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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DA REGIONAL DE ENSINO DO PLANO PILOTO E CRUZEIRO CESAS Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul Projeto político pedagógico 2018/2019 Brasília – DF Maio / 2018

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO DA REGIONAL DE ENSINO DO PLANO

PILOTO E CRUZEIRO

CESAS – Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul

Projeto político pedagógico 2018/2019

Brasília – DF Maio / 2018

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CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DA ASA SUL – CESAS

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2

RODRIGO ROLLEMBERG

Governador do Distrito Federal

JÚLIO GREGÓRIO FILHO

Secretário de Estado de Educação do Distrito Federal

CLOVIS LUCIO DA FONSECA SABINO

Secretário Adjunto

FABIO PEREIRA DE SOUSA

Subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação Educacional.

DANIEL DAMASCENO CREPALDI

Subsecretária de Educação Básica

ANA LÚCIA MARQUES DE PAULA MOURA

Coordenação Regional de Ensino Plano Piloto/Cruzeiro

REUS ANTUNES DE OLIVEIRA

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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Diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – CESAS

DANYLO DE OLIVEIRA ALMEIDA

Vice-Diretor do Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul - CESAS

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

DIREÇÃO

Reus Antunes de Oliveira – Diretor

Danylo Oliveira Almeida – Vice-Diretor

SUPERVISORES

Ênio Roberto Botelho

Igor Tiradentes Souto

Juruena Capparelli Vieira Rocha

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Alain Rossi Fonseca

Marta Rodrigues de Oliveira

Norma D’Augusto Albuquerque

Perpétua da Guia Costa Ribas

Teresa Cláudia de Souza Brêttas

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SECRETARIA

Funcionários da Secretaria

CORPO DOCENTE

Professores da SEEDF - CESAS

SALA DE LEITURA

Professores readaptados da SEEDF - CESAS

FUNCIONÁRIOS DA CARREIRA ASSISTÊNCIA

Servidores da SEEDF em exercício no CESAS ano 2016/2019

CORPO DISCENTE COM DEFICIENCIAS EDUCACIONAIS

Alunos com Necessidades Especiais e/ou responsáveis

CORPO DISCENTE

Alunos matriculados no CESAS

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SUMÁRIO

I. IDENTIFICAÇÃO. 8

II. APRESENTAÇÃO 9

III. MISSÃO 10

IV. HISTÓRICO DA ESCOLA 11

V. DIAGNÓSTICO 12

VI. PERFIL DA ESCOLA - CARACTERIZAÇÃO E DESEMPENHO 19

1. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 16

2. MODALIDADES DE ENSINO 19

3. INFRAESTRUTURA FÍSICA E INSTALAÇÕES 20

4. INFRAESTRUTURA ADMINISTRATIVA 20

5. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 22

a. Gestão Administrativa 22

1. Instituições Escolares 22

1.1.Associação dos Alunos e Funcionários do CESAS- AAFC 22

1.2. Caixa Escolar 22

1.3. Conselho Escolar 22

2. Recursos Financeiros 23

2.1. Definição de metas para gestão dos Recursos Financeiros 23

a. PDAF 23

b. PDDE 24

b. Gestão Pedagógica 24

1. Recursos Humanos 24

1.1. Definição das metas pedagógicas (descrição) 24

1.2. Diretrizes significativas para alcançar as metas estabelecidas pela

política educacional vigente (descrição) 25

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1.3. Definição de metas para gestão dos Recursos Humanos 25

1.4. Definição de metas para atuação do Conselho Escolar 26

2. Descrição dos Recursos Físicos e Didáticos 26

a. SALA DE RECURSOS - DEFICIÊNCIAS VISUAIS – D.V. 26

b. CASSE BILÍNGUE – SURDOS 26

c. SALA DE RECURSOS GENERALISTA 26

d. DEMAIS AMBIENTES 26

3. Total Geral de Aluno 27

4. Fundamentos Filosóficos Sociopolíticos e Psicopedagógicos. 27

a. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA COMO UM PROCESSO CÍCLICO

b. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

c. A ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY

d. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO

e. PROCESSO PEDAGÓGICO DO CESAS

5. Matriz Curricular da Eja 40

6. Atendimentos Educacionais Especializados 41

a. Classe Bilíngue – Surdos 43

b. Sala de Recursos – Deficiência Visual 46

c. Sala de Recursos – Generalistas 49

7. Serviço de Orientação Educacional 55

7.1. Plano de Ação 57

7.2. Objetivos 59

8. Avaliação 60

a. Avaliação Educacional 60

b. Classificação Curricular 62

c. Reclassificação 63

d. Avaliação na Educação Especial 63

9. Conselho de Classe 65

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VII. POLÍTICAS, AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA A

MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO DO CESAS 65

1. Avaliação do Projeto Político Pedagógico 66

VIII. PLANOS DE AÇÃO 67

IX. PARCERIAS 71

X. REFERENCIAS 74

ANEXOS 76

a. PROJETO TV CESAS; 77

b. PROJETO TALENTOS CESAS;

c. PROJETO EXECUTIVO – AGENCIA DE INCLUSÃO

PRODUTIVA: CONSTRUINDO PROJETO DE VIDA; 104

d. PROJETO EXECUTIVO – ESPAÇO VIVENCIAL HORTA; 115

e. PROJETO GINCANA CULTURAL 126

f. PROJETO MUSICALIDADE NO CESAS 130

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I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

O Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul – CESAS, está localizado

na:

SGAS Quadra 602 – Projeção D

Brasília/DF – CEP 72.200-620

Tel.: (61) 3901.2605.

E-mail: [email protected]

Oferta Educação de Jovens e Adultos – EJA, nos três turnos, com 1º, 2º e 3º

segmentos, distribuídos nas modalidades: presencial e a distância (EaD).

O CESAS, na sua proposta de integração da EJA com a Educação Profissional

vem alicerçando a implantação de cursos estruturados com a Equipe de Professores

da própria Secretaria de Educação, tal oferta está sendo construída aos poucos

conforme se consolidam espaços físicos para aulas teóricas e práticas e disponibilidade

de recursos humanos para efetivação de cada curso.

Dentro desta proposta, estão em fase de desenvolvimento e análise os seguintes

cursos FICs:

1. Operador de Câmara.

2. Cuidador de Idosos.

3. Operador de Computador.

4. Massagista.

O CESAS é executor de vários convênios assinados pela SEEDF sendo parceiro

de diversas instituições como SESC, SECONCI.

Certifica concluintes do Ensino Fundamental e Médio por meio de exames

nacionais: ENCCEJA e ENEM, sendo que o ENEM somente até 2016.

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II. APRESENTAÇÃO

O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Educação, vem

envidando esforços no sentido de melhorar a qualidade e a produtividade do Ensino

Público. Nessa direção, o Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – CESAS

– procura realizar uma boa prática pedagógica, visando desenvolver uma educação

com qualidade, que atinja os objetivos propostos, garantindo o sucesso do processo de

ensino e aprendizagem.

Este documento foi elaborado e sintetizado em conjunto pela equipe técnico-

pedagógica do CESAS: Coordenação Pedagógica, Orientação, Supervisores,

Professores, Servidores, Alunos e Pais do CESAS, em encontros específicos para sua

elaboração, em sala de aula e em coordenação, observando as especificidades de cada

modalidade, as Diretrizes Operacionais da EJA, o Currículo em Movimento da

Educação Básica – Educação de Jovens e Adultos e o perfil dos alunos da EJA.

Apresenta o perfil deste Centro de Ensino, sua infraestrutura funcional, diretrizes e

planos de ação que nortearão o seu trabalho nos anos letivos de 2016/2019.

Conforme Paulo Freire (1998), na medida em que o homem cria, recria e decide,

as épocas históricas vão se formando. Pensando assim, vimos apresentar o presente

Projeto Político Pedagógico, fruto de muita reflexão e ação. Buscamos uma construção

coletiva com a nossa comunidade escolar, porque acreditamos que juntos podemos

resgatar o compromisso social e histórico que temos com os nossos alunos da EJA e

possibilitar a eles o acesso democrático à escolarização.

Além da ampliação da oferta, também buscamos propiciar a todos a excelência

na qualidade dos serviços oferecidos, o que exige o nosso profundo engajamento.

As novas competências e habilidades exigidas pelo mercado de trabalho hoje,

as mudanças ocorridas num mundo cada vez mais letrado e globalizado, a diversidade

dos sujeitos, as novas tecnologias e a sustentabilidade humana, requerem cada vez

mais saberes diferenciados.

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Nesse Projeto Político Pedagógico esperamos criar espaços dentro da escola

para que alunos, professores, pais e servidores participem efetivamente de discussões

e reflexões da nossa prática educativa, exercitando e renovando constantemente o

diálogo tão importante em uma gestão democrática.

De acordo com as Orientações Gerais sobre Organização Curricular na escola,

este Projeto Político Pedagógico continua em discussão nas coordenações, juntamente

com Currículo em Movimento da Educação Básica, buscando um planejamento coletivo

e discussão no interior da escola que não só oriente, como organize o trabalho

pedagógico.

Como o CESAS é uma escola que oferta exclusivamente Educação de Jovens e

Adultos, vimos a necessidade de discutirmos mais sobre essa modalidade e os

aspectos diretamente relacionados a ela, em diferentes momentos, como: nas

coordenações pedagógicas, em reuniões periódicas; nos inícios de semestres, nas

semanas pedagógicas. Em qualquer um desses momentos, poderemos contar com a

participação de profissionais experientes convidados para tratar de temas pertinentes,

como: Avaliação, Diretrizes Operacionais da EJA, PPP, Organização da EJA e outros

escolhidos por professores, servidores e demais profissionais da educação.

III. MISSÃO

Possibilitar escolaridade àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de

estudos na idade própria, usando metodologia ajustada à realidade dos educandos e

ampliando assim, a perspectivas de trabalho, renda e de participação politica e social

do educando como sujeitos históricos, visando a melhoria da qualidade de vida pela

apropriação do conhecimento sistematizado e o desenvolvimento de habilidades e

competências.

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IV. HISTÓRICO

O CESAS surgiu após aprovação do Projeto, pelo Parecer nº 19/75 – CEDF e foi

autorizado a funcionar pela instrução nº 29 de outubro de 1975, do Presidente do

Conselho Diretor da, então, Fundação Educacional do Distrito Federal.

As oportunidades de escolarização permitidas aos jovens e adultos que não

tiveram condições de concluir seus estudos no Ensino Regular, de 1931 a 1971, foram

oferecidas apenas pelos Exames Preparatórios daquela época, atualmente

correspondendo aos Exames Supletivos.

O ensino regular, implantado em 1931, não se expandiu em nível nacional de

forma a atender a todos os que necessitavam estudar, gerando uma retenção à

demanda escolar, que já se contava em milhões de alunos em 1971.

Essa realidade levou os legisladores responsáveis pela elaboração da Lei

5.692/71 a destinar um de seus capítulos ao Ensino Supletivo, mantendo os Exames e

criando cursos de suplência, dando origem à necessidade de se criar uma escola que

pudesse corresponder aos anseios da comunidade no que se refere ao Ensino

Supletivo/Educação de Jovens e Adultos.

A reforma do ensino, aprovada pela Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996,

mantem o mesmo entendimento quando estabelece, no capítulo que trata da Educação

de Jovens e Adultos, em seu artigo 38: “os sistemas de ensino manterão cursos e

exames supletivos que compreenderão a base nacional comum do currículo,

habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”.

Com a implantação da proposta de Educação de Jovens e Adultos, o CESAS

adequa sua filosofia ao EJA, em buscada conseguir melhor qualidade de ensino para

jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade

própria ou que, por algum motivo, tiveram que interromper o seu percurso.

De acordo com o Artigo n° 28 – resolução nº1/2005 CEDF, o CESAS passou a

ofertar 3 (três) segmentos e 11 (onze) semestres, (presencial e a distância: Presencial

(1º, 2º e 3º segmentos) e a distância (2º e 3º segmentos)).

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O CESAS, como única escola no DF com atendimento exclusivo à educação de

jovens e adultos, ofereceu certificação, em 2011, para 1613 brasileiros paranaenses,

residentes no Japão, todos eles formados por projeto de parceria entre MEC e governo

japonês.

V. DIAGNÓSTICO

O CESAS – Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul – oferece a

Educação de Jovens e Adultos EJA nos três turnos, em todos os segmentos, no

presencial e na EaD – Educação a Distância – somente para o segundo e terceiro

segmento.

O corpo discente é constituído de adolescentes, jovens, adultos, idosos e

pessoas com deficiência. De acordo com as informações da secretaria da escola, o

estudante jovem/adolescente, em sua maioria, foi reprovado várias vezes no ensino

regular, com problemas de aprendizagem, ficando, assim, defasado com relação à

idade/série e, consequentemente, desmotivado.

Muitas vezes são expulsos da escola que frequentam por motivos de indisciplina,

uso de drogas ou estão envolvidos no tráfico, entre outras situações de risco, e são

encaminhados para o CESAS para efetivarem matrículas.

Estes alunos e seus responsáveis legais, geralmente não conhecem sobre a

modalidade EJA e suas especificidades, tais como: matrícula por disciplina;

organização semestral; aproveitamento de estudos; turmas com adultos, idosos,

adolescentes e pessoas com deficiência.

Tais especificidades podem ser geradoras de grandes ganhos, como: a

convivência com a diversidade em todos os seus aspectos; a aceleração do estudo, por

meio do aproveitamento de estudos; a diminuição da sobrecarga de atividades, por

meio da matrícula por disciplinas; o relacionamento intergeracional.

Todos esses aspectos podem ser geradores de grande desenvolvimento para o

aluno. Ao mesmo tempo, todos eles trazem a exigência de um comportamento

responsável imediato, por parte do aluno, uma vez que, nessa proposta, ele tem muitas

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facilidades para faltar às aulas, envolvendo-se em ações criminosas, muitas vezes em

conjunto com adultos infratores.

Para evitar tais problemas, várias ações estão sendo tomadas, principalmente

para atender aos estudantes menores de idade, como: organização de reuniões com

pais e responsáveis legais para acompanhamento da frequência, rendimento escolar e

outros; instituição do requerimento de exposição de motivos que levaram os alunos a

abandonarem ou faltarem as aulas; criação do sistema de identificação biométrica para

entrada na escola; cruzamento entre as informações oriundas desse sistema e aquelas

encontradas nos diários de classe dos professores; promoção de ações voltadas para

o diálogo e respeito às diferenças; oferecimento de cursos/atividades que contribuam

para a inserção e promoção do estudante no mercado de trabalho.

Os alunos matriculados neste estabelecimento de ensino são originários de

todas as Regiões Administrativas do Distrito Federal e entorno. Do mesmo modo, o

CESAS recebe alunos de todas as classes sociais e econômicas, sendo muito comum

os casos de alunos que não dispõem de recursos para pagamento do transporte,

material escolar e alimentação. Também se encontra com muita frequência na escola

estudantes trabalhadores, com jornadas diversas de trabalho, e que estudam no

período noturno ou EaD.

O CESAS conta com mais de duzentos estudantes com deficiência,

regularmente matriculados nos três segmentos, nos três turnos. Esses alunos são

incluídos nas turmas regulares e, além disso, recebem atendimento específico, nas

salas de recursos, por professores especializados, de acordo com a sua necessidade.

As salas de recursos multifuncionais estão de acordo com a legislação do MEC,

contam com o apoio de profissional especializado nas áreas de: deficiência auditiva;

deficiência visual; deficiência intelectual; deficiência múltipla; surdo cegueira; transtorno

global de desenvolvimento; transtornos funcionais e específicos; e dificuldades de

aprendizagem.

Tais salas visam colocar o aluno deficiente em condições mais igualitárias com

os demais usuários do espaço acadêmico e mantem flexível os horários de

atendimento.

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A esse respeito, as novas Diretrizes Operacionais da EJA garantem ao estudante

com deficiência o atendimento no mesmo turno de estudo, proporcionando inserção

educacional e social do estudante, a fim de que ele possa assumir o protagonismo de

sua vida.

Em 2012 foi criada, no CESAS, a Unidade Especial DA para atender as

peculiaridades do estudante surdo que não se sentia contemplado na sala de recursos

ou em sala de aula regular. Hoje eles contam com métodos, técnicas, recursos

educativos, organização específica, professores bilíngues, ensino na língua do surdo,

tudo em consonância com suas condições específicas (projeto em anexo).

A inclusão, como política educacional, vai além da matrícula e da garantia de

socialização desses alunos, pois demanda uma revisão de quebra de paradigmas, com

atenção especial ao respeito às diferenças. Desta forma, de acordo com o Estatuto do

Portador de Deficiência, capitulo IV, Do Direito à Educação, Seção I, Disposições

Gerais, Art. 36

A educação é direito fundamental da pessoa com deficiência e será prestada

visando o desenvolvimento pessoal, a qualificação para o trabalho e o preparo para o

exercício da cidadania.

Art. 37. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade

assegurar a educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de

toda a forma de negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão escolar.

Desta forma, o aluno com atendimento especializado, poderá ser matriculado em

todos os componentes curriculares ou em apenas alguns deles, de acordo com sua

necessidade. Em ambos os casos, entretanto, para que os professores apoiem os

alunos no processo de construção do conhecimento, são realizadas, quando

necessário, adaptações curriculares.

Além disso, muitos alunos em atendimento especial executam outras atividades,

indispensáveis à sua socialização, dentre elas: ocupações profissionais, fisioterapias,

atendimentos psicológicos e psiquiátricos, danças, arte interativa e outras. Tais

atividades são praticadas, muitas vezes, no turno contrário à sua atividade acadêmica.

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O CESAS é uma escola muito requisitada, também, por: donas de casa;

empregados domésticos; profissionais liberais; profissionais da indústria e do comércio;

profissionais do serviço público; entre outros. Todos eles procuram nossa unidade a fim

de concluírem seus estudos.

Com um corpo discente tão distinto e com faixa etária, condições sociais e

econômicas tão variadas são necessárias parcerias com os diversos segmentos da

sociedade, a fim de proporcionar melhor qualidade de ensino para esses jovens,

adultos e idosos que não tiveram a oportunidade de continuidade ou conclusão de seus

estudos na idade própria.

O aumento significativo nos casos de criminalidade, violência e uso de

entorpecentes nas redondezas da nossa escola, envolvendo, inclusive, nossos alunos,

também nos conduz a buscar alternativas, possibilidades e projetos parceiros para

minimizar e resolver esses conflitos.

Como pode se ver, entre todas as escolas públicas do DF, o CESAS possui uma

experiência ímpar em atendimento a um público com um perfil tão plural. Fundamental,

portanto, considerar interesses e saberes desses estudantes para construirmos uma

proposta pedagógica que atenda seu direito universal à: educação ao logo da vida;

perspectiva de trabalho; aprendizagem significativa.

Para isso, precisamos olhar para o estudante não somente como números, mais

ofertando o ingresso e a permanência na escola com qualidade, sem segregação, de

maneira que se estabeleça um ambiente em que essa diversidade seja respeitada.

O CESAS, ainda, é pioneiro na EaD na SEDF e também foi uma das primeiras

escolas na inserção dos alunos com deficiência, diagnosticados ou não, na EJA. Além

disso, atende pessoas cumprindo medidas socioeducativas, situação de risco, restrição

de liberdade, comunidades indígenas, quilombolas, trabalhadores rurais e urbanos.

Hoje contamos com 4.216 alunos, temos mais de 800 com distorção idade/série,

oriundos das escolas públicas do DF e entorno.

Mediante esta diversidade nosso compromisso exige mudanças de paradigmas

de práticas pedagógicas, numa construção que só pode ser coletiva.

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A escola para todos e todas deve ser justa e democrática e deve vir ao encontro

dos anseios de sua população. Nosso contingente de adolescentes e jovens tem sede

de que seus direitos e liberdades fundamentais sejam respeitados, ainda que, muitas

vezes, nem reconheçam esses direitos ou, pelas barreiras impostas pela exclusão,

utilizem-se de outras linguagens para demonstrar seu sofrimento no contexto escolar.

Sabemos que a simples existência de leis não garante uma sociedade justa.

Desta forma, é imprescindível que nos comprometamos com a causa da conquista da

autonomia do estudante, quer seja na escola, quer seja na vida em sociedade. Santos

(1988), afirma que a luta da cidadania não se esgota na confecção da lei ou na

constituição, porque a lei é apenas a concreção, um movimento finito de um debate

filosófico sempre inacabado. Assim como o indivíduo deve estar sempre vigiando a si

mesmo para não se enredar pela alienação circundante, assim o cidadão, a partir das

conquistas obtidas, tem de permanecer alerta para garantir e ampliar sua cidadania.

VI. PERFIL DA ESCOLA E CARACTERIZAÇÃO

Nesse subcapítulo apresentaremos um pouco da infraestrutura pedagógica,

física e administrativa da escola, bem como o número de alunos atendidos, por

série/segmento e modalidades.

1 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

Levando em consideração o modelo do currículo em movimento, formulado para

atender à Educação de Jovens e Adultos, o Cesas vem priorizando suas ações no

sentido de adaptar as orientações e diretrizes à realidade existente neste segmento da

educação, de forma que se busca compreender em sua estrutura curricular o contexto

social que envolve esta modalidade de ensino.

Diante da questão que envolve a proposta de uma nova visão do currículo em

movimento da EJA, a Escola entende a responsabilidade que é chamada para si como

instituição que recebe um número de estudantes que estão à margem da sociedade, e

assim, desenvolve no seu currículo tudo que se possa alcançar novas fronteiras do

conhecimento, além de oferecer oportunidades concretas da inserção do cidadão com

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dignidade na sociedade, oferecendo projetos de educação profissional, além de realizar

oficinas de interesses diversos, que possibilitem ao estudante a motivação em

frequentar o espaço escolar, eliminar a evasão escolar e promover a oportunidade do

seu ingresso no mercado de trabalho.

O papel que o Cesas exerce é de grande importância na sociedade do Distrito

Federal, a partir do olhar diferenciado na sua comunidade, sobretudo as diferenças

geracionais, diversidade cultural, social e econômica da comunidade do Cesas, além

da trajetória e história de vida de cada estudante, e assim a Escola busca aplicar o seu

currículo, observando a real necessidade do seu estudante, para que ele percorra

caminhos de aprendizagens de forma variada e revezada.

Nessa perspectiva, o Cesas trabalha o seu currículo de forma a organizar a vida

pessoal e profissional do estudante, sem prejudicá-lo no processo de ensino e de

aprendizagem e o domínio de conhecimentos. Ademais, viabiliza o trabalho do seu

currículo de forma a envolver a família, contanto que isso possa influenciar para o

crescimento escolar do estudante, tornando-se um fator motivacional para o

aprendizado do aluno. Nessa linha de trabalho, diariamente a Escola recebe a família

para conversas sobre o estudante, eventos, e a Equipe Gestora sistematiza

periodicamente reuniões para discutir o Projeto da Escola.

Ainda, sob o ponto de vista do perfil do seu público, a Escola tem como proposta

a utilização de métodos de estudos que estejam em sintonia com o novo modelo

curricular por parte dos profissionais da Escola. Para isso, a Escola busca incentivar e

capacitar os docentes para a arte de ensinar com um atendimento diferenciado, além

do material didático disponibilizado para a EJA. Como metodologia, a Equipe Gestora

faz questão de acolher, de forma diferenciada, os profissionais, seja em momentos

comuns, como semana e coordenações pedagógicas, mas também separadamente,

ao receber durante o ano letivo novos profissionais, de forma que cada um deles

conheça o universo que é a Educação de Jovens e Adultos, direcionando para um o

trabalho diferenciado do currículo a ser aplicado.

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Considerando as ações de educação profissional que a Escola vem

implementando, o Cesas trabalha em parcerias, a partir de vários convênios assinados

pela SEEDF com instituições como SESC, FUNARTE, CAJE, SECONCI, Presidência

da República e Universidade de Brasília. Ademais, o Cesas é Escola certificadora de

concluintes do Ensino Fundamental e Médio por meio de exames nacionais

(ENCCEJA).

Dentro de sua proposta de integração do conhecimento acadêmico com o mundo

do trabalho a UE vem desenvolvendo um esforço continuado por meio do seu Projeto

Talentos CESAS. O Seu principal objetivo é o de constituir estruturas pedagógicas que

proporcionem a seu estudante, ex-estudante e comunidade socialmente envolvida a

orientação, formação e acompanhamento voltados para inserção produtiva. O Cesas

atua em parceria com o PRONATEC no desenvolvimento, gestão e acompanhamento

de cursos técnicos. Cabe destacar os cursos Técnico em Enfermagem (Mulheres Mil),

Técnico em Teatro e Técnico em Artes Circenses (Mediotec) bem como os cursos FIC

- Cuidador de Idoso, Massagista, Auxiliar de Cozinha, Operador de Computador, entre

outros. Essa parceria é amparada pela Escola Técnica de Planaltina, que vem

certificando os cursos oferecidos pelo Cesas nos últimos anos, ampliando a oferta de

vagas de cursos FIC e técnicos para as diversas comunidades do Distrito Federal e,

especialmente, aos estudantes matriculados no Cesas.

Ainda na perspectiva da Educação Profissional, o Cesas vem apoiando

os estudantes no encaminhamento para estágios, aulas de violão em uma parceria com

a Universidade de Brasília, que encaminha estagiários dos Cursos de Música, e

ainda, aulas de corte e costura, dentro de Projeto com a atuação de professores

readaptados, e finalmente, a rádio TV Cesas, com professor regente da própria escola.

.

É possível assim perceber a importante função social que o Cesas realiza na

rede pública de ensino,sobretudo pelo fato de a Escola estar localizada

estrategicamente no centro da capital, de forma a atender os cidadãos das Regiões

Administrativas do DF e do Plano Piloto, que trabalham próximo ao local e que

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encontram a grande possibilidade de concluir o ciclo de estudo, encontrando neste

espaço múltiplas possibilidades e motivação para evitar a evasão escolar.

2. MODALIDADES DE ENSINO

a. PRESENCIAL: O CESAS atualmente é organizado em regime semestral com

100 dias letivos. Atende o 1º segmento com carga horária de 1600 horas, o 2º

segmento também com a mesma carga horária 1600 horas, com 8 disciplinas e 5 aulas

diárias e o 3º segmento com carga horária de 1200 horas com 12 disciplinas e 5 aulas

diárias, funcionando em 3 turnos (Mat/ Vesp/ Not). O horário da escola é: matutino de

7:50 as 12:00, vespertino de 13:50 as 18:00 e noturno de 19:00 as 23:00.

b. Ensino a Distancia – EAD: A Educação de Jovens e Adultos a Distância é

ofertada pelo Centro de Estudos Supletivos Asa Sul – CESAS no 2º segmento/ para o

Ensino Fundamental – Anos Finais e para o 3º segmento/Ensino Médio e está assim

organizada: Ensino Fundamental – Anos Finais: duração de quatro semestres, com

carga horária de 1.640 (mil seiscentas e quarenta) horas.

Ensino Médio: duração de três semestres, com carga horária de 1.275 (mil

duzentas e setenta e cinco) horas.

A EJA/EaD é desenvolvida pela internet, no Ambiente Virtual de Aprendizagem

– AVA, Moodle. A metodologia adotada nos cursos a distância favorece a construção

da autonomia do estudante e sua inserção na sociedade informatizada. O aluno da

EJA/EaD conta com o acompanhamento de professores tutores, por meio do AVA e,

presencialmente, nos plantões de atendimento no CESAS.

b. Ensino Profissional – O Cesas oferece Cursos de Formação Inicial e

Continuada, por meio do Programa Pronatec, nas seguintes áreas: Cuidador de Idosos,

Assistente Administrativo, Cuidador Infantil, Jardineiro, Cozinheiro, Auxiliar de Cozinha,

Massagista e Operador de Computador.

As Modalidades de Ensino do CESAS possibilitam um atendimento ajustado à

realidade do aluno, bem como a otimização do uso dos recursos existentes na escola.

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3. INFRAESTRUTURA FÍSICA E INSTALAÇÕES

A escola tem uma área física construída em alvenaria, assim distribuída:

27 salas de aula 05 salas de apoio alunos com deficiência

01 espaço para EaD 01 Secretaria

01 sala de direção 01 sala de apoio

01 sala de orientação escolar 01 sala de professores e coordenação

01 sala de leitura 01 sala de informática –Proinfo

02 cantinas escolares 01 Cozinha

01 depósito para gêneros de merenda escolar

01 depósito para materiais de apoio e serviços gerais

01 banheiro para professores 01 banheiro para professoras

01 banheiro para servidores 01 banheiro para alunos

01 banheiro para alunas 01 Auditório

01 pátio coberto para atividades com alunos e professores

20 Postos de atendimento profissionalizantes

Contém, ainda, uma área externa de aproximadamente 10.000m², funcionando

como pátio de recreação e espaço para atividades das aulas de educação física, com

2 (duas) quadras de esportes.

4. INFRAESTRUTURA ADMINISTRATIVA

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SUPERVISOR ADMINISTRATIVO

APM

CAIXA

ESCOLAR

SUPERVISOR

PEDAGÓGICO

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5. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

a. Gestão Administrativa

6. INSTITUIÇÕES ESCOLARES DO CESAS

As instituições escolares do CESAS, segundo seu Regimento Interno,

foram criadas visando integrar o corpo docente, discente e comunidade, bem

como facilitar o desenvolvimento do processo pedagógico.

1.1. Associação dos Alunos e Funcionários do CESAS - AAFC

É a entidade responsável pela administração dos recursos oriundos das

contribuições voluntárias dos alunos. Esses recursos são utilizados para

melhoria das instalações físicas do CESAS, bem como para aquisição de

materiais e demais encargos advindos de problemas de ordem material e

estrutural.

Os membros da Associação são eleitos pelos alunos e funcionários do

CESAS, fazendo parte de sua estrutura organizacional professores, alunos,

servidores e dirigentes deste estabelecimento de ensino. O mandato da diretoria

da Associação tem a duração de três anos.

1.2. CAIXA ESCOLAR DO CESAS

Destina-se, única e exclusivamente, para a gestão dos recursos alocados

pelo PDAF, pela verba do FNDE ou quaisquer outras verbas governamentais.

1.3. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é o órgão máximo para a tomada de decisões

realizadas no interior de uma escola. Este é formado pela representação de

todos os segmentos que compõem a comunidade escolar, como: alunos,

professores, pais ou responsáveis, funcionários, pedagogos, diretores e

comunidade externa.

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Cada Conselho Escolar tem suas ações respaldadas através do seu próprio

Estatuto, que normatiza a quantidade de membros, formas de convocação para

as reuniões ordinárias e extraordinárias, como é realizado o processo de

renovação dos conselheiros, dentre outros assuntos que competem a essa

instância.

Neste sentido, cabe aos conselhos escolares:

a. deliberar sobre as normas internas e o funcionamento da escola;

b. participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico;

c. analisar e aprovar o Calendário Escolar no início de cada ano letivo;

d. analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola,

propondo sugestões;

e. acompanhar a execução das ações pedagógicas, administrativas e

financeiras da escola e;

f. mobilizar a comunidade escolar e local para a participação em atividades

em prol da melhoria da qualidade da educação, como prevê a legislação.

7. RECURSOS FINANCEIROS

Os recursos financeiros destinados à manutenção da escola são os

previstos no Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF),

instituído por meio do Decreto 28.513, de 06/12/2007, do Governo do Distrito

Federal, e gerenciados pela Equipe Gestora da unidade escolar, que está

assinando com o Secretário de Educação do Distrito Federal um Termo de

Responsabilidade da Gestão Escolar Compartilhada.

2.1. Definição de metas para gestão dos Recursos Financeiros

1. PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira.

Toda a verba advinda do PDAF será acompanhada e fiscalizada pela

comunidade escolar, a partir de suas instâncias de organização, nos três

momentos distintos: planejamento, execução e prestação de contas. O programa

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é utilizado para a realização da manutenção da estrutura física (reparos

hidráulicos, elétricos e prediais) e na obtenção de recursos pedagógicos. A

gestão de 2016-2019 , realizará obras de reparos frequentes tais como: troca de

lâmpadas, limpeza e reparos das Calhas, pinturas internas e externas. Aquisição

de Material de expediente previstos em lei.

2. PDDE- Programa Dinheiro Direto na Escola

Verba destinada a realização dos projetos pedagógicos com a intensão de

atender diretamente o aluno na sala de aula, sala de recurso, biblioteca,

laboratórios etc., na aquisição de computadores, impressoras, projetores,

materiais didáticos e de expedientes, para facilitar a aprendizagem do aluno.

As metas para o PDDE é a de adquirir, com mais agilidade, os recursos

solicitados pelos professores e alunos, para viabilizar os projetos realizados pelo

CESAS de acordo com as necessidades de cada segmento e modalidade.

b. Gestão Pedagógica

1. Recursos humanos

O CESAS conta com profissionais capacitados para atender, com

qualidade, ao corpo discente, aos quais deve ser oferecida constante formação

continuada, promovida, sempre que possível, na própria escola.

Atualmente, o corpo docente do CESAS é formado por 198 servidores,

sendo 173 professores, seis Orientadoras Educacionais, a oito Assistentes de

Educação/Apoio Administrativo, 3 Educadores Sociais e 1 monitor para sala de

recurso.

Deve ser destacado, ainda, que o CESAS opera nos três turnos diários

(Matutino, Vespertino e Noturno) e não conta com professores em jornada

ampliada.

1.1. Definição das metas pedagógicas (descrição)

As metas pedagógicas da escola são definidas a partir da compreensão que é

feita da relação escola-comunidade escolar. Partindo dessa relação podemos

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definir uma maior participações dos elemento envolvidos e agentes diretamente

envolvidos no processo pedagógico. A Gestão Democrática se consolidará na

oportunização dos momentos e instrumentos necessários ao referido processo.

1.2. Diretrizes significativas para alcançar as metas estabelecidas pela

política educacional vigente (descrição)

Podemos estabelecer como sendo três as diretrizes necessárias para a

atender à política educacional vigente:

a. A garantia do pleno desenvolvimento da relação escola-

comunidade;

b. A Gestão Democrática criando e oportunizando as condições de

efetivação da relação escola-comunidade;

c. Democratização de acesso e permanência do aluno na escola,

criando condições para que o mesmo se envolva e seja sujeito no

processo pedagógico e possa apontar alternativas para o seu

engajamento efetivo nos destinos de sua educação.

d. Garantia da excelência da educação de acordo com o estabelecido

na Gestão Compartilhada (descrição)

e. A Excelência da Educação, se dará quando conseguirmos

assegurar um ensino de qualidade, que garanta o acesso e a

permanência dos alunos, possibilitando a formação de cidadãos

críticos e participativos, capazes de entender e transformar a

sociedade e o mundo.

1.3. Definição de metas para gestão dos Recursos Humanos

Os recursos humanos existentes na UPE serão distribuídos de maneira a

otimizar o atendimento à comunidade escolar e geográfica. Todos os servidores

estarão dentro da modulação preconizada pela SEEDF e seguirão as

orientações emanadas do setor de RH quanto ao quantitativo para cada setor.

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1.4. Definição de metas para atuação do Conselho Escolar

O Conselho Escolar terá papel de preponderância dentro da gestão

escolar, pois será o local de direito onde serão desenvolvidas as discussões

pertinentes ao acompanhamento de todos os momentos da Gestão

Democrática.

2. Descrição dos Recursos Físicos e Didáticos

a. SALA DE RECURSOS - DEFICIÊNCIAS VISIAIS – D.V.

4 máquinas de Braile

1 impressora Braile

Materiais para Anatomia

Material Tátil-concreto

b. CLASSE BILINGUE - SURDOS

Smart Tv conectada a internet

Quadros Brancos

Sala ambiente

Materiais para Anatomia

c. SALA DE RECURSOS - GENERALISTA

Computadores e Smart TV conectado a internet

Sala de pintura

Impressora

Materiais para Anatomia

d. DEMAIS AMBIENTES E EQUIPAMENTOS

8 salas do segundo segmento (corredor A) com telões para projeção.

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O Cesas possui 168 pontos de internet abrangendo Salas de aula,

bibliotecas, SR, Auditório, Sala dos professores e Coordenações e a EAD.

7 Projetores.

Caixas de som.

DVDs/ Aparelho de som.

Smart TVs conectadas a internet.

3. TOTAL GERAL DE ALUNOS E TURMAS POR MODALIDADE DE

ENSINO:

MODALIDADE NÚMERO

DE ALUNOS

NÚMERO TOTAL

DE TURMAS

NÚMERO DE TURMAS POR

TURNO

NÚMERO TOTAL DE

DISCIPLINAS

EJA

1º Segmento

208 14 MAT: 5

VESP: 5 NOT: 4

1

2º Segmento

1300 27 MAT: 9

VESP: 9 NOT: 9

8

3º Segmento

1183 27 MAT: 10 VESP: 7 NOT: 10

12

EaD 2º segmento 714 4 4 8

3º segmento 1273 3 3 12

TOTAL 4.605 75 75 41

4. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS, SOCIOPOLÍTICOS E

PSICOPEDAGÓGICOS.

Nesse capítulo apresentamos os pressupostos teóricos e metodológicos

que servem como guias na organização do trabalho pedagógico do CESAS, que

influenciam as ações da escola e das salas de aula.

Os princípios norteadores são a bagagem de conhecimentos e as

experiências do aluno de EJA. Elas devem ser levadas em consideração na

condução do processo de ensino e de aprendizagem. O professor deve assumir

em sala de aula a função de facilitador da aprendizagem, trabalhando os

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conteúdos significativos de forma contextualizada, respeitando o ritmo próprio do

aluno, com vistas ao desenvolvimento de suas habilidades e competências.

O respeito ao ritmo próprio do educando é de fundamental

importância para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem,

pois evita que o aluno que já possui ou alcançou o conhecimento das habilidades

e competências referentes a cada componente curricular seja retido na escola,

causando prejuízos para seu projeto de vida.

Compartilhar dos sentimentos, ideias, experiências, limitações,

interesses e desejos do aluno, assim como seu envolvimento intelectual, físico e

emocional, além de facilitar a troca de experiências, a troca de ideias e a

liberdade de expressão, constituem-se em ferramentas motivadoras para a

construção da aprendizagem sob a responsabilidade de todos os trabalhadores

da educação da escola.

Valorizar as vivências, acolher as sugestões e críticas, buscar

alternativas inovadoras são, dentre outras, atitudes relevantes para acentuar o

crescimento da autoestima e da autoconfiança do aluno.

Os trabalhadores em educação, de forma direta ou indireta, exercem

papel primordial neste processo de desenvolvimento integral do aluno, tendo

uma ação pedagógica baseada no respeito, na solidariedade, no exercício

consciente da cidadania, na ética e na busca do resgate de valores e posturas

que norteiem a conquista da independência, a criatividade e o sucesso do

educando.

Organizamos o capítulo em cinco seções complementares. Na

primeira delas apresentamos uma proposta de organização pedagógica que

mostra a relação direta e interdependente entre os vários componentes teórico-

metodológicos de organização da escola. Na segunda apresentamos nossas

concepções de desenvolvimento e aprendizagem e, na terceira, coerente com

elas, a perspectiva histórico-cultural de Vygotsky.

A quarta seção discute um pouco sobre nossas concepções de

Diversidade e sua relação com a educação e a escola. A última seção, então,

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sintetiza todos esses aspectos e estabelece a relação cíclica entre todos eles e

a organização do trabalho pedagógico no CESAS.

a. ORGANIZAÇAO PEDAGÓGICA COMO UM PROCESSO CÍCLICO

O CESAS reconhece, em conjunto com uma ampla gama de estudiosos

da educação, que a atividade docente incorpora inúmeros aspectos, todos eles

de ordem bem diferenciadas. Assim, para organizar uma aula, por exemplo,

temos que saber: que homem/mulher queremos formar; para construção de qual

tipo de sociedade; que conteúdos contribuirão para a construção desse sujeito;

como devemos organizar o processo de ensino de forma que gere

desenvolvimento e aprendizagem; que recursos temos disponíveis para essa

organização; como devemos avaliar e acompanhar esse processo, etc.

Nessa direção, Freire (1998), afirma que o processo de construção de

uma proposta pedagógica coerente em todos os seus aspectos, como nossos

referenciais pessoais e contextuais de mundo, homem/mulher, sociedade e

educação tem sido motivo de muitas preocupações e um grande desafio na

organização do trabalho pedagógico das escolas. Isso se dá principalmente

porque as diferentes concepções teóricas de desenvolvimento modificam

sistematicamente a forma de interpretarmos a realidade educacional, o

desenvolvimento e a aprendizagem do sujeito.

Visando facilitar a compreensão desse processo, Raposo (2010)

desenvolveu uma metodologia com orientação sociocultural construtivista, que

ressalta a relevância do contexto cultural e social para o processo educacional.

A autora considera que a pessoa constrói o conhecimento no seu processo da

vida, que é organizado pelo mundo social onde vive. A organização desse

processo pedagógico, portanto, deve buscar incluir a inter-relação das várias

partes do processo educacional. (RAPOSO e cols, 2008; RAPOSO; MACIEL,

2008).

Apresenta, assim, um modelo de organização pedagógica como um

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processo cíclico no qual o aluno é orientado para objetivos por meio de

procedimentos específicos, situados no contexto de um círculo de ações

educativas. Os processos de pensamento e reflexão do professor e do aluno

estão em contínua interação dialética com todas as outras partes do sistema,

levando-os, assim, à construção de novos conhecimentos.

Figura 1: Organização Pedagógica como um Processo Cíclico

Fonte: RAPOSO e cols, (2008); RAPOSO; MACIEL (2008).

Nessa perspectiva, Raposo (2010) considera que o processo pedagógico

de qualquer área deve contemplar tanto as relações que se dão entre os sujeitos

que dela participam e entre os sujeitos e instrumentos implicados na dita

atividade, quanto nas relações entre os diferentes sistemas implicados. Todas

essas setas que vão e vêm na figura representam essas relações e demonstra

que a totalidade dos elementos do processo pedagógico compõem um sistema

único, são interdependentes e, nesse sentido, influenciam diretamente um no

outro.

Com base nesses pressupostos, o CESAS acredita que o professor, as

escola e todos os seus projetos devem considerar, na organização de sua

proposta pedagógica, a trama das relações contextuais ressaltando,

especificamente: suas concepções de homem, de mundo e de sociedade, de

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educação; suas concepções de desenvolvimento e aprendizagem; o

conhecimento que se pretende trabalhar; os métodos e instrumentos envolvidos

no processo de ensino e de avaliação; tudo isso mediado pelas experiências

intuitivas do aluno e do professor. (RAPOSO; MACIEL, 2008).

A seguir apresentaremos a concepção de desenvolvimento e

aprendizagem incorporada pelo CESAS e suas consequentes educacionais.

b. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

Como dissemos anteriormente, nossa orientação educacional passa por

diferentes ideias a respeito da forma como nos desenvolvemos e como

aprendemos sobre os objetos, o mundo e sobre nós mesmos, ou seja, cada um

tem uma concepção própria de homem/mulher, mundo e sociedade. Essa

interpretação resulta da relação sujeito-ambiente, isto é, deriva de uma tomada

de posição epistemológica em relação ao sujeito e ao meio e é classificada como

inatista, ambientalista ou interacionista (DAVIS; OLIVEIRA, 1994).

Segundo Davis e Oliveira (1994) os inatistas afirmam que as formas de

conhecimento estão predeterminadas no sujeito, ou seja, as capacidades e

qualidades de cada pessoa já estão prontas quando ela nasce e, durante a vida,

vão sendo melhoradas a partir da influência do meio. Nessa concepção,

portanto, o desenvolvimento obedece a um processo de maturação interna que

pode ser acelerado ou reprimido pelas influências do meio, mas não pode ser

transformado.

As implicações educacionais que essa concepção nos traz são bem

conhecidas e representam àquelas argumentações recorrentes de que o aluno

pode ou não ter aptidões para aprender algumas coisas ou de que há

necessidade de se esperar o desenvolvimento biológico e a maturação do aluno

para que determinados conhecimentos sejam ensinados.

A outra concepção de desenvolvimento tem sua origem no empirismo, ou

seja, prima pelo objeto e é denominada ambientalismo. Para Davis e Oliveira

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(1994), os ambientalistas, ao contrário dos inatistas, consideram que o indivíduo

está sujeito às contingências do meio, sendo o conhecimento uma cópia de algo

dado no mundo externo. Nesse sentido, o indivíduo é construído a partir das

influências do meio, ou seja, suas experiências vão dando origem a

comportamentos determinados por esse meio.

Os reflexos dessa concepção na educação é a organização de um espaço

educacional munido com um grande número de informações e programas

educacionais que produzem transformação, correção e estimulação do aluno, a

partir do uso programado de técnicas e metodologias adequadas à

aprendizagem do aluno.

Por fim, a última concepção é a interacionista. Do ponto de vista

interacionista, o sujeito se constitui historicamente nas interações com o meio,

com os objetos e, principalmente, com as outras pessoas. Nesse sentido, o

desenvolvimento ocorre dinamicamente, durante toda a vida da pessoa, de

forma que homem/mulher e mundo vão se transformando ativamente pela ação

do outro. (DAVIS; OLIVEIRA, 1994).

A educação, nessa concepção, exerce um papel fundamental no

desenvolvimento humano. No entanto, ela não acontece de forma unidirecional.

Ao contrário, professor, alunos e comunidade educacional atuam uns sobre os

outros de forma que cada um deles vai ativamente transformando suas ações

internamente.

Segundo os interacionistas, o processo de construção de conhecimentos

acontece nas relações sociais estabelecidas no contexto escolar. Por esse

motivo, as metodologias de ensino devem criar situações coletivas que

promovam conflitos, problemas e desafios nas tarefas, de forma que o aluno

possa construir o conhecimento ativa e interativamente.

Como pudemos ver, dependendo da nossa concepção de

desenvolvimento e aprendizagem, organizaremos atividades pedagógicas de

formas diferenciadas. Subjacente a essas atividades estão presentes – implícita

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ou explicitamente, de forma articulada ou não, consciente ou não - um referencial

teórico que estará vinculado com o tipo de mundo que queremos ter, o tipo de

homem/mulher que queremos formar para contribuir na construção desse mundo

e o tipo de educação que propiciará o desenvolvimento desse homem/mulher.

c. A ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL DE VYGOTSKY

O CESAS, coerente com os pressupostos teóricos apresentados no

Currículo em Movimento, da SEDF, apoia-se numa concepção interacionista de

desenvolvimento humano e utiliza-se dos pressupostos teóricos da abordagem

histórico-cultural de Vygotsky para organizar seu trabalho pedagógico.

Nessa abordagem o homem é reconhecido como produto da interação

dos aspectos biológicos e sociais, dentro de um tempo e espaço determinado e

num processo permanente de construção histórica. (MOLL, 1996; GARNIER e

cols, 1996).

Vygotsky, segundo Raposo (2010) dedicou-se a estudar, prioritariamente,

as funções psicológicas superiores, também chamadas de processos mentais

superiores. Segundo Vygotsky as funções psicológicas superiores representam

a capacidade estritamente humana de pensar em objetos ausentes, imaginar

eventos nunca vividos ou planejar ações a serem realizadas em momentos

posteriores, de maneira intencional e voluntária. Tais funções, segundo o teórico,

são desenvolvidas permanentemente ao longo da história do indivíduo, por meio

da sua interação com uma determinada cultura, em um momento histórico

determinado.

De acordo com a autora, Vygotsky trabalha com a noção de que a relação

do homem com o mundo não é uma relação direta. Essa relação, de acordo com

o teórico, é uma relação mediada por instrumentos e signos, que representam

instrumentos auxiliares da atividade humana.

O conceito de mediação, nesse sentido, torna-se o centro da explicação

vygotskyana sobre o funcionamento psicológico e é reconhecido como o

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processo essencial para tornar possíveis atividades psicológicas voluntárias,

intencionais e controladas pelo próprio indivíduo. (MOLL, 1996; GARNIER e cols,

1996).

Segundo Raposo (2010), o teórico afirma que ao longo do

desenvolvimento de cada indivíduo, a utilização das marcas externas vai se

transformar em processos internos de mediação, ou seja, o indivíduo constrói ao

longo de sua história representações mentais que substituem os objetos do

mundo real. Esse mecanismo é chamado por Vygotsky de internalização. Para

ele essa capacidade de lidar com representações que substituem o próprio real

é que possibilita ao homem libertar-se do espaço e do tempo presentes, fazer

relações mentais na ausência das próprias coisas, imaginar, fazer planos e ter

intenções.

De acordo com Vygotsky, ao longo da história da espécie humana os

signos passam a ser compartilhados pelo conjunto dos membros do grupo social,

permitindo a comunicação entre os indivíduos e o aprimoramento da interação.

Os sistemas de representação da realidade, portanto, são socialmente dados,

ou seja, “é o grupo cultural onde o indivíduo se desenvolve que lhe fornece

formas de perceber e organizar o real, as quais vão constituir os instrumentos

psicológicos que fazem a mediação entre o indivíduo e o mundo”. (OLIVEIRA,

1997, p. 36).

Pensar o processo de desenvolvimento do ser humano marcado por sua

inserção em determinado grupo social é reconhecer que o mesmo se dá ‘de fora

para dentro’. Em outras palavras, nessa perspectiva o indivíduo primeiramente

realiza ações externas, que serão interpretadas pelas pessoas ao seu redor, de

acordo com os significados culturalmente estabelecidos. Em seguida o indivíduo

poderá atribuir significados para suas próprias ações e desenvolver processos

psicológicos internos que podem ser interpretados por ele próprio. (MOLL, 1996;

GARNIER e cols, 1996).

Essa perspectiva de desenvolvimento explicitada por Vygotsky enfatiza a

importância do aprendizado. Assim, existe um percurso de desenvolvimento, em

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parte definido pelo processo de maturação do organismo individual, pertencente

à espécie humana, mas é o aprendizado que possibilita o despertar de processos

internos de desenvolvimento que, não fosse o contato do indivíduo com certo

ambiente cultural, não ocorreriam. Afirma:

O aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de

desenvolvimento das funções psicológicas superiores culturalmente

organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1984, p. 101).

Essa concepção de aprendizagem, segundo Raposo (2010) reforça a

importância que Vygotsky dá ao papel do outro social no desenvolvimento dos

indivíduos, uma vez que, segundo o teórico, não há desenvolvimento pleno sem

suporte de outros indivíduos da mesma espécie. Para explicar essa relação com

o outro Vygotsky oferece um conceito específico essencial de sua teoria: zona

de desenvolvimento proximal - ZDP. Segundo o teórico:

A zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de

desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução

independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,

determinado através da solução de problemas sob orientação de um

adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.

(VYGOTSKY, 1984, p. 97).

A ZDP refere-se, então, ao caminho que o indivíduo percorre para

desenvolver suas funções mentais superiores. Ela está em constante

transformação num movimento em que o processo de aprendizagem desperta

processos de desenvolvimento. Fundamental lembrar, ainda, que para

Vygotsky,o outro social mais experiente deve interferir constantemente nessa

ZDP, a fim de movimentar o processo de desenvolvimento do indivíduo.

Para melhor entendermos esse conceito, peguemos o exemplo do

desenvolvimento de uma criança que ainda não sabe andar. Nessa fase de

desenvolvimento seu nível real é engatinhar e o nível potencial, andar. À medida

que a criança vai sendo mediada por um outro social (pais, irmãos mais velhos

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ou outros), ela vai internalizando a capacidade de andar num plano intra

psicológico, até conseguir desenvolver essa atividade sozinha. O andar, então,

representará o seu nível real de desenvolvimento e o nível potencial passará a

ser uma outra atividade mais difícil, como correr ou pular.

Importante, então, que o mediador esteja sempre atento àquilo que o

estudante já faz sozinho a fim de conduzi-lo a níveis mais avançados de

desenvolvimento, por meio de processos de aprendizagens. Para isso, é

fundamental que esse mediador conheça e respeite as diferenças entre os

estudantes e demais indivíduos do contexto educacional. Na seção seguinte

trataremos dessa questão especificamente.

d. DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO

Ao falarmos de diversidade na escola estamos nos referindo ao convívio

respeitoso, equivalente, multicultural e onde todos os direitos humanos sejam

preservados, considerando-se os diferentes grupos, identidades e culturas que

se manifestam e buscam reconhecimento no contexto escolar.

Nessa perspectiva, uma cultura não poderá ser superior a outra e todas

deverão ser consideradas. Sabemos que pensar nessa equivalência dentro de

uma sociedade de supremacia branca e machista, como a nossa, torna-se um

grande desafio da escola. Como pensar na convivência igualitária do grupo

dominante e das ditas minorias (negros, índios, homossexuais, mulheres, pobres

e outras classes que sofrem discriminação) sem pensar nas questões de poder?

A esse respeito, McLaren (2000, apud Hanna e COLS 2009) ressalta que

na sociedade atual há muito desprezo pelas minorias, de maneira que as classes

dominantes, além de ignorar a realidade excluída dos desfavorecidos, tem seu

poder em grande parte, formado pela sua dominação e exploração.

Assim, é fundamental que a escola se torne um lugar plural e dialógico,

no qual os estudantes não sejam levados apenas a ler textos, ou reproduzir

aquilo que é ditado pelos grupos dominantes, mas a entender os contextos de

maneira que superem exclusões e injustiças às classes, raças e gêneros.

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Hanna e cols (2009), a esse respeito, afirmam que uma escola

comprometida com a vivência dos direitos humanos deve construir um currículo

multicultural, que visa a formação para a cidadania. Para isso, apontam a

necessidade de se levar em conta que os atores desse processo têm diferentes

representações e racionalidades.

De acordo com os autores, ainda, é fundamental se considerar a não

neutralidade do currículo e das ações desenvolvidas na escola. Segundo eles

A escola é território de produção, circulação e consolidação de

significados que constituem espaços de concretização da política da

identidade. O currículo escolar é um dos mecanismos que forma a

identidade dos indivíduos. (p. 3668)

Sendo assim, Hanna e cols (2009) afirmam que caberá aos profissionais

da educação olhar para dentro da escola e do currículo e verificar como as

histórias estão sendo construídas e como se constrói os sentidos de

pertencimento e exclusão.

Em outras palavras, uma escola entendida como espaço de convivência

da diversidade, deve ser compreendida como espaço democrático de

desmascaramento das exclusões. Deverá tornar visíveis as exclusões e ser o

local que respeita os mais elementares direitos humanos e sociais.

e. PROCESSO PEDAGÓGICO DO CESAS

Pensar na organização do trabalho pedagógico de uma escola, portanto,

representa uma atividade que vai muito além da organização das atividades que

desejamos desenvolver na sala de aula. Como pudemos discutir nesse capítulo,

ela envolve aspectos maiores e todos esses aspectos estão ciclicamente

articulados, numa perspectiva que envolve inter-relação, interdependência e

complementaridade.

Para compreender a organização do trabalho pedagógico do CESAS,

portanto, analisamos o Processo Pedagógico como um Processo Cíclico,

apresentado na primeira seção desse capítulo, e verificamos que as concepções

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teóricas são sintetizadas numa compreensão de que o desenvolvimento é

impulsionado pela aprendizagem, o que demonstra uma implicação imediata

dessa concepção para o ensino e a didática da escola. (RAPOSO e cols, 2008;

OLIVEIRA; RAPOSO, 2008).

Os objetivos didáticos, por exemplo, estarão comprometidos em conhecer

o nível de desenvolvimento real dos alunos e dirigir o ensino para estágios de

desenvolvimento ainda não incorporados, funcionando como um motor de novas

conquistas psicológicas.

Vygotsky destaca, então, a necessidade de a escola fazer a ponte entre

os conhecimentos espontâneos gerados pela observação e experiências dos

alunos, com os conteúdos científicos, desenvolvidos pelo homem nas diversas

áreas de conhecimento.

O processo de ensino na escola, nessa perspectiva, deve ser construído

tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real e como ponto

de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados

aos alunos.

O percurso será balizado pelo nível de desenvolvimento potencial do

aluno, de forma que ele possa avançar em sua compreensão de mundo a partir

dos conhecimentos já consolidados e tendo como meta etapas posteriores,

ainda não alcançadas. Nesse sentido, o único bom ensino é aquele que se

adianta ao desenvolvimento. (RAPOSO e COLS, 2008; OLIVEIRA; RAPOSO,

2008)

O professor, nesse processo, assume um papel especial de mediador das

relações interpessoais e do conhecimento construído historicamente. Em outras

palavras, ele será um intermediário entre o conteúdo e a atividade construtora

dos alunos determinando em grande parte que esta esteja estabelecida de tal

forma que o aluno possa produzir determinadas atividades. (SALVADOR e cols.,

1999)

Além disso, ele terá um papel explícito de interferir na ZDP dos alunos,

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provocando avanços que não aconteceriam espontaneamente. Para isso, o

professor poderá usar, então, diferentes procedimentos de ensino, como

demonstrações, assistência, fornecimento de pistas, instruções, etc. todos eles

essenciais para a promoção do ‘bom ensino’.

Vygotsky também sugere que se faça uso da imitação, não como mera

cópia do modelo, mas como uma reconstrução individual daquilo que é

observado nos outros. Segundo o teórico esse procedimento possibilita que o

aluno realize ações que estão além de suas próprias capacidades, o que

contribui para o seu desenvolvimento. (RAPOSO e COLS, 2008; OLIVEIRA;

RAPOSO, 2008).

Por fim, destacamos um outro aspecto muito enfatizado na teoria, que se

refere à interação interpessoal. Segundo o teórico os grupos de alunos são

sempre heterogêneos quanto ao conhecimento já adquirido nas diversas áreas

e um aluno mais avançado num determinado assunto pode contribuir para o

desenvolvimento de outros.

Sendo assim, bem como o professor, um aluno também pode funcionar

como mediador entre um outro aluno e as ações e significados estabelecidos

como relevantes no interior da cultura. (OLIVEIRA, 1997, p. 64).

Ao se perceber a importância das interações, ainda, retomamos nossa

reflexão sobre a importância da construção de uma educação exercite o convívio

com a diversidade. Esse convívio vai além do respeito e da tolerância e

corresponde a olhar para o outro com os olhos da sensibilidade, num

posicionamento da alteridade.

É papel da escola, portanto, estar em permanente luta contra as exclusões

de todas as formas de desigualdades que privilegiem uns e desconsiderem

muitos. A escola é a maior responsável por plantar nos alunos a esperança de

uma sociedade mais justa, não uma esperança utópica, mas revolucionária.

(HANNA e COLS, 2009)

Todas essas análises são úteis na compreensão de como nossos valores

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e princípios, interpretações e conhecimentos, além de formação técnica, podem

representar uma importante referência para o desenvolvimento de nossas

atividades docentes. Ao pensar sobre como isso se refletirá no desenvolvimento

dos nossos alunos e na construção da nossa sociedade, entendemos um pouco

melhor o quanto o professor é fundamental para a nossa cultura.

A Educação de Jovens e Adultos deve ser entendida como um

processo que tem a finalidade de suprir a escolaridade daqueles que não

concluíram seus estudos na época adequada, nos Ensinos Fundamental e

Médio, quase sempre por motivos alheios à sua vontade. O currículo utilizado é

o da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal, devidamente

ajustado à realidade do corpo discente.

No processo de ensino e de aprendizagem são enfatizados os valores

e as atitudes, a competência, as habilidades e os procedimentos, contemplando

os conteúdos significativos, que são trabalhados de forma contextualizada e

interdisciplinar, tendo como referencial a Base Nacional Comum e os Parâmetros

Curriculares Nacionais, em especial os temas transversais e temáticas previstas

em lei, trabalhados em sala de aula e em momentos específicos como Semana

de Educação para a Vida e Semana EJA, ambas previstas em calendário.

5. MATRIZ CURRICULAR DA EJA

A oferta da EJA - Presencial é organizada em Regime Semestral. A

modalidade atende a toda educação básica, compreendendo os anos iniciais e

finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio, conforme expresso na tabela

abaixo.

Segmento Educação Básica Carga Horaria

Primeiro Segmento Anos Iniciais (1 a 4) 1600h

Segundo Segmento Anos Iniciais (5 a 8) 1600h

Terceiro Segmento Ensino Médio 1200h

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Os Primeiros e Segundos Segmentos da EJA estão regidos pelas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos, estabelecidas

pela Resolução CNE/CEB N 7, de 14 de dezembro de 2010, que no artigo 15

propõe a organização dos componentes curriculares obrigatórios dos anos finais

em áreas do conhecimento. Como Linguagens, Matemática, Ciências da

Natureza, Ciências Humanas. Toda a estrutura está no Currículo em Movimento

da Educação Básica- Educação de Jovens e Adultos.

A EJA/EaD via internet, tal como é veiculada pela SEDF, amplia o uso das

mídias da informação e da comunicação como ferramentas educacionais e

auxilia sobremaneira as possibilidades de escolarização básica de jovens,

adultos e idosos. Nesse contexto, a EJA/EaD do CESAS tem como objetivo

propiciar o processo de construção do conhecimento a partir dos interesses e

conhecimentos cotidianos, ampliando as habilidades de inter-relação pessoal e

grupal por meio de ambientes virtuais de aprendizagem. Além disso, busca-se

contribuir para o alcance dos desafios institucionalmente propostos, quais sejam:

elevar a qualidade na oferta; reduzir o índice de abandono; aumentar o número

de matrícula a fim de atender o universo de analfabetos no DF e; fortalecer a

EJA na rede pública de ensino do DF.

6. ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS

O atendimento a alunos com Necessidades Educacionais Especiais

(ANEE) nas áreas auditiva, visual, física e mental é realizado respeitando-se as

orientações e metodologias da escola inclusiva. O CESAS dispõe de professores

especializados nas áreas que dão o suporte necessário para que o ANEE possa

acompanhar as aulas nas salas juntamente com os demais alunos, inclusive nos

momentos de avaliação. O atendimento aos ANEE é feito pelos professores

especialistas em cada uma das necessidades (auditiva, visual e mental leve) nas

chamadas Salas de Recurso, num processo integrado com o professor da

respectiva disciplina.

Nos últimos anos, o Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul –

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CESAS – tem recebido uma grande quantidade de alunos com necessidades

educacionais especiais, sob o enfoque da inclusão. À medida que esse número

foi se ampliando, percebeu-se um aumento da complexidade do atendimento,

em virtude da diversidade de deficiências e/ou necessidades educacionais

evidenciadas. A partir daí, notou-se a necessidade de sistematizar e

profissionalizar ainda mais esse atendimento. Nesse sentido, foram criadas

quatro Salas de Recursos, uma para atender os alunos com deficiência visual,

outra para atender alunos com deficiência auditiva; e duas para atender alunos

com deficiência mental, sendo uma para alunos do 1º segmento e outra para

alunos do 2º e 3º segmentos.

Passaram a ser encaminhados para as Salas de Recursos os alunos com

necessidades educacionais especiais com diagnósticos e aqueles que, no

convívio escolar, apresentavam comportamentos e/ou características

diferenciadas. A detecção desses alunos sem diagnósticos vem sendo feita,

notadamente, por professores ou Orientadoras Educacionais, os quais adotaram

uma dinâmica de encaminhamento para as Salas de Recursos. No processo de

sistematização do atendimento dessas salas, percebeu-se que, além dos alunos

sem diagnóstico, vários alunos apresentavam relatórios muito antigos ou não

condizentes com a realidade atual do aluno. Com base nessa demanda, foram

atualizados os relatórios dos alunos e aprofundados os atendimentos

necessários, os quais requeriam a atuação efetiva de uma equipe especializada.

Por esse motivo, ao final de 2006, o Núcleo de Coordenação Pedagógica

da DRE PPC propôs à Direção do CESAS a criação de uma Equipe de

Atendimento/Apoio à Aprendizagem – EAAA - para funcionar no espaço físico

da escola e atender exclusivamente seus alunos, dadas as suas peculiaridades

no contexto da inclusão. A Equipe vem atuando desde o início de 2007 e pode-

se dizer que os resultados têm sido extremamente positivos.

Assim, com o crescente aumento da ênfase na inclusão, o CESAS conta

hoje com as seguintes instâncias internas, cada uma com as suas atribuições

específicas:

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• Classe Bilíngue – Surdos;

• Sala de Recursos para Deficientes Visuais;

• Sala de Recursos para Surdo-cegueira;

• Sala de Recursos para alunos DI do 1º segmento;

• Sala de Recursos para alunos DI do 2º e 3 º segmentos.

• Serviço de Orientação Educacional – SOE;

• Equipe de Atendimento/Apoio à Aprendizagem – EAAA;

Educadores sociais e monitores.

• Laboratório de Ensino Especial/Proinfo.

a. CLASSE BILINGUE - SURDOS

A escolarização de jovens e adultos regulamentada pelo artigo 37, da Lei

nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 de Lei de Diretrizes e Bases -LDB objetiva,

entre outros aspectos, o acesso e a permanência do trabalhador na escola,

promovendo a aceleração de estudos em níveis fundamental e médio, para todos

aqueles que não tiveram a oportunidade de iniciar, continuar ou finalizar seus

estudos em idade própria.

Neste sentido, o sistema público brasileiro de educação, por meio de ações

integradas e complementares entre si, assegura gratuitamente a esta parcela da

população oportunidades educacionais apropriadas que considerem suas

necessidades, interesses, condições de vida e de trabalho.

Considerando tais aspectos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o

ensino deve ter estruturação própria e metodologia diferenciada, incentivando a

participação crítica e consciente do aluno quanto aos processos sócio-

econômico, político e cultural, e, portanto, garantindo a este o direito ao exercício

responsável da sua cidadania.

Na Secretaria de Educação do Distrito Federal, a proposta de

operacionalização da Educação de Jovens e Adultos prevê o ensino presencial,

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o ensino à distância e a realização de exames de certificação. Atualmente, o

ensino presencial está organizado em segmentos, onde o primeiro compreende

o ensino fundamental I, séries iniciais; o segundo, ensino fundamental II, séries

finais; e o terceiro, ensino médio.

Neste contexto de educação, contamos com o atendimento especializado

às pessoas com deficiência. Até a conferência de Salamanca em 1994 a

integração era a alternativa educacional para o atendimento destes alunos,

inclusive na EJA. A partir daí, surge o termo inclusão, pelo qual, países

participantes se comprometem a criar políticas e práticas educacionais visando

o preparo da escola para o respeito à diversidade humana.

Percebemos, porém, que na prática a inclusão educacional não

pressupõe necessariamente inclusão social. Acreditamos que é necessário criar

condições para a construção desta proposta, especialmente na Educação de

Jovens e Adultos, por meio de ações concretas e ao mesmo tempo diferenciadas

do ensino regular que garantam uma mudança social sistêmica e que agregue o

sujeito com deficiência de forma consciente e responsável.

Ao analisarmos o Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do

Distrito Federal, notamos que existe uma tendência a enquadrar o atendimento

de alunos com deficiência nos mesmos moldes do ensino regular, o que dificulta

o alcance dos objetivos a que se propõe esta modalidade de ensino, ferindo o

princípio do respeito às diversidades, ao mesmo tempo em que se distancia da

valorização das potencialidades do sujeito e da garantia de um nível adequado

de aprendizagem.

Em se tratando do acesso dos alunos surdos nas escolas comuns, e em

especial na Educação de Jovens e Adultos, a proposta de educação bilíngüe é

indiscutível. Por meio desta, a Língua Portuguesa é considerada a segunda

língua dos surdos requerendo, desta forma, metodologia diferenciada de ensino

na sua modalidade escrita e a Libras (Língua Brasileira de Sinais) deve ser a

base para a mediação de todos os componentes curriculares de ensino, como

primeira língua. De acordo com a legislação brasileira, os surdos têm

assegurado, no âmbito escolar, profissionais que sejam proficientes na sua

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língua, conforme está escrito no Decreto Federal nº 5.626/2005. O atendimento

educacional especializado, nestes termos, deve criar possibilidades adequadas

ao acesso e permanência do surdo na escola, favorecendo a construção do

conhecimento, em qualquer que seja a modalidade de ensino.

O Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (CESAS) é um

estabelecimento que atende os alunos nos 1º, 2º e 3º segmentos. É uma escola

inclusiva e diferenciada que possui atendimento nos três turnos e oferece

oportunidade ao aluno de estudar e trabalhar.

A ausência de intérpretes de Libras nesta unidade de ensino exigiu a

implementação da Unidade Especial para que fosse possível o atendimento

adequado ao aluno surdo. Levando em consideração a singularidade desta

escola, estruturamos o processo de ensino-aprendizagem ao aluno surdo de

maneira a respeitar suas peculiaridades linguísticas e seu direito ao acesso aos

conteúdos, como já descrito nos documentos anteriores encaminhados a esta

Secretaria. É importante destacar que seria preciso um número elevado de

intérpretes para atender a necessidade de cada um dos alunos surdos, visto que

são matriculados em diferentes segmentos, semestres e disciplinas. Por esse

motivo, os surdos eram atendidos unicamente na Unidade Especial,

caracterizando assim, um atendimento de Classe Bilíngue, do 1º ao 3º segmento,

onde são ministrados em Libras todos os conteúdos de todas as disciplinas.

Diante do exposto, foi solicitado a alteração de Unidade Especial para

Classe Bilíngue a fim de que a formação de turmas seja prevista nos três turnos

e nos três segmentos na estratégia de matrícula de 2017. A abertura da turma

se dará com o quantitativo compreendido entre 1 e 11 alunos. A partir do décimo

segundo aluno dever-se-á abrir uma nova turma. No que diz respeito ao número

de professores são necessários dois professores em Atividades. Para o segundo

segmento faz-se necessário um professor de matemática, um de códigos e

linguagens, um de ciências da natureza e outro de ciências humanas. Para o

terceiro segmento é necessário um professor de matemática, um de códigos e

linguagens, um para área de ciências da natureza e outro de ciências humanas.

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Percebe-se também a necessidade da presença de um professor surdo de

Libras para atender os alunos surdos, a fim de ensinar e/ou desenvolver a língua

de sinais de maneira sistemática, inclusive, beneficiando aqueles que não

aprenderam sua língua natural ou a adquiriram tardiamente, tornando mais

complicado o processo de ensino-aprendizagem.

Em suma, diante de todo relato foi preciso alterar a estrutura para a Classe

Bilíngue no que se refere ao atendimento do aluno surdo no CESAS. O aluno

surdo matriculado nesta escola não tem a mediação de intérpretes, sendo os

conteúdos ministrados pelos professores da Classe Bilíngue (DA) dos turnos

matutino, vespertino e noturno. No que se refere aos alunos de 2º e 3º

segmentos as aulas são ministradas pelos mesmos professores dentro de cada

turno.

Portanto, o ideal para o êxito do processo de ensino-aprendizagem do

alunato surdo seria um professor bilíngue para cada disciplina, porém, é notório

que a realidade do sistema educacional vigente impede tal situação. Sendo

assim, espera-se que seja contemplado o mínimo de professores sugerido

anteriormente.

Atualmente os responsáveis por esse trabalho é a Equipe de professores

da Classe Bilíngue do CESAS

b. SALA DE RECURSOS - DEFICIENTE VISUAL

JUSTIFICATIVA

A escola deve preparar-se e adequar-se para receber o aluno com

necessidades educacionais especiais. Os recursos para sua inclusão devem ser

otimizados e os direitos já contemplados nas principais leis brasileiras precisam

ser assegurados na prática, por meio de medidas concretas.

A educação, assim, estimulará uma atitude coletiva institucional vinculada

ao mundo do trabalho e à prática social, possibilitando parcerias que facilitem a

inclusão social do aluno enquanto cidadão. Comunidade e profissionais da

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educação devem participar da construção de uma sociedade democrática que

possibilite a educação para todos.

“Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo e

exercício dos direitos humanos”. (Declaração de Salamanca/UNESCO – 1994,

p; 61)

O CESAS, enquanto instituição social, assume grande responsabilidade

nesta realidade educacional, uma vez que é uma escola inclusiva de EJA que

atende alunos com necessidades educacionais especiais, cabendo-lhe trabalhar

o desenvolvimento das potencialidades e das habilidades adaptativas desses

alunos.

Para garantir ao aluno deficiente visual a possibilidade de alcançar um

desempenho eficiente e de desenvolver plenamente suas potencialidades, é

necessário que os mesmos tenham acesso a um conjunto de recursos

pedagógicos e de serviços de apoio especializado que facilitem a aprendizagem.

Para disponibilizar esse atendimento, o CESAS dispõe de uma sala de

recursos que atende alunos com deficiência visual e que realiza serviços de

suporte pedagógico e complementação específica das disciplinas. Nesta sala, o

material didático utilizado pelo aluno cego e de baixa visão é adaptado, bem

como, as suas dificuldades de aprendizagem são trabalhadas.

O grande avanço tecnológico verificado nos últimos anos vem

proporcionando também à educação especial recursos valiosos para o processo

ensino-aprendizagem. A utilização da tecnologia torna mais eficiente a produção

de material didático adaptado, diminuindo-se o tempo gasto na sua preparação.

Isso permite uma redução das dificuldades encontradas pelo aluno deficiente

que anseia pelos mesmos recursos didáticos que os demais alunos recebem,

quanto pelo professor especialista que produz tal material.

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OBJETIVOS

a. Propiciar à comunidade escolar CESAS, uma maior aceitação

e valorização da diversidade da condição do ser humano

através de projetos de sensibilizações.

b. Favorecer condições para que professores e especialistas em

Educação do CESAS, identifiquem as necessidades

educacionais especiais de alunos cegos e de baixa visão

presentes na classe comum.

c. Fornecer aos alunos do Atendimento Educacional

Especializado em Deficiência Visual – AEEDV, condições de

receber o material didático adaptado, em Braille e tipo

ampliado, no mesmo tempo dos demais alunos na escola.

d. Oferecer ao AEEDV acompanhamento específico nas áreas de

Sorobã, Orientação e Mobilidade dentro da escola, Simbologia

Braille e acompanhamento dos conteúdos das disciplinas

correspondentes aos 1°, 2° e 3° segmentos.

e. Adaptar o material didático como, livros, apostilas, provas e

exercícios utilizados no CESAS para o Braille e ampliação.

f. Realizar as transcrições em tinta de provas, trabalhos e

exercícios feitos pelos alunos.

g. Manter contato direto com o professor regente e auxiliá-lo em

sua prática pedagógica junto ao AEEDV.

h. Analisar criticamente os desafios no processo de ensino e

aprendizagem, em relação ao AEEDV.

i. Trabalhar em parceria e acompanhar os alunos AEEDV do

CESAS matriculados na EAD (Ensino a Distância).

j. Trabalhar em parceria com as salas de recursos de DA

(Deficiência Auditiva) e DI (Deficiência Intelectual) do CESAS,

oferecendo aos alunos atendidos por essas salas, material

adaptado, caso esses alunos também tenham deficiência

visual.

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k. Planejar e implementar adequações curriculares de pequeno

porte como objetivos, conteúdos, métodos e procedimentos,

avaliação, considerando as especificidades de cada aluno.

l. Desenvolver estratégias de ações voltadas para as interações

e relações sociais no contexto da sala inclusiva no CESAS.

PERÍODO DE EXECUÇÃO

As atividades serão realizadas semestralmente, dentro do período letivo

estabelecido conforme calendário da SEEDF para o EJA.

AVALIAÇÃO

A avaliação do AEEDV deve ser feita juntamente com o professor regente.

É realizada de forma contínua, por meio do acompanhamento do

desenvolvimento individual nas atividades realizadas no decorrer do semestre.

RESPONSÁVEIS

Conforme a modulação, o atendimento na Sala de Recursos de

Deficientes Visuais deverá ser feito por especialistas formados nas áreas de

humanas e exatas e especialistas em AEE (Atendimento Educacional

Especializado) bem como em Sistema Braille (simbologias humanas e exatas do

Braille e programa Braille fácil), Sorobã e Orientação e Mobilidade.

Atualmente os responsáveis por esse trabalho são:

Alba Nadir Nogueira da Silva

Alcione de Moraes Cavalcante

Cláudio Emídio Costa

Denise Maria dos Reis Oliveira

Maria Cristina Bezerra Feitosa

Suelly de Menezes Soares

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c. SALA DE RECURSOS - GENERALISTA MULTIFUNCIONAL

O atendimento educacional especializado (AEE) realizado nas Salas

de Recursos é definido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Especial na Educação Básica (CNE/CEB, 2001), como um serviço de natureza

pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso

de estudantes com altas habilidades/superdotação) e complementa (para os

estudantes com deficiência e TGD) as orientações curriculares desenvolvidas

em classes comuns em todas as etapas e modalidades da Educação Básica.

Segundo a Secretaria de Educação Especial (2008), o Atendimento

Educacional Especializado tem como função identificar, elaborar e organizar

recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As

atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem ser

diferentes daquelas atividades diárias que constituem o dia a dia escolar em sala

de aula, porém, vale lembrar, que elas não substituem essas atividades, apenas

complementa e/ou suplementa a formação dos alunos, buscando que eles

possam se desenvolver como pessoas atuantes e participativas no mundo que

vivemos.

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da

Educação Inclusiva (2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o

Atendimento Educacional Especializado às necessidades educacionais

especiais dos estudantes com: deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

a. Estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo

prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em

interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena

e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais

pessoas; portanto, são os estudantes com deficiência mental, deficiência

física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa visão, surdo cegueira

ou deficiência múltipla.

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b. Estudantes com TGD (Transtornos Globais do Desenvolvimento):

aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento

neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na

comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição

alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,

transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos

em outra especificação.

c. estudantes com altas habilidades/superdotação: aqueles que

apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas

do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual,

acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

1. Objetivo Geral:

Desenvolver diferentes atividades com os estudantes com

necessidades especiais (público-alvo) matriculados no Centro de Ensino de

Jovens e Adultos da Asa Sul – CESAS, complementando e/ou suplementando

sua formação, através da Sala de Recursos Generalista Multifuncional e nos

demais espaços escolares, fazendo com que seu público-alvo se integre cada

vez mais em todo ambiente escolar, preparando-os para terem mais autonomia,

sendo pessoas atuantes e participativas no mundo em que vivemos.

2. Objetivos Específicos:

Conforme a Orientação Pedagógica da Educação Especial (2010) são

objetivos do Atendimento Educacional Especializado (AEE ):

I - Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular

aos estudantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas

habilidades/ superdotação;

II - Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino

regular;

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III - Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que

eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem;

IV - Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de

ensino;

V - Perceber as necessidades educacionais especiais dos estudantes

valorizando a educação inclusiva;

VI- Compreender o estudante com necessidade específica, assim como demais

estudantes, como parte de TODA a escola;

VII- flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de

modo adequado às necessidades especiais de aprendizagem, respeitando as

individualidades dos estudantes;

VIII- buscar a melhor integração dos estudantes com necessidades específicas

na escola, auxiliando o seu desenvolvimento educacional e social, valorizando e

respeitando as diferenças de cada um;

XIX- atender os estudantes com necessidades educacionais específicas da

escola;

X- ofertar o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos

Multifuncional atendendo as necessidades individuais de cada aluno (espaço

físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade

e equipamentos específicos);

XI- avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento

de necessidades educacionais específicas.

3. Dever do professor da Sala de Recursos:

Organizar a Sala de Recursos e zelar pelos seus materiais, para que

sejam sempre bem aproveitados pelos estudantes;

Entrevistar as famílias dos estudantes com necessidades específicas,

esclarecendo as funções do AEE na escola e conhecendo melhor as

estudantes que irão trabalhar neste espaço;

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Disponibilizar aos professores fichas de encaminhamento para o

atendimento dos estudantes na Sala de Recursos, e orientá-los, se

necessário, quanto ao seu preenchimento;

Sensibilizar os professores sobre a ação do AEE, multiplicando ideias e

conhecimento sobre a inclusão escolar;

Planejar as atividades para os estudantes na Sala de Recursos com

criatividade e atendendo as necessidades individuais dos alunos,

explorando as TAs (Tecnologias Assistivas) e demais materiais

disponíveis para trabalhar ;

Organizar as atividades dos estudantes para que seja feito o

acompanhamento do seu desenvolvimento (pastas, portfólios, fotografias,

cadernos, e/ou demais materiais que julgar necessário);

Auxiliar o professor de turma a realizar adaptações de materiais e

recursos sempre que necessário, assim como adaptações curriculares,

conforme sua disponibilidade;

Trabalhar juntamente com os professores e com a equipe diretiva na

construção do PIE (Plano Individualizado de Ensino) dos estudantes com

necessidades específicas da escola;

Realizar visitas na sala de aula e nos diferentes espaços escolares, a fim

de observar como está ocorrendo à inclusão do estudante com

necessidade específica na escola, orientando os professores com ideias

e sugestões para a melhor integração destes estudantes;

Atuar em equipe, inclusive, quando possível, com outros professores e

profissionais especializados em educação especial;

Participar efetivamente das formações oferecidas pela escola e outros

cursos na área da educação especial que estiverem ao seu alcance de

forma contínua, buscando melhor qualificação, mantendo sempre

atualizada.

4. Atendimento Educacional Especializado da Sala de Recursos do CESAS:

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4.1. Objetivos:

Proporcionar a efetivação legal e pedagógica do AEE (Atendimento

Educacional Especializado), ressaltando que para haver inclusão, é

necessário que este atendimento que acontece em Salas de Recursos seja para

todos os estudantes que dele necessitem. A Proposta Pedagógica da Educação

Especial deve priorizar quatro aprendizagens fundamentais, que ao longo de

toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do

conhecimento (4 Pilares da Educação): aprender a conhecer, isto é, adquirir

conhecimentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio

envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros

em todas as atividades humanas; e aprender a ser, via essencial que se integra

aos três precedentes.

4. 2. Objetivo Específico:

As atividades desenvolvidas na Sala de Recurso Generalista do

CESAS seguem as proposta e base do trabalho educativo pedagógico

relacionado ao desenvolvimento pessoal e social do educando. Tais atividades e

ações de inclusão social, principalmente a preparação para o enfrentamento da

vida, visam não apenas o resgate da autoestima dos alunos com necessidades

especiais e de seus familiares; bem como a sua profissionalização. Dentro desta

proposta, a Sala de Recursos desenvolve as seguintes oficinas pedagógicas:

- Oficina de Leitura:

- Oficina de Artes ( parceria com a APABB):

- Oficina de matemática;

- Oficina de Horta:

Além de realizar as oficinas, o atendimento especializado da Sala de

Recursos facilita o processo de aprendizagem do aluno com deficiência, pois,

acompanha e orienta o estudante nas suas atividades pedagógicas e avaliativas.

Também, estamos vinculados aos projetos de inserção no mercado de trabalho,

desenvolvidos por esta Instituição de Ensino, com a finalidade de preparar o

estudante para o mercado de trabalho, tais como, produção de artesanato , com

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intuito de reverter seus trabalhos manuais em atividade laborativa.

Atualmente os responsáveis por esse trabalho é a Equipe de professores

da Sala de Recursos Generalista, 1 Monitor e 3 Educadores Sociais.

7. SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – SOE

Art. 126. A Orientação Educacional é serviço especializado,

desempenhado pelo Pedagogo-Orientador Educacional, para o

acompanhamento e o apoio dos profissionais da educação, dos estudantes,

seus familiares e articulação da comunidade escolar e da rede externa (rede

social ou rede de apoio), quanto ao processo de ensino e aprendizagem e das

relações humanas que os cercam.

Parágrafo único. O Pedagogo-Orientador Educacional é profissional

concursado e parte integrante da equipe pedagógica da unidade escolar.

Art.127. A atuação do Pedagogo-orientador deve partir do princípio da ação

coletiva, contextualizada, integrada ao projeto político pedagógico – PPP,

visando à aprendizagem e ao desenvolvimento integral do integral do estudante

como ser autônomo, crítico, participativo, criativo e protagonista, capaz de

interagir no meio social e escolar e de exercer sua cidadania com

responsabilidade.

Art. 128. São atribuições do Pedagogo-Orientador Educacional:

I. participar do processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico - PPP da

unidade escolar;

II. elaborar, anualmente, Plano de Ação das atividades de Orientação

Educacional na unidade escolar;

III. participar das coordenações pedagógicas coletivas da unidade escolar

visando à organização do trabalho pedagógico;

IV. planejar, implantar e implementar as ações da Orientação Educacional na

unidade escolar;

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V. realizar ações integradas com a comunidade escolar considerando os Eixos

Transversais do Currículo;

VI. discutir, com a equipe e na equipe, o currículo e o processo de ensino e

aprendizagem ante à realidade socioeconômica do estudante;

VII. analisar com a equipe pedagógica as contradições da unidade escolar e as

diferentes relações que exercem influência na aprendizagem;

VIII. contribuir para as melhorias do processo de ensino e aprendizagem na

unidade escolar;

IX. estruturar o seu trabalho a partir da análise crítica da realidade social, política

e econômica do contexto escolar;

X. fundamentar sua ação na opção teórica do Currículo da Educação Básica;

XI. contribuir na identificação e na reflexão, junto à comunidade escolar, dos

fatores que interferem no processo de ensino e de aprendizagem;

XII. coordenar o processo de informação educacional e profissional sobre o

mundo do trabalho auxiliando na elaboração do projeto de vida do estudante;

XIII. supervisionar estágio na área de Orientação Educacional;

XIV. participar da identificação e/ou do encaminhamento de estudantes que

apresentem dificuldades no processo de ensino e aprendizagem;

XV. apoiar e subsidiar os órgãos colegiados, como Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, bem como Associações de Pais e Mestres e outros, ou parcerias que

necessitem de ação articulada com a Orientação Educacional;

XVI. articular ações em parceria com as redes sociais e outros setores da

SEEDF;

XVII. participar de programas de formação continuada com o objetivo de

fomentar a práxis educativa;

XVIII. elaborar e apresentar relatórios periódicos e fornecer dados dos resultados

das ações da Orientação Educacional;

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XIX. emitir parecer técnico sobre assuntos de sua competência;

XX. participar do processo de conhecimento da comunidade escolar,

identificando suas potencialidades, seus interesses e suas necessidades;

XXI. articular ações junto à EEAA e à Sala de Recursos na promoção de uma

educação inclusiva afim de contribuir para a superação de dificuldades de

aprendizagem;

XXII. desenvolver ações de mediação em conflitos, em parceria com a equipe

gestora e a equipe pedagógica.

7.1. PLANO DE AÇÃO

O CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – CESAS é uma

escola que atende a uma clientela de trabalhadores dos diversos setores da

economia, bem como donas de casa, auxiliares do lar, alunos com necessidades

educacionais, alunos abrigados, adolescentes com idade mínima de 15 anos ou

que estão fora da faixa etária para frequentar o ensino regular, alunos em

liberdade assistida, em risco social, ou que de alguma forma não tiveram

oportunidade de estudar na idade adequada.

É uma clientela bastante heterogênea que de certa forma é sacrificada e

que tenta retornar ao cotidiano escolar. Lutamos com grande esforço no

enfrentamento das drogas, da questão disciplinar, do tráfico e da convivência em

coletividade.

No momento atual, pode-se registrar uma imensa demanda pela Educação

de Jovens e Adultos (EJA) por parte de alunos muito jovens que apresentam

defasagem idade/série, como também alunos encaminhados pelo Conselho

Tutelar, Secretaria de Justiça, sendo necessárias diversas adequações e

flexibilizações por parte da equipe pedagógica da escola. É uma dura realidade

que exige de todo grupo um autocontrole, sabedoria, paciência, conhecimento,

equilíbrio e amor por esses alunos vítimas de uma sociedade marginalizadora.

O presente Plano de Ação tem por finalidade sistematizar as ações e eixos

temáticos do trabalho desenvolvido pelos Orientadores Educacionais atuantes

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nesta instituição escolar, nos turnos matutino, vespertino e noturno, em

consonância com as norma e diretrizes estabelecidas pela rede pública de

ensino do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Estado de Educação do

Distrito Federal.

O Orientador Educacional é um profissional de enorme relevância no

contexto educacional. Articulador, elemento de equilíbrio, mediação e apoio, é

um contemporizador nas situações conflitantes e adversas que ocorrem no

ambiente escolar.

Uma das situações encontradas na escola é a matrícula realizada pelo

sistema de acordo somente com o histórico escolar, sem conhecimento prévio

da aprendizagem do aluno. Assim, deparamo-nos com estudantes apresentando

defasagem em conteúdos curriculares de tal grandeza que se faz necessário o

aporte de decisões conjuntas nos encaminhamentos viáveis.

O Orientador, bom ouvinte imparcial e observador das ações da escola,

assimila os fatos importantes, busca maior quantidade e qualidade de

informações para elaborar e expor seu parecer da maneira mais estruturada e

segura possível.

Educar é, sobretudo, despertar no outro a curiosidade do

autoconhecimento, identificar potencialidades e canalizá-las de maneira positiva

e em prol de seu desenvolvimento pessoal e consequente contribuição social.

Esse profissional, apoiado pela colaboração do corpo docente e discente,

pela aceitação das ideias inovadoras e criativas, busca atuar de maneira eficaz

com toda a equipe da escola, comunidade escolar e parceiros, para que os

projetos se realizem de forma satisfatória. O trabalho em conjunto com toda a

comunidade escolar, articulado com o trabalho pedagógico, só contribui e

fortalece o pleno e global desenvolvimento do aluno.

Sistematizar as ações e eixos temáticos do trabalho desenvolvido pelos

Orientadores Educacionais atuantes nesta instituição escolar, nos turnos

matutino, vespertino e noturno, sempre em concordância com as normas e

diretrizes estabelecidas pela rede pública de ensino do Distrito Federal, por meio

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da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, é a finalidade do

presente Plano de Ação do SOE / CESAS.

Níveis de ensino atendidos / outros atendimentos: Educação de Jovens e

Adultos – EJA semestralidade

1º Segmento – presencial

2º e 3º Segmentos – presencial e a distância

Unidade especial de deficiência auditiva

Total de alunos: 4.284 alunos

7.2. OBJETIVOS

a. GERAL

Propor ações coletivas que atendam aos anseios e necessidades dos

estudantes do CESAS, de forma a possibilitar ampla participação da comunidade

e tornar a escola conhecida e reconhecida como espaço acadêmico

democrático/participativo, baseado no respeito às diferenças, no acolhimento, no

diálogo intergeracional e na construção do sentimento de pertencimento com

vista ao desenvolvimento do ser humano.

b. ESPECÍFICOS.

Ampliar, divulgar as ofertas de vagas e promover a escolarização de

jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos,

nas modalidades presencial e a distância, propiciando o seu

desenvolvimento.

Proporcionar inter-relação entre os diversos segmentos da comunidade

escolar, propiciando uma atitude de contínua busca pela cultura de

respeito à dignidade humana e valorização da diversidade.

Possibilitar à comunidade escolar o acesso às novas tecnologias, por

meio de ambientes virtuais, propiciando o desenvolvimento humano pela

abertura de novos desafios intelectuais.

Organizar e desenvolver a Web TV/CESAS.

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Incentivar eventos de difusão cultural como CESARTE, Intervalo Cultural,

Cine Clube, festa junina, representações históricas, semana da EJA,

Semana de Educação para a Vida e outros que fazem parte do calendário

oficial da SEEDF;

Promover a participação em eventos e concursos seletivos, olimpíadas de

matemática, olimpíadas de português e eventos científico/tecnológicos;

Promover o cerimonial de formatura dos alunos do 4ª semestre do

primeiro segmento, 8ª semestre do segundo segmento e 3ª semestre do

terceiro;

Implantar uma horta comunitária como fator de aglutinação

Intergeracional;

Investir recursos humanos e materiais para garantir a permanência, com

segurança, de docentes e discentes no ambiente escolar;

Promover a interação entre o ensino a distância e o ensino presencial;

Definir, com todo o segmento escolar: direção, professores, servidores e

representantes do Conselho Escolar;

Definir e aprovar, também com todo o segmento escolar, o uso dos

recursos destinados à escola e a prestação de contas dos gastos

aprovados.

8. AVALIAÇÃO

a. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

No CESAS entendemos que a avaliação do processo de ensino e

aprendizagem, é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na

escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada

aluno, em relação à programação curricular. Nós damos uma ênfase significativa

na história de vida dos nossos alunos, pois todos que aqui chegam, trazem uma

bagagem de vida e experiências muito significativas. A avaliação não deve

priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de

investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os

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conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica. Toda

resposta ao processo de aprendizagem, seja certa ou errada, é um ponto de

chegada, por mostrar os conhecimentos que já foram construídos e absorvidos,

e um novo ponto de partida, para um recomeço possibilitando novas tomadas de

decisões.

“A Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal - SEEDF entende

que, na avaliação formativa, estão as melhores intenções para acolher, apreciar

e avaliar o que se ensina e o que se aprende. Avaliar para incluir, incluir para

aprender e aprender para desenvolver-se: eis a perspectiva avaliativa adotada.”

(DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 12).

A avaliação, dessa forma, tem uma função diagnóstica, que avalia os

conhecimentos prévios dos alunos, considerada a avaliação de entrada e a

autoavaliação, essas como potencializadoras da avaliação formativa, a fim de

verificar quem absorveu todos os conhecimentos e adquiriu as habilidades

previstas nos objetivos estabelecidos.

Tendo em vista que o aluno tem a oportunidade de ser promovido em 100

dias letivos – duração prevista para cada momento de EJA – o professor, ao

longo do período, realiza a avaliação levando em consideração os progressos

do aluno e todas as atividades pedagógicas que ele realizou em sala de aula ou

fora dela.

De acordo com as Diretrizes de Avaliação da Secretaria de Estado de

Educação do DF, a metodologia de avaliação adotada na EJA foge à tradição de

notas e conceitos utilizados no ensino regular. Na EJA, são utilizados os

conceitos (APTO, NÃO-APTO e ABA - abandono) que permitem ao professor

maior flexibilidade na avaliação e são mais adequados ao próprio processo

pedagógico, além de ser mais conveniente para o aluno no momento de

comprovar a aquisição das habilidades e competências.

Deve ser destacado que o objetivo de avaliar é sempre o de aperfeiçoar o

que está sendo proposto, e que essa avaliação será mais eficiente na medida

em que todos os agentes do processo educativo estiverem dele participando,

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não só na fiscalização, mas na implementação do que está proposto para a

comunidade escolar.

Em nossa instituição adotamos os seguintes critérios na avaliação de

nossos alunos; as provas não têm valor superior a 50% do total final, a Semana

de EJA ou Semana de Educação para a Vida corresponde de 10% a 20% da

avaliação final. Temos, também, as provas finais, que não pode exceder a 20%

da nota final, que visa preparar nossos alunos para as avaliações que fazem

parte da vida de todo estudante. Os processos de avaliação são constantemente

reavaliados ao longo do ano nas coordenações e nas reuniões gerais.

“Na Educação Especial, a avaliação para as aprendizagens deve ser

considerada, observando as especificidades de cada estudante (público-alvo)

dessa modalidade de atendimento, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional 9.394/1996, no artigo 58, a saber: estudantes

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas

habilidades/superdotação (AH/SD). (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO

EDUCACIONAL, pag. 19).”

O CESAS é uma escola inclusiva, onde dez por cento do grupo discente é

composto por alunos portadores de necessidades especiais, não só os alunos

do ensino especial, mas a maior parte de nossa clientela tem necessidade de

avaliações adaptadas, são senhoras e senhores na terceira idade, alunos com

os mais variados tipos de déficits (sem laudo), alunos de liberdade assistida,

adictos. Somos uma comunidade plural, com diferentes orientações sexuais,

políticas, culturais. Toda essa diversidade gera uma demanda diferenciada dos

educadores e uma imensa riqueza cultural e educacional. Para isso “A avaliação

formativa apresenta-se como uma possibilidade real para o direcionamento do processo

de inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais, por ser

mecanismo promotor de ações inclusivas que devem estar presentes em todos os

espaços da instituição educacional, desde o primeiro acesso do estudante a esse

contexto. (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 20).

b. CLASSIFICAÇAO CURRICULAR

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Para permitir o acesso ao ensino de EJA por parte de alunos que, por

qualquer motivo, não possam comprovar escolaridade anterior, são realizados

exames de classificação curricular, com a aplicação de avaliações diagnósticas

de Língua Portuguesa e Matemática, nas quais são avaliados os conhecimentos

das competências e habilidades referentes ao segmento anterior. Assim, o aluno

que não possui documento comprobatório de escolaridade faz sua inscrição para

o exame de classificação e, se for considerado apto nas provas classificatórias

desse segmento, dará início aos estudos no segmento seguinte.

c. RECLASSIFICAÇÃO

O aluno que, comprovadamente, já tiver alcançado os conhecimentos

inerentes ao componente curricular em que estiver matriculado e alcançado as

habilidades e competências exigidas, poderá, a critério do professor, ser

promovido a qualquer momento para o semestre seguinte. Para isso, o professor

deverá preencher a Ata de Reclassificação do aluno e, com a homologação da

Direção, encaminhá-la à Secretaria da escola. Esse procedimento oferece mais

agilidade no desempenho acadêmico do aluno que apresenta as habilidades e

competências exigidas pelo componente curricular, favorecendo a conclusão

mais rápida do segmento em que está matriculado e o avanço nos estudos –

para recuperar o chamado “tempo perdido” – assim como a realização de seus

projetos de vida.

d. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

“Na Educação Especial, a avaliação para as aprendizagens deve ser

considerada, observando as especificidades de cada estudante (público-alvo)

dessa modalidade de atendimento, conforme estabelecido pela Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional 9.394/1996, no artigo 58, a saber: estudantes

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e altas

habilidades/superdotação (AH/SD). (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO

EDUCACIONAL, pag. 19).”

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O CESAS é uma escola inclusiva, onde dez por cento do grupo discente é

composto por alunos portadores de necessidades especiais, não só os alunos

do ensino especial, mas a maior parte de nossa clientela tem necessidade de

avaliações adaptadas, são senhoras e senhores na terceira idade, alunos com

os mais variados tipos de déficits (sem laudo), alunos de liberdade assistida,

adictos. Somos uma comunidade plural, com diferentes orientações sexuais,

políticas, culturais. Toda essa diversidade gera uma demanda diferenciada dos

educadores e uma imensa riqueza cultural e educacional. Para isso “A avaliação

formativa apresenta-se como uma possibilidade real para o direcionamento do processo

de inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais, por ser

mecanismo promotor de ações inclusivas que devem estar presentes em todos os

espaços da instituição educacional, desde o primeiro acesso do estudante a esse

contexto. “ (DIRETRIZES DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL, pag. 20).

e. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Quanto à Avaliação Institucional, temos em vista os seus três

momentos distintos e importantes: avaliação diagnóstica inicial – feita para

elaboração desse plano de trabalho, a avaliação de processo e a avaliação de

resultados. Todos eles com o acompanhamento e aval do Conselho Escolar.

Com isso, queremos contar com a comunidade escolar nos dois últimos

momentos e, para isso, utilizaremos diversos instrumentos de participação,

como reuniões, consultas, formulários e debates com as instâncias

representativas dentro da escola, como o Conselho Escolar, a Associação de

Alunos e Servidores do Cesas (AASC).

Pretendemos, a partir da avaliação, identificar os pontos que impedem

o avanço da Gestão Compartilhada e traçar estratégias de superação.

Identificados os pontos que foram de consolidação da proposta, divulgaremos

junto à comunidade escolar para estimular as conquistas e estabelecer novas

metas e objetivos, provocando em todos a participação da comunidade dentro

da proposta de construção da realidade possível e desejável.

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9. CONSELHO DE CLASSE

“O Conselho de Classe planejado e executado na perspectiva da avaliação

formativa é — ao mesmo tempo — espaço de planejamento, organização,

avaliação e retomada do Projeto Político-Pedagógico da escola. É a instância

em que se encontram e podem entrelaçar-se os três níveis da avaliação:

aprendizagens, institucional e redes ou em larga escala, sendo um momento

privilegiado para auto-avaliação da escola (LIMA, 2012)”.

O Cesas realiza o Conselho de Classe, consoante Regimento Interno da

SEDF, e prima por envolver a comunidade escolar nas discussões

deliberativas, incluindo a eleição de representante de turma, que é o elo da

turma e o Conselheiro de Classe.

VII. POLÍTICAS, AÇÕES E ESTRATEGIAS PARA A MELHORIA DA

QUALIDADE DE ENSINO DO CESAS

O CESAS proporciona aos educandos várias atividades de acordo com as

etapas/modalidades de ensino visando à integração de todos os segmentos da

escola. No 1 semestre conta com a representação da Via Sacra, a Semana de

Educação para a Vida e os Jogos Internos I. No 2 semestre acontece a Semana

Eja e os Jogos Internos II.

Com o objetivo de inserir o educando no mercado de trabalho, o colégio

CESAS oferece cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) e cursos

profissionalizantes vinculados com o PRONATEC; Cursos Talentos CESAS,

voltado para a pesquisa, orientação, prospecção e apoio à preparação para a

vida, formação profissional, estágios, empregos e empreendedorismo como

forma de suporte para o desenvolvimento pessoal dos alunos e socioeconômico

da região.

Após análise dos índices educacionais do DF- IDEB, o colégio CESAS teve

a iniciativa de inserir essas atividades, cursos e parcerias para atrair a

comunidade escolar, despertando o interesse maior do aluno pela participação

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e continuidade dos estudos. Observa-se que essas ações diminuíram o índice

de evasão escolar e a conquista de efetiva participação e compromisso por parte

dos alunos.

1. Avaliação do Projeto Político Pedagógico da Escola

De acordo com as orientações gerais sobre organização curricular na

escola este Projeto Politico Pedagógico continua em discussão nas

coordenações, juntamente com Currículo em Movimento da Educação Básica

buscando um planejamento coletivo e discussão no interior da escola que não

só́ oriente, como organize o trabalho pedagógico.

A Equipe Gestora do Cesas promove sistematicamente e periodicamente

reuniões com as famílias, comunidade do Cesas, estudantes, profissionais da

Escola, além de atender diariamente o seu público, no sentido de avaliar

processualmente as ações, objetivos e metas previsto no PPP, e vem ajustando

este documento à medida que é necessário e levando em consideração o perfil

da sua comunidade, visando dar excelência a sua missão para com a sociedade

do Distrito Federal.

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VIII. PLANO DE AÇÃO

Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO

01 Aumentar o número de matrículas tanto no presencial, como no ensino a distancia, principalmente nos turnos matutino e vespertino.

1. Não limitar o tempo para efetivação das matrículas; 2. Atender não só matrículas garantidas pelo Sistema 156, mas, como também, atender a

comunidade que procura a escola diretamente; 3. Distribuir e divulgar o material da SEEDF nos diversos segmentos da sociedade; 4. Confeccionar faixas de divulgação não só para serem colocadas no ambiente escolar, mas

também fora; 5. Divulgar nos blogs e facebook. 6. Criar parcerias para divulgação nas rádios, jornais locais que divulguem o trabalho pedagógico

realizado pela nossa escola. 7. Acolher os alunos do programa DF Alfabetizado, convênios e outras entidades parceiras; 8. Oferecer palestras com todos os segmentos sobre o funcionamento e metodologia da SEDF

para essa modalidade de ensino, como também, demonstrando a importância do acesso e permanência desse aluno na escola;

9. Estabelecer parcerias com o conselho tutelar, abrigos, Adolescentro e outras entidades que cuidam e apoiam alunos em situação de risco e Distorção de Idade e série;

10. Promover encontros com a família para buscar apoio junto aos alunos com problema de infrequência, disciplina e defasagem;

Todas as estratégias terão a semestralidade para execução.

Se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE.

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Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO

02 Promover melhor interação intercultural entre professor, aluno e demais segmentos escolares, a fim de ampliar o respeito às diferenças de conhecimentos prévios, gênero, etnia e classes sociais, com vista ao entendimento da diversidade

1. Desenvolver projetos, em parceria com a EAPE, para levantamento de temas voltados para a diversidade;

2. Organizar coordenação pedagógica com a participação de professores formadores da EAPE, dentro do projeto EAPE nas Escolas;

3. Construir parceria com Escola de Música nos eventos do CESAS e na realização da formatura dos alunos do CESAS;

4. Promover o Projeto Feira Multicultural na semana de Educação para Vida e na semana da EJA;

5. Promover o Projeto CESARTE, que expõe os trabalhos socioculturais dos alunos; 6. Desenvolver o campeonato interclasse durante a semana de educação para a vida,

destinado a selecionar alunos para competir nos jogos interescolares do DF; 7. Desenvolver a Festa Junina do CESAS.

Durante a Semana da EJA, Semana de Educação para a Vida e durante o Semestre letivo.

A avaliação dos projetos se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE. A avaliação dos eventos se dará durante sua execução pelos professores.

Nº METAS ESTRATEGIAS PERIODO AVALIAÇÃO

03 Promover a integração do Projeto Político Pedagógico da Escola com as novas tecnologias;

1. Acompanhar os alunos no ambiente virtual Eproinfo/MEC, nos momentos presenciais, com interação professor tutor/aluno, no laboratório de informática da escola, já existente.

2. Criar uma sala ambiente no próprio espaço da EaD; 3. Organizar aulas presenciais, complementando os estudos através de modo textual ou

em vídeos on-line, preparadas em conjunto com o professor da disciplina, em parceria com o professor do laboratório de informática;

4. Firmar parcerias com o PRONATEC, como Escola Demandante, na divulgação, seleção e distribuição de vagas de cursos de capacitação profissional oferecidos pelo SENAC, SESC e SENAI, ETB E IFB.

semestralmente. A avaliação dos projetos se dará por meio de acompanhamento e avaliação sistemática, por parte da direção, secretaria e SOE, professores e alunos participantes.

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Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO

04 Disponibilizar, para toda a comunidade escolar, atendimento às suas necessidades educacionais, em observância à legalidade de seus pleitos e a coerência com o PPP da escola.

1. Elaborar novas fichas cadastrais, com a atualização de dados dos servidores e alunos (telefone fixo, celular, endereço residencial, e-mail, para contato rápido);

2. Fazer da Gestão Democrática uma administração exercida de forma participativa, com os objetivos da organização definidos pela equipe que a forma;

3. Orientar todos os servidores sobre férias, abonos, recessos, requerimentos e processos sobre seus tramites e resultados para ciência do mesmo;

4. Informar os servidores sobre formação continuada em sua área, participação nas coordenações pedagógicas coletivas;

5. Informar sobre direitos e deveres, tanto para servidores como para alunos, em estudos praticados para essa finalidade;

6. Informar sobre a distribuição de carga, de maneira a otimizar o atendimento à comunidade escolar dentro da modulação da CRE;

7. Garantir e valorizar a participação do conselho escolar.

Em todos os semestres.

Análise dos resultados por meio de avaliação institucional.

Nº METAS ESTRATÉGIAS PERÍODO AVALIAÇÃO

05 Garantir execução dos projetos que fazem parte do dia a dia da escola, como: o Projetos de Segurança da Escola; e o Projeto de Reforma da Estrutura Física do CESAS.

1. Convocação de reuniões com a comunidade escolar para definir prioridades e necessidades da escola para uso dos recursos financeiros: PDAF, PDDE.

2. Contato com a Secretaria de Segurança (Batalhão Escolar) para inibir as ocorrências delituosas, dentre elas: uso e trafico de entorpecentes, violência, outros.

3. Reuniões com a comunidade escolar para conscientizar para o uso adequado do material e das dependências públicas.

Durante todo a vigência da Gestão Democrática dos candidatos a Direção do CESAS.

Acompanhamento do uso dos recursos juntamente com toda a comunidade escolar

06 Implantar de forma gradativa e concomitante no mesmo turno e em

1. Implantação de cursos de Formação Inicial Continuada dentro de uma proposta de itinerário formativo para formação técnica; 2. Formação gradual de equipe de professores da rede, para desenvolvimento dos cursos de Educação Profissional;

2017 a 2019 Acompanhamento através de equipe avaliação interna e externa através de

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turno inverso a Educação Profissional na Modalidade FIC e Técnico

3. Organização de núcleos formativos que aproveitem ao máximo a equipe de professores; 4. Criar o Núcleo de Orientação Profissional e Inserção Produtiva; 5. Implantar um processo de formação concomitante no mesmo turno.

relatório dinâmico de experiência de gestão de resultados.

07 Implantação de EJA Combinada visando a integração com a Educação Profissional concomitante no mesmo turno.

1. Estudo estratégico pedagógico e logístico de implantação da EJA Combinada; 2. Elaboração de Plano de Implantação da EJA Combinada com etapas de consolidação; 3. Aprovação de Plano de Implantação; 4. Desenvolvimento do Plano de Implantação.

Acompanhamento através de equipe avaliação interna e externa através de relatório dinâmico de experiência de gestão de resultados.

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IX. PARCERIAS

O Projeto Talentos CESAS conta com uma rede de parceria que interagem

com recursos materiais e de competência, garantindo a exequibilidade de

projetos além dos limites internos institucionais.

Compõem hoje a parceria com o CESAS em estado ativo, as seguintes

estruturas e instituições:

FACULDADE DULCINA DE MORAES Nesta parceria a Faculdade

Dulcina nos fez a cessão de uso do espaço físico da instituição no período

vespertino, com alguns espaços em tempo integral, o que possibilitou o

início do Curso Técnico em Enfermagem (Mulheres Mil), atendendo a 80

mulheres, em um projeto piloto que integra o CESAS em parceria com a

Faculdade Dulcina, a Escola Técnica de Saúde de Planaltina, o Pronatec

e a FUNAB - Fundação Universidade Aberta do DF. A parceria está

permitindo a operacionalização do curso FIC Operador de Áudio e Vídeo

e organização de novos cursos FIC e Técnico na Área de Economia

Criativa da Cultura.

TV UNB Esta parceria garante aos alunos das turmas de Áudio e Vídeo

a construção do aprendizado associado diretamente a prática em estúdio

e na produção profissional de conteúdo.

FÁBRICA SOCIAL Com a Fábrica Social o CESAS integra seu

atendimento a um público externo, gerando um produto interessante que

é o curso de Marcenaria Criativa nas parcerias entre CESAS, Marcenaria

da SEDF e Fábrica Social, onde esta última entrará com gestão, professor

e material de consumo.

UDF A parceria com o curso de Odontologia da Instituição garantiu a

nossos alunos educação em saúde bucal e atendimento na clínica

laboratório da instituição. Dentro da mesma parceria está em andamento

o estudo para montagem de Curso FIC em saúde Bucal.

FACULDADE ESTÁCIO A Estácio entrou de parceria focada nos alunos

que têm como perspectiva uma formação profissional de nível superior, o

que nos permitiu instituir no semestre passado o ENEM Comunitário -

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aulões preparatórios para o ENEM aos sábados. Este projeto foi

pausado e está sendo reformulado para um conceito de Escola Aberta de

Reforço e Avanço Escolar que ocorrerá as sextas e sábados com turmas

e cursos específicos de conteúdo curricular onde os alunos se matriculam

de forma livre, conforme seus interesses e necessidades.

CANAL E O Canal E da Secretaria de Educação é um parceiro

estratégico na organização e realização do Curso de Áudio e Vídeo,

sendo um centro disponível para prática de conhecimentos técnicos.

MARCENARIA DE SEDF A parceria com a Marcenaria de SEDF, situada

na sede do CIA garantiu laboratório de práticas para o Curso FIC de

Marcenaria Criativa junto com a Fábrica Social.

1. CURSOS EM ANDAMENTO

Atualmente estamos com os seguintes cursos em andamento

a. MATUTINO

1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas - Pronatec - Espaço CESAS)

b. VESPERTINO

2. Cuidador de Idoso (01 turma - 25 vagas - Pronatec - Espaço CESAS)

3. Operador de Áudio e Vídeo (01 turma - 15 vagas - CESAS - Espaço DULCINA)

c. NOTURNO

4. Cuidador de Idoso (01 turma - 25 vagas - CESAS- Espaço CESAS)

5. Operador de Áudio e Vídeo (01 turma - 15 vagas - CESAS - Espaço DULCINA)

2. CURSOS PREVISTOS PARA O 2o SEMESTRE 2017

A) Parceria Pronatec

ESPAÇO CESAS FIC

MATUTINO

1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas);

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2. Cuidador de Idoso (01 turma - 20 vagas);

3. Jardinagem (01 turma - 20 vagas);

4. Assistente Administrativo (01 turma - 20 vagas).

VESPERTINO

1. Operador de Computador (01 turma - 20 vagas);

2. Massagista (01 turma - 20 vagas);

3. Auxiliar de Cozinha (01 turma - 20 vagas).

NOTURNO

1. Massagista (01 turma - 20 vagas);

2. Organizador de Eventos (01 turma - 20 vagas);

3. Auxiliar de Cozinha (01 turma - 20 vagas).

b. ESPAÇO DULCINA

Vespertino

FIC 1. Artista Circense (01 turma - 25 vagas)

2. Dublador (01 turma - 25 vagas - vespertino)

3. Editor de Animação (01 turma - 25 vagas - vespertino)

4. Editor de Vídeo (01 turma - 25 vagas - vespertino)

5. Fotógrafo (01 turma - 25 vagas - vespertino)

6. Operador de Gravação e Edição de Áudio (01 turma - 25 vagas - vespertino)

c. Técnico

1. Técnico em Artes Circenses (01 turma - 25 vagas - vespertino)

2. Técnico em Cenografia (01 turma - 25 vagas - vespertino) 3. Técnico em

d. Teatro (01 turma - 25 vagas - vespertino)

ESPAÇO MARCENARIA DA SEDF 1. Marcenaria (01 turma - 20 vagas);

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ESPAÇO BIBLIOTECA NACIONAL

Técnico

1.Técnico em Produção de Áudio e Vídeo (01 turma - 25 vagas - matutino)

B) Equipe Talentos CESAS

ESPAÇO CESAS

FIC 1. Cuidador de Idoso (01 turma - 20 vagas - noturno);

ESPAÇO DULCINA 1. Operador de Câmara (01 turma - 15 vagas - vespertino);

C) Parceria Fábrica Social

1. Marcenaria Criativa (02 turma - 50 vagas - vespertino).

X. REFERÊNCIAS

BRASIL – Câmara dos Deputados. Estatuto do Portador de Deficiência.

Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/432201.pdf

DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez.

1994.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 9 ed. São Paulo: Paz e Terra. 1998.

GARNIER, Catherine; BEDNARZ, Nadine; ULANOVSKAYA, Irina. Após

Vygotsky e Piaget: perspectiva social e construtivista. Porto Alegre: Artes

Médicas. 1996.

HANNA, Paola C. M.; DÁLMEIDA, Maria de L. P. K; EYNG, Ana M. Diversidade

e Direitos Humanos: a escola como espaço de discussão e convívio com a

diferença. Disponível em:

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/3217_1599.pdf

MOLL, Luis C. Vygotsky e a Educação: implicações pedagógicas da psicologia

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sócio-histórica. Porto Alegre: Artes Médicas. 1996.

OLIVEIRA, Marta K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo

sócio-histórico. São Paulo: Editora Scipione Ltda. 1997.

RAPOSO, Mírian B. T. Didática e Interdisciplinaridade. Blumenau: IADE

Publicações, 2010

RAPOSO, Mírian B. T.; MACIEL, Diva A.; QUEIROZ, Norma Lúcia. Tópicos

Especiais em Avaliação da Aprendizagem. Brasília: Editora Universidade de

Brasília. 2008.

RAPOSO, Mírian B. T.; QUEIROZ, Norma Lúcia. Teorias da Educação. Brasília:

Editora Universidade de Brasília. 2008.

SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987

SEDF – CEDF. Resolução nº1/2005.Artigo n° 28. Disponível em:

http://www.sinprodf.org.br/wp-content/uploads/2011/03/resolução-nº-12005-

cedf.pdf

SEDF Diretrizes Operacionais da EJA do DF. Disponível em:

http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/diretrizes_eja_2014_201

7.pdf

SEDF. Currículo em Movimento da Educação Básica. Disponível em

http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/cur_mov/4_ensino_funda

mental_anos_finais.pdf

SEDF. Orientações Gerais sobre Organização Curricular. Disponível em:

http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/diretrizes_pedagog_3cicl

o.pdf

VYGOTSKY, Levy. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. 1984.

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ANEXOS

Nesse capítulo apresentamos os projetos aprovados e em

desenvolvimento na escola, como: Projeto TV CESAS; Projeto Talentos CESAS;

Projeto Executivo – Agencia de Inclusão Produtiva: Construindo Projeto de Vida;

Projeto Executivo – Espaço Vivencial Horta; Gincana Cultural.

Nosso objetivo com essa apresentação é possibilitar uma melhor

compreensão da execução de cada um deles no espaço escolar, o que poderá

permitir, além da incorporação de outros projetos, criar um espaço de

interlocução entre eles, por meio de uma rede de relacionamentos e

aprendizagens, não só da comunidade escolar do CESAS, mas de toda a

sociedade civil envolvida.

Consideramos que projetos interdisciplinares, como esses, rompem com

as barreiras das salas de aula e com as práticas solitárias de trabalho, em um

movimento que possibilita a ampliação das relações, para além dos espaços da

escola.

Todos os projetos que constam nesse PPP estão em execução e

diretamente interligados com Cursos de Educação Profissional e Tecnológica

FICS, que já estão sendo ofertados, em parceria com o PRONATEC, Faculdade

Estácio com o ENEM comunitário, UDF, Academia de Capoeira Angola e outros,

conforme Termo de Voluntariado (em anexo).

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ANEXO I: PROJETO TV CESAS

INTRODUÇÃO

O uso da Web para transmissão de audiovisual é uma realidade no mundo

moderno. O stream de vídeo vem se popularizando e os provedores se

multiplicam a cada dia, o que facilita a sua utilização por aqueles que se

interessam em divulgar suas produções seja em versões pagas ou gratuitas

(free).

Por sua vez, as empresas televisivas comerciais, de olho no crescimento

da demanda pelo acesso das pessoas a internet, também criam seus canais no

mundo virtual.

O mesmo acontece com grandes empresas das mais diversas áreas, que

procuram capacitar seus empregados, para atender as demandas técnicas da

sociedade científico-tecnológica em que vivemos.

O uso da web pra divulgação de informações e conteúdos tem excelente

relação custo-benefício, pois permite o corte de gastos, e o melhor

gerenciamento do tempo de produção, edição e veiculação.

A Educação não pode ficar distante dessas facilidades da comunicação

moderna. Professores e estudantes, mesmo que de foram independente e

individualmente, a cada dia lotam estes provedores, especialmente os que são

gratuitos, por interesses diversos.

Uma dessa ferramentas as quais nos referimos é o Broadcasting,

modalidade muito procurada pelos produtores de audiovisual, sendo que a

maioria deles utiliza o armazenamento de sua produção em banco de imagem

virtual (Youtube, Vimeo, etc).

Neste sentido, Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul -

CESAS, dentro de uma visão moderna para a integração de mídias e

componentes curriculares, e no intuito de elevar autoestima dos educandos

desta unidade de ensino, tem promovido amplo debate cerca do tema,

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aproveitando a experiência de Docentes e em razão de reivindicação dos

discentes e comunidade escolar, destacando aqui o interesse dos estudantes na

faixa etária de 17 anos que por não estarem na idade adequada para

continuarem o atendimento presencial na UE de EJA, insistem em participar do

projeto mesmo que estando em outra Unidade Educacional.

Estes estudantes poderem além de aprender uma profissão ligada a área

do audiovisual, reforçam os conteúdos colaborando com os Docentes através de

vídeos produzidos por estes e demais alunos. Também é relevante se destacar

o interesse dos Docentes da EAD do CESAS na produção de vídeo aulas para

atender e reforçar o aprendizado dos estudantes da modalidade virtual de

ensino.

Assim, a Direção do CESAS inseriu no Plano Político Pedagógico da

Unidade de Ensino (Plano Político Pedagógico, Objetivo específico-item 4; Plano

de Trabalho para a Gestão da Escola 2014/ 2016, item 3) a criação e

implementação da TV CESAS. Com isto, o CESAS está se colocando na

vanguarda educacional do Distrito Federal transformando que que era apenas

um desejo numa poderosa ferramenta de descoberta de talentos, criação,

comunicação com a produção e transmissão de vídeo, aulas e vídeo

conferências ao vivo, além de atividades cívico-cultural em tempo real, que

proporcionarão a interatividade entre o estudante, o Professor e os Gestores com

suas equipes de trabalho. Além disso, criar-se-á um banco de imagens hoje

inexistente na Unidade Educacional.

O conteúdo a ser divulgado por meio da TV CESAS será produzido pelos

estudantes e Professores na forma de matéria didático-pedagógico, vídeo aulas,

reportagem jornalística em sala de aula, eventos cívico-cultural da escola, datas

festivas e comemorativas, programação voltada para os surdos que atenderá

também os estudantes com deficiência visual através da audiodescrição.

A produção audiovisual pode ser transmitida ao vivo, reprisada quando

em grade de transmissão bem como ficar disponível de forma ‘off air’ para

consultas posteriores.

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OBJETIVO GERAL

Produzir e transmitir conteúdo audiovisual educativo e cívico-cultural ao vivo

via web.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Motivar a participação dos alunos e professores para a produção de vídeos,

possibilitando o conhecimento desta linguagem criativa para a expressão de

ideias;

2. Servir de meio de interação na Educação à Distância entre a escola e o

educando de EJA, transmitindo ao vivo audiovisuais de cunho pedagógico e

mantendo um banco de imagens para consulta do estudante de acordo com

sua necessidade;

3. Transmitir ao vivo eventos de interesse do CESAS;

4. Abrir um canal direto entre a Unidade Educacional e a Comunidade Escolar;

5. Dar visibilidade aos Profissionais da Educação junto à Comunidade Escolar;

6. Transmitir ao vivo vídeos institucionais que possibilitem o registro e a

divulgação de momentos relevantes para o amadurecimento da Educação no

Distrito Federal, nas Coberturas Especiais do CESAS;

7. Envolver todos os alunos de 1º, 2º e 3º segmentos na produção audiovisual

com oficinas de vídeo aproveitando horários vagos e janelas;

8. Atender num primeiro momento as disciplinas de Português, Matemática,

Química, Física e Arte com vídeo aulas e em seguida as demais disciplinas

da grade curricular da modalidade presencial e EAD além de atividades

culturais como palestras que são ministradas regularmente na escola;

9. Atender emergencialmente à solicitação de aproximadamente 40

estudantes com 17 anos, concluintes do 8º semestre em agosto de 2014

das turmas A e B matutino, vespertino e noturno, que insistem em

permanecer na escola.

SITUAÇÕES E PROBLEMAS ATUAIS

1. Inexistência do canal de veiculação ao vivo de programas audiovisuais na

Rede Pública de Ensino do DF;

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2. Falta de equipamentos compatíveis com a produção e transmissão de stream

de vídeo na SEEDF;

3. A criação da TV Cesas possibilitará o aproveitamento dos alunos na

modalidade presencial em horários vagos e janelas da grade horária, fazendo

com que este deixe os corredores, pátios e cantina da escola e se dediquem

ao aprendizado das técnicas de televisão como pré-produção, produção e

pós-produção além de argumento cinematográfico, roteiro, fotografia,

iluminação, áudio, edição e finalização;

4. Manter na UE, na passagem do primeiro para o segundo semestre do

ano, os estudantes com 17 anos que tenham concluído o Ensino

Fundamental e encontram-se fora da idade de acesso ao Ensino Médio

na modalidade EJA presencial e EAD.

RESULTADOS ESPERADOS

1. Participação e engajamento de todos os professores de 1º, 2º e 3º segmentos

e nos três turnos, para a utilização da linguagem audiovisual bem como

alunos do 1º, 2º e 3º segmentos também dos três turnos, possibilitando a

interação de todas as disciplinas curriculares ofertadas pela escola;

2. Garantia de sucesso na interação entre as Mídias Educacionais, os

componentes curriculares e as transversalidades;

3. Garantia de que os produtos audiovisuais elaborados por professores e

estudantes do CESAS atenderá a expectativa dos discentes e comunidade

escolar.

4. Independência nas transmissões de produtos audiovisuais pedagógicos e

culturais;

5. Acessibilidade garantida a todos os professores e estudantes do CESAS;

6. Baixíssimo custo de manutenção do sistema de transmissão com a utilização

de provedores gratuitos (livres);

7. Melhora a autoestima dos estudantes e incentivo para que mais alunos se

engajem na produção audiovisual da TV CESAS;

8. A avaliação dar-se-á dentro de cada semestre letivo. Para isto, haverá, no

mínimo, um concurso de produção audiovisual para os alunos com a

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participação e orientação dos professores de cada turma. Esta produção após

avaliada receberá uma pontuação dada pelos professores que contará como

parte da nota de cada disciplina. Após este processo, todas as produções

serão exibidas em circuito fechado na escola para a escolha dos vencedores

que serão devidamente premiados com o diploma da participação nos temas

transversais adotados pela escola e que serve posteriormente como

componente na construção do currículo para a vida profissional do aluno.

ETAPAS DO PROJETO

1. Criação do canal web de transmissão ao vivo de stream de audiovisual;

2. Criação do laboratório/oficina de vídeo para o aprendizado de professores e

alunos;

3. Definição das atribuições da TV CESAS – Prepara os docentes para a

linguagem audiovisual e os discentes para a linguagem e produção de vídeos;

4. Definição dos profissionais que cuidarão da produção e transmissões e banco

de imagem – Coordenador Operacional do Projeto: Jorge Geovani Ferreira –

professor matrícula 37077-0 e Assistente Operacional: Alexandre Adriano

Neves de Paula – professor matrícula 212.655-9;

5. Levantamento de equipamentos necessários a serem comprados para o

laboratório/oficina - serão necessários 10 computadores e programas

específicos para captura, tratamento e edição de imagens, 02 câmeras

digitais de vídeo com entrada para microfone e fones de ouvido, 06 baterias

para as câmeras, 02 tripés para iluminação, 04 refletores de luz fria, 01 kit

para chroma key, 04 coletes próprios para fotógrafo e cinegrafista, cabos

elétricos para alimentação dos refletores, 02 bolsas de transporte.

6. FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Inexistência de equipamentos necessários para a produção de transmissão

ao vivo de audiovisuais.

METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO

Encaminhar à Direção do CESAS proposta de criação da TV CESAS através de

plataformas livres;

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Encaminhar a Direção do CESAS proposta para implantação de equipe

operacional da TV CESAS;

COORDENAÇÃO E EQUIPE

Coordenador Executivo: Reus Antunes de Oliveira – 36.150-X

Coordenador Operacional – Jorge Geovani Ferreira – 37.077-0

Assistente de Operação: Alexandre Adriano Neves de Paula – 212.655-9

Equipe de Trabalho: Educadores e alunos do CESAS.

CUSTO DO PROJETO E VIABILIDADE FINANCEIRA

Em levantamento

AUTOR DO PROJETO

Jorge Geovani Ferreira – matrícula SEEDF 37.077-0

ANEXO II: PROJETO TALENTOS CESAS

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INTRODUÇÃO

“A Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda é vista por muitos como

uma forma de alfabetizar quem não teve oportunidade de estudar na

infância ou aqueles que por algum motivo tiveram de abandonar a escola.

‘Hoje sabemos do valor da aprendizagem contínua em todas as fases da

vida, e não somente durante a infância e a juventude’, afirma o inglês

Timothy Ireland, mestre e doutor na área e especialista em Educação da

Representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.

O processo educativo começa na infância e termina somente na velhice.

Dessa forma, a EJA tem de ser vista sob uma perspectiva mais ampla,

dentro do conceito de educação e aprendizagem que ocorre ao longo da

vida.

O processo tem três dimensões: a individual, a profissional e a social. A

dimensão individual considera a pessoa como um ser incompleto, que tem

a capacidade de buscar seu potencial pleno e se desenvolver,

aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo. Na profissional, se inclui a

necessidade de todas as pessoas se atualizarem em sua profissão: um

médico, um engenheiro, um físico, todos os profissionais precisam se

requalificar; em momentos de crise, como o atual, isso se torna ainda mais

necessário; assim, é comum o trabalhador ter que aprender um novo

ofício para se inserir no mercado. Na dimensão social (que é a capacidade

de viver em grupo), um cidadão, para ser ativo e participativo, necessita

ter acesso a informações e saber avaliar criticamente o que acontece.

Além dessas, há outra dimensão de aprendizagem muito pertinente neste

momento: a relação das pessoas com o meio ambiente. Todos nós temos

a necessidade de nos reeducarmos no que se refere a essa questão.

Precisamos praticar novos paradigmas de sustentabilidade e novos

hábitos de consumo.¹” (Objetivos maiores que a alfabetização: EJA -

Educação de Jovens e Adultos, entrevista com Timothy Ireland - 2015)

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VALOR 1 - A Educação de Jovens e Adultos pressupõe uma concepção de

educação integral, não no sentido tempo de permanência na escola, mas na

visão e ação pedagógica sistêmica, nas dimensões individual (acadêmica),

profissional (formação e orientação) e social (visão, análise e intervenção).

O aluno da educação pública se constitui em três grandes segmentos

básicos:

● Alunos em idade e séries regulares, com um nível de rendimento e

aprovação estáveis e uma perspectiva de futuro acadêmico e profissional

mais ou menos definida, onde a nossa escola faz seu atendimento

convencionado e considera o aluno dentro dos padrões esperados;

● “Alunos de ponta” da nova geração (que estão integrados à internet), que

assumiram um caráter de formação através de processos colaborativos e

de cocriação, e têm uma grande capacidade auto didática. Este aluno vem

à escola como num espaço pedagógico, mas, devido a sua fragilidade

tecnológica e metodológica, ela assume mais um papel de certificadora

necessária aos avanços acadêmicos;

● Alunos com defasagem na educação básica, por motivos diversos (em

sua grande maioria, oriundos dos setores populares), apresentam

defasagem em idade, série e em nível educacional. Este segmento traz

também uma série de dificuldades complementares, como a necessidade

de integrar trabalho/estudo, desemprego e necessidade de renda, conflito

com a lei, responsabilidade familiar, necessidade de readaptação

acadêmica e ao mercado já na idade adulta.

Este último segmento, em grande parte, é o atendido pela Educação de

Jovens e Adultos, que precisa ter a capacidade de responder ao processo

convencional de ensino e às variantes resultantes de seu público, tendo a função

estratégica de reverter o processo encontrado para uma linha virtuosa de

desenvolvimento dos alunos.

VALOR 2 - A perspectiva estratégica da Educação de Jovens e Adultos, está

baseada no seu papel de transformação social junto ao público atendido.

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A integração da Educação Profissional à Educação de Jovens e Adultos

é um processo em construção e em conflito. Por um lado, se identifica a

importância do trabalho como fator intrínseco ao aluno de EJA e com papel

relevante na significância que ela dá ao processo de ensino e aprendizagem; por

outro lado, a ausência de rompimento com a estrutura convencional de educação

profissional baseada em pacotes pré-estabelecidos de cursos FIC ou Técnico,

onde o aluno é condicionado a aceitar ou não o leque de ofertas, leva a uma

dificuldade pedagógica de integração curricular, sempre gerando prejuízos a um

ou outro processo, a uma evasão significativa e a construção de resultados

dissociados de um processo de inteligência de desenvolvimento social.

Os dados resultantes identificados estão associados ao quantitativo de

alunos atendidos e cursos ofertados, e não no itinerário do aluno na sua

formação básica, profissional e sua evolução de carreira e social, o que responde

ao investimento como meta, mas não responde como estratégia de Política de

Estado.

Apontamos como visão diferenciada de integração da Educação

Profissional e Educação de Jovens e Adultos a “tomada de consciência e a

tomada de poder da pessoa sobre sua formação”, portanto, a auto formação

como metodologia. ²

VALOR 3 - A apropriação, por parte do aluno, da identificação de seu papel

pessoal e profissional como forma de apropriação de seu itinerário formativo

como ferramenta pedagógica de consolidação deste objetivo.

O mundo passa, neste momento, por uma conjunção de elementos

recorrentes e transformadores que implicam diretamente na inclusão

socioprodutiva atual e futura. Passamos por um ritmo de mudanças tecnológicas

com o desenvolvimento da comunicação em redes, da internet, da

nanotecnologia que vem mudando a estrutura da matéria, da robótica e da

inteligência artificial que vem consolidando espaço na produção e nos produtos.

Todas estas novidades exigem competências inovadoras e posturas

diferenciadas que estão fora dos parâmetros convencionais de nossa educação.

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Por um lado, trabalhabilidade, insight, inovação, cocriação,

empreendedorismo, sociabilidade, prototipagem, startup, economia criativa e

colaborativa, entre outras, são as referências dinâmicas do mundo de hoje, que

exige um profissional ativo e transformador; por outro lado, a crise econômica e

o processo de acumulação geram uma avalanche de perdas de direitos sociais

e desemprego no mundo todo, colocando em pauta questões como economia

socialmente sustentável, economia solidária, economia verde, pensando em um

formato de desenvolvimento que tenha o homem em sociedade e seu

desenvolvimento como valor fundamental.

A grande questão é que o público de EJA não está nos primeiros vagões

do desenvolvimento, mas normalmente nos vagões da crise social. A mudança

de paradigma só pode ser feita se fixarmos no desenvolvimento tecnológico e

nas novas concepções de saber de um lado, e em modelos de economia

socialmente sustentáveis que possam servir de colchão de absorção das crises

do capitalismo de mercado de outro.

VALOR 4 - A educação deve estar integrada às mudanças que passamos,

constituindo pontes para salvaguardar os alunos, como interesse público de

desenvolvimento social.

DIAGNÓSTICO

Não partimos do pressuposto que uma ação local comporta a dimensão

necessária identificada em uma avaliação de cenário amplo, no entanto, não

importa a grandeza da ação, mas o rumo para onde ela aponta, pois indica que

a caminhada está certa.

Neste contexto, identificamos que existem hoje metodologias que auxiliam

na pesquisa e orientação para análise estratégica de objetivo e orientação de

carreira, o que nos permite ver primeiro pelo olhar do aluno para, assim, construir

itinerários inteligentes.

Identificamos uma série de recursos formativos transversais nas políticas

públicas, como Pronatec, Projovem, Pontos de Cultura, FAC, sistemas de

estágio entre outros, que, se vistos individualmente, não se tem o todo; mas

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olhados de forma sistêmica, conseguimos identificar uma rede capaz de

potencializar-se em sinergia.

Apesar da proximidade geográfica, os mundos que estão no vagão da

tecnologia, inovação, “trabalhabilidade”, e o mundo das dificuldades sociais

parecem ser de planetas diferentes, porém, o simples fato de abrir o diálogo

entre mundos pode ter uma força transformadora e propulsora significativa, e a

escola pode ser este agente catalizador.

O que identificamos é que (pensando de forma global), para conceber as

visões estratégicas e agir localmente, catalisando os recursos públicos e sociais

existentes, é possível se construir uma ação consistente, que se não for em tudo

transformadora, aponte para o rumo da construção de caminhos virtuosos de

desenvolvimento.

Em pesquisa desenvolvida com 198 alunos do presencial, identificamos

que 62% dos que responderam, optaram pela perspectiva de um curso de

formação profissional de nível superior, o que demonstra que os mesmos

querem ascender a novas classes sociais.

A Educação profissional foi sentida como uma necessidade imediata para

59% dos entrevistados. Segmentos como saúde, Administração e negócios, TI,

se destacaram, porém, o número dos que erraram nas respostas ou não têm

uma definição é realmente marcante.

Além da educação profissional, estágio e emprego são as necessidades

mais imediatas, para os mais jovens com uma forma de acessar bens e serviços

que os integrem ao seu meio social e aos mais adultos por pressão e

necessidade familiar.

O empreendedorismo seja montando uma empresa, seja trabalhando

como autônomo, é a opção de 61% dos entrevistados, variando de formato

conforme a idade.

Estas respostas apontam para três eixos básicos de intervenção, que são:

a preparação complementar para o ENEM, como forma de alavancar o potencial

de nossos alunos para seus projetos de formação superior, o empreendedorismo

meio de inclusão produtiva e reserva técnica para o mundo do trabalho e a

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educação profissional como itinerário formativo de apreensão de competências

construtivas de carreira profissional.

Estudo realizado pela Fundação Lemann com apoio técnico do

movimento Todos Pela Educação, onde foram ouvidos 42 jovens entre 20 e 21

anos, com bom desempenho no ENEM, e maioria (81%) oriunda de escola

pública, a percepção dele é a de terem sido mal orientados pela escola para a

vida adulta. Por outro lado, os empregadores entrevistados relataram sentir falta

de competências básicas nos jovens que acabaram de se formar, tais como

comunicação e operações financeiras, o que complementa a nossa pesquisa

interna.

Os três eixos identificado na pesquisa, têm que se associar

transversalmente com a formação básica que é a necessidade imediata de 62%

dos entrevistados e razão de sua presença na escola; a inclusão produtiva

através de estágio, emprego e mercado empreendedor, também respondem à

necessidade real da vida de muitos alunos e deve perfazer os eixos

apresentados.

Na pesquisa de percepções, identificamos um interesse significativo por

atividades integrantes da economia criativa, entre as diversas idades, com

características diferentes e que não foi revelado na pesquisa inicial por que os

alunos não associam a atividade cultural a profissão e carreira, o que é um

grande equívoco.

Outro elemento diagnosticado e que é ponto crítico no processo no projeto

é a rotatividade, fruto da semestralidade do ensino de EJA. Esta situação foi

tratada no processo de ideação, dando uma dimensão continuada ao projeto

onde alunos e ex-alunos podem participar e se organizar em clubes pedagógicos

temáticos de caráter permanente.

A análise de experiência identificou que o mecanismo de integração e

comunicação com o aluno ainda precisa ser aprimorado, pois apesar do projeto

ter uma página virtual com design para celular e página de relacionamento no

facebook, com acesso de alunos do Brasil inteiro, ela ainda não se transformou

em uma ferramenta de consulta e estudos por parte dos alunos.

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OBJETIVO GERAL

Implantar a Agência de Carreira Talentos CESAS, como projeto

estruturante entre ensino básico (EJA), planejamento de carreira e Educação

Profissional, proporcionando educação nas dimensões individual, profissional e

social tendo o estudante como protagonista de seu projeto pessoal e de seu

itinerário formativo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Promover pesquisa continuada de diagnóstico estratégico de cenário

socioeconômico e dos alunos em relação a este cenário;

2. Constituir veículos de comunicação e de interação com os alunos;

3. Desenvolver a orientação de carreira dos alunos participantes;

4. Promover a orientação ao empreendedorismo;

5. Promover orientação e apoio às iniciativas que visem a construção de

uma carreira de nível superior;

6. Constituir espaços de convivência vocacional e de formação profissional;

7. Proporcionar a formação profissional através de parceria e sinergia com

as diversas oportunidades disponibilizadas pelos projetos e programas

existentes na área;

8. Promover o protagonismo dos alunos a partir da sua organização em

Clubes Pedagógicos voltados para segmentos e eixos formativos.

PÚBLICO ALVO

O projeto é direcionado a todos os alunos e ex-alunos do CESAS

(presenciais), e de EAD, especificamente aos que se inscreverem nas atividades

de Palestras, Workshop, cursos, oficinas e sessões de interesse, tendo os

conteúdos gerais disponibilizados publicamente no site da Agência de Talentos

Cesas -http://talentocesas.wix.com/agencia.

JUSTIFICATIVA

1. Orientações Pedagógicas para Integração da Educação profissional

com o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - 2014.

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Em suas Orientações Pedagógicas para Integração da Educação

Profissional com o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos - 2014, a

Secretaria de Estado de Educação, constitui bases legais e referenciais

pedagógicos para organização de projetos pedagógicos desta natureza

destacando eixos estruturantes e integradores, trabalho interdisciplinar, trabalho

em rede, projetos integrados, pesquisa como promotora de conhecimento e

trabalho como princípios educativos (pag 41 a 46).

A fazer a análise da educação profissional se destaca o Ensino Médio e

“Semelhantemente, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), a dimensão do

trabalho adquire uma importância central, em virtude das condições sócio-

econômicas dos sujeitos atendidos por essa modalidade.”(pag 10)

Na sua Página 16 a proposta destaca a extensão da Educação

Profissional para a EJA no ensino fundamental e seu respaldo legal - “Assim,

essas experiências, em diálogo com os pressupostos referenciais do programa,

indicam a necessidade de ampliar seus limites, tendo como horizonte a

universalização da Educação Básica, aliada à formação para o mundo do

trabalho, com acolhimento específico a jovens e adultos com trajetórias

escolares descontínuas. Em resposta a alguns desses questionamentos, a

revogação do Decreto nº 5.478/2005, pela promulgação do Decreto nº 5.840, de

13 de julho de 2006, trouxe diversas mudanças para o Programa, entre elas a

ampliação da abrangência, no que concerne ao nível de ensino, pela inclusão do

Ensino Fundamental (...)”

No mesmo caminho se consolida legalmente a proposta, quando

referencia-se ao “Art. 40 da LDB, a Educação Profissional deve ser desenvolvida

em articulação com o ensino regular, tanto oferecendo formação aos jovens em

idade própria, como deve ser organizado para os jovens e adultos, oferecendo a

preparação geral para o trabalho. ” (pag.16)

Para se referenciar teoricamente na sua página 31 o documento cita

“Ciavatta (2005), ao refletir sobre o que é ou que pode vir a ser a formação

integrada pergunta: o que é integrar? A autora remete o termo então, ao seu

sentido de completude, de compreensão das partes no seu todo ou da unidade

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no diverso, o que implica tratar a educação como uma totalidade social, isto é,

nas múltiplas mediações históricas que concretizam os processos educativos.

No caso da formação integrada ou do Ensino Médio Integrado ao ensino técnico,

o que se quer com a concepção de educação integrada é que a educação geral

se torne parte inseparável da Educação Profissional em todos os campos onde

se dá a preparação para o trabalho: seja nos processos produtivos, seja nos

processos educativos como a formação inicial, como o ensino técnico,

tecnológico ou superior. Significa que buscamos enfocar o trabalho como

princípio educativo, no sentido de superar a dicotomia trabalho manual / trabalho

intelectual, de incorporar a dimensão intelectual ao trabalho produtivo, de formar

trabalhadores capazes de atuar como dirigentes e cidadãos”.

2. Currículo em Movimento - Educação de Jovens e Adultos

Em seus pressupostos teóricos a proposta destaca - “A natureza da

concepção político-pedagógica da EJA vai além da aquisição de conhecimentos,

quando sua essência está imbricada com a diversidade dos sujeitos da EJA, que

buscam o processo educativo para melhorar as condições em que vivem (...). ”

(pag 20)

Outro pressuposto importante destaca - “Um desafio para a EJA é

considerar as diferentes culturas e os diferentes saberes na construção da

aprendizagem, a partir de seu currículo, levando em conta ainda que esses

tempos e espaços são muitas vezes distintos de outras etapas e modalidades

da educação básica. ” (pag 21)

“Reforçando tal concepção, destaca-se o Documento-Base Nacional

Preparatório para a Sexta Conferência Internacional de Educação de

Adultos - CONFINTEA VI, ao afirmar que o Currículo “não pode ser

previamente definido sem passar pela mediação com os estudantes e

seus saberes, bem como pela prática de seus professores, o que vai além

do regulamentado, do consagrado, do sistematizado em referências do

ensino fundamental e do ensino médio...” (BRASIL, 2009). ” (pag 22)

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Em seus Eixos Integradores o documento ressalva que “cultura, trabalho

e tecnologias são eixos que se relacionam entre si e dialogam com os sujeitos

estudantes da EJA; portanto, devem permear o processo de construção do

conhecimento como eixos integradores propostos para a modalidade”.

(...) O trabalho, entendido como produção social da vida, é parte

essencial dos sujeitos estudantes da EJA. O desafio do currículo é

dialogar com o mundo do trabalho, trazendo sentido ao que se quer

alcançar na escola. “Não se pode reduzir a tarefa ao preparo do

trabalhador para o mercado, seu ofício como mercadoria, mas

compreender que o trabalho, como forma de produção da vida, é a ação

pela qual o homem transforma a natureza e a si mesmo. ” (pag 23)

3. Projeto Político Pedagógico do CESAS

O projeto se enquadra no Projeto Político Pedagógico do CESAS tendo

em vista que O CESAS, acreditando na construção de um trabalho coletivo,

busca apoiar e mediar o processo educativo de nossos estudantes nas três

dimensões: individual, profissional e social. Acredita-se assim, na riqueza deste

projeto a oferta de possibilidades, acompanhamento e inserção profissional de

nossos estudantes no mercado de trabalho, além da captação de parcerias nos

mais diversos setores da nossa sociedade. Essa relação de diálogo e construção

com a comunidade escolar, é fundamental para atingir nosso principal objetivo

que é o de promover a inclusão de nossos estudantes. A escola, como bem

destaca Freire, “É lócus em que a efetividade do ato educativo reside

principalmente nas ações empreendidas, mais que nos discursos e nas teorias”

(Freire 2003). Em uma acepção mais ampla, a educação acontece em todos os

campos da escola e é protagonizada e dialogada em todas as ações educativas.

Desse modo muitos projetos, inclusive foram surgindo entre os próprios

estudantes com a participação também de professores, servidores, gestores e

pais.

A socialização dos saberes e a participação coletiva da comunidade

escolar neste projeto enriquecem e produzem o verdadeiro conhecimento.

4. Parcerias executivas

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A proposta está baseada na viabilidade concreta de sinergia de objetivos

e ações através de parcerias de oportunidades com pessoas, órgãos e

entidades, que se concretizarão no desenvolvimento de projetos executivos.

Em uma breve análise da temática do projeto no contexto das ações,

podemos identificar uma potencialidade significativa de oportunidades, que

podem se consolidar em ações integradas; como:

Junto com a Universidade Estácio, viabilizamos a implantação do ENEM

Comunitário e estamos estudando a ampliação de recursos tendo em

vista o interesse da mesma pela integração em projetos sociais de

extensão e a possibilidade de garantir estágio supervisionado para seus

alunos - Parceria em execução;

Criação da Agência de Estágio e Emprego em parceria com a Secretaria

de Trabalho do DF e CIEE melhorando a gestão de empregabilidade dos

alunos - Esperando a contrapartida do CESAS;

Com o Coletivo RUAS estamos implantando o Projeto de Designer Gráfico

Popular (Espaço Vivencial e Vocacional), trazendo a experiência concreta

dos jovens designer para nossos alunos e criando um espaço de

expressão para os artistas - Parceria em execução;

Parceria com a ACDF Jovem para integrar nossos alunos com a vivência

de jovens empreendedores do Distrito Federal - Em fase de discussão;

Parcerias com o BsB Criativo da Secretaria de Cultura para formação na

área empreendimentos na economia da cultura - Já iniciado em fase de

experimentação;

Parceria com a UnB como projeto de pesquisa e extensão, integrando

atividades a fins da Universidade com o projeto, a exemplo da incubadora

social e solidária - Em fase de tramite institucional;

Obs: outras oportunidade e parcerias estão em estudo ou andamento.

METODOLOGIA

O projeto segue metodologicamente o conceito de autoformação e

educação empreendedora, partindo da reflexão do aluno, de seu sonho possível

e de seu papel na área profissional para se construir, colaborativamente com ele,

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um projeto de carreira que, apropriado pelo mesmo, o apodere do processo de

construção de seu objetivo em toda sua dimensão sistêmica, seja na instituição

CESAS, seja nas mais diversas oportunidades disponíveis.

Quanto a dinâmica de planejamento, organização e desenvolvimento, o

projeto se estrutura com base na metodologia do Design Thinking (Pensar

Design) que se constitui em um fluxograma que caminha pela descoberta, a

interpretação, a ideação, a experimentação e a evolução em um processo

circular e contínuo de pesquisa, apropriação, construção e transformação da

realidade.

Quanto às dimensões estratégicas que devem ser trabalhadas para

alavancar o processo de desenvolvimento do aluno, o projeto considera como

fundamentais:

Identidade

Todo processo de desenvolvimento passa pela identificação e

apropriação da identidade em seu conjunto (valores, postura, prática, estética)

como afirmação individual e interação com o indivíduo e os meios.

A pessoa sente necessidade de se identificar e ser identificada como

marca de existência e qualquer processo de desenvolvimento está diretamente

relacionado a afirmação ou transformação da mesma.

Meio

O meio ou os meios de interação do indivíduo constituem uma rede de

identificação, de influência mutua de geração de oportunidades e ameaças e de

mobilidade seja cultural, social ou econômica.

Outro elemento determinante no desenvolvimento individual e coletivo

está na afirmação, ampliação ou mudança de meio para fluxo de relações de

desenvolvimento;

Sustentabilidade

A sustentabilidade como meio de vivência e sobrevivência está no cerne

do equilíbrio de todos os seres; sendo assim, é fator determinante na

significância para pessoa, de todos os elementos que estão a sua volta e do nível

de esforço para se promover processos de mudança;

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Realização

A realização é determinante na jornada da vida, pois ela satisfaz em

quanto pessoa a medida que a mesma se sente realizada em seu papel como

indivíduo e como coletivo.

O processo se dá nos seguintes eixos metodológicos:

1. Visões

Processo de pesquisa participante junto aos alunos nos formatos de

levantamento de dados, pesquisa focal por segmentos e entrevista individual que

gere uma visão panorâmica e focada das percepções dos alunos sobre seus

sonhos, objetivos, carreira, postura, forças e fraquezas.

Com a resultante da pesquisa, faz-se um trabalho de inteligência para

modelagem e concertação estrutural e de processos.

Ferramentas - Pesquisa participativa, pesquisa focal e técnica Delphi;

2. Informação

A capacidade de se fazer a reflexão de contexto, por parte do aluno, é

diretamente proporcional ao conjunto de informações e conhecimentos que o

mesmo tem sobre o sistema social e de mercado; assim, repassar informação

em quantidade e qualidade se torna um elemento metodológico importante para

qualificar a ação reflexiva.

Ferramenta - Plataforma virtual;

3. Orientação

A orientação, baseada nas metodologias de coaching, permitem ao aluno

a apropriação de ferramentas para análise de realidade, desenvolvimento de

foco estratégico e efetivação e controle de processo de realização de objetivos.

Ferramenta - Coaching de carreira e Modelagem Canvas;

4. Itinerário de competências

Através do processo de orientação, o aluno constrói seu foco de carreira

e depois organiza o itinerário de competências de forma que possa gerenciar

com inteligência, seu processo de formação continuada. Construído este

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caminho, o aluno se apropria da sua rota formativa, dando significância para o

processo de aprendizado e invertendo o domínio do saber da escola, que passa

conhecimento, para a escola, que é a fonte de conhecimento para o objetivo a

ser alcançado.

Ferramentas - Itinerário de competências e Modelagem Canvas;

5. Apoio

A estrutura de apoio ao aluno passa segurança e confiança tanto para o

processo interno de reflexão e organização de objetivo, quanto para o processo

externo de integração às oportunidades e enfrentamento às ameaças do meio.

Ferramentas - Rede de Eixos Formativos e Comitês de Estudo e Inclusão.

6. Certificação

A certificação dos cursos e oficinas, serão efetivados pelo CESAS quando

os cursos forem livres e sob sua responsabilidade pedagógica e pelos parceiros

quando estes forem certificadores e/ou os cursos forem FIC ou técnico.

METAS ESTRUTURANTES

1. Pesquisa e insight contínuos

1.1. Organizar e efetivar anualmente um plano de pesquisa para análise,

acompanhamentos e feedback junto aos alunos;

1.2. Criar um grupo de opinião (análise estratégica) composto por

representantes da escola, DRE, Secretaria de Educação, UnB e

entidades parceiras para análise focal de percepção de desenvolvimento

do projeto;

1.3. Constituição de Personas dos alunos do CESAS de forma a permitir uma

visão mais objetiva e compartilhada dos nossos alunos e uma atuação

pedagógica mais personalizada de toda equipe.

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1.4. Implantação de um plano de pesquisa através do acompanhamento de

alunos e ex-alunos por período de 30 anos, identificando o processo de

vida e a interferência da formação neste processo.

2. Informação

2.1. Criação de uma página virtual interativa do projeto para oferta de

informações e formação dos alunos;

2.2. Criação de uma rede prática de comunicação direta com os alunos.

3. Pescaria de Interesses

Criar um programa de integração dos alunos com as atividades do projeto

e o mundo da formação profissional e do trabalho de forma a conquistá-los para

propostas transformadoras;

4. Orientação de Carreira

Criar um programa organização estratégica de objetivo através de oficinas

de Coaching e orientação de carreira.

5. Preparatório para o ENEM

Criação de um Núcleo Vocacional e Vivencial de complementação

escolar, em parceria com pessoas voluntárias e entidades parceiras visando a

implantação de tecnologias e processos de reforço escolar, visando a ampliação

de competências dos alunos, voltadas para o ENEM e uma carreira de nível

superior.

6. Educação Empreendedora

Criação de um Núcleo Vocacional e Vivencial de Empreendedorismo,

voltado para educação empreendedora e incubação de projetos de negócios

desenvolvidos pelos alunos.

7. Educação Profissional

7.1. Criar um sistema de gestão de itinerário formativo;

7.2. Desenvolver um programa de pesquisa e disponibilização de cursos

formativos online;

7.3. Implantar um programa de formação, por itinerário formativo na escola

de forma direta ou em parceria com entidades de Educação

Profissional;

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7.4. Implantação na escola de um programa de Núcleos Vocacionais e

Vivenciais de Educação Profissional por segmento e eixo formativo,

de forma a permitir a integração da formação, prática e convivência de

processo formativo profissional.

8. Integração Transversal

8.1. Criação de um programa de implantação de Clubes Pedagógicos por

segmentos e eixos de formação de forma a tornar os alunos

protagonistas colaborativos do projeto;

Criação de projetos pedagógicos de integração com o ensino básico;

8.2. Desenvolvimento de projetos de inclusão produtiva através do estágio,

emprego e empreendedorismo.

PROJETOS EXECUTIVOS

Os Projetos Executivos são os que darão caráter prático e operacional às

Metas Estruturantes e serão constituídos em plano de trabalho dinâmico, pois

vão se realizando diante das oportunidades que se apresentam.

Eles são apresentados, institucionalmente, como projetos

complementares a este, tramitando separadamente, conforme formulário anexo

a este projeto, e quando aprovados passarão a fazer parte integrante deste

projeto.

O número específico de atendidos pelo projeto será apresentado nas

propostas dos projetos executivos e acompanhados pelo Plano de Trabalho.

RECURSOS

Os recursos financeiros, humanos e estruturais serão identificados a

medida que se constitui os projetos executivos e serão levantados a partir das

parcerias estruturadas, sendo apresentados dentro de cada projeto executivo.

FASES DE IMPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA

ANO SEMESTRE ATIVIDADE

2015 1º Descoberta, ideação e experimentação de hipóteses

para consolidação do DNA do projeto

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2º Implantação e consolidação das primeiras metas

estruturantes

2016 1º Consolidação dos primeiros projetos estruturantes de

educação profissional e inclusão produtiva, e

consolidação das personas de alunos do CESAS

2º Definição dos principais eixos tecnológicos de

atendimento aos alunos e constituição de um plano

estratégico de consolidação da escola como Centro

de Educação de Jovens e Adultos Vocacional,

Vivencial e de Formação Integrada

2017 1º Implantação das primeiras ações estruturantes de

consolidação do CESAS como um Centro de

Educação de Jovens e Adultos Vocacional, Vivencial

e de Formação Integrada

2º Consolidação institucional do projeto do CESAS

como um Centro de Educação de Jovens e Adultos,

Vocacional, Vivencial e de Formação Integrada

RESULTADOS ESPERADOS

A Agência espera alcançar no desenvolvimento do projeto, com base na

metodologia e nas metas estruturantes propostas, o aumento da eficiência por

parte dos alunos participantes: na organização de carreira; melhoria na aquisição

de competências no ensino básico (EJA) e profissional; aumento do acesso à

formação e à empregabilidade, através da integração do aluno com o mercado

de trabalho.

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Bimestralmente, o coordenador técnico emitirá um relatório mensurável

de resultados que será apreciado por uma comissão externa de

acompanhamento, e validação composta por 01 representante da UnB, 01 do

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IFB, 02 da SEDF, 01 Indicado pelas Escolas Técnicas da SEDF, sendo aprovado

pela direção da escola. A direção da escola também é responsável por fazer o

encaminhamento de relatório da GRE e instâncias superiores.

As atividades operacionais serão disponibilizadas em Diário de Bordo e

Relatório de Acompanhamento de Metas, para que as ações tenham

acompanhamento público transparente.

RESPONSÁVEL TÉCNICO

Professor Virgínio Gabriel Beltrami, mat.63167-1 é professor de matéria

extinta (Práticas Agrícolas) desde 1986, é coach de carreira e se especializou,

no seu trabalho de pesquisa, em Inteligência Organizacional, focando na

pesquisa e desenvolvimento de metodologias para inclusão socioprodutiva e

trabalho.

Foi mentor do Observatório de Oportunidades de Inclusão Socioprodutiva

e Trabalho na UnB e a seguir SEDF, coordenou a equipe de pesquisa ação e

desenvolvimento metodológico que gerou o Programa de Ações Integradas - DF

Profissionalizado (DECRETO No 34.617, DE 29 DE AGOSTO DE 2013 - DODF

No 181, sexta-feira, 30 de agosto de 2013)., um elemento estratégico da

Educação Profissional no DF e no Currículo em Movimento e foi responsável

pelos estudos que apresentaram à Secretaria de Cultura a proposta de criação

de uma Escola de Educação Profissional para Cultura, estruturada de forma

sistêmica e com itinerário multiformativo; a Criar Brasília.

Atua na Ceilândia, junto ao projeto Jovens de Expressão do coletivo

RUAS com a Caixa Seguros, onde desenvolveu metodologicamente o

Laboratório de Empreendimentos Criativos voltado à transformação de ideias e

necessidades dos jovens participantes em negócios sustentáveis.

A partir de suas aulas voltadas para orientação (coaching de carreira),

modelagem de negócios e desenvolvimento de análise, metodologia e tecnologia

com base em inteligência organizacional, está em processo de gravação de

vídeo aulas para compor a sua Caixa de Ferramentas em meio virtual.

Observação - O professor já se encontra lotado na escola, não necessitando de

professor substituto.

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REFERENCIAIS

Ireland, Timothy. Objetivos maiores que a alfabetização: EJA - Educação de

Jovens e Adultos. Disponível em:

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_476364.sht

ml

Galvani, Pascal. A Autoformação, uma perspectiva transpessoal, transdisciplinar

e transcultural.Disponível em:

http://forumeja.org.br/files/autoformacao.galvani.pdf

Araújo, Abelardo Bento; Silva, Maria Aparecida da. Currículo integrado na

educação de jovens e adultos: apontamentos a partir do mapeamento de uma

rede de pesquisas. Disponível em:

http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/TN1505%20Artigo%20Abelardo%

20e%20Maria%20Aparecida.pdf

GDF. Plano Estratégico de Ações Integradas (PEAI) - DF Profissionalizado,

Decreto Nº 34.617, de 29 de agosto de 2013, publicado no DODF Nº 181, sexta-

feira, 30 de agosto de 2013, pág.3. Disponível

em:ttps://drive.google.com/file/d/0B6WryK_roSG5b1NneGJGU2dZOFk/view?u

sp=sharing

Instituto Educadigital. DesignThinking para Educadores - Primeira Edição.

Disponível em:

https://drive.google.com/open?id=0B6WryK_roSG5MkFOcVplT2JrSUE

Fundação Lemann. Projeto de Vida: O Papel da Escola na Vida dos Jovens.

Disponível em:

http://www.fundacaolemann.org.br/wp-

content/uploads/2015/06/pesquisa_projeto_de_vida_apresentacao.pdf

SEDF. Orientações Pedagógicas da Integração da Educação Profissional com o

Ensino Médio e a Educação de Jovens e Adultos 2014. Disponível em:

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http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/orient_pedag_inter_edp

rof_ensmed_eja.pdf

SEDF. Currículo em Movimento: Educação de Jovens e Adultos. Disponível em:

http://www.cre.se.df.gov.br/ascom/documentos/subeb/cur_mov/7_educacao_d

e_jovens_e_adultos.pdf

Martins, Jéssica M. R. Pesquisa Estratégica de Oportunidades de Geração de

Negócios e Trabalho no Distrito Federal: Formação, inclusão socioprodutiva e

trabalho. Disponível em:

https://drive.google.com/file/d/0B8pJu8tx8GVJNnU5V3ZWVThiNkk/view?u

sp=sharing

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ANEXO III: PROJETO EXECUTIVO – AGENCIA DE INCLUSÃO PRODUTIVA:

CONSTRUINDO PROJETO DE VIDA

PROJETO EXECUTIVO DO PROJETO TALENTOS CESAS

Implantação da Agência de Inclusão Produtiva para execução das metas

estruturantes

META ESTRUTURANTE

Criar um programa organização estratégica de objetivo através de oficinas de

Coaching e orientação de carreira.

Desenvolvimento de projetos de inclusão produtiva através do estágio, emprego

e empreendedorismo.

PERÍODO

2016 a 2019

INSTITUIÇÃO

CESAS.O Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul é a única

escola exclusiva de EJA do Distrito Federal incluindo ai a modalidade EaD, esta

particularidade implica no atendimento da alfabetização ao ensino médio e numa

diversidade tanto da faixa etária do público, que varia entre 15 e 70 anos, quanto

de localidade abrangendo o Distrito Federal como um todo e a sua Região

Metropolitana.

Temos uma quantidade significativa de alunos em conflito com a lei e

pessoas com deficiência. Nossas turmas são muito heterogenias quanto ao nível

de aprendizagem de cada aluno e quanto a postura perante a educação e a vida.

Diante destes desafios de sua própria natureza de escola que absorve o

público advindo da exclusão escolar, a instituição tem procurado, de forma

colaborativa na sua equipe, agregar diferenciais pedagógicos que permitam aos

alunos, nas suas diversidades encontrar nichos de interesse que proporcione a

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alavancagem para um circulo virtuoso de formação continuada e preparação

para vida.

COORDENADOR

Airan Almeida de Lima Mat. 33834-5, orientador educacional e mestre em

gestão e política pública da educação básica pela FE/UnB.

INTRODUÇÃO

Na pesquisa de realidade e perspectivas dos alunos do CESAS se

identificou que:

Os resultados alerta para um índice também marcante de alunos que não

sabem ou não têm ainda uma opção definida de formação profissional, atingindo

12% dos entrevistados.

O quadro demonstra um dado interessante, que é a incidência de maior

número com perspectiva empreendedora na faixa de 15 a 18 anos, uma

tendência que aponta da nova geração que deve ser reforçada, já o foco no

serviço público apresenta redução de fôlego no mercado.

A faixa de 19 a 25 aponta um maior índice de opção por emprego,

provavelmente provocada pela pressão familiar para arrumar logo um emprego

para contribuir com o sustento da família.

Esta também é a maior demanda das faixas de 26 a 40 anos, que de uma

forma ou de outra já estão no mercado ou a procura de uma inserção imediata.

Observamos, porém que vai crescendo a opção por função autônoma, com

alternativa de consolidação de carreira.

A faixa de 41 anos em diante, que projeta a terceira etapa de vida, após

uma experiência profissional consolidada, uma perspectiva pela atuação

autônoma no mercado. Aqui ele faz uma projeção mais do seu tamanho,

considerando seus conhecimentos e o baixo investimento requerido na

implantação de um serviço autônomo.

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Após o objetivo primário do EJA que é completar o ensino regular e a

demanda por Educação Profissional as duas outras necessidades que se

apresentam imediatas aos alunos é o emprego e o estágio, sendo nos mais

adultos em função da pressão e necessidade familiar e os mais jovens como

renda para acesso a produtos que os consolidem no grupo social de sua faixa

etária.

DIAGNÓSTICO

O Projeto Base Agência de Talentos CESAS, aponta para que todo projeto

pedagógico da escola deve estar associado a construção do projeto de vida do

aluno e suporte para sua realização, como agente participante e transformador

do seu meio social.

O cenário apresentado pela pesquisa junto aos alunos do CESAS deixa

clara a necessidade, objetiva dos alunos de Educação de Jovens e Adultos pela

integração com o mundo do trabalho, não como uma perspectiva futura, mas

como uma necessidade presente, onde a escola pode contribuir para que esta

integração se caracterize por um vetor de desenvolvimento virtuoso e não uma

simples inclusão subalterna.

Observando estas duas compreensões identificadas no cenário, podemos

afirmar que a realidade presenciada requer uma intervenção focada na

orientação, elaboração, desenvolvimento de itinerário de carreira,

concluindo com o acesso a inclusão produtiva, por parte dos alunos, de forma

apoderada de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) que o

permitam definir e conquistar objetivos próprios e coletivos.

PRINCÍPIOS NORTEADORES

1. Apropriação por parte dos alunos das ferramentas necessária para criação

e desenvolvimento de itinerário de carreira, com indicativo no seu projeto

de vida;

2. Conhecimento e compreensão do cenário produtivo no Distrito Federal,

Região Metropolitana e tendências atuais e futuras do mercado;

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3. Sinergia com o setor produtivo de forma de construção de desenvolvimento

colaborativo do setor produtivo;

4. Suporte permanente, dentro do conceito de educação continuada.

APRESENTAÇÃO

Constituição de uma Agência de Inclusão Produtiva que promova a

pesquisa e orientação de carreira, promovendo o apoio e desenvolvimento do

itinerário de carreira do aluno, apoie seus projetos de inclusão produtiva através

de relação colaborativa com o mercado, subsidie os projetos de Educação

Profissional e Tecnológica para atender as demandas de interesse dos alunos,

garantindo a apropriação por parte do aluno de seu protagonismo como agente

de construção da sua própria história.

A agencia promoverá pesquisas quantitativas e qualitativas permanentes

para identificas as expectativas e compreensão dos alunos sobre o mundo do

trabalho e inclusão produtiva.

A integração com o mundo do trabalho se dará de através da criação de

uma rede colaborativa, integrada ao mercado produtivo, identificando demandas,

perfis e competências necessárias e se criando canais de acesso de nossos

alunos a inclusão produtiva.

Com os elementos identificados junto aos alunos e ao mercado, a Agência

subsidiará os projetos de Educação Profissional e Tecnológica de forma a se

constituir currículos formativos compatíveis com perspectivas dos alunos, a

demanda do setor produtivo e os princípios norteadores do projeto em tela.

Entre suas ações, a Agência promoverá oficinas de formação

complementar necessárias a apropriação, por parte dos alunos, de

competências competitivas.

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PÚBLICO ALVO

Alunos e ex-alunos do CESAS diretamente integrados ao Projeto talentos

CESAS e indiretamente participantes de pesquisa e vivências integradas ao

conhecimento do mundo do trabalho.

NÚMERO DE ATENDIDOS

Em torno de 360 alunos em atendimento direto e 1500 em atendimento

indireto nas várias atividades do projeto.

OBJETIVO GERAL

Apoderar os alunos do seu processo de planejamento e desenvolvimento

de vida e carreira, fornecer apoio a inclusão produtiva, orientando a Educação

Profissional e Tecnológica e oferecendo ferramentas de network para integração

ao mercado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

m. Identificar as perspectivas e compreensão dos alunos sobre o mundo do

trabalho e a inclusão produtiva;

n. Capacitar os alunos a analisar e construir e desenvolver seu itinerário de

carreira, identificando gargalos e elaborando estratégias para conquistar

seus objetivos;

o. Integrar o projeto da escola ao setor produtivo potencializando

oportunidades de parcerias e de resultados;

p. Orientar o programa de formação e capacitação através de Educação

Profissional e Tecnológica de forma a atender ao interesse dos alunos e as

tendências e necessidades do mercado;

q. Proporcionar aos alunos a elevação dos índices de inclusão produtiva e

sustentabilidade socioeconômica.

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JUSTIFICATIVA

1. O projeto faz parte intrínseca do projeto referencial já aprovado (Agência

de Talentos CESAS), constituindo a estrutura executiva da orientação e

inclusão produtiva.

2. A necessidade tanto da orientação como da inclusão estão plenamente

identificados em todo processo de pesquisa preliminar e já são conhecidos

nos estudos de demanda da Educação de Jovens e Adultos em todo Brasil.

3. A implantação do projeto executivo proposto permite um índice percentual

de alavancagem no conjunto dos objetivos de combate a evasão e

permanência, significância objetiva da escolaridade, transformação efetiva

da realidade social e dimensionamentos inteligente da Educação

Profissional e Tecnológica, proporcionando outra qualidade no projeto

como um todo.

METODOLOGIA

O projeto seguirá um fluxograma que inicia pela pesquisa continuada,

passa ao atendimento de orientação, segue pela criação do itinerário de carreira,

faz o acompanhamento e orientação da EPT, promove paralelamente a

formação complementar e insere o aluno em uma plataforma de networking

promovendo o acesso produtivo.

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1. Pesquisa continuada - Processo de levantamento continuado de personas

e suas perspectivas e visões de projeto de vida e de carreira e análise

estratégica de intervenção pedagógica;

2. Orientação - Acolhimento e orientação para projeto de vida, carreira e

estratégia de empoderamento de percurso;

3. Criação de Itinerário de carreira - Organização colaborativa do itinerário

de carreira do aluno, referenciado pelo seu projeto de vida e pela definição

de objetivo estratégico balizador;

4. Educação Profissional e Tecnológica para o desenvolvimento de

competências (Conhecimentos, habilidades e atitudes) técnicas para o

exercício produtivo, como parte do itinerário de carreira e orientado em

um itinerário formativo;

5. Formação complementar para aquisição de competências estratégicas de

construção de conquista de carreira (Preparatório para o ENEM,

elaboração de currículo, entrevista, inteligência emocional,

trabalhabilidade, entre outras);

6. Networking - Integração do aluno em uma rede de apresentação e contato

de forma promover a interação com o mercado produtivo,

7. Inclusão Produtiva - Inclusão produtiva no mercado produtivo seja através

da empregabilidade ou empreendedorismo;

8. Objetivo Estratégico - Apoio a apropriação e protagonização, por parte do

aluno, da construção efetiva de uma caminhada orientada para conquista

do objetivo estratégico.

DESENVOLVIMENTO

1. Metas

Metas Descrição Situação Cronograma

1.1. Implantar um programa de pesquisa continuada

Implantação de um programa de pesquisa quantitativa e qualitativa que identifique as personas com as perspectivas, visões e experiências dos alunos

Análise 2016 a 2019

1.2. Implantar um sistema de cadastro e gestão de carreira dos alunos

Cadastrar e organizar os alunos dentro de uma base que permita uma visão e desenvolvimento de

Análise 2016 a 2019

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carreira e constitua um networking dos alunos.

1.3. Constituir uma rede colaborativa com o setor produtivo

Implantar uma rede colaborativa com o setor produtivo visando subsidiar a estratégia de Educação Profissional e Tecnológica e criar um canal de inserção dos alunos no mercado.

Prototipagem 2015 a 2019

1.4. Desenvolvimento de um cronograma de oficinas, palestras, visitas e exposições de formação complementar

Realização de um processo de formação complementar que capacite os alunos em competências que integre “força” a estratégia de desenvolvimento do aluno ( Preparatório para o ENEM, elaboração de currículo, entrevista, inteligência emocional, trabalhabilidade, entre outras)

Prototipagem 2015 a 2019

2. Fases

As fases de desenvolvimento das metas serão apresentadas em plano anual de

execução.

RESULTADOS ESPERADOS

1. Apropriação por parte de 60% dos alunos, envolvidos efetivamente no

projeto, de seu itinerário de carreira como mecanismos norteador do

processo de formação e construção de objetivo estratégico;

2. Gestão inteligente da gestão da Educação Profissional e Tecnológica no

âmbito do CESAS;

3. Integração produtiva de 40% dos alunos, formandos em EPT;

4. Incorporação de formação complementar a 100% dos alunos

participantes de EPT;

5. Consolidação de passos que apontem para uma cultura de planejamento

pedagógico estratégico por parte dos alunos e da escola.

4. RECURSOS

1. Físicos

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O projeto necessita de um pequeno espaço de atendimento, mesa e computador,

recursos estes existentes na escola.

2. Humanos

Profissional coordenador das atividades com domínio em orientação educacional

e RH, além de interatividade com os diversos agentes locais, envolvidos com o

processo de ensino aprendizagem (professores, coordenadores).

3. Financeiros

Os recursos financeiros serão arcados pela própria escola através de recursos

próprio ou captação através de apoio e parcerias.4.4 PARCEIROS

Alguns parceiros já integrados ao projeto:

Associação Comercial Jovem do DF;

Faculdade Estácio;

Hospital Home;

Rede Sara;

UDF

CIEE

OBS: É importante destacar que as parcerias constituídas, ainda fazem parte do

processo de prototipagem, com a implantação definitiva do projeto, o número de

parcerias deverá ampliar significativamente, considerando elas são estruturas

sinergéticas integrantes da base de sustentabilidade da proposta.

AVALIAÇÃO

1. Parâmetros

1.1. Cultural - parâmetro que se refere ao nível e ao grau de transformação

cultural do meio objeto de intervenção do projeto;

1.2. Quantitativo - Referencial de quantitativo assistido pelo programa em

relação ao total de alunos, quantitativo que realizou formação profissional

e complementar e o nível de permanência, quantitativo que deu

continuidade aos estudos, relação entre rendimento na grade comum e

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rendimento na formação profissional e complementar, quantitativo de

efetiva inclusão no mercado relacionado a intencionalidade e

necessidade de inclusão produtiva;

1.3. Estratégico - identificação da evolução do planejamento e logística

estratégica inteligente, atuando em toda cadeia do itinerário de carreira e

formação dos alunos com foco na transformação do meio social.

2. Meios

1.1. Os dados quantitativos serão avaliados por meio de relatório comparativo

de dados;

1.2. Os dados subjetivos serão avaliados por banca de análise de

apresentação estratégica de resultados.

3. Relatórios

As avaliações semestrais do projeto serão feitas pela comissão externa de

acompanhamento conforme item 12 do projeto Base Agência de Talentos

CESAS, considerando os parâmetros e meios aqui definidos.

COMPLEMENTOS

1. Bibliografia

Projeto Base Agência de Talentos CESAS 2015. Disponível em:

https://docs.google.com/document/d/1VqleODWwOUj3vT1CFaZWS5WWJcFtJ

O_xe9U8tAiiiT8/edit?usp=sharing

Romanzini, Beatriz. Ensino de Jovens e Adultos e o mercado de trabalho. Qual

ensino? Qual trabalho? Acesso em 20/11/2015. Disponível em:

http://www.uel.br/projetos/lenpes/pages/arquivos/aBeatriz%20Artigo.pdf

2. Colaboradores

São colaboradores naturais do projeto os coordenadores e executores de todos

os projetos executivos que compõem o conjunto de ações do projeto base

Agência de Talentos CESAS. Além deles:

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A coordenação geral do projeto e a equipe de direção do CESAS e os

orientadores do ensino presencial;

Os coordenadores do ensino presencial e EaD e o professores que se

envolverem de forma direta e indireta com a proposta;

Os parceiros externos integrados ao projeto.

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ANEXO IV: PROJETO EXECUTIVO – ESPAÇO VIVENCIAL

INTERDISCILINAR DE HORTAS ORGÂNICAS, JARDINS E PLANTAS

MEDICINAIS DO CESAS

PROJETO EXECUTIVO DO PROJETO TALENTOS CESAS

Espaço vocacional e vivencial interdisciplinar de hortas orgânicas, jardins

e plantas medicinais do CESAS

META ESTRUTURANTE

Implantação na escola de um programa de Núcleos Vocacionais e

Vivenciais de Educação Profissional por segmento e eixo formativo, de forma a

permitir a integração da formação prática e convivência de processo formativo

profissional.

PERÍODO

2015 a 2018

INSTITUIÇÃO

CESAS - O Centro de Educação de Jovens e Adultos Asa Sul é a única

escola exclusiva de EJA do Distrito Federal incluindo ai a modalidade EaD, esta

particularidade implica no atendimento da alfabetização ao ensino médio e numa

diversidade tanto da faixa etária do público, que varia entre 15 e 70 anos, quanto

de localidade abrangendo o Distrito Federal como um todo e a sua Região

Metropolitana.

Temos uma quantidade significativa de alunos em conflito com a lei e

pessoas com deficiência. Nossas turmas são muito heterogêneas quanto ao

nível de aprendizagem de cada aluno e quanto a postura perante a educação e

a vida.

Diante destes desafios de sua própria natureza de escola que absorve o

público advindo da exclusão escolar, a instituição tem procurado, de forma

colaborativa na sua equipe, agregar diferenciais pedagógicos que permitam aos

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alunos, nas suas diversidades encontrar nichos de interesse que proporcione a

alavancagem para um círculo virtuoso de formação continuada e preparação

para vida.

INTRODUÇÃO

1. Encaminhamento equivocado do lixo produzido na escola sendo que o

lixo orgânico é misturado ao lixo seco e todos destinados ao lixo geral.

2. Falta de consciência dos alunos em separar o lixo ou mesmo destinar os

resíduos no local apropriado.

3. A realização de um trabalho no qual o aluno sinta-se integrado, evitará as

constantes depredações do patrimônio.

4. Alunos com horário livre passam a ter atividade nos diferentes setores do

projeto.

DIAGNÓSTICO

Tendo em vista o cenário existente, se identifica a pouca consciência da

comunidade escolar quanto a seu papel na sustentabilidade ambiental dentro do

espaço coletivo do CESAS, sendo fundamental a inclusão de um processo

pedagógico teórico, cultural e prático de empoderamento deste processo por

todos seus membros.

PRINCÍPIOS NORTEADORES

1. Aprendizado pela prática de projeto pedagógico

Refere-se ao desenvolvimento do aprendizado a partir da

problematização da realidade e da intervenção prática sobre a mesma na forma

de projeto pedagógico/prático.

2. Responsabilidade socioambiental

Diz respeito à necessidade de revisar a relação no espaço coletivo

ponderando-se os impactos sociais e ambientais consequentes da atuação das

3. Preparação para vida

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“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a

preparação para a vida, é a própria vida” (John Dawey)

Neste contesto a “preparação para vida” integra um conceito de formação

associada diretamente no empoderamento por parte dos participantes de se

constituírem em agentes individuais e sociais de construção do seu destino.

APRESENTAÇÃO

Vinculado ao projeto maior, Talentos CESAS no Eixo Tecnológico -

Recursos Naturais, está o projeto de hortas orgânicas, jardins e plantas

medicinais, do Centro de Ensino de Jovens e Adultos da Asa Sul - CESAS.

Com objetivo primordial de integrar alunos, professores e funcionários, em

uma atividade vinculada às novas diretrizes da educação, que considera todos

integrantes de um sistema no qual somos responsáveis por um mundo melhor,

pela sustentabilidade e pela preservação da natureza, e imbuídos do espírito de

cooperação, os alunos terão participação efetiva na realização das tarefas,

coordenados por um grupo de professores e com a colaboração dos

funcionários.

A participação dos alunos em tarefas práticas e que melhoram as

condições da qualidade de vida na escola, desperta o sentimento de

pertencimento, ou seja, não vou destruir aquilo que é meu.

Sua característica interdisciplinar de Educação Ambiental voltada a construção

de sujeitos cidadãos, se propõe contextualizar as práticas ambientais e objetiva

desenvolver nos indivíduos a formação de valores sociais e competências com

seus conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a conservação do

meio ambiente e sua sustentabilidade.

É importante ressaltar que a inserção da Educação Ambiental como

campo interdisciplinar busca também sensibilizar essa população para o

contexto de crise relacionado ao meio ambiente em sua dimensão ecológica e

social, bem como o papel coletivo de uma nova práxis de relação do homem com

o seu meio.

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Destaca-se a diversidade de oportunidades de nichos pedagógicos que a

proposta pode proporcionar no seu processo operacional, atendendo a focos que

vão da metodologia de aprendizado interdisciplinar, da formação cultural coletiva

no seu meio a opção pela formação profissional e tecnológica.

PÚBLICO ALVO

O público alvo será a comunidade escolar, inclusive pais de alunos e

comunidade vizinha à escola, sendo que os alunos terão atendimento em aulas

práticas durante as aulas de Biologia e de Ciências, conforme planejamento.

NÚMERO DE ATENDIDOS

Os alunos serão atendidos de forma direta, por turmas oriundas de

horários vagos ou na substituição de professores (aproveitamento) e por turmas

de Educação Profissional e Tecnológica no formato de Formação Inicial

Continuada (FIC).

Compondo uma média de:

12 turmas de aproveitamento matutino;

04 turmas de aproveitamento vespertino;

No aproveitamento, os alunos se cadastram no projeto para participação

em seus horários vagos de forma fixa e as substituições na ausência de

professor.

Os cursos FIC serão definidos em comum acordo com as instâncias de

Educação Profissional, sendo dimensionados conforme a demanda e

disponibilidade de recursos, com uma previsão inicial de 02 turmas anuais

perfazendo um total de 40 vagas.

Os cursos FIC atenderão a demanda da escola e comunidade, conforme

as estratégias e diretrizes determinadas pelas instâncias de Educação

Profissional.

OBJETIVO GERAL

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Promover a integração pedagógica do espaço vocacional e vivencial da

horta e jardim com o aprendizado curricular, com o desenvolvimento

sociopedagógico da comunidade escolar e consolidar com a formação

profissional através da Educação Profissional e Tecnológica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Integrar o conteúdo de aprendizado envolvido no processo de cultivo e

beneficiamento de horta, jardim e plantas medicinais com o conteúdo

programático de EJA, ampliando o processo de ensino aprendizagem;

2. Proporcionar aos alunos interessados em aprofundar os conhecimentos

referentes ao eixo de formação de recursos naturais, Educação

Profissional e Tecnológica através de curso de Formação Inicial e

Continuada (FIC);

3. Promover, como consequência deste trabalho, a melhoria da qualidade

do ambiente escolar com o ajardinamento e paisagismo da escola e com

a produção de hortaliças orgânicas para merenda escolar;

4. Desenvolver a consciência ecológica e ambiental, através das boas

práticas de sustentabilidade associadas aos princípios e metodologias de

cultivo agroecológico urbano e rural;

5. Formar um cidadão mais crítico, engajado e sustentável, levando o aluno

a entender que é parte do meio e consciente da importância dos pequenos

gestos.

6. Dar informações, possibilitar debates acerca do novo perfil profissional

exigido pelas empresas;

7. Sensibilizar os participantes para os impactos da ação humana na relação

homem x meio ambiente;

8. Promover práticas sustentáveis a partir da implantação e manutenção de

uma horta inserida no ambiente escolar.

JUSTIFICATIVA

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1. Trabalhar a área cognitiva dos alunos de forma que o aprendizado seja

ampliado e levado além da escola. O plantio de sementes e mudas como

meio de conhecimento e aprendizado, proporcionando pequenas

mudanças de hábitos, ao longo do projeto, tornando-se hábito saudável

do seu dia a dia.

2. Utilizando o reaproveitamento, a reciclagem através da coleta de

materiais orgânicos de sua residência, para elaboração da compostagem,

os alunos modificam a sua maneira de pensar sobre o lixo. (Lixo que não

é lixo).

3. A Constituição Federal de 1988 elevou o status do direito a educação

ambiental, atribuindo ao estado o dever de promover a educação

ambiental a todos os níveis de estudo.

4. A natureza é a grande farmácia da humanidade, por isso o projeto inclui

as plantas medicinais. As plantas medicinais proporcionam ao organismo

humano sais minerais, ajudam a liberar toxinas, limpando o sangue de

impurezas e tonificando o estômago, os intestinos, os rins e o coração.

Além de terem propriedades terapêuticas, algumas são utilizadas no

manejo de pragas.

5. A participação de alunos com deficiências neste projeto é de grande

interesse para a escola pois abre um leque de atividades que os alunos

podem participar, de maneira que se sintam úteis, melhorando sua

autoestima. O contato com plantas funciona muito bem como terapia

ocupacional. O fato de preparar o solo, semear, observar o

crescimento, colher e consumir hortaliças frescas, saudáveis e

saborosas, bem como plantas medicinais sem agroquímicos, é uma

experiência fantástica e sem riscos ao consumidor. A utilização das

plantas medicinais para ajudar alunos que tenham mal-estar dentro da

sala também é um objetivo do projeto.

6. O cultivo orgânico é um sistema de produção agrícola ecológico e

sustentável, baseado na preservação e no respeito à terra, ao meio

ambiente, ao homem. Este sistema é centrado no ser humano e a base

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de sustentabilidade é o solo. Praticar agricultura orgânica ou com base

agroecológica é, além de tudo, um novo modo de pensar e de se

relacionar com as pessoas e a natureza.

7. O Projeto da horta está previsto no PPP da escola conforme está

relacionado na pág.19, no item 08 dos objetivos específicos.

METODOLOGIA

O princípio operacional de um projeto desta natureza está alicerçado em

um processo de ensino e aprendizagem por projeto.

Os projetos surgem a partir da reflexão e motivação dos alunos e

comunidade escolar sobre seu meio, sua necessidade de conhecimento e sua

atitude de intervenção prática, gerando assim os projetos pedagógicos e sua

turma de pesquisa.

Os projetos têm fundamentalmente:

Razão - Por que se desenvolver o projeto;

Objeto - O que é o projeto;

Objetivo pedagógico - Ele tem como objetivo atender a que necessidades

pedagógicas;

Vínculo interdisciplinar - Ele vincula quais conteúdos curriculares e

competências de aprendizagem;

Desenvolvimento - metas, fases, períodos e indicadores de resultado;

Avaliação de resultados - Forma de avaliação dos resultados conforme os

indicadores definidos nos itens anteriores;

Apresentação - apresentação entre projetos para troca de conhecimentos

e validação de aprendizagem.

Cadastro ou lista de pesquisadores - Cadastro de abertura de inscrição

para alunos interessados e/ou lista de alunos participantes.

Os projetos podem ser desenvolvidos por alunos, alunos e professores,

equipe técnica (principalmente em caso de cursos de Educação Profissional e

Tecnológica);

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Os projetos deverão atender a demanda do público alvo, já estabelecida

acima.

DESENVOLVIMENTO

1. Metas

Meta Descrição Cronograma

Implantação de 01 estrutura de horta orgânica escolar.

Implantação de canteiros tecnicamente especificados para o cultivo de horta escolar e de almoxarifado para guarda e gestão de materiais, equipamentos e insumos.

março/abril 2015

Implantação de 01 programa de revitalização de Jardinagem da escola

Desenvolvimento de estudo, juntamente com os alunos, através de oficinas de formação, de revitalização urbana e paisagismo da escola, bem como a implantação das propostas.

2015 a 2018

Implantação de 01 herbário de plantas medicinais

Implantação de um herbário de plantas medicinais com especificações por planta.

2016 a 2018

Implantação de 01 plano anual de Oficinas de Formação e projetos de intervenção pedagógica na escola.

Anualmente se estabelecerá um plano anual com a descrição de oficinas e projetos de intervenção pedagógica na escola, abrindo se as inscrições para os alunos interessados.

2015 a 2018

Realização anual de 01 cronograma de curso FIC.

Em conjunto com as instâncias responsáveis pela Educação Profissional e Tecnológica, considerando a demanda e recursos existentes, se elaborará um cronograma de cursos FIC contendo os cursos, período e vagas disponíveis.

2016 a 2018

FASES

As fases de desenvolvimento das metas serão apresentadas em plano

anual de execução.

RESULTADOS ESPERADOS

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1. Participação e engajamento de todos os professores e alunos do 1º, 2º e

3º segmento, nas diferentes fases do projeto bem como a participação

nos temas transversais;

2. Melhor qualidade dos alimentos consumidos na escola através dos

produtos orgânicos;

3. Melhorar a interatividade entre professores e alunos através das práticas

agrícolas, uma vez que foge da rotina;

4. Tornar a escola mais próxima da comunidade pela oportunidade de

participar das atividades;

5. Acesso aos alunos e comunidade, conforme diretrizes da Secretaria de

Estado de Educação e Esporte, de Educação Profissional e Tecnológica.

6. Conhecimento por parte dos participantes, dos perigos advindos da

utilização de agrotóxicos, adubos químicos e outros produtos a

degradação do solo, das águas e geração de resíduos prejudiciais a

saúde nos alimentos que consumimos, valorizando, como consequência,

a produção e produtos de natureza orgânica e sustentável.

RECURSOS

1. Físicos

1.1. Espaço físico estruturado com canteiros para plantio de hortaliças

(Executado);

1.2. Depósito para almoxarifado de equipamentos e material (Executado)

1.3. Área para desenvolvimento de jardinagem (Existente)

1.4. Sala para atividades teóricas (Existente)

2. Humanos

Apoio técnico - Profª. Vera Maria dos Santos Werneck-Bióloga

OBS: Os professores executores não têm carga horária exclusiva para o projeto.

3. Financeiros

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3.1. O projeto tem um custo anual aproximado de R$ 2.500,00 sendo o mesmo

arcado com recursos da escola e ações de apoio financeiro e material

junto aos parceiros do projeto.

3.2. Os custos referentes a curso FIC, serão detalhados em projeto específico

contendo custo e fontes de recursos.

AVALIAÇÃO

1. Parâmetros

1 1. O projeto compõe cinco grandes eixos de intervenção pedagógica:

A Integração de conteúdo de aprendizado entre espaço vocacional e

vivencial e a grade curricular da EJA;

A Educação Profissional e Tecnológica através de curso de Formação

Inicial e Continuada (FIC);

A melhoria da qualidade do ambiente escolar;

A consciência ecológica e ambiental, através das boas práticas de

sustentabilidade;

A Formação um cidadão mais crítico, engajado e sustentável - O processo

de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que

transcendam o ambiente da mesma. Atingindo tanto os que vivem

próximo ao ambiente escolar quanto os locais distantes, impactando a

comunidade em que professores, alunos e funcionários estão inseridos.

1.2. Três grandes grupos serão impactados pela proposta do projeto:

Os alunos que participarem diretamente de atividades do espaço

vocacional e vivencial voltadas para integração pedagógica de conteúdo

de aprendizagem. Neste caso o parâmetro de avaliação estará associado

a importância das ações vivenciais no processo de ensino aprendizagem

referente a grade curricular da EJA;

b - Os alunos participantes dos cursos FIC, voltados a formação

profissional, serão avaliados conforme a formação disponibilizada e as

competências estabelecidas no componente curricular;

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c - A comunidade escolar, como um todo, envolvida nas intervenções de

caráter sociopedagógicas de melhoria da qualidade do ambiente escolar

e do desenvolvimento de boas práticas de sustentabilidade, onde a

avaliação se dará pela participação e consolidação de cultura coletiva de

práxis eco sustentável.

1.3. O projeto, na sua dimensão global, terá como parâmetros avaliativos

os seus objetivos, metas e fases de desenvolvimento.

2. Meios

2.1. O projeto será avaliado na participação de alunos pelos meios

avaliativos de resultado de ensino aprendizagem estabelecidos para

cada etapa de formação;

2.2. A avaliação de desenvolvimento eco sustentável na comunidade

escolar, se dará por pesquisa de mudanças culturais coletivas;

2.3. A avaliação geral do projeto se dará por relatório comparativo de

alcance de objetivos, metas e fases, analisado por banca técnica

constituída no âmbito do projeto Agência de Talentos CESAS.

3. Relatórios

O projeto executivo apresentará relatório anual de avaliação e inovação

compondo os parâmetros e meios aqui descritos.

COMPLEMENTOS

1. Bibliografia

BRASIL, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programa Nacional

de Alimentação Escolar. Disponível em:

www.portaltransparência.gov.br/aprendamais.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação. Programa

Nacional de Educação Ambiental. MM/mec. 1999.

PROJETO Horta Escola. Ações de Educação Ambiental na Escola-UFG.

Goiânia.

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2. Colaboradores

Equipe da direção e coordenação pedagógica da escola;

Coordenação de projetos Talentos CESAS; Professores e servidores da escola.

ANEXO VII: GINCANA CULTURAL

INTRODUÇÃO

Com a intenção de trabalhar com a comunidade escolar, em todos os

segmentos, os direitos e deveres de cada um, dentro de um contexto onde o

respeito às diferenças seja a base primordial para o processo do crescimento do

homem, o CESAS propõe a Gincana Cultural.

Essa ação visa atender ao PPP da Escola e busca contemplar o cotidiano

do aluno e promover conhecimento interdisciplinar por meio de atividades

lúdicas, jogos, pesquisas, apresentações e outras atividades coletivas, definidas

pela comunidade escolar envolvida.

Considera-se que tais atividades poderão ser relevantes para que haja

troca de experiências e socialização entre alunos, professores e demais

colaboradores da escola, em busca da construção de um ambiente de respeito,

interação, integração e aprendizagem.

A atividade acontece durante os dois semestres de cada ano, culminada,

no primeiro semestre na Semana de Educação para a Vida, e no segundo

semestre, na Semana da EJA.

As atividades são completamente definidas com a participação de toda a

equipe e, por esse motivo, está, a cada semestre, em constante mudança e

movimento, com diferentes intervenções, de acordo com a necessidade e

construção coletiva da comunidade escolar.

OBJETIVO GERAL

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Promover a construção de conhecimentos e a socialização de saberes, a

partir da integração dos conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas, de

forma lúdica e interdisciplinar, contemplando a integração de toda a comunidade

escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Promover atividades que favoreçam, entre os participantes do evento, a:

integração, união, diversão, entretenimento, companheirismo e espirito

esportivo;

2. Oferecer desafios diferentes nas atividades propostas, de maneira que

contribuam para o desenvolvimento de habilidades como: criatividade,

raciocínio, agilidade, conhecimento e estratégias, entre outras;

3. Favorecer a integração dos alunos, professores e equipe pedagógica;

4. Despertar o espírito de competição e da cooperação sadia;

PÚBLICO ALVO

Todas as turmas do 1º, 2º e 3º segmentos.

RESULTADOS ESPERADOS

1. Integração dos participantes;

2. Envolvimento dos participantes;

3. Significação dos conteúdos trabalhados em sala, pelo relacionamento com os

temas das atividades;

4. Integração entre os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento,

facilitando a aprendizagem do aluno.

PERÍODO

Semana de Educação para a Vida – 1º Semestre

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Semana EJA – 2º Semestre

ETAPAS DO PROJETO

1. Planejamento

1.1. Definição do tema, com a equipe docente;

1.2. Definição dos professores coordenadores de cada uma das turmas

participantes;

1.3. Definição das atividades a serem desenvolvidas e elaboração das regras

de funcionamento de cada uma delas;

1.4. Definição dos critérios de avaliação e premiação;

1.5. Adequação dos horários de aula às atividades a serem desenvolvidas

durante a semana;

2. Desenvolvimento

2.1. Definição dos juízes;

2.2. Coordenação das apresentações das atividades;

2.3. Avaliação das atividades desenvolvidas.

3. Avaliação

A avaliação com a equipe docente e direção da escola se dará na semana

subsequente, nos horários de coordenação pedagógica.

A avaliação com os alunos será realizada em cada turma, pelos alunos, os

representantes de turma e os professores coordenadores das turmas na

atividade. Caberá ao representante da turma sintetizar a discussão e entregar o

resultado para a coordenação pedagógica, na semana subsequente.

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

1. Participação efetiva dos professores coordenadores das turmas

COORDENAÇÃO E EQUIPE DO EVENTO

1. Coordenador Pedagógico do CESAS

2. Equipe de Direção

3. Docentes e Discentes

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4. Apoio técnico do CESAS

COORDENAÇAO DAS EQUIPES

A coordenação das equipes será́ composta pelos colaboradores

previamente escolhidos por sorteio, sendo eles: Professores lotados nesta

U.E; Estagiários; Funcionários da equipe de apoio.

Caberá ao coordenador:

1. Orientar, acompanhar, auxiliar e coordenar os alunos na execução de

tarefas prévias e relâmpago;

2. Manter a disciplina e ordem na sua equipe e dos seus membros para com

os outros;

3. Fiscalizar o local de concentração de suas equipes;

4. Manter o respeito e o espírito competitivo;

5. Estimular os seus alunos para a participação nas atividades e tarefas

propostas.

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PROJETO

MUSICALIDADE NO CESAS

Histórico

No primeiro semestre do ano 2017, o Cesas recebeu a visita da Professora

Uliana, do Departamento de Música da UNB, que coordena a disciplina de estágio

naquela Universidade para os estudantes matriculados no Curso de Música do

noturno. Sua visita teve como finalidade apresentar o interesse no Cesas como

um espaço para a formação de professores de Música para a Educação Básica.

Foi desenvolvido junto aos estagiários e estudantes do Cesas, com o apoio da

coordenação, um espaço extra-curricular para prática musical coletiva. Amparado

pelo Termo de Parceria assinado entre a Universidade de Brasília e a Secretaria

de Estado de Educação do Distrito Federal, o Cesas passou a receber estagiários

da UNB para oferecer aulas, no horário de 18h às 19h, e atender estudantes que

estudam no vespertino ou noturno, e comunidade escolar, que se interessassem

pela musicalidade e tivessem a oportunidade em aprender algum tipo de

instrumento.

Essas aulas aconteceram dentro da possibilidade de encaminhamento de

estagiários, observando o interesse que o estudante da UNB manifestasse dentro

da sua habilidade e competência na área musical e disponibilidade de horário.

Assim, foram formadas turmas que viabilizaram a participação de estudantes em

aulas coletivas, em nível de iniciação. Participaram 5(cinco) estagiários da UnB

durante o ano de 2017.

No início do ano de 2018, a Professora Uliana novamente se apresentou ao

Cesas para formalizar o encaminhamento de estagiários e, por conta dessa ação,

formar novas turmas de aulas de instrumentos musicais. Desta vez, o processo

de divulgação atingiu todas as áreas da Escola e o interesse demonstrado foi

maior que no ano de 2017. Foi elaborada lista de participantes que chegou a mais

de 50(cinquenta) interessados em participar das aulas.

Nessa perspectiva, observou-se que o número de interessados aumentou,

comparando-se ao ano anterior, e tendo como justificativa os instrumentos que

estariam envolvidos na aula de musicalidade.

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Foi possível observar que os estudantes que realizavam as aulas de música no

semestre anterior, mantinham interesse em continuar com o instrumento musical

violão.

No caso das aulas que acontecem no Primeiro Semestre de 2018, a turma contou

com o estudante João, estudante do Terceiro Segmento do Cesas, e que

apresenta bastante habilidade no instrumento em violão, além de demonstrar

conhecimento em música. Com essa linha de trabalho, o grupo formado

possibilitou um resultado bastante efetivo, interação e envolvimento de todos os

estudantes da turma, usando a musicalidade como um todo, voz, violão, teclado,

saxofone e instrumentos musicais.

Durante a realização das aulas, o grupo recebeu uma nova participante, que

também já desenvolvia habilidade com o instrumento musical violão, o que

contribuiu para o aprendizado dos outros estudantes que demonstram interesse

nesse instrumento.

A partir desta observação, a Coordenadora de Estágio da UNB, Professora

Uliana, foi chamada pela Coordenação do Projeto Talentos, no sentido de avaliar

o trabalho da turma, além de conhecer seu ponto de vista sobre a possibilidade

de ampliar as aulas de musicalidade, para que o Cesas possa receber um maior

número de estagiários, de forma que haja ampliação de turmas, incluindo a

musicalidade dentro do currículo básico do Projeto da Escola.

Em entrevistas de avaliação realizada com os estudantes que fazem parte da

turma de musicalidade do horário de 18h às 19h, e com o estudante da UNB e

estagiário designado para atuar no Cesas, foi possível observar a evolução dos

trabalhos da roda de musicalidade, compreendendo as dificuldades e

vislumbrando o alcance que o Projeto pode ter na Escola, envolvendo outros

estudantes dentro do próprio currículo básico da Educação.

Analisou-se que o número de estudantes que demonstrou interesse em participar

da Oficina, quando da divulgação da Oficina no início do Primeiro Semestre de

2018, foi superior ao semestre anterior. O estudante Gabriel, em seu relato,

entende que esse aumento se deve aos novos instrumentos que foram incluídos

na divulgação da Oficina, abrindo o interesse da comunidade. Isso porque nos

semestres anteriores só foi trabalhado o ensino de violão. Ele ressalta que no

decorrer da divulgação do Curso, a UNB informou que os instrumentos(violino e

saxofone), anteriormente informados, não mais faria parte da Oficina. Informou

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Gabriel que no início da divulgação, muitos estudantes queriam aprender a tocar

violino, e após a impossibilidade de existir estas aulas, alguns estudantes não

demonstraram mais interesse. Outro problema que os estudantes encontram

para participar dessas aulas tem relação à dificuldade de chegarem no horário

das 18h. Isso por causa do trabalho e transporte para sua locomoção até a

Escola, inviabilizando a chegada em tempo hábil de participar das aulas.

Durante a entrevista com os estudantes, apresentou-se a proposta da Oficina de

musicalidade, como um todo, na perspectiva do “aprender-fazendo”, envolvendo

os diversos instrumentos, cantos, conceitos, evitando o trabalho direcionado

exclusivamente para um único instrumento musical. Questionados sobre o

conceito de musicalidade, eles se manifestam como ser algo relacionado ao

conhecer um pouco de música. Que eles acreditam que todos têm condições de

aprender a cantar. Os estudantes dizem que muitos estudantes da Escola têm

potencial para a música, e que não há espaço para o desenvolvimento. O

estudante Gabriel entende que música é um espaço para expressar o sentimento,

que a pessoa pode se sentir emotivo, feliz, emocionado, triste, feliz, quando ouve

uma música. Que a pessoa não precisa conhecer a letra da música, mas que há

algo da música que mexe com a pessoa. Gabriel diz que a música já nasceu

dentro dele. Ele diz que não vê a hora de terminar o serviço para chegar o

momento da aula de música. Todos falam ao mesmo tempo quando falam da

Professora Uliana e seus ensinamentos sobre a música. Dizem que o João os

ensina muito bem, mas que pode faltar a didática, porque o Washington, mesmo

não dominando o instrumento, ele sabe passar a informação de que eles

precisam. A aluna Fátima diz que já era para eles conseguirem fazer uma música

inteira e que ainda não conseguem. Que não conseguem fazer uma música com

instrumento e canto. Que falta o profissional para ajudar no desenvolvimento de

canto, e se remetem à didática da Professora Uliana neste quesito. Que ainda

eles não têm este perfil no Grupo para apoiar o desenvolvimento de cada um no

canto. Que a turma precisa de um conjunto de profissionais. Os estudantes dizem

que independente do instrumento musical, que eles estariam frequentando as

aulas de musicalidade. Perguntado aos estudantes sobre a musicalidade dentro

do horário das aulas do currículo básico, eles dizem que qualquer professor, de

qualquer disciplina poderia envolver a musicalidade em suas aulas. Que eles têm

desejo de conhecer a história da música. Que tornariam as aulas mais

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interessantes. Existem professores que apresentam as aulas com datashow ou

só escrevem no quadro e que eles se cansam e que as aulas seriam mais

interessantes e despertariam a vontade de aprender se a música tivesse

envolvida. Os estudantes também acreditam que a Escola deveria promover uma

semana dedicada à música, como acontece na semana EJA do calendário da

Secretaria de Estado de Educação, de forma que as pessoas manifestassem seu

potencial. A estudante Fátima, matriculada no Cesas e participante da Oficina de

Musicalidade, destaca que não é fácil sua vinda para a Escola, e que às vezes,

vem por obrigação. Que mora e trabalha em Val Paraíso e que gosta do ensino

presencial EJA, e que apesar da dificuldade na sua locomoção, opta por estudar

na Escola porque há uma diversidade de pessoas, idades e perfis diferenciados,

tornando a Escola mais atrativa. E finalmente, os estudantes falam sobre suas

metas, que são as mesmas, de que estão na Oficina porque gostam de música e

desejam aprender a tocar algum tipo de instrumento e cantar. Eles demonstram

muito carinho e admiração pelo trabalho dos estagiários, enfatizando que os

estagiários têm muito interesse em passar o conhecimento. Eles ainda acreditam

que seria importante envolver a música de todas as culturas, do indígena, dos

jogos de capoeira, etc.

A partir da avaliação feita com o responsável pela aula, o estudante de música

da UNB, e estagiário destacado para trabalhar com a turma, ele diz que a

Coordenadora de Estágio orienta aos estudantes que eles não precisam ficar

preocupados com o ensino de determinado instrumento. Washington ressalta que

o importante é o ensino e a aprendizagem. Que a roda de musicalidade que

acontece no Cesas permite o aprendizado do estudante do Cesas. Ele

acrescenta: música é um universo maior. Música se aprende em conjunto. Na

própria música que está sendo trabalhada é ensinada a parte teórica. Este é o

momento. No momento em que está tocando a música. Sobre a duração da aula

de 60 minutos, de segunda a quinta-feira, durante 2 meses, Washington diz que

o tempo é suficiente. Poderia ser mais, mais é suficiente. Até porque o estudante

de música aprende tocando o instrumento. Sobre o aspecto do iniciante entrar

em uma turma de estudantes que já estão em nível avançado, o estagiário diz

que este processo é importante, porque o ensino e a aprendizagem acontecem

com a prática. Se o iniciante entrar em um grupo que já está acontecendo a

musicalidade, pode se tornar melhor para o estudante. Ele salienta que a turma

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que acontecerá no próximo semestre poderá envolver iniciantes e estudantes que

já estão frequentando a Oficina. Sobre o envolvimento de pessoa com deficiência,

Washington destaca que todos podem aprender a música. Essas pessoas podem

e devem participar das aulas. É importante, dependendo da necessidade, que

haja um profissional que os apoie. A música tem o poder de juntar as pessoas,

diz o estagiário. Todas as pessoas podem aprender música, e precisam de apoio

para isso. O professor ressalta que se perde muito talento na área de música por

falta de apoio e oportunidade. E é preciso que a Escola possibilite aos

participantes da Oficina novas oportunidades, abram espaço para que a música

continue na vida de cada um dos participantes, criando mecanismos de

divulgação para Cursos em Escolas de Música, ou criando espaços que

profissionais desta área sejam apresentados aos estudantes, trazer profissionais

para conhecer a Oficina. E Washington diz que o Cesas precisa abrir espaço para

musicalidade esteja dentro da sala de aula, no currículo básico. Não precisaria o

estudante dispender tanta energia para estarem aqui às 18h, pois o Cesas tem

um perfil de público que cabe totalmente aulas de musicalidade em todos os

turnos e que a UNB pode atender o Cesas em outros momento, e não só do

horário de 18h às 19h, com o Projeto de Musicalidade no Cesas. O estagiário

fez questão de citar a participação do estudante do Cesas, João, nas aulas e que

ele se surpreende com o resultado do trabalho dentro da O ficina. Que já, por

várias vezes, encontra o João dando aula de partituras, com dedicação para o

aprendizado dos colegas. E que o João foi encontrado por acaso dentro da

Escola.

1) Apresentação

Por meio da Resolução nº 2, de 10 de maio de 2016, a Câmara de Educação

Básica do Conselho Nacional de Educação – Ministério da Educação definiu

diretrizes nacionais para a operacionalização do ensino de música, que coloca

como obrigatória a sua inclusão no Projeto Político Pedagógico da Escola,

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estabelecendo assim a criação de espaços e tempos para tal fim, sem prejuízos

das outras linguagens artísticas.

Trata-se de documento legal que garante ao estudante o direito de aprendizagem

da música como conteúdo obrigatório no processo de ensino e de aprendizagem.

A música está presente nos diversos espaços da Escola, percebe-se isso no

cotidiano do estudante que toca o violão no intervalo, na presença da música em

vários momentos, intervalos, nos festivais de música, nas gincanas, nas semanas

de calendário escolar. É importante que as ações que levam a música para a

Escola estejam presentes no Projeto da Escola, garantindo que professor e o

estudante encontrem condições favoráveis para o trabalho efetivo da música.

Atualmente, percebe-se que a música é tratada como tema coadjuvante dentro

da Escola. Isso pode criar dificuldades para a sua operacionalização, não garantir

recursos para tal fim, e dificultar a abertura de espaços no dia-a-dia para o ensino

da música.

Uma das formas de estimular o desenvolvimento de estudantes no processo

metodológico é por meio da introdução da música na escola. Isso pode ser

colocado em prática de diversas formas: desde a utilização de letras nas

interpretações de texto em sala, até na realização de oficinas de música e

instrumentalização com os estudantes. Essas são formas de aguçar a

sensibilidade, instigar a criatividade e aumentar a integração dos estudantes no

ambiente escolar. A Escola tem essa garantia, incluindo ter em seu quadro

profissionais especializados para executar os projetos e viabilizar com efetividade

a proposta da escola nos conteúdos, seja nas disciplinas de artes, mas também

projetos interventivos, atividades inter e multi disciplinares. À luz da referida

resolução, a Escola deve organizar seu quadro com profissionais licenciados em

música, incorporando pessoas de saberes dessa área no desenvolvimento do

conteúdo da música e no desenvolvimento de ações na sua agenda pedagógica.

Analisando o histórico da música dentro do Cesas, e nos relatos dos estudantes,

é que se apresenta o Projeto de Musicalidade não só como tema transversal do

Projeto Político Pedagógica da Escola, mas como conteúdo dentro do currículo

básico, reforçando a oficina que atualmente acontece e agora ampliando como

roda de musicalidade, para que haja um alcance maior de todos os segmentos

que a instituição atende, além da comunidade próxima interessada.

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É importante fazer referência ao perfil do estudante de educação de jovens e

adultos, especialmente, os que são atendidos pelo Cesas, que são oriundos de

várias regiões do Distrito Federal, e assim, tornar o espaço da escola atrativo

para a dinâmica do dia-a-dia do estudante que frequenta instituições de ensino

com estas características.

Diante dos relatos dos participantes da Oficina, e da observação realizada sob o

ponto de vista da evolução do aprendizado e envolvimento dos estudantes com

o canto e os diversos instrumentos, além do interesse despertado por

profissionais da Escola em incluir a musicalidade nas aulas, acreditou-se ser

imperiosa a inclusão da música também na grade horária, que em um primeiro

momento, acontecerá nas aulas de educação artística e no horário de aula dos

estudantes do Primeiro Segmento da Escola.

Nessa perspectiva, o Projeto vem para reforçar a oficina Roda de Musicalidade e

incluir a música como tema transversal do currículo básico do Projeto Político

Pedagógico do Cesas, atendendo desta forma o que prevê a legislação em vigor.

2) Título do Projeto

Musicalidade no Cesas

3) Problematização

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) propõe atender às necessidades de um

público cujas especificidades não foram atendidas pelo ensino regular comum,

pelo fato de estes indivíduos não terem iniciado ou terem interrompido sua

trajetória formativa escolar em alguns momentos de sua história de vida.

A EJA dispõe oferecer ao adolescente, ao jovem e ao adulto uma formação como

ser pleno, social, cultural, cognitivo, bem como uma aprendizagem de estratégias

de valorização do estudante enquanto sujeito.

Percebe-se que a Oficina de Musicalidade vem envolvendo os estudantes do

Cesas, mas ainda em condições difíceis de garantir a frequência do participante

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no horário único definido para que a UNB disponibilize o estagiário de música. Se

por um lado, alguns estudantes matriculados no noturno, que na sua maioria

trabalha durante o dia, encontram dificuldades em participar das aulas neste

horário, por outro, é visível a vontade de participar daqueles que vencem os

desafios e participam das aulas.

E olhando a Escola como um todo, introduzir a musicalidade na grade horária das

disciplinas, além de garantir um direito ao estudante, vem favorecer o estudante a

demonstrar seu potencial dentro da música, e mesmo, facilitar a aprendizagem do

ensino propedêutico, usando a música como instrumento, além do

desenvolvimento dos conhecimentos musicais e da musicalidade em si.

Todavia, para garantir a efetividade da musicalidade no currículo básico, a UNB

precisa se manter parceira e reduzir a distância do seu estagiário e o Cesas,

oferendo condições de horários e espaços para abrir o interesse dos estudantes

de música da UNB realizarem seu estágio nos diversos turnos de aulas do Cesas

e em horários alternativos.

O Projeto Musicalidade no Cesas vem então para tornar o espaço do

conhecimento atrativo, reduzir a evasão escolar, despertar no estudante aqui

matriculado o interesse pelo conhecimento produzido com a musicalidade que é

tão presente na vida de todas as pessoas, e atender a Resolução nº 02/2016-

Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação.

4) Escolha do tema gerador

Quando falamos em música, musicalização, notas, silêncio, movimento,

paisagens sonoras, entre tantas outras palavras expressivas que nos remetem

aos sons, estamos falando de musicalidade. Alguns autores remetem esse

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conceito de “musicalidade” aos sentimentos que expressamos através das ações

musicais. E quando uma pessoa executa um instrumento musical, ela pode

plenamente expressar a sua musicalidade, quando está imbuída de sentimentos

genuínos ou ela simplesmente executa um instrumento de forma técnica, sem

nenhuma musicalidade. A música é uma linguagem universal, tendo participado

da história da humanidade desde as primeiras civilizações.

Nessa perspectiva, tornar a musicalidade o tema do Projeto, vem ao encontro do

perfil de estudante que o Cesas atende, na sua diversidade, e tendo a música

que serve de elo para a interação e união de adolescentes, jovens, adultos,

idosos, pessoas com necessidades, sem contar com o fato de que cada uma

dessas pessoas acrescentam na musicalidade sua cultura, seu meio, seu

potencial, seus sentimentos, seu prazer de estar aqui no dia-a-dia, deixando

aquela marca de que a Escola não é um lugar interessante para algumas

pessoas.

5) Público-Alvo

Estudantes matriculados nos Primeiros, Segundos e Terceiros Segmentos para

as aulas de Musicalidade dentro da grade horária do currículo básico, podendo

atender, além destes já mencionados, a comunidade escolar próxima à Escola

dentro da Oficina Roda de Musicalidade, que acontece no horário alternativo,

de 18h às 19h.

6) Justificativa

Todas as ações do Projeto Musicalidade no Cesas são inspiradas em abordagens e

estudos científicos da área da Educação Musical contemporânea, que preconiza o

envolvimento dos estudantes com o fazer musical de forma direta. Desde o início e

meados do século XX, alguns estudiosos, pedagogos e alguns compositores da música

erudita estiveram envolvidos com o desenvolvimento de princípios educacionais que

privilegiavam a criação musical e o fazer musical direto, o que ficou conhecido como

“métodos ativos”. Contemporaneamente, um dos estudiosos e teóricos da educação

musical que é tomado como referência dos nossos trabalhos é o professor Keith

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Swanwick, da Universidade de Londres, que elaborou toda uma teoria sobre o

desenvolvimento e avaliação musicais. Ele elaborou uma filosofia de trabalho ampla

em que privilegia as ações integradas entre 1) compor/improvisar, 2) apreciar e 3)

tocar/cantar/performar para guiar as ações pedagógicas em música.

Outro referencial teórico importante trata-se da perspectiva sociocultural. Vários

autores tem se dedicado a compreender o fenômeno musical inserido na vida

cotidiana, e com atenção às variadas dimensões sociais presentes: diversidades nas

questões sobre gostos e preferências musicais e “acompanhadas” dos “quesitos”

faixa etária, gênero, classe social, identidade religiosa, etc. Dentro do contexto

do número crescente de jovens que vem fazendo parte do perfil do estudante do

Cesas, esta perspectiva compõe objetos de estudos de um amplo campo de

estudiosos, tendo como uma grande referências Margarete Arroyo, professora da

Unesp, e que apresenta ampla pesquisa sobre o tema Jovens e Música(s),

compreendendo a diversidade e amplitude tanto do conceito de “jovem”, como

“música”, e que consideramos pertinente para a compreensão da diversidade de

público presente no Cesas e a elaboração de projetos coerentes com esta realidade.

Os aportes pedagógicos da área de Ensino Coletivo de Instrumentos também são

referências importantes para o desenvolvimento destas ações pedagógicas,

principalmente nas Oficinas de uma proposta que tem como eixos fortes a

construção da cidadania dos estudantes e a utilização de diferentes avaliações

para corrigir pontos negativos e exaltar os positivos.

Pensando também o Projeto de Musicalidade como o trabalho da transversalidade

no Cesas, de acordo com os Temas Transversais (BRASIL, 1998b), o

compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma prática

educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e

responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva, e a afirmação do princípio

da participação política. Nessa perspectiva é que foram incorporados como Temas

Transversais as questões da Ética, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da

Saúde, da Orientação Sexual e do Trabalho e Consumo. São temas amplos o

bastante para traduzir preocupações da sociedade brasileira de hoje, que

correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na

vida cotidiana.

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Aprofundando um pouco mais nos Temas Transversais, Araújo (2003b), nos diz

que após ter acompanhado várias experiências com os temas nos últimos anos,

no Brasil e no exterior, considera existirem “duas diferentes concepções” para o

trabalho pedagógico. Na primeira concepção que destaca, a escola continua

organizada em torno das disciplinas tradicionais que formam sua estrutura

curricular, ou o que se pode chamar de “eixo vertebrador do sistema educacional”

e os temas transversais perpassam os conteúdos disciplinares tradicionais. Este é

o caso definido nos PCNs. Já na segunda concepção de transversalidade, os

conteúdos tradicionais deixam de ser a finalidade da educação e passam a ser

concebidos como “meio”, como instrumentos, para se trabalhar os temas que se

constituem o centro das preocupações sociais. Assim essas temáticas viram o eixo

vertebrador do sistema educativo em torno do qual serão trabalhados os

conteúdos curriculares tradicionais.

E como ponto principal da construção de projetos que tornem a Escola um espaço

atrativo para o conhecimento, o Projeto Musicalidade no Cesas procurar atrair para

dentro da Escola pessoas que não despertaram ainda o interesse pelo ensino

regular e pode encontrar neste espaço a educação motivadora para a inclusão de

todos, que é a grande característica da Educação de Jovens e Adultos.

7) Objetivo Geral

Implementar a Musicalidade no Currículo Básico do CESAS e realizando Oficina

Roda de Musicalidade em horário alternativo, como parte da inclusão de tema

transversal no Projeto Político Pedagógico da Escola.

8) Objetivos Específicos

8.1 Promover aprendizagem musical para a comunidade do Cesas e para a

comunidade próxima e interessada, atendendo o que preconiza a legislação

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quando apesenta a música como conteúdo obrigatório dentro do Projeto Político

Pedagógico da Escola.

8.2. Desenvolver atividades musicais significativas pela e para a comunidade do

CESAS

8.3. Desenvolver habilidades de tocar, cantar e criar música, compreendendo seus

contextos históricos e sociais, inserindo possibilidades de diversas práticas musicais,

essencialmente coletivas.

8.4. Contribuir para a visibilidade e valorização do conteúdo musical na vida do

indivíduo, da comunidade escolar e da comunidade próxima.

8.5. Implementar a musicalidade como Tema Transversal no Projeto Político

Pedagógico do Cesas.

8.6 Gerar incentivos para o trabalho interdisciplinar do projeto pedagógico do

Cesas.

8.7 Fomentar o trabalho colaborativo na escola.

8.8. Inserir os estudantes da UnB em um contexto profícuo para o desenvolvimento

de atividades musicais na educação básica.

8.9. Gerar desenvolvimento científico e cultural.

8.10. Tornar o Cesas um espaço de convivência que seja atrativo para os

estudantes que venham se matricular e, assim, reduzir o nível de evasão que é

registrado, considerando se tratar de pessoas com o perfil do estudante de

educação de jovens e adultos.

9) Conteúdos

O Projeto Musicalidade do Cesas será incluído nas disciplinas de Educação

Artística dos Segundo, Terceiro Segmento. E no Primeiro Segmento, incluir a

música, em pelo menos 1(um) dia da semana. A Roda de Musicalidade, que

acontecerá em horário alternativo, será o momento da interação dos estudantes

e pessoas da comunidade que desejam trabalhar o potencial musical despertado,

aprendendo instrumento musicais diversos e cantos.

Será fomentado durante a implementação do Projeto ações pedagógicas em que

os profissionais de outras disciplinas venham a incluir a música trabalhada no

Projeto em suas aulas, criando caminhos para a efetiva a interdisciplinaridade no

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currículo básico dos respectivos segmentos. Para isso seria fundamental contar

com o trabalho de um professor da área de Música na Escola, que tivesse essa

perspectiva de diálogo entre as disciplinas.

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10) Metodologia

AÇÃO COMO? ONDE? QUANDO? QUEM? COM O QUÊ? APRENDIZAGENS QUE

SE PRETENDE ALCANÇAR

Realizar Roda de Musicalidade no Cesas

Seleção de estudantes da Escola e pessoas da Comunidade para participar de roda de musicalidade, envolvendo diversos instrumentos, canto e teoria musical.

Salas multi-uso anexas ao auditório da Escola

Rodas de Musicalidade às segundas, terças, quartas e quintas-feiras, no horário de 18h às 19h, durante 2(dois0 meses no semestre.

Professor licenciado em música, ou que tenha formação que comprove habilidades e competências para acompanhar e executar o Projeto. Coordenador(a) destacado(a) pela Escola, para Coordenadar o Projeto Oficina de Musicalidade.

Professor licenciado em música para planejar, executar, acompanhar e avaliar o Projeto. Professor destacado para a Coordenação da Roda de Musicalidade. O profissional destacado pode ser um dos coordenadores da Escola, ou Professor de Disciplina Extinta, ou Professor Readaptado. Instrumentos musicais, tais como violão, cordas de violão, instrumentos de percussão,

Os participantes da Roda de Musicalidade deverão desenvolver habilidade para canto e/ou domínio musical de algum instrumento a que se propõe aprender.

Aulas de Musicalidade

Incluir 1(uma) aula e/ou hora/relógio de aula semanal da grade horária do

O estudante terá aula de

1(uma) hora/aula da disciplina de Ed. Artística em 1(um) dia na

Professor licenciado em música, ou que tenha formação que comprove habilidades e

Professor destacado para a Coordenação da Oficina de Musicalidade.

Os participantes da Roda de Musicalidade deverão

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1º, 2º e 3º Segmentos e/ou disciplina de educação artística para a realização da Aula de Musicalidade

música na própria sala de aula.

semana. 1(uma) hora/relógio em 1(um) dia da semana em 2(duas) turmas do 1º Segmento(turno vespertino)

competências para acompanhar e executar as aulas de musicalidade dentro do Currículo Básico. Coordenador(a) destacado(a) pela Escola, para Coordenadar o Projeto Musicalidade no Musicalidade

Professores em exercício na Escola que atuem em disciplina de educação artística e professores do 1º segmento. Instrumentos musicais, tais como violão, cordas de violão, instrumentos de percussão.,

desenvolver habilidade para canto e/ou domínio musical de algum instrumento a que se propõe aprender.

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11) Cronograma

O Projeto musicalidade acontecerá durante o semestre letivo do calendário escolar

oficial da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

12) Bibliografia

Os professores e estudantes poderão se orientar pelo livro didático da Secretaria

de Educação da disciplina de educação artística, além de revistas, artigos, vídeos

e sites indicados pelos professores e profissionais da Escola com saberes da

música. A UNB, por meio dos estagiários que irão atuar na Escola, sob a

coordenação dos professores de estágios, poderão indicar literatura específica, a

partir da construção dos planos de aulas a serem implementados em cada

semestre.

13) Acompanhamento e avaliação

O Projeto será acompanhado pelo Coordenador Pedagógico da Escola, pelo

professor destacado para acompanhar os profissionais da Escola na execução do

Projeto, dentro das coordenações pedagógicas e no Conselho de Classe, de forma

que sejam ouvidos os professores, equipe gestora, estudantes, e assim adaptar

os objetivos e sua operacionalização.

Os estudantes serão avaliados processualmente, durante as aulas, e a partir dos

produtos definidos no início de cada semestre, culminando suas apresentações na

Semana EJA, formaturas dos estudantes e eventos específicos incluídos na

agenda da Escola. Em sala de aula, o professor avaliará o estudante por meio de

atividades específicas que sinalizem o efeito no projeto com impacto do processo

de ensino e de aprendizagem do estudante.

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Os estudantes e participantes da roda de musicalidade farão apresentações em

eventos da agenda pedagógica da escola, e a coordenação estará encarregada

de entregar instrumentos de avaliação para que participantes ofereçam sua

contribuição acerca do desempenho dos participantes.

Serão utilizados questionários de avaliação, banca composta por convidados para

assistirem às apresentações dos trabalhos do projeto de musicalidade no Cesas.

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