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02 a 05 setembro 2013 Faculdade de Letras UFRJ Rio de Janeiro - Brasil SIMPÓSIO - Ensino de línguas estrangeiras e formação de professores em Instituições Tecnológicas brasileiras diferentes olhares

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02 a 05 setembro 2013

Faculdade de Letras UFRJRio de Janeiro - Brasil

SIMPÓSIO - Ensino de línguas estrangeiras e formação de professores em Instituições Tecnológicas

brasileiras diferentes olhares

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As faces do professor de línguas para fins específicos Alessandra Cristina Bittencourt Alcântara Página 05

INDÍCE DE TRABALHOS(em ordem alfabética)

A experiência como aluna de curso Lato Sensu em Instituição Tecnológica: expectativas, avaliação crítica e culminância - a capacitação docente é possível nesse contexto? Cláudia Valéria Vieira Nunes Farias

Campanha publicitária: argumentos de professores de E/LE em escola técnica Charlene Cidrini Ferreira e Rosane Manfrinato de Medeiros Dias

Aulas de Inglês no Instituto Federal de Sergipe: o caso do Ensino Médio Daniele Barbosa de Souza Almeida Página 06

Crenças no ensino-aprendizagem de língua espanhola Maurício Carlos da Silva e Daniele Renata da Silva

Desenvolvendo as Múltiplas Habilidades Mírian Nichida Graciano Moreira e Paula Jucá de Sousa Santos

Ensino de inglês e inclusão do trabalhador do turismo no IFSC Angela Faria Brognoli e Telma Pires Pacheco Amorim

Ensino de Inglês para fins específicos: reflexões sobre poder e hegemonia ocidental em sala de aula Ronaldo Só Moutinho

Diálogos entre a Educação Básica e a universidade: a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/ FIOCRUZ como espaço de formação inicial de professores Andréa Conceição Braga Antunes, Kelly Pereira de Carvalho e Luciana Maria de Figueiredo

Cultura de ensinar e de aprender Língua Inglesa em uma escola federal em Minas Gerais: quais as dificuldades? Daniela de Faria Prado, Sheilla Andrade de Souza, Vinicius Mundim e Adriam Ferreira

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Estratégias de aprendizagem para o alcance da competência comunicativa na formação de profissionais técnicos em logística Renata Mourão Guimarães e Vanessa Cristina da Silva

Feminilidades, Homossexualidades e Negritudes na formação continuada de profes-sores: corpos estranhos num centro de tecnologia Leandro da Silva Gomes Cristóvão

Formação continuada para professores de instituições tecnológicas na preparação de estudantes para o exame de proficiência em inglês Angela Lopes Norte, Gloria Sonia Mattoso Quélhas e Katia Cilene Cunha de Aguiar

Formação de Professores de Inglês para Fins Específicos no Contexto de Instituições Tecnológicas: Reflexões e Ações Luane da Costa Pinto Lins Fragoso e William Eduardo da Silva

Inglês para o curso técnico em informática: expectativas e realizações Gláucia Mendes da Silva

O ensino da língua espanhola e a formação docente no IFRR: uma história de sucesso Eliana Dias Laurido, Jane da Silva Amorim e Raimundo Nonato Chacon

Refletindo sobre competências docentes no ensino de línguas estrangeiras em Instituições Tecnológicas Federais Elza Maria Duarte Alvarenga de Mello Ribeiro, Renata Ribeiro Guimarães e Ricardo Benevides Silva de Oliveira

O historizado, o almejado e o prescrito: O que há nos planejamentos do ensino médio (integrado ao técnico) e da língua estrangeira (inglês)? Daniella de Souza Bezerra

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Este trabalho pretende informar sobre minha experiência pessoal como discente do curso Lato Sensu

em Ensino de Língua Estrangeira cursado no ano de 2011 em uma Instituição Tecnológica da área

metropolitana do Rio de Janeiro. A partir da análise e comparação das expectativas projetadas para o

curso e da efetiva realização do mesmo, pretendo, a partir de uma avaliação pessoal, tentar perceber se,

e como, as expectativas foram satisfeitas e de que forma contribuíram para a culminância do processo,

a saber, a defesa da monografia de fim de curso intitulada “Uma proposta sobre o uso do gênero

“Cartas de Aconselhamento” no ensino de leitura em língua inglesa”.

A referida monografia trata da aplicação de uma atividade de compreensão leitora de um texto

de língua inglesa em uma escola pública do Rio de Janeiro com o objetivo de verificar que tipo de

conhecimento prévio os alunos detinham sobre o gênero textual “Carta de Aconselhamento” e como

esse conhecimento pode ter facilitado a compreensão do propósito discursivo do texto e das estratégias

usadas pelos autores para concretizá-lo. Os alunos deveriam sinalizar, entre outros aspectos, a

regularidade com que acessam o gênero citado, as expectativas que trazem para o processo de leitura

e se essas expectativas foram contempladas na atividade proposta neste trabalho. Proponho neste

trabalho, então, um diálogo entre a grade de disciplinas com respectivas cargas horárias e ementas e

os aspectos de cada uma delas que, de alguma forma, possibilitaram a conclusão e a defesa do trabalho

de fim de curso, consideradas, inclusive, as orientações ministradas. Para finalizar, pretendo, a partir

do diálogo proposto, identificar, não só na monografia propriamente dita, mas também nas crenças

pedagógicas que a informam, as contribuições do curso como um todo para minha capacitação

profissional e para o desenvolvimento da minha prática docente.

Como implicações, pretendo, a partir das conclusões alcançadas, fazer sugestões sobre modificações

com vistas a minimizar eventuais problemas percebidos com a análise e ratificar práticas que tenham

se mostrado bem-sucedidas. Assim, acredito que este trabalho trará contribuições para cursos futuros,

além de inaugurar uma avaliação a partir do olhar discente, e poderá contribuir para as discussões

do Simpósio “Ensino de línguas estrangeiras e formação de professores em Instituições Tecnológicas

brasileiras: diferentes olhares.”

A ExpERIêNCIA COmO ALuNA DE CuRSO LATO SENSu Em INSTITuIçãO TECNOLógICA: ExpECTATIvAS, AvALIAçãO CRÍTICA E CuLmINâNCIA -

A CApACITAçãO DOCENTE é pOSSÍvEL NESSE CONTExTO?

Cláudia Valéria Vieira Nunes Farias

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A partir dos conceitos de línguas para fins específicos, esta pesquisa propõe-se a apresentar os papéis

desempenhados pelo professor desta área. Vale ressaltar que várias questões relacionadas às funções

do professor de línguas para fins específicos tem relação com o material didático, segundo Ramos

(2006, p. 7) “o desenvolvimento do professor e a produção de materiais andaram juntos”, se referindo

ao Projeto Nacional de Inglês Instrumental desenvolvido nas universidades brasileiras na década de

80. Segundo Hutchinson e Waters (1987, p. 157), o papel do professor de língua instrumental é de

muitas faces, pois ele atua nas áreas de análise de necessidades, planejamento do curso, produção ou

adaptação de material e avaliação.

Blue (1981) menciona que, além de produzir material, o professor de ESP, de inglês para fins específicos,

terá de conhecer um pouco sobre outras áreas, já que uma de suas funções será sempre ensinar a língua

com fins específicos para os alunos. Além disso, Dudley-Evans e St John (1998, p. 13) apresentam

vários papéis a serem desempenhados pelo practitioner, ou seja, o profissional de línguas para fins

específicos. O termo practitioner é utilizado pelos autores porque o trabalho do professor de línguas

para fins específicos, segundo eles, vai além de ensinar. Os cinco papéis principais do practitioner são:

professor, elaborador do curso e fornecedor de materiais, colaborador, pesquisador e avaliador. Celani

(1997) adiciona ainda outras funções. Segundo a autora, desde o surgimento do inglês instrumental,

as funções do professor nesta área tornaram-se mais complexas.

Tais mudanças tornam o professor de instrumental: pesquisador, elaborador de programas, autor de

matérias, examinador, avaliador, professor de estratégias, “empatizador”, analista, observador de sua

prática, explorador da realidade e experimentador da realidade. Embora o professor desta área tenha

tantos papéis a desempenhar de acordo com os autores citados acima, darei ênfase nesta pesquisa aos

cinco papéis principais abordados por Dudley-Evans e St John (1998). Por isso, este trabalho investiga

as funções desempenhadas pelos professores de inglês para fins específicos de uma escola técnica da

rede estadual do Rio de Janeiro. Para tanto, seis professores responderam a um questionário e uma

entrevista. Dentre os principais papéis desempenhados pelo professor de línguas para fins específicos,

os professores colaboradores desta pesquisa identificaram como os principais: pesquisador, elaborador

de material didático e colaborador.

AS fACES DO pROfESSOR DE LÍNguAS pARA fINS ESpECÍfICOSAlessandra Cristina Bittencourt Alcântara

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Ensinar em um Instituto Federal requer a compreensão por parte do professor de que múltiplos são os

caminhos, bem como inúmeros são os obstáculos. Tal fato é ainda mais marcante quando a disciplina a

ser ministrada é uma língua estrangeira, tendo em vista que o idioma é o produto da atuação recíproca

entre o aprendiz e “o mundo grande lá fora”, não o objeto da aprendizagem (CELANI, 2005). Diversos

são os níveis de ensino para o qual o docente é solicitado e, ainda que os níveis sejam os mesmos, as

especificidades de cada curso demandam a realização de planejamentos distintos para disciplinas que

por vezes tem o mesmo nome. Neste contexto, há que se pensar também nos anseios dos alunos, que, em

cursos e em níveis de ensino diferentes (Ensino Médio Integrado ao ensino profissionalizante, Cursos

Técnicos e tecnológicos, Cursos Superiores e Proejas), costumam ser divergentes. Assim, visando

refletir a prática docente a partir do reconhecimento do imaginário discente, propus a realização de

um projeto, aprovado pelo CNPQ, intitulado Inglês no Ensino Médio: uma visão discente.

Esta comunicação tem como objetivo o compartilhamento das questões que levaram a propositura

do projeto, das etapas realizadas bem como da análise preliminar dos dados coletados. Optamos por

investigar os anseios de alunos deste nível de escolaridade, porque, para além das diversas mudanças

pelas quais os documentos oficiais para o ensino da língua nesse ciclo passou nos últimos 25 anos, tais

quais a mudança do foco na leitura (PCN) para o englobamento das outras habilidades comunicativas e

a necessidade de incentivar o aluno a recepcionar os mais variados tipos de texto criticamente (OCEM),

o ensino da língua inglesa no ensino médiode Institutos Federais tem ainda algumas peculiaridades,

como por exemplo, a carga horária reduzida para contemplar as disciplinas técnicas dos cursos.

Uma das questões levantadas no projeto é a imagem negativa das aulas de línguas e a crença de

que inglês não se aprende na escola. Pretendemos descobrir quais os anseios dos alunos do Instituto

Federal de Sergipe para traçarmos diretrizes que facilitem a concretização dos objetivos do alunado,

contribuindo, desta forma, para construção de uma imagem positiva do ensino de inglês na escola.

Coadunamo-nos com a premissa de Abuêndia Pinto (2005) de que ao proporcionar situações de

aprendizagem conscientes, mediadas pelo professor e pela comunidade em sala de aula, os alunos

passam a controlar sua aprendizagem, tornando-a, por conseguinte, significativa para alunos e

professores.

AuLAS DE INgLêS NO INSTITuTO fEDERAL DE SERgIpE: O CASO DO ENSINO méDIO

Daniele Barbosa de Souza Almeida

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Esta comunicação tem como objetivo apresentar nosso olhar sobre o ensino de espanhol como língua

estrangeira por meio de um projeto voltado para a análise e produção do gênero campanha publicitária,

realizado com grupos de estudantes da disciplina de E/LE (Espanhol como Língua Estrangeira),

presente na grade curricular do Ensino Médio do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso

Suckow da Fonseca no Rio de Janeiro / Brasil (CEFET/RJ). A teoria que norteou nosso trabalho foi

uma visão discursiva de linguagem, com base nos estudos de Maingueneau (2002) e Bakhtin (1992),

no que se refere à noção de gênero de discurso. Esse olhar teórico nos leva a compreender o ensino

de língua estrangeira como um espaço para novas discussões sobre os sentidos construídos e sobre a

relação que os gêneros discursivos estabelecem com a sociedade que os utiliza.

A opção pelo gênero campanha publicitária se justifica pelo fato de estarmos inseridos numa sociedade

em que os meios midiáticos utilizam diferentes recursos a fim de persuadir os coenunciadores sobre

um determinado fim, seja social ou de consumo. Dessa forma, a metodologia do projeto consistiu,

inicialmente, no trabalho de análise do gênero campanha publicitária como prática social, destacando-

se as estratégias argumentativas utilizadas, os objetivos e expectativas, os sujeitos sociais envolvidos,

os aspectos verbais e não verbais, entre outros. Com o objetivo de propiciar aos alunos a possibilidade

de alternar os papéis deste “jogo” – enunciador X coenunciador –, foi proposto aos grupos a elaboração

de vídeos baseados nas características do gênero discursivo estudado, com diferentes fins idealizados

por eles.Deste modo, puderam refletir sobre quem se fala, a partir de que lugar, com quais objetivos e

para quem. A escolha pela produção de vídeos se deve ao avanço das novas tecnologias no contexto

atual, as quais são incorporadas nos projetos desenvolvidos na escola, por se constituir como um

espaço aberto à inserção de elementos presentes em nosso entorno social.

Essa abordagem teórico-metodológica evidenciou que não é possível separar o ensino de língua de

seu uso social, ou seja, dos gêneros de discurso e que, sua aplicação em sala de aula possibilita aos

alunos, no processo ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, outras formas de compreender

e interagir através da linguagem. Além disso, além do desenvolvimento da língua espanhola, os

estudantes puderam desenvolver reflexões de conscientização social importantes para sua formação

enquanto sujeito crítico e atuante no mundo. Assim, a realização dessa prática vem reforçar que o

professor, desde a sua formação inicial como continuada, precisa desenvolver uma profunda consciência

CAmpANHA puBLICITáRIA: ARgumENTOS DE pROfESSORES DE E/LE Em ESCOLA TéCNICA

Charlene Cidrini Ferreira e Rosane Manfrinato de Medeiros Dias

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de que não dá para separar o ensinar da formação moral e crítica do educando. A formação exige uma

crítica permanente à sua atividade, à sua prática, que apesar de estar numa escola técnica, não pode ser

puramente técnica, mas também crítica. E sendo crítica, será consequentemente ética.

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Partindo do pressuposto de que as crenças que adquirimos e construímos, a partir da interação social,

interferem em nossa forma de agir e, pensando o ambiente escolar enquanto espaço de interação,

buscamos responder à seguinte questão: “Quais são as crenças trazidas por alunos de um curso técnico

integrado ao ensino médio, de um Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sudeste de

Minas Gerais, sobre o ensino-aprendizagem do Espanhol como Língua Estrangeira? Essas crenças se

modificam a partir do momento em que os aprendizes vão acumulando conhecimentos do Espanhol

como Língua Estrangeira? E, as aulas colaboram para reforçar ou resignificar essas crenças?” Através

de um questionário aberto formado por cinco perguntas abertas, aplicado para oitenta e três (83)

alunos, levantamos um número considerável de dados que foram analisados de forma quantitativa

através de gráficos e qualitativamente à luz da Teoria sobre Crenças.

Sem desconsiderar a abordagem das pesquisas em crenças em diversas áreas do conhecimento ou

mesmo sua relevância dentro do cenário internacional, optamos por nos apoiar, principalmente,

em autores brasileiros que trabalham na perspectiva do ensino-aprendizagem de línguas e que vêm

apresentando produções significativas, entre os mais citados podemos destacar, Barcelos, 2009, 2007,

2006, 2004, etc.; Alvarez, 2007; Vieira-Abrahão, 2006, 2004; Almeida Filho, 1999; Barcelos & Vieira-

Abrahão, 2006; Silva, 2011, 2010, 2008, 2007, 2006, 2005, entre outros. Ao final da pesquisa podemos

concluir que conhecer as crenças dos alunos é de extrema relevância, pois isso fornece ao professor

subsídios para elaborar um plano de ação mais efetivo para o processo ensino-aprendizagem, que

o possibilita repensar sobre a própria prática, abrindo-se para um ensino reflexivo-crítico onde as

crenças poderão ser desmistificadas ou ressignificadas.

Diante do foi exposto acreditamos que nosso trabalho, que tem como temática As Crenças de alunos

no ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira, está relacionado ao simpósio Ensino de línguas

estrangeiras e formação de professores em Instituições Tecnológicas brasileiras: diferentes olhares,

pois discute o ensino de língua estrangeira, a partir de um Instituto Federal de Educação, tendo como

sujeitos da pesquisa alunos e professores dessa mesma Instituição. Julgamos ainda, que esse Simpósio

será um momento que muito contribuirá para a reflexão sobre o ensino de Línguas Estrangeiras em

ambientes onde a formação técnica profissional é muito valorizada.

CRENçAS NO ENSINO-ApRENDIzAgEm DE LÍNguA ESpANHOLA

Maurício Carlos da Silva

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Esta comunicação visa compartilhar os resultados de um projeto de pesquisa financiado pela CNPQ

e FAPERMIG o qual propôs coletar dados relacionados à cultura de ensinar e aprender Língua

Inglesa em uma escola Federal no interior de Minas Gerais, e quais as dificuldades encontradas por

professores e alunos quanto à aplicação e realização de atividades que envolvam a Língua em uso, em

outras palavras, a presença da Língua-Alvo no contexto da sala de aula. Atualmente encontramos uma

grande frustração por parte dos professores e alunos da rede pública no Brasil, de modo particular,

no ensino fundamental e médio. É comum em todas as disciplinas ouvimos tanto professores, quanto

alunos queixarem-se das condições dos estabelecimentos de ensino, da escassez de material didático,

da falta de oportunidade para dar continuidade à sua formação. O ensino de língua estrangeira

(doravante LE) no Brasil é uma das áreas prejudicadas neste contexto. Os professores de LE se sentem

desanimados e se veem limitados diante das condições da sala de aula que encontram, como por

exemplo, o número grande de alunos por turma, o número reduzido de horas aulas semanais e a falta

de recursos didáticos. Nesse mesmo sentido, alunos se sentem desmotivados pelas aulas, uma vez que

na maioria dos casos eles não são capazes de fazer uso da Língua Estrangeira em contextos reais de

uso. Nesse contexto, uma visão de ensinar (ou de aprender) língua é, portanto, uma força que move os

agentes (professor, aluno e terceiros) para atuar no ensino ou aprendizagem desse idioma como afirma

Almeida Filho. Atuar no ensino de uma língua não é somente uma questão de conhecer, de saber

coisas espontaneamente ou por convencimento formalizado. Toda cognição de um professor, de um

aprendiz ou de um terceiro relevante está atravessada por afetividades e atitudes conforme podemos

perceber pelo “Modelo da Operação Global do Ensino de Línguas” desenvolvido por Almeida Filho

(2010, p.22). Uma pessoa tem ideias sobre como ensinar, mas essas percepções não são sentidas com

neutralidade. Esperou-se com a pesquisa explicitar as dificuldades vivenciadas por professores e alunos

dentro deste contexto, e a partir daí propor atividades que possam minimizar tais dificuldades. Para

desenvolver a pesquisa nos apoiamos nos pressupostos teóricos apresentados por (ALMEIDA FILHO,

1993, 1999; 2010; LEFFA 2000; PAIVA 1997; MOITA LOPES, 1996 dentre outros pesquisadores).

CuLTuRA DE ENSINAR E DE ApRENDER LÍNguA INgLESA Em umA ESCOLA fEDERAL Em mINAS gERAIS: quAIS AS DIfICuLDADES?

Daniela de Faria Prado, Sheilla Andrade de Souza, Vinicius Mundim e Adriam Ferreira

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Hoje em dia, os meios de comunicação são cada vez mais diversificados e complexos e exigem dos

seus usuários, para o intercâmbio de suas vastas experiências, um domínio cada vez melhor da língua

materna e de outras línguas para melhor usufruto das ideias e bens culturais oferecidos por esses meios

aliados às novas tecnologias. Os jogos tem um grande potencial para envolver e motivar a aprendizagem

atingindo a geração atual de “nativos digitais”, aqueles que estão acostumados a lidar com e-mail,

blog, chat, vídeo games, smartphone, facebook e outras tecnologias. Portanto, foi realizado o projeto

interdisciplinar “Desenvolvendo as Habilidades Múltiplas” com alunos de Nível Médio Integrado em

Informática, Meio Ambiente e Agroindústria do Instituto Federal do Tocantins – Campus Paraíso

do Tocantins. Nesse contexto, a produção de jogos desenvolveu a habilidade lógica aplicada aos

conhecimentos linguísticos frequentemente empregados em compreensão textual e gramatical. Este

projeto integrava as disciplinas de Língua Portuguesa, Inglesa e Aplicativos Web, visando à aplicação

dos conteúdos gramaticais abordados nas aulas e aprimoramento de conhecimentos de lógica e

computação gráfica, contribuindo para a capacitação inovadora e criativa desses educandos.

Para a elaboração destes jogos ocorreram oficinas para capacitar os estudantes na utilização do Software

Game Maker. Já orientados os discentes produziram os jogos a partir de conteúdos como substantivos,

tempos verbais, Novo Acordo Ortográfico, etc, exercitando sua criatividade. Posteriormente como

parte do projeto os alunos disponibilizaram os jogos em outras escolas, como ferramenta de ensino

e aprendizado. Além disso, ainda ministraram oficinas na Instituição durante a Semana Cultural

do IFTO Campus Paraíso do Tocantins e no II Encontro Estudantil no IFTO Campus Gurupi. No

decorrer do trabalho observamos a reação dos alunos, maior autonomia, aceitabilidade, motivação,

interação e socialização. Bem como os resultados na assimilação dos conteúdos trabalhados.

Em relação à autonomia dos alunos eles puderam subconscientemente internalizar os conhecimentos

gramaticais aplicando de forma prática suas habilidades na área de lógica e Aplicativos Web. Por serem

turmas diferentes durante o processo de execução dos jogos, foi de extrema importância a aceitação

do outro, pois no mesmo grupo participaram alunos de áreas distintas. Como motivação intrínseca

é aquela que parte do aprendiz, eles se sentiram instigados a realizar a atividade e valorizados por

serem autores dos jogos. Os conteúdos abordados foram universais linguísticos, como tempos verbais,

que por serem comuns tanto da língua materna e da língua estrangeira eles puderam usar a língua

materna associada à língua estrangeira de forma inusitada no seu processo criativo.

DESENvOLvENDO AS múLTIpLAS HABILIDADES

Mírian Nichida Graciano Moreira e Paula Jucá de Sousa

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Partindo do pressuposto de que “... a cognição é cada vez mais entendida como co-construída por

participantes que atuam em conjunto em comunidades de prática que se constroem e se desfazem

para a ação em projetos específicos.” (Moita Lopes, 2003), discutiremos nesse trabalho o processo

de co-construção de conhecimento estabelecido entre o curso de Licenciatura da Faculdade de

Educação/ UFRJ e os docentes da área de linguagem (inglês, espanhol e português) do Curso Técnico

de Nível Médio em Saúde da EPSJV/FIOCRUZ. Desde 2010, esta instituição de ensino da educação

básica da rede pública federal vem se constituindo como espaço de formação inicial de professores

enquanto campo de estágio supervisionado. No referido contexto, estamos comprometidos com “...

o desenvolvimento do estágio como uma atitude investigativa, que envolve a reflexão e a intervenção

na vida da escola, dos professores, dos alunos e da sociedade.” (Pimenta & Lima, 2009), refutando

assim a prática modelar que “... reduz-se a observar os professores em aula e imitar esses modelos,

sem proceder a uma análise crítica, fundamentada teoricamente e legitimada na realidade social

em que o ensino se processa. Assim, a observação se limita à sala de aula, sem análise do contexto

escolar, e espera-se do estagiário a elaboração e execução de aulas-modelo.” (Pimenta & Lima, 2009).

Ratificamos, portanto, o papel da escola como um lócus onde “... o estágio é teoria e prática (e não

teoria ou prática)...” (Pimenta & Lima, 2009), por considerarmos que licenciando e professor-regente

são capazes de teorizar sobre sua experiência à medida que configuramos “O estágio como espaço de

interação, de letramento e de pesquisa...” (Kleiman, 2012). Ademais, cabe destacar ainda que o Projeto

Político Pedagógico da EPSJV/FIOCRUZ pressupõe a inserção de seus docentes como professores-

pesquisadores. Sendo assim, a práxis desenvolvida a partir da parceria entre a universidade – escola

potencializa a formação continuada desses profissionais.

DIáLOgOS ENTRE A EDuCAçãO BáSICA E A uNIvERSIDADE: A ESCOLA pOLITéCNICA DE SAúDE JOAquIm vENâNCIO/ fIOCRuz COmO

ESpAçO DE fORmAçãO INICIAL DE pROfESSORES

Andréa Conceição Braga Antunes, Kelly Pereira de Carvalho e Luciana Maria de Figueiredo

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Nesta comunicação, apresento a experiência de ensino de inglês no Instituto Federal de Santa

Catarina Campus Florianópolis-Continente com vistas à inclusão do trabalhador do turismo, de

forma que ele reconheça nesse contexto espaço para sua qualificação profissional. Considerada língua

de comunicação internacional, a língua inglesa é muitas vezes um dos diferenciais de garantia de

emprego e ganhos salariais para o trabalhador. Dentre os desafios deste Campus, está o acesso e a

permanência da classe trabalhadora ao ensino da língua estrangeira, contrapondo-se à histórica falta de

oportunidades para esse público. Localizado no âmbito da Linguística Aplicada, este estudo pressupõe

o papel fundamental que a linguagem desempenha na construção das trocas e interações sociais

(Celani, 2005). Desenvolvido através de uma perspectiva qualitativa interpretativa (Bortoni-Ricardo,

2008; Lüdke, 1986) orientada pela prática da autorreflexão e de uma pedagogia crítica (Fairclough,

1992; Pennycook, 2001; Cots,2006; Freire, 1997), o trabalho descreve práticas pedagógicas, bem como

as interações aluno-aluno, alunos- professora estabelecidas no processo de ensino e aprendizagem.

Discuto, a partir dessa descrição e análise do material estudado, o modo como a dinâmica das aulas

pode contribuir (ou não) para a reflexão do aluno acerca de sua identidade e do contexto em que vive e

trabalha. A experiência de oferta de ensino de inglês em cursos de formação inicial e continuada (FIC)

envolve conhecimentos relacionados a quatro itinerários formativos do eixo Turismo, Hospitalidade e

Lazer: Hotelaria, Alimentos & Bebidas,Turismo e Eventos.

Nesse contexto profissional, a linguagem constitui-se em prática social voltada para a negociação

de serviços entre os trabalhadores e seu público. Assim, os trabalhadores podem engajar-se na

aprendizagem do idioma enquanto meio para vivenciar as atividades profissionais que desempenham

em seu trabalho. O ensino de inglês ocorre também nos mesmos espaços das aulas técnicas e são

desenvolvidas práticas profissionais em situações como : montagem de uma mesa de restaurante, prática

de higiene e manipulação de alimentos, tour pelo centro de Florianópolis, entre outros. Professores de

áreas técnicas, fluentes no idioma, se inserem em algumas atividades práticas e teóricas, contribuindo

para o processo de ensino e aprendizagem. O resultado são aulas mais significativas, dinâmicas e

prazerosas. A análise e interpretação dos dados, ao final, relaciona a prática docente à necessidade de

formação de professores voltada às questões de identidade e empoderamento do aluno trabalhador

de forma que depoimentos como: “Essa escola - tão rica - não é pra mim”, sejam cada vez menos

presentes.

ENSINO DE INgLêS E INCLuSãO DO TRABALHADOR DO TuRISmO NO IfSC

Angela Faria Brognoli e Telma Pires Pacheco

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O simples fato de existir Ensino de inglês para fins específicos na grade curricular de instituições

estaduais, federais, sem nenhuma história de ensino de línguas em curso voltado para Ciência

e Tecnologia, é um investimento de curto, médio e longo prazo. O próprio sentido da abordagem

é pouco entendido por profissionais de outras áreas. Por um lado essa situação cria insegurança e

desconfianças, porém dia menos dia percebem-se as possibilidades desta abordagem, pois se aproxima

cada vez mais do que a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade podem oferecer. Por razões

diversas estamos imersos em dilemas que estão diametralmente relacionados a elas. Vivemos em um

mundo dito pós-moderno da “Internet”, das redes sociais e de mudanças que acontecem em todos

os seguimentos da sociedade e desdobram-se nas mais diversas maneiras. O colapso econômico do

continente Europeu e dos problemas sociais, financeiros e raciais dos EUA e as pressões que os países

ditos emergentes exercem para ocuparem seus espaços.

A língua inglesa permeia uma infinidade de relações aqui e em diversos países. Tudo ou quase tudo

passa pela sua intermediação e por esse motivo questões de poder, política e de hegemonia passam

a fazer parte da agenda de propostas para seu ensino. Por esse motivo, uma aula de inglês para fins

específicos recebe uma motivação importante à medida que se põe em cheque o conhecimento

ocidental imposto sobre outras culturas, principalmente a dos afrodescendentes.

Deste modo, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade são nossos aliados nesta ceara de

interligações, remoção de barreiras e a prática do diálogo. O professor Luiz Paulo de Moita Lopes em

seu trabalho teórico Por uma Lingüística Aplicada indisciplinar toca em questões atuais que ficaram

cristalizadas neste nosso mundo de base ocidental. O intuito e o desafio deste estudo é mergulhar

em suas raízes para desvendarmos o que o faz construir seus muros positivistas. E assim motivar as

reflexões de uma aula de inglês instrumental e reorientar a abordagem que passam pelo arcabouço

teórico de Kanavillil Rajagopalan, Helen Basturkmen, John M. Swalles e outros. É uma tentativa de

mergulharmos em posições unilaterais e cerceadoras do novo e eclodir para um novo olhar para lidar

com a presente realidade no qual o Brasil está inserido e possui um papel de relevância.

ENSINO DE INgLêS pARA fINS ESpECÍfICOS: REfLExõES SOBRE pODER E HEgEmONIA OCIDENTAL Em SALA DE AuLA

Ronaldo Só Moutinho

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Um novo modelo de sociedade vem crescendo nas últimas décadas, estimulando assim um rápido

avanço das tecnologias de informação e comunicação. Nesse novo modelo de sociedade, parece certo

pressupor que passaremos a ensinar línguas na vigência de valores e condições que o novo tempo

vai nos impondo (Almeida Filho, 2008). Concomitante ao avanço das tecnologias de informação e

comunicação, nos últimos anos é possível observar a crescente oferta da educação profissional técnica

em âmbito nacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece como objetivo

da educação profissional: conduzir o cidadão a um permanente desenvolvimento de aptidões para

a vida produtiva na sociedade do trabalho e do conhecimento. Sob essa perspectiva, consideramos

que o processo de ensino-aprendizagem de línguas deve ter como objetivo o atendimento das reais

necessidades de comunicação dos alunos (Beltrán, 2005).

Isto implica, segundo Beltrán (2005) a preparação de um curso específico a partir de uma detalhada

análise de necessidades, com um enfoque baseado na comunicação e centrado na aquisição de uma

determinada competência, mediante a aplicação de estratégias apropriadas. É nesse cenário que

surgiu este trabalho com o objetivo de identificar as estratégias de aprendizagem mais eficazes para

o alcance da competência comunicativa de aprendizes do curso técnico em logística ofertado pelo

Instituto Federal de Brasília (IFB). Para tanto, foram analisados os modelos teóricos de competência

comunicativa (CC) de Hymes (1972); Canale e Swain (1980); Canale (1982); Celce-Murcia, Dörnyei e

Thurrell (1995) e Celce-Murcia (2007), com o intuito de selecionar o modelo de CC que melhor atenda

as necessidades comunicativas dos alunos. Tais necessidades comunicativas foram identificadas por

meio de entrevistas com profissionais da área de logística. Levantou-se, portanto, aspectos do ensino

de línguas para fins específicos (ELFE) e o papel da análise de necessidades proposta por Hutchinson

e Waters (1987). Buscou-se, também, identificar os estilos de aprendizagem (Reid, 1995) dos alunos do

curso técnico em logística do IFB, bem como as estratégias de aprendizagem (Oxford, 1990) utilizadas

por esses alunos para reter o insumo dado em sala de aula. Por fim, com base nesses dados, foram

sugeridas para cada estilo identificado, novas estratégias de aprendizagem que possam contribuir para

o desenvolvimento da competência comunicativa em língua espanhola nestes aprendentes, futuros

técnicos em logística.

ESTRATégIAS DE ApRENDIzAgEm pARA O ALCANCE DA COmpETêNCIA COmuNICATIvA NA fORmAçãO DE pROfISSIONAIS

TéCNICOS Em LOgÍSTICARenata Mourão Guimarães e Vanessa Cristina da Silva

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Nesta comunicação, pretendo abordar, em forma de relato de experiência, a prática em formação

continuada de professores que tenho desenvolvido num centro federal de educação. Ainda que a

tecnologia seja uma marca presente na trajetória histórica desta instituição, desde 2009, tem-se

assistido, interna e externamente, ao êxito de cursos de pós-graduação (lato e stricto sensu) na área das

ciências humanas e sociais. Minha atuação se dá em diferentes cursos de especialização em localidades

distintas: Cultura(s) na América Latina (Nova Friburgo, 2009); Ensino de Línguas Estrangeiras

(Maracanã, 2011, 2012); Educação e Contemporaneidade (Nova Friburgo, 2011); Letramento(s) e

Práticas Educacionais (2012).

Desde disciplinas que colocam o discurso literário como foco, até ementas que estão mais diretamente

relacionadas à educação (compreendida aqui em sua forma mais ampla, não necessariamente envolvendo

os contextos escolares), meu objetivo político e intelectual tem sido o mesmo: tematizar semânticas

sociais que, historicamente, foram construídas como diferenças, e que, contemporaneamente,

tornam-se mais visíveis e participativas das mais diversas esferas sociais. Refiro-me especificamente

às feminilidades, às homossexualidades e às negritudes.

A proposta, nesses cursos, é a de tornar relevantes os processos históricos que constituem as práticas

sociais transgressivas de gênero, de sexualidade e de raça e pensar como, na contemporaneidade, tais

práticas legitimam-se e redescrevem comportamentos, instituições, epistemologias e políticas.

O embasamento teórico está pautado, sobretudo, num olhar queer (Butler, 1990) para as práticas

identitárias, aqui entendidas como performances. Além de uma explanação breve sobre a perspectiva

teórica, serão apresentadas algumas das propostas de curso, das proposições de ementa e das pesquisas

monográficas que estiveram/estão sob minha orientação. Minha intenção de comunicador neste

simpósio aproxima-se de meus propósitos enquanto professor das disciplinas nos cursos mencionados:

desestabilizar sentidos, estranhar as práticas sociais e, por que não, vislumbrar uma academia, uma

educação e uma sociedade ainda mais democráticas. Trata-se, em suma, de um manifesto, de uma ode

aos que performatizam supostas estranhezas.

fEmINILIDADES, HOmOSSExuALIDADES E NEgRITuDES NA fORmAçãO CONTINuADA DE pROfESSORES: CORpOS ESTRANHOS Num

CENTRO DE TECNOLOgIA

Leandro da Silva Gomes Cristóvão

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fORmAçãO CONTINuADA pARA pROfESSORES DE INSTITuIçõES TECNOLógICAS NA pREpARAçãO DE ESTuDANTES pARA O ExAmE DE

pROfICIêNCIA Em INgLêS

Angela Lopes Norte, Gloria Sonia Mattoso Quélhas e Katia Cilene Cunha de Aguiar

Com o lançamento do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) pela Presidenta Dilma Rousseff, em

26 de julho de 2011, cuja meta é conceder 101 mil bolsas para alunos brasileiros no exterior, cresce

a demanda por testes de proficiência em línguas estrangeiras no Brasil, exigência para matrícula em

universidades em diversos países. O desejo de estudar no exterior força os alunos das universidades

a buscar cursos preparatórios particulares. A meta prevista de distribuição de bolsas, no entanto,

ainda está longe de ser atingida, justamente pela dificuldade de domínio de língua estrangeira,

particularmente o inglês. No entanto, ainda se faz necessário um apoio aos estudantes das instituições

de ensino superior no Brasil. Investir soma considerável (US$ 210.00 para a prova de TOEFL, por

exemplo) sem confiança em sua capacidade é fator desestimulante, o que afasta alguns candidatos

do programa, principalmente os das áreas priorizadas, como, por exemplo, as Engenharias, em cuja

grade curricular o inglês não é disciplina obrigatória.

O corpo docente de língua inglesa do CEFET/RJ se propôs a, em consonância com as políticas públicas

de investimento no estudante brasileiro, ministrar um curso de inglês gratuito, dentro do espaço da

própria instituição, para auxiliar os estudantes que se inscrevem no programa governamental Ciência

sem Fronteiras a conquistar o certificado de proficiência em língua inglesa, através das provas de

TOEFL (Test of English as a Foreign Language) e de IELTS (International English Languag etest

System). Como o sucesso desse empreendimento está nitidamente relacionado à formação continuada

dos professores envolvidos, houve investimento, por conta do CEFET/RJ, na formação desses, por

meio de um curso para os docentes, oferecido pela Saint Martin’s University, em Lacey, Washington,

parceira do CEFET/RJ, de acordo com as diretrizes norteadoras do exame. Nesta comunicação, espera-

se relatar os primeiros resultados da experiência de parceria entre ambas as instituições mencionadas,

destacando a vivência das docentes em formação continuada. Como suporte teórico para esta pesquisa,

recorreu-se as reflexões de ZEICHNER & LISTON (1996), MADSEN (1983) e CELANI (2003).

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O presente trabalho possui como principal objetivo discutir a formação de professores de línguas

estrangeiras, mais especificamente, de língua inglesa, em instituições tecnológicas. Dessa forma, serão

apresentados aspectos relacionados à elaboração de um curso de formação continuada, na modalidade

a distância, cujo público alvo são professores atuantes nas redes pública e privada do estado do Rio de

Janeiro. Tendo em vista a carência de cursos desta natureza para os docentes em questão, pretende-

se com esta proposta, contribuir para a formação profissional mais sólida e adequada aos contextos

de ensino em questão. O trabalho desenvolvido em instituições tecnológicas geralmente baseia-se na

abordagem de ensino de inglês para fins específicos (English for Specific Purposes – ESP). No entanto,

este enfoque metodológico ainda tem sido pouco explorado na formação de professores de inglês.

Fato este, comprovado pela carência de disciplinas e cursos específicos na graduação, pós-graduação

e extensão (NUNES, 2009; SILVA, 2008).

Além disso, um estudo sobre a avaliação de professores de inglês em concursos públicos, com foco em

ESP, (BARROS et al., 2012) revelou um grande despreparo, teórico e prático, de muitos profissionais na

área. Por essas razões, assumimos a tarefa de organizar um curso on-line de Formação de Professores de

Inglês para Fins Específicos, visando à construção do conhecimento e à reflexão crítica sobre a referida

abordagem de ensino. À luz do design instrucional (FILATRO, 2008), planejamos e desenvolvemos

atividades e materiais didáticos no intuito de facilitar a aprendizagem dos participantes no ambiente

virtual de ensino-aprendizagem Moodle.

O curso, com duração de 12 semanas e carga horária de 60 horas, focalizou os seguintes aspectos: o

histórico do ESP; o conceito de análise de necessidades (needs analysis); os desenhos de curso (course

design) e de currículo (syllabus design); a articulação do trabalho com habilidades/estratégias e

gêneros textuais; e o desenvolvimento de materiais didáticos. A pesquisa em tela segue o paradigma

interpretativista e faz uso de diferentes instrumentos de geração de dados, a saber: questionários,

diários reflexivos e entrevistas. Finalmente, esta investigação revela as percepções, os ganhos e os

fORmAçãO DE pROfESSORES DE INgLêS pARA fINS ESpECÍfICOS NO CONTExTO DE INSTITuIçõES TECNOLógICAS: REfLExõES E AçõES

Luane da Costa Pinto Lins Fragoso e William Eduardo da Silva

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Esta proposta de comunicação tem como finalidade apresentar os resultados parciais de uma pesquisa,

ainda em andamento, que está sendo realizada com uma turma do curso técnico em Informática, na

modalidade de ensino técnico integrado ao ensino médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia de Goiás, câmpus Formosa. Iniciada no ano letivo de 2012, o objetivo da pesquisa é

conhecer as expectativas dos alunos desta turma em relação ao estudo da língua inglesa, disciplina

integrante da matriz curricular do curso em questão, e acompanhar durante o desenvolvimento

das disciplinas de Inglês I, a qual os alunos cursam/cursaram no 3º ano (ano de 2012 com a turma

pesquisada), e Inglês II, cursada no 4º ano (iniciada neste ano de 2013 na turma pesquisada), buscando

perceber as realizações e/ou não realizações destas expectativas.

Busca-se analisar de que forma as expectativas dos discentes coincidem ou não com as propostas de

ensino de língua inglesa adotadas nos Instituto Federal de Educação atualmente e quais as possibilidades

existentes delas serem supridas. A metodologia que vem sendo empregada para realização desta

pesquisa é a observação e análise crítica e reflexiva sobre o que os alunos esperam da disciplina e o

que se consegue realizar dentro das condições e realidade dos institutos federais, mais especificamente

dentro da realidade do campus do IFG – Formosa.

Para atingir os objetivos esperados são colhidos e analisados relatos dos alunos e

dos professores de inglês da turma analisada e são aplicados também questionários.

As metodologias empregadas, os materiais didáticos utilizados, o uso de tecnologias no processo

de ensino-aprendizagem, enfim, todos os aspectos envolvidos no processo de ensino, estão sendo

analisados para se conseguir um resultado que nos aproxime de uma afirmação ou uma formulação

de uma resposta para a pergunta: as expectativas com relação à disciplina de Língua Inglesa destes

alunos do curso técnico integrado em Informática são atingidas e realizadas? De que forma e por

quê? A escolha da turma de Informática se justifica pelo fato do grande uso de termos em inglês nas

disciplinas técnicas deste curso.Busca-se com esta pesquisa contribuir com a análise das competências

necessárias aos professores de Língua Inglesa atuantes nas Instituições Tecnológicas e também

buscar uma maior compreensão a respeito do que o público-alvo destes cursos espera do inglês como

componente curricular.

INgLêS pARA O CuRSO TéCNICO Em INfORmáTICA: ExpECTATIvAS E REALIzAçõES

Gláucia Mendes da Silva

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A necessidade de fazer-se entender por seus semelhantes tem sido e seguirá sendo uma atividade

primordial para o homem. Sabe-se que, para que haja um entendimento oral nos valemos das palavras, e

estas provem de uma imensa variedade linguística e de diferentes fontes, isso converge para resultados

de interações entre indivíduos de distintas regiões. Assim, não existe nenhum país civilizado em cuja

língua não se encontre um bom número de “vozes” estrangeiras, de igual modo afirmam que não se

tem uma raça inteiramente pura e também um idioma em iguais condições. A tendência mundial de

integração econômica, a realidade do Mercosul e a mobilidade acadêmica são fatores que impõem

urgência no aprendizado e domínio do idioma Espanhol, por isso seu aprendizado por brasileiros é

de extrema necessidade, principalmente para os que vivem em Roraima, Estado que faz fronteira com

a Venezuela e Caribe. Com uma visão futurista, no ano de 1995, a ETFRR, foi precursora no Estado

de Roraima, a implementar em seu currículo – Ensino Fundamental, Médio e Técnico: Secretariado,

Turismo e Lazer, Hotelaria e Hospedagem - o ensino da Língua Espanhola, assim mesmo, ofereceu

Cursos Livres através de convênios com empresas locais, direcionados à professores, funcionários da

Instituição e também à Comunidade. Como resultado deste empreendimento buscou-se consolidar a

formação de docentes nesta área, então, nessa ordem cronológica, em 2006, após 02 anos de estudos,

no então CEFET-RR foi criado o curso de Licenciatura em Língua Espanhola e Literatura Hispânica

para atender a crescente demanda de formação de docentes. O Curso teve como objetivo geral

desenvolver um processo de ensino e aprendizagem através do enfoque comunicativo que permitiria

aos acadêmicos adquirir recursos entre estes: linguísticos, sociolinguísticos, pragmáticos, culturais

e atitudes necessárias para prosseguir aprendendo de modo cada vez mais autônomo, priorizando o

sentido da identidade, do respeito à própria cultura, ao meio ambiente e adotando uma atitude criativa

e crítica ante a cultura de outros povos. Para incrementar o ensino dessa língua, seus professores

fazem uso de um leque muito amplo de materiais e atividades

comunicativas que contribuem a dar dinamismo ao processo de ensino-aprendizagem. Entre eles

podemos citar: práticas de conversação entre grupos ou pares; simulação e representação de diálogos

contextuais em classe; uso de vídeos didáticos e de filmes subtitulados; exploração adicional de

publicidade, ofertas de trabalho, cartas, jornais, revistas etc.; exploração didática de canções; uso de

material visual de diversos tipos; jogos linguísticos como reforço de aprendizagem. Desta maneira,

a participação ativa dos alunos nas aulas é sempre o eixo fundamental do ensino de E/LE, pois ao

O ENSINO DA LÍNguA ESpANHOLA E A fORmAçãO DOCENTE NO IfRR: umA HISTóRIA DE SuCESSO

Eliana Dias Laurido, Jane da Silva Amorim e Raimundo Nonato Chacon

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tempo em que aprendem, também ensinam. Utilizamos para esta investigação uma pesquisa de cunho

qualitativo vez que, buscamos alcançar uma dimensão mais ampla no que se refere ao curso. Neste

sentido, este trabalho busca explicitar a situação atual do curso, através de resultados construídos a

partir dos perfis de professores e alunos mostrando as representações sobre o ensino, a pesquisa e a

extensão, contribuindo desse modo, com a discussão didática e metodológica dos cursos de licenciatura

nos Institutos Federais.

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Este trabalho resultante de minha pesquisa de doutorado trata das concepções subjacentes à proposição

de políticas públicas e curriculares no que se refere ao Ensino Médio (Integrado à Educação Profissional

Técnica) (EMIEPT) brasileiro, e as relações entre essas políticas e proposições curriculares para com o

planejamento curricular de cursos de EMIEPT e do Componente Curricular Língua Estrangeira-Inglês

(CCLEI) ofertados em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). Primeiramente,

apresentamos informações sobre a relação entre Ensino Médio associado à formação profissional e ao

ensino de língua estrangeira (inglês), relação que fundamenta a constituição do material de análise e

a produção dos dados da pesquisa.

Em seguida, discutimos historicamente o hoje denominado Ensino Médio, no Brasil, em sua (não)

relação com a educação profissional bem como o observarmos segundo bases acadêmicas e os modos

como informado o discurso a respeito da educação, no país, e, mais especificamente, as questões políticas

e econômicas pautadas em Marx e Gramsci e as (recentes) políticas curriculares que o hibridizam. No

final, analisamos os planos de cursos e planos de ensino do CCLEI disponíveis nos sítios eletrônicos

de IFs. Ao longo do trabalho, são apresentadas e problematizadas as razões que justificam o EMIEPT

enquanto a forma de articulação de ensino médio e educação profissional técnica que melhor pode

contribuir para o escamoteamento da dualidade histórica entre classes bem como da dualidade

educacional entre formação geral e formação técnica. Nos resultados, é evidenciado que o resgate

da articulação integrada entre EM e EPT via Decreto n° 5.154/2004, constitui, na verdade, somente

uma batalha vencida, posto que nem os documentos orientadores da prática (as antigas e recentes

diretrizes curriculares), os planos de cursos e planos de ensino do CCLEI analisados tangenciam

(ou até se furtam d) os fundamentos das concepções de educação marxista e de currículo integrado.

Logo, se pensarmos que o planejamento é aquilo que se quer que venha à tona, pode-se dizer que as

comunidades escolares dos IFs sintetizaram seus planos de cursos e de ensino do CCLEI de modo a

não contribuir com a formação humana integral bem como com a superação das históricas dualidades

mencionadas. A politecnia assim como a integração no âmbito do planejamento curricular e de ensino

são, portanto, umamiragem. Face à desintegração e ao parcelamento das políticas de Estado, será

realmente imprescindível que haja de fato a adesão de gestores e professores no que tange à elaboração

coletiva de planejamento, estratégias e ações acadêmico-científicas de integração que mirem a

politecnia.

O HISTORIzADO, O ALmEJADO E O pRESCRITO: O quE Há NOS pLANEJAmENTOS DO ENSINO méDIO (INTEgRADO AO TéCNICO) E DA

LÍNguA ESTRANgEIRA (INgLêS)?Daniella de Souza Bezerra

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Este trabalho propõe apresentar e discutir, num primeiro momento um relato de experiência sobre a

atuação do professor de língua estrangeira em diferentes contextos escolares, sobretudo, com foco na

construção de novas práticas e desenvolvimento docente em instituições tecnológicas e como estas se

constituem enquanto espaços de formação em serviço. A partir deste relato, refletir sobre formação

inicial e continuada dos professores de línguas estrangeiras (CELANI, 2001; CONSOLO,2003) e os

diferentes saberes subjacentes ao trabalho com línguas estrangeiras em instituições cuja oferta de cursos

demanda a avaliação constante das necessidades (BASTURKMEN,2006) visto que há diferentes níveis

de ensino e oferta de cursos em variadas áreas do saber tecnológico (PACHECO,2011). É importante

destacar e revisitar algumas bases teóricas presentes na formação do professor que atua no contexto de

Linfe (MARCUSCHI, 2003; FERREIRA, 2008; LEFFA, 2008) e questionar quais competências docentes

estão envolvidas, se fazem necessárias neste contexto e quais podem ser fomentadas objetivando

um olhar crítico sobre a formação docente e o planejamento de cursos de língua estrangeira com

fins específicos em diferentes áreas do conhecimento bem como a evolução do conceito de língua

instrumental e língua para fins específicos (RAMOS, 2012). Num segundo momento, faz-se necessário

problematizar sobre as competências que constituem o perfil do professor (ALMEIDA FILHO, 1999)

e as relações entre formação inicial e produção de material didático, já que esta tem pouca atenção

dispensada durante a formação acadêmica (TOMLINSON, 2012) entretanto apresenta-se como

uma constante durante o trabalho com língua estrangeira em institutos de tecnologia. Finalmente,

pretendemos também destacar o papel dos recursos disponibilizados como mediadores do processo

ensino/aprendizagem. Sendo assim, articulando os diversos conceitos com relatos de experiência nos

possibilita refletir e repensar a formação do professor de língua

estrangeira com o objetivo de torná-la mais abrangente e comprometida com os múltiplos contextos

em que o docente pode estar inserido.w

REfLETINDO SOBRE COmpETêNCIAS DOCENTES NO ENSINO DE LÍNguAS ESTRANgEIRAS Em INSTITuIçõES TECNOLógICAS fEDERAIS

Elza Maria Duarte Alvarenga de Mello Ribeiro, Renata Ribeiro Guimarães e Ricardo Benevides Silva de Oliveira