metodologias totalmente

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ESTADO DE RORAIMA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, CULTURA E DESPORTOS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA-DEB DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL-DIENF José de Anchieta Júnior Governador do Estado de Roraima

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Page 1: Metodologias totalmente

ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, CULTURA E DESPORTOS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA-DEB

DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL-DIENF

José de Anchieta Júnior

Governador do Estado de Roraima

Raimundo Nonato Carneiro de Mesquita

Secretária de Educação, Cultura e Desportos

Page 2: Metodologias totalmente

Edineide Rodrigues Moura

Secretaria Adjunta da Gestão da Educação Básica

Geórgia Amália Freire Bríglia

Secretária Adjunta da Gestão Financeira

Cleonides Gomes Pereira

Diretora do Departamento de Educação Básica-DEB

Carmen Gorete Souza Negrão

Chefe da Divisão de Ensino Fundamental-DIENF

Assessoras PedágogicasAna Francinete Cabral de Oliveira

Alice Dal Forno GianluppiAndreza Trindade dos Santos Souza

Carleide Schramm SilvaGilvânia Barbosa da Silva

Húcelia Maria Damasceno C. MenesesIvonete Luciana de SouzaMaria Léa Amorim Torres

Maria Gardene Gomes AmorimMaria Lucia Silva Viana

DigitadoresElke Coelho do Nascimento

Edirley Farias de LimaMaria Léa Amorim Torres

SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO...............................................................................................4

2.JUSTIFICATIVA......................................................................................................................5

3.OBJETIVOS............................................................................................................................6

Page 3: Metodologias totalmente

3.1.Geral..................................................................................................................................6

3.2.Específicos.........................................................................................................................6

4.Metodologias........................................................................................................................7

4.1.Metodologias –Matemática................................................................................................7

4.2.Metodologias –Língua Portuguesa.....................................................................................9

4.3.Metodologias-Ciência.......................................................................................................12

4.4.Metodologias –Geografia..................................................................................................14

4.5.Metodologias –História......................................................................................................17

4.6.Metodologias –Ensino Religioso........................................................................................21

4.7.Metodologias –Arte...........................................................................................................29

4.8.Metodologias-Educação Física..........................................................................................31

5.Avaliação.............................................................................................................................33

6.Referências Bibliográficas...................................................................................................34

Page 4: Metodologias totalmente

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Educação,Cultura e Desportos ,por meio do Departamento

de Educação Básica –DEB e da Divisão de Ensino Fundamental-DIENF,

pretende acompanhar e dar suporte didático –pedagógico para que os

professores propiciem aos educando das Escolas Estaduais,aula

dinâmicas,isto é ,produtivas e qualitativas por meio de ações metodológicas

que supre o verdadeiro sentido do ensinar e aprender.

Page 5: Metodologias totalmente

JUSTIFICATIVA

Para que de fato o educando consiga aprender, o Estado por meio das

escolas deve proporcionar variadas situações de aprendizagem para que de

maneira contínua e significativa assimile a importância do aprender no contexto

social e pessoal, pois as vivências coletivas e individuais estimulam o

conhecimento, levando-o a progredir positivamente.

Page 6: Metodologias totalmente

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Page 7: Metodologias totalmente

Propiciar aprendizagem significativa e de qualidade nas Escolas

Estaduais do Estado de Roraima.

Objetivos Específicos

Oportunizar aos professores subsídios que possibilitem aulas dinâmicas

e com qualidade;

Assessorar e acompanhar o trabalho pedagógico nas escolas

Estaduais priorizando aprendizagem significativa;

Propiciar encontros com os educadores das disciplinas pares, com o

objetivo de socializar situações positivas e negativas do bimestre;

Analisar e replanejar as estratégias que não foram bem sucedidas no

processo escolar.

METODOLOGIAS PARA MELHOR MEDIAÇÃO DO EDUCADOR EM SALA DE AULA

Metodologias –Matemática

Page 8: Metodologias totalmente

O perfil do professor da educação básica está no processo de mudança. Mais do que

nunca, ele precisa repensar a maneira de ensinar no mundo contemporâneo. Livros

didáticos e enciclopédias não podem mais ser as únicas ferramentas utilizadas. Novos

recursos informacionais devem ser incorporados á sua prática.

É importante destacar que uma grande parcela dos docentes está interessada em

melhorar a qualificação profissional. Bueno (2007), afirma que “O professor das séries

iniciais do Ensino Fundamental está preocupado com o mercado de trabalho e busca, na

atualização ,conhecimento teórico e fundamentação para sua prática.”

Para que o ensino – aprendizagem da matemática se torne dinâmico e interessante

ao aluno, despertando um interesse pelo estudo, proporcionando uma interação com o

professor e seus colegas na busca do melhor entendimento e compreensão dos princípios

matemáticos, o professor deve adotar novas metodologias .

O estudante precisa de estimulo, situações que envolvam aplicações matemáticas no

cotidiano deve ser introduzidas no planejamento do professor, pois irão mostrar ao aluno

que os conteúdos estudados em sala , possuem importância para as várias classes da

sociedade.

Por exemplo, ao ensino matemático financeira aos alunos do 7º/8º ano, não se

restrinja aos cálculos sobre regras de sociedade, porcentagem, ,juros simples e juros

compostos. Forneça ao aluno uma visão sobre a importância do sistema financeiro,como o

dinheiro circula entre as pessoas ,comente o principal objetivo das bolsas de valores,sua

importância nacional e mundial , fale sobre as instituições bancarias, explique o significado

de siglas como : FMI,CDB,LEASING,LETRAS DE CAMBIO ,DOC,TED entre outras ligadas

ao sistema financeiro, comente sobre o que é a inflação, aprofunde um pouco mais nos

assuntos ,com certeza o estudante desenvolverá uma atitude madura perante a tais

situações .

O jovem se destaca pela sua curiosidade, pela vontade em aprender,de ser

importante ,busque sempre incentivá-lo com palavras de caráter educativo ,como: “muito

bem” , “está ótimo ’’ ,“ espero muito de você ,’’não o repreenda na frente da turma ,

ninguém gosta de ser exposto a situações constrangedoras.

Utilizando novas metodologias e novas formas de buscar o ensino-aprendizagem,os

resultados serão alcançados ,tendo como principal alvo a formação de cidadãos

competentes e capazes de integrar e contribuir para um novo modelo de sociedade.

Page 9: Metodologias totalmente

Metodologias que podem ser usadas para um melhor ensino-aprendizagem da matemática:

Aulas expositivas e demonstrativas, buscando sempre relacionar a matemática ao

cotidiano;

Prepare aulas no data- show, utilize os recursos da informática ;

Utilize matérias que auxiliem no ensino da matemática : réguas, jogos de esquadros,

transferidor, compasso, metro, trena, termômetro, relógio, ampulheta, teodolitos,

espelho, bússola, calculadora;

Trabalhe com vídeos matemáticos: filmes, desenhos (como Donald no país da

matemática, Walt Disney Productions),documentários, entrevistas;

Utilize o computador: programas de construção de gráficos, construção de figuras

geométricas;

A internet é um canal muito importante, pois através de pesquisas acompanhadas

pelo professor o aluno pode saber mais sobre a história da matemática e dos

números, curiosidades, jogos, desafios e etc;

Trabalhar com jogos que despertam o raciocínio lógico, tais como sudoku e

quebra –cabeças;

Realizar olimpíadas internas de matemática;

Introduzir os temas transversais:ética,orientação sexual,saúde,meio ambiente ,pluralidade

cultural , excesso de consumo.

FMI: Fundo Monetário Internacional.

CDB: Certificado de Depósito Bancário.

LEASING: Modalidade de Crédito.

Letras de Câmbio: Ordem de Pagamento á vista ou a Prazo.

DOC: Documento Utilizado para Transações financeiras até R$ 4.999,99.

TED: Documento Utilizado para transações financeiras on-line para valores iguais ou

superiores à R$ 5.000,00.

Page 10: Metodologias totalmente

Metodologias –Língua Portuguesa

Pode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa na Escola como

resultantes da articulação de três variáveis: o aluno,a língua e o ensino. O primeiro elemento

dessa tríade , o aluno , é o sujeito da ação de aprender ,aquele que age sobre o objeto de

conhecimento.O segundo elemento , o objeto de conhecimento,é a Língua Portuguesa, tal

como se fala e se escreve fora da escola,a língua que se fala em instâncias públicas e a que

existe nos textos escritos que circulam socialmente.E o terceiro elemento da tríade, o

ensino ,é, neste enfoque teórico , concebido como a prática educacional que organiza a

mediação entre sujeito e objeto do conhecimento .Para que essa mediação aconteça , o

professor deverá planejar ,implementar e dirigir as atividades didáticas ,com o objeto de

desencadear ,apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno. O processo de

letramento escolar tem sido objeto de discussão de muitos especialistas da área de Língua

Portuguesa .Pois a escola tem feito de maneira irresoluta a sua verdadeira missão ,que é

preparar , ensinar, socializar a cultura e instrumentalizar mecanismos para a execução de

atividades democráticas de acesso aos bens culturais e procedimentos de reflexão

/compreensão da realidade de cada aluno Portanto é imprescindível a participação ativa dos

alunos com suas experiências extracurriculares na construção de uma dinâmica de ensino

– aprendizagem de qualidade,pois os alunos precisam adquirir habilidades , desenvolver

competências e aptidões , sobretudo lingüístico –textuais , dessa forma , o aluno é levado

á postura de questionador , crítico nas suas vivencias sociais e com isso buscar soluções

para os problemas por ele vivenciado.A Escola deve propiciar ao educando ferramentas

para a teorização assimilativa e prática constante do conhecimento apreendido no decorrer

do processo escolar .Tem-se observado que a afirmação de que o conhecimento é uma

construção do aprendiz vem sendo interpretada de maneira espontanésta , como se fosse

possível que os alunos aprendessem os conteúdos escolares simplesmente por serem

expostos a eles.Esse tipo de desinformação que parece acompanhar a emergência de

práticas pedagógicas inovadoras , tem assumido formas que acompanham por esvaziar a

função do professor.

Page 11: Metodologias totalmente

A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente

segundo as demandas sociais de cada momento.Atualmente exigem-se níveis de leitura e

de escrita diferentes e muito superiores aos que satisfizeram as demandas sociais até bem

pouco tempo atrás e tudo indica que exigência tende a ser crescente.Para a escola , como

espaço institucional de acesso ao conhecimento ,a necessidade de atendera essa

demanda ,implica uma revisão substantiva das práticas de ensino que tratam a língua como

algo sem vida e os textos como conjunto de regras a serem aprendidas ,bem como a

constituição de práticas que possibilitem ao aluno aprender linguagem a partir da

diversidade de textos que circulam socialmente.Cabe, portanto ,à escola viabilizar o

acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente ,ensinar a produzi-los e a

interpretá-lo.Isso inclui os textos das diferentes disciplinas ,com os quais o aluno se defronta

sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim , não consegue manejar, pois não

há um trabalho planejado com essa finalidade.Um exemplo: nas aulas de Língua.

Portuguesa , não se ensina a trabalhar com textos expositivos como os da área de

História , Geografia e Ciências Naturais ;e nessas aulas também não ,pois considera-se que

trabalhar com textos é uma atividade especifica da área de Língua Portuguesa .Em

conseqüência ,o aluno não se torna capaz de utilizar textos cuja finalidade seja

compreender um conceito , apresentar uma informação nova ,descrever um

problema ,comparar diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma

determinada hipótese ou teoria .E essa capacidade ,que permite o acesso à informação

escrita com autonomia , é condição para o bom aprendizado ,pois dela depende a

possibilidade de aprender os diferentes conteúdos .Por isso ,todas as disciplinas têm a

responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso,mas é a Língua

Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais sistemática.

Aulas expositivas e demonstrativas, buscando sempre relacionar a Língua Portuguesa ao cotidiano;

Narre histórias conhecidas e relatos de acontecimentos, mantendo o encadeamento dos fatos e sua sequência cronológica, de maneira autônoma;

Trabalhe com fechamento para que demonstre a compreensão de textos ouvidos;

Solicite que os alunos demonstre a compreensão de textos ouvidos por meio de resumo das ideias;

Coordene estratégias de decodificação com as de antecipação, inferência e verificação,

utilizando procedimentos simples para resolver dúvidas na compreensão;

Page 12: Metodologias totalmente

Utilize a leitura para alcançar diferentes objetivos: ler para estudar, ler para revisar, ler

para escrever;

Escrever textos com pontuação e ortografia convencional, ainda que com falhas ,utilizando alguns recursos do sistema de pontuação ;

Solicitar que os alunos produzam textos escritos, considerando características do gênero, utilizando recursos coesivos básicos;

Propor que troquem os textos entre os colegas para fazer a correção;

Pedir que revisem os próprios textos com objetivo de aprimorá-lo ;

Prepare aulas no data – show, utilize os recursos de informática;

Trabalhe com vídeos, filmes, desenhos,documentários e entrevistas;

Realize olimpíadas internas de Língua Portuguesa;

A internet é um canal muito importante, pois através de pesquisas acompanhadas pelo

professor o aluno pode saber mais sobre a história da matemática e dos números,

curiosidades,jogos, desafios, etc;

Trabalhar com jogos que despertam o raciocínio lógico, tais como quebra –cabeças ,jogo

da memória e baralho de palavras e figuras ex:verbos;

Metodologias- Ciências

Problemas e Possibilidades.

Entendemos que mudanças didáticas não sejam tarefas fáceis e em alguns casos

não são encaradas com bons olhos, como podemos observar na própria história

do ensino de ciências . Especificamente sobre as metodologias de ensino de

ciências utilizadas na área, pode-se observar que embora elas sejam

repensadas, a sua forma de utilização em sala de aula ainda é discreta, onde se

observa um abismo entre as pesquisas em ensino e o que realmente é feito em

sala de aula.materiais e projetos de ensino que possam ser desenvolvidos e

aplicados em sala de aula.

Proporcionar o estudo mais adequado de equações relacionadas a conceitos e teorias que, em algumas ocasiões, vêm se mostrar sem significação aos estudantes;

Page 13: Metodologias totalmente

Desmistificar o método científico, possibilitando ao aluno um estudo mais

detalhado do trabalho dos cientistas.Finalizar o processo por meio de um

experimento com caráter de “verificação” ou mostrando, ainda, que diferentes

cientistas se valiam de metodologias diferentes para realizar as suas pesquisas,

afastando-se, em muitos casos, dos conhecidos passos do famoso método

empírico - indutivista;

Proporcionar o estudo e elaboração de novas estratégias de ensino que

possibilitem dar uma maior significação ao estudo de conceitos e teorias físicas;

Mostrar tanto os acertos quanto os erros na ciência;

Mostrar os problemas, dificuldades e dilemas que rodeiam o cientista na

formulação de uma teoria;

Contribuir para o entendimento da relação ciência, tecnologia e sociedade.Devido

à própria natureza da história da ciência, que requer a constante leitura de obras

de cientistas, em muitos casos, nas unidades didáticas são elaborados textos

históricos, os quais podem criar uma ponte entre ciência e literatura , os textos

históricos podem propiciar textos científicos;

Favorecer o debate, a arguição e a argumentação escrita e oral;

Peças teatrais, debates, júri simulado fundamentados pela história da ciência,

onde se discute inclusive aspectos da natureza do conhecimento científico;

Estimular o desenvolvimento de materiais didáticos, como produção de vídeos com experimentos, e projetos de ensino para aplicação na sua escola de acordo com a realidade e necessidade;

Solicitar que os alunos produzam textos escritos ,considerando características do

gênero ,utilizando recursos coesivos básicos;

Propor que troquem os textos entre os colegas para fazer a correção;

Pedir que revisem os próprios textos com objetivo de aprimorá-lo ;

Prepare aulas no data –show, utilize os recursos de informática;

Trabalhe com vídeos, filmes, desenhos, maquetes,documentários e entrevistas;

Realize olimpíadas internas de Ciências ;

Page 14: Metodologias totalmente

A internet é um canal muito importante, pois através de pesquisas acompanhadas

pelo professor o aluno pode saber mais sobre a história da ciência e curiosidades,

jogos,desafios,etc,;

Trabalhar com jogos que despertam o raciocínio lógico ,tais como quebra –

cabeças , jogo da memória e baralho ecológico entre outros;

Metodologias – Geografia

A geografia estuda as relações entre o processo histórico que regula a formação das

sociedades humanas e o funcionamento da natureza, por meio da leitura do espaço

geográfico e da paisagem.

O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a

realidade , possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e produtiva.Para

tanto , porém , é preciso que eles adquiram conhecimentos,dominem categorias ,conceitos e

procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas

teorias e explicações , de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais

e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer e

saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade:o conhecimento geográfico.

A Produção acadêmica em torno da concepção de geografia passou por diferentes

momentos do fazer geográfico. As sucessivas mudanças e debates em torno do objeto e

método da Geografia como ciência,presentes no meio acadêmico , tiveram repercussões

diversas no ensino fundamental.Positivas de certa forma , já que foram um estímulo para a

inovação e a produção de novos modelos didáticos .Mas também negativas, pois a rápida

incorporação das mudanças produzidas pelo meio acadêmico provocou a produção de

inúmeras propostas didáticas , descartadas a cada inovação conceitual e , principalmente ,

sem que existissem ações concretas para que realmente atingissem o professor em sala de

aula, sem apoio técnico teórico, continuou e continua ,de modo geral , a ensinar Geografia

apoiando-se apenas na descrição dos fatos e ancorando-se quase que exclusivamente no

livro didático.

Page 15: Metodologias totalmente

Mas não apenas a prática do professor se encontra permeada por essa indefinição e

confusão,muitas propostas de ensino também o estão. O ensino de Geografia apresenta

problemas tanto de ordem epistemológica e de pressupostos teóricos como outros

referentes à escolha dos conteúdos . No geral , são eles:

Abandono de conteúdos fundamentais da Geografia, tais como as categorias de nação,

território, lugar, paisagem e até mesmo de espaço geográfico, bem como do estado dos

elementos físicos e biológicos que se encontram aí presentes;

São comuns modismos que buscam sensibilizar os alunos para temática mais atuais ,

sem uma preocupação real de promover uma compreensão dos múltiplos fatores que delas

são causas ou decorrências , o que provoca um”envelhecimento “rápido dos conteúdos .Um

exemplo é a adaptação forçada das questões ambientais em currículos e

livros didáticos que ainda preservam um discurso da Geografia Tradicional e não têm

como objetivo uma compreensão processual e crítica dessas questões , vindo a se

transformar na aprendizagem de slogans;

Há uma preocupação maior com conteúdos conceituais do que com conteúdos

procedimentais .O objetivo do ensino fica restrito , assim, à aprendizagem de procedimentos

fundamentais para a compreensão dos métodos e explicações com os quis a própria

Geografia trabalha;

As propostas pedagógicas separam a geografia humana da geografia física em relação

àquilo que deve ser aprendido como conteúdo específico:ou a abordagem é

essencialmente social e a natureza é um apêndice,um recurso natural , ou então se trabalha

a gênero dos fenômenos naturais de forma pura , analisando suas leis,em detrimento da

possibilidade exclusiva da Geografia de interpretar os fenômenos numa abordagem sócio

ambiental;

A memorização tem sido exercício fundamental praticado no ensino de geografia, mesmo

nas abordagens mais avançadas.Apesar da proposta de problematização,de estudo do meio

dos sujeito sociais na construção do território e do espaço , o que se avalia ao final de cada

estudo é se o aluno memorizou ou não os fenômenos e conceitos trabalhados e não aquilo

que pode identificar e compreender das múltiplas relações aí existentes;

A noção de escala espaço-temporal muitas vezes não é clara , ou seja , não se explicita

como os temas de âmbito universal e vice-versa , e como o espaço geográfico materializa

diferentes tempos (da sociedade e da natureza).

Page 16: Metodologias totalmente

A maioria dos alunos não demonstra interesse em aprender Geografia, em muitos casos

os mesmos se preocupam com a Língua Portuguesa devido às maiores dificuldades. Além

disso, é visto por parte dos educando como uma aula chata, nessa perspectiva se faz

necessário que o professor de Geografia busque alternativas pedagógicas que ofereçam

atrativos.

No caso da Geografia são diversos os mecanismos que podem ser usados nesse

processo, a seguir algumas dicas que provavelmente servirão para dinamizar e alcançar

objetivos satisfatórios.

Metodologias que podem ser usadas para um melhor Ensino–Aprendizagem de Geografia:

Iniciar a aula fazendo uma introdução do assunto a ser abordado e dos objetivos

a serem alcançados;

Relembrar o assunto da aula passada para que haja uma ligação entre os

conteúdos;

A utilização de transparências, vídeos, jornais, revistas e músicas são

importantes instrumentos para a fixação de conteúdos;

Incentivos à leitura, uma vez que a mídia tomou o lugar da mesma, e realização

de trabalhos Dirigidos em Grupo;

O provimento de aulas de campo, conhecidas como atividade extra classe,

fornece um grande potencial para a aprendizagem, pois se trata da prática, do

real, da experiência;

Peças teatrais, debates,maquetes, júri simulado;

A internet é um canal muito importante, pois através de pesquisas

acompanhadas pelo professor o aluno pode saber mais sobre a Geografia.

Essas são algumas das possibilidades que o professor dessa fantástica ciência pode

utilizar como ponto de partida para a composição das aulas. No entanto, o que vale mesmo

é a criatividade do professor, uma vez que cada um possui um estilo próprio e não existe

uma maneira padrão de se ensinar.

Page 17: Metodologias totalmente

O Conhecimento Histórico :Características e Importâncias Sociais

A aproximação da história com as demais ciências sociais, em especial com a

Antropologia, ampliou os estudos de povos de todos os continentes, redimensionando os

estudos de população não –européias.A multiplicidade de povos e de culturas em tempos e

espaços diferentes tem sido estudada, considerando-se a diversidade de vivências no

interior de uma dada sociedade, na medida em que grupos e classes sociais manifestam

especificidades de linguagens, de representações de mundo, de valores, de relação

interpessoais e de criações cotidianas.

O questionamento sobre o uso exclusivo de fontes escritas levou a investigação histórica

a considerar a importância da utilização de outras fontes documentais, aperfeiçoando

métodos de leitura de forma a abranger as várias formas de registros produzidos. A

comunicação entre os homens , além de escrita,é oral,gestual ,figurada,musical e rítmica.

O aprofundamento de estudos de diversos grupos sociais e povos trouxe como resultado

também transformações nas concepções de tempo, rompendo com a ideia de um único

tempo contínuo e evolutivo para toda a humanidade.Os estudos consideram que , no

confronto entre povos, grupos e classes, a realidade é moldada por descontinuidades

políticas , por rupturas nas lutas, por momentos de permanências de costumes ou valores,

por transformações rápidas e lentas.

O ensino de História possui objetivos específicos,sendo um dos mais relevantes o que

se relaciona à constituição da noção de identidade.Assim ,é primordial que o ensino de

História estabeleça relações entre identidades individuais , sociais e coletivas, entre as

quais as que se constituem como nacionais.

As maneiras de ensinar História que já estiveram ou ainda estão presentes na sala de

aula são: Tradicional Inspirada no método francês do século 19. FOCO Memorizar os fatos

em ordem cronológica, tendo como referência a construção dos Estados-nação e a

importância dos valores morais e cívicos. ESTRATÉGIAS DE ENSINO Aulas expositivas,

apoio de livros didáticos e estímulo à decoreba de datas, fatos e nomes. Anarquista Surgiu

depois da Revolução Francesa e da Comuna de Paris, na Europa, e da proclamação da

República, no Brasil. Foi introduzida em algumas escolas brasileiras nos anos 1920. FOCO

Conhecer o movimento histórico pelas lutas sociais, desconstruindo a visão política e

romantizada. ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Page 18: Metodologias totalmente

Visitas a museus para fazer pesquisas e estimular a reflexão crítica. Moderna Baseada

nas teorias cognitivas de Jean Piaget e Lev Vygotsky e na ideia de que se deve buscar

abordagens diversas - sociais, econômicas, políticas e culturais. FOCO Ensinar os alunos a

ter uma visão crítica e a percepção de que não existe uma história verdadeira e única.

ESTRATÉGIAS DE ENSINO Proposição de eixos temáticos consultas a diversas fontes e

perspectivas para estabelecer a relação entre o passado e o presente.

A aprendizagem das principais noções do pensamento histórico, como

temporalidade e sucessão dos acontecimentos, está no centro do ensino ;

Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas;

Leitura e escrita sobre História;

Leitura de mapas geográficos e históricos ;

Representação gráfica do tempo;

Análise de imagens;

Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas.O que é: A identificação, em fontes

documentais, do ponto de vista de quem conta a história e a recriação dela com base em

outros personagens e outras concepções. Uma alternativa: comparar informações sobre um

mesmo fato ou tema em diferentes fontes bibliográficas. Quando propor: Sempre que se

trabalhar com relato histórico (narrativas). O que a criança aprende: Que, dependendo do

sujeito que escreve, existem várias versões sobre um fato e que os diferentes registros são

fontes de informação para conhecer o passado.as aulas, de forma incorporada aos

conteúdos;

Leitura e escrita sobre História.O que é: O professor distingue nos textos funções,

estilos, argumentos e pontos de vista e propõe leitura e atividades. Uma delas é identificar e

utilizar os tempos verbais adequados, os marcadores temporais, os de causalidade e os de

contextualização. Quando propor: Em todas as aulas. A complexidade dos textos lidos

deve aumentar ano a ano. O que o aluno aprende: Que as obras de conteúdo histórico

possuem organização temporal e contemplam as relações entre os acontecimentos;

Page 19: Metodologias totalmente

Leitura de mapas geográficos e históricos. O que é: Atividades para localizar

transformações históricas no espaço .Uma delas é a comparação de mapas de diferentes

épocas com os da atualidade.Quando propor: Em todos os momentos necessários.

Pois"Para os alunos de uma forma geral ,o passado é uma coisa só.Tudo é antigamente",

diz Daniel Vieira Helene, formador de professores, de São Paulo. As dificuldades aparecem

quando eles lidam com textos históricos. Eles não tomam as datas como indicação temporal,

e sim a apresentação dos fatos no texto: o que vem antes ocorreu antes.Considerando o

problema, o Colégio São Paulo, em Salvador, reforça o ensino de leitura e escrita de textos

informativos. A turma lê, debate, localiza as informações mais importantes - com orientação

dos professores -, faz perguntas e registra tudo com anotações, resumos e fichamentos,

que são utilizados posteriormente para consulta. "Com esses procedimentos, os alunos têm

maior compreensão dos conteúdos e adquirem comportamento leitor", avalia Dulcinéia

Neves Guimarães, professora;

Pedir que revisem os próprios textos com objetivo de aprimorá-lo ;

Prepare aulas no data –show,utilize os recursos de informática;

Trabalhe com vídeos,filmes,desenhos,documentários e entrevistas;

Realize gincanas entre as turmas sobre os temas-assuntos trabalhados;

A internet é um canal muito importante , pois através de pesquisas

acompanhadas pelo professor o aluno pode saber mais sobre a história

Brasileira , curiosidades,jogos,desafios, etc;

Trabalhar com jogos que despertam o raciocínio e o espírito de competição e

aprendizagem significativa ,tais como quebra –cabeças ,jogo da

memória,competição de boliche entre as turmas ;

Competições entre turmas : Personalidades Históricas, Momentos e movimentos

Históricos ;

Representação gráfica do tempo. O que é: Elaboração de linhas do tempo, com

escala, de determinados recortes históricos. A seleção dos fatos deve permitir ao

estudante localizar sua vida na linha. É interessante trabalhar com diferentes linhas

do mesmo período para discutir a simultaneidade de acontecimentos. A noção de

especialidade, localizando a História no espaço e percebendo que existe mudança

tanto no tempo quanto no espaço;

Page 20: Metodologias totalmente

O que o aluno aprende: A noção de especialidade, localizando a História no espaço e

percebendo que existe mudança tanto no tempo quanto no espaço;

Análise de imagens. O que é: Estudo com fotografias, propagandas e

desenhos de diferentes épocas. Sempre que possível, é interessante comparar essa

produção histórica com situações atuais. Quando propor: Em todas as aulas. De

acordo com o ano, aprofundar as discussões, introduzindo, por exemplo, a questão da

intencionalidade na produção de fotos ou pinturas.O que o aluno aprende: A

identificar visualmente mudanças no tempo e a investigar como era determinada época

com base em imagens, construindo hipóteses e pesquisando sobre o contexto em que

foram feitas.

As aulas de História já foram reduzidas à memorização de datas e acontecimentos

passados. Uma outra abordagem torna a disciplina mais dinâmica. Ela considera questões

sociais e atua na aprendizagem de noções essenciais do pensamento: Em todas as aulas, de

forma incorporada aos temas estudados. O que o aluno aprende: Noções de tempo

cronológico, duração, simultaneidade, causalidade, anterioridade e posteridade e relação entre

momentos da história local, regional e nacional.

Metodologia do Ensino da Religião

Tanto a afetividade como a racionalidade desenvolvem-se a partir das interações

sociais, desde a infância e durante a vida toda . Como representam a base da moral, esta

também se desenvolve.Quanto ao respeito próprio,sua necessidade está presente em

crianças ainda bem pequenas, uma criança que passa por violências, por constantes

humilhações, estará inclinada a se desvalorizar, a ter muito pouca confiança em si mesmo ;

vale dizer que sua afetividade será provavelmente muito marcada por essas experiências

negativas.

Page 21: Metodologias totalmente

Vários autores já apontaram as desastrosas conseqüências dos sentimentos de

humilhação e vergonha para o equilíbrio psicológico. Isso não significa que sempre se

devam fazer avaliações positivas das crianças/adolescentes /jovens. Pelo contrario .Se a

criança/adolescente perceber que, seja qual for sua realização , ela recebe elogios ,

chegará facilmente à conclusão que tais elogios são falsos, sem valor. E pior ainda :acabará

justamente por atribuir pouco valor a si mesmo por pensar que os elogios representam uma

forma de consolá-la por seus fracassos reais .Portanto , não se trata em absoluto de , a todo

momento , dar sinais de admiração á criança , ou de induzi-la a pensar que é perfeita .A

critíca de suas ações é necessária .Trata-se ,isto sim , de dar-lhe todas as possibilidades de

ter êxito no que empreender,e demonstrar interesse por esses empreendimentos, ajudando-

a a realizá-los.

Embora o respeito próprio representa uma necessidade psicológica constante, ele se

traduz de formas diferentes nas diversas idades.Em linhas gerais , pode-se dizer que ,entre

oito e onze ou doze anos de idade,ele se traduz por pequenas realizações concretas.Não

existe ainda um projeto de vida ( ser ou fazer tal coisa quando crescer) que justificaria um

paciente trabalho de preparação .Os objetivos são mais imediatos,seu êxito deve ser

rapidamente verificado.Pode-se dizer da criança que ‘’é o que faz”, ou seja,a imagem que

ala tem de si mesma está intimamente relacionada com suas ações .Sua autoconfiança

depende do êxito de suas ações .A partir dos onze ou doze anos, o respeito próprio torna-se

mais abstrato :começa a basear-se nos traços de sua personalidade, traços que não

necessariamente se traduzem em ações concretas .Projetos de vida começam a ser

vislumbrados, e, por volta dos quinze anos (correspondente ao fim do ensino fundamental),

poderão já estar claramente equacionados .Portanto, o respeito próprio começa a ser

baseado não apenas em sucessos momentâneos , mas sim em perspectivas referentes ao

que é ser um homem ou mulher de valor.

Os juízos e condutas morais também se desenvolvem com a idade, já que estão

assentados na afetividade e na racionalidade.

A primeira etapa do desenvolvimento moral da criança é chamada de

heteronomia.Começa por volta dos três ou quatro anos e vai até oito anos em média .Nessa

fase, a criança legitima as regras porque provem de pessoas com prestígio e força:os pais

(ou quem desempenha esse papel).

Page 22: Metodologias totalmente

Por um lado,se os pais são vistos como protetores e bons , a criança , por medo de

perder seu amor , respeita seus mandamentos ; se , por outra,são vistos como poderosos,

seres imensamente mais fortes e sábios que ela, seus ditames são aceitos

incondicionalmente.

Vale dizer que a criança não procura o valor intrínseco das regras:basta-lhe saber que

quem as dita é uma pessoa “poderosa”.É neste sentido que se fala de moral heterônoma :a

validade das regras é exterior a elas, está associada à fonte de onde provem.Quatro

características complementares da moral da criança são decorrência dessa heteronomia. A

primeira é julgar um ato não pela intencionalidade que o presidiu, mas pelas suas

conseqüências . Por exemplo , a criança julgará mais culpado alguém que tenha quebrado

dez copos sem querer do que outra pessoa que quebrou um só num ato proposital.O

tamanho do dano material , no caso, é , para ela, critério superior às razões de por que os

copos foram quebrados .A segunda característica é a de a criança interpretar as regras ao

pé da letra, e não no seu espírito .Assim, se uma regra afirma que não se deve mentir ,

sempre condenará qualquer traição à verdade ,sem levar em conta que ,no espírito dessa

regra ,é o respeito pelo bem –estar da outra pessoa que está em jogo , e não o ato verbal

em si.A terceira característica refere-se às condutas morais :embora a criança, quando

ouvida a respeito , defenda o valor absoluto das regras morais , frequentemente comporta-

se de forma diferente e até contraditória a elas. Esse fato provém do não-entendimento da

verdadeira razão de ser das regras; às vezes , sem saber, age de forma estranha a elas,

mas pensando que as está seguindo .A Quarta e última característica é o fato de a criança

não conceber a si própria como pessoa legítima para criar e propor novas regras(caberia a

ela apenas conhecer e obedecer aquelas que já existe.Em uma palavra ,todas as

características desta primeira fase do desenvolvimento moral decorrente da não-apropriação

racional dos valores e das regras. A criança as aceita porque provem dos pais “todo-

poderosos”,e não procura descobri-lhe a razão de ser.Ora , será justamente o que

procurará fazer na próxima fase de seu desenvolvimento moral, a da autonomia.

Page 23: Metodologias totalmente

Nesta etapa-a partir de oito anos em média a criança inicia um processo no qual pode

cada vez mais julgar os atos levando em conta essencialmente a intencionalidade que os

motivou,começar a compreender as regras pelo seu espírito (não mais ao pé da letra ) e

legitimá-las não mais porque provem de seres prestigiados e poderosos ,mas porque se

convence racionalmente de sua validade.O respeito que antes era unilateral no sentido de

respeitar as “autoridades “,mas sem exigir a reciprocidade –torna-se mútuo :respeitar e ser

respeitado.O medo da punição e da perda do amor , que inspirava as condutas na fase

heterônoma, é substituído pelo medo de perder a estima dos outros , perder o respeito dos

outros, e perder o respeito próprio, moralmente falando.Finalmente, a criança se concebe

como tendo legitimidade para construir novas regras , e colocá-las à apreciação de seus

pares.

A conquista da autonomia não é imediata.Durante um tempo , o raio de ação dessa

autonomia ainda está limitado ao grupo de amigos e pessoas mais próximas; mais tarde a

criança passa a perceber-se como membro de uma sociedade mais ampla, com suas leis e

instituições .É então ,nessa época , que poderá refletir sobre os princípios que organizam

um sistema moral humano(portanto, mais amplo que sua comunidade,como o grupo de

amigos e conhecidos ).No entanto,é preciso que fique claro que um sujeito, ao alcançar a

possibilidade de exercer a autonomia moral , não necessariamente torna-se autônomo em

todas as situações da vida.Os contextos sócias e afetivos em que está inserido podem

contribuir ou mesmo impedir a autonomia moral.

Page 24: Metodologias totalmente

Assim , é importante refletir sobre o que faz uma criança passar de um estado de

heteronomia moral , característico da infância, para um estado de autonomia moral.Pois

para que a autonomia aconteça , é . a afetividade é imprescindível , pois as relações sócias

efetivamente vividas,experiências, tem influencia decisiva no processo de legitimação das

regras ,se o objetivo é formar um individuo respeitoso das diferenças entre pessoas, não

bastam belos discursos sobre esse valor :é necessário que ele possa experienciar , no seu

cotidiano , esse respeito, ser ele mesmo respeitado no que tem de peculiar em relação aos

outro .Se o objetivo é formar alguém que procure resolver conflitos pelo diálogo,deve-se

proporcionar um ambiente social em que tal possibilidade exista , onde possa , de fato,

prática-lo.Se o objetivo é formar um indivíduo que se solidarize com os outros ,deverá poder

experienciar o convívio organizado em função desse Valor.Se o objetivo é formar um

indivíduo democrático ,é necessário proporcionar-lhe oportunidades de praticar a

democracia .de falar o que pensa e de submeter suas ideias e propostas ao juízo de

outros.Se o objetivo é que o respeito próprio seja conquistado pelo aluno , deve-se acolhe-lo

num ambiente em que se sinta valorizado e respeitado.Em relação ao desenvolvimento da

racionalidade , deve-se acolhe-lo num ambiente em que tal faculdade seja estimulada.A

escola pode ser esse lugar.Deve sê-lo.

Ensino da Religião tem como objetivo discutir as diversas fases históricas da educação

religiosa no Brasil, caracterizar os sujeitos do espaço escolar, identificar os diversos

métodos e técnicas que contribuem no melhoramento da prática docente e no

reconhecimento de planejamentos para os vários níveis de ensino.

O ensino religioso nas escolas sempre tem sido alvo de controvérsias. Seria o mesmo

uma continuação do que se aprende nas igrejas, pelo motivo do seu próprio surgimento

conturbado. Entre 1500 a 1800, o ensino religioso no país estava integrado entre escola,

igreja, sociedade política e econômica.

O objetivo dessa época era fazer com que os alunos integrassem aos valores da

sociedade.

O que prevalecia no ensino religioso era a evangelização da religião oficial, ou

seja, da Igreja Católica e não dos protestantes, judeus, espíritas, entre outros.

Em 1800 se estendendo até 1964, a educação estava ligada ao Estado- Nação, pois a

escola seria pública, gratuita, laica para todos.

A burguesia tomou o lugar da hierarquia religiosa e a educação manteve vinculada ao

projeto da sociedade.

Page 25: Metodologias totalmente

Em 1890 a 1930 o ensino religioso passou por grandes controvertidos questionamentos,

uma vez tomado como principal impedimento para a implantação do novo regime em que a

separação entre Estado e Igreja se deu pelos ideais positivistas. Mesmo com a existência da

laicidade do ensino nos estabelecimentos oficiais, o ensino da religião permaneceu ligado

aos ensinamentos do catolicismo. De 1930 a 1937 o ensino religioso é de caráter facultativo,

pois as aulas são ministradas conforme os princípios da confissão religiosa do aluno,

manifestadas pelos pais e responsáveis. O ensino religioso seria uma disciplina ministrada

nas escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e normais.

Mais adiante, os escolanovistas foram contrários ao ensino religioso pelo motivo da

laicidade. Obrigatoriedade e gratuidade do ensino público. No Estado Novo (1937-19450) o

ensino religioso deixou de ser obrigatório para os alunos. Sendo que no terceiro período

republicano (1946-1964) o ensino religioso foi contemplado como dever do Estado para com

a liberdade religiosa do cidadão que freqüenta a escola. A laicidade do Estado é legítima,

mas não excludente do tipo de educação pleiteado pelo cidadão que freqüenta a escola

pública.

A partir de 1964 a 1996 ocorreram transformações profundas, a escola deixou de ser um

espaço unitário e coerente de um grupo privilegiado e muitas contradições da sociedade

foram trazidas para as escolas. Depois da hegemonia do catolicismo, do Estado sobre a

escola e a educação, atualmente a Igreja e o Estado deixaram de manipular a educação.

Durante o quarto período republicano (1964-1984) o ensino religioso passou a ser

obrigatório para a escola, pois o aluno poderia decidir em fazer ou não, no ato da matrícula,

o ensino religioso. De 1986 a 1996, o ensino religioso buscou a sua redefinição como

disciplina regular do conjunto curricular. O Ensino Religioso passou a ser facultativo, sendo

uma disciplina dos horários normais das escolas públicas do ensino Fundamental.

No Brasil, existem grandes esforços pela renovação do conceito do ensino religioso, da

sua prática pedagógica, da definição de seus conteúdos, natureza e metodologia adequada

ao universo escolar.

Page 26: Metodologias totalmente

Partindo para os sujeitos do espaço escolar, é importante enfatizar que a educação é

importante para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade. Os dois principais

personagens que fazem parte deste desenvolvimento são: o professor e o aluno.

Na década de 1970, o professor deveria ser preparado, em seu curso de formação, para

lidar com imprevistos de sua carreira, inovando sempre o seu cotidiano. Esta mesma

postura também servia para o professor de Ensino Religioso, já que o mesmo faz parte do

processo de transformação que a educação determina.surpreendentes quando os

profissionais têm (ou tiveram na infância) atividades que estimularam a imaginação.O ensino

da arte é, em muitos casos, substituído pelo ensino do artesanato, em especial quando as

crianças possuem alguma deficiência. A intenção é que através da produção artesanal seja

possível desenvolver trabalhos que tragam retorno financeiro, uma forma de garantir

emprego e independência, mesmo que parcial.

A ausência da arte acaba por diminuir e limitar a capacidade criadora e expressiva,pois a

partir das vivências artísticas os indivíduos - com ou sem deficiência – adquirem

autoconhecimento, além de ampliarem suas concepções de mundo. O ensino de arte para

crianças ,enquanto são menores e estão descobrindo seu lugar no espaço, as crianças são

incentivadas a explorar o mundo que as cerca. A partir do momento em que entram nos

anos iniciais do ensino fundamental, as regras são responsáveis por limitar o que até então

era por elas compreendido. A distribuição do espaço, o comportamento igualitário dos

colegas, as preocupações com as atividades agora oferecidas. Surgem a cobrança e o

medo de não pertencer ao padrão divulgado, e a conseqüente troca do brinquedo pelo

caderno de escrever.

A experimentação, a busca por valores diversos e a desconstrução de estereótipos são

fundamentais para a criança, que precisa vivenciar inúmeras etapas para formar sua

concepção de mundo, a qual deve ser livre de ideias fixas e totalitárias. Uma das

dificuldades é a rotina da sala de aula, dia após dia, limitada pelas regras da escola. As

crianças, porém,tem facilidade em se envolver com fatos simples, abrindo, pois, caminhos

para dinâmicas que podem ser feitas dentro da área escolar.

Page 27: Metodologias totalmente

A fase de ser criança não está limitada pela idade, e sim pela possibilidade de

experimentação. A infância abrange, pois, mais do que uma época de crescimento físico e

mental: o crescimento ocorre em territórios imensos, os quais dificilmente são explorados

por adultos. A criança é muito mais livre para enfrentar o desconhecido, permitindo-se criar

novas concepções, enquanto o adulto procura manter-se “protegido” de perigos e/ou “fatos

inesperados”.O papel da educação, está vinculado ao fornecimento de espaços e de

condições para a experiência.

O papel do professor é passar suas experiências através de trocas,

conversas,discussões, atividades que façam o aluno refletir. A criatividade, o lúdico, a

poética, a imaginação da criança deve permanecer, e não ser cortada e moldada às novas

circunstâncias.É importante trabalhar os conceitos formulados pela sociedade na qual a

criança está inserida, e saber que tais conceitos possuem todo um processo de formação

histórico, não podendo ser desconsiderado ou simplesmente alterado.

O professor de Ensino Religioso, no exercício de sua prática pedagógica, precisa ser o

mediador que envolva e leve o aluno interagir com o conhecimento religioso de maneira

transparente, assim aceitando as desigualdades. Percebe-se que o aluno é o sujeito desta

práxis educacional e está em interação com o outro e a mesma contribui para a construção

de seu arcabouço cultural. Todas as disciplinas devem participar desta interação, inclusive o

Ensino Religioso.Para ocorrer tal interação, a escola deve promover situações de

aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento das dimensões afetiva, física, intelectual,

social e religiosa do aluno.

A última é responsável pelo diálogo religioso, mostrando ao aluno uma nova forma de

pensar e viver dentro da pluralidade religiosa existente nas escolas, nas ruas, nas próprias

famílias, ou seja, no seu habitat. Identificar os vários métodos e técnicas que contribuem

para o melhoramento da prática docente é de suma importância para a análise. Apesar de

todos os conhecimentos serem passados pelo professor, os alunos recebem as

informações, porém, não precisam ser passivos nas aulas, também podem realizar suas

atividades de forma independente, coletiva e conjunta, mas isto não impede a orientação do

professor. As técnicas de ensino podem ser desenvolvidas em forma de discussão, onde os

pequenos grupos debatem um determinado assunto, pois todas as idéias são aceitas e

analisadas sob diversos ângulos, podendo ocorrer nessas discussões conflitos com

qualquer regra previamente adotada.

Os alunos juntamente com o seu professor, podem :

Page 28: Metodologias totalmente

realizar diversos trabalhos esportivos, como o trabalho de discussão circular,

cochicho grupo de verbalização e de observação, seminários, teatro,trabalhos

em grupos,entre outros.

Esses trabalhos mencionados podem ser desenvolvidos em todas as disciplinas, como

por exemplo, no Ensino Religioso. Sua função é fazer com que os alunos reconhecem suas

próprias capacidades e disposição para desenvolvê-las com dedicação, tomando a

consciência das necessidades básicas do ser humano, reconhecer que todos possuem os

mesmos direitos e deveres, respeitar as datas especiais como momentos de alegria e maior

aproximação entre as pessoas, entre outros.

O Ensino Religioso tem como objetivo favorecer a discussão em torno do contexto

social existente e do desenvolvimento do censo crítico possibilitando a descoberta do

diferente em nosso meio, evidenciando situações em que se manifeste a inexistência da

ética e criando uma nova forma de convivência afim de que possamos viver como irmãos no

exercício da cidadania. A disciplina em foco também propõe a viabilização e a reconstrução

de uma ética no espaço escolar, comprometida com o seu projeto político-pedagógico,

visando capacitar o educando para participar como sujeito e artífice da sua própria formação

buscando liberdade e na responsabilidade a dimensão ética na construção do ser e na

revitalização de uma sociedade justa e solidária.

METODOLOGIAS DE ENSINO DE ARTE

Este material tem por objetivo abordar questões relacionadas às metodologias utilizadas

para o ensino de arte, com crianças da rede de ensino público, sendo estas comuns e com

deficiência:

oficinas, através de registros, como filmagens, fotografias, gravações, relatórios,

além de leituras e discussões sobre o assunto.

É importante ressaltar a necessidade do estudo contínuo das metodologias de ensino,

visto que cada indivíduo possui suas particularidades e que a formação de um grupo não

escapa às mesmas. As diferenças servem pois,como desafio à criação de dinâmicas

diversificadas entre si.

Page 29: Metodologias totalmente

A infância e adolescência são fases de extrema importância para a formação do ser

adulto.Essa, porém, ao invés de ser reconhecida como uma fase em que o lúdico ocupa

grande espaço, vem sendo preenchida por atividades escolares, inclusive extraclasses,

como cursos de música, esporte, línguas estrangeiras, etc.

Sabe-se que, para a situação atual do mundo, em meio a globalização, tais aprendizados

são fundamentais também.

É preciso,contudo,tomar cuidado para que a imaginação, os estímulos sensoriais e o

próprio respeito pelas etapas de desenvolvimento da criança não se percam.Lowenfeld e

Brittain (1970), na obra Desenvolvimento da Capacidade Criadora,afirmam o papel relevante

da escola na formação da criança, em relação aos avanços tecnológicos e a diversas outras

áreas do conhecimento humano.

A preocupação com o significado da arte é, ainda, um ponto por eles questionado.

Segundo os autores,A arte desempenha um papel potencialmente vital na educação das

crianças e adolescentes .

Desenhar, pintar ou construir constituem um processo complexo em que a criança reúne

diversos elementos de sua experiência, para formar um novo e significativo todo. No

processo de selecionar,interpretar e reformar esses elementos, a criança proporciona mais

do que um quadro ou uma escultura; proporciona parte de si própria: como pensa, como

sente e como vê. Para ela, a arte é atividade dinâmica e unificadora. (p. 13) A busca por

uma formação voltada ao mercado de trabalho acaba por menosprezar o ensino de arte nas

instituições de ensino regular. Ao freqüentar o ambiente escolar, a criança,muitas vezes,

abre mão do próprio “ser-criança” para tornar-se o “ser-aluno”.A arte proporciona um

aumento da capacidade criadora, por meio de experiências vividas e de transformações

pelas quais o indivíduo passa. A imaginação é base para as criações e produções nas mais

diversas áreas, inclusive as técnicas. A produção cultural e artística, bem como o

desenvolvimento de novas tecnologias e de soluções para as áreas de engenharia,

medicina, entre outras, podem ter resultados.

Page 30: Metodologias totalmente

METODOLOGIAS-EDUCAÇÃO FÍSICA

Este documento tem por objetivo abordar questões relacionadas às metodologias utilizadas para o Ensino de Educação Física na Educação Básica. O trabalho na área da educação física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento .Ou , dito de outro modo , a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que tem desses dois conteudos.

Por suas origens militares e médicas e por seu atrelamento quase servil aos mecanismos de manutenção do status quo vigente na história brasileira,tanto a prática como a reflexão teórica no campo da Educação Física restringiram os conceitos de corpo e movimento –fundamentos de seu trabalho –aos seus aspectos fisiológicos e técnicos.

Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam a necessidade que , além daqueles , se considere também as dimensões culturais , social, políticas e afetiva ,presentes no corpo vivo,isto é , no corpo das pessoas , que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos. Deve haver estudo contínuo das metodologias de ensino de Educação Física, visto que cada indivíduo possui suas particularidades.

A infância é uma fase de extrema importância para a formação do ser adulto.Essa, porém, ao invés de ser reconhecida como uma fase em que o lúdico ocupa grandeespaço, vem sendo preenchida por atividades escolares, inclusive extraclasses, como cursos de música, esporte, línguas estrangeiras, etc. Sabe-se que, para a situação atual do mundo, em meio à globalização, tais aprendizados são fundamentais também. É preciso, contudo, tomar cuidado para que a imaginação, os estímulos sensoriais e o próprio respeito pelas etapas dedesenvolvimento da criança não se percam.Lowenfeld e Brittain (1970), na obra Desenvolvimento da Capacidade Criadora,afirmam o papel relevante da escola na formação da criança, em relação aos avançostecnológicos e a diversas outras áreas do conhecimento . Enquanto são menores e estão descobrindo seu lugar no espaço, as crianças sãoincentivadas a explorar o mundo que as cerca. A partir do momento em que entram nos anos iniciais do ensino fundamental, as regras são responsáveis por limitar o que até então era por elas compreendido. A distribuição do espaço, o comportamento igualitário dos colegas, as preocupações com as atividades agora oferecidas. Surgem a cobrança e o medo de não pertencer ao padrão divulgado, e a conseqüente troca do brinquedo pelo caderno de escrever.A experimentação, a busca por valores diversos e a desconstrução de estereótipos sãofundamentais para a criança, que precisa vivenciar inúmeras etapas para formar suaconcepção de mundo, a qual deve ser livre de ideias fixas e totalitárias. Uma das dificuldades é a rotina da sala de aula, dia após dia, limitada pelas regras da escola. As crianças, porém,tem facilidade em se envolver com fatos simples, abrindo, pois, caminhos para dinâmicas que podem ser feitas dentro da área escolar.A fase de ser criança não está limitada pela idade, e sim pela possibilidade deexperimentação. A infância abrange, pois, mais do que uma época de crescimento físico e mental: o crescimento ocorre em territórios imensos, os quais dificilmente são explorados por adultos. A criança é muito mais livre para enfrentar o desconhecido, permitindo-se criar novas concepções, enquanto o adulto procura manter-se “protegido” de perigos e/ou “fatos inesperados”. O papel da educação, então, está vinculado ao fornecimento de espaços e de condições para a experiência.O papel do professor é passar suas experiências através de trocas, conversas,discussões, atividades que façam o aluno refletir. A criatividade, o lúdico, a poética, a

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imaginação da criança deve permanecer, e não ser cortada e moldada às novas circunstâncias. É importante trabalhar os conceitos formulados pela sociedade na qual a criança está inserida, e saber que tais conceitos possuem todo um processo de formação histórico, não podendo ser desconsiderado ou simplesmente alterado.É essencial para a formação das crianças que estas tenham acesso à cultura, entre outros assuntos. A atuação do professor, neste caso, ultrapassa as atividades padrões queacontecem nas escolas. Realizar trabalhos em datas comemorativas não é a única nem amelhor opção para abordar determinadas temáticas. O ambiente escolar é ótimo paraproblematizar a fusão cultural. Martins Redin (2007) afirma que “quem dá sentido aoconhecimento é o próprio sujeito que o vive.” (pg. 86). A visão de que o educador é opossuidor de todo o conhecimento, e de que as crianças devem segui-lo sem questionar, é uma das principais e, talvez, das mais urgentes concepções a serem transformadas.

Para compreender o homem, é preciso ter algum conhecimento da natureza de seus sistemasreceptores e de como a informação recebida a partir desses receptores é modificada pelacultura. (HALL, p. 51, 2005)O ser humano é, tal qual os animais em geral, possuidor de sentidos – visão, audição,tato, olfato e paladar. Cada espécie possui maior desenvolvimento em determinados sentidos, de acordo com as necessidades de sobrevivência. Edward T. Hall comenta em sua obra “A dimensão oculta” que o primeiro sentido a se desenvolver nos humanos foi o tato. A visão foio último e, portanto, é o menos complexo. A existência cronológica dos sentidos, assim como dos demais fatores estudados aolongo da história, não é motivo para julgar um sentido mais “evoluído” do que o outro. O importante a ressaltar é a confiança depositada pelo homem sobre a visão, e a falta de atenção referente ao que os demais sentidos nos podem proporcionar. Bebês e crianças sentem grande necessidade de tocar em móveis e objetos, para sentir e reconhecer o ambiente. Tal acontecimento pode ser evidenciado quando a criança está aprendendo a caminhar. A necessidade de bater, de segurar, de encostar e de roçar em objetos para então identificá-los é um instinto que, com o tempo, passa a ser controlado e excluído por costumes e questões culturais. O comportamento disciplinarexigido pela sociedade acaba por impedir que o tato permaneça em constante função de reconhecimento de ambiente. É importante que crianças – as quais estão se adaptando às regras da sociedade a partir, em especial, da vivência escolar - mantenham suasformas de interagir com o ambiente, e não se deixem restringir a observar aquilo e aqueles que as cercam com olhares rápidos e discretos – como propõe a nossa cultura.Logo que a criança aprende a pegar e soltar objetos, o interesse por algo que deixemarcas surge. A descoberta do lápis, da caneta hidrocor, do giz de cera, da tinta são, para ela, a possibilidade de deixar seus traços registrados. Desde os primeiros rabiscos (as chamadas garatujas), até o desenho inicial do ser humano, a criança está expondo as concepções que têm em relação ao espaço que à cerca, bem como do que conhece sobre o próprio corpo – e como este se relaciona com o ambiente.À medida que começa a perceber o corpo humano com mais detalhes, também seusdesenhos serão ricos em informações. Se não for estimulada, a criança, ou o jovem, tenderá ao abandono do desenho, e suas atenções com o corpo humano e o espaço que a cerca podem estagnar. A criança cria símbolos durante o processo de desenhar. Há estágios em que mesmo vendo uma casa de lado, o desenho mostrará a casa vista de frente. As mudanças nas representações são muito importantes, pois, para o desenvolvimento da percepção e do autoconhecimento.O processo de alfabetização possui semelhança em relação aos símbolos. É preciso fazer inúmeras comparações e associações das letras com objetos e seres, para que a criançapossa fixá-la. O lúdico é extremamente importante durante este aprendizado, mas acaba,

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muitas vezes, sendo abandonado – devido à pressa e à seriedade que é dada ao ensino da escrita e da leitura.Intertextualidade, transversalidade, entre outras, são todas palavras híbridas ou plurais – por constituição ou por noção – em cujos conceitos buscamos nos socorrer, no contemporâneo mundo do conhecimento, para entender as conexões, intrínsecas ou extrínsecas, entre saberes; no nosso caso específico,buscamos essas noções para organizar mentalmente, ou melhor, compreender, e até paraensinar, as relações para as “linguagens” artísticas, ou mesmo entre as “linguagens” estéticas.Para tanto é preciso ter em consideração que, quando me refiro a relações, não levo em contaapenas as possíveis associações por similitude, mas igualmente as relações por oposição emesmo relações entre fenômenos homônimos que se dão de modos distintos em “linguagens”diferentes entre si. (RAMALHO e OLIVEIRA, p. 75, 2008). A educação Física é tão importante quanto a escrita.A lista a seguir é uma sugestão de danças e outras atividades rítimicas e /ou expressivas que podem ser abordadas e deverão ser adaptadas a cada contexto :

Danças brasileiras:samba ,baião,valsa,quadrilha,afoxé,catira ,bumba-meu-boi,maracatu, xaxado,etc.;

Dança urbanas:rap,funk,break,pagode,danças de salão; Dança eruditas :clássicas,modernas,contemporâneas,jazz; Dança e coreografias associadas a manifestações musicais:blocos de

afoxé,Olodum,Timbalada,trios elétricos ,escolas de samba; Lengalengas; Brincadeiras de roda,cirandas; Escravos de Jô. Jogos e lutas,respeitando as regras e não discriminando os colegas; Atividades corporais,reconhecendo e respeitando algumas de suas características

físicas e desempenho motor, bem com o as de seus colegas,sem discriminar por características pessoais ,físicas, sexuais ou sociais;

Expressão de opiniões pessoais quanto a atitudes e estratégias a serem utilizadas em situações de jogos ,esportes e lutas;

Percepção do próprio corpo e busca de posturas e movimento s não-prejudiciais nas situações do cotidiano.

Utilização de habilidades motoras nas lutas ,jogos e danças. Sebe-se que na realidade das escolas brasileiras os espaços

disponíveis para a prática e a aprendizagem de jogos ,lutas,danças esportes e ginásticas não apresentam a adequação e a qualidade necessárias .Alterar esse quadro implica uma conjunção de esforços de comunidade e poderes públicos.Essa situação , no entanto , não exclui a possibilidade de uma potencialização de uso dos espaços já disponíveis.O professor pode utilizar um pátio , um jardim , um campinho , dentro ou próximo á escola ,para realizar as atividades de Educação Física si na escola não possuir uma quadra convencional.

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AVALIAÇÃO

Após o término de cada ação, o professor deve auto avaliar o seu trabalho ,e propor que

os alunos também avaliem o que aprenderam em um momento dinâmico ,reflexivo e

democrático.

A avaliação pode ser de modo oral ou por escrito destacando os pontos positivos e

também propondo mudanças no que foi negativo ,só assim serão alcançados os objetivos

da Escola ,enfrentando desafios ,buscando alternativas para a superação dos obstáculos

no processo da aprendizagem.

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