caderno pedagógico eja fátima 2011 1

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Produção do coletivo de professores e alunos da EJA - EMEF Fátima.

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    NDICE

    Apresentao Introduo Cap. I Fazendo Arte: Mandalas, Lixo Extraordinrio e Bienal do Mercosul Texto coletivo sobre a visita Bienal do Mercosul- Ensaios de geopotica - 8 Mandalas Andrea Brugalli - 9 Lixo Extraordinrio e recriaes Mrcia Nunes Vargas - 11 Cap. II Literatura de cordel no projeto Adote um Escritor - Adote um escritor Fabio Sombra Joo Kunz - 15 - Trabalhando com as rimas, como Fbio Sombra Maximiliano Soares, Maria Ferreira - 17 - Fbio Sombra Tamires Silva da Silva - 18 - A histria de ns dois Shaiane Souza Duarte - 19 - Amor de cinderela Diuli Vidal Oliveira - 20 - Lenda de Obirici Dieniffer Souza Dutra - 21 - Castelo do alto da Bronze Guilherme da Silva Antunes - 22 - O crime da rua do arvoredo Mainara Gomes Pereira - 23 - A menina Paola Pires Ribeiro - 24 - O Amor Jaderson da Silva Rodrigues - 25 - A minha vida hoje Raquel da Costa - 26 - A bruxa boa Eliane Rodrigues dos Santos - 27 - Maria Francelina Paloma Freitas - 28 - A lio da vida de Pedro Daniel da Silva Ferreira - 29 - Minha vida Luciane Reinoo - 31 - Orgulho Andressa da Costa Veiga - 32 - Amar e ser amado Kelly Pessi Nunes - 34 - Uma vida restaurada Humberto vila - 35 - Doce Menina Milena Ribeiro Vilela - 36 Cap. III Da denncia da excluso s lutas pela incluso - O preconceito contra a vila Adriano da Silva - 37 - Pra que racismo Andressa da Costa Veiga - 38 - No quero desistir dos meus sonhos Bruna da Silva - 38 - Este ano Maria Ferreira - 39 - Estudar para melhorar a vida Fernanda Monteiro Martins - 39 - A pobreza Ctia Cristina Fernandes Menezes - 40 - Baixa escolaridade Dieniffer Souza Dutra - 40 - Racismo Elemar Silveira da Costa Jnior - 41 - Meu marido Luciana de Assis Fagundes - 41 - Voc tambm racista? - Fernanda Monteiro Martins - 42 - Semana da Conscincia Negra Marco Mello - 42 - Que sorte! Gustavo Renato - 43 - Racismo, Pobreza Gustavo da Silva Antunes - 44

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    - Sou jornaleira, sim, por qu? - Eliane Regina Rodrigues dos Santos - 45 - A histria de Rafael Jonathan Pereira Luz - 46 - O racismo Luciane Reinoo - 46 - Pobreza Milena Ribeiro Vilela - 47 - As conseqncias de abandonar a escola Paloma Freitas - 47 - Minha histria de vida Humberto vila Garcia - 47 - Discriminao Paola Pires Ribeiro - 48 - O preconceito de cores Shaiane Souza Duarte - 49 - Se voc no racista pode ser meu amigo Vanderlei Jnior Gomes - 49 - A educao no Brasil um problema Valdomiro Fernandes - 50 - Davi e a excluso Daniel da Silva Ferreira - 50 - Pobreza e excluso Ivete Sheuermann - 51 - Avaliao da escola e auto-avaliao Maria Fernandes e Maximiliano Soares - 52 - Educao de qualidade exige investimentos: 10% do PIB para a educao pblica - 53 - EJA Ftima no Dirio Gacho - 54 - Quer estudar? - 54 - Cidade Escola: Cooperativa de Comunicao Comunitria Voz 470 - 56

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    escolhido o Autor Fbio Sombra, que contou algumas histrias de seus livros, relatou experincias do seu cotidiano literrio e inclusive ilustrou algumas histrias ao som de sua viola. A equipe do Jornal Voz 470 fez a cobertura jornalstica do evento. As aulas do Ncleo de Rdio, Jornal e Informtica proporcionam uma aproximao com o mundo do trabalho, convvio e interao de alunos, possibilitando a incluso digital e tambm o conhecimento da Linguagem de Rdio, Jornal, Informtica e TV, divulgao dos eventos da Escola, criao e postagem de informaes na Internet, no blog da Voz 470. Alm disso, trabalhamos a melhoria da linguagem escrita e oral e incitamos a anlise crtica das notcias, para com isso

    desenvolver a capacidade de observao, iniciativa, disciplina e concentrao do aluno. Essas oportunas oficinas so oferecidas aos alunos da escola, sempre em horrio inverso ao de suas aulas regulares, bem como comunidade em geral, objetivando a integrao com as aprendizagens obtidas em sala de aula e, principalmente, um crescimento pessoal e social.

    Confira isto tudo em nosso blog: voz470.blogspot.com

    SUPERVISO: Fabiana Muller Machado

    PROFESSORES:

    Marcos Flvio Marques Flores Marlia Real Guerra

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    APRESENTAO

    Ao lermos as produes contidas nesta publicao da EJA conta histrias... da Escola Ftima, somos arrebatados por sentimentos e emoes, tais como orgulho, alegria, esperana e gratido.

    Devemos orgulhar-nos do progresso que cada um alcanou, das dificuldades que enfrentou e superou para saborear a glria de cada conquista. Alegrar-nos com as poesias de cordel, com o encontro entre as pessoas que tm como objetivo um mundo melhor. Mantermos viva a esperana de que tudo pode sempre melhorar, que tomar conscincia da realidade um passo para a mudana, e porque ainda conseguimos nos indignar com as injustias do mundo como o racismo e o preconceito. Somos gratos pelo trabalho desenvolvido pelos professores e alunos, pelo resultado alcanado, fruto de trabalho intenso, de pura superao.

    Estas emoes e sentimentos so despertados pelas produes dos alunos e professores e so uma pequena amostra de nossas vivncias educativas e das conquistas de cada um durante o ano de 2011. Parabns a todos pela generosidade em compartilhar suas histrias com os leitores e sobretudo parabns pelas vitrias de cada um, pelas transformaes e metamorfoses que vivenciou e por manterem viva a esperana que a educao verdadeiramente transformadora da vida,

    Srgio Lus Mayer

    Vice-Diretor

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    INTRODUO

    Um trabalho feito com paixo, garra, determinao. Assim so as atividades que envolvem a Educao de Jovens e Adultos que verdadeiramente assumem o compromisso com uma educao crtica, transformada e transformadora.

    Em um contexto marcado severamente pelos altos ndices de excluso econmica, social, tnico-racial e de gnero, a EJA assume uma identidade marcada pelo compromisso com os jovens, adultos e idosos da classe trabalhadora que anseiam ser-mais e percebem a escola como espao privilegiado de recomear e retomar seus projetos de vida.

    Com esta publicao A EJA Ftima conta histrias... reafirmamos o compromisso com a produo, socializao e circulao de conhecimentos produzidos ao longo do ano letivo com nossos educandos e educandas, que revela o processo e os produtos de imensa boniteza, que se revela por vezes como confisso, outras como desabafo, outras como sonhos generosos, mas sempre marcados pelo uso inteligente da palavra e de smbolos e imagens de resistncia e afirmao de uma humanidade roubada.

    Encontraremos aqui, nos trs captulos que compem este Caderno, algumas das produes realizadas no campo da Arte-Educao articulada com outros componentes curriculares, aquelas realizadas em torno do eixo temtico da excluso e incluso social e ainda as belas e criativas criaes da literatura de cordel, motivadas pelo dilogo com o escritor e pesquisador da cultura popular Fbio Sombra.

    Em especial, esse trabalho s foi possvel devido fora do trabalho coletivo e colaborao de todos. A eles e a elas nossa homenagem sincera e agradecimentos. Boa leitura para todos ns!

    Marco Mello

    Coordenador. Pedaggico Educao de Jovens e Adultos

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    A Cooperativa de Comunicao Comunitria ncleos Rdio, Jornal e Informtica uma das bases estruturais do Projeto Cidade Escola, que acontece, na prtica, desde 2007 na E.M.E.F. Nossa Senhora de Ftima. Muitas parcerias, realizaes e participaes foram efetivadas durante o ano de 2011, atravs da atuao e presena constante de alunos e professores

    desses Ncleos. Entre outras aes, alguns trabalhos podem ser aqui enumerados, caracterizando as atividades especficas de sala de aula e sua prtica fora dela. Os alunos atuaram intensamente realizando, em um primeiro momento, a sua aquisio de conhecimentos especficos da linguagem de Rdio, Jornal e Informtica. Aprendem nas oficinas a manusear equipamentos como Computadores, Mesas de Som, Gravadores de udio, Foto e Vdeo, Microfones e Montagem de Equipamentos. Na oficina de jornal, especificamente, os alunos so estimulados a produzir textos e reportagens dos eventos em que participam, praticam a leitura de imagens, descrevendo e analisando criticamente as suas observaes, alem de registrar em CDs prprios as suas produes. Neste ano nossa equipe de alunos realizou, de forma prtica, a cobertura de diversos eventos, tais como: Aniversrio e Festa Junina da Escola, Desafio de Xadrez com Garry Kasparov, Dia das Mes, Entrelaamentos Culturais, Brechs, Eleio e Posse do Conselho Escolar, Ftima Produes, Homenagem Funcionria Polaca (que se aposentou este ano), Dia da Conscincia Negra, Dia da Criana, Feira do Livro da Escola Ftima e Adote um Escritor. Realizaram trs visitas de carter pedaggico ao Memorial do Rio Grande do Sul, ao Grupo de Comunicao RBS e inaugurao da placa alusiva aos mil dias que antecedem a Copa do Mundo no Brasil. Enfatizamos aqui a parceria com a Equipe da Educao de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Ftima, por ocasio do evento Adote um Escritor. Em 2011 foi

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    EJA FTIMA NO DIRIO GACHO

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    CAP I

    FAZENDO ARTE:

    Mandalas, lixo extraordinrio

    e Bienal do Mercosul

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    TEXTO COLETIVO SOBRE A VISITA BIENAL DO MERCOSUL- ENSAIOS DE GEOPOTICA

    Fomos Bienal no dia 27/09/2011.

    Foi muito bom passear com os outros alunos e professores da escola, porque ns conhecemos melhor as pessoas com quem convivemos todos os dias.

    L na Bienal, um mediador mostrou os trabalhos, um por um, e explicou cada um deles com muita calma. Todos conseguiram entender o que o trabalho informava.

    A exposio estava bem interessante. Tinha cartes postais de outros pases, desenhos, filme com estrangeiros, slides, um painel todo enfeitado com alfinetes e maquetes.

    Ns visitamos o pavilho 5. No tivemos tempo para ver os trabalhos expostos nos outros pavilhes.

    Foi timo sair da escola e conhecer outras coisas. Queramos ter mais oportunidades como essa durante o ano.

    T1,T2eT3

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    PLEBISCITO 10% PIB J

    Mais uma vez a sociedade se mobilizou, atravs de um Plebiscito Popular, para influenciar parlamentares e governantes a assegurar no oramento da Unio o investimento de 10% do Produto Interno Bruto para a educao pblica.

    Mais uma fez participamos, com nossos educandos, debatendo o tema e participando na votao, que contou com o apoio da ATEMPA Assoc dos Trabalhadores em Educao e SIMPA Sindicato dos Municiprios de Porto Alegre.

    Em 2001 o Brasil aplicava 3,9% do PIB em educao. Dez anos depois passamos apenas para 5%. O relatrio do governo, em discusso na Cmara dos Deputados, prope que esse valor cresa apenas 3% e isso at 2020. muito pouco!

    Queremos um Plano Nacional de Educao (2011-2020) que, de fato, invista recursos significativos para a superao da excluso educacional e social e crie condies de vida digna para todos e todas.

    Coletivo de Educadores

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    AVALIAO DA ESCOLA E AUTO-AVALIAO - Outubro/2011

    10 palavras sobre o que aprendi at agora na escola:

    - matemtica

    - histria

    - ler e escrever

    - cordel

    - higiene

    - aparelho digestivo

    - formar frases

    - recortar e colar

    - assistir filmes

    - alfabeto

    Maximiliano Soares T3

    - ler

    - ler poesia e cordel

    - calcular

    - alfabeto maisculo e minsculo

    - escrever

    - ser mais rpida

    - assistir filmes

    - sequncia dos nmeros

    - corpo humano

    - palavra cruzada

    Maria Ferreira T3

    Sobre o relacionamento com colegas e professora:

    - muito legal (professora)

    - amigos

    - compreensivos

    - bons colegas

    Maximiliano Soares T3

    - amigos

    - atenciosa (professora)

    - tem muita vontade (professora)

    - gostam de aprender

    Maria Ferreira T3

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    MANDALA

    Mandala significa crculo, uma representao geomtrica da dinmica relao entre o homem e o cosmo.

    A mandala como simbolismo do centro do mundo d forma no apenas s cidades, aos templos e aos palcios reais, mas tambm a mais modesta habitao humana.

    Em termos de artes plsticas, a mandala apresenta sempre grande profuso de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentrao para se atingir outros nveis de contemplao. H toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.

    Originalmente criadas em giz, as mandalas so um espao sagrado de meditao.

    Maria Ferreira T3

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    Fabiana Silva T3

    TEXTO COLETIVO PRODUZIDO APS O TRABALHO SOBRE MANDALAS

    Ns achamos muito bom pintar as mandalas, porque enquanto amos pintando, ficvamos conversando sobre as coisas do dia a dia. At quem era mais quieto acabava se envolvendo mais na conversa, porque ns ficamos muito calmos e concentrados.

    A professora Andreia explicou que todo desenho deveria ser pintado, que nenhum espao poderia ficar em branco. As cores deveriam expressar nossos sentimentos, desejos...

    No incio achamos meio esquisito, mas depois quisemos pintar outras mandalas e at levar algumas para pintar em casa.

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    POBREZA E EXCLUSO

    O que cada um tem a ver com a excluso e a pobreza?

    Neste mundo de hoje as pessoas de baixa renda so excludas. Muitas no tm como se manter. H formas diferentes de ver uma pessoa pobre e com renda mnima.

    A partir das eleies anteriores, em que o presidente Lula se elegeu, muitas coisas mudaram, com a introduo da bolsa famlia que ajuda muita gente e faz com que crianas voltem a estudar. Muitas j saram das ruas e muitas se formaram e trabalham de forma honesta.

    O pobre discriminado por no ter um poder aquisitivo igual ao das outras pessoas.

    Muitas vezes nas ruas as pessoas se incomodam com uma pessoa suja, bbada ou drogada por medo de serem assaltadas. Ento, s porque algum pobre e no tem um lugar bom para morar ou porque no tem dinheiro para se vestir bem ele logo discriminado e as pessoas se afastam dele.

    Felizmente nosso governo est implantando algumas melhorias atravs de vrios projetos e atravs da criao de empregos. Muitos tm oportunidade de fazer cursos e se preparar para conseguir um emprego melhor. Mas muitos ainda no so atingidos por estes projetos porque no tm experincia. Ento continuam vivendo na pobreza e sofrem com a excluso.

    Ivete Scheuermann T4

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    A EDUCAO NO BRASIL UM PROBLEMA A EVOLUO NO BRASIL UM PROBLEMA

    Eu vejo que aqui no Brasil as autoridades no esto nem um pouquinho preocupadas com o povo e com a educao dele.

    Se tivessem mais interesse, no tinha tanta misria com o analfabetismo. Os deputados, os governantes e a presidente tm todo o poder de controlar esta situao.

    Eu vejo que em outros pases os responsveis ajudam a maioria do povo, como na Frana.

    Uma vez, conversando com um rapaz que est estudando l, ele me falou que quando a pessoa est desempregada o governo ajuda at a pessoa a arrumar empregos. Isto que bonito!

    Aqui no Brasil eles no do oportunidade para as pessoas.

    Valdomiro Fernandes T4

    DAVI E A EXCLUSO

    Tinha um menino chamado Davi. Ele morava num barraco e era muito pobre. Ele sofria com a excluso social. Onde ele passava, ele era olhado com maus olhos, porque ele no tinha muitas condies para comer bem e morar bem. Um certo dia as amigas dele o chamaram para sair. E os prprios amigos lembraram:

    - Ah, voc no tem condio para sair! Voc pobre!

    E ele ficou triste, muito triste com essas palavras dos amigos. Ele sofria muito, mas muito com a excluso social na vida dele porque ele pedia coisas para os outros, como roupas, camisa e etc. Mas ele acreditava que podia reverter a situao porque ele pensava que no era ningum na vida.

    Ento ele parou para pensar e disse:

    - Eu vou lutar e trabalhar para mudar de vida!

    E foi isso que ele fez. E conseguiu um emprego que para ele era muito legal, porque ele pensava que ia viver sempre com as esmolas dos outros.

    Com o trabalho novo at conseguiu comprar uma casa. Ento foi isso. Ele mostrou para a sociedade que ele faz parte da vida digna e boa.

    Daniel da Silva Ferreira - T6

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    LIXO EXTRAORDINRIO

    Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo

    Extraordinrio acompanha o trabalho do artista plstico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitrios do mundo: o Jardim Gramacho, localizado na periferia de Duque de Caxias (RJ). L, ele entra em contato com um grupo de catadores de materiais reciclveis, com o objetivo inicial de retrat-los. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do esprito humano. O filme recebeu em 2010 o prmio do pblico de melhor documentrio

    internacional no Festival de Sundance, os prmios da Anistia Internacional e do pblico na mostra Panorama do Festival de Berlim. Em janeiro de 2011, recebeu a indicao para o Oscar de melhor documentrio. Direo: Lucy Walker, Joo Jardim, Karen Harley. Durao: 90 mins. Gnero: Documentrio

    O filme foi o ponto de partida para um trabalho de criao artstica com os alunos da T6. Para esse trabalho foi distribudo diversos livros de arte de artistas para que os alunos em grupos escolhessem uma imagem de um quadro que eles se identificassem. Aps a escolha os alunos pesquisaram na informtica quem foi o artista que pintou, sua biografia e a poca da obra de arte. Como tarefa artstica os alunos da T6

    reproduziram atravs de fotos a disposio das figuras, os personagens e a ambientao do quadro. Cada grupo recebeu a sua foto ampliada em tamanho duplo ofcio e interferiu plasticamente vrios materiais como guache , lpis de cor, giz de cera , canetinha e recortes recriando uma nova expresso artstica.

    Profa. Marcia Nunes Vargas

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    Vanessa Gomes Silva posa como modelo a partir da tela O turbante laranja (1945) de Tamara Lempicka (1898-1980).

    Pmela Beatriz Alves de Almeida posa como modelo, a partir da pintura A mulher de azul (1939), de Tamara Lempicka (1898-1980)

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    O PRECONCEITO DE CORES

    Tinha uma menina de 12 anos que era da cor branca. Ela era bem bonita. Sua me era uma mulher bem pobre. Tinha oito filhos: sete meninas e um menino. Os filhos pediam comida nas casas. Ela era uma mulher alcolatra. Suas filhas foram morar com outras pessoas. Sua filha mais velha foi embora e levou sua irm de 12 anos para morar com ela.

    Essa menina bonita conheceu um moo que era negro. Ela na poca tinha apenas 14 anos e foi morar com ele. Eles se casaram e ela ficou um ano com ele. Ento ela descobriu que estava grvida de 4 meses. Ela estava muito feliz e falou para ele. Ele falou para seus irmos. Eles no gostaram muito da ideia de ter um(a)sobrinho(a). Depois de alguns meses o cunhado da moa tentou fazer coisas para ela se separar do seu irmo. Ela pegou as suas roupas e as do beb e foi embora. Ela sentiu uma dor muito forte na barriga e foi para o hospital e ganhou o seu beb. Era uma menina. S tinha um problema: a menina era branca. Ningum da famlia do moo aceitou a criana. Ele at mesmo desconfiava da moa.

    Quando sua filha tinha um aninho, o moo nunca mais foi v-la. Quando ela completou 7 anos ele pediu um exame de DNA para saber se a menininha era realmente sua filha. O resultado mostrou que ela era sua filha.

    A menina sofreu bastante preconceito da parte dos familiares do pai dela. Mas ela no ficou muito triste porque eles tinham que entender que isso acontece em muitas famlias. Ela era branca por fora, mas era negra por dentro.

    Agora, depois de 16 anos, eles entenderam que ela era sua sobrinha, mesmo com sua cor branca. Ela est muito feliz com sua cor.

    Shaiane Souza Duarte T4

    SE VOC NO RACISTA PODE SER MEU AMIGO

    Joo um cara que gosta de crianas brancas, negras e ndias. Para ele criana tudo igual. Mas Marcelo diferente. Ele s gosta de crianas brancas e no gosta de morar em vila por causa da sua me que o criou. Joo jogava bola com as crianas e ia nas praas com todo mundo que o convidava. Marcelo no gostava de ficar perto do Joo porque ele se dava com todo mundo na vila e quando Joo convidou Marcelo para ir na praa, Marcelo falou que no queria ir por causa das pessoas com quem ele andava. E Joo falou: - por que voc no gosta das pessoas com quem eu ando? Voc mora na vila e sabe que todos so legais e amigos de todos! Marcelo falou: - eu no gosto porque umas so ndias. Mas Joo falou: - nossa, como voc racista! E o Marcelo falou: - eu no sou, s no gosto deles porque eles tm cor diferente de ns. E Joo falou: - se voc no gosta das pessoas com quem eu ando e por causa da cor deles porque eles so negros ndios, ento no anda mais comigo. No gosto de voc porque voc racista. Quando voc mudar e gostar de todos, voc pode ser meu amigo. No importa se voc preto ou branco, eu vou ser sempre amigo de todos.

    Vanderlei Jnior Gomes T4

  • 48

    DISCRIMINAO

    Tem muita excluso

    e discriminao.

    Podemos mudar

    essa situao.

    Devemos comear

    pela educao.

    As pessoas devem

    mudar de opinio

    para adquirir

    respeito e compreenso.

    Pensem num mundo

    sem discriminao.

    O gay pode ser respeitado

    e o negro pode ser patro.

    O jovem deve saber

    que os idosos tm razo.

    As pessoas especiais

    tm trabalho e corao.

    O mundo assim deve ser justo.

    Voc no acha no ?

    Paola Pires Ribeiro T5

  • 13

    Mrcia Maria Rodrigues, Humberto vila Garcia, Anglica Pereira da Silva, Robinson Silva de Oliveira posam a partir do quadro El camin (1945), de Frida Kahlo. (1907-1941)

  • 14

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    POBREZA

    Pobreza um caso muito srio. Tenho muita pena das pessoas que vivem na rua e no tm renda suficiente

    para se sustentar. E tambm dependem do outro para comer, dormir, trabalhar. H muitos que no trabalham e tm renda muito baixa, no mximo 10% do necessrio. Ento no pode ser assim. Eu acho que direito um direito para todos.

    Na minha opinio, a pobreza tem muitas coisas envolvidas, como drogas e problemas familiares. As pessoas que vivem na rua no tm respeito por si mesmas.

    Eu vi um caso muito interessante: um morador de rua foi pintado de prata. Isso aconteceu em Porto Alegre, no centro. Eu achei falta de respeito. Ele no tem culpa de morar na rua; no tem onde dormir e comer. Isso desumano.

    Aqui mesmo no bairro Bom Jesus tem muito moradores de rua que so chamados de maloqueiros, sujos, mal arrumados, etc...

    Milena Ribeiro Vilela T5

    AS CONSEQUNCIAS DE ABANDONAR A ESCOLA

    Hoje em dia muitas pessoas tem baixa escolaridade por que acabam deixando a escola por motivos de brigas, doenas, filhos e famlia. S que essas pessoas acabam deixando para trs a escola e no percebem que deixam o futuro ir pelo ralo. E com o tempo acabam essas pessoas sendo mandadas e jamais podero mandar, como era o seu sonho.

    Paloma Freitas T5

    MINHA HISTRIA DE VIDA

    Eu tinha 14 anos quando soube que uma rede de supermercados estava admitindo empacotadores. Eu estava desempregado e na manh seguinte resolvi fazer uma ficha. Chegando no local onde faziam as fichas, vi que j estava bastante lotado. Mas tinha ainda vrias cadeiras desocupadas e ento eu sentei. Todos estavam esperando a distribuio das fichas. No demorou muito chegou uma moa que comeou a distribuir as fichas. Ela foi dando uma para cada pessoa. Quando chegou minha vez, ela passou por mim e no me deu uma ficha. Ento perguntei para ela por que no tinha me dado uma ficha. Ela olhou para mim e disse que as vagas haviam encerrado. Ento olhei em volta e percebi que o nico negro que estava na sala era eu.

    Hoje esta rede contrata uma minoria de descendentes afros devido a vrios processos judicirios a que j teve que responder.

    Humberto vila Garcia T6

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    A HISTRIA DE RAFAEL

    Rafael uma pessoa negra que tem seus amigos e vizinhos brancos. Ele o nico da rua de pele escura. Seus amigos sempre colocam apelido nele, como cham-lo de preto, cabea de fsforo, pixote, etc... As pessoas nunca o chamam pelo nome. De tanto botarem apelido nele, ele nem d mais bola. Ele s vezes fica brabo quando o chamam bem alto de preto. Se sente excludo pelos amigos.

    Ento Rafael comeou a falar com seus amigos para no cham-lo pelos apelidos e sim pelo nome. Os amigos de Rafael no deram muita bola. S os melhores amigos dele comearam a ver como era chato cham-lo pelo apelido. Viram que ele no se sentia bem e comearam a ajud-lo. Comearam a falar o que podia acontecer com aqueles que no chamavam o Rafael pelo nome. Ento seus amigos ficaram apavorados com que podia acontecer com eles. E comearam a respeitar o Rafael e nunca mais o chamaram pelos apelidos, mas sim pelo seus nome.

    Rafael, com muito sacrifcio, conseguiu lutar pelo que queria, ser respeitado e ser como uma pessoa normal.

    Jonathan Pereira Lux T6

    O RACISMO

    O racismo uma coisa que as pessoas sofrem porque so negros. Tem muita gente que sofre de racismo.

    Os negros so o mesmo que qualquer pessoa. Os negros tm valor porque eles so trabalhadores. Eu acho que ser negro no feio, porque os negros tm mais valores que muita gente branca.

    Tem muita gente racista no mundo inteiro. Em qualquer lugar do mundo tem racismo. Tem muitos negros que no tm emprego s porque so negros.

    Eu acho que ter racismo uma coisa feia, porque todas as pessoas so iguais. Meu pai e meu av eram negros, mas eu nunca sofri de racismo.

    Eu, quando vim de So Borja para a capital, encontrei muitos negros. L no tem muitos negros.

    Luciane Reinoo - T4

  • 15

    CAP II

    LITERATURA DE CORDEL

    NO PROJETO

    ADOTE UM ESCRITOR

    ADOTE UM ESCRITOR FABIO SOMBRA

    Como j tradio, nesse ano mais uma vez veio um escritor EJA da nossa escola pelo projeto Adote um escritor.

    Tivemos a felicidade de receber o escritor Fbio Sombra. Ele cordelista, pesquisador do folclore da Amaznia e da cultura popular de modo geral. autor de vrios livros, entre eles A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa Jezebel, Treze causos de viola e violeiros, Armando e o mistrio da garrafa, que foram os que as turmas da EJA mais leram e estudaram.

    A leitura desses livros nos inspirou a criarmos os nossos textos. As Ts Iniciais criaram rimas. A T4 criou suas histrias em cordel. A T5 fez uma reescrita das lendas de Porto Alegre:

    Obirici, Maria Degolada, Os crimes da Rua do Arvoredo e O castelo do Alto da Bronze, ou fez suas produes pessoais, tudo em forma de cordel. E a T6 criou histrias contextualizando para o nosso mundo atual os Sete pecados capitais.

  • 16

    Uma vez elaborados os textos, cada um, nas aulas de Artes, fez uma capa e

    transformou seu texto num livrinho. Na noite em que veio o Fbio Sombra, estavam todos esses livrinhos na sala de atividades mltiplas, presos a uma cordinha, da a origem da expresso literatura de cordel.

    O encontro com o escritor foi muito bom. Apresentamos os nossos trabalhos a ele, que gostou muito deles. A fala dele foi simples, acessvel, animada e da grande importncia para ns.

    Em suma, uma grande festa onde todos puderam participar, se divertir e aprender um pouco mais da

    nossas tradies populares. Afinal, foi sobretudo um encontro de autores.

    Prof. Joo R.

  • 45

    SOU JORNALEIRA, SIM. POR QU?

    Eu me chamo Eliane e tenho 32 anos. Minha histria de preconceito acho que bem comum para muitas pessoas. Comea pela minha profisso. Sou jornaleira. Vendo jornal nas esquinas e ouo muitas coisas do tipo:

    - Por que voc no trabalha de carteira assinada?

    - Mas eu trabalho de carteira assinada, respondo eu.

    - Mas teu salrio no baixo?

    - mais alto do que voc imagina, eu digo.

    - Mas no ruim pegar sol e chuva?

    - Se fosse to ruim eu no estaria trabalhando.

    No meu ponto de venda, ento, as pessoas so mais preconceituosas ainda. Como na volta tem muitos comrcios, as pessoas acham que so mais do que eu. Uma grande maioria fala:

    - At a jornaleira foi ao cinema! At a jornaleira foi para a praia! Ou, at tu tens casa prpria?

    Mas eu levo tudo na boa, porque no vou deixar de viver minha vida por bobagem dos outros. Sou muito feliz com a minha profisso. claro que se eu receber proposta melhor, eu vou aceitar. Mas por enquanto estou muito bem sendo jornaleira e mostrando para as pessoas que tenho orgulho da minha profisso.

    No sou pior nem melhor que ningum. Sou uma mulher, negra, guerreira, brasileira e que estuda e luta por uma vida melhor.

    Eliane Regina Rodrigues dos Santos T5

  • 44

    RACISMO

    Quando era pequeno, eu estava jogando futebol. Ento a bola caiu na casa de uma mulher e o meu amigo de pele escura foi pedir a bola. Ento a mulher falou: - sai daqui negro macaco, eu no gosto de ti! Vai para tua casa! Ento fomos para casa tristes porque ns no entendemos o porqu de tanta raiva.

    POBREZA

    Uma vez estava no nibus e ouvi umas mulheres dizendo que odiavam gente pobre e que para elas gente pobre era tudo ignorante e maloqueiro. Mas eu vi que ignorante no era gente pobre, mas sim, gente que tem dinheiro e que fala essas coisas absurdas como aquelas mulheres.

    Guilherme da Silva Antunes T5

  • 17

    TRABALHANDO COM AS RIMAS, COMO FBIO SOMBRA

    ARMANDO - amando GARRAFA - alfafa MISTRIO - minrio

    ANIVERSARIANTE- elefante FEITICEIRO bagunceiro T

    ALENTO- mantimento EDUCAO - rao

    Maximiliano Ricardo Soares - T3

    ARMANDO - malandro GARRAFA- tarrafa

    MISTRIO- cemitrio ANIVERSARIANTE- estudante

    FEITICEIRO- trambiqueiro TALENTO- engarrafamento EDUCAO- seleo

    Maria Ferreira - T3

  • 18

    FBIO SOMBRA

    Um contador de histrias, poeta e rimador. Cria livros de cordel com carinho e amor. Seus desenhos e palavras, Tudo, tudo vai rimar. Pelo cordel as pessoas logo vo se apaixonar. Ele um escritor legal e competente. Quando ele escreve um livro ele pensa em toda gente. O nome dele no mistrio. No precisa se preocupar. Ele o Fbio Sombra por quem voc vai se encantar. Para as crianas e os adultos histrias ele criar. No importa a idade;

    imaginao sempre ter. Esse o Fbio Sombra, um poeta de cordel. Que criou a histria da princesa Jezebel. No posso me esquecer das histrias de violeiros. Que logo vo conhecer as pessoas do pas inteiro. Seus curupiras e caiporas e outros seres da floresta. Esto atentos e no deixam estragar o que ainda resta. Agora, nesse momento, queremos te agradecer! Tua presena aqui na escola jamais iremos esquecer. Um grande obrigado!

    Tamires Silva da Silva - T5

  • 43

    QUE SORTE!

    Em uma vila mora a dona Maria, uma pobre mulher que me de seis filhos. A dona Maria tem sua casa em cima de uma sanga e corre gua por baixo da sua casa. Ela vive de seu trabalho honesto de juntadora de garrafas pete.

    Num certo dia apareceram uns homens na frente da casa da dona Maria. Eles falaram para ela sair daquele lugar e que eles iam derrubar a casa dela. Ela pensou: - o que eu vou fazer? No tenho estudo nem ningum para me ajudar. Ela estava pensando em comprar uma casa, mas ela sabia que com o dinheiro da pete no ia dar para comprar a casa. S que dona Maria no desistiu e foi juntar as pete. Ela com o seu carrinho cheio de pete falou: -hoje o meu dia de sorte. Ela achou um ba e levou-o para casa. Com tudo que ela juntou em dois dias ela conseguiu R$200,00. E a casa mais barata era por R$1.500,00.

    Chegou a ltima noite em que a famlia da dona Maria ia ficar na sua casinha. S que dona Maria teve uma

    sorte: seu filho menor estava brincando no carrinho de sua me. Ento o menino, chamado Gabriel, pegou o ba da sua me para brincar. S que no ba tinha um fundo escondido. Ele abriu o fundo e tinha muito dinheiro. Dona Maria ficou muito feliz. Agora ela vai ter sua casa.

    A dona Maria teve sorte. Mas tem muita gente que no tem esta sorte.

    Gustavo Renato T6

  • 42

    VOC TAMBM RACISTA?

    Racismo crime. Mas mesmo assim as pessoas continuam com esse pensamento, achando que pelo fato de terem a pele um pouco mais clara que as outras, so superiores.

    Mas o racismo no s de pessoas brancas ou claras .

    Parte tambm de pessoas negras com posses que se acham mais que as outras, at mesmo de sua prpria etnia.

    Fora isso ainda existe a excluso pela opo sexual de cada um que tratamos com preconceito, sendo que ns vivemos num pas livre, com opes e direito de ir e vir, sem a interveno de ningum, desde que no ultrapasse os limites ferindo prximo, seja pela cor de pele ou opo sexual.

    Existem pessoas que sofrem preconceito pelo seu porte fsico so os obesos, os magros ou com imperfeies em alguma parte do corpo. Isso mundial, mas est mais resumido no Brasil;

    Infelizmente vivemos num mundo hipcrita, onde se prega uma coisa e na prtica se faz outra.

    Salve a igualdade entre todos! Ns que s vemos discriminao devemos erguer a cabea e lutar pelos nossos

    direitos e no fazer o que os outros querem, mas sim aquilo que ns acreditamos. E no fazer o que as pessoas racistas querem, mas sim aquilo que ns queremos, lutar por nossos direitos, sim.

    Fernanda Martins T5 SEMANA DE

    CONSCIENCIA NEGRA

    Nesta edio da Semana da Conscincia negra na escola, tivemos a presena da

    Profa. Tania Silva, da Escola Porto Alegre e do GT de Relaes tnico-

    Raciais da SMED- Secretaria Municipal de Educao de Porto Alegre, ministrando uma Oficina para os educandos, que

    abordou as representaes sobre a frica e a identidade afro-brasileira, em

    atividades ldicas, reflexivas e com ampla participao de todos e todas.

  • 19

    Shaiane Souza Duarte T4

  • 20

    AMOR DE CINDERELA

    Havia um menino com um jeito transparente com olhar inocente s queria diverso. Mas o tempo foi correndo o menino foi crescendo e encontrou uma menina que tocou seu corao. Comeou como amizade ele estava indiferente uma coisa inocente que depois virou paixo. Todo dia se encontravam e ficavam conversando quando viram se assustaram j estavam namorando. E assim o seu amor cada vez crescia mais o sentimento era to forte no tinha como voltar atrs.

    Eles queriam viver juntos nunca mais se separar perceberam que era a hora resolveram se casar. E sem saber se machucava ela ia se entregando e ele muito apaixonado o seu amor ia provando. Com o passar do tempo surgiram fofoqueiros de planto mas o amor dos dois era mais forte do que um grande vulco. O amor quando de verdade no se engana, nunca erra supera as dificuldades e vence toda a guerra. E por fim do grande amor dela por ele, dele por ela nasceu um lindo fruto desse amor de Cinderela.

    Diuli Vidal Oliveira - T5

  • 41

    RACISMO

    Hoje em dia existe racismo em qualquer lugar do mundo. Ou seja, em toda parte do mundo existe uma grande incidncia de racismo.

    Nos tempos modernos, o racismo teve suas manifestaes mais desumanas na Alemanha nazista.

    No Brasil, racismo crime.

    Chamar um negro de negro no ofensa, orgulho. Mas se chamar um negro de negro sujo, negro vagabundo, negro maloqueiro, isso j passa a ser racismo.

    Eu nunca sofri com esse crime. Ou seja, nunca me chamaram de algo que fosse me ofender.

    Se me chamam de nego, preto, negro, eu no me ofendo, mas sim me orgulho, por que no mundo s existe uma raa, que se chama RAA HUMANA.

    Elemar Silveira da Costa Junior T6

    MEU MARIDO

    Ontem eu fiz 10 anos de casada com meu marido. Eu sempre gosto dele porque ele me d muito carinho, que eu nunca tive. Mas agora eu estou tendo porque ele muito bom pra mim. Eu que brigo muito com ele. Mas ele est sempre do meu lado, na hora ruim e na hora boa, porque se ele fosse outro j tinha me largado porque eu sou uma chata. Ontem ele me esperou com uma galinha assada e uma salada de maionese e tomate com cebola. Eu vou para os bailes e ele no fica brabo.

    Luciana de Assis Fagundes - T3

  • 40

    A POBREZA

    No Brasil, hoje em dia, a maioria das pessoas bem sucedidas fazem que no vem a pobreza. Porque no querem ajudar aos que passam necessidades e at mesmo fome.

    Quando vejo as notcias na televiso sobre as crianas magras e passando fome, eu choro de vergonha e ao mesmo tempo de tristeza.

    Tem muita gente que tem o que comer e bota no lixo.

    Eu queria ter uma oportunidade de poder ajudar estas pessoas para no mais v-las passando fome.

    Ctia Cristina Fernandes Menezes T4

    BAIXA ESCOLARIDADE

    Pela falta de estudo, as pessoas acabam apenas conseguindo empregos de acordo com a sua escolaridade. Que na maioria das vezes, infelizmente, baixa.

    A baixa escolaridade atrapalha no s na hora de arrumar emprego, mas tambm na hora de escrever. Ainda no Brasil temos pessoas analfabetas. Pelo fato de no terem a escolaridade adequada, os empregos so com bastante carga horria e com baixa remunerao.

    A escolaridade uma coisa que define o que seremos no futuro.

    Com tudo isso que vimos, sabemos o quanto importante o estudo em nossas vidas.

    por isso que temos que pensar bem antes de parar de estudar.

    Dieniffer Souza Dutra T5

  • 21

    LENDA DE OBIRICI

    Onde hoje Porto Alegre em um tempo muito antigo viviam muitos ndios habitavam duas tribos.

    As duas tribos que l moravam se entendiam muito bem h muito tempo no guerreavam no brigavam com ningum. Eles tinham o costume de entre eles se casar dessas tribos duas moas foram por um se apaixonar.

    Para ver quem casava com o ndio marcaram uma competio quem acertava com a flecha o alvo ganhava seu corao.

    Depois de um tempo calmo Obirici ficou ansiosa ela ento errou o alvo pois estava muito nervosa.

    Obirici desconsolada saiu pelo mundo a vagar sentou sombra de uma rvore e muito ficou a chorar.

    Ela chorou tanto tempo que finalmente surgiu uma correnteza de gua que parecia um rio.

    Desse caso to triste que tanto a fez chorar para lembrar hoje existe uma esttua no seu lugar.

    Dieniffer Souza Dutra - T5

  • 22

    Guilherme da Silva Antunes T5

  • 39

    ESTE ANO

    Eu este ano quero estudar mais tempo para escrever mais para a professora. Eu tenho muita vontade de passar de ano, mas a minha vida muito corrida. Chego correndo em casa para fazer o servio e vou trabalhar fora de casa. A minha famlia est alegre demais. Na escola eu fico quieta na sala de aula, pois eu tenho pressa de aprender.

    Maria Ferreira - T3

    ESTUDAR PARA MELHORAR A VIDA

    Voltei a estudar para ter um emprego melhor, para ter uma vida melhor para meus filhos e pra que possa comprar uma casa para meus filhos e minha me. Quero fazer os 15 anos da minha filha, mas pretendo dar uma festa simples para ela. J que eu no tive, meu sonho poder dar os 15 anos dela. Mas se Deus quiser eu vou dar esta alegria a minha filha, o sonho dela e o meu. So trs filhos que me do fora para eu estar aqui hoje estudando. So eles que me do fora para no desistir de seguir em frente e no olhar pra trs. Minha me e meus filhos so minhas joias preciosas. Terminando meus estudos vou poder dar uma vida melhor para todos, porque eu vou ter chance de servios melhores. Poder reunir minhas irms, ver mais minha famlia, poder viajar, tirar frias, descansar, curtir meus filhos, no s trabalhar. Gostaria que at o ano que vem eu possa curtir melhor meus filhos, que no passe o tempo todo s trabalhando, que agora estudando eu possa arrumar um servio melhor que

    no tome tanto tempo; que eu consiga dar mais ateno pra eles.

    Fernanda Beatriz Monteiro Martins - T3

  • 38

    PRA QUE RACISMO?

    Pra que excluir as pessoas? S porque so gordas, magras, negras, brancas, gays, lsbicas, bissexuais, homossexuais e etc...?

    No faa isso com as pessoas, pois todos so iguais! S porque a aparncia dela diferente da sua, voc no precisa exclu-las!

    No importa. Todas as pessoas so iguais. A nica coisa que muda a aparncia. Muitos acham que s porque uma pessoa negra ela tem que ser empregada da branca.

    No! Pelo contrrio, todos so iguais e tm os mesmos direitos. Pessoas com RACISMO ou PRECONCEITO com as outras so pessoas doentes que no tm nada para fazer, a no ser HUMILHAR as outras.

    LUTE CONTRA O RACISMO ! DIGA NO S PESSOAS QUE TM ESSA DOENA !

    Andressa da Costa Veiga T6

    NO QUERO DESISTIR DOS MEUS SONHOS

    Eu, Bruna, aprendi vrias coisa boas. As boas ter voltado a estudar de novo. Eu me sinto bem, de estar perto da professora, porque a professora ensina bem. No gosto de estar junto com meus colegas porque s vezes ele so muito chatos. Sou muito criativa para minhas coisas. Eu aprendi a viver mais, mas no suficiente ainda. O que eu mais queria era voltar a estudar e Deus me deu essa oportunidade. No quero desistir dos meus sonhos e quero passar de ano. Quero lutar pelos meus sonhos e arrumar um emprego melhor.

    Bruna da Silva - T3

  • 23

  • 24

  • 37

    CAP III

    DA DENNCIA DA EXCLUSO

    S LUTAS PELA INCLUSO

    O PRECONCEITO CONTRA A VILA

    Quando eu escolhi as trs palavras ligadas excluso, eu pensei nas pessoas da comunidade da Vila Bom Jesus. No tem classe A nem B. Ns temos s a classe C. A gente sofre muito com o preconceito. muita coisa. Quando um morador daqui vai atrs de trabalho, tem gente que no aceita porque ele mora na vila Bom Jesus. A pessoa sai deprimida pelo preconceito que existe contra quem mora em vila e pela aparncia.

    Quando o mundo vai mudar?

    Ns s queremos ser iguais aos outros.

    Adriano da Silva T 4

  • 36

    Recuperou a sade e a autoestima. Hoje um homem de respeito e vive em paz.

    Andr hoje tem um sentido maior para a sua vida. Voltou a estudar e j se formou no Ensino Fundamental. Continua estudando e faz um curso de informtica. Est muito contente com a nova vida que Deus lhe deu. Ele que ir com Deus at o fim e diz: Tudo posso naquele que me fortalece.

    Humberto vila - T6

    DOCE MENINA

    A doce menina trabalhava noite dia, com a famlia era feliz e tinha tudo que sempre quis. Amizade e amigas encontrava todo dia da Milena, Camila e Pricila ela nunca esquecia. Numa noite foi ao baile pra pode se divertir uma coisa nova e forte ela comeou a sentir. Naquela noite, naquele baile bem no meio do salo encontrou um grande homem que tocou seu corao. E sem muito esperar foi logo convid-la pra danar.

    E ela muito encantada, viu que estava apaixonada. E depois de um certo tempo se sentaram pra beber foi to lindo esse momento que no d para esquecer. Conversaram a noite inteira no viram passar a hora quando era trs e meia decidiram ir embora. E passaram trs meses que eles no se encontraram trocaram telefone bons amigos s ficaram. E assim a vida segue cada um foi pra seu lado no nasceu entre os dois o amor to amor esperado.

    Milena Ribeiro Vilela - T5

  • 25

    O AMOR

    Fernando era um menino muito educado que vivia com a sua me. Ele era muito quieto. Num certo dia ele foi farmcia comprar remdios para a me dele. Quando entrou na farmcia, olhou para a balconista e travou. Nesse mesmo dia ele se apaixonou por ela e, sem saber, ela tambm se apaixonou por ele. Todos os dias ele ia na farmcia comprar remdios. Ela mandava cartinhas com os remdios.

    Mas ele no sabia, pois nunca olhava dentro dos pacotes com os remdios. E no tinha o nmero do celular dela e tinha vergonha de pedi-lo para ela.

    Num certo dia ele soube que tinha um cncer, mas mesmo assim no deixava de ir na farmcia para ver a balconista.

    Mas um dia ela estava no servio e esperou, esperou e esperou... E ele no apareceu. No pensamento dela era porque ele no queria mais v-la. Ento ela tomou coragem e foi procurar para saber onde ele morava. Ela achou a casa dele e quando apertou a campainha apareceu a me dele, chorando. Ela

    perguntou por ele. Ento a me dele, chorando, respondeu que ele tinha morrido. Naquela hora ela se desesperou e chorou muito, mas ela nem sabia que ele estava durando por causa dela, pois era para ele estar morto h muito tempo. O amor que ele tinha por ela fez com que ele no morresse. Mas depois de um tempo o cncer se espalhou e ele acabou morrendo.

    Ela hoje vive muito triste com a morte dele. Ela o amava e ele tambm amava ela. Mas nenhum deles sabia que seu amor era correspondido.

    Se ele estivesse vivo, poderiam ser muito felizes.

    Jaderson da Silva Rodrigues - T6

  • 26

    A MINHA VIDA HOJE

    Apesar de minha vida ser to boa sempre falta algum que no me deixa estar toa e que me queria bem. Apesar dos problemas sou uma menina feliz ando sempre bem vestida tenho tudo o que eu quis. Essa vida engraada quando tudo est bem acontece algo errado e ns perdemos algum. H pouco tempo em minha vida aconteceu algo ruim hoje estou muito sofrida minha dor parece no ter fim. Perdi minha me querida ela foi morar l no cu e na hora da despedida eu chorei muito seu adeus.

    O que posso fazer, menina feliz? s vezes fico triste quando lembro da minha me que j no mais existe. A minha vida continua e eu levanto a cabea busco na amizade tua algo que me fortalea. nessa hora que se v que a famlia importante pois meu pai e meus irmos me do apoio a todo instante. Tambm na escola os meus amigos esto sempre ao meu lado ele so pra mim um abrigo eu no estou desamparada. E l do cu a minha me olha por mim e me acompanha assim a vida sigo em frente e Deus est abenoando a gente

    .

    Raquel da Costa - T5

  • 35

    UMA VIDA RESTAURADA

    Andr era um rapaz de 18 anos. Ele trabalhava de office-boy numa firma de tecidos. Ele tinha uma vida muito boa. Trabalhava e ajudava a sua me, pois morava com ela. Nos finais de semana ia nos bailes e nas festas. Ele se divertia e cantava pagode. Com os amigos, comeou a beber. Durante muito tempo ele bebia socialmente.

    O tempo foi passando e Andr continuava nessa vida. Ele encontrou uma companheira com quem comeou a conviver. E continuava nas festas e no pagode. E cada vez ele bebia um pouco mais. Comeava a chegar tarde em casa. Sua mulher comeou a reclamar. Ela j no aguentava mais aquilo e colocou a seguinte condio: ou ele parava de beber, ou ela iria deix-lo. E foi isso que acabou acontecendo.

    Longe da mulher e dos filhos, Andr entrou em desespero e, em vez de abandonar o vcio para recuperar a famlia que havia perdido, afundou-se cada vez mais nele.

    Andr j no conseguia ficar sem beber um dia s. Ele perdeu o sentido do tempo. J no sabia o dia da semana, nem o ms, nem mesmo a data do seu aniversrio. E acabou por perder o emprego tambm.

    Depois de um tempo Andr passou a viver mais tempo na rua do que em casa. Ele vivia jogado no mundo. Sem autoestima, vivia humilhado e pisado. Ningum mais acreditava nele. Ele chegou no fundo do poo. Chegou a ter delrios: via vultos e ouvia vozes.

    Um dia Andr passou pela rua e um amigo, que havia sido seu companheiro de farra, o chamou para conversar. Ele falou que mesmo no estado em que se encontrava, Deus no o abandonava e poderia restaurar a vida dele. E convidou-o para participar de um culto na igreja. Mas Andr resistia muito ideia de ir na igreja.

    Certo dia, em casa, Andr ouviu um programa de rdio de outra igreja evanglica. Ele tinha que ir ao posto mdico que ficava ao lado da igreja de que ele tinha ouvido falar na rdio para buscar um remdio. Como por milagre, ele entrou naquela igreja. Foi ento que a sua vida comeou a mudar.

    Na igreja, Andr chorou muito, pois estava muito triste com a vida que levava. Mas confiou que Cristo poderia restaurar a sua vida. Fez todas as correntes de libertao. E Deus o libertou por meio da f.

    Hoje Andr est livre do vcio. Ele construiu uma nova famlia. Trabalha, tem casa e vive muito bem. muito feliz com a esposa e os filhos.

  • 34

    AMAR E SER AMADO

    Gostaria de te dizer, que eu quero te amar, e ouvir voc dizer que tambm quer ser amado. Quando passo na tua rua fico pensando em voc. Sei que um dia vou ser tua estar sempre ao lado teu. Olho nos teus olhos, lembro da tua boca. Acho que j estou ficando meio louca. Estou louca de amor estou louca de paixo. Hoje eu sei que voc mora no fundo do meu corao.

    Hoje o tempo passa sim, assim o tempo vai passando, e voc gosta de mim de voc eu vou gostando. Minha me me diz para te esquecer, mas fico pensando que no posso te perder. Mas eu fico pensando que eu amo voc e que sempre vou te amar, se te vejo me falta o ar. Como bom amar como bom ser amado, hoje eu te amo e te chamo meu amado.

    Kelly Pessi Nunes - T4

  • 27

    Eliane Rodrigues dos Santos T5

  • 28

    MARIA FRANCELINA Conta-se que em Porto Alegre h muito tempo havia uma moa muito bonita sempre coberta de alegria.. Seus cabelos eram claros sua pele era macia desejada por muitos rapazes namoradeira como ela nunca se via. Em um baile na cidade Maria era s alegria vestido vermelho como ela nenhuma outra vestia. Eu sou o Bruno, um rapaz se apresentou para o meio do salo a Maria se afastou. sou a Maria Francelina para sempre ao seu dispor. Num outro dia resolveram um piquenique realizar subiram no alto do morro pra poderem conversar. Chegando l em cima

    estenderam a toalha vermelha comidas e vinhos sobre ela colocaram bem aos ps da velha figueira. Maria estava de risos e brincadeira com um amigo de Bruno, chamado Tadeu uma coisa muito terrvel naquela hora aconteceu. Bruno pegou a Maria pelo brao com ela desceu o morro abaixo enquanto estava caminhando a Maria foi gritando: - No quero mais o seu amor voc s meu trouxe dor ento ele se irritou e a Maria degolou. Sem acreditar no que tinha feito ele ali ficou desesperado mas no havia outro jeito na cadeia foi trancado.

    Paloma Freitas - T5

  • 33

    Slvia olhava seus colegas como seus inimigos e seu patro como seu melhor amigo. Ela achava que se tramasse alguma coisa iria se dar bem.

    Um dia Slvia armou uma enrascada para a faxineira, pois no gostava dela. Ela pegou uns papis da mesa de um dos colegas e os escondeu. A culpa recaiu sobre a faxineira e no fim ela foi demitida.

    A partir de ento as atitudes de Slvia s pioraram. Ela estava cada vez mais humilhando as pessoas. Assim ela foi ficando fora das festas, das reunies e dos encontros informais. Ningum mais aturava a Slvia de to chata que ela estava. Ela percebeu que estava perdendo seus amigos, mas mesmo assim continuou fazendo as mesmas coisas e no mudou nada.

    Certo dia entrou um colega novo na empresa. Ele era um cara muito tranquilo e ficava na sua. At tratava bem todos os outros seus colegas. Slvia no gostou do jeito dele e j olhou torto para ele. Ento ela resolveu tramar uma para cima dele. Mas nem ela nem os colegas sabiam que ele era amigo do seu chefe, pois ele no queria ser visto de forma diferente nem receber privilgios por ser amigo do chefe. Mas ele contou ao chefe o que a Slvia tinha feito com ele. Claro que o chefe confiou plenamente na palavra dele e a Slvia acabou sendo demitida.

    Andressa da Costa Veiga - T6

  • 32

    ORGULHO

    Em qualquer lugar sempre tem pessoas que so orgulhosas, cheias de vaidade e muito arrogantes.

    Slvia era uma mulher que tinha um cargo de certa importncia na empresa em que trabalhava. Ela era competente na quilo que fazia, sim, mas fazia de tudo para conseguir o que queria e atrapalhava os que se colocavam no seu caminho. Na hora do cafezinho, quando todos se encontravam na sala, ela era a que mais falava e queria que todos prestassem ateno nas suas palavras.

    Falava alto. E no media suas palavras. No tinha d de falar mal dos outros ou de detonar algum. Muitas vezes ridicularizava os outros. Queria sempre ser o centro das atenes. E quando os chefes estavam por perto, mais ela queria aparecer para se promover diante deles.

    Slvia fazia de tudo para agradar aos chefes para conquistar sua admirao e garantir sua importncia na empresa. Todos os trabalhos que executava fazia questo de mostrar para eles. Muitas vez fazia os outros trabalharem para ela. Mas mostrava os trabalhos

    dos outros como se tivessem sido feitos por ela. Se promovia com o trabalho dos outros.

    Assim como ela puxava o saco dos chefes para se promover, queria que os outros se sentissem inferiores a ela e a bajulassem. Usava todo tipo de joguinho para conseguir isso. Quem no aceitava sofria ameaas bem sutis. Era ridicularizado diante dos outros. Ou era totalmente ignorado nas rodas de conversa. A maioria se submetia a ela e lhe ajudava a manipular as situaes. E ainda havia os outros que pensavam como ela e que se aliavam a ela para conseguir importncia na empresa.

  • 29

    A LIO DE VIDA DE PEDRO

    Em uma cidade pequena tinha uma pessoa chamada Pedro. Ele era uma pessoa que no pensava em ningum. Ele queria tudo para si. Isso desde a infncia. Ele olhava para as pessoas com avareza porque ele pensava que ter dinheiro era tudo. Ento o primeiro emprego dele foi numa montadora de carros, onde no ganhava muito dinheiro. Ele trabalhava muito. Pegava pela manh e

    soltava noite e nem tinha tempo para se divertir.

    O Pedro queria ser maior que os outros ao redor dele. Ento trabalhava duro e nem dava bola para a famlia dele. Ele s queria ter bastante dinheiro, joias e itens de valor. At com bastante esforo conseguiu uma boa quantia em dinheiro. Assim largou o emprego e montou o seu prprio negcio. E foi um sucesso. Ele ganhou milhes. A motivao dele era o dinheiro e ter tudo do bom e do melhor. Ele adquiriu muitas coisas caras, carros importados, manses e outras coisas. E o Pedro, com tanto dinheiro, acabou esquecendo da famlia. Ele se iludiu tanto com o sucesso que nem cuidava da prpria aparncia. S pensava nele, s nele.

    Um dia ele chegou em casa do trabalho com tanta felicidade financeira, abriu a porta e viu a famlia triste e o filho doente. Ento ele pensou: isso passageiro. Problema de famlia passa.

    Um certo dia, pela manh, ele sentou mesa para tomar seu caf com sua famlia e viu sua famlia triste. Ele no aguentava mais aquela situao.

    Num outro dia o Pedro entrou em sua casa noite e chamou o seu filho para lhe dar um presente. Mas seu filho no respondeu. Ele subiu para o quarto do filho e viu que o quarto estava quase vazio. Ento ele chamou a esposa e perguntou:

    - Cad meu filho?

  • 30

    A sua esposa respondeu:

    - Nosso filho no est mais em casa.

    Naquela hora ele caiu na real e viu que tinha uma vida boa, mas completa no.

    Assim que ele soube da notcia grave que seu filho estava indo embora, ele falou:

    - Me perdoe! Vou mudar meu jeito de ser, porque se eu continuar assim vou perder minha famlia.

    Depois daquele dia o seu filho voltou para casa e ele foi perdoado. E Pedro falou:

    - A gente precisa de dinheiro, mas dinheiro no tudo. Cuidar da vida e da famlia, sim, que muito importante.

    Depois disso o Pedro mudou totalmente a sua vida. Todas as noites chegava cedo em casa e passava os fins de semana com a famlia. No comeo foi um pouco difcil para todos, pois eles tiveram que aprender a superar alguns problemas e curar as feridas que o jeito de ser dele havia deixado em todos. Mas com o tempo eles perceberam que podiam se amar e ser uma famlia de verdade. Desde ento, todos os anos nas frias, coisa que o Pedro antes nem queria saber o que era, viajavam juntos e passavam momentos inesquecveis juntos.

    Daniel da Silva Ferreira - T6

  • 31

    Luciane Reinoo - T4