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  • 7/23/2019 Caderno Cifale Eixo-Lngua e Ensino Metodologias e Tecnologias

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    02 a 05

    setembro 2013

    Faculdade de Letras UFRJ

    Rio de Janeiro - Brasil

    EIXO TEMTICO - Lngua e ensino: metodologias e

    tecnologias

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    A experincia do PIBID espanhol/UFPR em aulas de E/LE: o uso de materiaisaudiovisuais como recurso didticoTiago Andr Lisarte Bezerra

    A construo do significado a partir do texto verbal e no verbal no gnero histriaem quadrinhos: implicaes para o ensino de Alemo como LE

    Marta de Souza Pereira da Silva Vidal

    INDCE DE TRABALHOS(em ordem alfabtica)

    A concepo de autonomia sociocultural como atividade revolucionriaSilvia Emilia de Jesus Barbosa da Cunha

    Pgina 08

    A gramtica e o ensino/aprendizagem de E/LE

    Monique Alves de Alcantara; Maria Lidiane Arajo SilvaA influncia dos sons da ala na escrita de alunos das sries iniciaisRobevaldo Correia dos Santos; Camila Fernandes dos Santos

    A pedagogia da variao lingustica na escolaViviane Alves de Matos

    Pgina 14

    Pgina 15

    Pgina 17

    Pgina 11

    A didatizao dos gneros textuais no ensino mdioElane de Jesus Santos Pgina 10

    Pgina 07

    Pgina 09

    A crnica e o uso da linguagem coloquialNilva Braga Monteiro

    Pgina 13

    A onologia da Libras: uma anlise dos parmetros onolgicos na realizao denove sinais por um aluno do III semestre do curso Letras/Libras/LnguaEstrangeira de Amargosa

    Adriana Mendes Andrade; Joseni Silva Santos

    Pgina 16

    A linguagem de Gregrio de Mattos: uma abordagem no ensino de gramticaRubens Alves Duarte; Emerson Viana Braga

    A promoo da autonomia e as crenas e atitudes em relao utilizao de uma redesocial como complementao sala de aulaCamila Chaves; KeiseRosa Pgina 19

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    A utilizao das Redes sociais no ensino de espanhol Kssia Pereira e Nadir gata Almeida

    Aspectos sobre a autonomia na aprendizagem de Lngua AlemAna Carolina Silva Kopezynski; Renan Monteiro Marques

    Aplicao dos jogos ldicos como recurso pedaggico no ensino do portugus para

    alunos do 2 ano/9 -Carla Isabela Pampolha Marques;Rosangela Maria Costa Alves

    Como lidar com a variao lingustica e a norma padro na escola: o caso do pronomeoblquo tono e das oraes adjetivas

    Jezebel Batista Lopes e Sabrina Casagrande

    Copa 2014 FrameNet Brasil: anotao das unidades lexicais evocadoras de rames doCenrio do urismo

    Ana Carolina Ramalho Alcntara; Elida Ramos Costa;Isabela Cunha Silva Costa; Juliana Coelho do Carmo; Maucha Andrade Gamonal

    rvores de domnio em conronto: o Sistema Educacional Brasileiro e o ItalianoJssica Mahyara Chagas eixeira

    Conhecendo o Outro: o desenvolvimento da prxis do estudante da Lngua EspanholaAdriana da Gama, Luciene Rocha, Paulo Otvio Miranda Cardoso

    Didactic book: an analysis about this important tool in language learning

    Brbara Cotta Padula; Fernanda Ignachitti Campos

    Pgina 21

    Pgina 26

    Pgina 20

    Pgina 24

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    Pgina 28

    Pgina 27

    Pgina 35

    Pgina 32

    Pgina 25

    Colocao pronominal em contexto com pausaGlucia Castro Aguiar Pio; Rodrigo Alves Silva

    Pgina 30

    Consideraes sobre o certificado de proficincia em lngua portuguesa para es-trangeiros (Celpe-bras), com nase no posto aplicador UFRJRosane Souza Cachoeira; atiana Corra da Silva

    Pgina 22

    Apresentando o PALEP - Projeto Alemo nas Escolas PblicasDiego Vieira do Nascimento; Lygia de Carvalho eixeira;Roberto D Assumpo Junior

    Competncia leitora e os gneros do discurso no ensino de espanhol

    Adriana da Gama, Egon Magno Azevedo da Silva Bemfica, Juliana dos SantosPeixoto Braz, Karla Josiane Pires avares, Milena Porto Bruckner, Paula Pereira,Warllachana Moiss da Silva

    Dialogismo no ensino dos gneros discursivos: um encontro entre vozes,culturas e identidadesRaquel Moreira Machado; Joyce Pereira Estani;Ana Paula de Sousa Silva Pgina 34

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    Ensino de espanhol: escola, leitura e transversalidadeAdejair do Esprito Santo Siqueira Jnior e Aline Brito de Medeiros, Luana SiqueiraSchweizer, Marcia Barci da Silva, Matheus de Oliveira Esprito Santo e Sthfani

    Marinho de Carvalho

    Discutindo cincia: do senso comum ao conhecimento ormal sob o olhardos alunos no ensino mdio da rede pblicaDbora Aparecida Blanco Gonsales; Helen Vanessa Oliveira RittZanchin

    Pgina 40

    Pgina 37

    Pgina 36

    Pgina 38Do no-padro ao padro: prtica de anlise contrastiva na sala de aula

    Monique Dbora Alves de Oliveira

    Discusso e registro da lngua: cartoneiras como instrumento viabilizador daproduo literria indgenaHelen Vanessa Oliveira RittZanchin; Wlica Cristina Duarte de Oliveira

    Pgina 41

    Intertextualidade e gneros textuais: um estudo em rosa. A study in pinkFernando Anglico Pereira Alfradique; Priscila Pimentel;Ricardo Augusto Gonalves

    Gods in a Week: Os dias da semana e as divindades para um primeiro contato comtextos em lngua inglesaLeonardo Cardoso; Tais Assis

    Leitura em Ingls: ampliando a competncia textual atravs de e-textosCristiane Veloso Costa; Eduardo Gerdiel B. Graa;Glucia Coelho Campos

    Incluso digital: o uso do computador na aprendizagem de alunos comdecincia visualAna Carolina dos Anjos de Queiroz

    Leitura e Escrita no Contexto Escolar: proposta de atividades em LetramentoDigital do PIBID Letras IFPA - Campus BelmTays Lima e Silva

    Letramento digital no processo de aprendizagem de crianas autistasVilma Mussilene de Arajo Candido

    Pgina 48

    Pgina 47

    Pgina 52

    Pgina 43

    Labirinto da Fala: brincando de achar o caminho da igualdade entre as variedades

    Caroline eixeira Medeiros Barbosa Pgina 49

    Pgina 53

    Pgina 45

    Pgina 50

    Pgina 54

    Interdisciplinaridade: uma perspectiva nas redaes dissertativo-argumentativasRafael dos Santos Lemos; Seila Marisa da Cunha Islabo

    Leitura e produo de quadrinhos em lngua estrangeiraAdriena Casini Da Silva; Adna Casini da Silva

    Garimpo textual e(m) multiletramentos crticos: a compilao de um corpus deaprendizes como interace alternativa na ormao do proessor de lnguasCristina ArcuriElu; Fernanda de Castro Batista Coelho;Ester Maria de Figueiredo Souza; ainise de Souza Soares de Oliveira

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    Letramento Digital: Uma Proposta de Ensino para Integrar Proessores e Alunos noContexto Escolar

    Ana Paula Santos Sarmanho

    Levantamento e anlise das crenas dos aprendizes sobre seu papel e o do proessor naaprendizagem de ALERaquel Garcia DAvila Menezes

    Novas perspectivas para o ensino de lngua portuguesa: o programa de iniciao docncia na UESB campus de JequiCarla Souza Ferreira; Emerson Viana Braga;Rubens Alves Duarte

    Lingua materna e pesquisa: (re)descobrindo cincia com o povo Paresi na Aldeia Ind-gena FormosoWlica Cristina Duarte de Oliveira; Eduardo Fonseca de Souza

    Pgina 56

    Pgina 57

    Pgina 61

    Pgina 59

    Pgina 58

    Pgina 62

    Lngua estranha ou estrangeira Sobre o ensino de alemo em escolas pblica eperiricas do Estado do Rio de JaneiroPaula Vieira Campos e Flora Almeida

    O ensino da gramtica sob uma nova perspectiva: O rompimento da tradioatravs das novas tecnologiasPatrcia de Carvalho Andrade

    Pgina 64

    O Ensino na Educao Bsica Frente Modernizao ecnolgica: Uma ReflexoBruno Gomes Pereira

    Pgina 65

    O esporte como meio de despertar o interesse pela lngua inglesaMaria Joana Machado de Freitas;atiane Alves Pereira dos Santos

    Pgina 66

    O ldico na escola: um projeto para o ensino de espanholAna Paula Ferreira Marinho, Carolina ovar Albuquerque eLivia Puga de Almeida Santos

    Pgina 68

    O origami na ormao de leitoresRicardo Borges Carvalho

    Pgina 70O papel do proessor autnomo no ensino de L2

    Anderson Matos e Vanessa Mota

    Pgina 71

    O tratamento dos gneros textuais nos Parmetros Curriculares Nacionais:Contribuies nas aulas de Lngua Portuguesa do ensino mdioGraciethe da Silva de Souza

    Pgina 72

    O uso da sintaxe para compreenso leitora de textos acadmicos em lngua inglesaAntonio Jos Maria CodinaBobia

    Pgina 73

    Os gneros textuais nas provas de lngua portuguesa do ENEMAmanda Almeida de Jesus; Andria eixera Mota;Paulo Srgio Cerqueira Nogueira Junior

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    Pgina 74

    Por uma pedagogia da variao lingustica na escolaLuana Conceio Miranda Picoli; Joseli Rezende Tomaz

    Pgina 75

    Projeto dicionrio de sintaxe do portugusCaroline de Oliveira Rocha, Catarine Marques Ferreira de Jesus; Robson Martins

    Ferreira; Simone da Conceio Janurio; Stella Alves Baptista

    Pgina 76

    Reflexes sobre o estrangeiro e o brasileiro em aulas de leitura de Espanhol-LECamilla Reis dos Santos; Leandra Cristina Machado da Silva

    Pgina 79

    Vidas secas e o quadro dramtico do no reconhecimento: um olhar via o conceitode educao sentimental de Rorty

    Adriana de Oliveira Moreira; Bruna Pimentel de Oliveira; Bruno Jos da Costa

    Pgina 77

    Ser proessor de lngua inglesa em cursos livres: representaes e prticas docentesMaria Waleska Siga Peil

    Pgina 80

    O tratamento dos gneros textuais nos Parmetros Curriculares Nacionais:Contribuies nas aulas de Lngua Portuguesa do ensino mdioGraciethe da Silva de Souza

    Pgina 81

    Garimpo textual e(m) multiletramentos crticos: a compilao de um corpus deaprendizes como interace alternativa na ormao do proessor de lnguasCristina ArcuriEluf;Fernanda de Castro Batista Coelho;Ester Maria de Figueiredo Souza

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    O objetivo deste trabalho apresentar a autonomia do aprendiz de lngua estrangeira como sociocultural,

    alm de caracteriz-la como possvel atividade revolucionria. Para tanto, utilizo a eoria Sociocultural

    de Vygotsky ([1930], 2011) valendo-me da noo de Zona de Desenvolvimento Proximal (doravante

    ZDP) proposta por Vygotsky ([1930], 2011) e desenvolvida por Holzman e Newman ([1993] 2002), pois

    entendo que na problemtica da aprendizagem-e-desenvolvimento explicitada por tais autores neo-

    vygotskyanos h lugar para atividade revolucionria.

    ambm conceituo a autonomia do aprendiz de lngua estrangeira sob a tica sociocultural levando emconsiderao Oxord (2003), desmitificando o termo autonomia (DICKINSON, 1994; RAYA, LAMB e

    VIEIRA, 2007; OXFORD, 2011) e observando a importncia do outro na enunciao a partir da noo

    de linguagem como atividade social e enunciao como produto da interao verbal (BAKHIN/

    VOLOSHINOV, [1929] 2006; CLARK, 1996)

    Ainda tratando da importncia da interao verbal, considerando a questo educacional e os processos

    de aprendizagem-e-desenvolvimento, Szundy (2006) traa paralelos entre as noes de gneros

    primrio e secundrio (BAKHIN, [1953] 1997) e conceitos espontneos e cientficos (VYGOSKY,[1934] 2001), apontando as semelhanas entre eles de orma que se estabelecesse uma melhor

    compreenso dos processos de construo de conhecimento em contextos educacionais. Portanto,

    Por fim, caracterizo o que entendo como autonomia revolucionria mostrando de que orma tal viso

    acerca da autonomia poder contribuir em uturas investigaes sobre o tema.

    Mais do que conceituar a autonomia do aprendiz de lnguas estrangeiras como sociocultural (OXFORD,

    2003), o oco deste trabalho consiste em caracterizar a mesma como atividade revolucionria,

    valendo-se, portanto, das ideias apresentadas por Newman e Holzman ([1993]2002) acerca do que

    Zona de Desenvolvimento Proximal e sua relao com aprendizagem-e-desenvolvimento. Apresento

    a definio clssica de Vygotsky ([1930], 2011) para Zona de Desenvolvimento Proximal e a expando

    ao introduzir como Newman e Holzman ([1993]2002) a conceituam. Ao propor uma autonomia

    sociocultural e revolucionria, sugiro que, atravs da ZDP, sejam possibilitadas ao aprendiz condies

    para o desenvolvimento autnomo dos conceitos espontneos em cientficos (VYGOSKY, [1934]

    2001), azendo com que o aprendiz tambm conhea os gneros primrios e secundrios (BAKHIN,

    [1953] 1997), e assim, estar se proporcionando sociedade um indivduo mais crtico, questionador e

    consciente do papel transormador que pode exercer em seu meio.

    A CONCEPO DE AUTONOMIA SOCIOCULTURAL COMO

    ATIVIDADE REVOLUCIONRIA

    Silvia Emilia de Jesus Barbosa da Cunha

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    O gnero textual histria em quadrinhos (HQs) pode ser caracterizado como um gnero icnico-

    verbal narrativo, cuja progresso temporal se organiza quadro a quadro (MENDONA, 2002). Esta

    classificao se d devido composio do mesmo, marcada por dierentes elementos verbais e no

    verbais. So elementos tpicos de uma HQ: imagens, quadros, ttulos, legendas e bales, nos quais os

    textos verbais so inseridos (CRISVO e NASCIMENO, 2004). Em relao ao texto verbal, pode-

    se dizer que em grande parte das HQs h uma tentativa explcita de reproduo da ala nos bales,

    o que torna a explorao desse gnero extremamente rica para o processo de aprendizagem de uma

    Lngua Estrangeira (LE).

    Por outro lado, a presena de imagens propicia que a anlise do contexto nesses textos contribua para

    a construo dos significados expressos, a partir justamente da combinao texto e imagem (VAZ

    FERREIRA, 2005). Dessa orma, o processo de construo de sentido se desenvolve atravs da anlise e

    descrio do contexto apresentado nos quadrinhos. Com relao ao uso de HQs no ensino, Mendona

    (2002) ressalta que reconhecer e utilizar o recurso da quadrinizao como erramenta pedaggica essencial numa poca em que a imagem e a palavra, cada vez mais, associam-se para a produo de

    sentido nos diversos contextos comunicativos.

    Os PCNs (BRASIL, 1998) destacam a importncia da insero de toda a diversidade de gneros

    textuais no s no ensino de lngua materna como tambm de LEs. endo como base este pressuposto,

    esta pesquisa tem por objetivo descrever e analisar alguns exemplares de HQs em Lngua Alem,

    observando possveis particularidades em relao a esse gnero em comparao a quadrinhos em

    Lngua Portuguesa. ambm temos por objetivo analisar o uso de HQs em aulas de alemo como LE,

    com especial ateno para o processo de construo de sentido que leva em conta o contexto dado

    atravs dos elementos verbais e no verbais neste gnero.

    A CONSTRUO DO SIGNIFICADO A PARTIR DO TEXTO VERBAL E NO

    VERBAL NO GNERO HISTRIA EM QUADRINHOS:

    IMPLICAES PARA O ENSINO DE ALEMO COMO LE

    Marta de Souza Pereira da Silva Vidal

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    rata-se de um artigo quevisa,apresentare relatar,as prticas pedaggicas dos acadmicos de letrasutilizadas no ensino do gnero literrio,crnica. Alm de discutir o trato da lngua prestgio na

    sociedade e a importncia da coloquial na escrita deste gnero to pouco explorado nas escolas. Sendo

    assim, o Programa institucional de Bolsa de iniciao docncia (Pibid), projeto este vinculado

    Comisso apereioamento de pessoal de nvel superior, representa muito mais do que uma ligao

    entre comunidade acadmica e escolar, leva os estudantes de graduao a experincia da pesquisa

    no mbito. O trabalho deu-se em uma escola de nvel mdio participaram alunos do 1ano do

    ensino mdio, na cidade de Manaus. A proposta voltou-se pela importnciade insero do gnero,

    portanto, teoria e prtica oram priorizadas. Logo, houve a preocupao de um trabalho voltado para

    a concepo interacionista da linguagem como pressuposto para o entendimento da lngua como

    instrumento de interao social. E ainda, os parmetros curriculares destacam a importnciada

    insero da variao lingustica no mbito escolar, bem como o ensino dos dierentes tipos de gneros

    nas aulas de lngua portuguesa. Comometodologia utilizou-se as sequncias didticas, as mesmas

    adotadas pelas Olimpadas de Lngua Portuguesa, tal como pensadas por Dolz e Schneuwly (2011). A

    prtica da escrita resultou emtemticas como,poltica,relacionamentos eat mesmo a prpria relao

    deste aluno com a escola. Assim, pode-se observar que a conscincia da linguagemcomo interao

    social, e o entendimento da lngua como heterognea, ideiasessas que ganham destaque pelos autores,

    Antunes (2007), Bagno (2007),disponibilizam oportunidades de um aprendizado significante da lngua

    portuguesa. Para isso as aulas devem ser significantes, no apenas com anlises dirias de sentenas

    isoladas conormenosapontaOliveira (2010), contudo,devem ser ministradas de uma nova maneira,

    ressaltando a necessidade do conhecimento de outros gneros e dos dierentes nveis de linguagem.

    Por final, acredita-seque, todo conhecimento significante para o alunado, e o seu aprendizado deveria

    ser encarado como um processocontnuoao longo de sua vida escolar.

    Palavras-chave: Pibid- crnica- variao lingustica- sequncias didticas.

    A CRNICA E O USO DA LINGUAGEM COLOQUIAL

    Nilva Braga Monteiro

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    A orma como o proessor realiza suas atividades em sala de aula de suma importncia para a apreenso

    do conhecimento por parte dos alunos, pois sabemos que para o aluno venha ter uma aprendizagem

    significativa e necessrio que ele tenha proessores com praticas didticas diversificadas e que no

    centralize suas atividades em sala de aula em apenas estudar um tipo de gnero. Considerando que

    os gneros independem de decises individuais e no so acilmente manipulveis, MARCUSCHI (

    2007 ), surge a inquietao de investigar como tem sido trabalhado os gneros textuais na sala de aula.

    Para tanto, ser eita entrevista com proessores do ensino mdio, a fim de identificar as dificuldades

    dos alunos na produo e no reconhecimento dos gneros a serem trabalhados, bem como analisar

    as metodologias utilizada pelo proessor, no momento em que se esta trabalhando os gneros textuais

    em sala de aula, visto que os gneros no deve ser trabalhado com a finalidade de apenas analisar as

    questes gramaticais, deve-se tambm analisar o contexto social.

    Partindo do pressuposto bsico de que impossvel se comunicar verbalmente a no ser por gnero,

    assim como impossvel de comunicar verbalmente a no ser por um algum texto, MARCUSCHI

    (2007), fica claro a importncia de estudar os gneros textuais uma vez que azem parte da nossa vida,

    pois o mesmo apresenta caractersticas scio-comunicativas, e assim podemos dizer so modelos

    comunicativos.. Dessa orma, ao termino deste trabalho A didtizao dos gneros textuais no ensino

    mdio, pode-se perceber que a orma como o proessor trabalha os gneros textuais em sala de aula

    precisa ser mais dinmico, algo para alem da sala de aula, pois os discentes sentem a necessidade de

    que as atividades realizadas na escola possam estar em consonncia com as suas prticas dirias de

    comunicao oral e escrita.mudana por parte do proessor, em que o mesmo sente dificuldades em

    dinamizar sua aulas devido a sua carga horria excessiva.

    A DIDATIZAO DOS GNEROS TEXTUAIS NO ENSINO MDIO

    Elane de Jesus Santos

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    Pretendo, atravs da presente comunicao, apresentar uma proposta de atividade elaborada por

    bolsistas do projeto espanhol PIBID/UFPR. importante ressaltar que o projeto centra suas discusses

    tericas, o planejamento de aulas e a elaborao de materiais didticos tendo em vista as consideraes

    bakhtinianas (1992) acerca dos gneros discursivos e as orientaes de documentos oficiais para o

    ensino como, por exemplo, as Diretrizes Curriculares da Educao Bsica: Lngua Estrangeira

    Moderna (2008) e os Parmetros Curriculares para o ensino de Lnguas Estrangeiras (1998). Sob tal

    embasamento terico, o trabalho aqui relatado oi realizado com alunos das sries finais do Ensino

    Fundamental da rede pblica de ensino, no Colgio Estadual Flvio Ferreira da Luz, em Curitiba

    PR. A partir da convivncia regular com o ambiente escolar proporcionada pelo projeto pudemos

    observar a atuao docente e as estratgias metodolgicas desenvolvidas para garantir aos alunos a

    aprendizagem dos contedos disciplinares.

    Alm das observaes, tambm nos baseamos em um material de pesquisa elaborado especificamente

    para detectar o conhecimento de mundo dos alunos, os principais elementos que aziam parte de suas

    realidades e suas expectativas em relao aprendizagem da lngua espanhola. Desta orma, azendoo levantamento das respostas dos estudantes ao questionrio diagnstico, tivemos a possibilidade

    de planejar uma atividade tendo em vista a realidade escolar das turmas-alvo. Assim, chegamos

    concluso que a adoo de recursos multimdias seria uma alternativa interessante para abordar o

    contedo a ser trabalhado relacionado aquisio e ampliao do lxico dos alunos.

    Portanto, o dierencial de nossa proposta oi o emprego de elementos audiovisuais na aula de espanhol

    com o intuito de aproximar os contedos sistmicos abordados em sala de aula da realidade dos

    discentes, permitindo-lhes um contato dierenciado com a lngua estrangeira alvo ao estimular aparticipao ativa durante o processo de aprendizagem por meio do dilogo e da interao interpessoal.

    Isto porque oi possvel perceber, de orma evidente, o quanto os estudantes se sentiram estimulados a

    participar da aula, engajando-se nas discusses propostas. Desta maneira, considerando a renovao

    do processo de aprendizagem com vistas a atender as peculiaridades do corpo discente como uma das

    premissas para o planejamento de nossas regncias (momentos de atuao em classe) e tendo como

    perspectiva a necessidade de abordar os contedos curriculares relativos disciplina, selecionamos

    para a nossa regncia vdeos que apresentassem temticas com as quais os alunos tinham proximidade

    no cotidiano, mas que dificilmente eram aproveitadas durante as aulas de espanhol como o seriado

    A EXPERINCIA DO PIBID ESPANHOL/UFPR EM AULAS DE E/LE: O USO DE

    MATERIAIS AUDIOVISUAIS COMO RECURSO DIDTICO

    Tiago Andr Lisarte Bezerra

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    hispnico Chaves, para citar um exemplo. Desta orma, nossa inteno primordial oi integrar as

    novas tecnologias ao espao da sala de aula, utilizando-as como uma erramenta para o ensino de

    contedos curriculares preestabelecidos. Empregando materiais audiovisuais como suporte didtico-

    pedaggico, oi possvel trabalhar vrios contedos sistmicos (o lxico da cores, expresses idiomticasrelacionadas leitura, os adjetivos) de orma menos tradicional e, portanto, mais significativa para

    os alunos, pois o contato com as novas tecnologias tornou o processo de ensino-aprendizagem mais

    dinmico, autnomo e diversificado e nos propiciou uma nova experincia pedaggica no contexto de

    ensino de E/LE.

    Reerncias:

    BAKHIN, Mikhail M. Esttica da Criao Verbal. So Paulo: Martins Fontes, 1992.

    BRASIL, Secretaria da Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: erceiro e Quarto

    Ciclos do Ensino Fundamental: Lngua Estrangeira. Braslia: MEC/SEF, 1998.

    PARAN. Secretaria de Estado da Educao. Diretrizes Curriculares da Educao Bsica: Lngua

    Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.

    Palavras-chave: PIBID Espanhol - ensino de espanhol como lngua estrangeira - recursos audiovisuais.

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    Partindo do pressuposto de que usurio da Lngua Brasileira de Sinais em Amargosa no azem uso

    correto dos Parmetros Fonolgicos da Libras, que o presente estudo buscara analisar a marcao

    desses Parmetros, a partir da realizao de nove sinais (palavras) por um aluno do III semestre

    do curso Letras/Libras/Lngua Estrangeira de Amargosa.Porque se az necessrio como uturas

    docentes de Libras, ter conhecimento da importncia da realizao correta dos Parmetros, pois a

    marcao inadequada dos sinais muda-se todo o significado da palavra, assim acaba comprometendo

    a inormao ou a comunicao do sujeito surdo.

    Os sinais oram analisados segundo a perspectiva dos estudos realizados por Quadros, 2004.p. 47

    quando diz que a tarea da onologia para as lnguas de sinais determinar quais so as unidades

    mnimas que ormam os sinais, e estabelecer quais so os padres possveis de combinao entre

    essas unidades, e tambm sobre as contribuies deCapovilla, quando ambos propem um estudo

    especfico sobre os Parmetros Fonolgicos da Libras, bem como: a configurao de mo, movimento,

    orientao de mo, ponto de articulao e expresso no-manual.

    A partir disso, alcanaram-se o seguinte resultado: A maioria dos sinais realizados, no contemplam

    corretamente todos Parmetros Fonolgicos que compe a sinalizao de certas palavras. Acredita-

    se que tal dificuldade se d pelo ato do discente ter pouco conhecimento da estrutura da Libras,

    visto que os estudos na rea ainda so recentes e na cidade de Amargosa no existe uma comunidade

    grande usuria dessa lngua. Alm disso, alta nos ambientes escolares implantao do Componente

    Libras como meio de garantir o conhecimento da mesma. O que deixa evidente a grande necessidade

    que existe de estudos Lingusticos da Libras como meio de garantir a eficincia no uso dessa lngua,

    visto que assim como as Lnguas orais possuem uma estrutura, a Libras como Lngua espao-visual,

    tambm possui sua estrutura lingustica prpria, constituindo assim, uma lngua auto-suficiente

    capaz de transmitir qualquer inormao e conhecimento.

    A FONOLOGIA DA LIBRAS: UMA ANLISE DOS PARMETROS FONOLGICOS

    NA REALIZAO DE NOVE SINAIS POR UM ALUNO DO III SEMESTRE DO

    CURSO LETRAS/LIBRAS/LNGUA ESTRANGEIRA DE AMARGOSA

    Adriana Mendes Andrade; Joseni Silva Santos

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    Ensinar uma lngua estrangeira um desafio, tanto para o proessor quanto para o aluno, pois, esterepresenta o conhecimento de uma nova cultura, novos costumes, uma nova lngua. Desta orma, a

    competncia gramatical entra em cena para dar a sua contribuio no ensino de espanhol como lngua

    estrangeira (E/LE). Muitos proessores se prendem ao modelo de gramtica normativa e suas regras, j

    que esta auxilia as habilidades da compreenso leitora e expresso escrita, pois esse tipo de gramtica

    valida somente variedade da norma padro ou culta, j que seu preceito o alar e o escrever bem,

    no cedendo espao para as demais variaes da lngua.

    Mas no que tange o ensino/aprendizagem de E/LE sob a tica da competncia comunicativa, a

    gramtica um componente importante para a aprendizagem do uncionamento da lngua, pois,

    um meio de alcanar a comunicao na LE. Deste modo, a partir dos conhecimentos adquiridos pelos

    alunos sobre as regras gramaticais, eles podero se expressar e interpretar melhor as mensagens na

    lngua estrangeira, e com isso haver a comunicao. Em vista disso, o presente trabalho tem como

    objetivo identificar de que orma est sendo trabalhada a competncia gramatical no processo de

    ensino/aprendizagem de E/LE, no livro Enlaces, aprovado pelo PNLD de ensino mdio de 2012

    at 2014. Analisaremos de cada unidade as sees Manos a la obra que reerencia os elementos

    lingusticos. Verificaremos qual o tipo de gramtica est sendo utilizada no livro em questo, e de que

    orma esse uso avorecer no processo comunicativo.

    Alm disso, averiguaremos se o contedo gramatical est contextualizado. Para essa analise usaremos

    como base o que est disposto nos documentos de orientaes educacionais: PCN, LDB e PNLD.

    Portanto, com a anlise tentaremos demonstrar as problemticas e a partir delas refletiremos sobre

    uma nova adequao da gramtica no material didtico.

    A GRAMTICA E O ENSINO/APRENDIZAGEM DE E/LE

    Monique Alves de Alcantara;Maria Lidiane Arajo Silva

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    A intererncia da ala na escrita de alunos das sries iniciais tem sido um dos grandes entraves no

    processo de aprendizagem da escrita, j que, quando entram em contato com o cdigo escrito, as

    crianas precisam associar som, distintividade e representao grfica. Os proessores, diante das

    ocorrncias do portugus no-padro na escrita, tm duas possibilidades: a) ignorar os motivos

    que levam o aluno ao desvio da norma padro e tax-lo arbitrariamente como erro, atitude que no

    contribui para o processo de aprendizagem da escrita; b) ao contrrio, dispor-se a entender como se d

    a intererncia da ala na escrita e, a partir da, adquirir conhecimento sistemtico sobre a influnciade processos ontico-onolgicos em produes escritas.

    A adequao da escrita norma padro, desde os primeiros anos de escolarizao, uma exigncia

    imposta ao aluno pela instituio escolar. No entanto, devido o ato de a orma escrita no corresponder

    exatamente aos sons da ala, os alunos acabam transcrevendo oneticamente esses sons, o que se

    constitui em um erro ortogrfico. Este trabalho pretende analisar a intererncia de processos ontico-

    onolgicos na escrita de alunos do 4 e 5 ano do ensino undamental.

    O objetivo verificar qual o nvel de influncia da ala na escrita dos alunos em incio de escolarizao,

    atentando para alguns enmenos onticos requentes no portugus do Brasil que intererem na

    produo da lngua escrita. A hiptese norteadora deste estudo a de que certos desvios da norma

    padro que ocorrem na lngua escrita podem ser explicados devido influncia de alguns processos

    ontico-onolgicos. Este trabalho justifica-se por possibilitar aos proessores um conhecimento mais

    sistemtico sobre a escrita dos alunos, na medida em que prev alguns desvios da norma padro na

    lngua escrita. Foram coletados e analisados dez textos, sendo cinco textos de alunos do 4 ano do

    ensino undamental da rede municipal de Iau-BA e cinco textos do 5 ano do ensino undamental da

    rede municipal de Amargosa-BA.

    Analisamos as produes textuais, observando, como um ator extralingustico, a srie em que se

    encontram os alunos. Neste trabalho, realizamos uma reviso bibliogrfica a respeito da lngua alada

    enquanto objeto de estudo cientfico e sobre a intererncia da ala na escrita dos alunos das series

    iniciais. Logo aps, apresentamos os procedimentos metodolgicos e a anlise dos dados. Por fim, az-

    se a concluso geral do trabalho. Cabe salientar que essa proposta tem carter uncionalista e vincula-

    se aos estudos sociolingusticos e tem como base terica Mollica (2010), Simes (2006) e Lemle (2005).

    A INFLUNCIA DOS SONS DA FALA NA ESCRITA DE ALUNOS

    DAS SRIES INICIAIS

    Robevaldo Correia dos Santos; Camila Fernandes dos Santos

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    O presente trabalho tem o objetivo de analisar o uso da lngua, segundo a obra de Gregrio de

    Mattos e Guerra em algumas gramticas tradicionais. Atualmente, considerado um poeta clssico,

    ao hostilizar a sociedade baiana da sua poca, usou em alguns momentos, palavras consideradas de

    baixo calo, o que lhe rendeu seu epteto Boca do Inerno. Devido sua orma potica de trabalhar a

    lngua, Mattos oi orado a deixar os lugares onde morava, pois, sua linguagem no era considerada

    adequada. Quando analisamos a escrita gregoriana, podemos azer analogias com teorias postuladas

    por alguns tericos acerca da lngua.omar-se-o como pressupostos tericos o conceito de lngua como interao (BAKHIN, 1999)

    e, tambm, como orma de poder (POSSENI, 2011), para assim, observar os usos que a gramtica

    tradicional az da produo literria do autor, considerando que este modelo de gramtica utiliza

    grandes nomes da literatura para reiterar a importncia da norma padro da lngua. Discutir-se-

    tambm porque motivo algumas de suas obras so utilizadas como exemplo a seguir e outras no.

    Cabe ressaltar que Guerra no deixou obra em vida, mas era identificado por meio de manuscritos e

    mostras orais. Com o intuito de comparar a lngua de Gregrio no passado e sua rejeio por parte

    da sociedade da poca e a sua lngua hoje, utilizada como norma padro, verificaremos, atravs desta

    pesquisa, como a norma muda ao longo do tempo e ao mesmo tempo permanece uma vez que algumas

    gramticas tradicionais postulam como padro uma variedade excludente e muitas vezes incoerente,

    deixando de lado uma lngua recheada de variaes e descriminada quanto aos usos. Muitos gramticos

    reconhecem a variao lingustica, mas esta no considerada neste tipo de material.

    Por isso, tericos deendem que as modalidades da lngua como a ala e a escrita, passam por um processo

    de valorao, sendo dita como padro a escrita literria, contemplado os autores considerados clssicos.

    Pode-se concluir que este trabalho contribuir para a melhor visualizao de uma problemtica que

    est relacionada ao ensino de lngua no Brasil. Por meio de analogias entre as obras de Gregrio de

    Mattos e os tericos supracitados, tentaremos desmistificar o conceito do que aceitvel ou no no

    ensino de gramtica.

    A LINGUAGEM DE GREGRIO DE MATTOS: UMA ABORDAGEM

    NO ENSINO DE GRAMTICA

    Rubens Alves Duarte;Emerson Viana Braga

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    nas variedades cultas, sem considerarem, no entanto, que alam errado, enquanto no adquiriram

    essa competncia. Nesse caso, os conceitos de correo e erro sero substitudos pelo de adequao.

    Que sejam, ao final do projeto, competentes usurios da sua lngua, entendendo-a no como pedra no

    caminho, mas como instrumento para o sucesso em suas atividades escolares e tambm em outrossetores da vida.

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    Segundo o conceito de crenas proposto por Barcelos (2006), as crenas so ormas dinmicas de

    pensar, perceber e entender o mundo; no so construdas de orma isolada, e sim em contextos sociais

    e individuais atravs de processos interativos de resignao. Alm disso, Barcelos (2004:145) menciona

    ainda que er conscincia sobre nossas crenas e ser capazes de alar sobre elas um primeiro passo

    para proessores e alunos reflexivos. Sendo assim, este trabalho pretende entender as crenas de

    alunos de lngua inglesa na utilizao de uma rede social como complementao das atividades deuma sala de aula. Alm disso, busca observar se estas crenas e atitudes podem refletir na promoo

    da autonomia do aluno. Esta uma pesquisa qualitativa de cunho etnogrfico cujos pressupostos

    tericos tero como base da eoria Sociocultural elaborados por Vygotsky.

    Esta teoria prope que a mente humana mediada e que o ser humano se utiliza de arteatos culturais

    para interagir com o mundo que o cerca e construir conhecimento (Lantol, 2000:1). Alm de Vygotsky,

    tambm lanaremos mo do modelo de autonomia elaborado por Oxord (2003) separando-o em

    quatro perspectivas: cnica, Psicolgica, Poltico-crtica e Sociocultural (I e II). Segundo a autora,

    na verso de autonomia sociocultural I, o oco o ensino mediado por meio da interao com o par

    mais experiente, que pode ser um o proessor, um colega de classe ou at mesmo um livro. J na verso

    sociocultural II, o oco na interao para participao na comunidade de prtica.

    Os mtodos utilizados para a coleta de dados desta pesquisa oram a observao de aulas em uma turma

    lngua inglesa do projeto CLAC-UFRJ, a observao e registro das interaes dos alunos na rede social

    em questo, entrevista com os alunos atravs da prpria rede social e uma sesso de visionamento em

    que os alunos fizeram comentrios sobre sua perormance dentro da rede da rede social.

    A PROMOO DA AUTONOMIA E AS CRENAS E ATITUDES EM

    RELAO UTILIZAO DE UMA REDE SOCIAL COMO

    COMPLEMENTAO SALA DE AULA

    Camila Chaves; KeiseRosa

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    Este trabalho, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia/CAPES/UFF

    e em dilogo com dois projetos da rea de Lngua Espanhola voltados para o ensino de lnguas a

    partir de gneros e temas transversais, visa a experimentar alternativas de aprendizado de Lngua

    Estrangeira a partir de erramentas j utilizadas pelos alunos em seu dia-a-dia: como as redes sociais.

    A ideia principal que os alunos das redes municipais possam desenvolver suas habilidades na lngua

    estrangeira, dentro das redes sociais, como por exemplo, o acebook, assim alm de exercitar prticas

    de uso da lngua, eles podero ajudar uns aos outros dentro deste mecanismo.

    Considerando que o interesse por esse veculo e pelos gneros discursivos que o constituem grande, autilizao de redes sociais , nossa proposta tem como objetivo: desenvolver nos alunos a habilidade de

    leitura em LE a partir gneros constituintes das redes sociais; motivar os alunos a se interessarem pelo

    aprendizado de LE or meio de atividades ldicas, em que os alunos possam usuruir de erramentas

    da internet para aprender uma Lngua Estrangeira.

    A metodologia utilizada partir da introduo da importncia do uso da internet no ensino, dentro

    de sala de aula, sendo o texto curto e em espanhol, proporcionando aos alunos a insero no tema,

    e a partir disto, pediremos aos alunos que produzam comentrios, em espanhol, sobre o tema dado

    em sala de aula, e que postem, na rede social, para que os colegas possam ver e tambm comentar

    sobre o assunto. Cada semana ter um tema sugerido pelos alunos, previamente discutido em sala de

    aula por eles prprios, e eles devero comentar sobre o tema na rede social. Os resultados esperados

    sero que os alunos tero mais desenvoltura em produzir textos (orais e escritos) em espanhol sobre

    temas diversos, possibilitando assim que eles aprendam mais e busquem aprender mais, para poder

    continuar comentando e compartilhando com os colegas sobre os assuntos dado num processo de

    interao.

    A UTILIZAO DAS REDES SOCIAIS NO ENSINO DE ESPANHOL

    Kssia Pereira e Nadir gata Almeida

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    O presente trabalho objetiva demonstrar que possvel utilizar jogos ldicos como recurso pedaggico

    no ensino do portugus para os alunos do 2 ano das sries iniciais. Por isso, apresento os resultados das

    experincias vivenciadas no Projeto Mais Educao de uma escola pblica da Regio Metropolitana

    de Belm. endo como objetivos apresentar as concepes e prticas da utilizao dos jogos ldicos

    como recurso pedaggico e contribuir para o letramento dos alunos do 2 ano/9 da escola E.E.E.F. M

    Jos Alves Maia, atravs da aplicao dos jogos ldicos como um instrumento de ensino do Portugus

    durante o perodo da pesquisa-ao. ambm ressaltar os possveis atores da desmotivao dos alunos

    do 2 ano/9, observando as metodologias utilizadas pela proessora em conjunto com as condies

    estruturais da escola e o apoio pedaggico.

    Os aportes tericos so os estudos de Martins (2000) que undamentam a proposta metodolgica

    de pesquisa-ao adotada neste trabalho, bem como os estudos de Piaget (1984), Vygotsky (1994)

    e Golemam (1999) que apresentam estudos importantes no campo da pesquisa sobre o ldico na

    educao da criana. Este estudo de abordagem qualitativa de pesquisa na modalidade de pesquisa-

    ao. Como instrumento de coleta de dados oi utilizado o material produzido pelas crianas bem

    como as observaes eitas pelo pesquisador a partir dos resultados gerados.

    Baseado na abordagem metodolgica de pesquisa-ao o projeto de letramento se estruturou da

    seguinte orma: as crianas eram expostas ao contedo especfico de Portugus para o 2/9, depois

    aziam atividades ldicas relacionadas a estes contedos e por fim realizavam uma produo escrita.

    Os resultados da pesquisa revelaram que possvel usar os jogos ldicos como recurso pedaggico no

    letramento de alunos dos anos iniciais do ensino undamental sem desqualificar o ensino tradicional,

    ou seja, estes podem ser conciliados de orma criativa e proveitosa. ambm demonstram que

    necessrio pensar na incluso do ensino ldico como parte integrante do ensino do portugus para

    as sries inicias. Revelam, ainda, que o proessor desta srie no utilizava jogos ldicos como material

    de apoio pedaggico, demonstrando uma lacuna na ormao dos seus conhecimentos sobre os

    jogos ldicos. Espera-se que este trabalho contribua para que os educadores repensem sua prtica

    docente e percebam a importncia do jogo ldico como recurso didtico no processo de alabetizao

    e letramento das crianas.

    APLICAO DOS JOGOS LDICOS COMO RECURSO PEDAGGICO NO ENSINO

    DO PORTUGUS PARA ALUNOS DO 2 ANO/9

    Carla Isabela Pampolha Marques;Rosangela Maria Costa Alves

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    Iniciaremos o resumo de nosso painel com a seguinte pergunta: o ensino de lngua estrangeira paraalunos nas escolas pblicas, hoje, contempla os aspectos socioculturais e as necessidades comunicativas

    desses jovens Esta uma questo crucial para o Projeto Alemo nas Escolas Pblicas . Dessa orma,

    pode-se dizer que o PALEP vai alm de apenas ensinar alemo para jovens de comunidades mais

    empobrecidas e / ou periricas (considerados assim por encontrarem-se aastados dos centros em

    que os cursos de idioma, que oerecem a lngua alem, so mais disponveis): ele busca, atravs de uma

    relao dialgica entre proessor e aluno, construir uma ormao didtica e cidad do graduando

    como proessor de lngua estrangeira.al ormao envolve o universo social no qual o graduando est atuando, o que repercute nas

    escolhas lexicais, nas abordagens didtico-pedaggicas, nos meios e materiais utilizados nesse

    processo, e o az buscar solues para obstculos, tais como: abordagens deasadas, programas de

    ensino descompassados e imposies culturais, ocando, assim, na necessidade real do pblico alvo.

    Outros atores cruciais ao Projeto dizem respeito a eventuais conflitos culturais que podem surgir

    da interao dos alunos com a nova lngua aprendida, alm de aspectos relacionados ao interesse

    e motivao das instituies de ensino e dos alunos ao integrarem o mesmo. Este painel objetiva,

    portanto, a apresentao do Projeto, abordando no s as questes j aqui explicitadas, mas tambm

    outras reerentes aos mtodos utilizados no curso e aos materiais utilizados, que visam, sobretudo,

    no ignorar a realidade sociocultural das comunidades participantes.

    APRESENTANDO O PALEP - PROJETO ALEMO NAS ESCOLAS PBLICAS

    Diego Vieira do Nascimento; Lygia de Carvalho eixeira; Roberto D Assumpo Junior

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    O Cantiere di Parole(Canteiro de Palavras) uma proposta de elaborao de um dicionrio online

    pedaggico bilnge (portugus-italiano) de acesso gratuito, que objetiva atender s necessidades

    e dificuldades especficas de alunos brasileiros de Lngua Italiana na aprendizagem do lxico e na

    produo escrita da lngua estrangeira. Seu desenvolvimento envolve vrios pesquisadores da

    lexicografia, cada um responsvel por um campo semntico, que deve ser pesquisado e adaptado aos

    objetivos do Cantiere di Parole.

    Dentro deste projeto nos enquadramos no campo semntico escola/universidade. As etapas iniciaisnorteadoras do trabalho oram a elaborao de uma rvore de domnio dos Sistemas Educacionais

    Brasileiros (SEB) e outra, procurando a equivalncia, do Sistema Educacional Italiano (SEI). Obtivemos,

    assim, a nomenclatura oficial atual dos Sistemas Educacionais Brasileiros e do Sistema Educacional

    Italiano e suas variantes, cientficas e empricas, em (des)uso. Como exemplos desse conronto,

    podemos citar Educao Inantil e Istruzione pre-primaria; Primeiro Segmento do Ensino

    Fundamental e Istruzione Primaria; Segundo Segmento do Ensino Fundamental e Istruzione

    Secondaria; Ensino Mdio e Liceo, entre outras a serem apresentadas.

    A metodologia consistiu na elaborao das rvores de domnio j citadas e no estudo comparado

    das nomenclaturas encontradas. Deste modo, verificamos as relaes entre as lexias do sub-

    campo semntico Sistema(s) Educacional(is) das duas lnguas estudadas. Percebemos algumas

    particularidades inerentes a cada sistema que no se comutam como as vrias mudanas ocorridas na

    educao bsica brasileira em conronto das vrias mudanas ocorridas no ensino superior italiano.

    Estas relaes sero utilizadas como base na elaborao de verbetes do Cantiere di Parole, a fim

    de auxiliar os alunos que produziro textos em italiano, e at mesmo no trabalho de profissionais

    que lidam com traduo juramentada (traduo de ttulos de estudo). O intuito que este projeto

    lexicogrfico propicie ao estudante e ao tradutor no s uma traduo, mas uma reflexo sobre o

    significado de cada palavra na lngua em seu contexto lingustico e seus usos na cultura italiana, assim

    como seu equivalente na brasileira.

    RVORES DE DOMNIO EM CONFRONTO:

    O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO E O ITALIANO

    Jssica Mahyara Chagas eixeira

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    De acordo com o senso comum, o conceito de autonomia descrito como a capacidade quealgum tem de assumir responsabilidade sobre si e, alm disso, requentemente conundido com

    autodidatismo. No entanto, a definio de autonomia, no que diz respeito ao ensino e aprendizagem

    de lnguas estrangeiras, no se resume a isso. O tema em questo envolve complexidade e consiste

    em um processo gradativo, no qual a participao eetiva de alunos e proessores undamental.

    Dessa orma, considerando a grande importncia do tema para a aprendizagem de lnguas, sobretudo

    lnguas estrangeiras, este trabalho visa discuti-lo luz do conceito de autonomia deendido por Leffa

    (2003), segundo o qual s seria possvel aprender uma lngua estrangeira a partir do desenvolvimento

    da autonomia, na medida em que a limitao ao que apenas abordado em sala de aula, no seria

    suficiente para o domnio de uma lngua.

    A discusso sobre os aspectos relacionados autonomia ter como ponto de partida observaes e

    relatos de experincias vivenciadas em turmas de ensino de alemo em escolas pblicas no Estado do

    Rio de Janeiro no mbito do Projeto PALEP . Um dos pontos chave em relao ao desenvolvimento da

    autonomia por parte dos alunos que integram o projeto que estes estejam aptos a manterem o contato

    com a lngua e o hbito de estudo, mesmo aps o trmino do curso. Assim, aspectos como motivao,

    a interao aluno-proessor em sala de aula e estratgias de autonomia e aprendizagem desenvolvidas

    por alunos e proessores conjuntamente, tambm sero apresentados e discutidos no presente painel.

    ASPECTOS SOBRE A AUTONOMIA NA APRENDIZAGEM DE LNGUA ALEM

    Ana Carolina Silva Kopezynski; Renan Monteiro Marques

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    Neste trabalho, procurou-se analisar as ocorrncias de pronomes oblquos (se, me, te, nos, vos, lhe(s),o(s), a(s), lo(s), la(s), no(s), na(s)) em contexto com pausa (vrgula e ponto e vrgula). A motivao inicial

    atrela-se divergncia entre as regras prescritas em gramticas. erra (2002), Ferreira (2003) e Rocha

    Lima (2012), por exemplo, dizem ser obrigatria a nclise em contexto com pausa, o que diere da

    opinio de Bechara (2001), que diz ser optativo tanto o uso da prclise quanto da nclise. Isto posto,

    se evidencia o carter pedaggico que se pretende dar a este trabalho, qual seja, o de indicar um

    caminho mais seguro, porque baseado em anlise de corpus, ao proessor quando da necessidade de

    ministrar esse contedo especfico. Para levar a cabo esse intuito pedaggico, se ez o levantamento,

    em textos escritos cultos (10 dissertaes e 10 teses), das ocorrncias de pronomes oblquos tonos

    para averiguar, dado o alto graude monitoramento encontrado nesses textos, qual o comportamento

    quanto disposio pronominal.

    Em linhas gerais, o pronome mais ocorrente o se, com 754 ocorrncias, num total de 925; a segunda

    orma mais requente so os pronomes o(s), a(s), com 61 ocorrncias, num total de 925; a terceira

    orma mais requente o pronome me, com 49 ocorrncias, num total de 925; a quarta orma mais

    requente o pronome lhe, com 28 ocorrncias, num total de 925. Buscou-se interpretar essas

    ocorrncias a partir tanto da requncia dos pronomes quanto do tempo e modo verbal utilizado, o que

    autoriza dizer que a nclise a colocao pronominal preerida, em qualquer tempo e modo, nesses

    textos. Ser preerida no significa, como querem erra, Ferreira e Rocha Lima, obrigatoriedade, haja

    vista a possibilidade de prclise em quase todos os tempos e modos averiguados, no tendo aparecido

    somente no Presente do Subjuntivo e no Pretrito-mais-que-Pereito.

    Pela brevidade de espao, no se aro, aqui, comentrios pormenorizados sobre a correlao pronome

    e tempo verbal. ais comentrios sero discutidos com mais vagar quando da apresentao. Em suma,

    e voltando ao aspecto pedaggico, no parece razovel a regra prescrita indicadora da obrigatoriedade

    da nclise, pois, o que se observou, de ato, oi a ocorrncia de prclise e de nclise, com um percentual

    sempre maior desta. Sem apelar para nenhum aporte terico especfico, e, com base to somente em

    uma incipiente abordagem descritiva, pde-se verificar a inconsistncia da regra prescrita em erra,

    Ferreira e Rocha Lima e a adequabilidade daquela proposta por Bechara. Assim sendo, seria oportuna

    a atualizao de regras, como a aqui descrita, que no encontram respaldo nas ocorrncias reais delngua escrita culta.

    COLOCAO PRONOMINAL EM CONTEXTO COM PAUSA

    Glucia Castro Aguiar Pio; Rodrigo Alves Silva

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    Descrever a lngua no algo cil, porque a lngua algo dinmico e muda constantemente. Assim,

    quando compara-se a lngua alada corriqueiramente pelos brasileiros com a norma padro , percebe-

    se o osso que existe entre elas. sabido que o cltico acusativo de terceira pessoa (comprei a cala

    depois que a experimentei) e o uso dos pronomes relativos em sentenas adjetivas (A moa com quem

    alei ontem est aqui), j no azem parte da gramtica do Portugus Brasileiro.

    Isso implica dizer que as crianas que chegam escola adquiriram uma gramtica sem o cltico e

    sem as sentenas relativas padro, e se o papel da escola, no que se reere ao ensino de lngua materna, azer com que o aluno tenha domnio sobre a norma que no adquirida por ele em processo de

    aquisio, ela dever ensinar o uso deste cltico e das sentenas relativas em situaes reais de uso

    da lngua. Duarte (1989) mostra que este cltico s ocorre em contextos ormais e, mesmo assim,

    em pouqussimos casos e que, ainda, s aparece com o avano da escolaridade, mesmo assim, em

    apenas 4% dos dados. J Braga (2009), mostra em seus estudos, que em apenas 35% das vezes ocorre a

    utilizao da relativa padro (nos casos de relativas com sintagmas preposicionados).

    Assim, pensando no panorama atual do Portugus Brasileiro, este trabalho tem o objetivo de analisar

    como a escola recupera as perdas lingusticas (KAO, 1999) provocadas pelas mudanas na lngua,

    especificamente no que diz respeito s oraes relativas e ao emprego do cltico acusativo de terceira

    pessoa. Para tanto, primeiramente, realizaremos uma coleta de dados orais e escritos, atravs de

    narrativas de atos verdicos ou ficcionais. Estes dados sero coletados junto a 28 estudantes do ensino

    undamental e mdio. Aps, ser eita a transcrio e anlise dos dados. O que ser observado como

    a escola consegue azer com que a criana passe a empregar uma variedade que no ez parte do

    seu input (a qual ela teve contato durante o processo de aquisio de sua lngua materna), durante o

    processo de aquisio da lngua, e que no empregada na sua comunidade lingustica. Aps realizadas

    essas etapas, sero investigadas e discutidas estratgias de ensino da norma padro, tendo como base a

    discusso das variedades lingusticas (BORONI-RICARDO (2004); FARACO (2008)).

    COMO LIDAR COM A VARIAO LINGUSTICA E A NORMA PADRO NA

    ESCOLA: O CASO DO PRONOME OBLQUO TONO E DAS ORAES ADJETIVAS

    Jezebel Batista Lopes e Sabrina Casagrande

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    Este pster visa a apresentar o subprojeto de Lngua Espanhola que acaba de iniciar-se no marco do

    Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia/CAPES/UFF. Os documentos vigentes que

    orientam o currculo escolar, Parmetros Curriculares Nacionais (BRASIL/SEF, 1998) e Orientaes

    Curriculares para o Ensino Mdio (BRASIL/SEB, 2006) coincidem na atribuio s lnguas estrangeiras

    do papel de propiciar ao aluno a ampliao do domnio ativo do discurso em dierentes comunidades e

    situaes discursivas. Assim, espera-se que o discente aumente a sua autopercepo como ser humano

    e seu amplo exerccio da cidadania. Segundo esses documentos, a natureza da linguagem ao mesmo

    tempo social e cognitiva. Entendem a linguagem como uma prtica social entre sujeitos que ocupam

    papis historicamente marcados.

    A partir desse ponto de vista, ensinar lnguas mais do que ampliar a possibilidade de o indivduo se

    comunicar em dierentes veculos e ormatos. Sob esse ponto de vista, cabe escola propiciar ao aluno

    um vasto leque de possibilidades de prticas de linguagem, o que nos remete, em uma dada perspectiva,ao conceito bakhtiniano de gnero do discurso (BAKHIN, 2003; VOLOSHINOV, 2009). Assim

    sendo, o subprojeto tem como oco a competncia leitora e os gneros do discurso, considerando a sua

    consonncia com os documentos norteadores do ensino de lngua estrangeira na Educao Bsica e a

    sua consequente importncia na ormao de proessores.

    Busca-se, entre outras questes, contribuir para a ormao de proessores de espanhol com nase

    nas questes terico-prticas ligadas ao ensino de leitura e aos gneros discursivos e proporcionar aos

    proessores e aprimorar a competncia leitora dos alunos das escolas pblicas parceiras e lev-los a se

    reconhecerem como co-construtores de sentido, desenvolvendo sua competncia de leitura crtica,

    inclusive na lngua materna.endo em vista a recente implantao do subprojeto, neste momento,

    estamos, conorme detalhamento do seu cronograma, realizando reunies semanais de equipe para a

    discusso de textos acerca do ensino de lnguas estrangeiras, compreenso leitora e gneros discursivos,

    incluindo os documentos norteadores da Educao Bsica (PCNs e OCEM).

    COMPETNCIA LEITORA E OS GNEROS DO DISCURSO NO

    ENSINO DE ESPANHOL

    Adriana da Gama, Egon Magno Azevedo da Silva Bemfica, Juliana dos

    Santos Peixoto Braz, Karla Josiane Pires avares, Milena Porto Bruckner,Paula Pereira, Warllachana Moiss da Silva

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    O subprojeto apresentado est vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia/

    CAPES/UF. rata-se de um desdobramento de observaes eitas durante o perodo de estgio para

    a disciplina Pesquisa e Prtica de Ensino III, na Universidade Federal Fluminense, tendo como base

    de anlise as turmas do segundo ano do ensino mdio, na disciplina de espanhol durante o primeiro

    semestre de 2012. O estgio propiciou a identificao da necessidade de uma maior articulao entre

    o processo de ensino da lngua estrangeira com os temas transversais conorme proposto pelos

    Parmetros Curriculares Nacionais (1998), tendo em vista a tendncia alienante na escolha e notratamento dos tpicos temticos na aula de lngua estrangeira. Dentre os reeridos temas, destaca-se

    na contemporaneidade o mundo da inormtica.

    Nessa sociedade moderna, podemos entender a Internet como a grande responsvel por uma revoluo

    inormacional. Atravs dela nos conectamos com o mundo e nos relacionamos acilmente at

    mesmo com pessoas que vivem a quilmetros de ns. Em relao ao meio virtual e o uso da internet,

    Marcuschi (2004) afirma que h novas ormas textuais emergentes na mdia virtual devido o uso

    da escrita eletrnica. Dessa orma, podemos admitir que os meios eletrnicos azem parte da vida

    de todos e sobretudo dos nossos jovens. Por tanto, notria a necessidade de introduzir na rotina

    de aprendizagem dos alunos, a partir das possibilidades de cada escola, atividades e estudos que se

    articulem com o suporte eletrnico.

    Ademais das consideraes sobre as transormaes impostas no mundo da linguagem e a necessidade

    do ensino acompanh-la, pesamos no projeto a preocupao a interao entre aluno- aluno e e alunos-

    proessores, marcada pela violncia dentro do ambiente escolar. Nossa proposta traz ento o objetivo

    de propiciar aos alunos, atravs da internet, o contato com outros jovens latino-americanos, a fim de

    criar um dilogo entre suas dierentes culturas e educaes. Nossos jovens brasileiros refletiro assim,

    sobre as suas vivncias na escola (considerando relevante o ambiente pblico) atravs da vivncia

    desses outros jovens. Esperamos que a troca de inormaes sobre suas dierentes experincias e

    realidades possa ampliar o olhar de cada um sobre si mesmo e sobre a sua escola atravs da alteridade

    (BAKHIN, 2000) e que nos permita compreender o olhar dos alunos a respeito das dificuldades

    encontradas no ambiente educacional. Pretendemos, alm disso, estimular o aluno aprendizagemda lngua espanhola partindo do pressuposto que estar em contato com jovens de outros pases

    CONHECENDO O OUTRO: O DESENVOLVIMENTO DA PRXIS DO

    ESTUDANTE DA LNGUA ESPANHOLA

    Adriana da Gama, Luciene Rocha, Paulo Otvio Miranda Cardoso

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    contribuir para o interesse deles em se conhecerem e conhecerem as suas dierenas. O eixo temtico

    que problematiza as relaes na escola ser explorado com o objetivo de introduzi-los a uma reflexo

    sobre os aspectos sociais.

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    Este trabalho pretende apresentar comunidade acadmica o Certificado de Proficincia em Lngua

    Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), que desenvolvido e outorgado pelo Ministrio da

    Educao (MEC), e aplicado no Brasil e em outros pases com o apoio do Ministrio das Relaes

    Exteriores (MRE).

    O Celpe-Bras o nico certificado brasileiro de proficincia em portugus como lngua estrangeira

    reconhecido oficialmente. No exterior, aceito em firmas e instituies de ensino como comprovao

    de competncia na lngua portuguesa e, no Brasil, requisito para ingresso em cursos de graduao

    e em programas de ps-graduao. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) um dos plos

    aplicadores do exame, realizado duas vezes ao ano na Faculdade de Letras.

    O processo de implementao do Celpe-Bras teve incio com a Portaria n 101/93 (DOU de 11/06/1993),

    da Secretaria de Educao Superior (SESu) do MEC, a qual constituiu uma comisso para desenvolver

    as aes necessrias elaborao de um teste padronizado de portugus para estrangeiros. Atualmente,

    o certificado conerido em quatro nveis: intermedirio, intermedirio superior, avanado e avanado

    superior. O interesse por este tema surgiu a partir de alguns questionamentos de estudantes de Letras

    da UFRJ, mais especificamente durante o perodo de aplicao do exame, sobre o que vem a ser o

    Celpe-Bras e qual sua finalidade.

    Com a crescente procura pelo exame devido, entre outros atores, posio de destaque do Brasil no

    cenrio mundial e ao consequente aumento do interesse pela aprendizagem do portugus-, torna-se

    necessrio haver uma ormao especfica de proessores, que uturamente poderiam aplicar o exame

    e/ou preparar os candidatos. Cabe ressaltar que o principal requisito para atuar como aplicador da

    prova a ormao em Letras. emos como principais objetivos inormar sobre o exame, sua estrutura

    e histrico e aumentar sua visibilidade, despertando, dessa orma, um maior interesse diante do ensino

    de portugus para estrangeiros.

    Para atingir nossos objetivos, realizamos uma pesquisa quantitativa a partir de 1998, ano da primeira

    aplicao do Celpe-Bras, destacando os dados estatsticos do posto aplicador UFRJ at a mais recente

    realizao (em abril de 2013). Os resultados, mostrados atravs de grficos, indicam o crescimentodo exame no Brasil, no s em relao ao nmero de candidatos como tambm de instituies

    CONSIDERAES SOBRE O CERTIFICADO DE PROFICINCIA EM LNGUA

    PORTUGUESA PARA ESTRANGEIROS (CELPE-BRAS),

    COM NFASE NO POSTO APLICADOR UFRJ

    Rosane Souza Cachoeira; atiana Corra da Silva

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    credenciadas para a aplicao.

    Em suma, este trabalho esclarece alguns questionamentos a respeito do Celpe-Bras e aponta sua

    relevncia como nico certificado de proficincia reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro,

    tanto no que diz respeito promoo da lngua portuguesa quanto ormao de proessores da rea

    de Letras

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    O projeto Copa 2014 FrameNet Brasil se prope desenvolver, em meio eletrnico, um dicionrio

    temtico trilngue (Portugus Ingls Espanhol), abordando a Copa do Mundo FIFA de 2014

    em seus domnios turstico e esportivo. Assim, o dicionrio pretende servir queles envolvidos na

    organizao do evento da Copa, alm dos turistas e da imprensa especializada. Em sintonia com

    as mudanas correntes na rea das ecnologias da Inormao, o dicionrio visa a ser um recurso

    lexical acessvel eletronicamente de qualquer parte do mundo. rata-se de um dos desdobramentos do

    projeto FrameNet Brasil (http://www.ramenetbr.u.br), de pesquisa lexicogrfica, que se desenvolve

    na Universidade Federal de Juiz de Fora desde 2008 e almeja construir para o Portugus do Brasil a

    contraparte lingustica da rede semntica conhecida como FrameNet (http://ramenet.icsi.berkeley.

    edu), criada a partir do Ingls, por um grupo de pesquisadores do ICSI (International Computer

    Science Institute), em Berkeley, na Calirnia, sob a liderana do linguista Charles Fillmore.

    Nessa rede, os itens lexicais so descritos em relao aos rames que evocam, entendendo-se um

    rame como um sistema de conceitos relacionados de tal orma que, para entender um deles, todosos demais devem ser compreendidos (FILLMORE, 1982). A descrio sustentada por evidncia

    em corpora, sendo que sentenas contendo os itens lexicais descritos so anotadas no que tange aos

    rames evocados. O trabalho se inicia pela coleta de corpora de sites e blogs relacionados ao turismo

    brasileiro, que so processados pelo parser PALAVRAS (BICK, 2000) e compilados na erramenta

    de busca Sketch Engine, programa atravs do qual az-se a procura das sentenas a serem anotadas

    computacionalmente atravs do FrameNet Desktop.

    A metodologia de anotao utilizada a bottom-up, de maneira que a anlise dos corpora coletadospermitiu saber quais eram os provveis alvos e rames a serem definidos a partir de suas recorrncias.

    Desse modo, tendo estabelecido tais unidades de anlise, procedeu-se sua criao no banco de dados

    do projeto para, assim, associ-las s sentenas dos corpora. Foram definidos os seguintes rames

    at o momento (GAMONAL, 2013): Atrao_em_lugar, Atrao_turstica, Cenrio_da_visita,

    Cenrio_do_turismo, Cenrio_do_turismo_chegada, Cenrio_do_turismo_estada, Cenrio_do_

    turismo_partida, Chegada_do_turista_ alojamento, Chegada_do_turista_localidade, Partida_do_

    turista_alojamento, Partida_do_turista_localidade, urismo_de_atrao, urismo_de_evento,

    urismo_por_turista. O processo de anotao eito em trs camadas, de modo que os constituintes

    COPA 2014 FRAMENET BRASIL: ANOTAO DAS UNIDADES LEXICAIS

    EVOCADORAS DE FRAMES DO CENRIO_DO_TURISMO

    Ana Carolina Ramalho Alcntara; Elida Ramos Costa; Isabela Cunha SilvaCosta; Juliana Coelho do Carmo; Maucha Andrade Gamonal

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    sentenciais so classificados de acordo com os elementos de rame que instanciam, as unes

    gramaticais que desempenham e os tipos sintagmticos em que se maniestam dentro da sentena.

    So observados tambm os padres de valncia, conorme os tipos sintagmticos que so predicados

    pelo alvo.

    A partir disso, classificam-se os elementos de rame em nucleares (semanticamente indispensveis

    para a construo semntica sentencial), periricos (instanciam alguma circunstncia contextual,

    mas so dispensveis para a evocao do rame a que se vinculam) e os extratemticos (que no

    pertencem valncia do rame em si). Portanto, o trabalho de descrio lexicogrfica dos rames

    supramencionados contribui para o objetivo final do dicionrio, que o de ornecer a descrio das

    estruturas conceptuais do domnio do urismo no mbito do evento Copa do Mundo 2014.

    Reerncias Bibliogrficas:

    BICK, E. Te Parsing System PALAVRAS: Automatic Grammatical Analysis o Portuguese in a

    Constraint Grammar Framework. Arhus, Arhus University, 2000.

    FILLMORE, C. J. Frame Semantics. In: HE LINGUISIC SOCIEY OF KOREA (org.) Linguistics in

    Te Morning Calm. Seoul: Hanshin, 1982.GAMONAL, M. A. Copa 2014 FrameNet Brasil: diretrizes para a constituio de um dicionrio

    eletrnico trilngue a partir da anlise de rames da experincia turstica. Dissertao de Mestrado

    em Lingustica. Juiz de Fora: UFJF/FALE, 2013.

    RUPPENHOFER, J.; ELLSWORH, M.; PERUCK, M.; JOHNSON, C.; SCHEFFCZYK. FrameNet II:

    Extended Teory and Practice. Disponvel em: http://ramenet.icsi.berkeley.edu. 2010.

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    O ensino de lnguas ganhou novos recursos para complementar o contedo doslivros didticos: as novas

    tecnologias e os novos gneros discursivos, que, segundo (Marcuschi, 2002), esto acompanhando as

    necessidades e atividades scio-culturais quevo surgindo no contexto da Globalizao.A abordagem

    dos gneros discursivos na sala de aula essencial para o estudo da lngua, visto que a comunicao

    ocorre atravs dos gneros. (Bakhtin, 1972)

    Apresentamos, pois, uma proposta de ensino que valorize o conhecimento prvio do aluno para queele seja capaz de identificar gneros, situaes e objetivos discursivos e se reconhea como um sujeito

    capaz de se expressar e atuar sobre o mundo. A partir da identificao, o proessor poder partir para

    o estudo diacrnico da lngua, apresentando relaes gramaticais convencionadas atravs da Histria

    e trabalhar os Clssicos Literrios, mostrando que muitas histrias, como as de Machado de Assis,

    ainda podem ser bem contemporneas. Desta orma, o dialogismo passa a ser uma erramenta de

    trabalho para mostrar ao aluno como vozes transpassadas, culturas, ideologias, identidades hbridas e

    multiacetadas esto presentes na representao mais significativa da linguagem, a lngua.

    E diante de tal perspectiva, correto afirmar que o proessor mediante demanda que compe o social

    atual e, que, exige novos aparatos tecnolgicos no mbito dos recursos didticos e suas derivadas

    categorias, precisa instaurar no seu azer pedaggico, articulaes do contedo do currculo escolar

    com as aes que imbuem a prxis e a pragmtica da lngua,no obstante,os gneros discursivos ; inere-

    se,nesse sentido,que o proessor poder atuar de orma dinamizadora e eficaz no ensino estratgico

    da leitura ,quer no aspecto cognitivo,quer no aspecto metacognitivo na construo de significados e

    interpretao das mais variadas linguagens em dierentes situaes do discurso e pistas lingusticas, in

    correndo,consequentemente,xito no processo de ensino-aprendizagem de lnguas, ormando leitores

    proficientes e, sobretudo,cidados crticos.

    DIALOGISMO NO ENSINO DOS GNEROS DISCURSIVOS:

    UM ENCONTRO ENTRE VOZES, CULTURAS E IDENTIDADES

    Raquel Moreira Machado; Joyce Pereira Estani;Ana Paula de Sousa Silva

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    In the last decades many authors have been calling attention to the importance o searching about

    didactic books(DB) (LEFFA 2003; HOLDEN & RODGERS, 1997; MC DONOUGH & SHAW, 1993)

    and it has been the topic o studies (CUNNINGSWORH, 1995; RICHARDS, 2002apud GUERRA

    RAMOS; RODRIGUES ROSELLI ), considering that it is necessary to give attention to this important

    tool o education since the majority o teachers just have it to work with students, as we can notice in

    the reality o the most schools in Brazil that dont have other instruments like computers, radios and

    Vs. When we discuss about analysis o didactic book or children it is possible to know that there

    arent much researches concerning this topic, but according to GUERRA RAMOS and RODRIGUES

    ROSELLI the increasing number o didactic material that has been published or that public is an

    evidence that this educational segment is gaining strength in scholar systems, mainly in the private

    contexts.As one can see, to search about teaching or children and specifically about DB is very

    important considering that they are in beginning o their ormation so need to construct this base in

    nice and well-structured way.

    Te aim o this paper is to analyze the way that pictures in English didactic books or children areused as a way to call and hold students attention topic since according to DANE (1996) the physical

    characteristics o the book should be attractive and inviting in order to acilitate the students language

    learning. For this, it was selected two didactic books, o different authors and publishing houses, to

    be compared. It is analyzed the inormation that are presented on the cover and which picture is the

    more striking considering the colors and images which are used; it is also compared how each author

    uses pictures to call childrens attention to the topic and, finally, is identified in which points the books

    have similarities and differences. As results that comparison will be presented.Tus, the aim o this research is to analyze how pictures are used in two books or children in order to

    call their attention to the prosed topic since according to DANE (1996) the physical characteristics o

    the book should be attractive and inviting in order to acilitate the students language learning.

    DIDACTIC BOOK: AN ANALYSIS ABOUT THIS IMPORTANT

    TOOL IN LANGUAGE LEARNING

    Brbara Cotta Padula; Fernanda Ignachitti Campos

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    Fomentado pela CAPES (Coordenao de Apereioamento de Pessoal de Nvel Superior), o Projeto

    Novos alentos, desenvolvido na UNEMA, campus universitrio de angar da Serra desde 2011,

    por meio de quatro subprojetos, sendo um deles o intitulado Lngua Materna: limites e possibilidades

    da pesquisa cientfica que visa, primordialmente, incentivar a iniciao cientfica dos alunos do ensino

    mdio da rede pblica de ensino da zona urbana e das aldeias indgenas de angar da Serra e regio,

    bem como estimular a pesquisa entre os proessores desse campo da educao.

    O subprojeto de Lngua Materna adotou como uma de suas metodologias a produo de cartoneiras,que uma proposta que se realiza por meio da produo de livros com o uso de papelo e materiais

    reciclados. O Cartonerismo um movimento editorial que surgiu na Argentina no ano de 2001 e que

    vem se espalhando pela Amrica Latina. Sua filosofia consiste em acilitar a divulgao da produo

    literria de escritores que no conseguiram publicar suas obras pelos veculos tradicionais. uma

    proposta econmica, acessvel e de cil execuo, que se torna um excelente instrumento para a

    produo textual e literria.

    A atividade de produo de cartoneiras oi trabalhada tanto com alunos da rede urbana como tambmcom os alunos Pares, moradores da Aldeia Formoso, que tm a Lngua Portuguesa como segunda

    lngua. Na aldeia Formoso, a proposta exerceu uma importante uno ao possibilitar o registro de

    relatos pessoais, experincias, histrias e lendas do povo Pares, alm do registro de suas impresses

    como participantes dos minicursos oertados pelo projeto. A partir desse trabalho, o projeto pretende

    auxiliar no direcionamento desses alunos e proessores no caminho da pesquisa cientfica de sua

    lngua materna a lngua Pares, e desta orma, viabilizar a produo literria para a preservao

    da cultura da comunidade, alm da produo de material didtico em sua lngua, que ainda hoje

    produzido apenas na Lngua Portuguesa.

    DISCUSSO E REGISTRO DA LNGUA: CARTONEIRAS COMO INSTRUMENTO

    VIABILIZADOR DA PRODUO LITERRIA INDGENA

    Helen Vanessa Oliveira RittZanchin; Wlica Cristina Duarte de Oliveira

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    O projeto Novos alentos promovido pela CAPES, trabalhado na UNEMA,campus universitrio de

    angar da Serra, Mato Grosso, desde o ano de 2011 e vem sendo desenvolvido em quatro subprojetos,

    um deles intitulado Lngua Materna: limites e possibilidades da pesquisa cientfica. Estre trabalho

    apresentar pesquisas que vm sendo desenvolvidas no campus da UNEMA, na rea da Lingustica,

    especificamente a Lngua Materna e o conceito de cincia em escolas pblicas estaduais da regio e

    aldeias indgenas. O Novos alentos estende suas atividades cidades prximas tendo a finalidade

    de desmistificar conceitos que cercam a cincia e os esteretipos que cada aluno desenvolve sobre aimagem do cientista.

    Uma das regies escolhidas para desenvolver pesquisa proposta a cidade de Nova Olmpia que localiza-

    se prxima a cidade de angar da Serra; o minicurso oi ministrado pelos acadmicos monitores na

    Escola Estadual Wilson de Almeida. endo como reerenciais tericos autores ps-estruturalistas, as

    atividades se iniciaram junto aos alunos da escola e oram conduzidas pelos monitores que usaram

    como recursos para os trabalhos ministradosfilmes e textos interdisciplinares, entre eles, o texto

    Cincia, coisa boa... de Rubem Alves, que desencadeou diversos pontos nas discusses, enriquecendo

    a reflexo sobre o azer cincia ora dos laboratrios idealizados at ento.

    Nesta perspectivaos alunos desenvolveram diversas atividades, como apresentao de textos

    desenvolvidos e escritos por cada um deles, o que desencadeou em uma discussomuito pertinente

    e construtiva tanto para os alunos quanto para os monitores. Os trabalhos desenvolvidos com os

    cursandos de Nova Olmpia se mostraram de grande importncia, para o enriquecimento de cada

    monitor e cada aluno que tomou para si experincias indescritveis em um processo de aprendizado

    sobre o que como se d a cincia aplicada no dia a dia de cada aluno, e assim os alunos acabam por

    compreender que a cincia no se limita as paredes de um laboratrio.

    DISCUTINDO CINCIA: DO SENSO COMUM AO CONHECIMENTO

    FORMAL SOB O OLHAR DOS ALUNOS NO ENSINO MDIO DA REDE PBLICA

    Dbora Aparecida Blanco Gonsales; Helen Vanessa Oliveira RittZanchin

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    A norma no-padro, caracterizada na ala principalmente pela ausncia de concordncia, parece

    no ter voz no espao de ensino de lngua portuguesa, ou seja, na escola. Isso ocorre porque esse

    espao tem sido utilizado exclusivamente para o ensino da norma padro. Propostas que procuram

    inserir outras normas na escola no tm recebido entrada nesse ambiente. Ainda assim, h estudos

    sendo realizados que buscam aproximar a realidade lingustica do aluno da apresentada pela escola.

    O ensino gramatical pautado na anlise contrastiva vem surtindo eeito para o ensino, quando se trata

    de variedades de uma mesma lngua. Nos Estados Unidos, por exemplo, Wheeler e Swords (2006)levaram para a sala de aula uma proposta de anlise contrastiva.

    Alunos de terceiro e quarto anos, alantes de um ingls no-padro, encontravam dificuldades para

    a aprendizagem da lngua ensinada na escola. Atravs da anlise contrastiva de estruturas estudadas

    em aula, a pesquisadora e a proessora puderam vivenciar uma sensvel mudana no aprendizado

    de ingls padro por parte desses alunos, ao conduzi-los alternncia de cdigo (code-switching).

    De igual modo no Brasil, propostas de ensino com anlise contrastiva vm sendo desenvolvidas, no

    portugus brasileiro, como, por exemplo, a realizada por Cyranka (2010).Uma teoria sobre code-switching tambm oi apresentada por Kato (2005), ao apresentar o que

    ficou conhecido como gramtica do letrado. O presente trabalho desenvolvido tambm toma por

    base um ensino de lngua portuguesa, partindo da norma no-padro para a padro, por meio da

    anlise contrastiva entre essas normas, visando alternncia de cdigo. A proposta est baseada

    na elaborao de materiais didticos, para dierentes contedos gramaticais, que possam partir da

    norma no-padro para azer o aluno se conscientizar, primeiramente, que essa norma possui regras

    e estruturas prprias, para ento, descobrir, por anlise contrastiva, as regras e estruturas inerentes

    norma padro. Podemos tomar como exemplo do material didtico a ser apresentado nesse trabalho o

    caso da concordncia de nmero entre artigo, substantivo e adjetivo, produzido no ano de 2012.

    Na norma no-padro, a concordncia tende a ser marcada no primeiro elemento do sintagma nominal,

    enquanto na norma padro a marcao acontece em todos os elementos do sintagma. A apropriao

    das regras por parte dos alunos visou conscientizao de que, por serem normas distintas, possuem

    ambientes de utilizao distintos. Isso propiciou uma prtica de alternncia de cdigo, conduzindo o

    aluno alante ao domnio das duas variedades lingusticas do portugus brasileiro. A aplicao desse

    DO NO-PADRO AO PADRO: PRTICA DE ANLISE CONTRASTIVA NA

    SALA DE AULA

    Monique Dbora Alves de Oliveira

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    material em parte de uma turma de sexto ano do ensino undamental da rede municipal do Rio de

    Janeiro proporcionou experienciar que, de ato, possvel tornar o ensino de estruturas gramaticais

    mais atraente para o aluno. Embora o retorno tenha sido positivo, oi detectado que necessrio que

    haja mais tempo para aplicao, para que os resultados sejam mais duradores na vida dos alunos.

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    O presente subprojeto, vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia/

    CAPES/UFF, prope um trabalho com licenciandos de Letras-Espanhol, em articulao com bolsistas

    de lngua inglesa, a partir da vivncia escolar com alunos e proessores em pleno exerccio em duas

    escolas da rede municipal de Niteri, E. M. Rachide da Glria Salim Saker e na E. M Altivo Csar. Seu

    objetivo propiciar a qualificao da ormao desses profissionais, especialmente, no que concerne

    criao de alternativas didtico-pedaggicas para o desenvolvimento da competncia leitora com

    nase em temas transversais.

    Consideramos a da seleo criteriosa dos tpicos temticos como indispensvel em uma abordagem

    de ensino voltada para o letramento e a ormao crtica dos alunos. O trabalho conta com dierentes

    subgrupos de alunos bolsistas, em ases de investigao igualmente diversificadas. Uma parte da

    equipe encontra-se em ase inicial, privilegiando, a sondagem e a articulao das necessidades da

    escola contemplada para a elaborao de subprojetos a serem aplicados em etapa posterior.

    odos os membros da equipe participam de reunies semanais, juntamente com a equipe de ingls,para a discusso de textos tericos sobre o ensino de lnguas estrangeiras, a compreenso leitora e os

    gneros discursivos, incluindo os documentos norteadores da Educao Bsica (PCNs e OCEM). No

    mbito especfico do ensino de lnguas estrangeiras, a superao de uma viso de ensino/aprendizagem

    de lngua como cdigo a ser apropriado pelo aluno tem sido deendida por pesquisas que concebem

    o papel do ensino de lnguas na ormao integral do aluno, sublinhando os valores educativos e

    polticos inerentes a essa prtica (MOIA LOPES, 1996).

    Segundo essa concepo de ensino/aprendizagem de idiomas, o conhecimento de outras lnguas eculturas contribui na consolidao do engajamento discursivo do aluno e, portanto, no seu poder de

    agir como cidado crtico. luz dessa perspectiva, deende-se a integrao do ensino de idiomas ao

    processo de letramento do aluno da educao bsica, valorizando-se o papel do desenvolvimento da

    competncia leitora em lngua estrangeira na ormao crtica do alunado. Apesar de privilegiada nos

    documentos nacionais que orientam o currculo escolar (OCEM, 2006; PCN, 1988), dita concepo

    de ensino de lnguas ainda encontra impasses na sua concretizao, justificando-se a necessidade da

    criao de aes alternativas para promover possveis mudanas que viabilizem ampliao da reflexo

    crtica sobre enmenos relativos ao ensino de idiomas no contexto escolar.

    ENSINO DE ESPANHOL: ESCOLA, LEITURA E TRANSVERSALIDADE

    Adejair do Esprito Santo Siqueira Jnior e Aline Brito de Medeiros,Luana Siqueira Schweizer, Marcia Barci da Silva,

    Matheus de Oliveira Esprito Santo e Sthfani Marinho de Carvalho

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    No esteio de nossas proposies para este trabalho, est a crena de que para a ormao do proessor

    de lnguas na ps modernidade, com base nos documentos prescritivos que consideram o discurso

    como prtica social, destacamos aqueles que circulam em dierentes eseras sociais como propulsores

    da aprendizagem e como processo construdo e reconstrudo por meio de trabalho colaborativo

    analisado no interior de uma teia de saberes, prticas, mtodos e discursos construdos para que a

    docncia seja ressignificada como exerccio dialgico.

    Este trabalho apresenta reflexes sobre a representao discursiva da prtica docente de proessores

    em ormao a partir da compilao de um Corpus de Aprendizes (CA) ormado por Garimpo textual

    baseado nos Multiletramentos Crticos. Por meio das novas tecnologias e mdias como gesto undador

    do trabalho de seleo de textos para objeto de ensino e aprendizagem de lnguas portuguesa e inglesa

    em salas de aula do ensino undamental, apresentamos uma interace pedaggica entre a Lingustica

    de Corpus, a Pedagogia dos Multiletramentos e a intercalao de gneros tendo em vista a proposio

    de sequncias didticas para explorao como enunciados e transposies didticas em sala de aula.

    Pesquisas baseadas em CA abrem novas possibilidades e aplicaes para ensino e aprendizagem de

    lnguas, dentre elas destacam-se a descrio da interlngua do aprendiz, a preparao de materiais

    didticos, a compilao de dicionrios, alm de possibilitar trs domnios de aplicao e pesquisa:

    design de currculo, erramentas computacionais e ensino da gramtica (Berber Sardinha, 2001;

    Meunier, 2002; Granger, 2003; Seidlhoer, 2002 e OKeee et al 2007).

    Para os estudiosos do New London Group (NLG) os estudos sobre Multiletramentos so aqueles quetm como objeto a relao entre a educao e as linguagens digitais, e estabelecem novos parmetros

    para a construo do conhecimento. O corpus desta pesquisa retrata as experincias de aprendizagem

    que integram mais de uma estratgia e ambientes de ensino e reflete a viso de aprendizagem como

    processo mltiplo e contnuo a partir das perspectivas dos proessores em ormao. Os dados que

    trazemos configuram investidas metodolgicas de trabalho com a categoria gnero como mediao

    ormativa, da a proposta do Garimpo textual (COELHO; SOUZA, 2012) luz da tica terico-

    conceitual dos Multiletramentos crticos (ELUF, 2010) e da docncia como um exerccio de dialogia

    GARIMPO TEXTUAL E(M) MULTILETRAMENTOS CRTICOS: A COMPILAO

    DE UM CORPUS DE APRENDIZES COMO INTERFACE ALTERNATIVA NA

    FORMAO DO PROFESSOR DE LNGUAS

    Cristina ArcuriEluf; Fernanda de Castro Batista Coelho;Ester Maria de Figueiredo Souza

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    (COELHO; SOUZA, 2012). O Garimpo textual atividade que integra a agenda de trabalho semanal

    de licenciandos em Letras (bolsistas PIBID, FAPESB, CNPQ e UESB) e proessores em exerccio

    (bolsistas PIBID) da educao bsica consiste na escolha processual, semanal e individual de textos

    vinculados a dierentes semioses e socialmente reconhecidos como dierentes gneros discursivos.

    Pretende-se, com a compilao do corpus por Garimpo textual promover reflexes para uma interace

    entre prticas e processos discursivos tendo em vista o conceito de docncia ressignificada como

    exerccio dialgico analisado e construdo luz do que reconhecemos hoje como campo de pesquisa

    da e para a ormao do proessor.

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    Este projeto tem por pblico alvo as turmas de sexto ano do turno da tarde no Colgio Estadual

    Almirante amandar no bairro de Piratininga, Niteri, e visa proporcionar um primeiro contato

    ormal com a leitura em lngua inglesa no ambiente escolar a estes alunos. al projeto se justifica

    pelo interesse e pela curiosidade demonstrada pela turma no assunto, o que deve possibilitar uma

    maior aceitao da leitura em lngua inglesa pela turma e, tambm, na possibilidade de realizar um

    trabalho em longo prazo visto que por ser uma turma de 6 ano, esta permanecer, pelo menos, mais

    trs anos na escola. Segundo os Parmetros Curriculares Nacionais, a habilidade de leitura deve servista como prioritria no ensino de lngua estrangeira no contexto escolar, isto pode ser comprovado

    por inmeros meios, sendo alguns deles: o problema da inra-estrutura, j que boa parte das escolas

    pblicas brasileiras conta com poucos recursos para aparelhagem das salas de aula, o oco em outras

    habilidades como oral/auditiva seria extremamente aetado, se no impossibilitado em muitos casos; o

    uso que a maioria dos alunos da rede pblica aro da leitura em sua vida pessoal/profissional, ou seja,

    salvo raras excees, boa parte dos alunos no ter contanto com habi