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Turma F4TA Ensino Fundamental Relatório do Segundo Semestre de 2007 1 Renascer da própria força, própria luz e fé, Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, Somos a semente, ato, mente e voz, Não tenha medo, meu menino bobo, Tudo principia na própria pessoa, Vai como a criança que não teme o tempo(...) Gonzaguinha Inicia-se um segundo semestre marcado por muitos avanços. Tempo de recomeçar. Animada com o retorno das férias, a turma chegou repleta de novidades e muita vontade de aprofundar os estudos sobre a cultura dos povos originários. Encantados com o mosaico cultural americano, a diversidade desse imenso continente, era hora de explorar as influências e contribuições que compõem cada povo americano. Com a leitura compartilhada de “Meu lugar no mundo”, de Sulami Katy, procuramos conhecer mais a cultura dos povos indígenas, o valor inerente a cada cultura, a relação do homem com seu grupo, com o que lhe é mágico, sagrado, sobrenatural. Proporcionou, ainda, o desenvolvimento da escuta, a discussão dos gêneros literários e das figuras de linguagem. Abraçamos o estudo de um elemento da cultura indígena, a pintura corporal, linguagem não verbal que ilustra a diversidade do universo indígena. Com a preparação e apresentação do seminário dos povos originários, garantiu-se o exercício de uma série de habilidades e competências. Pesquisaram, se organizaram de forma autônoma e compartilharam muitas informações. Passaram a reconhecer os elementos da herança cultural desses povos e as conseqüências da colonização européia. Investimos no hábito de pesquisa e na utilização dos recursos multimídias, que enriqueceram significativamente as atividades propostas, oferecendo informações Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected] turma amanda carvalho monteiro ana carolina ferreira junger antonia worcman de carvalho bento leão teixeira wanderley bernardo corsini aleotti maia clarice jacobina campos gelli danilo terry wettreich enrico aiex oliveira gabriel capella cosenza gabriel costa alves igor fois abramof julia de moraes e vasconcellos laura achcar soares bruno laura bandeira de mello ferreira leon cabral coser luigi albuquerque lima rosalem luiza bonfatti de andrade luiza ramos nucci maira amorim cordeiro de mello maria paula mello lopes pedro caldeira euler braga sofia ribeiro almeida magalhães professores ana cecilia pinheiro guimaraes fabio luciano castelano fernando caiuby ariani filho flavia renata franco lopes coelho joão penna santos maria cecilia moura moema moura santos raimundo micioli renata santos barbosa renato lent santos rodrigo maia barbosa lima

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 1

Renascer da própria força, própria luz e fé,Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, Somos a semente, ato, mente e voz, Não tenha medo, meu menino bobo, Tudo principia na própria pessoa, Vai como a criança que não teme o tempo(...)

Gonzaguinha

Inicia-se um segundo semestre marcado por muitos avanços. Tempo de recomeçar. Animada com o retorno das férias, a turma chegou repleta de novidades e muita vontade de aprofundar os estudos sobre a cultura dos povos originários. Encantados com o mosaico cultural americano, a diversidade desse imenso continente, era hora de explorar as influências e contribuições que compõem cada povo americano. Com a leitura compartilhada de “Meu lugar no mundo”, de Sulami Katy, procuramos conhecer mais a cultura dos povos indígenas, o valor inerente a cada cultura, a relação do homem com seu grupo, com o que lhe é mágico, sagrado, sobrenatural. Proporcionou, ainda, o desenvolvimento da escuta, a discussão dos gêneros literários e das figuras de linguagem.Abraçamos o estudo de um elemento da cultura indígena, a pintura corporal, linguagem não verbal que ilustra a diversidade do universo indígena. Com a preparação e apresentação do seminário dos povos originários, garantiu-se o exercício de uma série de habilidades e competências. Pesquisaram, se organizaram de forma autônoma e compartilharam muitas informações. Passaram a reconhecer os elementos da herança cultural desses povos e as conseqüências da colonização européia.Investimos no hábito de pesquisa e na utilização dos recursos multimídias, que enriqueceram significativamente as atividades propostas, oferecendo informações

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julia de moraes e vasconcelloslaura achcar soares bruno

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luigi albuquerque lima rosalemluiza bonfatti de andrade

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sofia ribeiro almeida magalhães

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raimundo miciolirenata santos barbosa

renato lent santosrodrigo maia barbosa lima

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complementares, proporcionando a seleção de textos, remetendo a vários assuntos, apresentando representações ou exemplificações em outras linguagens – imagem, som, animação -, aproximando os conteúdos de uma visão mais realista.A visita ao Instituto Tamoio possibilitou uma maior

proximidade com a cultura indígena e com a luta dos povos originários de hoje. Conheceram um movimento social e reconheceram o espaço ocupado pelos indígenas como um espaço de resistência cultural. O próprio registro dessa vivência, no caderno de Projeto, já trazia consigo elementos que ilustram a apropriação dessas descobertas.Tempo de Registrar. Os registros das atividades e vivências do projeto e as demais atividades de produção de texto foram priorizadas nesse semestre. O reconhecimento da importância de elementos como o parágrafo, o uso da letra cursiva e a transformação da auto-correção em prática constante foram avanços significativos da turma. Ainda no primeiro semestre havia uma grande preocupação com o “erro” ortográfico. Passaram a fazer uma releitura do erro. Encarar o erro como uma possibilidade de acerto. Parte de um processo.Em função da maturidade e da disponibilidade dos alunos nesse segundo semestre, a intervenção do professor passa a incluir, além da importante revisão estrutural e semântica, um convite à reflexão sobre os erros ortográficos e gramaticais. Através de diversas atividades de gradativa complexidade, nossos falantes meninos e meninas construíram hipóteses sobre o funcionamento da Língua. Entusiasmavam-se com as descobertas proporcionadas com o confronto

que faziam dessas hipóteses com o uso efetivo em situações contextualizadas. Além de exercícios de reflexão voltados para o uso, foram aprendendo a falar sobre a Língua, aprendendo a descrever e categorizar seus elementos.Os conteúdos gramaticais foram abordados de forma reflexiva. Incentivou-

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se uma atitude investigativa que levasse à elaboração e confirmação de hipóteses, a fim de que utilizassem, aos poucos, o que aprenderam.A discussão sobre Língua e as variações lingüísticas era freqüente. Discutiu-se a questão da língua e da linguagem como instrumento de dominação, pois o ato de falar é, em grande parte, político. Foi possível compreender como as estruturas de pensamento do povo nativo de determinada região foram desmobilizadas onde uma nova língua, oficial, foi imposta.Uma das dificuldades encontradas era a monitoração dos aspectos envolvidos na produção do texto, sobretudo nos mecanismos de coesão que garantam compreensão à produção. Percebia-se uma dificuldade em orientar a escrita para o outro. A produção, monitorada por colegas, e a revisão compartilhada, onde exerciam o papel de leitores, proporcionou a transposição desses limites.Revisar o texto e compartilhar suas impressões exige diálogo, que foi protagonista de todas as atividades desenvolvidas no semestre. Uma grande conquista foi a

apropriação dos conflitos como espaços de aprendizagem. Muitos debates foram oportunizados e a turma passou a reconhecê-los como um processo democrático. Assim, percebiam o diálogo como instrumento para resolução dos conflitos e a importância de repensar e reorganizar suas idéias e argumentos.Houve a preocupação

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 4em estimular a intervenção da turma nas propostas de atividades. Contudo, foi necessário criar mecanismos para que essa participação não caísse num diálogo sem significação. O grupo, através do exercício da palavra, compreendia os motivos que impulsionavam a proposta e assumia os projetos coletivos através de

uma ação cooperativa.O direito ao diálogo e o dever na realização dos acordos e projetos coletivos ficaram mais evidentes na Feira Moderna. Intervieram no planejamento desde a organização até a apresentação dos trabalhos, revelando um forte compromisso durante todo o processo.

Confeccionam o material com objetividade, otimizando o tempo e valorizando a ação cooperativa. O sucesso dos trabalhos garantiu o reconhecimento da importância do diálogo e do trabalho coletivo.Um tempo de descobertas. Observar, descrever, analisar, comparar e refletir. Construir, desconstruir e reconstruir idéias e conceitos. Impossível falarmos em Feira Moderna sem falar dos saberes construídos através da Geografia. Os estudos que antecederam ao evento, como o de campo no Parque da Prainha e as experiências científicas possibilitaram nossas crianças estudar a paisagem, buscando compreender as relações entre os processos históricos que formaram as sociedades humanas, procurando entender o funcionamento da natureza e como as sociedades se relacionaram com a natureza através dos tempos sociais. Para entender a paisagem, foi preciso aprender a lê-la, percebendo-a como o resultado de múltiplos espaços e tempos geográficos. Para aprofundar as questões antropológicas oriundas da pluralidade cultural e do processo histórico eurocêntrico, optamos por desvendar a contribuição da cultura negra em nosso continente. Uma das preocupações no estudo das manifestações influenciadas pela cultura africana era não tratá-las como um fato isolado.Iniciamos com o estudo das máscaras. Muitas informações foram trazidas e compartilhadas, possibilitando a descoberta de grandes civilizações africanas e desmistificando a idéia de uma cultura inferior.Através de discussões e atividades, entre elas a pesquisa realizada na Cinelândia, foi possível desvendar o silêncio que oculta o racismo nas relações étnico-raciais na América. Silêncio das tímidas ações políticas e o silêncio individual nas atitudes do dia-a-dia. O silêncio público e o silêncio privado. Silêncio que nos acomoda ao mito da “democracia racial”. Após mais de cem anos de "abolição", qual é o lugar do negro na sociedade americana? A releitura da canção Haiti e as polêmicas declarações do pai do DNA, proporcionaram esse debate.Pesquisar as grandes personalidades negras e localizar as manifestações influenciadas pela cultura africana possibilitou reconhecer a existência de especifidades internas de cada sociedade, compreendendo que grupos e classes

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 5sociais se manifestam de modo diverso na linguagem, nas representações do mundo e de valores, nas relações interpessoais e no seu fazer cotidiano. É tempo de fazer um Novo Tempo. Uma turma mais falante, crítica e cooperativa. Um grupo que descobre na palavra mil possibilidades. As propostas dos projetos "Nosso jeito americano de viver" e "A presença negra na América" contribuíram para o processo de formação do cidadão crítico, capaz de compreender a realidade na qual está inserido. Acreditamos que a compreensão dessa realidade é o melhor instrumento para que ele se torne um ser atuante e transformador e interfira, de forma consciente, nos processos sociais que geram mudanças, participando, assim, da construção de um mundo melhor, de um novo tempo.

Tribo ____________________________________________________________________________________

Historias aproximam o mundo do universo infantil. Neste semestre, nos dedicamos a conhecer a fábula "De Repente, Nas Profundezas do Bosque", de Amós Oz. “Uma fábula estranha e encantadora sobre a importância da independência de espírito como antídoto à intolerância e ao obscurantismo”. Uma fábula, para todas as idades, na qual o autor mergulha na fantasia para tratar de temas como a discriminação, a convivência com o outro e a integração do homem com a natureza. Durante a leitura, muitas vezes, meninos e meninas se viam e se mostravam, misturados com os personagens, confusos com o que é de fato fantasia - realidade, mas puderam se identificar, pensar no que é ser tão igual e tão diferente nesse tempo de infância, no significado de palavras como cidadania, respeito, solidariedade, generosidade, entre tantas outras. Refletiram, ainda, sobre como têm se relacionado, sobre a capacidade de transformar atitudes, criar novas ações, conviver harmoniosa e respeitosamente. Com os olhinhos vivos, muito atentas e maravilhadas com a narrativa, em silêncio absoluto, deslumbravam-se e viajavam nas profundezas do bosque. Ao término de cada capítulo travavam discussões, buscavam soluções para os conflitos do grupo e outros tantos pessoais. Certamente elaboraram muitas questões, cresceram e conquistaram outras possibilidades de ser um grupo unido, articulado e amigo.Este grupo de crianças aprendizes, depois dessa “provocação”, desse mergulho literário, a cada dia, se transforma e busca ser outro. O relaxamento continuou fazendo parte de cada encontro. Com a prática, as crianças se entregam com mais intensidade, percebem os benefícios e tiram proveito desse momento, trazendo até alguns depoimentos de situações do cotidiano em que o relaxamento trouxe um bem estar. Fechamos o ano relendo nossos desejos para o ano de 2007. Desejos que ficaram guardados em um envelope desde a nossa primeira Tribo do ano. Cada criança releu o seu (individual ou coletivamente) e deu o seu depoimento sobre se seu desejo foi alcançado ou se ainda precisava de mais tempo para se realizar. Depois, em uma roda, queimamos os desejos, refletindo sobre nossas conquistas, transformações e crescimentos.

Matemática ____________________________________________________________________________________

Segundo semestre, hora de retomar nossos estudos. Até aqui, muitas aprendizagens registradas em fichas, nos cadernos cheios de ilustrações e em textos que retratam bem o quanto temos refletido sobre o universo da Matemática. Ler, interpretar e resolver problemas envolvendo as quatro operações foram nossos

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 6objetivos iniciais. As crianças deram conta porque gostam de desafios.Era hora de complexificar as situações, ampliar o campo numérico e cobrar um rigor maior com a organização dos registros. No início do ano ficou acertado que passaria a ser cobrado o uso dos algoritmos formais da adição e da subtração. Com relação à multiplicação e à divisão, os procedimentos pessoais, em geral mais longos iriam, pouco a pouco, dando lugar a técnicas operatórias mais econômicas. Dependendo da habilidade de operar de cada criança, manteríamos procedimentos combinados com a turma, mas permitindo ainda algum toque pessoal. Entendemos esse percurso como fundamental para que possam compreender as técnicas operatórias convencionais, sempre muito econômicas mas pouco transparentes.As operações que nos ajudam a resolver cálculos complexos, e que muitas vezes ficam só “de cabeça”, ganharam status de conta auxiliar e passaram a ser registradas ao lado dos algoritmos. Esse é mais um estímulo para que as crianças registrem como estão pensando para que possamos pensar em intervenções adequadas e promover novas aprendizagens.O resultado das multiplicações ganhou nome de gente grande: múltiplo! A partir desse estudo, desafiamos as crianças a concluírem algumas regras de divisibilidade utilizando o conhecimento que possuem sobre o universo dos números.

- Todo número par é divisível por 2.- Se todos os múltiplos de 5 terminam em zero e cinco, os múltiplos de 5 são divisíveis por 5.- Se você divide um número por 2 e quiser dividi-lo por 4, divide por 2 mais uma vez.– Se um número termina em zero então dá para dividi-lo por 10.

Para terminar este ano cheio de aprendizagens, Emília, a bonequinha travessa do Sítio do Pica-pau Amarelo, nos trouxe a última lição: Frações. Por ora, aprendemos a ler e a representar alguns desses “números”. Sistematizar esse conhecimento fica para o próximo ano.

Inglês ____________________________________________________________________________________

Novo semestre, novos assuntos, novas aventuras. Antes de seguir com nossa viagem, falamos das viagens e passeios de férias - "During this two weeks I"... Depois foi só entrar novamente no clima da "Sá Pereira Expedition", das nossas descobertas pela América. Pegamos o mapa para vermos que direção iríamos seguir, onde seria a nossa próxima parada. Novo destino: o Oeste, para sermos mais exatos, o Velho Oeste dos Estados Unidos, "The American Old West". Antes de fazer as malas, fizemos atividades, brincamos com os pontos cardeais; afinal, quem está viajando precisa ter cuidado para não se perder no caminho! Era preciso seguir na direção certa. Muitas novidades esperavam por nós.Nossa jornada começou voltando no tempo... Era preciso à época da colonização. Falamos um pouco das expansões, da influência dos povos colonizadores na música, na língua, nos costumes, na cultura. Como os colonizadores, começamos a explorar os Estados Unidos. Vimos que as aquisições territoriais aconteceram aos poucos; o mapa passava por transformações gradativas. Foi importante conhecer um pouco da história, das conquistas, das lutas, do crescimento, para entendermos melhor sobre a cultura daquele país. Chegando ao Oeste Americano, encontramos os nativos indígenas, suas tribos, suas crenças e lendas... Assistimos

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 7a alguns vídeos sobre algumas tribos, ouvimos músicas e histórias e foi possível aprender mais sobre essas diferentes culturas.Percebemos que, com o passar dos anos, a história do Velho Oeste ganhava novos personagens, novos cenários... Chegamos a 1849, ano da corrida do ouro na Califórnia. Aprendemos sobre a história, "The California Gold Rush", um acontecimento que abriu as portas para que pudéssemos conhecer, nos aventurar e entrar de vez pelas ruas do Velho Oeste Americano. Assistimos a alguns filmes antigos – "Western Movies", observamos imagens... O cenário, os "saloons", as roupas, os meios de transporte, para compreender que eram muito diferentes dos dias atuais.Como falar do Velho Oeste, sem falar dos mocinhos e dos foras-da-lei? Os "cowboys" e os "outlaws" invadiram nosso território! Trouxeram, com seus cavalos, também muita música! Assistimos a um vídeo com imagens do filme "Butch Cassidy and the Sundance Kid" para conhecermos melhor a vida dos "cowboys" e dos foras-da-lei, que tem como tema a música "Raindrops Keep Falling on my Head". Também assistimos ao clipe da música com a cena do filme.Além dos estudos e das atividades que estão relacionadas ao projeto, que são registradas no caderno e em fichas, também ampliamos o vocabulário, conhecemos expressões com diferentes funções comunicativas, expressões do dia-a-dia com imagens, brincadeiras etc. A participação, interesse e colaboração da turma sempre enriquecem as nossas aulas.

Artes visuais ____________________________________________________________________________________

Após o estudo sobre os mitogramas, realizado no primeiro semestre, resolvemos fazer uma pesquisa sobre a influência dessas imagens primitivas na obra de artistas americanos contemporâneos. Destacamos, então, o trabalho de Joaquín Torres García, criador do movimento Universalismo Construtivo, e sua proposta de resgatar as origens artísticas das culturas pré-históricas e ameríndias. Esse encontro possibilitou uma breve aproximação com o movimento construtivo, do início do séc XX, especialmente com o Neoplasticismo de Mondrian, que tanto

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 8influenciou a sua obra. Na apreciação de seus vários trabalhos, as crianças puderam perceber sua intenção de criar uma ordem estética pessoal, uma arte abstrata, concreta e universal. Perceberam que, nessa busca, Torres agregava à malha geométrica, sempre presente na superfície de seus trabalhos, um vocabulário próprio de símbolos de culturas antigas, com ênfase no imaginário indo-americano das culturas pré-colombianas. “A atitude do artista diante do espectador deve partir da base que está diante do homem de todos os tempos, que está diante do homem de todos os povos. Portanto, a linguagem deve ser a mais universal e a mais compreensível. Geometria e simbolismo teriam que ser a maneira natural de expressar o artista. E foi assim que encontrando todas as peças do quebra-cabeça, pude formá-lo por inteiro.” Joaquín Torres García Após o estudo e a apreciação, chegamos ao momento da produção. Como nosso inspirador, escolhemos temas para serem representados num espaço subdividido através de símbolos que seriam criados pelas próprias crianças, mas que falassem do nosso tempo, da nossa cultura. Ao finalizarmos, cada grupo apresentou o título de sua obra explicando o significado de suas escolhas e símbolos. Nossas pinturas fizeram sucesso no salão da Feira Moderna. Avançando em nossa linha cronológica, chegamos a outro artista, Keith Haring, nascido na Pensilvania, mas que passou grande parte de sua vida em Nova Iorque. As crianças puderam concluir que Haring também havia criado um estilo, uma iconografia e um vocabulário visual próprios. Souberam que ele desenhou sem parar e que tamanha compulsividade o levou a ir além da tela, pois não se contentava em utilizar os suportes tradicionais, buscando os mais inusitados objetos, desde os encontrados no meio da rua, considerados lixo, até produtos industrializados de produção em massa, além de esculturas, murais, vídeos e pinturas corporais. Descobriram que gostava, mesmo, era de contar histórias; que suas narrativas geralmente eram apenas visuais; que acreditava que a função do observador era criar suas próprias histórias a partir de seus ícones. Entenderam seus objetivos de usar a arte como ferramenta de ativismo social, como veículo de denúncia e protesto. A partir daí, estavam prontos para nossa última e mais esperada atividade do ano, a pintura do muro do Pereirão. Dividido em cinco partes, haveria espaço para apenas um desenho por turma (3 F4s e 2 F5s). Dividimos os grupos para propor projetos inspirados na estética de Keith Haring e votamos para ver qual seria o melhor para representar cada turma. A possibilidade de deixar sua marca na escola foi realmente algo que motivou a garotada.

Teatro ____________________________________________________________________________________

Dando continuidade ao processo iniciado no primeiro semestre, mergulhamos nos ensaios de “As Aventuras de Hans Staden”. O processo exigiu das crianças o desenvolvimento de muitas habilidades não só para a leitura e interpretação do texto mas, também, para a gravação das falas dos bonecos que serviria de apoio à manipulação harmoniosa de um mesmo boneco que realizariam em duplas ou trios, para a interação dos bonecos na construção das cenas, para a construção dos personagens e para a coordenação dos dois contextos que se alternavam e se complementavam na tentativa de narrar uma mesma história. Realizar uma narrativa não linear, marcada por espaço e tempos diferentes, O do Sítio do Pica-pau Amarelo e o Brasil dos confrontos entre povos nativos e estrangeiros colonizadores foi um grande desafio para as turmas de Quarto Ano. Contamos, para o sucesso desse trabalho, com a parceria das aulas de Artes Visuais, quando foram confeccionados os bonecos, das de Expressão Corporal, que favoreceram a conscientização da movimentação dos bonecos, das aulas de Música, para a

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realização da vinheta musical do espetáculo e das aulas de Projeto, que proporcionaram outras atividades como a apreciação de vídeos sobre o Sítio e sobre Hans Staden e que motivaram, ainda mais, as crianças para o trabalho. Depois das apresentações para as famílias e para quase todas as outras turmas da escola, um claro sentimento de gratificação pôde ser percebido.Em seguida, um merecido descanso com aulas livres, ora utilizando objetos, ora relembrando jogos teatrais já bastante conhecidos. Seguindo o mesmo processo de criação que utilizamos no início do ano, onde o jogo norteador foi Máscara, e pudemos explorar inúmeras situações cênicas com a estrutura oferecida pelos termos QUEM, O QUE e ONDE, agora focalizamos os VERBOS, que proporcionaram proveitosos exercícios de improvisação.Mais amadurecidos e experientes, concluímos um ano de muito trabalho fazendo planos para muitas e novas realizações.

Expressão corporal ____________________________________________________________________________________

Além dos improvisos, fizemos exercícios coreográficos em dinâmicas variadas. Realizamos movimentações em filas horizontais e verticais. Experimentamos

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 10deslocamentos em círculos e meia-lua, para direções opostas, pelas linhas laterais e diagonais do salão, entendendo cada forma de se organizar no espaço. Ampliando as possibilidades gestuais, as crianças trocaram experiências, aprendendo passos com diferentes qualidades. Realizando saltos e giros, criavam, copiavam e reinventavam, observando o movimento de cada um para brincar de dançar junto! Depois de entender melhor os passos e as características estéticas das diferentes danças latinas, os improvisos apresentavam mais qualidade gestual e as criações coletivas ficaram bem mais interessantes.Buscando uma parceria com a linguagem teatral, destinamos algumas aulas à manipulação dos bonecos utilizados na produção da peça “As Aventuras de Hans Staden”. Acreditamos que a experiência de se colocar no lugar de quem é manipulado, e deixar que seus movimentos fossem guiados pela vontade dos amigos, ajudou a todos a entenderem as necessidades de um consenso nas idéias para uma que conquistasse maior sintonia no momento de conduzir os bonecos.Fechando o semestre, as aulas se dedicaram à composição e aos ensaios de “Se me van los pies”, um londô ao estilo peruano que apresentaram na festa de encerramento.

Música ____________________________________________________________________________________

Ao voltarmos das férias surgiu a possibilidade de parceria com a produção teatral da turma, As Aventuras de Hans Staden. Começamos a trabalhar a música Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Gilberto Gil, para utilizar sua introdução como vinheta. Pensávamos em apresentar sua versão completa no final do espetáculo. O arranjo continha várias percussões, além da voz e do acompanhamento do violão, tendo sido acrescida a flauta doce. Com tantos instrumentos tocando coisas diferentes, prepará-la foi um grande desafio que todos encararam com entusiasmo. Pouco a pouco o arranjo foi sendo trabalhado e incorporado pelas crianças que, depois, foram interferindo nele, tornando-o diferente em cada uma das turmas de Quarto Ano. Infelizmente não chegamos a concluir o trabalho a tempo de apresentá-lo no dia da encenação da peça, pois ainda eram necessários ensaios para ficasse no ponto. O resultado final de tanta dedicação foi apresentado aos colegas das demais turmas. Paralelas aos ensaios do Sítio do Pica-Pau Amarelo abrimos

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 11espaço para que as crianças compartilhassem suas vivências musicais, em apresentações individuais ou em grupo, que dessem vazão ao desejo de mostrar canções prediletas, músicas criadas por elas ou aprendidas - na flauta doce ou em qualquer outro instrumento. Foi uma atividade foi muito motivadora, resultando em momentos de troca bastante interessantes. Mais ao final do semestre, brincamos de "mais grave ou mais agudo?", para exercitar os ouvidos, estimulando o aprimoramento da escuta musical. O interesse e o prazer na realização dessas atividades foram surgindo ao longo de um processo de conquistas, de aproximação e de aprimoramento das relações. O processo de amadurecimento da turma, nas aulas de Música, foi sensível. Esperamos que a turma continue fortalecendo seu interesse e vínculo com a música.

Coral ____________________________________________________________________________________

Em nossos encontros semanais buscamos proporcionar aos alunos a oportunidade de participar de uma atividade cuja principal característica é o exercício musical coletivo.Como é uma atividade obrigatória, estão presentes nos ensaios as crianças mais interessadas e as crianças que não valorizam ou não têm tanto desejo pelo aprendizado musical. Mas isso faz parte de toda a atividade escolar, cabe a nós motivá-las e seduzi-las para que melhor aproveitem a oportunidade que está sendo oferecida para sensibilizar e despertar sua musicalidade. Procuramos favorecer um excelente exercício de socialização e construção de valores tais como respeito, cooperação e solidariedade propiciando um espaço onde se busca um objetivo comum, e que depende, fundamentalmente, da contribuição de cada um dos participantes do grupo, sempre em favor do resultado do conjunto.No dia a dia dos ensaios, diversas situações são trabalhadas no sentido de execitar os valores já mencionados, especialmente considerando o tamanho do grupo em questão.Ao invés de trabalharmos com um extenso número de músicas, cantando-as a uma só voz, adiamos o prazer imediato, que é característica do comportamento infantil, em função de um ganho maior, que no final do processo é sempre mais

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Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 12gratificante. Procuramos que as músicas introduzidas no repertório tenham uma boa aceitação e despertem certo entusiamo já no seu primeiro ensaio. No entanto, nosso repertório valoriza mais o aspecto qualitativo do que o quantitativo aprofundando, tanto quanto possível, as questões musicais em seus diversos aspectos como a polifonia, a dinâmica, a percussão corporal, a agógica (variações do tempo musical) etc. E é justamente por valorizarmos esses aspectos que as questões educacionais e socializantes são passíveis de serem trabalhadas.Outro critério para a escolha do repertório é a integração com o Projeto Institucional, na tentativa de colaborarmos para um enriquecimento dos contextos de pesquisa e estudo que as crianças realizam a cada ano. As Américas estiveram, mesmo que indiretamente, presentes nas letras de nossas canções.Terminamos mais um ano de atividades com as crianças cantando um repertório razoavelmente complexo, chegando a até 4 vozes polifônicas, além da utilização de percussão vocal e corporal.Neste ano as crianças também contaram com uma novidade: dividiram o palco do Teatro do Bennet com o pessoal do Com-Junto Sá Pereira, durante o evento Primeiro Sá Pereira em Com-Junto. Também se apresentaram internamente para as crianças menores.Uma menção especial deve ser dada ao Quarto Ano pela competência na superação das novas dificuldades, e ao Quinto Ano que, com sua maior experiência, pôde demonstrar um sentido de cooperação e união, que certamente será da maior validade em suas experiências futuras.Sabemos que poderemos contar com o próximo Quinto Ano para apoiar os futuros membros do Coral da Sá Pereira e desejamos que as crianças que estão se formando sigam seus novos caminhos com alegria, companheirismo e muita música em suas vidas!

Educação física ____________________________________________________________________________________

Após a festa junina demos início à semana do Pereirão Junino, que terminou com o tão esperado casamento. As crianças tiveram a oportunidade de participar de brincadeiras tradicionais, adaptadas em forma de estafetas como corrida do saco, bola na lata, bola na boca do palhaço, jogo da argola (com bambolês e cones), limão na colher e estreitando os vínculos com os colegas. Foi mais uma oportunidade de exercitar a capacidade de organização e experimentar antigos jogos da infância que tememos sejam no futuro. A viagem pelas Américas culminou com o Pan Sá Pereira, um grande campeonato inspirado no Pan 2007. As modalidades foram escolhidas adaptando nossas práticas, as possibilidades de espaço e os esportes disputados no evento oficial. Assim, boliche, salto, arremesso de peso com saquinhos de areia, basquete, handebol, câmbio e pique-bandeira envolveram a garotada. Os times foram compostos por todas as turmas, divididos por cores, representando países das Américas, e contaram com a empolgação dos componentes e também dos professores, num clima de garnde confraternização. As crianças demonstraram muita garra e determinação, além de criatividade na disputa dos gritos de guerra; receberam medalhas e certificados de participação e, apesar das emoções estarem à flor da pele durante o campeonato, deram um show de espírito esportivo respeitando o outro, cooperando, seguindo as regras e lidando bem com as vitórias e derrotas.Uma novidade na volta ao Pereirão: velho conhecido, Renato, professor da manhã e mais novo papai, veio substituir a Renata em sua licença-maternidade e agitar os recreios da tarde.

Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434www.sapereira.com.br / [email protected]

Turma F4TAEnsino FundamentalRelatório do Segundo Semestre de 2007 13Dando continuidade ao nosso trabalho, algumas dificuldades foram acrescentadas aos jogos tradicionais como o pique-bandeira com seqüestro e o queimado agarrando a bola. Nos dias de chuva, resgatamos também "detetive", que fez sucesso. Garotada enérgica e falante, ainda apresenta dificuldades para se organizar e começar a jogar. Se não houver nenhuma intervenção são capazes de gastar boa parte do tempo trocando componentes de time. Esperamos que todos se divirtam muito nas férias e retornem ao Pereirão com disposição e energia para um novo ano de trabalho. Boas férias!

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