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Caravana Brasil Nacional Caderno de Viagem PI

CADERNO DE AVALIAÇÃO

CARAVANA BRASIL

CUIBÁ, PANTANAL NORTE E CHAPADA DOS GUIMARÃES

- MT 15 a 19 de abril de 2009

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Viagem MT

MINISTÉRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo Airton Nogueira Pereira Júnior, Secretário

Departamento de Promoção e Marketing Nacional Márcio Nascimento, Diretor Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Apoio à Comercialização

SEBRAE NACIONAL – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Paulo Tarciso Okamotto, Diretor-Presidente

Diretoria de Administração e Finanças Carlos Alberto dos Santos, Diretor

Diretoria Técnica Luiz Carlos Barboza, Diretor

Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços Ricardo Guedes, Gerente Aryanna Nery Dival Schmidt Germana Magalhães Lara Franco Valéria Barros

BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo José Eduardo Barbosa – Presidente Monica Eliza Samia – Diretora Executiva Daniela Sarmento – Coordenadora Geral Leandro Queiroz – Supervisor Técnico Marina Telles – Equipe Técnica Nivea Lima – Equipe Técnica Roberta Giglio – Equipe Técnica

Consultores Eduardo Cecchini José Cordeiro Rafael Andreguetto Rosier Saraiva Oficina de Hospitalidade Alessandro Rodrigues Pinto Ana Laura Ravagnani Simone Scorsato

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Caravana Brasil Nacional

Caderno de Viagem MT

ÍNDICE

Caravana Brasil _______________________________ 05

Cuiabá, Pantanal Norte e Chapada dos Guimarães ___ 07

Oficina de Capacitação _________________________ 08

Viagem Técnica _______________________________ 10

Avaliação Destino______________________________ 13

Hospitalidade ______________________________ 16

Produtos e Serviços_________________________ 22

Público Alvo ______________________________ 24

Promoção e Comercialização _________________ 25

Encontro de Conhecimento ______________________ 29

Considerações Finais___________________________ 32

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CARAVANA BRASIL O projeto Caravana Brasil, realizado pela EMBRATUR desde 2003, tem como principal meta incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros no mercado internacional. Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa. A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o SEBRAE firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que segue as mesmas linhas conceituais do projeto original. Busca, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com mais eficiência ao mercado atual. Dessa forma, o projeto realiza: 1- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes conhecem destinos e produtos turísticos e também visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor; 2- Viagens com Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados; 3- Viagens com Operadoras de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”. A Caravana Brasil Nacional promove ainda: 1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo, bem como adequar seus produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final. 2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadoras de Turismo, Representantes Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de

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interesses e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadoras de Turismo. 3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma diferenciada para Operadoras e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre Operadoras de Turismo e Agentes de Viagem. 4- Encontros para Apresentação dos Resultados das Avaliações, que constituem um retorno ao destino das avaliações feitas pelos Agentes de Viagem e Operadoras de Turismo. Esta ação acontece em um evento previsto para aproximadamente um mês depois da viagem. O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.

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Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias.

CUIABÁ, PANTANAL NORTE E CHAPADA DOS GUIMARÃES - MT

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Durante a viagem precursora ao destino foi realizada a Oficina de Capacitação para os empresários locais. O foco central da oficina é a preparação dos fornecedores locais para o encontro de conhecimento, bem como, propiciar a todos os participantes por meio de exercícios e dinâmicas de integração, reflexão sobre a hospitalidade do destino, o turista e suas expectativas, produtos e segmentos e as possíveis ferramentas de promoção, comercialização e distribuição do produto turístico. A Oficina de Capacitação foi realizada na cidade de Cuiabá, tendo a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local. Ao todo participaram 17 de diferentes setores empresariais conforme tabela abaixo:

Empresas e Instituições - Oficina de Capacitação Nome da Empresa Representante 1 Brasilplus

2 Confiança Turismo Anderson Vieira

3 Ícone Turismo Sidnei Varaniz

4 Interativa Pantanal Fernando

5 Portal Paraíso Guilherme

6 Pousada Canto do Arancuã Cássio Campos

7 Pousada Pouso Alegre Henrique

8 SEBRAE Mirael

9 Sedtur Vanessa

10 Sedtur Anália

11 Sedtur Dammy

12 Senac Zildenete

13 Sind dos Guias de Turismo de Poconé Elvis

14 Sing tur MT Paulo 15 Tuiuiu Hotel Angela

OFICINA DE CAPACITAÇÃO

04 de dezembro de 2008

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Na Oficina de Capacitação foram desenvolvidos dois tipos de exercícios:

Exercício 1: Análise do destino nos aspectos da Hospitalidade.

De preenchimento individual, este exercício possui o objetivo de avaliar elementos e características do destino que possam representar indicadores de hospitalidade do lugar. Cada participante avaliou por meio de notas o nível de excelência para elementos/situações e/ou serviços que representem o grau de hospitalidade do lugar.

Exercício 2: Análise de produto, mercado e segmento.

Exercício em grupo que tem por objetivo identificar na percepção dos empresários locais quais são os produtos mais importantes no destino e para qual público é oferecido. Os grupos devem avaliar por meio de valores de referência o grau de excelência do produto.

Valores de referência 3 – Indicadores na média considerados excelentes (ótimo). 2 – Indicadores na média considerados satisfatórios (bom). 1 – Indicadores na média considerados pouco adequados (regular). 0 – Indicadores na média considerados insuficientes, inexistentes ou ruins. (ruim).

Valores de referência 3 – Excelente: ótima qualidade de serviços e estrutura ofertada ao turista, superando a expectativa do cliente. 2 – Bom: estrutura e serviços funcionais e de qualidade no atendimento das necessidades dos turistas. 1 - Regular: estrutura e serviços atendem de maneira regular as expectativas dos turistas. 0 – Precário: insuficiência e/ou deficiência nos serviços prestados/apresentados para seu uso turísticos.

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A viagem técnica aconteceu seguindo o seguinte roteiro: 15 de abril (quarta-feira) Cuiabá –Transfer Aeroporto / Hotel Deville –Jantar - Restaurante Café Cancun 16 de abril (quinta-feira) Cuiabá/Chapada dos Guimarães/Cuiabá –Café da manhã com Encontro de Conhecimento –Full Day Chapada dos Guimarães –Visita técnica Pousada Penhasco –Almoço - Restaurante Morro dos Ventos –Visita ao Centro Histórico - com breve parada para compra de souvenirs e visita aos receptivos locais e Mirante da Chapada –Visita técnica na Pousada Solar do Inglês (Chá da tarde) –Retorno para Cuiabá –Jantar: Boi Grill Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias.

17 de abril (sexta-feira)

VIAGEM TÉCNICA MT - Cuiabá, Pantanal Norte E Chapada dos Guimarães - 15 a 19 de Abril de 2009

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Cuiabá/Poconé –Check out Hotel Deville + Transfer Cuiabá/Poconé –Apresentação folclórica - Os Mascarados, na cidade de Poconé –Visita técnica e almoço no Pantanal MT Hotel –Check-in e visita técnica Pousada Santa Tereza –Visitação aos atrativos: Passeio de cavalo e de barco pelo Pantanal –Jantar - Sta. Tereza –Focagem noturna Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias. 18 de abril (sábado) Poconé –Alvorecer com trilhas ao redor da Pousada + Café da manhã –Check-out Pousada Santa Tereza –Passeio de Chalana na Fazenda do Pantanal MT Hotel –Visita Técnica: Pousada Rio Claro, almoço Pousada Canto do –Arancuã + visita técnica - Ueso e Portal Paraíso e Pousada –Araras com trilha e observação da torre –Check-in Pousada Piuval –Jantar - Pousada Piuval

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Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias. 19 de abril (domingo) Poconé/Cuiabá –Café da manhã –Check out e retorno para Cuiabá / Aeroporto

PARTICIPANTES – Agentes

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

Novas Rotas Agência de Viagens e Turismo

André Ricardo Soares Campo Largo / PR

Mix Turismo Katiuce Theodoro Maringá / PR

Turismo Fácil Roberta Wasem Curitiba / PR

GP Tour Kely Francis Silva Curitiba / PR

Cádiz Turismo Heidi Rosi Sarda Curitiba / PR

Ivetur Turismo Ivete Fagundes Curitiba / PR

Mala Pronta.com Lais Santos Curitiba / PR

Baradeltur Viagens Ernesto Luiz Bellincanta

Maringá / PR

Soho Turismo Leonardo Da Mata Curitiba / PR

Turispaulo Agencia de Viagens e Turismo

Denise Silva Rodrigues

Maringá / PR

PARTICIPANTES - Operadoras de Turismo

New Line Operadora Delviro Morais /Padilha Curitiba / PR

MGM Operadora Turistica Christina Marfara Curitiba / PR

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AVALIAÇÃO DO DESTINO As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais (fornecedores) sobre seu destino. No decorrer da viagem técnica os operadores foram convidados também a opinar sobre questões similares às apresentadas na Oficina. Esta metodologia possui como objetivo propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre estes dois olhares (fornecedor x operadores). Os indicadores possíveis de análise comparativa se referem à hospitalidade do destino, especificamente, a acesso, identidade (diversidade de oferta para os operadores/agentes), legibilidade, hospitalidade comercial (atendimento e prestação de serviços para os operadores/agentes), notoriedade (ações de comercialização). Para melhor compreensão estes indicadores possuem em seu conceito as seguintes definições: Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o destino e seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos, estado de conservação de estradas e, se houver portal turístico, etc. Legibilidade caracteriza a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente. A cidade torna-se mais hospitaleira na medida em que o usuário a “lê” com mais facilidade e nesta questão se incorporam a

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análise do desenho urbano, a orientação e a sinalização, a existência de espaços públicos como praças, áreas de lazer e a conservação destes espaços. O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar, bem como, se os prestadores de serviço e a comunidade local valorizam e incorporam os aspectos históricos e culturais naquilo que oferecem aos turistas. Por hospitalidade comercial analisou-se a diversidade e a qualidade na prestação de serviços turísticos, ou seja, a possibilidade do destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados aos turistas, onde também se insere a qualificação de mão obra local, as ações cooperadas entre os empresários locais e a política comercial destes prestadores de serviços para com empresas do setor de agenciamento e transporte. Já por notoriedade, considera-se o grau de conhecimento do destino pelo mercado, além das ações que objetivam levar informação qualificada ao mercado e ao turista como a comunicação virtual, participação em feiras, existência de roteiros promocionais, etc. De forma detalhada como citado nos conceitos acima os fornecedores locais avaliaram seu destino, já o operador/agente analisou estes tópicos de maneira mais objetiva.

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Para comparar estes dois olhares, a tabulação dos instrumentos de avaliação teve como referência os critérios (médias) conforme tabela abaixo:

Operadores e agentes Fornecedores (média)

Ótimo acima de 2,25

Bom de 1,5 à 2,25

Regular de 0,75 à 1,49

Ruim abaixo de 0,75

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Hospitalidade A avaliação feita na oficina de capacitação entre os fornecedores do destino possibilitou caracterizar a hospitalidade, tendo esta avaliação de 1,68 – BOM. Já os indicadores que se destacaram foram a hospitalidade comercial com 1,96 e a identidade com 1,94, todos “BOM”. O item que teve menor índice na sua avaliação foi o acesso com 1,24 – “REGULAR”.

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Na viagem técnica participaram 10 agências de viagem e 2 operadoras de turismo. Foram avaliados como destinos Cuiabá, Pantanal Norte e Chapada dos Guimarães. No item referente à hospitalidade, Cuiabá se destacou dos demais destinos na avaliação, sendo citado por 8 empresas participantes como “ÓTIMO”. No entanto, todos tiveram citações de avaliação entre Òtimo e Bom, havendo somente uma citação de Regular para Pantanal Norte.

Nota: Um dos participantes deixou de fazer a avaliação do Pantanal e da Chapada dos Guimarães. Em referência ao acesso, Cuiabá volta a se destacar tendo 7 avaliações de “ÒTIMO” e 5 de “BOM”. A Chapada dos Guimarães teve o inverso, 7 avaliações de “BOM” e 4 de ”OTIMO”, já o Pantanal na sua maioria obteve avaliações de “BOM” (6), tendo quatro citações de “REGULAR” para o acesso. Estes números demonstram que Cuiabá está “BOM” como principal portão de acesso para o Pantanal e a Chapada dos Guimarães, no entanto, o deslocamento para as atrações e serviços deve ser melhorado conforme comentários de participantes da viagem técnica.

“Melhoria das estradas de acesso ao pantanal”.

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“A falta de estrutura das estradas, isso faz o cliente ter um descontentamento, fica difícil a locomoção em estradas com terra e lama.”

A legibilidade teve avaliação “ÓTIMO” e “BOM” para todos os destinos, havendo somente 1 indicação de “REGULAR” para a cidade de Cuiabá.

Em relação à identidade, o Pantanal teve uma excelente avaliação, tendo de 11 participantes a avaliação de “OTIMO”. As referências positivas sobre a identidade do lugar recaem sobre os hábitos e

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costumes pantaneiros e a natureza e flora local, além das ações relacionadas à sustentabilidade e conservação do destino serem percebidas na oferta de produtos, conforme comentários dos participantes:

“O destino é bom, tem sim a possibilidade de crescer ainda mais. A cultura, a comida típica, a história do local faz com que nos apaixonemos pelo lugar, esses pontos nenhum outro destino tirará do povo mato-grossense.” ”O povo local cuida dos animais (...)”. ”Preocupação com o meio ambiente (...)”.

No que tange ao atendimento (considerado aqui como a cordialidade, a qualidade de atendimento dos hotéis, passeios e demais equipamentos visitados) e a prestação de serviços todos os destinos tiveram ótimas avaliações, somente o Pantanal com 3 indicações de atendimento “REGULAR”. Especificamente neste caso os comentários se resumiram na prestação de serviços:

“No geral as pousadas são bonitas mas precisam preparar melhor seus funcionários”

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Sobre notoriedade, aqui considerado como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, todos os destinos mostraram que necessitam de mais ações para melhorar o seu reconhecimento pelo trade turístico.

As avaliações se mostraram bastantes diversificadas, tendo somente a Chapada dos Guimarães 7 indicações de “BOM”. Como todos os destinos tiveram citações de “REGULAR” isto justifica que os mesmos ainda precisam criar ações de promoção junto ao trade turístico conforme comentários de participantes da viagem técnica:

“Maior divulgação (...) trabalho em conjunto com a cadeia produtiva do turismo”. “Não temos facilidade em comercializar o destino e também não é muito procurado por turistas devido a falta de informação do mesmo (...) creio que se houvessem mais participações em feiras regionais, não somente nacionais isto ajudaria em sua divulgação e consequentemente na comercialização”.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Para avaliação de produtos na oficina de capacitação, os participantes em dupla e de diferentes setores (no total, formou-se 8 duplas), foram convidados a identificar e avaliar por meio de notas os principais atrativos/produtos do destino. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). A maioria dos atrativos/produtos obteve avaliação como “BOM”, conforme demonstra a tabela:

PRODUTOS CITADOS Nº de Citações

AVALIAÇÃO

Chapada (cachoeiras, mirantes e trilhas)

5 Bom

City Tour Cuiabá 3 Ótimo

Cavalgada 2 Ótimo

Pesca no pantanal 2 Regular

Fauna e flora pantaneira 2 Ótimo

Passeio gastronômico e cultural

1 Bom

Chapada (caminho das águas)

1 Bom

Pontos pantaneiros 1 Bom

Rota do Peixe 1 Bom

Rota das cavernas 1 Bom

Passeio de barco e visita a comunidade ribeirinha

1 Ótimo

Focagem noturna 1 Ótimo

Passeio pelas baias 1 Regular

Os atrativos/produtos citados foram diversos, o que representa que os fornecedores locais não possuem consenso em relação ao nome do produto ou quais

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são os produtos mais significativos. Outra questão, houveram divergências entre os participantes da oficina em relação à estruturação dos produtos, algumas citações para um mesmo produto fazem referência a ótimo e regular, desta forma, foi extraído um média destas avaliações conforme demonstrado nos dados da tabela. Pode-se comparar a avaliação de produtos com a avaliação feita pelos participantes da viagem técnica sobre a diversidade de oferta do destino, aqui considerada como diversidade de atrativos, hotéis, restaurantes e receptivo local. Verificamos que no geral houve uma boa e ótima avaliação dos agentes/operadores participantes da viagem técnica:

“O local deve continuar com divulgações e criar, principalmente nas pousadas “coisas diferentes”, ou seja, passeios e atrativos diferenciados, isso faz com que o turista venha para ver o diferencial”. “Diversidade nas pousadas”.

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“Para mim os principais fatores de satisfação foram a focagem noturna, os passeios de barco e a cavalgada”. “Excelente atrativo, nome forte internacionalmente”.

No entanto há algumas sugestões/necessidades de melhoria para os produtos visitados:

“A Chapada está prejudicada com o parque fechado, mas possui uma boa infra-estrutura”. “Cuidado com o cumprimento de horário para os passeios”. “Mais lugares para compra de souvenir”.

Já em relação ao entendimento de quais segmentos turísticos os produtos acima estão relacionados e já ocorrem no destino, foi quase que unanimidade de todos os participantes da oficina de capacitação – fornecedores locais - o ecoturismo e o turismo cultural.

SEGMENTOS Nº DE CITAÇÃO

ECOTURISMO 8

TURISMO CULTURAL 7

TURISMO RURAL 4

TURISMO DE PESCA 2

TURISMO DE NEGÓCIOS 1

MISTICO E ESOTÉRICO 1

ESTUDOS E INTERCÂMBIO 1

TURISMO DE AVENTURA 1

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PÚBLICO ALVO Em relação ao público alvo potencial, as operadoras participantes da viagem técnica citaram em ordem de importância os grupos de estudantes/jovens e famílias, sendo o público específico ligado a aventura, pesca e ecoturismo.

Esta visão sobre o público alvo para os fornecedores locais, foi mais pontuada na questão de abrangência deste público, sendo unânimidade a todos que o produto tem caraterísticas para ser comercializado de maneira geral para turistas nacionais e internacionais.

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PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO A avaliação das ações de promoção e comercialização teve como objetivo identificar na visão dos operadores e agentes as novas e reais possibilidades de negociação com o destino. A primeira questão se refere à possibilidade de estabelecer contatos futuros e as respostas foram positivas:

Nota-se também que o objetivo de projeto foi alcançado já que quase 100% dos participantes identificaram conhecer novos produtos/roteiros e possibilidades de inserção em seu portfólio de produtos.

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Nota: Um dos participantes deixou de fazer a avaliação. Sobre a promoção, os participantes foram questionados sobre a percepção do esforço de promoção do destino por parte dos fornecedores locais.

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Apesar de positiva a avaliação sugere que há algo a ser feito em relação às ações de promoção, já que o destino possui boa diversidade de atrações, mas é pouco conhecido perante o mercado.

Também no quesito distribuição, os participantes entenderam de forma positiva que há esforços de venda por parte dos fornecedores locais.

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Finalmente, os participantes foram questionados sobre a adequação dos preços para o público consumidor que, embora tenha respostas positivas sugere-se que este tema deva ser repensado pelos empresários locais.

“O destino não foca qualquer público, mas sim a um público específico/seleto de pessoas, principalmente estrangeiros, pois não é um destino barato.”

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ENCONTRO DE CONHECIMENTO RCIALIZAÇÃO

Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias.

Foi feito um Encontro de Conhecimento no dia 16 de abril na cidade de Cuiabá, com o objetivo de estreitar relações entre os agentes e operadores com os fornecedores locais. Neste momento os empresários locais apresentam o destino e seus produtos para os agentes e operadores. Na sua grande maioria, os agentes e operadores avaliaram como “BOM” a forma de apresentação do destino. Uma das sugestões de um participante é que poderia haver mais tempo para o Encontro de Conhecimento.

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Outra pergunta feita na avaliação com operadores e agentes, foi para saber se o Encontro de Conhecimento possibilitou conhecer diferentes atrativos e produtos do destino. As respostas, em sua maioria (9 participantes), foram SIM.

No tocante a organização do encontro, as avaliações foram positivas, tendo por cinco participantes a avaliação “ÓTIMO”, 6 indicações de “BOM” e somente para um participante o encontro não atendeu as expectativas.

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Desta forma, percebe-se a importância de uma estratégia bem definida para a apresentação do destino e seus produtos, reforçando a necessidade dos empresários locais em organizarem ações conjuntas para promoverem o destino.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS1 Fonte: Viagem Técnica. Fotógrafa: Joseane Dias.

Como considerações finais foram avaliadas as respostas abertas de todos os participantes, enfocando os fatores satisfatórios e os fatores insatisfatórios do turismo no destino Cuiabá, Pantanal Norte e Chapada dos Guimarães.

PONTOS FORTES Citações

Preocupação com o meio ambiente/ecoturismo

6

Pousadas com características diferenciadas/oferta diversificada

5

Singularidade: Cultura, comida típica, história, diversidade dos atrativos

5

Paisagem: fauna de flora 5 Cordialidade/hospitalidade 4 Passeios: focagem de jacarés, cavalgada 3

Articulação entre donos de pousadas - 2

1 Avaliado por todos os participantes da viagem técnica.

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esforço conjunto

Animais livres 2 Alimentação de qualidade 1 Clima 1 Valorização da comunidade local: mostrar o que tem de melhor

1

Os pontos satisfatórios possuem estreita relação com a singularidade do produto e as características do ambiente natural do pantanal, ou seja, para os operadores e agentes de viagem além da paisagem, do clima e dos passeios, o item mais citado por todos foi a preocupação e conscientização do empresariado local sobre a necessidade de preservação do ecossistema pantaneiro para a sobrevivência do turismo.

“Das pousadas que visitamos, todas em maior ou menor grau estão preocupadas com o ecoturismo, com a sustentabilidade”. “Verificamos um esforço enorme dos hotéis e pousadas em mostrar ao cliente a importância do ecoturismo, da preservação.”

PONTOS FRACOS Citação

Necessário aprimorar o atendimento/capacitação dos colaboradores

5

Estradas ruins - falta de estrutura 4

Falta divulgação 3 Passeios programados - falta de cumprimento dos horários

2

Meios de Hospedagem devem ter a opção de apartamentos com Televisão.

2

Não há um plano/manejo para visitação na Chapada dos Guimarães

2

Melhorar a conservação e estruturas dos atrativos

2

Capacitação do trade turístico 2

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Já em relação aos aspectos insatisfatórios estes, recaíram sobre a prestação de serviços, sugerindo que haja capacitação para os colaboradores da hotelaria, na melhoria das estradas e na divulgação do produto. Cabe ressaltar que os fatores positivos se apresentaram em maior quantidade do que os fatores negativos, ressaltando um comentário:

“Cuiabá me pareceu somente como porta de entrada para o Pantanal, (...) falta explorar mais o lado turístico”.

Por fim, uma citação merece destaque e pode resumir a percepção de um dos participantes no projeto:

“O destino é ímpar, diferente das inúmeras regiões brasileiras que conheço nos meus 15 anos no turismo. Nada se compara com o Pantanal, com as surpresas das estradas, com a vegetação, com as águas”.

Por tudo o que se avaliou neste documento, os objetivos do Projeto Caravana Brasil nacional em Cuiabá, Pantanal e Chapada dos Guimarães foram satisfeitos. A oficina de capacitação parece ter propiciado reflexão coletiva suficiente à percepção dos fornecedores locais quanto a seu produto e as necessidades de criar uma política comercial em conjunto com as operadoras para melhor trabalhar o turismo na região, importante gerar uma grade de produtos. A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição ocorreu de forma satisfatória, uma vez

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que, os fornecedores locais se mobilizaram em apresentar o que possuem de melhor para o turismo. O desafio que se sugere vencer é o de aproximar os fornecedores locais ao sistema de distribuição do turismo (agentes de viagem, operadoras) por meio de novas ações de comunicação e marketing. Ampliar tanto a reflexão coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a máxima freqüência possível. Os resultados positivos serão constantes. É para o que se espera ter contribuído este projeto.

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