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ENCONTROS de F5M C I RAN D A

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ENCONTROS

de

F5M

C I RAN D A

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ESCOLA SÁ PEREIRA

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Ciranda de Encontros

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Índice

Confronto inesperado

Esta história é minha

Isabel e Lobo Mau

Uma aventura no castelo

O encontro contrário

Fome de gordinho

O mistério da casa dos porquinhos

A outra versão

Confusão na França

Como achei você

Querida Vermelhinha

Depois do ponto final

Tudo de novo?

A estraga-contos

Será que é bem assim?

Quando você vai dormir...

Depois do felizes para sempre

Era mais ou menos outra vez

Um mal entendido que daria um filme

Tinha um ministro no meio do caminho

O encontro maluco!

O encontro no mar

A briga pela amizade

Mistério vermelho

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Ciranda de Encontros

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Apresentação

Esta coletânea de textos é fruto de um percurso de leituras,

reflexões e discussões literárias que a turma seguiu ao longo

do ano.

A ciranda de autores brasileiros coroou um destes

momentos. Criou-se uma espécie de clube do livro para

trocar impressões sobre as obras e comentar a leitura. As

rodas de biblioteca transformaram-se em verdadeiras

conversas literárias.

A riquíssima troca de impressões sobre as histórias nos

permitiu não apenas discutir estruturas narrativas e enredos,

mas também falar um pouco sobre como cada um está se

percebendo no processo de leitura e de que forma está sendo

afetado.

Para mergulhar ainda mais nas histórias e pensar nos

personagens e suas características, foi lançada a proposta:

criar uma história na qual um dos personagens do livro lido

encontrasse um outro, de um conto clássico. Teve

Chapeuzinho encontrando Bisa Bia; Lobo Mau sendo

enganado por uma menininha das crônicas de Sabino;

Cinderela sendo trocada por Bolota, do Mistério da Casa

Verde.

Assim, o processo de escrita revelou, em seu término,

narrativas construídas de forma estruturada, com bons

começos, descrição de cenário e personagens.

Boa leitura!

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Confronto inesperado

N uma manhã, Charles Tiburone estava patrulhando o

mar quando esbarrou numa sereia. O nome dela era

Ariel. Como todos sabem, tubarões comem sereias. Tiburone

e a sereia viram lá longe no mar um duelo entre dois bichos,

um golfinho e uma enguia. Vendo essa cena, a sereia teve

uma brilhante ideia de os dois fazerem um duelo. Então ela

falou:

– Se quiser eu posso chamar o Tritão, o rei dos mares, meu

pai.

O Tiburone queria fazer uma pegadinha para ela, mas

quando ouviu o nome Tritão já logo ficou com medo, pois se

encostasse um dedo nela, iria morrer. Ele disse:

– Então vamos fazer o seguinte: que tal se nós fizermos

uma batalha sem chamar ninguém, só com os nossos

equipamentos?

Quando a sereia ouviu isso, ela logo aceitou a proposta,

pois seria justo, um duelo limpo sem chamar ninguém. Eles

estavam prontos para o duelo do século, já estava quase tudo

pronto, então finalmente depois de duas horas de preparação

o grande momento chegou. Cada um estava com o seus

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equipamentos e começou o duelo. Eles batalharam e lutaram

um contra o outro e quem venceu foi a pequena sereia,

porque, vocês podem não achar, mas normalmente são as

presas que vencem os predadores. Então a Ariel venceu e ela

viveu uma vida feliz com seu pai e seu povo.

Antonio Paternó Castello Bertolini

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Esta história é minha

E ra uma vez uma rainha que sonhava em ter uma filha.

Um dia, costurando, ela espetou o dedo e seu sangue

caiu na neve, então imaginou sua filha branca como a neve,

com lábios vermelhos como sangue e cabelos pretos como

ébano. Após algum tempo, o desejo da rainha se realizou e

ela deu à luz a uma menina que nasceu exatamente como a

mãe havia imaginado. Por isso, a princesa foi batizada como

Branca de Neve... ESPERA... eu acho que você já conhece

essa história, então vamos ao que interessa.

– Tchau, mãe! Pela estrada afora eu vou bem sozinha,

lev…

– Chapeuzinho?!

– Branca de Neve?! O que faz aqui?

– Olha, Chapeuzinho, eu também não sei.

– Ooi, gentee!

– Humm, oi, pera, quem disse oi? Chapeuzinho?

– Eu não sei, Branca de Neve. Eu não lembro disso

acontecer na MINHA HISTÓRIA.

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– Chapeuzinho, essa história não é só sua. Eu também tô

aqui.

– Mas… – disse Chapeuzinho

– Sem mais nem menos, Chapeuzinho. Porque agora eu

tenho que voltar para o meu castelo.

– Vixi, Branca de Neve! Você está muito longe disso. Não

se lembra? Você está na MINHA HISTÓRIA!

– Ah, não, Chapeuzinho! Quantas vezes eu vou ter que te

dizer que essa história também é minha!? Até que no começo

era sua e minha, mas agora nós estamos na nossa história,

estão criando uma nova história e olha só, mal começou e eu

já tô odiando ficar com você. Como você reclama, hein!

– Tá, Branca de Neve, já que você cisma que essa história

também é sua, vai ter de me mostrar para provar que essa

história é nossa e não só minha.

– Certo, Chapeuzinho, vou te provar que essa história não

é só sua.

– Hahaha, até parece, duvido que ache uma prova! – disse

chapeuzinho debochando.

– Humm. Alí, achei! Olha só a minha madrasta má

disfarçada de velhinha inocente.

– Que legal... – disse Branca de Neve, sarcasticamente. -

Tudo de novo... Eu entro na casa dos anões, a minha

madrasta bate na porta disfarçada, eu finjo não saber quem é,

aí ela entra, pede um copo de água e dá maçãs envenenadas.

Aí eu como, desmaio e espero o príncipe Jon chegar me

beijar e eu acordo. E fica tudo bem e depois eles dizem “... e

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viveram felizes para sempre!”, mas isso é mentira, porque

depois acontece tudo de novo!

– Oie, gente, eu acho que vocês têm que me ouvir, é só

prestar atenção na vassoura aqui embaixo. É sério, gente! Já

tá na hora de prestar mais atenção em mim.

– Certo, mas…

– Não adianta tentar falar, porque eu não vou deixar, desta

vez vocês vão me deixar falar! Eu já fui galho, eu já fui urso

de pelúcia e eu aposto que nada disso aconteceu com vocês,

então eu tenho o direito de falar!

– Chapeuzinho, você já percebeu que uma vassoura está

falando com a gente? – sussurrou Branca de Neve.

– Já, sim. – disse Chapeuzinho.

– Ei, eu posso ser uma vassoura, mas eu ouço muito bem!

– Certo, vassoura, já que você sabe de muitas coisas, diga:

como eu posso voltar para o meu castelo? - perguntou Branca

de Neve.

– Aah, isso é fácil. Vocês só têm que acreditar que

conseguem e seguir a história de vocês.

– Ah, se é só isso nós podemos fazer juntas, né

Chapeuzinho? Certo, obrigada vassoura, tchau. Vamos,

Chapeuzinho!

– Ah não, não, não, não! Vocês têm que fazer isso

sozinhas, nada de fazer isso juntas, senão não vai dar certo.

Vocês têm que ir sozinhas, cada uma segue a sua história.

– Certo, então, Branca de Neve, eu te odeio, mas hoje eu

até que gostei de ficar com você.

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– É, eu também, mas não vamos entrar nesse clima, né

Chapeuzinho?

– É verdade, vamos. Tchau, gente. Pela estrada afora eu

vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha...

– Ah, não, anões! A minha madrasta má está atrás de mim

de novo… – constatou Branca de Neve

E FOI ASSIM QUE A HISTÓRIA SEM FIM

RECOMEÇOU.

Bom, quer dizer, agora nós chegamos ao fim.

Bruna Chartuni Nascimento

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Isabel e Lobo Mau

U m dia Isabel estava andando no parque Laje, na

pracinha. Sabe aquele lugar que tem comida e

brinquedos? (Ops, na verdade é no Jardim Botânico.) Bom,

ela andava por lá quando ela viu o lobo mau. Ela ficou

paralisada de medo e quando o lobo percebeu que ela ficou

assustada, ele correu até ela e ofereceu uma bala para

disfarçar suas intenções. Ela aceitou.

– Ha-ha, trollei. – disse ele enquanto (claro que foi depois,

já que não dá para falar enquanto come) comia ela.

Incrivelmente ele cresceu e comeu os prédios, o bairro, a

capital, a cidade, o país, o Polo Norte, o Polo Sul, a América

do Norte, a América do Sul e o planeta. Foi tipo o Godzilla.

Até me comeu:

– Nossa, dá para ver minha casa aqui dentro! Que cheiro é

esse? – pensei.

O lobo não aguentou, já que comeu muito, por isso ele

vomitou tudo no lugar e tudo voltou ao normal, exceto pelo

fato de que tudo ficou vomitado cheio de muco e meleca.

Caio Hue Padula

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Uma aventura no castelo

E m uma noite chuvosa e fria. Um cabo de vassoura

estava andando pela floresta, triste e solitário. Ele

passou várias e várias noites na floresta sem comida, sem

amigos, sem nada. Até que uma noite ele estava andando por

lá quando avistou um castelo enorme. Ele nunca tinha visto

aquilo antes. O castelo brilhava e de noite as estrelas

cintilantes iluminavam ainda mais ele. O cabo de vassoura

resolveu dormir em uma árvore com a vista para o castelo.

Na manhã seguinte o cabo de vassoura foi caminhando até

o castelo, mas antes de bater na porta, ficou apreciando o

jardim. Era uma das coisas mais lindas que ele já tinha visto!

Ele começou a andar pelo jardim quando deu de cara com

uma linda moça. Ela usava um vestido branco, tinha os

cabelos pretos, os lábios cor de rosa. Ele então perguntou o

seu nome. Ela respondeu que era Branca de Neve. O galho

ficou encantado com o seu nome, mas como ele não sabia o

seu próprio nome, acabou inventando um, caso a menina

perguntasse ou caso ela tivesse curiosidade de saber. Mas ela

não deu a mínima. Eles passaram horas conversando e a

princesa ofereceu a ele um trabalho no castelo. Ele, que não

era bobo nem nada, aceitou.

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No dia seguinte, foi seu primeiro dia. Ele se divertiu

muito, fez amizades com todos, menos com uma vassoura.

Essa vassoura começou a infernizar a vida do pobre cabo e a

fazer planos para que ele fosse demitido. Os dias se passaram

e cada vez mais a vassoura tentava demitir o cabo de

vassoura. Ele já estava achando tudo muito estranho, quando

finalmente Branca foi convencida pela vassoura e mandou

ele embora. Ele ficou se explicando para que não fosse

demitido, mas não teve jeito.

E lá estava o cabo de vassoura, sem nome, sozinho,

sentado na árvore observando o castelo.

Maria Eduarda Souza da Silva

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O encontro contrário

E ra uma vez dois adultos. Um homem e uma mulher.

Eles vão se encontrar... Mas espere! Você não sabe

quem são eles. Deixa eu apresentar: um se chama Malasartes,

Pedro Malasartes*. Sempre está de calça azul, camisa de

moletom branca e sapatos marrons. A segunda é a Dona

Carolina*, que desta vez está de camisa listrada verde e

vermelha e uma saia igual. Já os sapatos, pretos cor de

carvão.

Agora que você já conhece os personagens, posso

continuar minha narrativa. Como eu estava dizendo, eles vão

se encontrar, mas o que você não sabe é que Pedro

Malasartes não está indo para a própria casa, já Dona

Carolina sim. Pedro Malasartes estava indo roubar a casa da

pobre senhora...

Agora você está lendo o acontecimento mais importante da

história O ENCONTRO. Voltando…

Eles estão desligados, cada um pensando na própria vida,

quando se esbarram:

– Ei, que isso? Olha para frente!

– Tá bom, mas não precisava falar desse jeito - diz Dona

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Carolina já irritada - Você também tem que olhar para a

frente. E eu estou indo para minha casa, essa do lado. Já

VOCÊ está indo na direção da minha casa. O que você está

vindo fazer aqui?

– Ah… Eu… Bem… Então…

– Vai, fale!!!

Malasartes reconhece esse rosto, puxa do fundo da

memória e se lembra que era amiga de sua mãe… como era

uma pessoa muito amorosa com ele na infância, ele fica com

vergonha. Então conta a verdade:

– Eu estava indo enganar a sua casa…

– Ah! – E solta uma gargalhada – você, conseguir me

enganar? Há… mas pensando, para que e como você precisa

fazer isso?

– Eu preciso fazer isso, pois trabalho no campo e quase

não tenho comida. Como eu ia enganar ia falar sobre uma

sopa de pedra…

– Sério? Interessante. Vem, entre.

E entram, sentam no sofá, e conversam muito, já nem se

lembram da história da sopa de pedra. Até que Dona Carolina

exclama:

– Pedro, vamos assistir ao jogo do Fluminense x Avaí ?

– Sim, vamos a assistir! Quero que o Avaí vença!

– Sim, o Fluminense va.. – e se dá conta - Pedro você torce

para o Avaí!!!

– Sim… Mas você torce para o Fluminense.

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– Tem razão…

E discutem, discutem até que decidem que Malasartes vai

torcer para o Fluminense, mas Dona Carolina fala:

– O Flu vai perder – e tira sua espinha de peixe presa na

garganta -, tenho certeza!!!

E assistem até o fim do jogo. Quem perdeu? Fluminense.

Então Malasartes exclama:

– Você é vidente!!!

– Só nunca minto.

– Que maneiro, adoraria continuar, mas preciso ir. Tchau!

– Tchau, volte na quinta!

– Beleza!

E quando se dá conta, hoje é quinta…

Francisco Dias Campos Carvalho

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Fome de gordinho

E ra uma vez a história de Chapeuzinho Vermelho, que

você deve conhecer. Só que dessa vez a história

começa com outra pessoa, o Bolota, de A Vingança de

Charles Tiburone. Bolota andava em uma floresta à procura

de comida. A floresta era uma das mais aterrorizantes da

cidade. Era escura, silenciosa, e cheia de insetos. Galhos

caindo, sapos bufando, teias de aranha. Só que lá no fundo

Bolota escutava uma cantoria:

– Lá lá lá lá lá lá, vou entregar essa cesta para a minha

vovózinha.

Quando Bolota se aproximou mais, ele viu uma linda

menina com longas tranças e um capuz vermelho. Ela estava

segurando uma cesta cheia. Quando os dois se olharam,

Bolota já foi perguntando:

– Que tem na cesta? – perguntou Bolota, morrendo de

fome.

– Aqui tem doces, que vou levar pra minha vovó.

– Posso?! Um pouquinho…

– Não!

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Os dois se olharam com cara de raiva, quando de

repente o silêncio tomou conta da floresta, e lá atrás deles

apareceu o lobo:

– O que tem na cesta, Chapeuzinho?

– Nada demais!

Bolota começou a olhar fixo para o lobo. E Chapeuzinho,

assustada, perguntou:

– Que cara é essa, Bolota?

– Co-co-comida! – respondeu Bolota, babando.

De repente Bolota pulou no lobo e começou a comê-lo.

Parece que o jogo virou, não é mesmo? Depois que tudo

acabou, Bolota, de barriga cheia, foi dar tchau a

Chapeuzinho, e continuar sua jornada atrás de mais comida.

Guilherme Lucena Simon

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O mistério da casa dos porquinhos

O s três porquinhos estavam a descansar em sua linda

casinha quando um deles avistou ao longe uma casa

estranha meio caída, pequena e ainda por cima verde.

Chamou os amigos e partiram em caminhada até a casa que

viram.

Só um deles entrou, pois os outros estavam morrendo de

medo. Quando entrou, parecia casa mal assombrada, cheia

de teias de aranhas. Ele andava por aquele lugar sombrio,

quando abriu uma porta barulhenta e avistou duas pessoas

estranhas que conversavam com um senhor bem velhinho.

Todos se assustaram, Arturzinho, então… deu um berro

daqueles e os irmãos do porquinho acharam que estivessem

matando o pobre coitado. No lado de dentro, o porco olhava

assustado e Leo olhava com cara de fome para o bichinho,

pensando “Será que como no almoço ou no jantar?”

O porquinho saiu correndo, avisou os irmãos e correram

juntos meio perdidos enquanto Leo e Arturzinho seguiam

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eles. Mas os porcos eram espertos e se enfiaram na floresta.

Nunca mais foram vistos.

Jess Clarkson Watson

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A outra versão

E após sua mãe ter dito para construírem suas próprias

casas, o segundo porquinho foi em busca de gravetos

para construí-la. Em sua busca encontrou um graveto

estranho, um pouco mais gordo, no chão da floresta. Então o

pegou porque pensava que seria resistente. Mas quando

estava quase encostando suas mãos nele, ouviu uma voz

estranha dizendo:

– O que é isso?! Nem pense em me torturar encostando

essas suas mãos nojentas em mim.

– Q....que...quem é você? - exclamou o porquinho,

morrendo de medo de ser o Lobo Mau.

– Ué, você me ouve?

O porquinho ficou girando no mesmo lugar tentando achar

de onde estava saindo aquela voz estranha.

– Aqui! Aqui! Esse cabo que você ia pegar!

Então o porquinho se aproximou do cabo, encarou-o e

ficou falando para si mesmo:

– Não. Isso não é verdade, é só coisa da minha cabeça.

– Finalmente algum ser dessa terra me entende!

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– Ai, meu Deus do céu, ontem a minha mãe nos expulsou

de casa e hoje estou falando com um gravv…

– Respeito! Não sou um graveto, e sim um cabo de

vassoura.

– Tá, tá, mas pera… Um cabo de vassoura que fala?!

– Não, não! Não sou só eu que falo, quase todos os objetos

falam, você que não consegue escutá-los.

– Ah, tá, entendi…

– Mas enfim, já que você tem pernas e braços poderia me

fazer um favor?

– Depende, qual?

– É que vim parar aqui, no meio da floresta, porque lá na

cidade onde eu moro, tava um vendaval enorme, e preciso

chegar lá antes que percebam que sumi.

– Ok, mas só faço isso se você retribuir me fazendo outro

favor. No caso, me ajudando sendo um graveto protetor da

minha casa, porque você parece ser bem resistente.

– Primeiro, NÃO SOU UM GRAVETO, SOU UM CABO

DE VASSOURA! E segundo, fechado.

Então o porquinho pegou o cabo e usou para sua casa.

– Pera...Mas por quanto tempo vou ter que ficar aqui?

– Só uns trinta minutos, para me proteger.

– Mas pera, te proteger de quem?

– Do Lobo Mau.

– Como assim, do Lobo Mau?! Devia ter dito isso antes!

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– Ué, eu não te disse?

– NÃO!

– Shhh, tô ouvindo os passos do Lobo Mau.

– Ai, meu Deus, acho que esse é o meu fim!

O Lobo foi se aproximando e quando chegou pertinho

exclamou:

– Me deixem entrar!

– NÃO!

– Então vou soprar e sua casa vou derrubar!

E o Lobo, com todas as suas forças, soprou a casa do

porquinho. Mas o sopro dele foi tão, tão, tão forte que levou

o cabo até a sua casa.

O que eles não sabiam era que a janela do quarto estava

fechada e o cabo acabou quebrando ela (o porquinho estava

certo, ele era mesmo um cabo resistente). E assim ele voltou

para sua casa feliz. E se você quiser saber o que aconteceu

com o porquinho, leia a história Os Três Porquinhos.

João Aguiar Cotrim

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Confusão na França

D epois do baile, Cinderela estava em seu miserável

quarto, no sótão sujo com abundância de ratos,

baratas e tristeza. Cinderela estava na terceira

garrafa de vinho quando apagou.

Enquanto isso, no Brasil, Bolota era lançado para fora do

livro por causa da autodestruição do submarino de Mino,

Gavião dos Mares. Estava tão rápido que caiu em Cinderela,

uma cidade escura e sombria. Bolota estava com tanta fome

que desmaiou.

Cinderela nem saiu da cama, porque estava numa ressaca

daquelas. O Príncipe chegou, já sem esperanças. Ele havia

ido em todas as casas do reino atrás da dona do sapatinho de

cristal. As irmãs da Cinderela experimentaram o tal

sapatinho, nada mudou. Foi quando Bolota abriu a porta e

perguntou:

– Vocês têm comida?

O Príncipe logo percebeu que o garoto tinha o mesmo

número de Cinderela:

– É ele!!! – O Príncipe exclamou

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– Ele!? – perguntaram, surpresas, as pessoas em volta.

Uma semana depois o Príncipe e o Bolota se casaram.

Moral: Nem sempre funciona procurar uma pessoa pelo

número do seu sapato.

Joaquim Jabor Mello Rosa

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Como achei você

B el e bisa Bia estavam discutindo sobre sair para

explorar a floresta. A discussão não estava fácil, já

que bisa Bia achava que isso não era coisa de mocinha. Mas

Bel decidiu ir assim mesmo para a floresta explorá-la.

Quando chegaram, estavam ouvindo uma música de uma

menina cantando e decidiram ver quem era que vinha de trás

da árvore. Bel e bisa Bia viram uma menina com uma capa

vermelha. Ficaram surpresas, pois era ninguém menos que

Chapeuzinho Vermelho .

Bel, sempre muito corajosa, foi falar com a Menina de

capa vermelha e perguntou.

– Você é mesmo a Chapeuzinho Vermelho?

– Sim, sou eu !

– Gosto muito da sua história! Mas como você veio parar

aqui?

– Obrigada! Na verdade eu também não sei! Eu gosto

muito da sua história também e acho que temos algo em

comum.

– Como assim algo em comum?

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– Nós duas temos alguém em nosso interior, você com a

bisa Bia e eu com o Lobo Mau.

– Como assim, Lobo Mau?

– Sabe quando você encontrou a foto da bisa Bia?

– Sim.

– Quando você perdeu a foto e depois achou?

– Sim.

– Foi assim também que o Lobo Mau ficou no meu

interior.

– Ah, entendi.

As duas ficaram horas ali conversando sobre experiências,

suas vidas e seus tempos. No final, ficaram grandes amigas e

decidiram que Bel seria uma voz amiga no interior de

Chapeuzinho e Chapeuzinho também ficaria dentro de Bel

com uma voz amiga!

Chapeuzinho já tinha que ir embora, as duas se abraçaram

e cada uma seguiu o seu destino.

Letícia Morais Mccloghrie

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Querida Vermelhinha

N um dia muito frio e maravilhoso lá na floresta, as

árvores balançavam com o vento enquanto todos os

animais dormiam.

Eram só a Chapeuzinho Vermelho e o Lobo para colher as

frutas mais suculentas da floresta. Andaram uns 20 minutos

para chegar às árvores com as frutas; já tinham colhido

morango, uva, limão e laranja, só faltava A MANGA. Mas

havia uma surpresa, tinha um menino que estava pegando

quase todas as mangas.

Na hora que viu cena, o Lobo tentou correr na direção do

menino, mas Chapeuzinho colocou o braço na frente dele e

falou com o olho de apaixonada:

– Não esquenta a cabeça, tá?

– Tá bom – o Lobo respondeu.

Ao chegarem lá, começaram a pegar as últimas mangas.

Sem o Lobo perceber, Chapeuzinho levantou a barra do

vestido para cima do joelho, para chamar a atenção do

garoto. E ela perguntou ao garoto:

– Ô, menino, qual é o seu nome?

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– Arthurzinho, e o seu?

– Chapeuzinho Vermelho.

E a tática de levantar a barra do vestido deu certo. Arthur

ficou completamente apaixonado por ela, foi amor à segunda

vista. O Lobo ficou morrendo de ciúmes do dois, mas

compreendeu o sentimento dela. Mas falou bem baixinho .

– Só quero ver, isso aí não dura nem dois DIAS

hahahahahahhahaha

Dois MESES depois….

No dia 22 de dezembro Arthur e Chapeuzinho assumiram

o namoro pro Lobo:

– Então, Lobo … eu e o Arthur estamos …

– Namorando! – os dois falaram juntos.

E o Lobo acordou de um sonho e falou:

– Nossa, eu foi muito calmo, né?

– O que houve, lobo?

– Nada, querida Vermelhinha, nada.

Letícia de Castro Sierra

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Depois do ponto final

O i, não sei se você lembra de mim… Eu sou o

Arturzinho, e eu vou falar sobre o que aconteceu um

ano depois de destruírem a casa verde.

Em um dia chuvoso, eu combinei com os meus amigos de

irmos na pizzaria Marcolino. Quando eles chegaram na

pizzaria, eu já fui com aquele papo de arranjar um clube

secreto, o Leo reclamou. Com cara de bravo, ele disse:

– Ninguém aguenta mais esse seu plano de criar um clube

secreto! CHEGA!

Eu, mais bravo ainda, respondi:

– Ah, é? Então eu vou tentar fazer um clube secreto

sozinho, lá na casa azul! E quando eu conseguir, eu vou

deixar vocês implorando para entrar!!!!

E fui embora de tão bravo que eu tava. Depois que fui

embora, o Leo disse para os outros amigos:

– Dizem que lá na casa azul tem alguma coisa que mata as

pessoas, mas também pode ser uma lenda…

Enquanto isso eu estava entrando na casa azul. Quando eu

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entrei, vi um lobo e achei muito estranho, porque o lobo

estava usando uma roupa de vovó. De repente o lobo saiu

correndo atrás de mim. Por sorte fechei a porta na cara dele.

Depois eu saí correndo para falar com alguém. Eu falei

com a polícia, com os bombeiros, mas ninguém acreditou…

Porém, como eu não gosto que as pessoas duvidem de mim,

eu voltei pra casa azul, mas dessa vez com um bombeiro

junto. Nós entramos. Aí eu disse:

– Olha o lobo ali!

O bombeiro não acreditou no que estava vendo. Ele disse

para eu ir embora que ele cuidava do lobo. Eu combinei de

novo ir na pizzaria com meus amigos. Quando todos

chegaram eu disse:

– Então, gente... Que tal... A gente... Esquecer esse

negócio de clube secreto?

Luisa Miranda da Silva

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Tudo de novo?

E m uma manhã ensolarada, havia um livro em uma

biblioteca e dentro deste livro havia uma garota de

pele clara e cabelos escuros chamada Bel.

Bel estava cansada do seu livro, ela queria conhecer outras

histórias. Então resolveu ir para os livros mais perto. Ela

sabia que tinha um livro de poesias e outro de contos de

fadas. E achou que o livro de contos de fadas deveria ser

mais legal. Então ela olhou o sumário e escolheu a história da

Branca de Neve.

Quando ela chegou dentro do conto, a primeira coisa que

ela viu foi a casa dos sete anões. Quando ela entrou, viu

Branca de Neve arrumando a casa. A princesa se assustou

quando viu uma garota que nunca tinha visto antes em seu

conto e ainda por cima dentro de “sua’ casa. Então Branca de

Neve começou a gritar falando para Bel sair da casa dos sete

anões.

Mas nem toda a história que começa com briga termina

mal. Depois de um tempo Bel e Branca de Neve começaram

a conversar e acabaram virando amigas.

Quando os sete anões chegaram, Zangado começou a falar

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ESCOLA SÁ PEREIRA

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para Bel sair de lá, alegando que a casa já estava cheia.

“Sete anões e mais a Branca de Neve! Não tem espaço

para mais ninguém!”, ele disse. E quando ele ia gritar com

Bel a campainha tocou. Branca de Neve foi atender a porta, e

quando viu, era uma velhinha vendendo maçãs. Zangado

aproveitou que Branca de Neve saiu para atender a porta e

mandou Bel sair da casa deles. Então Bel saiu pela porta da

cozinha. Quando Branca de Neve voltou, viu que Bel não

estava lá e ficou muito triste com os sete anões por terem

expulsado ela. Então saiu correndo muito brava com

Zangado. Branca encontrou Bel e a menina achou estranho

ela estar por lá, mas Branca de Neve explicou que não

poderia mais morar na casa dos anões, porque estava

decepcionada com eles. Então Bel convidou Branca de Neve

para morar com ela e as duas, contrariando os livros, foram

morar juntas, criando uma nova história.

Luiza Poppe Taborda

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Ciranda de Encontros

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A estraga-contos

A menina passeava tranquila e saltitante na floresta.

Era um dia ensolarado, porém muito fresco. Árvores

de vários tamanhos e espécies, uma mais linda que a outra,

carregadas de suas flores delicadas e frutos suculentos que

davam água na boca.

Ela passou por um enorme arbusto de amoras e de

repente… Parou! Não conseguia resistir a este cheiro de

creme, chocolate, biscoito e açúcar!

A menina se virou lentamente para trás e espiou por entre

as folhas do arbusto. Através de tanto verde conseguiu avistar

uma casa feita somente de doces!

Um teto de chocolate com jujubas, os vidros das janelas

eram grandes placas de açúcar com detalhes de suspiros, as

paredes de biscoito e o cimento de geleia, um capacho de

alcaçuz e uma porta feita somente de bombas, sem se

esquecer da maçaneta de pão-doce.

Havia flores de pirulitos espalhadas por todo aquele

gramado verde, que cheirava à maravilhas, e das árvores com

copas robustas despencavam maçãs-do-amor.

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A menina se beliscou todinha para ter certeza de que não

estava sonhando e… Não, não estava!

Ela ficou de quatro e se espremeu entre as folhas do

arbusto, passando para o outro lado. Ainda engatinhando, ela

não resistiu, rastejou discretamente em direção a um pirulito

e deu uma longa lambida. Instantaneamente se sentiu

hipnotizada, como se não conseguisse mais parar de comer.

Era a coisa mais doce e mais deliciosa que ela já havia

experimentado em toda a sua vida e em alguns minutos, nem

a casa e nem o jardim existiam mais.

Depois de tanta comilança, ela começou a sentir uma

grande dor de barriga, rapidamente se esgueirou no arbusto

mais próximo e só saiu uma hora depois, com uma carinha

satisfeita.

Exausta, se recostou sobre o tronco de um enorme

carvalho, com uma boa sombra e dormiu.

Um tempo depois um casal de crianças não tão tranquilas e

saltitantes passava por ali. Estavam com medo, qualquer pio

de pássaro os assustava.

Passaram pelo arbusto, pararam, se viraram, mas… Espera

aí! Um buraco? No arbusto? A história está errada!

Os meninos estranharam mas passaram para o outro lado.

Nada de casa! E ao invés daquele cheirinho de doce o cheiro

era mais de… Prefiro não falar.

Rapidamente eles viram a menina dormindo e a

acordaram:

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Ciranda de Encontros

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– O que você está fazendo aqui? A gente é João e Maria, a

história já é nossa!

– Ah! É que eu estava andando, aí eu vi uma casa doce, aí

eu a engoli.

– O quê?! Agora você estragou a história! Como?!

– Já disse! Eu engoli!

– Mas como você pode estar assim se engoliu uma casa!?

– É que antes de vocês chegarem, eu desengoli!

Manuela Carvalho de Oliveira

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Será que é bem assim?

O i, eu sou a Quica, lembra de mim? Do Charles

Tiburone. Não?

Ok… Eu tenho seis anos, mas já tenho três medalhas, ha

ha ha. Bom, vou contar uma história emocionante e um tanto

estranha, o depois do meu “felizes para sempre” (já volto,

antes vou fazer xixi).

Foi assim: eram águas claras e estávamos saindo de uma

grande aventura, havia tiburones e siris, eu estava com medo,

passando por rochas e… Bem, essa parte você provavelmente

já conhece. Então cheguei em casa cansada e estava indo

dormir na minha caminha quando comecei a pensar em

coisas horríveis. Fiquei tonta e, respirando fundo, dei um dos

gritos mais altos da minha vida; de repente, não parecia mais

que eu estava em casa. Abri os olhos e tinha árvores altas e

fortes, flores pequenas se estendiam pelo chão, parecia um

conto de fadas. Olhei para o lado e vi uma bela menina

arrastando seus delicados pés no chão, um capuz vermelho

cobria suas tranças e ela tinha uma cestinha na mão. E, vou

admitir, estava com um cheiro ótimo! Ela olhou para mim e

disse:

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– Oi! Estou levando esses doces para a minha vovó.

– Oi, onde estou? – perguntei.

– Na floresta, ué… Minha mãe me disse para eu não vir

por aqui.

– Quê?! E você veio? Eu não quero mais brincar! – eu

disse já quase choramingando.

Ela olhou para mim com um ar metido e falou:

– Sabia que eu falei com um lobo?! E que foi ele mesmo

quem me indicou esse caminho?

– Boba… Você aceitou? – Já logo pensei que o lobo era

mau que nem o Tiburone e ia comer a minha nova amiga.

– Vamos andando, não quero que minha vó espere muito,

vem comigo… Ham...

– Quica - falei.

Enquanto isso, estava sendo provado, sem eu saber, que o

lobo era um belo de um Tiburone mau, ele estava comendo

a vovó da minha amiga. Dá pra acreditar?!

Nós andamos por árvores e rios e “logo’’ chegamos. Era

uma casinha bonita toda enfeitada, cheia de pequenas flores.

Vimos uma vó muito peluda e lembrei de uma história que

minha mãe tinha me contado.

– Que olhos grandes você tem, Vó! – perguntou a menina

inocente.

– São pra te ver melhor, minha netinha.

– Que nariz grande você tem!

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– É pra sentir teu cheiro – o lobo respondeu.

– Posso fazer a última pergunta? – falei lembrando do

conto.

– Que boca enorme…

– É pra te comer!!!

Saímos correndo pulando tudo que víamos pela frente e,

esperando que um caçador chegasse, fiquei mais calma. Um

minuto, dois, três e nada. Ninguém apareceu! Droga!

Nós estávamos escondidas atrás de uma pedra grande e

pouco tempo depois o lobo nos achou, gritou alto, abriu a

boca se aproximou e…

Acordei. Era tudo um sonho, mas como já foi dito, às

vezes os sonhos se realizam, não é mesmo?

Manuela Zyngier Tenório

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Quando você vai dormir...

E m uma quarta-feira à noite, uma menina alegre,

divertida, criativa e sonhadora não estava

conseguindo dormir. Um pouco depois… A sua mãe, um

pouco bagunceira (esquecia de botar as coisas no lugar de

vez em quando) estava entrando no quarto da Bel para pegar

um retrato. Quando ela viu os olhinhos abertos, disse:

– Desculpa por ter te acordado. A mamãe já vai.

– Não, mãe. Não vai, não tô conseguindo.

A mãe, sentando no chão no meio do quarto da menina,

disse:

– Tá bom, mas você promete que vai dormir depois?

– Eu prometo. – disse Bel.

A mãe pegou um livro e disse que a Bisa Bia também

sempre lia essa história para ela. Bel já tinha ficado um

pouco mais animada, adorava as coisas da Bisa Bia. Quando

a história já tinha acabado e ela já tinha adormecido, estava

começando a sonhar. Ela estava se vendo no quartinho dela,

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dizendo “vou levar todos os materiais possíveis: madeira,

tijolo, pedra... Tudo para ajudar meus amigos porquinhos”.

Foi estranho porque num piscar de olhos Bel já estava na

floresta. No sonho, ela estava lá dando as coisas para os

porquinhos e disse que ia protegê-los. Cada um se escondeu

em uma casa. Quando o lobo chegou os dois ficaram se

encarando até ele dizer:

– Não tem medo de Lobo Mau, menina?

– Hum... Nunca vi um lobo que se preocupasse tanto com

aparência

Antes dele dizer alguma coisa ela ouviu uma voz fora do

sonho:

– Vem se arrumar filha, escolaaa!

Maria Antônia Hardman de Castro Tejero

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Depois do felizes para sempre

A história que vou lhe contar é uma que você pensa

que conhece, mas aposto que nunca ouviu esta

versão de Chapeuzinho Vermelho.

Desculpe não ter me apresentado antes, sou Napoleão, o

cabo de vassoura.

Esta história começou antes de eu virar vassoura, quando

eu ainda podia sentir o vento em meu tronco, quando eu

ainda tinha o privilégio de ver passarinhos levantando vôo

pela primeira vez. Devia ter aproveitado mais… Porém, isso

não vem ao caso. Vamos começar.

Em um dia nublado de outono, eu estava sentindo o vento

paradão no meio da “minha” floresta, quando ouvi uma

vozinha cantarolando e logo depois vi algo. Não enxerguei

direito, mas na hora achei que era uma menininha... Morena,

eu acho, com um capuz vermelho, uma cestinha e um sorriso

bem simpático no rosto.

Quando ela estava perto de sumir de vista, apareceu um

lobo, que ao invés devorá-la, que seria o óbvio, começou a

puxar papo. Estranhei.

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puxar papo. Estranhei.

A menina era tagarela, com certeza, abriu a boca e

começou a falar:

– Eu vou para a casa da minha avó!

Ela falava como se fossem velhos amigos.

O lobo parou para pensar um pouco, e disse:

– Que tal você levar umas flores para sua vovozinha?

Talvez ela goste.

– Boa ideia! – disse Chapeuzinho Vermelho,

entusiasmada.

Logo percebi que o lobo estava aprontando, pois ele foi

embora correndo na direção em que a menina havia

apontado.

Isso foi o que eu vi. Mas, por pura coincidência, depois de

ter sido cortado, depois de ter sido comprado, depois virar

Napoleão e depois de ir para Parada de Lucas, aquela família

me consertou e me vendeu. No entanto, não vendeu para uma

pessoa qualquer, me vendeu para a avó de Chapeuzinho, que

me colocou ao lado do armário. De onde conseguia ver tudo

direitinho.

Um dia a velhinha foi às compras sem avisar ninguém, por

achar desnecessário. Neste mesmo dia, a neta queria fazer

uma surpresa, porém antes chegou um lobo apertado entrou e

foi ao banheiro. A menina abriu a porta, não viu a avó, porém

viu pegadas e achou que o lobo queria dar outro golpe nela e

na avó.

Olhou em volta, me pegou pelo meio e saiu

silenciosamente, ficou à espreita ao lado da porta, esperando

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o lobo sair.

Já aliviado, o lobo passou pela porta. Coitado, só queria

fazer xixi e levou uma pancada no meio da testa (devo dizer

que doeu bastante em mim também). Se achando “a esperta”,

a menina começou a procurar a avó. (Como o caçador havia

feito da outra vez.) Acontece que este lobo não era mau, ele

havia vindo de um zoológico, onde aprendeu a ser bom e ele

sempre vinha tomar chá com a velhinha.

A menina estava esmagando a barriga do coitado, tadinho,

desmaiado sem poder fazer nada. Foi quando (graças a

Deus!) a senhorinha apareceu e impediu Chapeuzinho de

enfiar a faca na barriga do lobo.

A vovó explicou à Chapeuzinho tudo que ela deveria

saber, até que o lobo abriu os olhos.

Chapeuzinho olhou para mim e falou decepcionada:

– Você deveria ter me avisado!

Eu tentei avisá-la, mas ela não me deu ouvidos.

A avó perguntou para a menina:

– Quer ficar com esta vassoura? Não uso mesmo.

– Sim, eu quero. Vou brincar de cavalinho! - disse a

Chapeuzinho.

Voltamos para a casa galopando e gritando. Acho que ela

leu minha “mente”, pois foi gritando:

– Vai, Napoleão, vai!

Maria Giacomini Simões

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Era mais ou menos outra vez

E ra mais uma vez, num lugar não tão distante, a

Chapeuzinho Vermelho.

Ela vivia numa velha cabana na Serra dos Órgãos com sua

mãe solteirona.

Certo dia, a mãe de Chapeuzinho lhe pediu para levar os

docinhos que ela tinha feito para a casa de sua avó, já que ela

já tinha feito 13 anos.

Chapeuzinho, obviamente, aceitou o pedido, porém no

meio do caminho ela se lembrou que a casa da vovó era do

outro lado do morro, e do outro lado do morro tinha seu

maior inimigo, o LOBO! Por sorte ela se lembrou que podia

pegar as tábuas que havia no topo do morro e escorregar pelo

caminho de lama.

Enquanto estava descendo, percebeu que as portas da casa

de sua avó estavam abertas e que havia patas de lobo na

entrada.

Depois de ter terminado a ladeira, ela chegou na casa da

vovó, mas não tinha vovó nenhuma, só um garoto de um

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vovó, mas não tinha vovó nenhuma, só um garoto de um

lugar que ela não conhecia, com uma faca na mão, e do outro

lado, estava o lobo com uma barriga enorme choramingando

pra não morrer:

– Por favor não me mate! Eu posso desengoli-la!

– Como?! – perguntou o garoto.

– Ora bolas, como você acha?

– Não sei, ué! Por isso te perguntei.

– É só eu arrotá-la.

– ENTÃO FAÇA LOGO, caramba!

– Calma, apressadinho.

Então Chapeuzinho se intrometeu:

– O que que tá acontecendo aqui?!

O garoto foi logo explicando:

– O lobo tinha vindo aqui para comer algo, mas aí…

– Aí o lobo engoliu a vovó sem querer porque ele comeu o

anel de diamante dela e ela saiu correndo atrás dele, só que

na busca vovó entrou demais na boca dele e ele engoliu ela.

Tá, essa parte da história eu já sei, mas o que VOCÊ tá

fazendo aqui?

O garoto começou a se explicar:

– Eu estou aqui porque a sua avó me convidou para um

jantar, mas ela também convidou o lobo, aí quando eu

cheguei, vi o lobo com a sua avó dentro da barriga dele.

Eis que o lobo falou:

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– Eu só quero ajuda para desengoli-la!

E chapeuzinho respondeu:

– Já sei! É só fazer o truque de desengasgar! Minha avó

vai sair daí num instante!

E assim fizeram. Acabou que o truque realmente

funcionou e a vovó saiu inteirinha com o anel na mão.

Agradecida, a avó apresentou Arturzinho à Chapeuzinho e

pegou a comida na cesta para então fazerem um grande

banquete. No fim, todos viveram de barriga cheia e felizes

para sempre.

Mila Sá de Oliveira

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Um mal entendido que daria um filme

E ra uma vez um garoto chamado Arthurzinho. Ele era

um garoto muito agitado, não conseguia ficar quieto,

sempre se metia onde não devia. Um dia Arthurzinho estava

junto dos seus amigos Leo, Pedro Bola e André. Eles

estavam passeando numa floresta bem grande e bonita, com

várias árvores e flores num dia ensolarado e bem quente. Eles

estavam descansando lá quando Arthurzinho falou

resmungando:

– Aah gente, isso é muito chato, vamos fazer alguma coisa

mais legal, tipo desvendar um mistério!

– Arthurzinho, depois de tudo isso que a gente passou você

quer achar outra coisa para se meter? Dá um tempo, cara -

André disse meio irritado.

– O André tá certo. A gente precisa de um descanso - disse

Pedro Bola.

Arthurzinho estava entediado e queria entrar numa

aventura, então saiu andando pela floresta irritado. De

repente ele se afastou dos seus amigos sem prestar atenção

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para onde estava indo, quando sem querer ele entrou numa

área da floresta que estava temporariamente fechada, pois ali

estava sendo gravado um filme da Chapeuzinho Vermelho.

Arthurzinho estava andando por ali quando ouviu algumas

pessoas do outro lado da moita falando algumas coisas, tipo:

– Desculpa, errei.

– Foi mal.

– Corta!

– Vamos fazer de novo!

Arthurzinho era muito curioso e resolveu dar uma espiada

para ver o que estava acontecendo. Estavam gravando uma

cena de filme. Arthurzinho, surpreendido, ficou lá atrás da

moita vendo eles gravando. Quando Arthurzinho estava lá

vendo a gravação, os amigos dele vieram atrás dele e deram

um susto, Arthurzinho levou um susto e deu um grito

enorme, fazendo toda equipe de filmagem se assustar

também, o que fez eles errarem a cena! Na hora, os guardas

correram atrás deles. Arthurzinho e seus amigos correram até

despistar os guardas. Quando saíram da floresta, se deitaram

no chão quase mortos de tanto correr.

Olívia Jobim e Souza Borges da Silva

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Tinha um ministro no meio do caminho

E m uma noite o senador e o ministro estavam em uma

reunião no restaurante.

– Oi, senador. Tudo bem?

– Grande ministro RAVI!

– Por que você faltou um mês sem justificar?

– Como você sabe disso?

– Eu fui lá no Senado.

– É porque eu tava na minha casa deitado, lendo o jornal,

aí o meu neto de quatro anos pegou o meu revólver e apontou

para minha cabeça e disse que ia me matar. Eu comecei a

ficar tonto e apaguei por uns 20 segundos, e vi um vulto de

uma bruxa. Quando eu abri os olhos eu senti um cheiro de

doce e eu falei “Que droga, casa de doces.’’ E me toquei que

o meu neto estava junto, com o revólver na mão. Ouvi um

grito vindo atrás de mim. Eu virei para trás. Era o João, de

João e Maria! O João estava ferido porque quando eu estava

tonto o meu neto atirou para dar um susto em mim.

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Continuando… A Maria quebrou a janela e gritou “Os bruxos

voltaram, peguem as suas tochas!’’ Eu só ouvi o grito da

multidão. Arrombaram a porta de chocolate e amarraram eu e

meu neto. Colocaram a gente em uma fogueira e ficaram

gritando “Bruxas, Bruxas, Bruxas!” Colocaram as tochas nas

fogueiras. Era uma fogueira grande. Quando a fogo chegou

em mim, eu apaguei por 20 segundos de novo vendo aquele

vulto novamente, mas agora ele ficou parado e fez uma

magia em mim. E voltei para meu apartamento. E é por isso

que eu faltei um mês inteiro, eu tinha que me recuperar.

– Quem você acha que é esse vulto?

– Eu acho que é a bruxa ou um bruxo.

– Mentira. Nada disso existe, vem aqui, pessoal da Globo

News. Que feio, mentindo para o ministro, você vai perder o

mandato e vai ser preso.

– Nãoooooo!

Nem toda história termina com um final feliz.

Ravi Cotta Vidal Leite Ribeiro

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O encontro maluco!

E ra uma vez uma garota levando doces pra casa da

vovó. Peraí! Vocês já conhecem essa história! Então,

vou mudar um pouquinho pra ver se vocês gostam

agora!!!

Lá estava a menina levando os docinhos pra casa da vovó,

quando do nada apareceu um portal verde e de lá saiu a Bel

do livro Bisa Bia Bisa Bel. Então ela olhou o cenário em

volta, era bem familiar, mas, não sei como, ela não entendia o

que tava acontecendo naquele lugar. Quando disse:

– Oi, eu sou a Bel! Qual é o seu nome?!

– Oi, o meu nome é Chapeuzinho Vermelho.

– Por que o seu nome é Chapeuzinho Vermelho?!

– Porque eu me visto toda de vermelho! Ué?!

– Mas por que você se veste logo vermelho?!

– Porque eu sou uma menina, ora!

– Mas meninos e meninas podem se vestir do jeito que

quiserem!

– Sério?!

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– Bom, eu estou usando short azul e camisa amarela!

– Legal! Enfim… Minha casa tá a quilômetros daqui e eu

não consigo mudar o meu visual… Vou ficar assim mesmo.

Após muito tempo analisando as coisas, Bel finalmente

reconheceu o conto onde estava:

– Aaaaaaaaahhhhh! Agora eu me lembrei! Você é a

Chapeuzinho Vermelho e estamos na Floresta Encantada!

– Finalmente, hein, Bel!!!

– Posso pegar um doce?

– Não!

– Enfim, não fale com o Lobo Mau. A qualquer custo,

nunca fale com ele!!!

– Ok!

Após muito tempo de jornada, apareceu o (obviamente)

Lobo Mau.

– Olá, menina. Qual é o seu nome?

– Oi! O meu nome é Chapeuzinho Vermelho e o seu?

– Eu sou um lobo, e por que você tem tantos doces?

– São pra minha vovó!

– Aaaaaahhhh! E onde fica a casa da sua vó?

– Fica a uns cinco quilômetros pra lá!!!

– Obrigado! Tchau!

O lobo saiu correndo em direção à casa da vovó.

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!! EU DISSE

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PRA VOCÊ NÃO FALAR COM O

LOBO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

– Ops. Desculpa. Sabe, faz parte do conto!

– Ok… Se correr dá pra chegar!

Após cinco quilômetros de caminhada, elas finalmente

chegaram à casa da vovó.

Como é a Chapeuzinho Vermelho, tiveram que parar pra

comer os doces que na verdade eram pra ser da vovó. Mas…

Fazer o quê, né?!

Obviamente, o lobo chegou primeiro, mas quando chegou,

apareceu outro portal e de lá saiu a garota do conto “Festa de

Aniversário”, do livro Cara ou Coroa.

O lobo ia caminhando ao banheiro para se aliviar, mas,

quando olhou, a menina tinha engolido a vovó em uma

bocada só!!! Mesmo assim, o lobo foi ao banheiro.

Quando o lobo voltou, foi abrir o armário para pelo menos

pegar as roupas da vovó, mas quando olhou A VOVÓ

ESTAVA INTEIRINHA E AINDA VIVA LÁ DENTRO!!!!!

– Como você fez isso?!

– Eu engoli. E depois desengoli!

O Lobo Mau saiu correndo muito assustado com a

confusão.

Ronny Reis Berliner

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O encontro no mar

E m um belo dia de verão, a filha de Netuno, Ariel, nadava pelo mar azulado. Na calma, bem devagar,

conhecendo outros lugares do mar. De repente, ela viu um pontinho azul na frente dela, ela achou normal, já que tinha vários peixes no mar. Mas cada vez que esse pontinho se aproximava, ficava mais estranho, com barbatanas, cauda, com um broche e chapéu de general. Cada vez que ele se aproximava, abria ainda mais a boca. Ela ouviu ele falando que iria atacar ela e, de repente, engoliu Ariel. Neste momento, ela acordou do sonho.

Ariel achou estranho, então comeu e foi explorar, para ver se seu sonho era real. Quando chegou lá, ela viu o tubarão. Ele se aproximou, abrindo a boca que nem no sonho. Então quando ele ia comer Ariel, ela usou um escudo mágico, que prendeu a boca dele, mas o tubarão não desistiu. Ele usou seu máximo de força, até soltar o escudo da boca dele. Ela não sabia usar os poderes mágicos, mas continuou tentando. Então fez uma espada mágica e atacou o tubarão, e ele insistia. Ela viu o colar dela, que brilhava, do mesmo jeito que a magia dela. Então ela usou o máximo de energia, para fazer uma mão elástica gigante e empurrou o tubarão para bem longe de lá.

Thiago Vinicius Marynower Camara Py

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A briga pela amizade

E m um belo dia, Bisa Bel estava em casa com sua

mãe fazendo uma limpeza geral, mas a vassoura

partiu ao meio. A Claudia, mãe de Bisa Bel, pediu para ela ir

ao supermercado e comprar uma vassoura nova. Foi andando

porque era perto. Chapeuzinho Vermelho também estava

precisando, então foi até o supermercado comprar uma

vassoura. Bel estava em uma ponta do corredor, Chapeuzinho

em outra ponta, a vassoura estava bem no meio. A vassoura

era marrom, no cabo, e embaixo era piaçava. As duas foram

caminhando até a bendita vassoura. Quando pararam as duas

se olharam.

– Você vai pegar essa vassoura ? – disse Bel.

– Vou, é claro.

Bel arregalou os olhos e pegou a vassoura em um piscar de

olhos, pois era a última de todas. Chapeuzinho deu um pulo e

voou em cima da Bel. Com a vassoura no colo, caíram duras

no chão rolando de um lado para o outro, igual duas baratas

tontas. Mas o pior foi que o Lobo Mau chegou ali querendo a

vassoura. Quando entrou no corredor da limpeza, viu as duas

rolando no chão e gritou:

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– Mas que falta de respeito!!!

Na hora as meninas levantaram e deram a vassoura para o

Lobo. Todo mundo estava olhando. Depois que o Lobo Mau

saiu do supermercado, as meninas deram altas gargalhadas.

Depois desse dia viraram grandes amigas. Perceberam que

tinham o mesmo gosto, para tudo.

Thiare Reis Oliveira Todor

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Mistério vermelho

E m uma manhã de domingo, Chapeuzinho levava

doces para sua avó. O caminho lameado (pois havia

chovido na noite passada) dificultava as coisas. Ao chegar na

casa da avó, Chapeuzinho estranhou o silêncio, pois

normalmente sua avó estaria assobiando enquanto tricota.

Procurou pela casa inteira e não achou nada nem ninguém, só

restava uma coisa a fazer: contactar os detetives da cidade.

Pedro Bola, Arthur, André e Léo.

Quando chegaram, Arthur logo analisou a cena do crime,

observou pegadas saindo da casa e indo mais fundo na

floresta. “Mas espera”, pensou Arthur, “mais de uma pessoa

passou por aqui”.

Léo se aproximou de Arthur e perguntou:

– Reparou as marcas de garras nas árvores?

– Agora percebi – respondeu Arthur.

– Viu as pegadas? – Agora Arthur perguntou a Léo.

– Sim – respondeu Léo. – Vamos seguir elas!

E assim fizeram. Chamaram André e Pedro. Chapeuzinho

ficou lá caso a avó voltasse. Não foram muito longe, as

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pegadas acabavam ali perto, na frente de uma caverna.

Escutaram a avó gritando “NÃÃÃÃOOOO!” e alguém rindo

no fundo. Entraram correndo na caverna e ficaram

boquiabertos ao ver a avó de Chapeuzinho jogando xadrez

com o Lobo Mau.

– Quem são vocês? – perguntou o Lobo, assustado.

– Somos os detetives – respondeu Arthur. – O que você

faz aqui com a avó de Chapeuzinho? – continuou.

– Jogando xadrez – respondeu a avó, interferindo na

conversa.

– Mas e as marcas de garras nas árvores? Você não foi

sequestrada?

– Nâo, o Lobo escorregou e tentou se segurar, nós somos

amigos. Não se preocupe.

– Mas e os gritos de agora há pouco? Ele não ia te

devorar? – insistiu Arthur.

– Ele acabou de me dar um xeque mate. Já disse para você

não se preocupar.

- Então tá - respondeu Arthur, indo embora meio

desapontado junto com o grupo.

Voltaram e explicaram tudo para Chapeuzinho. Tudo deu

certo.

Tito Macdowell Boulting

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ESCOLA SÁ PEREIRA

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F5M

Antonio Paternó Castello Bertolini

Bruna Chartuni Nascimento

Caio Hue Padula

Francisco Dias Campos Carvalho

Guilherme Lucena Simon

Jess Clarkson Watson

João Aguiar Cotrim

Joaquim Jabor Mello Rosa

Leticia de Castro Sierra

Letícia Morais Mccloghrie

Luisa Miranda da Silva

Luiza Poppe Taborda

Manuela Carvalho de Oliveira

Manuela Zyngier Tenório

Maria Antônia Hardman de Castro Tejero

Maria Eduarda Souza da Silva

Maria Giacomini Simões

Mila Sá de Oliveira

Olivia Jobim E Souza Borges da Silva

Ravi Cotta Vidal Leite Ribeiro

Ronny Reis Berliner

Thiago Vinicius Marynower Camara Py

Thiare Reis Oliveira Todor

Tito Macdowell Boulting

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