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CA DE MAMA FAMILIAR

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CA de mama familiar

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  • CA DE MAMA FAMILIAR

  • Entre as mulheres o cncer de mama constitui o segundo tipo mais frequente no mundo com 22% dos novos casos por ano. (INCA, 2012)

    A incidncia, no Brasil, em uma taxa padronizada por idade pela populao mundial de 46 para cada 100.000 mulheres.CA DE MAMA - EPIDEMIOLOGIA

  • O prognstico pode ser positivo, se diagnosticado e tratado oportunamente.

    No mundo, a sobrevida mdia aps 5 anos de 61 %, j no Brasil constitui 78%.

    Em 2012, foram estimados 52.680 casos novos de cncer da mama, com um risco suposto de 52 casos a cada 100 mil mulheres (MINISTRIO DA SADE, 2012).

    CA DE MAMA - EPIDEMIOLOGIA

  • FATORES DE RISCOS PARA CA DE MAMAModificado de: Leconte et al., 2012. Fibroadenoma: Can fine needle aspiration biopsy avoid short term follow-up? Diagnostic and Interventional Imaging [93(10): 750-756].

    Fatores de risco no modificveisFatores de risco modificveisGneroExposio radiaoIdadeReproduoHistria pessoal de CA de mamaAleitamento maternoHistria familiar de CA de mamaTerapia de reposio hormonalCondies mamrias proliferativasUso de contraceptivos oraisDensidades mamriasAtividades fsicasMenstruao precoceUso de lcoolMenopausa tardiaHbito de fumar

  • O carcinoma de mama tem etiologia complexa onde a susceptibilidade influenciada por fatores ambientais e genticos (ELLSWORTH et al., 2010)Entre 5 e 10% de todos os casos de cncer de mama est relacionado herana de mutaes genticas, tendo como caracterstica a instalao da doena em mulheres jovens.

    CA DE MAMA FAMILIAR

  • Os genes mais fortemente envolvidos com a carcinognese desse subtipo de cncer de mama so os BRCA1, BRCA2.Entre 25-40% destes casos envolve herana de uma cpia defeituosa do gene BRCA1 ou de BRCA2, que predispe mulheres nestas famlias a um risco de 50-80% de desenvolver cncer de mama e um grau inferior ao cncer de ovrio (HOLSTEGE et al.,2010; HAMILTON, 2009).CA DE MAMA FAMILIAR

  • O gene BRCA1 um gene supressor de tumor localizado no cromossomo 17. Ele tem a capacidade de regular a resposta celular aos estrognios .Os carcinomas resultantes da mutao em BRCA2 so mais frequentemente relacionados interao estrgeno-receptor e so menos avanados e invasivos, histologicamente falando, do que os cnceres BRCA1.CA DE MAMA FAMILIAR (AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)

  • Histrico familiar com: 1) parentes afetados em trs geraes sucessivas; 2) dois ou mais parentes de primeiro grau com diagnstico da doena no perodo da pr-menopausa; 3) casos de cncer de mama bilateral e, casos de cncer de mama em homens.

    A ocorrncia de pelo menos uma dessas caractersticas, num mesmo grupamento familial, sugere a existncia de um componente gentico hereditrio que predispe doena. CA DE MAMA FAMILIAR (AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)

  • EPIDEMIOLOGIA MOLECULARAs prevalncias estimadas para portadores de mutaes em BRCA1/2 so, respectivamente, 0,11% e 0,12% na populao geral e entre 12,8% - 16% em famlias de alto risco com trs ou mais casos de cncer de mama ou ovrio.(AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)

  • Alm do cncer de mama, portadores de mutaes no gene BRCA1 tambm so susceptveis ao desenvolvimento de cncer de ovrio e prstata, enquanto mutaes no gene BRCA2 elevam o risco para cncer de mama em indivduos de ambos os sexos, e em outros stios como ovrio, prstata, pncreas, estmago e vias biliares.(AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR

  • PATOLOGIA DO CNCER DE MAMA ASSOCIADA A MUTAES NOS GENES BRCAO cncer de mama hereditrio possui achados clnicos distintos:

    - a idade de acometimento consideravelmente precoce em relao ao cncer espordico; Maior prevalncia de bilateralidade; e a associao com outros tipos de tumor em famlias afetadas, como cncer de ovrio e prstata.

    Existem fortes evidncias sugerindo uma morfologia especfica para tumores em portadoras de mutaes nos genes BRCA.(AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)

  • O cncer de mama hereditrio possui algumas diferenas biolgicas interessantes quando comparado ao cncer espordico.Em portadoras de mutaes em BRCA1, uma grande proporo dos tumores de alto grau histolgico, tendem a ser aneuplides, a apresentar altas taxas de clulas na fase S e em mitose e infiltrado linfocitrio. Este ltimo achado frequente no carcinoma medular, cuja frequncia est aumentada nos carcinomas de origem hereditria.(AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)PATOLOGIA DO CNCER DE MAMA ASSOCIADA A MUTAES NOS GENES BRCA

  • (AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R., 2005, KUMAR et. al. 2010)PATOLOGIA DO CNCER DE MAMA ASSOCIADA A MUTAES NOS GENES BRCA

  • A progresso dos tumores associada a BRCA1 difere daquela encontrada nos casos espordicos em pelo menos dois pontos:

    1) Em portadores de mutao em BRCA1 existe uma relao entre tamanho do tumor primrio e nmero de linfonodos axilares comprometidos. Tumores maiores associados a BRCA1 so frequentemente associados a linfonodos axilares negativos quando comparados a tumores espordicosou em portadoras de mutao em BRCA2. O pior prognstico dos tumores relacionados a BRCA1 e linfonodo negativo surpreendente, uma vez que tumores sem metstases axilares so, geralmente, associados commelhores resultados quando comparados a tumores do mesmo tamanho e linfonodo positivo. 2) A aparente resposta ao bloqueio estrognico, a despeito de serem RE negativo.PATOLOGIA DO CNCER DE MAMA ASSOCIADA A MUTAES NOS GENES BRCA

  • Sndromes de predisposio hereditria aocncer (SPHC)

  • Embora a maioria das neoplasias seja resultado de interaes complexas entre o componente gentico do indivduo e o ambiente, um percentual de casos decorre principalmente de alteraes herdadas que conferem uma maior predisposio ao desenvolvimento de tumores.Atualmente, estima-se que cerca de 5% a 10% de muitos cnceres estejam associados predisposio hereditria. Considerando que no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Cncer (INCA), foram previstos 527.850 novos casos de cncer para 2012, podemos esperar que cerca de 53 mil pacientes/ano sejam portadores dessa condio.

    SNDROMES FAMILIARES DE CNCER

  • As mutaes relacionadas s sndromes de predisposio hereditria ao cncer envolvem genes de alta penetrncia (ou seja, que conferem uma elevada probabilidade de desenvolver cncer), se manifestam em idade precoce e com padro autossmico dominante (isto , mesmo que a outra cpia do gene seja normal), afetando assim geraes consecutivas de uma mesma famlia.So mais de 70 sndromes hereditrias de cncer descritas atualmente, e os avanos em gentica molecular tem permitido identificar os genes envolvidos em algumas delas.SNDROMES FAMILIARES DE CNCER

  • No Brasil, ainda so insuficientes as aes governamentais que visem a identificao, orientao e acompanhamento de indivduos e famlias de alto risco para cncer hereditrio.Algumas das sndromes de cncer hereditrio j foram estudas no pas, como Retinoblastoma (BRAGGIO et al., 2004), Cncer Colorretal Hereditrio No Poliposo (ROSSI et al., 2002), Cncer de Mama e Ovrio Hereditrios (COSTA et al., 2008; LOURENO et al., 2004), von Hippel Lindau (ROCHA et al., 2003), e Li-Fraumeni (ACHATZ et al., 2007).

    SNDROMES FAMILIARES DE CNCER

  • (1) indivduos afetados apresentam risco significativamente maior para o desenvolvimento de vrios tumores em idade jovem;(2) familiares de um afetado podem estar em risco, a maioria das sndromes genticas de cncer autossmica dominante: 50% dos pais, irmos e filhos do afetado podem ser igualmente afetados;(3) intervenes de reduo de risco esto disponveis;(4) a identificao de portadores da uma mutao gentica permite delinear objetivamente estratgias para reduo de risco;(5) a definio de que uma pessoa de famlia de risco no portadora da mutao gentica, permite que este indivduo seja liberado de rastreamento intensivo do cncer, desonerando o sistema de sade.Importncia da Identificao de Pacientes com Cncer Hereditrio

  • Sndrome de Cncer de Mama e Ovrio Hereditrios (HBOC); Cncer Colorretal Hereditrio No Poliposo (HNPCC); Polipose Adenomatosa Familiar (FAP); Retinoblastoma (RB); Sndrome de Cncer de Mama e Colorretal Hereditrios (HBCC); Sndrome de Li-Fraumeni (LF);(7) Doena de von Hippel-Lindau (VHL); 8) Neoplasia Endcrina Mltipla tipo-2 (MEN2);(9) Melanoma Familial (FAMMM) e(10) Anemia de Fanconi.A rede de sade atende as seguintes sndromes:

  • histria familiar positivaidade precoce de aparecimentotumores bilaterais em rgos duplos> 1 tumor primrio em um pacienteaspecto multifocal do tumorcncer em indivduo com anomalia congnitas e/ou do desenvolvimento

    Sndrome de predisposio hereditria ao cncer: quando suspeitar ?

  • Rastreamento do cncer hereditrioA histria familiar representa a mais importante ferramenta diagnstica para o rastreamento populacional do cncer hereditrio. Permite estratificar os indivduos / famlias em:1. Risco alto2. Risco moderado3. Risco baixo

  • Avaliao clnica com especialista e exames subsidirios so importantes ferramentas diagnsticas nas sndromes familiais de predisposio ao cncer..Em muitas SPHC os principais genes responsveis foram identificados, possibilitando a realizao de teste gentico para a deteco de mutaes germinativas nestes genes.O teste gentico confirmatrioEstes testes so realizados apenas com o consentimento do paciente, em amostra de sangue perifrico.

    Como feito o diagnstico?

  • Confirmada a suspeita diagnstica de cncer hereditrio, transmitir informaes que permitam ao indivduo em processo de aconselhamento compreender: a) o diagnstico e o risco pessoal de desenvolvimento de cncer;b) o modo de herana envolvido e o risco de recorrncia; c) as opes disponveis de manejo e controle do risco de ocorrncia; d) facilitar as decises sobre a opo de manejo mais apropriada para seu caso individual

  • O paciente e sua famlia sero submetidos a medidas preventivas e a protocolos para deteco precoce do cncer, o que confere maiores chances de sucesso no tratamento oncolgico.

  • Obrigada!

  • REFERNCIAS

    AMENDOLA, L. C. B.; VIEIRA, R. A contribuio dos genes BRCA na predisposio hereditria ao cncer de mama. Revista Brasileira de Cancerologia. n. 51, v. 4, p. 325-330, set. 2005. Disponvel em . Acesso em 24 de janeiro de 2014.BARROS, A.C.S.D.; BARBOSA, E.M.; GEBRIM, L.H. Diagnstico e Tratamento do Cncer de Mama, agosto 2001. Disponvel em . Acesso 24 de janeiro de 2014BILMORIA, M.M. The woman at increased risk for breast cancer:evaluation and management strategies. Cancer 45:263-78. 1995.BRASIL. Ministrioda Sade. Incidncia de cncer no Brasil. Instituto Nacional do cncer Jos Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro, 2011.FUCIC, A.; GAMULIN, M.; FERENCIC, Z.; KATIC, J.; VON-KRAUSS, M.K.; BARTONOVA, A.; MERLO, D.F. Environmental exposure to xenoestrogens and oestrogen related cancers: reproductive system, breast, lung, kidney, pancreas, and brain. Environmental Health, 11(1). 2012.JOHNSON-THOMPSON, M.C. & GUTHRIE, J. Ongoin research to identify environmental risk factors in breast carcinoma. Cancer; 88:1224-9. 2000.RUDEL, A. et al. Environmental exposures and mammary gland development: state of the science, public health implications, and research recommendations. Environ Health Perspect 119(8):1053-1061. 2011.ZHOU, Z. et. al. Regulation of estrogen receptor signaling in breast carcinogenesis and breast cancer therapy. Cellular and Molecular Life Science.maio 2013. Disponvel em . Acesso em 24 de janeiro de 2014.