trabalho com a turma e um valioso elemento de reflexo para o professor sobre sua prtica. um ponto de referncia para o planejamento e a avaliao do trabalho. 4 O livro da vida da turma: nele os prprios estudantes registram, atravs de diferentes linguagens (fotos, poesias, textos, desenhos, canes, mapas, etc.), os aspectos significativos de sua vida em grupo. O livro da turma contm o relato das experincias vividas, das aprendizagens realizadas, dos problemas solucionados, dos dramas vivenciados. uma memria coletiva que acompanha o desenvolvimento dos alunos no convvio social. 5 Planilhas: uma tabela com o nome dos alunos na primeira coluna e nas demais os objetivos das observaes. um registro formal com critrios estabelecidos no dia-a-dia. Tambm pode ser destinado a um grupo especfico de alunos. 6 Entrevista: podem ser estruturadas ou no, com questes fechadas e abertas, onde os estudantes contam o que aprenderam, o que conseguiram fazer, como pretendem utilizar os

    3 Texto retirado do artigo de Maria Carmen Silveira Barbosa UFRGS. O acompanhamento das aprendizagens e a avaliao. Revista Patio, n.4. abr/jul, 204.

    conhecimentos adquiridos. 7 Debates: constituem-se em momentos de discusso entre os estudantes, podendo ser realizados em pequenos grupos ou com toda a turma sobre os temas das aprendizagens. Podem ser gravadas, transcritas, reapresentadas aos estudantes, sendo analisadas pelo professor a fim de acompanhar o desenvolvimento do grupo. 8 Controle coletivo do trabalho: so painis onde se registram individualmente o envolvimento dos alunos nos temas propostos. O prprio estudante pode registrar a sua auto-avaliao. interessante tambm para perceber rapidamente o nvel de aprendizagem e comprometimento da turma. Podem ser com ims, com fichas colocadas nas pregas ao lado do nome da criana, com adesivos... 9 - Agenda escolar: um instrumento que facilita a comunicao com os pais, onde estes podem enviar bilhetes, informaes adicionais para o professor, como se fosse um dirio compartilhado. 10 Auto-avaliao: com as crianas pequenas, um exerccio de reflexo que no pode ser feito com intuito moral (normalmente punitivo), mas com a inteno de ajudar a criana a observar suas aes, relatar o que fez, recontar em diferentes linguagens suas aprendizagens. 11 Anlise das produes: do grupo ou individual possibilita compararmos os avanos e as necessidades de cada criana, com as aprendizagens anteriores. 12 Conselho de Classe: momento em que toda a equipe de profissionais envolvida na educao se rene para discutir o processo educativo da turma e individualmente de cada estudante. Atravs de mltiplos olhares sobre o estudante pode-se chegar a solues adequadas a cada caso. 13 Trabalhos de consolidao e integrao dos conhecimentos: envolve a aplicao dos conhecimentos adquiridos anteriormente em situaes complexas, como a elaborao de uma exposio, de um livro, de uma instalao. Sabemos que as aprendizagens significativas so aquelas realizadas de modo colaborativo, feitas no embate de idias, de ponto de vista, de confronto.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    30

    Os trabalhos de campo tambm possibilitam momentos em que o estudante podem por a prova todos os seus conhecimentos em um tipo de ao que traz ao professor vrias situaes inditas. 14 Portflios: pasta ou fichrio onde os estudantes selecionam suas produes, anotaes, memrias das suas aprendizagens, documentos e projetos. 15 Relatrios: onde so apresentados os resultados das atividades realizadas aos pais e demais interessados. Podem ser elaborados com a ajuda dos estudantes em algumas partes, os prprios pais tambm podem fazer o seu registro, de modo que todas as partes interessadas tenham acesso ao instrumento. Estes relatrios podem acompanhar a vida escolar do estudante, facilitando muito o trabalho dos prximos educadores, onde compreenderam melhor as facilidades e dificuldades j enfrentadas pelos alunos. 16 Novas prticas para comunicar os resultados da aprendizagem: exposies, apresentaes, dramatizaes, encontro de pais, compilao de documentos produzidos, exposies fotogrficas, painis, panfletos, cadernos, cartas, instalaes, livros, histrias em quadrinhos, vdeos e outros meios.

    TESTE E FORMATAO INDIVIDUAL4

    Neste tipo de teste, o Professor constri vrios blocos de questes, agrupados de acordo com o tema, com graus e dificuldade variados, a partir dos objetivos estabelecidos e o estudante escolhe as questes que deseja responder, de acordo com o critrio estabelecido. Para a elaborao do teste, como em qualquer outro, primeiro o Professor constri uma matriz de especificaes baseada no contedo ministrado naquele perodo. Exemplo de Matriz de especificaes para testes:

    4 SILVA, E. A; PALAZZO, J.; CAIXETA, N. C. Teste de formatao individual. In: RODRIGUES JUNIOR, J.F. et all. Avaliao do estudante universitrio.Braslia: SENAC, 2009.

    Categorias Objetivos Contedos* Co

    nhec

    imen

    to

    Com

    pree

    nso

    Aplic

    ao

    Anl

    ise

    Snt

    ese

    Aval

    ia

    o

    N

    QU

    EST

    ES

    VALO

    R T

    OTA

    L

    Poder e poltica

    5** 1,0***

    3 1,0

    3 1,0

    11 3,0

    Ideologia

    5 0,5

    4 1,5

    3 1,5

    12 4,0

    Formao do Estado Moderno

    4 0,5

    2 1,3

    2 1,2

    4 3,0

    * Para cada tema o estudante deve escolher uma quantidade de questes que completem o valor mximo do contedo/bloco. * Nmero de questes ** Valor de cada questo Cada clula representa um contedo especfico em relao a um determinado objetivo ou comportamento esperado dos respondentes. Passos: 1 Decidir-se quanto aos objetivos gerais do

    teste. 2 Depois se desdobra o objetivo geral em

    objetivos referentes a cada componente do contedo a ser ensinado.

    3 Constri a tabela da seguinte forma: cada comportamento/processo cognitivo colocado ao longo de uma das categorias e os diferentes contedos no outro eixo. Na interseco dos eixos, o professor dever colocar a quantidade de itens e o seu valor, depois especificar o formato dos itens. (diferentes tipos de questes).

    4 Na elaborao dos itens/questes o professor dever considerar que o total de pontos de todas as questes de cada bloco dever ser superior ao total que o aluno dever alcanar nele, dando-lhe, realmente, a oportunidade de escolha. Por exemplo: na tabela acima, no contedo ideologia so apresentadas 12 questes (total 15,0 pontos), com valores diferentes, de acordo com a categoria, o estudante dever escolher um nmero de questes que somem no mximo 4,0 pontos.

    5 importante que o Professor observe a variedade de itens/questes de formato qualitativo ou quantitativo, de processos cognitivos (categorias) e de pontuao.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    31

    MAPAS CONCEITUAIS COMO RECURSO PARA AVALIAO

    O Mapa Conceitual uma tcnica pedaggica para organizar e representar o conhecimento graficamente. Os conceitos e as proposies so os blocos de construo do conhecimento em qualquer domnio. Foi criado por Joseph Donald Novak (1977) com base na aprendizagem significativa de David Ausubel (1968), cuja essncia que as idias novas ancoram-se em conceitos relevantes que o aprendiz j sabe

    (subsunsores), pr-existentes na estrutura cognitiva de quem aprende. uma tcnica muito flexvel, podendo ser aplicada como instrumento de anlise de currculo e recurso de aprendizagem: para orientao; explorao do que os estudantes j sabem; focar um conceito particular; observar a estrutura do pensamento em relao ao tema proposto; ponto de partida para novas pesquisas e aprendizagens; meio de avaliao e auto-avaliao, etc. O trabalho com os contedos estruturantes das disciplinas da Educao Bsica e seus temas especficos, segundo as Diretrizes Curriculares Estado do Paran, se dar em quatro momentos: a sensibilizao, a problematizao, a investigao e a criao de conceitos, desta forma podem observar que a tcnica apresentada facilita a compreenso, tanto do aluno como do professor, das construes lgicas que o aprendiz possui no momento da elaborao do seu mapa conceitual. A edio de mapas pode ser feita manuscrita, ou com auxlio de softwares apropriados, tais como o Cmap Tool, um programa livre, em portugus, com possibilidade de insero de udio, vdeo, imagens, textos e links disponibilizados on-line; j o Inspiration um software com linguagem visual, isto , os conceitos podem ser representados com figuras, pode usar editores de apresentaes, mas tambm existem outros recursos no mercado.

    A figura acima traz um exemplo de mapa conceitual sobre mapa conceitual, observe que ele escrito com conceitos destacados e relacionados entre si, atravs de frases de ligao. Como construir um mapa conceitual5 Identifique os conceitos-chave do contedo

    que vai mapear e ponha-os em uma lista. Limite entre 6 e 10 o nmero de conceitos.

    Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral(is), mais inclusivo(s), no topo do mapa e, gradualmente, v agregando os demais at completar o diagrama de acordo com o princpio da diferenciao progressiva.

    Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave que explicitem a relao entre os conceitos. Os conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma proposio que expresse o significado da relao.

    Setas podem ser usadas quando se quer dar

    5 MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e a aprendizagem significativa. Disponvel em http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf acessado em 12/10/2009.

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    32

    um sentido a uma relao. No entanto, o uso de muitas setas acaba por transformar o mapa conceitual em um diagrama de fluxo.

    Evite palavras que apenas indiquem relaes triviais entre os conceitos. Busque relaes horizontais e cruzadas.

    Exemplos podem ser agregados ao mapa. Lembre-se que no h um nico modo de

    traar um mapa conceitual. medida que muda sua compreenso sobre as relaes entre os conceitos, ou medida que voc aprende, seu mapa tambm muda. Um mapa conceitual um instrumento dinmico, refletindo a compreenso de quem o faz no momento em que o faz.

    Compartilhe seu mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relaes, questione a localizao de certos conceitos, a incluso de alguns que no lhe parecem

    H aplicativos especialmente desenhados para a construo de mapas conceituais. O mais conhecido deles o Cmap Toos: http://penta2.ufrgs.br/edutools/tutcmaps/tutindicecmap.htm.

    Nesta tcnica fcil avaliar a aprendizagem de um aluno com os mapas conceituais, pois ficar claro se ele conseguiu entender e memorizar compreensivamente as relaes conceituais e se captou, de fato, os significados bsicos que se tentou ensinar-lhe. um modo de conseguir que os alunos verdadeiramente pensem e sejam ajudados a ver e estabelecer relaes nas quais nunca haviam reparado. Destacamos dois princpios6: a) Diferenciao progressiva: mediante este princpio a aprendizagem significativa um processo contnuo, em cujo transcurso os novos conceitos alcanam significado medida que se adquirem novas relaes; portanto, os conceitos so aprendidos totalmente, mas vo sendo aprendidos, modificados ou tornando-se mais explcitos medida que vo diferenciando-se progressivamente. (NOVAK apud PEA, 2005, p. 130). O professor pode solicitar aos alunos que a partir

    6 PEA, A. et all. Mapas Conceituais: uma tcnica para aprender. So Paulo: Loyola, 2005.

    de um conceito-chave elaborem um mapa conceitual registrando sua aprendizagem, estabelecendo relaes do conceito principal com os demais estudados.

    Tambm possvel selecionar vrios conceitos do contedo selecionado para a avaliao e solicitar que os estudantes elaborem um mapa-conceitual expressando as relaes entre estes.

    b) Reconciliao integrativa: este princpio estabelece que exista uma melhora na aprendizagem significativa quando quem aprende reconhece novas relaes ou vnculos conceituais entre conjuntos relacionados de conceitos ou proposies. O professor pode solicitar que os estudantes

    elaborem um mapa conceitual antes de iniciar o estudo do tema, demonstrando o seu entendimento do assunto, ou seja, seu conhecimento do senso comum ou pr-conceitos.

    Durante o processo de construo do conhecimento ou mesmo, aps o trmino das atividades programadas os estudantes retornam ao primeiro mapa conceitual e acrescentam as novas aprendizagens, reformulam os conceitos anteriores, enriquecem com novos conceitos. O estudante perceber que poderia ter se equivocado com alguns conceitos ou mesmo estarem expressas de forma incompleta e incorreta.

    Podem ser estabelecidas relaes cruzadas entre conceitos.

    Usando um escala de valorizao: As proposies: os conceitos com as palavras-

    chave apropriadas que nos indicaro as relaes vlidas ou equivocadas.

    A hierarquizao: sempre no sentido de que os conceitos mais gerais incluam os mais especficos.

    As relaes cruzadas: que mostram relaes entre conceitos pertencentes a diferentes partes do mapa conceitual.

    Os exemplos, em certos casos, para assegurar que os alunos compreenderam, correspondendo expectativa, o que conceito e o que no .

    ANOTAES

  • PDE ESCOLA - 2009 COLEGIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO

    TELMACO BORBA - PARAN

    Organizado pela Prof Rosngela Menta Mello - 2009

    Cade

    rno

    Peda

    ggi

    co

    33

    ELABORAO DO INSTRUMENTO 1. Planejar o texto com antecedncia. 2. Determinar os objetivos e contedos a serem

    examinados. 3. Selecionar a tcnica adequada. 4. Utilizar uma variedade de tcnicas. 5. Definir o nvel geral e distribuir as questes

    segundo esta dificuldade. 6. Preparar questes com sobra. 7. Certificar-se de que as questes so

    independentes umas das outras. 8. Ter conscincia das possibilidades e limitaes

    das tcnicas de avaliao. 9. Fazer instrues claras, evitando dvidas. 10. Obter de outro professor uma crtica sobre o

    instrumento organizado. 11. Saber que a avaliao um meio e no um fim.

    FONTE: Imagem acessada em 30/08/2009, disponvel em http://sonhoscomdetalhes.wordpress.com/2009/07/20/arriscar-e-preciso/

    PLANEJAMENTO DO INSTRUMENTO DE AVALIAO

    1 Estabelecer a finalidade da avaliao:

    Sondagem Avaliao diria Avaliao de unidade Avaliao bimestral Exame final

    2 Preparao de esquema bsico:

    Objetivos a avaliar Distribuio proporcional dos assuntos Tempo disponvel Total de questes Escolha dos tipos de questes: Adequao aos objetivos a verificar Adequao ao tempo disponvel

    Adequao ao nvel de dificuldade 4 Elaborao e montagem do instrumento formal:

    Conforme as tcnicas de montagem para cada tipo de quesito selecionado.

    De acordo com a metodologia empregada durante as aulas.

    5 Organizao do barema (valorao), na pgina 43