budismo moderno

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Minhas anotações sobre o livro Budismo Moderno do autor Geshe Kelsang Gyatso

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Sempre que os praticantes de Lamrim experienciam dificuldadese sofrimento, eles pensam: Outros incontveis seres vivosexperienciam sofrimento e dificuldades maiores do que eu e, dessa maneira, eles desenvolvem ou aumentam a sua compaixopor todos os seres vivos, o que os conduz rapidamente felicidade suprema da iluminao.Agora, eu alcancei por um breve momento o mundo humano e tenho a oportunidade de obter a libertao permanente do sofrimento e a felicidade suprema da iluminao, por meio de colocar o Dharma em prtica. Se eu desperdiar esta preciosa oportunidade em atividades sem sentido, no haver maior perda nem maior insensatez.A maneirade superar essa preguia, o principal obstculo para a nossa prtica de Dharma, meditar sobre a morte.Precisamos contemplar a nossa morte e meditar sobre ela repetidamente,at ganharmos uma profunda realizao da morte. Embora, num nvel intelectual, todos ns saibamos que definitivamenteiremos morrer, a nossa percepo da morte permanece superficial. Na medida em que a nossa compreenso intelectual da morte no toca os nossos coraes, continuamos a pensar todos os dias eu no vou morrer hoje, eu no vou morrer hoje. Mesmo no dia da nossa morte, ainda estaremos pensando sobre o que faremos no dia ou na semana seguintes. Essa mente que pensa todo dia eu no vou morrer hoje enganosa ela nos conduz na direo errada e faz com que a nossa vida humana se torne vazia. Por outro lado, meditando sobre a morte substituiremosgradativamente o pensamento enganoso eu no vou morrer hoje pelo pensamento no enganoso talvez eu morra hoje. A mente que espontaneamente pensa todos os dias talvez eu morra hoje a realizao da morte. essa realizao que elimina diretamente a nossa preguido apego e abre a porta para o caminho espiritual.Se a tua mente for libertada permanentemente do agarramento ao em-si, no h dvida alguma de que sers liberto permanentemente do sofrimento.Devo aplicar grande esforo em reconhecer, reduzir e finalmenteabandonar minha ignorncia do agarramento ao em-si completamente.No Sutra das Quatro Nobres Verdades, Buda diz: Deves praticaro caminho. Neste contexto, caminho no significa um caminho exterior que conduz de um lugar a outro, mas um caminhointerior, uma realizao espiritual que nos conduz felicidadepura da libertao e iluminao. A prtica dos estgios do caminho libertao pode ser condea nos trs treinos de disciplina moral superior, concentrao superior e sabedoriasuperior. Esses treinos so chamados de superiores porque so motivados por renncia. Eles so, portanto, o verdadeiro caminho libertao que precisamos praticar.A natureza da disciplina moral a determinao virtuosa de abandonar aes inadequadas.O segundo treino superior treinar em concentrao superior.A natureza da concentrao ser uma mente virtuosa estritamente focada. Enquanto mantivermos essa mente, experienciaremospaz mental e, consequentemente, seremos felizes.Quando praticamos concentrao impedimos distraes e nos concentramos em objetos virtuosos. muito importante treinar concentrao, pois com distraes no conseguimos realizar nada.O terceiro treino superior treinar em sabedoria superior. A natureza da sabedoria ser uma mente inteligente virtuosa cuja funo compreender objetos significativos, como a existncia de vidas passadas e futuras, o carma e a vacuidade. Compreenderesses objetos traz grande sentido para esta vida e para as incontveis vidas futuras.Contemplando a explicao acima, devemos pensar:J que os trs treinos superiores so o mtodo verdadeiro para obter a libertao permanente do sofrimento desta vida e das incontveis vidas futuras, eu preciso aplicar grande esforo em pratic-los.Devemos meditar nessa determinao continuamente e colocar a nossa determinao em prtica.No Sutra das Quatro Nobres Verdades, Buda diz: Deves alcanar as cessaes. Neste contexto, cessao significa a cessao permanentedo sofrimento e de sua raiz, a ignorncia do agarramento ao em-si. Ao dizer isso, Buda nos aconselha a no ficarmos satisfeitoscom uma libertao temporria de sofrimentos particulares, mas que tenhamos a inteno de realizar a meta mxima da vida humana, a suprema paz permanente da mente (nirvana) e a felicidadepura e eterna da iluminao.Eu no devo ficar satisfeito com uma cessao temporria de sofrimentos especficos, que at mesmo os animais podem experienciar. Eu preciso alcanar a cessao permanente da ignorncia do agarramento ao em-si a raiz do sofrimento praticando sinceramente os trs treinos superiores.A porta de entrada atravs da qual ingressamos no caminho iluminao , portanto, a compaixo por todos os seres vivos compaixo universal e somente desenvolvemos essa compaixo apoiando-nos em todos os seres vivos como objetos da nossa compaixo.Do fundo do nosso corao, devemos pensar:Todos e cada um dos seres vivos so supremamente bondosos e preciosos para mim. Eles me proporcionam a oportunidade de obter a felicidade pura e duradoura da iluminao a meta suprema da vida humana.Para treinar em equalizar eu com outros, fazemos a seguinte contemplao, pensando:Preciso acreditar que a felicidade e a liberdade, tanto as minhas como as de todos os seres vivos, so igualmente importantes porque:(1) Todos os seres vivos tm me demonstrado grande bondade,tanto nesta como nas vidas passadas.(2) Assim como eu desejo estar livre do sofrimento e experienciarsomente felicidade, todos os outros seres tambm o desejam. A esse respeito, no sou diferente de qualquer outro ser vivo; somos todos iguais.(3) Eu sou apenas um, enquanto os outros so incontveis; logo, como eu posso estar preocupado apenas comigo enquanto descuido dos outros? Minha felicidade e sofrimento so insignificantesquando comparados com a felicidade e o sofrimento dos incontveis seres vivos.No Guia do Estilo de Vida do Bodhisattva, Shantideva diz:todo o sofrimento que existe neste mundoSurge de desejar que ns mesmos sejamos felizes.No Guia do Estilo de Vida do Bodhisattva, Shantideva diz:Toda a felicidade que existe neste mundoSurge de desejar que os outros sejam felizes.Que maravilhoso seria se todos os seres vivos alcanassem a felicidadepura e duradoura da iluminao! Que eles possam alcanaressa felicidade. Eu mesmo trabalharei para esse objetivo.No Sutra Perfeio de Sabedoria Condensado, Buda diz: Se procurares por teu corpo com sabedoria, no poders encontr-lo. Isso tambm se aplica ao nosso carro, nossa casa e a todos os outros fenmenos.quando procuramos pelas coisas com sabedoria, no existe pessoa que esteja vivendoou morrendo, no h passado ou futuro e no existe presente,incluindo os nossos amigos e parentes. Devemos reconhecer que todos os fenmenos so vazios, como o espao, o que significaque devemos saber que todos os fenmenos no so outra coisa que a vacuidade.Se quisermos experienciar felicidade pura, precisamos familiarizar a nossa mente com a verdade. Em vez de desperdiara nossa energia nos concentrando somente em objetos enganosose sem sentido, devemos nos concentrar na verdadeira natureza das coisas.Ao nos familiarizarmos com a experincia da natureza ltimasemelhante ao espao do nosso corpo, o agarramento ao nosso corpo ser reduzido. Como resultado, experienciaremos muito menos sofrimento, ansiedade e frustrao com relao ao nosso corpo. A nossa tenso fsica diminuir e a nossa sade ir melhorar, e, mesmo quando ficarmos doentes, o nosso desconfortofsico no perturbar a nossa mente. Aqueles que tm uma experincia direta da vacuidade no sentem dor alguma, mesmo que sejam espancados ou baleados. Compreendendo que a verdadeira natureza do seu corpo como o espao, ser espancado , para eles, como bater no espao, e ser baleado como atirar no espao. Alm disso, as boas e ms condies exteriores no tm mais o poder de perturbar suas mentes, porqueeles realizaram que elas so como a iluso de um mgico, que no tm existncia separada da mente. particularmente til meditar na vacuidade dos objetos que fazem surgir fortes deluses em ns, como apego e raiva. Ao analisar corretamente, realizaremos que o objeto que desejamos, ou o objeto pelo qual temos averso, no existe do seu prprio lado. Sua beleza ou feiura, e at mesmo sua prpria existncia, so imputadas pela mente. Pensando desse modo, descobriremosque no existe base para apego ou raiva.Por exemplo, se o nosso carro novo for destrudo, iremos nos sentir infelizes porque nos agarramos a ambos, tanto ao carro quanto desintegrao do carro, como sendo verdadeiramente existentes; mas, se entendermos que o nosso carro meramente uma aparncia nossa mente, como um carro num sonho, a sua destruio no nos perturbar. Isso verdade para todos os objetos do nosso apego: se realizarmos que ambos, tanto os objetos como as suas cessaes, carecem de existncia verdadeira, no haver base para ficarmos perturbadosse formos separados deles.Assim como, no oceano, a mais suave e a mais violenta das ondas se constituem igualmentede gua, do mesmo modo, ambas as formas, as atrativas e as repulsivas, so igualmente manifestaes da vacuidade.no h melhor mtodo para experienciar paz mental e felicidade do que compreender e meditar na vacuidade. J que o nosso agarramento ao em-si o que nos mantm confinados priso do samsara e a fonte de todo o nosso sofrimento, a meditao na vacuidade a soluo universal para todos os nossos problemas. o remdio que cura todas as doenas fsicas e mentais e o nctar que concede a felicidade duradoura do nirvana e da iluminao.pag 139UM TREINO SIMPLES EM BODHICHITTA LTIMAComeamos pensando:Eu preciso obter a iluminao para beneficiar diretamente todose cada um dos seres vivos, todos os dias. Com este propsito,vou obter uma realizao direta do modo como as coisas realmenteso.Com essa motivao de bodhichitta, contemplamos:Normalmente, vejo o meu corpo dentro de suas partes as mos, as costas e assim por diante mas nem as partes individuaisnem a coleo das partes so o meu corpo, porque elas so as partes do meu corpo e no o corpo em si. No entanto, no existe meu corpo para alm de suas partes. Deste modo, ao procurar o meu corpo com sabedoria, realizo que o meu corpo impossvel de ser encontrado. Essa uma razo vlida para provar que o meu corpo que eu normalmente vejo no existe de modo algum.