caderno de logistica

200
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA, ASSEIO E CONSERVAÇÃO 2014 Guia de Orientação sobre os aspectos gerais na contratação de serviços de limpeza, asseio e conser- vação no âmbito da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, nos termos da Instrução Normativa nº 02, de 30 de abril de 2008, e alterações posteriores. Versão 1.0 abril de 2014 CADERNO DE LOGÍSTICA

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Limpeza

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  • PRESTAO DE SERVIOS DE LIMPEZA, ASSEIO

    E CONSERVAO

    2014

    Guia de Orientao sobre os aspectos gerais na contratao de servios de limpeza, asseio e conser-vao no mbito da Administrao Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional, nos termos da Instruo Normativa n 02, de 30 de abril de 2008, e alteraes posteriores.

    Verso 1.0abril de 2014

    CADERNO DE LOGSTICA

  • Presidente da rePblicaDilma Rousseff

    Ministrio do PlanejaMento, oraMento e Gesto MPMiriam Belchior

    secretaria de loGstica e tecnoloGia da inforMao sltiLoreni F. Foresti

    dePartaMento de loGstica deloGAna Maria Vieira Neto

    coordenao-Geral de norMas cGnorGilberto Jos Romero Lopes

    equiPe de elaborao cGnor/deloG/sltiAndrea Regina Lopes AcheAugusto Seixas SilvaFbio Henrique BinicheskiGenivaldo dos Santos Costa Hudson Carlos Lopes da CostaManuela Deolinda dos Santos da Silva PiresSrgio Martins Carvalho

    Biblioteca/CODIN/CGPLA/DIPLA/MPBibliotecria Cristine C. Marcial Pinheiro CRB1- 1159

    B823pBrasil. Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao.

    Prestao de servios de limpeza, asseio e conservao / Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao. Braslia : SLTI, 2014. ( Caderno de Logstica; Contrataes pblicas sustentveis).

    p.: il.

    Guia de orientao sobre os aspectos gerais na contratao de servios de limpeza, asseio e conservao no mbito da administrao Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional, nos termos da IN n 2, de 30/04/2008, e alteraes posteriores.

    1. Contratao de servio, limpeza, conservao, Brasil 2. Instruo Normativa, AGU, n 02 de 30/04/2008, Brasil I. Ttulo

    CDU - 654.071(036)

  • 3

    SUMRIO

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA................................................................ 91.1 o cenrio do Mercado do setor de serVios de liMPeZa e conserVao ............................................91.2 uM breVe Histrico sobre a norMatiZao dos serVios ...................................................................10

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS ....................................................................................... 132.1 definio do objeto ................................................................................................................................132.2 descrio dos serVios ...........................................................................................................................132.3 descrio dos Profissionais...................................................................................................................132.4 reas fsicas ............................................................................................................................................14

    2.4.1 REAS INTERNAS ................................................................................................................ 142.4.1.1 tiPos de reas internas ..........................................................................................................152.4.1.2 reas internas descrio dos serVios MetodoloGia de referncia.........................16

    2.4.2 REAS EXTERNAS ................................................................................................................ 182.4.2.1 tiPos de reas eXternas .........................................................................................................182.4.2.2 reas eXternas descrio dos serVios MetodoloGia de referncia ........................19

    2.4.3 ESQUADRIAS EXTERNAS ....................................................................................................... 202.4.3.1 esquadrias eXternas caractersticas ..............................................................................202.4.3.2 reas eXternas descrio dos serVios MetodoloGia de referncia ........................21

    2.4.4 FACHADAS ENVIDRAADAS .................................................................................................. 212.4.4.1 facHadas enVidraadas caractersticas .........................................................................212.4.4.2 reas eXternas descrio dos serVios MetodoloGia de referncia ........................21

    2.4.5 REAS HOSPITALARES E ASSEMELHADOS .............................................................................. 212.4.5.1 reas HosPitalares e asseMelHados caractersticas ....................................................21

    2.4.6 QUADRO RESUMO TIPOS DE REAS .................................................................................... 222.4.7 BOAS PRTICAS SUSTENTVEIS PARA CONTRATAO DE SERVIOS DE LIMPEZA ....................... 23

  • CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA ....... 283.1 eleMentos/requisitos ..............................................................................................................................283.2 unidade de Medida ...................................................................................................................................283.3 ndices de ProdutiVidade de referncia ...............................................................................................293.4 relao encarreGado/serVente ............................................................................................................303.5 obriGaes e resPonsabilidades da contratada .................................................................................303.6 obriGaes da adMinistrao ...............................................................................................................323.7 fiscaliZao e controle ..........................................................................................................................333.8 Materiais de liMPeZa ...............................................................................................................................33

    3.8.1 DEFINIO DE SANEANTES DOMISSANITRIOS .....................................................................33

    CAPTULO IV VALORES REFERENCIAIS .......................................................................................... 354.1 introduo ...............................................................................................................................................354.2 Valores liMites asPectos Gerais .........................................................................................................36

    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS ..................... 375.1 objetiVo ....................................................................................................................................................385.2 ProcediMentos adotados Para o clculo dos ValoresliMites ..........................................................385.3 Peculiaridades ........................................................................................................................................40

    5.3.1 Custo de reposio do profissional ausente .......................................................................... 405.3.2 Distino entre benefcios mensais e dirios ....................................................................... 405.3.3 Fatores de custo com base estatstica .................................................................................. 415.3.4 Proviso para Resciso ........................................................................................................ 415.3.5 Custos Indiretos, Tributos e Lucro ........................................................................................ 415.3.6 Cenrio de Ateno ............................................................................................................ 43

    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO ..................................... 456.1 ParMetros dos reGiMes de trabalHo ..................................................................................................456.2 reas e escalas de trabalHo ..................................................................................................................466.3 coMPosio e estrutura da PlanilHa de custo e forMao de Preos ............................................46

    6.3.1 Composio da Remunerao ............................................................................................. 466.3.1.1 salrio-base categorias Profissionais ......................................................................................466.3.1.2 adicionais de Periculosidade .................................................................................................476.3.1.3 adicional de insalubridade ..........................................................................................................486.3.1.4 adicionais Por trabalHo noturno ........................................................................................48

  • 6.3.1.5 adicional de Horas eXtras .....................................................................................................506.3.1.6 interValo intrajornada .........................................................................................................506.3.1.7 outros adicionais que coMPeM a reMunerao ...............................................................516.3.1.8 reMunerao salrio coM adicionais ...............................................................................51

    6.3.2 BENEFCIOS MENSAIS E DIRIOS .......................................................................................... 526.3.2.1 definio ....................................................................................................................................526.3.2.2 transPorte................................................................................................................................526.3.2.3 auXlio-aliMentao (Vales, cesta bsica, etc.) .................................................................546.3.2.4 cesta bsica ..............................................................................................................................556.3.2.5 assistncia Mdica e faMiliar ................................................................................................556.3.2.6 auXlio-crecHe ..........................................................................................................................566.3.2.7 seGuro de Vida, inValideZ e funeral ......................................................................................566.3.2.8 outros benefcios ....................................................................................................................57

    6.3.3 INSUMOS DIVERSOS ........................................................................................................... 576.3.3.1 aspectos gerais ............................................................................................................................576.3.3.2 composio .................................................................................................................................586.3.3.3 uniformes ....................................................................................................................................586.3.3.4 insumos de limpeza ....................................................................................................................59

    6.3.4 ENCARGOS SOCIAIS, PREVIDENCIRIOS E TRABALHISTAS ....................................................... 606.3.4.1 definio .....................................................................................................................................606.3.4.2 composio .................................................................................................................................606.3.4.3 encargos Previdencirios e fgts ..................................................................................................606.3.4.4 13 salrio e adicional de frias .................................................................................................686.3.4.4.1 13 salrio ............................................................................................................................686.3.4.4.2 adicional de frias tero constitucional ....................................................................716.3.4.5 afastaMento Maternidade .....................................................................................................726.3.4.6 ProViso Para resciso ..........................................................................................................746.3.4.6.1 efeitos na resciso ou extino do contrato de trabalho ..........................................................746.3.4.6.2 aViso PrVio ..........................................................................................................................786.3.4.7 custo de rePosio de Profissional ausente ......................................................................936.3.4.7.1 definio .................................................................................................................................936.3.4.7.2 composio .............................................................................................................................946.3.4.7.3 frias .....................................................................................................................................94

  • 6.3.4.7.4 ausncia Por doena .........................................................................................................1016.3.4.8 licena-Paternidade ..............................................................................................................1016.3.4.8.1 ausncias leGais ................................................................................................................1026.3.4.8.2 ausncia Por acidente de trabalHo ................................................................................1046.3.4.8.3 outras ausncias ..............................................................................................................1076.3.4.8.4 clculo do custo de rePosio do Profissional ausente ...........................................107

    6.3.5 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO .............................................................................. 1126.3.5.1 definio ...................................................................................................................................1126.3.5.2 composio ...............................................................................................................................1126.3.5.3 custos indiretos .....................................................................................................................1126.3.5.3.1 definio ...............................................................................................................................1126.3.5.4 tributos ...................................................................................................................................1136.3.5.4.1 definio ...............................................................................................................................1136.3.5.4.2 regime de tributao ............................................................................................................1136.3.5.5 lucro ........................................................................................................................................1196.3.5.5.1 definio ...............................................................................................................................1196.3.5.5.2 tipologia .............................................................................................................................1196.3.5.6 custos indiretos, tributos e lucro citl servios de liMPeZa aspectos gerais ....................1216.3.5.6.1 definio ..............................................................................................................................1216.3.5.6.2 componentes do citl ............................................................................................................121

    ANEXO I dispositivos da instruo normativa n 2/2008 ...............................................................................145ANEXO II servios de limpeza e conservao (aneXo iii-f complemento dos servios de limpeza e conservao da in 02/2008) .......................................148ANEXO III-F complemento dos servios de limpeza e conservao ...............................................................148ANEXO III MetodoloGia de referncia dos serVios de liMPeZa e conserVao (anexo V da in 02/2008) ...................................................................................................................................151

    ESQUADRIAS EXTERNAS ................................................................................................................. 153REAS EXTERNAS .......................................................................................................................... 154

    ANEXO IV Modelo de termo de referncia elaborado pela advocacia Geral da unio aGu servios de natureza continuada ............................................................................................................160ANEXO I Modelo de termo de referncia elaborado pela advocacia Geral da unio aGu servios de natureza continuada ............................................................................................................160

  • 7

    APRESENTAO

    O presente estudo tem por objetivo apresentar os principais aspectos da contratao dos servios de limpeza e conservao no mbito da Administrao Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional.

    Para se atingir esse objetivo, aborda-se desde o cenrio do mercado at os aspectos da metodologia utilizada na composio dos valores-limite de contratao de servios de limpeza para cada Unidade da Federao, os quais so publicados anualmente por meio de Portarias pela Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao.

    Dessa forma, o documento trata dos seguintes assuntos que envolvem a Contratao de Servios de Limpeza e Conservao, tais como:

    caractersticas bsicas das reas de limpeza e suas produtividades especficas defi-nidas nos normativos da SLTI;

    aspectos importantes do projeto bsico/termo de referncia dos servios de lim-peza e conservao;

    parmetros adotados e a metodologia utilizada para composio da planilha de custo dos servios de limpeza que subsidiaram a fixao dos valores de referncia;

    procedimentos e rotinas de referncia na execuo/fiscalizao dos contratos.

    Foram includas ainda, como anexos, as disposies da Instruo Normativa n 2/2008, de 30 de abril de 2008, que tratam do tema, e um modelo de termo de referncia para contratao de servios de natureza continuada elaborado pela Advocacia Geral da Unio.

    Por fim, espera-se que este documento seja para os gestores uma ferramenta impor-tante de consulta sobre os aspectos relevantes na contratao dos servios de limpeza e conservao no mbito da Administrao Pblica Federal Direta, Autrquica e Fundacional.

    LORENI F. FORESTI

    Secretria de Logstica e Tecnologia de Informao

  • INTRODUO

    O setor de servios de limpeza e conservao apresenta um mercado bastante pulveri-zado, com milhares de empresas atuando nesse segmento.

    Destaca-se que grande parte das empresas ligadas ao setor de limpeza e conservao tambm executa outras atividades, tais como servios de recepo, copeiragem, jardina-gem, apoio administrativo, entre outras.

    Alm disso, observa-se que h problema de assimetria de informaes entre os atores desse mercado, tanto da parte dos tomadores, quanto dos prestadores desses servios.

    A reduo da assimetria das relaes de contratao tem ocorrido parcialmente com a atuao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP) por meio da realizao de estudos e da definio de padres recomendados para toda a Administrao Pblica Federal, que compreendem desde a especificao dos servios a serem licitados at a ges-to do decorrente contrato, incluindo-se, nesse rol, valores limites para a contratao. A expedio de um conjunto de instrumentos normativos, entre eles Instrues Normativas e Portarias, tem o propsito de orientar melhor as unidades gestoras na sua atuao com os fornecedores.

    ANA MARIA VIEIRA NETO

    Diretora

  • 9

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA

    1.1 O CENRIO DO MERCADO DO SETOR DE SERVIOS DE LIMPEZA E CON-SERVAO

    O Governo Federal, por sua vez, um dos grandes atores desse mercado de servios e, provavelmente, um de seus maiores contratantes no Pas.

    A tabela a seguir demonstra, de forma cabal, essa afirmao. Observa-se que o mon-tante de contrataes dos referidos servios no perodo de 2011 at dezembro de 2013 atingiu valores superiores a duzentos e noventa milhes de reais no ano.

    Tabela 1

    Contratao de Servios de Limpeza no mbito da Administrao Pblica Direta, Autrquica e Fundacional (SISG e no SISG)1

    Perodo 2011 2012 2013

    Descrio dos ServiosValores

    homologadosem R$

    Valoreshomologados

    em R$

    Valoreshomologados

    em R$ Servios de Limpeza e

    Conservao 496.934.908,98 589.683.176,21 298.647.519,26

    Fonte: Portal Comprasnet.

  • 10

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA

    Grfico 1 Contrataes Servios de Limpeza SISG e no SISG Perodo de 2011 a dezembro de 2013

    Fonte: Portal Comprasnet.

    A contratao desses servios feita, na maior parte das vezes, de forma descentraliza-da, isto , pela Unidade Gestora na qual os servios sero realizados, o que leva pulveri-zao da atuao da administrao pblica na contratao e gesto desses servios. Outra caracterstica desse mercado consiste na assimetria das relaes de contratao.

    A reduo da assimetria das relaes de contratao tem sido parcialmente tratada com a atuao do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP) por meio da realizao de estudos e da definio de padres recomendados para toda a administrao federal, tratando desde a especificao dos servios a serem licitados at a gesto contra-to, incluindo valores limites para a contratao.

    1.2 UM BREVE HISTRICO SOBRE A NORMATIZAO DOS SERVIOS

    O estabelecimento dos preos de referncia para os servios de vigilncia e limpeza teve como marco regulatrio inicial a Instruo Normativa n 13, de 30 de outubro de 1996. Nesse perodo foram publicadas as primeiras portarias de fixao de valores limites para cada Uni-dade da Federao e categoria profissional (vigilncia e limpeza), quais sejam, as Portarias n 3.194/96 e 3.256/96 respectivamente. Ambas dispunham, expressamente, que, para o clcu-lo dos valores-limite, deveria ser adotado o percentual de encargos sociais de 89%.

    R$ 0,00

    R$ 100.000.000,00

    R$ 200.000.000,00

    R$ 300.000.000,00

    R$ 400.000.000,00

    R$ 500.000.000,00

    R$ 600.000.000,00

    R$ 700.000.000,00

    2011 2012 2013

    Total

    2011

    2012

    2013

  • 11

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA

    Em 1997, o Decreto n 2.271/97 revogou o Decreto n 2.031/96 e a IN n 18/97 revo-gou a IN n 13/96, entretanto, manteve-se a sistemtica de fixao de valores-limite para as contrataes dos referidos servios por meio de portarias publicadas anualmente.

    Embora tais portarias no fixem mais, expressamente, o percentual de encargos sociais utilizados para o clculo dos valores. A metodologia de clculo adotada para composio dos valores limites no perodo de 2001 a 2006 utilizava os dados estatsticos decorrentes de memorial de clculo da Fundao Getlio Vargas (FGV).

    Associado a essa metodologia o modelo de Planilha de Custo e Formao de Preo apresentado nos anexos da IN/MARE n 18/97, dividia o custo em remunerao, encar-gos sociais (grupos de A a E), insumos, despesas administrativas operacionais, lucros e tributos. Para a formao do preo dos servios de limpeza adotou-se um fator de produ-tividade para o clculo da quantidade de trabalhadores em funo das caractersticas das instalaes.

    Em 2007, o Ministrio do Planejamento em parceria com o Banco Mundial e a Funda-o Instituto de Administrao iniciaram os estudos de reviso da metodologia para obten-o do custo dos servios. Em junho de 2008 foram concludos os trabalhos, cujos resulta-dos foram consolidados em relatrio final apresentado em junho de 2008.

    Alm da proposta de metodologia de estabelecimento de custos, o referido relatrio apresentou um conjunto de recomendaes que tinham como objetivo indicar aes que pudessem gerar ganhos de eficincia e reduo de custos na contratao de servios de vigilncia e limpeza e indicar tambm boas prticas que pudessem vir a ser adotadas pela Administrao Pblica Federal, observadas as restries impostas pela lei.

    Entre as principais recomendaes elencadas, destacamos:

    A necessidade de gesto ativa dos servios.

    A oportunidade de realizao de estudos de produtividade da mo de obra e dos insumos.

    A elaborao de modelos de planos de segurana e limpeza.

    A adoo de forma de mensurao dos servios padronizada.

    O controle da qualidade dos servios prestados.

    O provisionamento financeiro de determinados encargos sociais e trabalhistas em conta-corrente especfica tambm conhecida como conta vinculada.

    Em 2008, o Tribunal de Contas da Unio, por meio do Acrdo n 1.753/2008 Plen-rio realizou anlise minuciosa da composio dos valores-limite de limpeza e vigilncia e da metodologia de clculo ento utilizada pelo Ministrio do Planejamento. Desse acrdo

  • 12

    CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DOS SERVIOS DE LIMPEZA

    resultaram em recomendaes/determinao ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Uma das principais determinaes do Tribunal de Contas da Unio consistia:

    9.1.1. realize estudos visando atualizar os percentuais que compem as vrias rubricas da planilha de formao de preos que subsidiam a fixao de valores limites para as contrataes dos servios terceirizados de vigilncia e limpeza e conservao, em espe-cial os percentuais de encargos sociais e reserva tcnica, utilizando dados estatsticos por Estados da Federao;

    Tais determinaes implicaram na reviso da metodologia para a obteno do custo da mo de obra dos servios.

  • 13

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS1

    2.1 DEFINIO DO OBJETO

    Considera-se Prestao de Servios de limpeza, asseio e conservao predial, as ativi-dades que visam a obter as condies adequadas de salubridade e higiene, com o forne-cimento de mo de obra, materiais e equipamentos em conformidade com os requisitos e condies previamente estabelecidos no termo de referncia e/ou projeto bsico.

    2.2 DESCRIO DOS SERVIOS

    Os servios sero contratados com base na rea Fsica a ser limpa, estabelecendo-se uma estimativa do custo por metro quadrado, observadas a peculiaridade, a produtivida-de, a periodicidade e a frequncia de cada tipo de servio e das condies do local, objeto da contratao.

    Os servios sero prestados nas dependncias das instalaes da Administrao, con-forme tabelas de locais constantes em anexos prprios.

    A metodologia de referncia para a contratao de servios de limpeza e conserva-o, compatveis com a produtividade de referncia estabelecida na Instruo Normativa n 2/2008, pode ser adaptada s especificidades da demanda de cada rgo ou entidade contratante.

    2.3 DESCRIO DOS PROFISSIONAIS

    Para a execuo dos servios de limpeza so necessrios alguns profissionais com ha-bilidades e requisitos especficos, tais como, faxineiros ou serventes, limpadores de vidros, etc.

    1 A descrio das reas, caracterizao de reas, pisos, produtividade que tiverem como referncia os estudos tcnicos, real-izada pela Secretaria de Fazenda do Estado de So Paulo disponvel no stio CATSER. Vide Bibliografia.

  • 14

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    Em conformidade com Classificao Brasileira de Ocupaes (CBO) do Ministrio do Trabalho e Emprego2 temos os seguintes profissionais e suas atividades especficas:

    Cdigo Ttulo Descrio sumria

    5143-05

    Limpador de vidros

    Cordeiro limpeza de vidros, Lavador

    de fachadas, Lavador de vidros,

    Limpador de janelas

    Executam servios de manuteno eltrica, mecnica, hidrulica, carpintaria e alvenaria, substituindo,

    trocando, limpando, reparando e instalando peas, componentes e equipamentos. Conservam vidros e fachadas, limpam recintos e acessrios e tratam de piscinas. Trabalham seguindo normas de segurana,

    higiene, qualidade e proteo ao meio ambiente.

    5143-15

    Limpador de fachadas

    Conservador de fachadas, Cordista,

    Limpador de fachadas com

    jato, Operador de balancim

    5143-20 Faxineiro

    Auxiliar de limpeza, Servente de limpeza

    2.4 REAS FSICAS

    As reas fsicas compreendem reas internas, reas externas, esquadrias externas e fachadas envidraadas e reas hospitalares e assemelhados.

    Para cada tipo de rea fsica dever ser apresentado pelas proponentes o respectivo preo mensal unitrio por metro quadrado, calculado com base na Planilha de Custo e For-mao de preos.

    2.4.1 REAS INTERNAS

    Consideram-se reas internas aquelas reas edificadas integrantes do imvel.

    2 Disponvel no Portal do Ministrio do Trabalho e Emprego no seguinte endereo eletrnico; . Acesso em: 16 nov. 2012.

  • 15

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    Compreendem as reas internas as reas de pisos (acarpetados, frios), laboratrios, almoxarifados/galpes, oficinas, reas com espaos livres (saguo, hall e salo).

    2.4.1.1TIPOS DE REAS INTERNAS

    a) reas internas Pisos acarpetados

    Caractersticas aquelas reas revestidas de forrao ou carpete. Considera-se carpete um tipo especfico de tapete que reveste o piso.

    Produtividade de referncia 600 m

    b) reas internas Pisos frios

    Caractersticas aquelas constitudas/revestidas de paviflex, cermica, mrmore, mar-morite, porcelanato, plurigoma, madeira, inclusive sanitrios.

    Produtividade de referncia 600 m

    c) reas internas Laboratrios

    Caractersticas aquelas destinadas exclusivamente para atividades de pesquisa e/ou anlises laboratoriais.

    Produtividade de referncia 330 m

    d) reas internas Almoxarifados/galpes

    Caractersticas aquelas utilizadas para depsitos/estoque/guarda de materiais diver-sos.

    Produtividade de referncia 1.350 m

    e) reas internas Oficinas

    Caractersticas aquelas destinadas a executar servios de reparos, manuteno de mquinas, equipamentos, materiais, etc.

    Produtividade de referncia 1.200 m

    f) reas internas reas com espaos livres Oficinas

    Caractersticas compreendem as reas como saguo, hall e salo, revestidos com pisos ou acarpetados.

    Produtividade de referncia 800 m

  • 16

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    2.4.1.2REAS INTERNAS DESCRIO DOS SERVIOS METODOLOGIA DE REFERNCIA

    Os servios sero executados pelo contratado na seguinte frequncia:

    1.1 DIARIAMENTE, UMA VEZ QUANDO NO EXPLICITADO.

    1.1.1Remover, com pano mido, o p das mesas, armrios, arquivos, pratelei-ras, persianas, peitoris, caixilhos das janelas, bem como dos demais m-veis existentes, inclusive aparelhos eltricos, extintores de incndio, etc.;

    1.1.2Lavar os cinzeiros situados nas reas reservadas para fumantes;

    1.1.3Remover capachos e tapetes, procedendo a sua limpeza e aspirando o p;

    1.1.4Aspirar o p em todo o piso acarpetado;

    1.1.5Proceder lavagem de bacias, assentos e pias dos sanitrios com saneante domissanitrio desinfetante, duas vezes ao dia;

    1.1.6Varrer, remover manchas e lustrar os pisos encerados de madeira;

    1.1.7Varrer, passar pano mido e polir os balces e os pisos vinlicos, de mrmo-re, cermicos, de marmorite e emborrachados;

    1.1.8Varrer os pisos de cimento;

    1.1.9Limpar com saneantes domissanitrios os pisos dos sanitrios, copas e ou-tras reas molhadas, duas vezes ao dia;

    1.1.10Abastecer com papel toalha, higinico e sabonete lquido os sanitrios, quando necessrio;

    1.1.11Retirar o p dos telefones com flanela e produtos adequados;

    1.1.12Limpar os elevadores com produtos adequados;

    1.1.13Passar pano mido com lcool nos tampos das mesas e assentos dos refei-trios antes e aps as refeies;

    1.1.14Retirar o lixo duas vezes ao dia, acondicionando-o em sacos plsticos de cem litros, removendo-os para local indicado pela Administrao;

    1.1.15Dever ser procedida a coleta seletiva do papel para reciclagem, quando couber, nos termos da IN/MARE n 6 de 3 de novembro de 1995;

  • 17

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    1.1.161.1.16 Limpar os corrimos;

    1.1.171.1.17 Suprir os bebedouros com garrafes de gua mineral, adquiridos pela Administrao;

    1.1.181.1.18 Executar demais servios considerados necessrios frequncia di-ria.

    1.2 SEMANALMENTE, UMA VEZ, QUANDO NO EXPLICITADO.

    1.2.1Limpar atrs dos mveis, armrios e arquivos;

    1.2.2Limpar, com produtos adequados, divisrias e portas revestidas de frmi-ca;

    1.2.3Limpar, com produto neutro, portas, barras e batentes pintados a leo ou verniz sinttico;

    1.2.4Lustrar todo o mobilirio envernizado com produto adequado e passar fla-nela nos mveis encerados;

    1.2.5Limpar, com produto apropriado, as forraes de couro ou plstico em as-sentos e poltronas;

    1.2.6Limpar e polir todos os metais, como vlvulas, registros, sifes, fechaduras, etc.;

    1.2.7Lavar os balces e os pisos vinlicos, de mrmore, cermicos, de marmorite e emborrachados com detergente, encerar e lustrar;

    1.2.8Passar pano mido com saneantes domissanitrios nos telefones;

    1.2.9Limpar os espelhos com pano umedecido em lcool, duas vezes por sema-na;

    1.2.10Retirar o p e resduos, com pano mido, dos quadros em geral;

    1.2.11Executar demais servios considerados necessrios frequncia semanal.

    1.3 MENSALMENTE, UMA VEZ.

    1.3.1Limpar todas as luminrias por dentro e por fora;

    1.3.2Limpar forros, paredes e rodaps;

  • 18

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    1.3.3Limpar cortinas, com equipamentos e acessrios adequados;

    1.3.4Limpar persianas com produtos adequados;

    1.3.5Remover manchas de paredes;

    1.3.6Limpar, engraxar e lubrificar portas, grades, basculantes, caixilhos, janelas de ferro (de malha, enrolar, pantogrfica, correr, etc.);

    1.3.7Proceder a uma reviso minuciosa de todos os servios prestados durante o ms.

    1.4 ANUALMENTE, UMA VEZ QUANDO NO EXPLICITADO.

    1.4.1Efetuar lavagem das reas acarpetadas previstas em contrato;

    1.4.2Aspirar o p e limpar calhas e luminrias;

    1.4.3Lavar pelo menos duas vezes por ano, as caixas dgua dos prdios, remo-ver a lama depositada e desinfet-las.

    2.4.2REAS EXTERNAS

    Consideram-se reas externas a aquelas reas no edificadas, mas integrante do imvel.

    Compreendem as reas internas os pisos pavimentados adjacentes/contguos s edifi-caes, as reas de passeios e arruamentos, ptios e reas verdes classificados de acordo com a frequncia.

    2.4.2.1TIPOS DE REAS EXTERNAS

    a) reas externas pisos pavimentados adjacentes/contguos s edificaes

    Caractersticas aquelas reas circundantes aos prdios administrativos revestidas de cimento, lajota, cermica, etc. revestidas de forrao ou carpete.

    Produtividade de referncia 1.200 m

    b) reas externas Varrio de passeios e arruamentos

    Caractersticas aquelas destinadas a estacionamentos (inclusive garagens cobertas), passeios, alamedas, arruamento e demais reas circunscritas nas dependncias do contra-tante.

  • 19

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    Produtividade de referncia 6.000 m

    c) reas externas ptios e reas verdes alta frequncia

    Caractersticas reas externas nas dependncias do contratante que necessitam de limpeza semanal. Considera-se alta frequncia aquela em que a limpeza ocorrer uma vez por semana.

    Produtividade de referncia 1.200 m

    d) reas externas ptios e reas verdes mdia frequncia

    Caractersticas reas externas nas dependncias do contratante que necessitam de limpeza quinzenal. Considera-se mdia frequncia aquela em que a limpeza ocorrer uma vez por quinzena.

    Produtividade de referncia 1.200 m

    e) reas externas ptios e reas verdes baixa frequncia

    Caractersticas reas externas nas dependncias do contratante que necessitam de limpeza mensal. Considera-se mdia frequncia aquela em que a limpeza ocorrer uma vez por ms.

    Produtividade de referncia 1.200 m

    f) reas externas coleta de detritos em ptios e reas verdes com frequncia diria

    Caractersticas reas externas com e sem pavimentos, pedregulhos, jardins e grama-dos.

    Produtividade de referncia 100.000 m

    2.4.2.2REAS EXTERNAS DESCRIO DOS SERVIOS METODOLOGIA DE REFERNCIA

    Os servios sero executados pela contratada na seguinte frequncia:

    1.1 DIARIAMENTE, UMA VEZ QUANDO NO EXPLICITADO.

    1.1.1Remover capachos e tapetes, procedendo a sua limpeza;

    1.1.2Varrer, passar pano mido e polir os pisos vinlicos, de mrmore, cermi-cos, de marmorite e emborrachados;

    1.1.3Varrer as reas pavimentadas;

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    1.1.4Retirar o lixo duas vezes ao dia, acondicionando-o em sacos plsticos de cem litros, removendo-os para local indicado pela Administrao;

    1.1.5Dever ser procedida a coleta seletiva do papel para reciclagem, quando couber, nos termos da IN MARE n 6 de 3 de novembro de 1995;

    1.1.6Executar demais servios considerados necessrios frequncia diria.

    1.2 SEMANALMENTE, UMA VEZ.

    1.2.1Limpar e polir todos os metais (torneiras, vlvulas, registros, sifes, fecha-duras, etc.)

    1.2.2Lavar os pisos vinlicos, de mrmore, cermicos, de marmorite e emborra-chados, com detergente, encerar e lustrar;

    1.2.3Retirar papis, detritos e folhagens das reas verdes;

    1.2.4Executar demais servios considerados necessrios frequncia semanal.

    1.3 MENSALMENTE, UMA VEZ.

    1.3.1Lavar as reas cobertas destinadas garagem/ao estacionamento;

    1.3.2Proceder a capina e a roada, retirar de toda rea externa, plantas desne-cessrias, cortar grama e podar rvores que estejam impedindo a passa-gem de pessoas.

    1.3.2.1Os servios de paisagismo como jardinagem, adubao, aplicao de defensivos agrcolas no integram a composio de preos contem-plados por esta Instruo Normativa, devendo receber tratamento diferenciado.

    2.4.3ESQUADRIAS EXTERNAS

    2.4.3.1ESQUADRIAS EXTERNAS CARACTERSTICAS

    Consideram-se esquadrias externas aquelas reas compostas de vidros. As esquadrias compem-se de face interna e externa com ou sem exposio situao de risco.

    Considera-se exposio situao de risco aquela situao que necessita para exe-cuo dos servios de limpeza, a utilizao de equipamento especial tais como balancins manuais ou mecnicos, ou andaimes.

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    A produtividade de referncia para esquadria externa face interna com exposio situao de risco de 110 m.

    Nos casos em que no h exposio situao de risco a produtividade de referncia 220 m.

    2.4.3.2REAS EXTERNAS DESCRIO DOS SERVIOS METODOLOGIA DE REFERNCIA

    Os servios sero executados pela contratada na seguinte frequncia:

    1.1 QUINZENALMENTE, UMA VEZ.

    1.1.1Limpar todos os vidros (face interna/externa), aplicando-lhes produtos an-tiembaantes.

    2.4.4 FACHADAS ENVIDRAADAS

    2.4.4.1FACHADAS ENVIDRAADAS CARACTERSTICAS

    Considera-se limpeza de fachadas envidraadas, externamente, somente para aquelas cujo acesso para limpeza exija equipamento especial, cabendo ao dirigente do rgo/enti-dade decidir quanto oportunidade e convenincia desta contratao.

    A produtividade de referncia de 110 m.

    2.4.4.2REAS EXTERNAS DESCRIO DOS SERVIOS METODOLOGIA DE REFERNCIA

    Os servios sero executados pela contratada na seguinte frequncia:

    1.1 SEMESTRALMENTE, UMA VEZ.

    1.1.1Limpar fachadas envidraadas (face externa), em conformidade com as normas de segurana do trabalho, aplicando-lhes produtos antiembaan-tes.

    2.4.5REAS HOSPITALARES E ASSEMELHADOS

    2.4.5.1REAS HOSPITALARES E ASSEMELHADOS CARACTERSTICAS

    As reas hospitalares sero divididas em administrativas e mdico-hospitalares, de-vendo as ltimas reportar-se aos ambientes cirrgicos, enfermarias, ambulatrios, labora-

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    trios, farmcias e outros que requeiram assepsia similar, para execuo dos servios de limpeza e conservao.

    A produtividade de referncia de 330 m.

    2.4.6 QUADRO RESUMO TIPOS DE REAS

    QUADRO 1 TIPOS DE REAS QUADRO RESUMO

    reas FsicasTipos de

    reas FsicasProdutividade de

    Referncia

    Frequncia

    /periodicidade

    I REAS INTERNAS

    a) Pisos acarpetados 600 mDiria, semanal, mensal e anual

    conforme descrito na metodologia de referncia da

    Descrio dos servios

    b) Pisos frios 600 mc) Laboratrios 330 md)Almoxarifados /galpes 1.350 m

    e) Oficinas 1.200 mf) reas com espaos livres saguo, hall e salo

    800 m

    II REAS EXTERNAS

    a) Pisos pavimentados adjacentes/contguos s edificaes

    1.200 m

    Diria, semanal, mensal conforme

    descrito na metodologia de

    referncia da descrio dos

    servios

    b) Varrio de passeios e arruamentos

    6.000 m

    c) Ptios e reas verdes com alta frequncia

    1.200 m

    d) Ptios e reas verdes com mdia frequncia

    1.200 m

    e) Ptios e reas verdes com baixa frequncia

    1.200 m

    f) Coleta de detritos em ptios e reas verdes com frequncia diria

    100.000 m

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    reas FsicasTipos de

    reas FsicasProdutividade de

    Referncia

    Frequncia

    /periodicidade

    III ESQUADRIAS EXTERNAS

    a) Face externa com exposio situao de risco

    110 m Quinzenal conforme descrito

    na metodologia de referncia da

    descrio dos servios

    b) Face externa sem exposio situao de risco

    220 m

    c) Face interna: 220 m

    IV FACHADAS ENVIDRAADAS

    Aquelas cujo acesso para limpeza exija equipamento especial

    110 m

    Semestral conforme descrito

    na metodologia de referncia da

    descrio dos servios

    V REAS HOSPITALARES E ASSEMELHADOS

    Sero divididas em administrativas e mdico-hospitalares, devendo as ltimas reportarem-se aos ambientes cirrgicos, enfermarias, ambulatrios, Laboratrios, farmcias e outros que requeiram assepsia similar, para execuo dos servios de limpeza e conservao

    330 m

    2.4.7BOAS PRTICAS SUSTENTVEIS PARA CONTRATAO DE SERVIOS DE LIMPEZA

    Considerando os efeitos adversos ao meio ambiente, causados pelo setor industrial, as esco-lhas dos materiais e da gesto na produo, podem melhorar o nvel de sustentabilidade no mo-mento da contratao de empresas de servios de limpeza. preciso transparncia nos processos de fabricao industrial para orientao do consumidor no momento da sua escolha de compra.

    A contratao dos servios de limpeza deve prever, nas especificaes tcnicas ou obri-gaes da contratada, mecanismos de implementao da sustentabilidade que estimulem e favoream, por exemplo, o uso de produtos e processos com menor impacto ambiental, evitando produtos alergnicos e irritantes para o consumidor, utilizao de produtos na-turais, equipamentos que causem menor incmodo e sejam mais eficientes, entre outros.

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    Recomenda-se que o rgo exija da contratada a implementao de aes que redu-zam a exposio de ocupantes do edifcio e funcionrios de manuteno a contaminantes de partculas qumicas e biolgicas potencialmente perigosas, que possam impactar nega-tivamente a qualidade do ar, a sade, os sistemas de edifcios e o meio ambiente.

    Medidas que podem ser adotadas no Termo de Referncia e/ou Minuta de Contrato:

    1. Dever ser firmado entre o rgo/entidade e a contratada um Acordo de Nvel de Servio (ANS), com o propsito de delimitar a execuo dos servios dentro dos padres de qualidade definidos.

    2. de responsabilidade da contratada na prestao dos servios contratados, cum-prir a legislao ambiental, para a gesto sustentvel dos servios, observando os Acordos de Nvel de Servios (ANS), nos termos do art. 17 da Instruo Normativa n 2, de 30 de abril de 2008.

    3. obrigao da contratada disponibilizar equipe tcnica qualificada, devidamente registrada, para a prestao dos servios, materiais de limpeza, bem como os de-mais materiais e equipamentos necessrios execuo das atividades de limpeza dos ambientes relativos contratao.

    4. A contratada dever observar a legislao trabalhista relativa jornada de tra-balho, s normas coletivas da categoria profissional e as normas internas de segu-rana e sade do trabalho.

    5. obrigao da contratada treinar e capacitar periodicamente seus empregados no atendimento das Normas Internas e de Segurana e Medicina do Trabalho, bem como preveno de incndio, prticas de reduo do consumo de gua, energia e reduo da gerao de resduos para implementao das lies aprendidas duran-te a prestao dos servios.

    6. de responsabilidade da contratada o fornecimento dos Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) em bom estado de utilizao aos seus funcionrios, prezando pela sade e segurana durante a execuo da prestao dos servios.

    7. A contratada deve manter equipamentos e demais materiais necessrios prestao dos servios em bom estado de funcionamento evitando danos s pes-soas e ao estado das instalaes hidrossanitrias e eltricas.

    8. A contratada dever observar s recomendaes tcnicas e legais para o forne-cimento dos saneantes domissanitrios, sacos de lixo, papel higinico, produtos qumicos, etc.

  • 25

    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    9. Os servios de limpeza que necessitem de veculos automotores para execuo das atividades, devem reduzir as emisses de gases poluentes, utilizando modelos de veculos classificados como A ou B pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular e utilizar biocombustveis para abastecimento.

    10. obrigao da contratada adotar medidas para evitar o desperdcio da gua potvel, com verificao da normalizao de equipamentos quanto ao seu funcionamento (se esto regulados, quebrados ou com defeitos), bem com prticas de racionalizao.

    11. A contratada dever racionalizar o consumo de energia eltrica com a utilizao de equipamentos mais eficientes, que possuam a Etiqueta Nacional de Conservao de Energia (ENCE), conforme regulamentaes, para os casos possveis.

    12. S ser admitida a utilizao de equipamentos de limpeza que possuam o Selo Rudo, indicando o nvel de potncia sonora, conforme a Resoluo especfica do CONAMA e observaes do INMETRO, que possam reduzir o risco sade fsica e mental dos trabalhadores, bem como os demais usurios expostos s condies adversas de rudos que caracterizem poluio sonora no ambiente de trabalho.

    13. A contratada dever adotar prticas de reduo de gerao de resduos slidos, re-alizando a separao dos resduos reciclveis descartados pelo rgo ou entidade, na fonte geradora, e a coleta seletiva conforme legislao especfica.

    14. obrigao da contratada respeitar as Normas Brasileiras (NBRs) sobre resduos slidos, bem como a Poltica Nacional de Resduos Slidos.

    15. A contratada dever utilizar apenas embalagens reciclveis na prestao do servio, incentivando sua utilizao ou substituio por fontes renovveis.

    16. As pilhas e baterias utilizadas na execuo dos servios, em equipamentos ou outros mate-riais de responsabilidade da contratada, devero possuir composio que respeite os lim-ites mximos de chumbo, cdmio e mercrio, conforme Resoluo CONAMA n 401/2008.

    17. A contratada dever recolher as lmpadas fluorescentes e os pneus de veculos utilizados para prestao dos servios, para descart-los junto ao sistema de cole-ta do fabricante, distribuidor, importador, comerciante ou revendedor conforme sistema de Logstica Reversa previsto em legislao especfica.

    18. obrigao da Contratada a apresentao da composio qumica dos produtos utilizados na prestao do servio, quando solicitado da contratante.

    19. proibida a utilizao de saneantes domissanitrios de Risco I listados no art. 5 da Resoluo n 336/1999 na prestao dos servios, conforme Resoluo ANVISA RE n 913, de 25 de junho de 2001.

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    20. permitido o uso de saneantes domissanitrios produzidos com substncias bio-degradveis, estabelecidas na Resoluo ANVISA RDC n 180, de 3 de outubro de 2006, bem como de produtos desinfetantes domissanitrios, previsto na Resoluo ANVISA RDC n 34, de 16 de agosto 2010.

    21. de responsabilidade da contratada a verificao da no utilizao de produtos de limpeza que observem a utilizao de Substncias Perigosas, Biodegrabilidade dos Tensoativos, Toxicidade Aqutica e Teor de Fsforo acima dos limites estabelecidos por regulamentos ou legislao apropriada.

    22. obrigao da contratada a utilizao de produtos de limpeza, preferencialmente, de origem animal e que sejam biodegradveis;

    23. proibida a utilizao de produtos de limpeza e conservao oriundos e/ou derivados de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou de plantas em risco de extino.

    24. permitida a utilizao de produtos que, comprovadamente, sejam derivados de matrias-primas totalmente naturais.

    25. permitido o uso de sabonetes que no contenham agentes antimicrobianos, ex-ceto para locais que sejam exigidos por normas afetas sade e outras regulam-entaes.

    26. O fornecimento de produtos e servios deve ser acompanhado de Acordos de Nveis de Servios (ANS) que assegurem a qualidade, disponibilidade, tempo de atendimento e correo de defeitos dentro de parmetros compatveis com as atividades de sustentabilidade previstas, utilizando os seguintes indicadores:

    a) Utilizao de produtos de limpeza nas especificaes tcnicas previstas no edital, que sejam menos agressivos ao meio ambiente ou de menor impacto ambiental.

    b) Ausncia de sujidades e manchas nos pisos, tetos, paredes, mveis, persianas e cortinas, vidros, sanitrios, lavatrios e chuveiros.

    c) Esvaziamento de lixeiras em por turno, obedecendo s caractersticas adotadas para a coleta seletiva e reciclagem de resduos.

    d) Disponibilizao de Equipamentos de Proteo Individual, por empregado.

    e) Utilizao de uniformes em condies apresentveis e nas especificaes determi-nadas.

    f) Ausncia de defeito em torneiras e vlvulas de descarga que economizem gua.

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    CAPTULO II ESPECIFICAES TCNICAS

    g) Reuso da gua de limpeza para ambientes externos.

    h) Uso de equipamentos mais eficientes para a limpeza e que consumam menos energia eltrica.

    i) Uso de equipamentos de limpeza que emitam menos rudos e sejam menos preju-diciais sade e qualidade de vida do empregado e dos usurios.

    j) Ausncia de resduos nos ambientes de trabalho ou nos locais nos quais se presta o servio.

    k) Nmero de ocorrncia necessria para a manuteno de equipamentos decorren-te do mau funcionamento e/ou limpeza necessria para esses objetos (bens ou materiais).

    Essas clusulas no impedem que os rgos ou as entidades contratantes estabeleam, nos editais e contratos, a exigncia de observncia de outras prticas de sustentabilidade ambiental, desde que justificadamente ou que julguem pertinentes para a prestao dos servios. Outras orientaes podem ser encontradas em .

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    3.1 ELEMENTOS/REQUISITOS

    Devero constar do Projeto Bsico ou Termo de Referncia na contratao de servios de limpeza e conservao, alm dos requisitos disposto na legislao:

    I. reas internas, reas externas, esquadrias externas e fachadas envidraadas, clas-sificadas segundo as caractersticas dos servios a ser executados, periodicidade, turnos e jornada de trabalho necessrios, etc.;

    II. produtividade mnima a ser considerada para cada categoria profissional envolvida, expressa em termos de rea fsica por jornada de trabalho ou relao serventes por encarregado; e

    III. exigncias de sustentabilidade ambiental na execuo do servio, conforme o dis-posto no anexo V desta Instruo Normativa.

    3.2 UNIDADE DE MEDIDA

    Os servios sero contratados com base na rea Fsica a ser limpa, estabelecendo-se uma estimativa do custo por metro quadrado, observadas a peculiaridade, a produtivida-de, a periodicidade e a frequncia de cada tipo de servio e das condies do local objeto da contratao.

    Os rgos devero utilizar as experincias e parmetros aferidos e resultantes de seus contratos anteriores para definir as produtividades da mo de obra, em face das caracte-rsticas das reas a ser limpas, buscando sempre fatores econmicos favorveis Adminis-trao Pblica.

    3.3 NDICES DE PRODUTIVIDADE DE REFERNCIA

    Nas condies usuais sero adotados ndices de produtividade por servente em jorna-da de oito horas dirias, no inferiores a:

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    I. reas internas:

    a) Pisos acarpetados: 600 m

    b) Pisos frios: 600 m

    c) Laboratrios: 330 m

    d) Almoxarifados/galpes: 1350 m

    e) Oficinas: 1200 m; e

    f) reas com espaos livres saguo, hall e salo: 800 m

    II. reas externas:

    a) Pisos pavimentados adjacentes/contguos s edificaes: 1.200 m

    b) Varrio de passeios e arruamentos: 6.000 m

    c) Ptios e reas verdes com alta frequncia: 1.200 m

    d) Ptios e reas verdes com mdia frequncia: 1.200 m

    e) Ptios e reas verdes com baixa frequncia: 1.200 m e

    f) coleta de detritos em ptios e reas verdes com frequncia diria: 100.000 m2

    III. esquadrias externas:

    a) face externa com exposio situao de risco: 110 m

    b) face externa sem exposio situao de risco: 220 m e

    c) face interna: 220 m

    IV. fachadas envidraadas: 110 m2, observada a periodicidade prevista no Projeto B-sico e

    V. reas hospitalares e assemelhadas: 330 m2.

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    3.4 RELAO ENCARREGADO/SERVENTE

    A relao encarregado/servente estabelecida na Instruo Normativa n 2/2008 de um encarregado para cada trinta serventes, ou frao, podendo ser reduzida a critrio da autoridade competente, exceto para o da limpeza das fachadas envidraadas, onde ser adotado um encarregado para cada quatro serventes.

    3.5 OBRIGAES E RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA

    A contratada, alm do fornecimento da mo de obra, dos saneantes domissanitrios, dos materiais e dos equipamentos, ferramentas e utenslios necessrios para a perfeita execuo dos servios de limpeza dos prdios e demais atividades correlatas, obriga-se a:

    a) Responsabilizar-se integralmente pelos servios contratados, nos termos da legis-lao vigente;

    b) b) Selecionar e preparar rigorosamente os empregados que iro prestar os servi-os, encaminhando elementos portadores de atestados de boa conduta e demais referncias, tendo funes profissionais legalmente registradas em suas carteiras de trabalho;

    c) c) Manter disciplina nos locais dos servios, retirando no prazo mximo de 24 (vin-te e quatro) horas aps notificao, qualquer empregado considerado com condu-ta inconveniente pela Administrao;

    d) d) Manter seu pessoal uniformizado, identificando-os atravs de crachs, com fo-tografia recente, e provendo-os dos Equipamentos de Proteo Individual (EPIs);

    e) e) Manter sediado junto Administrao durante os turnos de trabalho, elemen-tos capazes de tomar decises compatveis com os compromissos assumidos;

    f) f) Manter todos os equipamentos e utenslios necessrios execuo dos servios, em perfeitas condies de uso, devendo os danificados ser substitudos em at 24 (vinte e quatro) horas. Os equipamentos eltricos devem ser dotados de sistemas de proteo, de modo a evitar danos rede eltrica;

    g) Identificar todos os equipamentos, ferramentas e utenslios de sua propriedade, tais como: aspiradores de p, enceradeiras, mangueiras, baldes, carrinhos para transporte de lixo, escadas, etc., de forma a no serem confundidos com similares de propriedade da Administrao;

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    h) Implantar, de forma adequada, a planificao, execuo e superviso permanente dos servios, de forma a obter uma operao correta e eficaz, realizando os servi-os de forma meticulosa e constante, mantendo sempre em perfeita ordem, todas as dependncias objeto dos servios;

    i) Nomear encarregados responsveis pelos servios, com a misso de garantir o bom andamento dos mesmos permanecendo no local do trabalho, em tempo integral, fiscalizando e ministrando a orientao necessria aos executantes dos servios. Estes encarregados tero a obrigao de reportarem-se, quando houver necessidade, ao responsvel pelo acompanhamento dos servios da Administra-o e tomar as providncias pertinentes para que sejam corrigidas todas as falhas detectadas;

    j) Responsabilizar-se pelo cumprimento, por parte de seus empregados, das normas disciplinares determinadas pela Administrao;

    k) Assumir todas as responsabilidades e tomar as medidas necessrias ao atendi-mento dos seus empregados, acidentados ou com mal sbito, por meio de seus encarregados;

    l) Cumprir, alm dos postulados legais vigentes de mbito federal, estadual ou muni-cipal, as normas de segurana da Administrao;

    m) Instruir os seus empregados, quanto preveno de incndios nas reas da Admi-nistrao;

    n) Registrar e controlar, juntamente com o preposto da Administrao, diariamente, a assiduidade e a pontualidade de seu pessoal, bem como as ocorrncias havidas;

    o) Fazer seguro de seus empregados contra riscos de acidentes de trabalho, respon-sabilizando-se, tambm, pelos encargos trabalhistas, previdencirios, fiscais e co-merciais, resultantes da execuo do contrato, conforme exigncia legal;

    p) Prestar os servios dentro dos parmetros e rotinas estabelecidos, fornecendo to-dos os materiais, inclusive sacos plsticos para acondicionamento de detritos e, equipamentos, ferramentas e utenslios em quantidade, qualidade e tecnologia adequadas, com a observncia s recomendaes aceitas pela boa tcnica, nor-mas e legislao;

    q) Observar conduta adequada na utilizao dos materiais, equipamentos, ferramen-tas e utenslios, objetivando a correta execuo dos servios;

    r) Os servios devero ser executados em horrios que no interfiram com o bom andamento da rotina de funcionamento da Administrao.

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    s) Adotar boas prticas de otimizao de recursos/reduo de desperdcios/menor poluio, tais como:

    Racionalizao do uso de substncias potencialmente txicas/poluentes;

    Substituio de substncias txicas por outras atxicas ou de menor toxicidade;

    Racionalizao/economia no consumo de energia (especialmente eltrica) e gua;

    Treinamento/capacitao peridicos dos empregados sobre boas prticas de redu-o de desperdcios/poluio; e

    Reciclagem/destinao adequada dos resduos gerados nas atividades de limpeza, asseio e conservao.

    t) utilizar lavagem com gua de reuso ou outras fontes, sempre que possvel (guas de chuva, poos cuja gua seja certificada de no contaminao por metais pesa-dos ou agentes bacteriolgicos, minas e outros).

    u) desenvolver ou adotar manuais de procedimentos de descarte de materiais po-tencialmente poluidores, tais como sobre pilhas e baterias dispostas para descarte que contenham em suas composies chumbo, cdmio, mercrio e seus compos-tos, aos estabelecimentos que as comercializam ou rede de assistncia tcnica autorizada pelas respectivas indstrias, para repasse aos fabricantes ou importa-dores.

    v) Tratamento idntico dever ser dispensado a lmpadas fluorescentes e frascos de aerossis em geral. Esses produtos, quando descartados, devero ser separados e acondicionados em recipientes adequados para destinao especfica.

    w) A contratante dever encaminhar os pneumticos inservveis abandonados ou dis-postos inadequadamente, aos fabricantes para destinao final, ambientalmente adequada, tendo em vista que pneumticos inservveis abandonados ou dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental, que resulta em srio risco ao meio ambiente e sade pblica.

    3.6 OBRIGAES DA ADMINISTRAO

    A Administrao obriga-se:

    a) Exercer a fiscalizao dos servios por servidores especialmente designados, na forma prevista na Lei n 8.666/93;

    b) Disponibilizar instalaes sanitrias;

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    c) Disponibilizar vestirios com armrios guarda-roupas;

    d) Destinar local para guarda dos saneantes domissanitrios, materiais, equipamen-tos, ferramentas e utenslios;

    3.7 FISCALIZAO E CONTROLE

    No obstante a contratada seja a nica e exclusiva responsvel pela execuo de todos os servios, a Administrao reserva-se o direito de, sem que de qualquer forma restrinja a plenitude desta responsabilidade, exercer a mais ampla e completa fiscalizao sobre os servios, diretamente ou por prepostos designados, podendo para isso:

    a) Ordenar a imediata retirada do local, bem como a substituio de empregado da contratada que estiver sem uniforme ou crach, que embaraar ou dificultar a sua fiscalizao ou cuja permanncia na rea, a seu exclusivo critrio, julgar inconve-niente;

    b) Examinar as Carteiras Profissionais dos empregados colocados a seu servio, para comprovar o registro de funo profissional;

    c) Solicitar contratada a substituio de qualquer saneante domissanitrio ou equi-pamento cujo uso considere prejudicial boa conservao de seus pertences, equipamentos ou instalaes, ou ainda, que no atendam s necessidades.

    3.8 MATERIAIS DE LIMPEZA

    3.8.1DEFINIO DE SANEANTES DOMISSANITRIOS

    So substncias ou materiais destinados higienizao, desinfeco domiciliar, em am-bientes coletivos e/ou pblicos, em lugares de uso comum e no tratamento da gua com-preendendo:

    a) Desinfetantes: destinados a destruir, indiscriminada ou seletivamente, microrga-nismos, quando aplicados em objetos inanimados ou ambientes;

    b) Detergentes: destinados a dissolver gorduras e higiene de recipientes e vasilhas, e a aplicaes de uso domstico;

    So equiparados aos produtos domissanitrios os detergentes e os desinfetantes e

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    CAPTULO III - SERVIOS DE LIMPEZA E CONSERVAO PROJETO BSICO/TERMO DE REFERNCIA

    respectivos congneres, destinados aplicao em objetos inanimados e em ambientes, ficando sujeitos s mesmas exigncias e condies no concernente ao registro, industria-lizao, entrega ao consumo e fiscalizao.

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    CAPTULO IV VALORES REFERENCIAIS

    CAPTULO IV VALORES REFERENCIAIS

    4.1 INTRODUO

    O Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MP), em parceria com a Fundao Instituto de Administrao (FIA), realizou estudos dos fatores, parmetros e outros elemen-tos que compe o custo dos servios de vigilncia e de limpeza e conservao contratados pela administrao federal, atendendo recomendao do Tribunal de Contas da Unio.

    Esses estudos subsidiam, a partir de 2010, a definio dos valoreslimites para contrata-o e resultaram em uma nova metodologia na elaborao dos valores limites para contra-tao dos servios de vigilncia e limpeza.

    O modelo, aqui apresentado, diz respeito composio dos valores-limite para os servios de limpeza e vigilncia em condies ordinrias e no a situaes especficas de-rivadas das caractersticas tpicas de alguns rgos, razo pela qual deve ser adaptado ao que requer cada situao.

    A metodologia de clculo dos valores limites representa avano em relao meto-dologia anteriormente adotada, pois considera um nmero maior de fatores que incidem sobre o custo dos servios, o que mais adequado realidade.

    Apresenta, ainda, maior transparncia metodolgica, tanto em relao aos parmetros adotados quanto na disponibilizao dos estudos aos rgos pblicos interessados. Alm disso, observa diferenas peculiares a cada Unidade da Federao no tocante a aspectos demogrficos, do mercado de trabalho, do custo dos uniformes, equipamentos, alm das especificidades estabelecidas pelas respectivas convenes coletivas.

    A metodologia foi disponibilizada, sendo objeto de anlise e discusso envolvendo v-rios rgos pblicos e tambm com representantes das federaes de trabalhadores e de empresas que atuam no mercado de servios de limpeza e vigilncia. Algumas das colabo-raes apresentadas foram incorporadas no modelo de clculo de valores limites.

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    CAPTULO IV VALORES REFERENCIAIS

    4.2 VALORES LIMITES ASPECTOS GERAIS

    Os valores referenciais (tambm denominados valores limites) consistem nos limites mximos de preos a serem observados pelos rgos/entidades da Administrao inte-grantes do Sistema de Servios Gerais (SISG), ou seja, administrao pblica direta, autar-quias e fundaes pblicas.

    Os valores referenciais foram estabelecidos observando as peculiaridades, as conven-es coletivas, os parmetros estatsticos prprios de cada Unidade da Federao.

    Esses valores estabelecidos para contratao de servios de limpeza e conservao so publicados anualmente por meio de Portarias da Secretaria de Logstica e Tecnologia de Informao.

    Lembrando que tais valores consideram apenas as condies ordinrias de contrata-o, no incluindo necessidades excepcionais na execuo do servio que venham a repre-sentar custos adicionais para a contratao.

    Existindo tais condies, estas podero ser includas nos preos das propostas, de modo que o seu valor final poder ficar superior ao valor limite estabelecido. Entretanto, descontando-se o adicional, o valor proposto deve estar dentro do valor-limite estabeleci-do, sob pena de desclassificao.

    Os valores limites estabelecidos em Portarias no limitam a repactuao de preos que ocorrer durante a vigncia contratual, mas apenas os preos decorrentes de nova contra-tao ou renovao do contrato, tendo em vista que o art. 37, inciso XXI da Constituio Federal assegura aos contratados o direito de receber pagamento mantidas as condies efetivas da proposta.

    Quando da prorrogao contratual, os contratos cujos valores estiverem acima dos li-mites estabelecidos nas Portarias da SLTI devero ser renegociados para se adequarem aos novos limites, vedando-se a prorrogao de contratos cuja negociao resultar insatisfat-ria, devendo o rgo proceder a novo certame licitatrio.

    Art. 30 A (omissis)

    ()

    2 A Administrao no poder prorrogar o contrato quando: (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)

    I os preos estiverem superiores aos estabelecidos como limites pelas Portarias do Mi-nistrio do Planejamento, Oramento e Gesto, admitindo-se a negociao para reduo de preos; ou (Includo pela Instruo Normativa n 3, de 16 de outubro de 2009)

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    CAPTULO IV VALORES REFERENCIAIS

    Ressaltamos que a atualizao dos valores-limite nas Portarias uma prerrogativa dis-cricionria da Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planeja-mento, Oramento e Gesto, que poder, inclusive, reduzi-los, caso verifique que os atuais valores esto acima do valor de mercado, por qualquer motivo.

    Lembrando que os valores limites estabelecidos nas Portarias da SLTI so vlidos inde-pendente da ocorrncia de novos acordos, dissdios, convenes coletivas, e enquanto no forem alterados ou revogados por nova Portaria.

    Esclarecemos que os valores mnimos estabelecidos nas Portarias visam garantir a exe-quibilidade da contratao, de modo que as propostas com preos prximos ou inferiores ao mnimo devero comprovar sua exequibilidade, de forma inequvoca, sob pena de des-classificao sem prejuzo do disposto nos 3, 4, 5 do art. 29 da Instruo Normativa n 2, de 30 de abril de 2008.

    Art. 29 (omissis)

    (...)

    3 Se houver indcios de inexequibilidade da proposta de preo, ou em caso da necessi-dade de esclarecimentos complementares, poder ser efetuada diligncia, na forma do 3 do art. 43 da Lei n 8.666/93, para efeito de comprovao de sua exequibilidade, podendo adotar, dentre outros, os seguintes procedimentos:

    4 Qualquer interessado poder requerer que se realizem diligncias para aferir a exe-quibilidade e a legalidade das propostas, devendo apresentar as provas ou os indcios que fundamentam a suspeita.

    5 Quando o licitante apresentar preo final inferior a 30% da mdia dos preos ofer-tados para o mesmo item, e a inexequibilidade da proposta no for flagrante e evidente pela anlise da planilha de custos, no sendo possvel a sua imediata desclassificao, ser obrigatria a realizao de diligncias para aferir a legalidade e exequibilidade da proposta.

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COM-POSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    5.1 OBJETIVO

    A metodologia tem o propsito de orientar os agentes pblicos responsveis pela contratao de servios de limpeza e vigilncia, executados de forma contnua em edifcios pblicos e em condies ordinrias, na realizao de uma contratao por preo justo, a partir do estabelecimento do preo mximo e um preo mnimo (no caso de servios de limpeza) que a Administrao est disposta a pagar.

    Lembrando que valor mnimo constitui-se um patamar abaixo do qual o cumprimento das obrigaes legais e estabelecidas em acordos ou convenes coletivas pelas empresas corre risco de inexequibilidade, o que exige do gestor procedimentos de ateno para veri-ficar a viabilidade da proposta apresentada.

    Procura-se, com isso, ao mesmo tempo evitar o estabelecimento de preo artificial-mente elevado e a contratao de servios por preo muito reduzido que possam levar ao inadimplemento do contrato, com prejuzo para a administrao pblica.

    No entanto, os valores limites so parmetros balizadores da deciso, caso a neces-sidade dos servios apresente condies especiais, o valor do contrato poder ser superior ao valor limite calculado.

    Da mesma forma, a inexequibilidade deve ser analisada no caso concreto, ou seja, ges-tor deve promover diligncias para obteno de informaes complementares em caso da proposta de preo abaixo do valor de ateno. Caso seja verificado que o proponente comprovou que seus preos so exequveis, a proposta poder ser aceita.

    5.2 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA O CLCULO DOS VALORESLIMITES

    Os procedimentos adotados na nova metodologia observam a sequncia de clculo adotada pelos departamentos de pessoal das empresas para o processamento da folha de pagamento e de seus reflexos. Este padro foi preferido ao mtodo invertido (grupos A a F), em que os encargos so calculados em sequncia diversa da natural, o que gera a ne-cessidade de considerar frequentes efeitos intercorrentes entre as categorias de encargos.

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    So considerados os adicionais (como periculosidade, insalubridade, noturno e ou-tros), que modificam o custo final da mo de obra, bem como todos os custos decorrentes de condies estabelecidas no Acordo ou Conveno Coletivas estabelecidos entre os sin-dicatos de cada categoria profissional e Unidade da Federao.

    O clculo estruturado segundo fatores de custo compostos por itens necessrios para a prestao do servio com natureza semelhante, permitindo melhor entendimento da composio do custo total.

    Para cada um dos itens que compem o custo total estabelecido o valor de referncia sobre o qual incidir aquele item, segundo o que estabelece a legislao trabalhista ou o acordo coletivo. Como decorrncia, a base de clculo de um mesmo item pode variar entre Unidades da Federao diferentes, resultando em pesos diversos para o mesmo item na composio do custo.

    O custo calculado segundo as principais jornadas de trabalho praticadas (12 x 36 horas no perodo, 12 x 36 horas no perodo noturno e 44 horas semanais) tanto para o trabalhador direto (vigilante ou servente) e quanto para o supervisor. Para a apurao dos valores limites para contratao, o custo do supervisor rateado entre o nmero de traba-lhadores diretos supervisionados. No caso de limpeza o valor de cada servio calculado de forma diferenciada quando os servios que tm produtividades diferentes (rea interna e rea externa) ou adicionais diferentes (rea hospitalar e fachadas envidraadas).

    O clculo do valor mximo total estruturado nos seguintes fatores:

    Composio da remunerao

    Salrio-Base

    Adicional de periculosidade, insalubridade e outros

    Adicional por trabalho noturno

    Horas extras

    Encargos e benefcios anuais e mensais

    13 salrio e adicional de frias

    Previdncia social e FGTS

    Benefcios mensais acordados

    Afastamento maternidade

    Resciso

    Uniformes, equipamentos e reciclagem

    Reposio de profissional ausente

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    Benefcios dirios acordados

    Valor calculado por trabalhador

    Custo total por trabalhador (soma dos itens anteriores)

    Insumos

    Custos indiretos, tributos e lucro (CITL)

    Custo total mensal por trabalhador (Preo Homem-Ms)

    5.3 PECULIARIDADES

    5.3.1Custo de reposio do profissional ausente

    O principal motivo de ausncia de um profissional decorre das suas frias, quando a empresa contratada deve alocar outro pelo perodo de 30 dias. Caso a empresa e o tra-balhador optem por um perodo de frias mais curto e a remunerao adicional dos dias trabalhados, esse custo ocorrer com nus para a empresa, no estando previsto ressarci-mento no clculo do custo.

    Para os demais motivos das chamadas ausncias legais foi feita a estimativa da pro-babilidade da ocorrncia do evento, segundo os dados mais precisos disponveis, e esta foi multiplicada pelo nmero de dias de ausncia previstos na legislao. O resultado foi calculado como porcentagem do tempo de trabalho em um ano para a apurao do custo. Tomando como exemplo o custo das licenas-paternidade para limpeza no Distrito Federal consideram-se os seguintes fatores:

    Porcentagem de homens em relao ao total de empregados nas empresas da ati-vidade econmica no Rio de Janeiro: 49,98%

    Taxa de paternidade no Rio de Janeiro: 5,17% ao ano

    Probabilidade de ocorrncia de licena-paternidade: 4,62%

    Durao da licena-paternidade: 5 dias seguidos

    Quantidade de dias a considerar no custo de reposio do profissional ausente (Probabilidade de ocorrncia de licena-paternidade x Quantidade de dias a serem repostos) nas jornadas 44 horas semanais: 0,0884 dias

    5.3.2Distino entre benefcios mensais e dirios

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    Alguns dos benefcios legais ou previstos em acordos coletivos tm como base de cl-culo o ms completo, independente do nmero de dias trabalhados. o caso de cestas bsicas, assistncia mdica e seguro de vida. Outros tm, para efeito da apurao do seu custo, como base o nmero de dias de trabalho, em especial o vale-transporte e vale-refei-o. Para permitir a apurao de tal diversidade, foram separados em dois fatores de custo diferentes os benefcios mensais e os dirios.

    5.3.3Fatores de custo com base estatstica

    Um conjunto de fatores que representam custo para o contratante e que tem ocorrn-cia incerta passam a ser tratados com base em dados estatsticos relacionados ao evento gerador do custo. Incluem-se nessa situao:

    Auxlio-Ccreche;

    Afastamento maternidade;

    Eventos com ausncias amparadas por dispositivo legal (licena-paternidade, bi-to, casamento, etc.).

    Para cada um dos fatores foram identificadas as fontes estatsticas mais adequadas, com o grau de detalhe disponvel. Assim, fatores baseados em dados populacionais obtidos junto ao IBGE foram calculados por Unidade da Federao, que o mesmo espao territo-rial considerado para os valoreslimites. Como decorrncia para cada Estado, o peso relativo desses fatores diferente, ainda que as diferenas sejam pouco expressivas.

    5.3.4Proviso para Resciso

    considerada como custo a proviso para resciso de todos os contratos de traba-lho, durante todo o perodo de execuo dos servios. Considera-se que uma parcela dos trabalhadores trabalhar durante o perodo de aviso prvio enquanto outra parcela ser indenizada e haver necessidade de substituio imediata.

    Os valores limite para servios de limpeza incorporam a estimativa que 50% dos traba-lhadores tero o aviso prvio indenizado, e os 50% restantes estaro sob o aviso trabalha-do.

    5.3.5Custos Indiretos, Tributos e Lucro

    Os Custos Indiretos so todos os gastos envolvidos diretamente na execuo dos servi-os, que podem ser caracterizados e quantificados, mas no so passveis de serem apropria-dos a uma fase especfica, a exemplo do preposto para acompanhamento do contrato, etc.

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    As Despesas Indiretas, embora associadas produo, no esto relacionadas especifi-camente com o servio e sim com a natureza de produo da empresa, ou seja, so gastos devidos estrutura administrativa e organizao da empresa que resultam no rateio en-tre os diversos contratos que a empresa detm, a exemplo de gastos com a Administrao Central e despesas securitrias, que so gastos com seguros legais, tais como seguro de responsabilidade civil.

    Os Custos e Despesas Indiretas incluem, entre outros:

    Seguro Responsabilidade Civil

    Remunerao de pessoal administrativo

    Transporte do pessoal administrativo

    Aluguel da sede

    Manuteno e conservao da sede

    Despesas com gua, luz e comunicao

    Imposto predial, taxa de funcionamento

    Material de escritrio

    Manuteno de equipamentos de escritrio

    Dentro do conceito de lucro bruto, nos termos definidos em estudos elaborados pelo Governo do Estado de SP, Ministrio Pblico e Supremo Tribunal Federal, adotou-se uma mdia que limitar a possvel variao de taxa de lucro bruto.

    Essa mdia definida com base na margem bruta (mark up), que ento ajustada para corresponder ao Lucro antes do Imposto de Renda (LAIR) depois dos impostos sobre a Re-ceita Bruta (PIS, COFINS, ISS).

    Tendo em vista as consideraes anteriormente citadas, a taxa de lucro bruto que est sendo utilizada de 6,79% para os servios de limpeza.

    As Despesas Fiscais so gastos relacionados com o recolhimento de contribuies, im-postos e taxas que incidem diretamente no faturamento, tais como PIS, COFINS, ISSQN, etc. A alquota do PIS de 1,65% para Limpeza e.

    A base de clculo da COFINS composta pela totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurdica, independentemente da atividade exercida e da classificao contbil das receitas, com alquota de 7,60% para os servios de limpeza (art. 2 da Lei n 10.833/03)

    O ISSQN varivel segundo o Municpio, foi adotada a alquota vigente na maior parte das capitais brasileiras, que de 5%.

    O quadro a seguir apresenta o demonstrativo dos Custos Indiretos, Tributos e Lucro para os servios de limpeza.

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    Tabela 1 Custos Indiretos, Tributos e Lucro para os servios de Limpeza

    CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCROSLIMPEZA

    PercentuaisTributos sobre a receitaPIS 1,65%COFINS 7,60%ISS 5,00%Total 14,25%

    Custo indireto e lucroCusto indireto 3,00%Lair 6,79%

    Percentual do CITL 30,45%

    5.3.6Cenrio de Ateno

    A partir de 2011 passam a ser calculados valores para um cenrio de ateno, que tem como objetivo indicar a possibilidade de inexequibilidade das propostas, proporcionando ao pregoeiro ou a autoridade responsvel pela homologao da contratao, parmetro que possa subsidi-lo no processo de tomada de deciso.

    Considera-se cenrio de ateno aquele em que propostas com valores inferiores na-quele cenrio em processo licitatrio apresenta forte indcio de inexequibilidade e para os quais se faz necessria a realizao de diligncias.

    O valor do cenrio de ateno definido como aquele que capaz de cumprir todas as obrigaes legais e tributrias e os termos de acordos e convenes coletivas, mas com custos mais baixos em alguns outros fatores de custo.

    Para o clculo do custo no cenrio de ateno, a incidncia dos parmetros utilizados para o clculo do valor limite alterada, conforme a Tabela a seguir:

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    CAPTULO V METODOLOGIA DE CLCULO DA COMPOSIO DOS VALORES REFERENCIAIS

    Tabela 3 Parmetros adotados nos cenrios mximos e de ateno.

    PARMETROS FONTE

    Cen

    rio

    Mx

    imo

    Cen

    rio

    Aten

    o

    Dados gerais

    Passagem predominante ANTP 100% 50%Nmero de filhos em creche IBGE 100% 50%Licenas-maternidade por ano IBGE 100% 50%Licenas-paternidade por ano IBGE 100% 50%Licenas de casamento por ano IBGE 100% 50%Licenas de bito por ano IBGE 100% 50%% de feriados no coincidentes Calendrio 100% 50%Proporo de mulheres RAIS 100% 50%Falecimento de cnjuge, asc., desc. Lei, acordo 100% 50%Casamento Lei, acordo 100% 50%Nascimento de filho Lei, acordo 100% 50%Doao de sangue (anual) Lei, acordo 100% 50%Faltas por consultas mdicas de filho Acordo coletivo 100% 50%Exame pr-natal Acordo coletivo 100% 50%Considera falecimento de sogra Acordo coletivo 100% 50%

    LimpezaInsumos SP Benchmark 100% 50%Uniformes (custo anual) Mercado 100% 50%

    Observe que no cenrio de ateno, os parmetros representam 50% dos parmetros adotados no cenrio mximo.

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    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    6.1 PARMETROS DOS REGIMES DE TRABALHO

    Para o clculo da proporo dos dias de folga no ms e do nmero de dias de trabalho foi considerado como referncia o regime de trabalho da respectiva categoria.

    O nmero de dias de trabalho por ano foi calculado levando em conta a existncia de 1 ano bissexto (ms de fevereiro = 29 dias) a cada quatro anos, o que representa 365,25 dias por ano.

    Como decorrncia, considera-se que cada ms tenha 30,4375 dias.

    O nmero de dias de trabalho mdio por ms calculado pela frmula:

    (Nmero de dias de trabalho do ms) = (Nmero de dias do ms) * [1 - Proporo de dias de folga no ms)

    Exemplo 1 : 20,84 = (30,4375) * (1 31,544%)

    31.544% Proporo de dias de folga no ms para jornada 44 horas semanais

    Na escala 12 X 36, cada dia trabalhado seguido de um dia de descanso, o que resulta em uma proporo de 50% dos dias do ms de folga. Para esta escala, o custo de adicional de hora extra em feriados est demonstrado na sesso Horas Extras.

    Exemplo 2 : 15,22 = (30,4375) * (1 50,000%)

    50,000% Proporo de dias de folga no ms para jornada 12 X 26

    A proporo de dias de feriados no ano foi calculada com base nos seguintes fatores:

    Nmero de feriados de data fixa (p. ex. 7 de setembro) da UF.

    Probabilidade do feriado de data fixa no coincidir com Domingos (6/7 = 85,7%)

    Feriados Mveis (ex.: Sexta-Feira Santa)

    A frmula de clculo :

    (Proporo de feriados) = ( { [ (Nmero de feriados de data fixa da UF) x (Probabilidade de no coincidir com Domingos) ] + (Feriados mveis) } / (Nmero de dias do ano) ) x 100

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    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    6.2 REAS E ESCALAS DE TRABALHO

    Nos termos da IN 02/2008 devero ser consideradas as reas internas, reas exter-nas, esquadrias externas e fachadas envidraadas, classificadas segundo as caractersticas dos servios a serem executados, periodicidade, turnos e jornada de trabalho necessrios, etc.

    Para determinar nmero de dias de trabalho mdio foi observado o regime de trabalho ou jornada de trabalho adotado.

    Para as jornadas de trabalho e reas: AI 44d, AE 44, AI44n, ESQ 44, VID 44, MED 44 o nmero mdio de dias trabalhados de 20,8363.

    Para as jornadas de trabalho e reas: AI 12 X 36d, AI 12 X 36n, MED 12 x 36d, MED 12 x 36d nmero mdio de dias trabalhados de 15,2188.

    O quadro a seguir apresenta as descrio das reas e respectivas jornadas de trabalho.

    Descrio da rea e Jornada de trabalho Cdigorea interna diurno AI 44drea externa AE 44drea interna noturno AI 44nrea interna 12 X 36D AI 12 X 36drea interna 12 X 36N rea interna 12 X 36NEsquadria externa ESQ 44Fachada vidro externo (*) VID 44Mdico-hospitalar MED 44Mdico-hospitalar MED 12 X 36dMdico-hospitalar MED 12 X 36n

    6.3 COMPOSIO E ESTRUTURA DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREOS

    6.3.1Composio da Remunerao

    6.3.1.1Salrio-Base Categorias Profissionais

    O Salrio-Base estabelecido em Acordo Coletivo a base inicial de clculo utilizado em todos os passos seguintes.

    Para o salrio do encarregado podem ocorrer trs situaes:

    1) O Acordo estabelece o valor do salrio;

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    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    2) O Acordo estabelece um percentual de acrscimo sobre o salrio do Servente;

    3) O Acordo no estabelece nem o valor do salrio nem o percentual de acrscimo.

    No segundo caso, foi calculado o salrio-base do Encarregado da seguinte forma:

    (Salrio-Base do Encarregado) = (Salrio-Base do Encarregado) x (percentual de acrscimo).

    Na terceira situao, foi utilizada a mdia do percentual de acrscimo sobre os salrios dos Serventes (estabelecidos no Acordo ou calculados) daqueles Acordos de 2011 que es-tavam na situao 1 ou 2, segundo a frmula:

    Acrscimo mdio = [Somatrio de (Salrio-Base do encarregado nos acordos onde h previso) / (Salrio-Base do Servente) - 1 ) ] / (Nmero de acordos onde h pre-viso).

    O acrscimo corresponde a 37%.

    O salrio do encarregado foi ento calculado da seguinte forma:

    (Salrio-Base do encarregado nos acordos onde no h previso) = (Salrio-Base do Servente) x (Acrscimo mdio)

    6.3.1.2ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE

    a) Definio

    Consiste em um adicional previsto em legislao ou Acordo Coletivo decorrente de trabalho em condies de periculosidade, ou seja, que impliquem em condies de risco a sade do trabalhador ou integridade fsica (art. 193 e 194 da CLT, art. 7 inciso XXIII da Constituio Federal, Norma Regulamentadora n 16 do Ministrio do Trabalho e Empre-go NR 16, Smula n 364 TST, Smula n 132 TST, Smula n 191 TST). Orientao Jurisprudncia n 406 da SDI-1- do TST.

    b) Memria de Clculo Exemplo Distrito Federal

    ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

    Categoria Base de clculo Percentual Valor Limpador de Fachada 924,78 30% 277,43 Encarregado Fachada 1.535,54 30% 460,66

    (A) Base de Clculo: Salrio-Base (Salrio Normativo conforme clusula CCT/2013)

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    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    (B) Percentual: 30%

    (C) Memria de Clculo:

    Adicional de Periculosidade: Base de Clculo(A) X (30% Percentual (B))

    Exemplo: 277,43 = R$ 924,78 X 30% limpador de fachada

    6.3.1.3Adicional de insalubridade

    a) Definio

    Consiste em um adicional previsto em legislao ou Acordo Coletivo decorrente de trabalho em condies de insalubridade, ou seja, que impliquem em exposio dos empre-gados a agentes nocivos sade, acima dos limites de tolerncia considerados adequados (art. 189 a 192 da CLT, art. 7 inciso XXIII da Constituio Federal, Smula n 228 do TST, Smula n 139 TST).

    b) Memria de Clculo Exemplo: Distrito Federal

    ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

    Categoria Base de clculo Percentual Valor Servente MED 44 873,60 20% 174,72 Servente MED 12 X 36 D 873,60 20% 174,72 Servente MED 12 X 36 N 873,60 20% 174,72

    6.3.1.4ADICIONAIS POR TRABALHO NOTURNO

    a) Definio

    o adicional conferido ao trabalhador ao trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, sendo remunerado com adicional de pelo menos 20% (vin-te por cento), (art. 73 da CLT, art. 7 inciso IX da Constituio Federal, Smula n 60 do TST, Orientao Jurisprudencial n 388 da SDI-1 do TST).

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    CAPTULO VI COMPOSIO DA PLANILHA DE CUSTO E FORMAO DE PREO

    b) Adicional Noturno Memria de Clculo Exemplo: Distrito Federal

    ADICIONAL NOTURNO

    Categoria Base de clculo Proporo Percentual ValorServente AI 44 N 873,60 100% 20,00% 174,72Servente AI 12 X 36 N 873,60 75% 20,00% 131,04Servente MED 12 X 36 N 1.048,32 75% 20,00% 157,25

    Obs.: A base de clculo inclui salrio-base + adicionais.

    (A) Base de Clculo: Salrio-Base + Adicionais.

    (B) P