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Básico e a Segurança em Quiropraxia

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Básico e a Segurança em Quiropraxia

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Índice

Glossário. ...................................................................................................................................... 3

Parte 1: Formação básica em Quiropraxia .................................................................................... 5

1. Considerações gerais ................................................................................................................ 5 Informação histórica. ............................................................................................................................................... 5

Filosofia e fundamentos da Quiropraxia. ...................................................................................................... 5 Considerações administrativas e acadêmicas ................................................................................................ 6 Acompanhamento e avaliação ........................................................................................................................ 6 Formação adicional e possibilidades profissionais ....................................................................................... 7

2. Níveis aceitáveis de educação e capacitação profissional. ........................................................ 7 Categoria I - educação plena em Quiropraxia. ............................................................................................... 7 Categoria II - educação limitada em Quiropraxia ......................................................................................... 7

3. Modelos de educação em Quiropraxia ..................................................................................... 8 Categoria I (A). .................................................................................................................................................. 8 Categoria I (B). .................................................................................................................................................. 8 Categoria II (A). ................................................................................................................................................ 8 Categoria II (B). ................................................................................................................................................ 8

4. Educação plena em Quiropraxia - Categoria I (A) ................................................................................. 9 Objetivo.............................................................................................................................................................. 9 Requisitos para ingresso ................................................................................................................................... 9 Formação básica. ............................................................................................................................................. 9 Currículo nuclear ............................................................................................................................................. 9

5. Educação plena em Quiropraxia - Categoria I(B). ............................................................... 13 Objetivo ............................................................................................................................................................ 13 Cursos especiais ............................................................................................................................................... 13 Formação básica............................................................................................................................................... 13

6. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II (A). ............................................................ 13 Objetivo ............................................................................................................................................................ 14 Cursos especiais ............................................................................................................................................... 14 Formação básica. .............................................................................................................................................. 14

7. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II (B) .......................................................................... 14 Objetivo .............................................................................................................................................................. 14 Cursos especiais ................................................................................................................................................. 15 Formaçao básica. ............................................................................................................................................... 15

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8. Avaliação e examinação dos estudantes de Quiropraxia .......................................................... 15

9. A Quiropraxia e os agentes de atenção primária à saúde. ........................................................ 15 Agentes de atenção primária à saude - mioterapeutas.................................................................................... 15 Objetivo .............................................................................................................................................................. 16 Conteúdo programático ................................................................................................................................... 16 Modalidades e tempo de formação .................................................................................................................. 16

Parte 2: Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia. ........................................................ 17

1. Introdução ............................................................................................................................... 17

2. Contra-indicações à terapia manipulativa da coluna vertebral. ............................................... 17 Contra-indicações absolutas à terapia manipulativa vertebral. ................................................................. 18

3. Contra-indicações à manipulação articular por categorias de processos patológicos.............. 19 Desordens articulares ....................................................................................................................................... 19 Desordens que envolvem enfraquecimento e destruição óssea................................................................... 20 Desordens circulatórias e hematológicas........................................................................................................ 20 Desordens neurológicas ................................................................................................................................... 21 Fatores psicológicos .......................................................................................................................................... 21

4. Contra-indicações às terapias adjuvantes e de apoio ............................................................... 21 Eletroterapias ..................................................................................................................................................... 21 Exercícios e medidas de apoio suplementares ............................................................................................... 21

5. Acidentes e reações adversas. .................................................................................................. 22 Causas de complicações e reações adversas. ................................................................................................... 22 Exemplos de procedimentos inapropriados .................................................................................................. 22 Conseqüências adversas graves ....................................................................................................................... 22 Acidentes vasculares ......................................................................................................................................... 23 Prevenção de complicações resultantes da manipulação.............................................................................. 24

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Glossário

Glossário

Os termos utilizados nestas Diretrizes estão definidos abaixo:

Ajustamento/ajuste Qualquer procedimento terapêutico quiroprático que se utiliza de força controlada, alavanca, direção, amplitude e velocidade, o qual é aplicado em articulações específicas e nos tecidos adjacentes. Os quiropraxistas usualmente se utilizam tais procedimentos para causar influência nas funções articulares e neurofisiológicas.

Biomecânica O estudo dos aspectos estruturais, funcionais e mecânicos do movimento humano. Refere-se, principalmente, às forças externas de natureza estática ou dinâmica que lidam com tal movimento.

Quiropraxia/Quiroprática ¹ Uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfoque particular nas subluxações.

Fixação O estado no qual uma articulação torna-se inteiramente ou parcialmente imobilizada em uma determinada posição, restringindo o movimento fisiológico.

Manipulação articular Um procedimento manual que aplica um impulso dirigido para mover uma articulação além da sua amplitude fisiológica de movimento, sem ultrapassar o limite anatômico.

Mobilização articular Um procedimento manual sem impulso, no qual uma articulação normalmente permanece dentro de sua amplitude fisiológica do movimento.

Neuro-musculo-esquelético Referente aos sistemas nervoso e músculo-esquelético em relação às desordens que se manifestam em ambos os sistemas, incluindo desordens de natureza biomecânica ou funcional.

¹ O termo original em inglês é Chiropractic, derivado do grego χειρός (cheiros) = mão e πραξις (práxis) = ato, função. No Brasil, emprega-se o termo Quiropraxia. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (4ª. edição 2004 - Academia Brasileira de Letras) inclui tanto o vocábulo Quiropraxia como o vocábulo Quiroprática. Em Portugal, emprega-se o termo Quiroprática.

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Palpação (1) o ato de sentir com as mãos. (2) Aplicação de pressão manual variável sobre a superfície do corpo com a finalidade de determinar a forma, o tamanho, a consistência, a posição, o mobilidade intrínseca e a condição dos tecidos abaixo.

Postura (1) o posicionamento do corpo. (2) a disposição relativa das partes do corpo. A boa postura é o estado de equilíbrio esquelético e muscular que protege as estruturas de suporte do corpo contra lesões ou deformidade progressiva desconsiderando o posicionamento (ortostático, decúbito, cócoras, inclinado) no qual as estruturas estão em atividade ou repouso.

Terapia manipulativa da coluna vertebral Inclui todos os procedimentos nos quais as mãos ou instrumentos mecânicos são utilizados para mobilizar, ajustar, manipular, aplicar tração, massagem, estimular ou influenciar de outra forma os tecidos paraespinhais e a coluna vertebral com o propósito de influenciar a saúde do paciente.

Subluxação ² Uma lesão ou disfunção em uma articulação ou unidade motora no qual o alinhamento, movimento, integridade e/ou função fisiológica estão alterados, embora o contato entre as superfícies articulares permaneça intacto. Constitue-se numa entidade essencialmente funcional, a qual pode influenciar a integridade neural e biomecânica.

Complexo de Subluxação (vertebral) Modelo teórico e descritivo de uma disfunção motora segmentar, o qual incorpora a interação de alterações patológicas em tecidos nervosos, musculares, ligamentosos, vasculares e conectivos.

“Thrust” ³ A aplicação manual súbita de uma força direcional controlada sobre uma parte apropriada do corpo, cuja aplicação gera o ajuste/ajustamento.

² Esta definição é diferente da definição médica vigente, na qual a subluxação é um deslocamento estrutural significativo e, portanto, visualizado em exames de imagem estática. ³ Embora a tradução mais adequada para este vocábulo inglês seja o termo impulso, o termo thrust ainda persiste como um anglicismo utilizado por muitos falantes da língua portuguesa.

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Parte 1: Básico em Quiropraxia

Informação histórica

1. Considerações gerais

Embora a manipulação da coluna se remonte aos tempos de Hipócrates e médicos da Grécia antiga (4), a descoberta da Quiropraxia é atribuída a D.D. Palmer em 1895 (5), com a primeira escola para a formação de quiropraxistas iniciada na cidade de Davenport, estado de Iowa, nos Estados Unidos da América em 1897 (6).

Palmer desenvolveu a Teoria da Quiropraxia e seu método inspirando-se em diversas fontes,

incluindo a manipulação médica, bonesetting4 e a osteopatia, como também incorporou aspectos

originais desenvolvidos por ele mesmo. O termo "Quiropraxia", derivado de duas raízes gregas que significam "feito com as mãos", se atribui a Palmer e lhe foi dado por um paciente, o Reverendo Samuel H. Weed (7).

A Quiropraxia desenvolveu nos Estados Unidos da América durante um período de reformas significativas na formação médica e no exercício profissional. Nesta época havia uma grande variedade de opções do tratamento, tanto dentro da medicina convencional, como entre outras inúmeras abordagens alternativas no cuidado da saúde (8).

Filosofia e Fundamentos da Quiropraxia

A Quiropraxia é uma profissão da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuro-musculo-esquelético e dos efeitos destas desordens na saúde em geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou a manipulação articular, com um enfoque particular nas subluxações.

4 O termo bonestting refere-se à prática de manipulação articular exercida por leigos e cujo aprendizado era empírico e passado de

geração em geração. Nos países de língua espanhola, o termo para estes profissionais é hueseros (osseiros).

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Os conceitos e os princípios que distinguem e diferenciam a filosofia da Quiropraxia de outras profissões de saúde são de grande importância para a maioria dos quiropraxistas e influenciam profundamente a atitude e a abordagem destes em relação à atenção à saúde.

As maiorias dos que exercem a profissão sustentam que a filosofia da Quiropraxia inclui conceitos tais como holismo, vitalismo, naturalismo, conservadorismo, racionalismo crítico, humanismo e ética, não se limitando a apenas estes. (9).

A relação entre a estrutura, particularmente a coluna vertebral e o sistema músculo-esquelético, e a função, especialmente coordenadas pelo sistema nervoso, constitue a essência da Quiropraxia e o seu enfoque para a restauração e preservação da saúde (9, 10:167).

Hipoteticamente, conseqüências neurofisiológicas significativas podem ocorrer como resultado de distúrbios funcionais mecânicos da coluna vertebral, descritos pelos quiropraxistas através do termo subluxação ou complexo de subluxação vertebral.

(9, 10:169-170, 11).

O exercício da Quiropraxia enfatiza o tratamento conservador do sistema neuro-músculo- esquelético, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos. (10:169-170, 11). Causas e conseqüencias biopsicossociais também são fatores significativos na abordagem do paciente.

Considerações administrativas e acadêmicas

A formação dos quiropraxistas envolve certas considerações administrativas e acadêmicas tais como:

Quem poderia receber a formação?

Qual seriam o papel e as responsabilidades do profissional?

Que nível educacional se faria necessário?

Onde seria fornecida tal formação e por quem ela seria adminstrada?

Os programas apropriados teriam que começar do zero, ou cursos já existentes e abaixo do padrão poderiam ser fortalecidos ou apropriadamente modificados?

Haveria educadores qualificados no ensino da Quiropraxia disponíveis ou estes teriam que ser capacitados?

Quais seriam os mecanismos para o reconhecimento oficial dos profissionais, programas, educadores e instituições de ensino?

Acompanhamento e avaliação

Para que haja o exercício profissional qualificado e a utilização adequada da Quiropraxia, sistemas se fazem necessários para monitorizar a profissão, o exercício, e a educação e capacitação dos profissionais.

A maioria dos países que regulamentam a profissão, o fazem através da utilização de exames de proficiência de âmbito nacional, regional, estadual ou provincial. Como alterantiva, autoridades da saúde podem delegar às associações profissionais o direito de se auto-regulamentarem e de assegurarem a competência dos indivíduos.

Como foi o caso em alguns países ou regiões no passado, antes de efetivar o reconhecimento legal da Quiropraxia, um governo pode preferir avaliar os impactos positivos e negativos da inclusão da Quiropraxia no sistema de saúde vigente. (12, 13, 14, 15, 16, 17).

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Formação adicional e possibilidades profissionais

Reconhece-se que, como uma medida provisória antes do estabelecimento de um programa educacional pleno de quiropraxia, talvez haja a necessidade do estabelecimento de programas "limitados" para suplementar a educação nas ciências da saúde já existente, com a finalidade de dar início ao licenciamento de quiropraxistas nestes países e, assim, garantir o exercício profissional qualificado da Quiropraxia. A forma como os países irão reconhecer os quiropraxistas de formação “limitada” irá variar de acordo com a situação individual de cada país.

Os indivíduos que atuam como “quiropraxistas", e que possuam formação limitada ou nenhuma educação formal em quiropraxia, deverão complementar suas formações para cumprirem com as exigências estabelecidas pelo seu governo quando da efetivação da regulamentação profissional. Desta maneira, este grupo pode ser incorporado efetivamente na força de trabalho profissional do país.

2. Níveis aceitáveis de educação e capacitação

Fazendo um apanhado de vários programas de formação em diferentes países, estas Diretrizes fazem referência a dois níveis e quatro modalidades diferentes de educação quiroprática, cada qual preparando profissionais da saúde a atuarem como quiropraxistas no sistema de saúde. Estas opções foram disponibilizadas aos países para satisfazer as necessidades individuais de cada país

Categoria I - educação plena em quiropraxia

Para estudantes sem nenhuma formação, nem experiência prévia nas ciências da saúde.

Como formação suplementar exigida para médicos e determinados profissionais da saúde no intuito de adquirirem qualificação reconhecida como quiropraxista

Categoria II - educação limitada em quiropraxia

Um programa de capacitação limitada, destinada a médicos e outros profissionais da saúde adequados, para os países ou regiões onde não existe legislação alguma que regulamente o exercício da profissão e onde deseja-se introduzir a Quiropraxia; este programa não qualifica plenamente o indivíduo.

Tal formação deve ser conduzida como uma medida temporária para o estabelecimento da Quiropraxia e/ou como primeiro estágio para o desenvolvimento de um programa educacional quiroprático pleno. Esta formação é estabelecida como exigência mínima para licenciamento; cursos dentro desta modalidade deverão ser substituídos por programas educacionais plenos tão logo seja possível fazê-los.

Formação exigida para se obter um nível mínimo aceitável de competência para

candidatos que representam prestadores de atendimento quiroprático em países ou regiões sem regulamentação, mas com a intenção de se introduzir uma legislação para controle do exercício da Quiropraxia.

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Esta modalidade não conduz a qualificação plena, mas sim a um padrão para licenciamento

mínimo. Cursos dentro desta modalidade constituem-se numa medida temporária e deverão ser substituídos por programas educacionais plenos apropriados tão logo seja possível fazê-los.

Categoria I (A)

3. Modelos de educação em Quiropraxia

Os seguintes modelos apresentam pequenas variações; entretanto, no geral, há três vias educacionais principais que envolvem a educação em tempo integral:

Um programa de quatro anos, tempo integral dentro de faculdades ou universidades especificamente designadas, após 1-4 anos de conclusão de formação pré-quiroprática adequada em Ciências Básicas em nível superior.

Um programa de graduação em quiropraxia, de cinco anos de bacharelado integrado, oferecido por universidade pública ou privada, com o ingresso do candidato baseado no seu estado de matrícula, requisitos para admissão na universidade e restrição de cotas.

Um programa de Mestrado Profissionalizante de 2-3 anos após a conclusão satisfatória de um programa de bacharelado designado específico em quiropraxia ou uma graduação adequadamente adaptada das ciências da saúde.

Categoria I(B)

Programas para indivíduos com formação educacional prévia em medicina ou outros profissionais da área de saúde. Tais cursos podem variar em duração e disciplinas exigidas, dependendo da formação educacional prévia do candidato.

Categoria II(A)

Os Programas de Conversão, para pessoas com formação prévia em medicina ou outros profissionais da saúde com o intuito de obter qualificação educacional "limitada" em quiropraxia, devem ser convenientemente estruturados, em modalidade de tempo não-integral, satisfazendo todos as exigências mínimas, embora não conduzindo à qualificação plena.

Categoria II(B)

Nestes programas, a duração e conteúdo do curso podem também variar amplamente dependendo da formação e da experiência prévia do candidato. Na conclusão destes programas, os estudantes terão completado as exigências de um primeiro programa ao nível de bacheralado em quiropraxia, através de um curso de regime de tempo não-integral, e adquirido o conhecimento e as habilidades necessárias para prestar atendimento quiroprático de forma segura, mesmo que o atendimento seja básico. Tais cursos não conduzem a uma qualificação plena em quiropraxia.

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4. Educação Plena em Quiropraxia - Categoria I(A)

Dentro desta categoria estão os programas de formação para indivíduos sem educação prévia em medicina ou em outras áreas da saúde.

Objetivo

O objetivo desta categoria é proporcionar uma formação que seja consistente com as exigências estabelecidas naqueles países onde há regulamentação oficial presente. Uma vez obtida esta formção, os quiropraxistas atuam como profissionais de atenção primária à saúde, querem seja de maneira independente ou como parte das equipes de saúde, a nível comunitário dentro de centros de saúde ou hospitais.

Requisitos para ingresso

O candidato, para ser aceito, deverá ter concluído o ensino médio, passado o exame de entrada na universidade ou seu equivalente com formação apropriada em Ciências Básicas, como exigidos pelo programa em questão.

Formação básica

Independente do modelo de educação utilizado, para aqueles indivíduos sem formação ou experiência prévia relacionada à área de saúde, são exigidos um mínimo de 4.200 horas de contato entre estudante e professor ou o equivalente, distribuídos em quatro anos de formação de tempo integral. Isto inclui um mínimo de 1.000 horas de estágio clínico supervisionado.

Currículo Nuclear

4.4.1 Objetivos educacionais

A competência no exercício da quiropraxia requer a obtenção de habilidades psicomotoras, hábitos, atitudes, compreensão e conhecimento relevantes. O currículo e o processo de avaliação do acadêmico devem ser criados para assegurar que o egresso da graduação em quiropraxia demonstre as seguintes competências:

Ele/ela deve possuir entendimento pormenorizado e amplo domínio de suas habilidades e dos saberes que constituem a base da quiropraxia em seu papel como profissão da saúde, que compreendem:

Obter conhecimento básico das ciências da saúde, com uma ênfase especial nas áreas relacionadas à subluxação vertebral e aos sistemas neuromúsculoesqueléticos;

Obter conhecimento teórico detalhado da biomecânica do sistema locomotor humano tanto da função normal como patológica e, em especial, possuir a habilidade clínica necessária para uma avaliação específica da biomecânica da coluna vertebral;

Reconhecer a história da quiropraxia e seu paradigma sui generis na atenção à saúde;

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Obter um nível da destreza e de perícia nos procedimentos manipulativos enfatizando a manipulação/ ajuste da coluna vertebral, imprecindível dentro do campo da quiropraxia;

Ter a capacidade de decidir se o paciente possui as condições necessárias para ser tratado através da quiropraxia, com segurança e apropriadamente, ou deveria ser encaminhado a um outro profissional ou estabelecimento de saúde para ser atendido de forma independente ou interdisciplinarmente com sua colaboração.

Ele/ela deve atuar num nível clínico esperado de um profissioanl da saúde de primeiro contato, que inclui:

Realizar competentemente os diagnósticos diferenciais das queixas apresentadas pelos pacientes;

Adquirir habilidade particulamente em diagnóstico por imagens, ortopedia, tratamento da dor e na reabilitação do sistema neuromúsculoesquelético e/ou no diagnóstico e tratamento da subluxação vertebral;

Obter competência na interpretação clínica dos exames laboratoriais;

Adquirir a habilidade de avaliar de forma crítica o conhecimento clínico e científico;

Compreender e aplicar na prática as informações médico-científicos fundamentais; ser capaz de consultar com e/ou encaminhar para outros profissionais da saúde;

Comumente possuir o conhecimento e a habilidade necessária para servir e comunicar-se com o público de maneira eficiente e segura.

Ele/ela deve ser capaz de:

aplicar o conhecimento científico fundamental do corpo humano;

compreender a natureza normal e patológica da biomecânica e da postura, assim como a fisiopatologia do sistema neuromúsculoesquelético e de sua relação com outras estruturas anatômicas;

estabelecer uma relação satisfatória com os pacientes;

obter, registrar e poder comunicar as informações clínicas;

interpretar com precisão os resultados de exames laboratorias e do diagnóstico por imagens do sistema neuromúsculoesquelético;

estabelecer um diagnóstico clínico correto;

assumir a responsabilidade do bem-estar do paciente;

aplicar julgamento clínico correto na escolha da terapêutica adequada;

proporcionar tratamento adequado;

prestar uma assistência à saúde continuada de forma competente ;

comprender a aplicabilidade de métodos e técnicas atualizadas no cuidado à saúde;

aceitar as responsabilidades próprias do quiropraxista;

prezar a habilidade e o escopo de prática da quiropraxia e das demais profissões da saúde para a facilitação da cooperação e respeito intra e interdisciplinas;

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selecionar temas para a pesquisa, criar projetos simples de pesquisa, apreciar de formar crítica os estudos clínicos e participar de programas de pesquisa multidisciplinares;

comprometer-se à necessidade de aprendizado vitalício e desenvolvimento profissional contínuo.

Os componentes das Ciências Básicas

Os programas reconhecidos oficialmente tanto requerem disciplinas das Ciências Básicas como pré-requisitos ou incluem créditos necessários de química, física e biologia no primeiro ano do currículo.

Os componentes das Ciências Pré-clínicas (Aplicadas)

As disciplinas pré-clínicas inclusas nos cursos de quiropraxia geralmente são:

Anatomia, Fisiologia, Bioquímica, Patologia, Microbiologia, Farmacologia e Toxicologia, Psicologia, Dietética e Nutrição e Saúde Pública.

Os components de Ciências Clínicas

Os componentes de ciências clínica incluiriam ou cobririam:

Exame clínico (anamnese e exame físico), exames laboratoriais, diagnóstico diferencial, radiologia, neurologia, reumatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, pediatria básica, geriatria básica, ginecologia e obstetricia básica e dermatologia básica.

Ciências Quiropráticas e disciplinas adicionais

Em geral incluem:

Neurologia aplicada e Ortopedia aplicada;

Biomecânica clínica, incluindo avaliação específica biomecânica/quiroprática do paciente incluindo métodos tais como:

o Análise da marcha e da postura;

o Palpação estática e dinâmica das articulações e estruturas ósseas;

o Avaliação do tonus e da função dos tecidos moles;

o Diagnóstico por imagens e análise;

História, princípios e filosofia da saúde, pertinentes à quiropraxia;

Ética e jurisprudência relacionada à prática da quiropraxia;

Es t u d o d o s a n t e c e d e n t e s h i s t ó r i c o s d a m e d i c i n a t r a d i c i o n a l e complementar/alternativa na assistência à saúde.

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Intervenções terapêuticas com relação ao paciente

Incluem:

Procedimentos manuais, especialmente do ajustamento e manipulação da coluna vertebral, outros tipos de manipulação e mobilização articular e técnicas reflexas e de partes moles;

Exercícios, programas de reabilitação e outras formas de cuidado ativo;

Aspectos psicossociais do cuidado ao paciente;

Educação do paciente sobre os cuidados com a sua coluna vertebral, postura, nutrição e outras mudanças no estilo de vida;

Tratamentos emergenciais e procedimentos de manuseio na dor aguda, conforme indicação clínica;

Outras medidas de apoio às quais podem incluir o uso de coletes e órteses;

Reconhecimento das contra-indicações e procedimentos de gerenciamento de risco, das limitações do tratamento quiroprático e da necessidade de protocolos referentes ao encaminhamento de pacientes a outros profissionais da saúde.

Documentação e arquivamento de informações clínicas

Incluem:

Registro das queixas principais, antecedentes de saúde, achados do exame físico, avaliação, diagnóstico e planejamento terapêutico;

Documentação minuciosa de cada encontro com o paciente;

Achados da reavaliação e documentação de qualquer modificação na conduta;

Prezar pelas questões ligadas ao sigilo profissional e privacidade;

Obrigações relacionadas ao consentimento informado;

Informação para fins legais e de seguros de saúde.

Pesquisa

Compreende:

Metodologia básica de pesquisa e bioestatística;

Interpretação dos protocolos e dos procedimentos baseados em evidência e princípios da melhor prática;

Uma abordagem epidemiológica à documentação clínica, incentivo à documentação de estudos de casos e participação em projetos de pesquisa de campo;

Desenvolvimento de uma abordagem crítica racional na tomada de decisão clínica e consideração de artigos publicados e diretrizes clínicas relevantes;

Desenvolvimento de habilidades necessárias para manter-se atualizado dentro da literatura e pesquisas recentes.

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5. Educação plena em Quiropraxia - Categoria I (B)

A educação quiroprática plena, incluindo requesitos de ingresso, geralmente requer de quatro a sete anos de estudo em ensino superior em período integral. O currículo inclui disciplinas das ciências básicas e clínicas de duração e conteúdo similar ao encontrado na formação médica.

Médicos e outros profissionais da saúde podem completar as exigências para obtenção de uma formação acadêmica plena em quiropraxia num período de tempo menor devido ao aproveitamento de créditos obtidos na formação prévia

Objetivo

O objetivo de um programa educacional deste tipo é possibilitar que determinados profissionais da saúde possam se qualificar como quiropraxistas.

Cursos especiais

Tais programas podem ser de tempo integral ou parcial, dependendo da experiência educacional e das circunstâncias do grupo de candidatos. Os programas são estabelecidos de modo que possam cobrir disciplinas não cursadas na formação em saúde prévia. Isto incluiria as disciplinas específicas da quiropraxia e as disciplinas das ciências médicas cujo conteúdo é inadequado para as exigências da formação quiroprática.

Formação básica

A duração da formação depende dos créditos recebidos na formação educacional e experiências prévias, contudo não deverá ser inferior a 2.200 horas distribuídas em 2 ou três anos em programas de período integral ou parcial, incluindo não menos que 1.000 horas de experiência clínica supervisionada.

6. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II (A)

Em alguns países, não é exeqüível adotar os modelos delineados na Categoria I, especialmente quando a formação acadêmica quiroprática é introduzida pela primeira vez e onde existe um significante número de estudantes que possuem experiência e educação médica prévia ou em outra profissão da saúde. Como já tem sido executado em determinadas jurisdições, tais candidatos podem obter habilidades clínicas básicas para render serviços quiropráticos através de um curso suplementar mais limitado, em período integral ou parcial, dependendo da extensão de suas formações prévias.

Esta abordagem deveria ser utilizada como medida temporária com a finalidade de estabelecer a disponibilidade de serviços quiropráticos. Um programa educacional pleno em Quiropraxia para candidatos que escolhem a Quiropraxia como sua profissão primária deve ser implementada tão logo seja possível fazê-lo.

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Objetivo

O objetivo deste programa educacional é qualificar profissionais da saúde apropriados e disponíveis para o exercício da quiropraxia dentro do sistema de saúde.

Este tipo de programa poderia ser desenvolvido para facilitar a introdução antecipada da quiropraxia num nível eficazmente aceitável e seguro.

Os programas deste tipo devem consistentemente considerar a importância de ter um programa oficialmente reconhecido de quiropraxia como parceiro colaborador com a finalidade de fornecer orientação educacional.

Cursos especiais

O programa é projetado para cobrir as disciplinas que são importantes para a o exercício da quiropraxia e que não foram abordados de maneira apropriada na formação em saúde prévia.

Os cursos de período de tempo parcial foram projetados para atender as necessidades dos profissionais que desejam manter seu emprego atual e para conceder os créditos apropriados aos indivíduos, de acordo com o seu nível de formação de saúde.

Formação básica

Embora dependa dos recursos humanos disponíveis para a atenção à saúde, as exigências de ingresso seriam normalmente a conclusão da formação como profissional da saúde de nível superior.

A duração da formação não deve ser inferior a 1.800 horas em dois ou três anos, em programas de tempo integral ou parcial, incluindo um mínimo de 1.000 horas de experiência clínica supervisionada.

7. Educação limitada em Quiropraxia - Categoria II(B)

Esta modalidade aplica-se aos indivíduos com formação limitada, os quais se identificam como “quiropraxistas”, no intuito de cumprir as exigências mínimas para o exercício profissional seguro. Em muitos países, não há exigências para o mínimo de educação quiroprática necessária. Isto leva ao exercício não-habilitado da quiropraxia, que é indesejável do ponto de vista de segurança para o paciente. Tais programas preparam os candidatos a cumprirem as exigências mínimas para o exercício profissional seguro da Quiropraxia.

Objetivo

Ampliar o conhecimento e as habilidades dos profissionais existentes que utilizam alguma forma de quiropraxia, com a finalidade de garantir a segurança pública e a cessão de serviços quiropráticos adequados. Esta abordagem deveria ser empregada somente como uma medida temporária.

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Cursos especiais

Como a formação pré-existente dos profissionais varia amplamente, assim também variam os modelos educacionais adotados para abordar situações como esta. A experiência adquirida sugere que o desenvolvimento dos cursos pode requerer estudos específicos para avaliar as necessidades.

Um programa básico de três anos de duração em tempo parcial, projetado para cumprir ou até exceder as exigências mínimas. Os candidatos inscritos recebem os créditos ou as considerações baseados em sua formação prévia ou qualificações existentes. As exigências para ingresso a tais programas têm sido a conclusão de um programa qualificado local e um período adequado de experiência clínica, em geral 2-3 anos.

Programas deste tipo deveriam considerar muito o valor de ter um programa reconhecido oficialmente como parceiro colaborador com a finalidade de fornecer orientação educacional.

Formação básica

A duração da formação não deve ser inferior a 2.500 horas em um programa de tempo integral ou parcial, incluindo um mínimo de 1.000 horas da experiência clínica supervisionada.

8. Avaliação e examinação dos estudantes de quiropraxia

Com a finalidade de garantir a segurança do paciente e o exercício profissional qualificado da quiropraxia, um sistema de avaliação independente e de licenciamento é necessário. Por ocasião da conclusão final da formação acadêmica, o conhecimento teórico e a competência clínica do egresso deve ser avaliada de maneira independente através de exames oficiais.

O desenvolvimento profissional continuado deve ser encorajado para fins de manutenção da licença.

9. A Quiropraxia e os agentes de atenção primária à saúde

Agentes de atenção primária à saúde - mioterapeutas

Alguns quiropraxistas, individualmente, desenvolveram cursos de capacitação em situações multidisciplinares, com programas que satisfazem as exigências nacionais. Estes cursos apresentam técnicas músculoesqueléticas básicas de tecidos moles, massagens e outras práticas terapêuticas para enfermeiras nativas, agentes comunitários de saúde, os quais aplicam princípios de atendimento quiroprático e tratamentos básicos sem o emprego de técnicas de manipulação da coluna vertebral. Tal formação deve ser sensível para com a cultura local existente e as questões étnicas, devendo explorar e acolher, onde possível, as práticas tradicionais locais.

Determinadas técnicas para alívio a dor e que lidam com a disfunção músculoesquelética, assim como o tratamento pertinente dos fatores músculoesqueléticos susceptíveis de modificação, podem ser ensinadas aos agentes de atenção primária à saúde, principalmente aos agentes de

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saúde comunitários, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas áreas rurais ou remotas (18).

Tais agentes podem desempenhar um papel valioso na educação de saúde da comunidade de muitas maneiras; estas incluem aconselhamento para atitudes saudáveis de vida, prevenção de desordens músculoesqueléticas e outros tópicos de saúde pública.

Objetivos

O objetivo de tais cursos é criar uma categoria de agente de atenção primária à saúde para que proporcione um primeiro nível de tratamento e de educação em um ambiente comunitário como complemento a outras medidas de assistência à saúde coletiva.

Composição do curso

Os cursos contêm uma combinação de unidades flexíveis optativas e obrigatórias que abordam diversas competências para suprir os requisitos existentes in loco. Estes podem incluir:

massagem terapêutica;

técnicas mioterápicas específicas;

aconselhamento sobre estilo de vida e saúde culturalmente apropriado;

abordagem dos fatores de risco músculoesqueléticos modificáveis, tal como a manutenção do peso ideal e a prática de atividade física, a eliminação do consumo de tabaco e a prevenção de lesões;

avaliação músculoesquelética;

técnicas de tratamento de “pontos-gatilho”;

técnicas de liberação miofascial;

técnicas de estimulação de tecido profundo;

técnicas de alongamento;

primeiros socorros para as lesões desportivas (incluindo as técnicas de bandagem e de imobilização).

Está excluído deste programa de formação tanto o ajustamento quanto à manipulação articular. As indicações que justificam este tipo de procedimento exigiriam a atenção de um quiropraxista ou outro profissional devidamente qualificado.

Métodos e duração da formação

A formação envolve “oficinas”, demonstrações interativas, aplicações clínicas e tarefas.

Os programas de treinamento teriam uma duração (supervisionada) de, no mínimo, 300 horas.

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Parte 2: Diretrizes sobre segurança em Quiropraxia

1. Introdução

Quando empregada de forma apropriada e competente, o cuidado de quiropraxia é seguro e eficaz na prevenção e tratamento de vários problemas de saúde. Não obstante, há riscos e contra- indicações sabidos com relação a protocolos manuais e outros tratamentos utilizados na prática quiroprática.

Sendo que a está além da esfera destas Diretrizes revisar as diversas indicações do cuidado de quiropraxia e as evidências na pesquisa que amparam tais indicações, esta parte revisará contra- indicações aos procedimentos terapêuticos primários utilizados pelos quiropraxistas: técnicas de ajuste, manipulação e mobilização, geralmente conhecidos como terapia manipulativa vertebral.

Oposto ao conceito que muitos possuem dentro da assistência à saúde, a Quiropraxia não é sinônimo de aplicação de técnicas manuais manipulativas específicas, nem sendo limitada a isto. O ajustamento/ajuste e diversas terapias manuais são componentes centrais das opções terapêuticas dos quiropraxistas. Entretanto, a profissão sendo estabelecida como profissão de primeiro contato no serviço de saúde, satisfaz as exigências educacionais e respeita as responsabilidades associadas com tal status.

O exercício profissional da Quiropraxia envolve uma gama geral e específica de métodos diagnósticos, tais como imaginologia do esqueleto, exames laboratoriais, exames ortopédicos e neurológicos, assim como avaliações táteis e de inspeção. A conduta terapêutica envolve ajustes na coluna vertebral e outras terapias manuais, exercícios reabilitativos, medidas de apoio e complementares, educação do paciente e aconselhamento. O exercício da Quiropraxia enfatiza a conduta conservadora do sistema neuromúsculoesquelético, sem a utilização de procedimentos cirúrgicos ou uso de medicamentos.

2. Contra-indicações às terapias manipulativas da coluna vertebral

A terapia manipulativa articular é o procedimento terapêutico básico utilizado pelos quiropraxistas e, porque a manipulação articular envolve um movimento passivo vigoroso da articulação além de seu limite ativo de movimento, os quiropraxistas devem identificar os fatores de risco que contra-indiquem a manipulação ou a mobilização (19, 20, 21).

As manipulações podem ser classificadas em técnicas de alavanca longa inespecíficas e técnicas específicas de alavanca curta, baixa amplitude e alta velocidade (a forma mais comum de ajuste quiroprático) que movem a articulação através de sua amplitude ativa e passiva de movimento até o espaço parafisiológico(22).

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A mobilização é quando a articulação permanece dentro de uma amplitude passiva de movimento e nenhum impulso (thrust) ou força repentina é aplicada.

As contra-indicações à terapia manipulativa vertebral vão desde uma não-indicação para tal procedimento, onde a manipulação ou a mobilização possa não ter efeito benéfico, mas também não teria um efeito nocivo, até uma contra-indicação absoluta, onde a manipulação ou mobilização poderia causar risco de morte. Em muitas situações, a manipulação ou a mobilização é contra-indicada em uma área, porém benéfica em outra (23). Por exemplo, a hipermobilidade pode ser uma contra-indicação relativa à manipulação em uma área da coluna, embora isto possa ser uma forma compensatória a uma restrição ao movimento em outra área, onde a manipulação seria o tratamento da escolha (24, 25). É evidente que o escopo de atuação do quiropraxista extende-se além da utilização de manipulação ou mobilização e inclui tração manual, alongamento passivo, massagem, compressão isquêmica de pontos-gatilho e técnicas reflexas destinadas à redução da dor e do espasmo muscular.

Para que a manipulação ou a mobilização da coluna vertebral sejam bem sucedidas, é necessário aplicar uma força em áreas da coluna que se apresentam com rigidez ou hipomobilidade, evitando áreas de instabilidade ou hipermobilidade (26).

Há um número de contra-indicações à manipulação e/ou mobilização articular, especialmente na coluna vertebral, as quais já foram revisadas em diretrizes desenvolvidas pela profissão quiroprática (27, 28) e na literatura quiroprática geral. Tais contraindicações podem ser absolutas, onde qualquer aplicação de mobilização ou manipulação articular é inapropriada por submeter o paciente a riscos desnecessários, ou relativos, onde o procedimento pode submeter o paciente a risco desnecessário a menos que a contra-indicação relativa seja compreendida e o procedimento seja modificado de maneira que o paciente não seja submetido a riscos desnecessários. Entretanto, a terapia manipulativa vertebral, principalmente as técnicas de partes moles e de força reduzida, podem ser efetuadas em outras áreas da coluna, dependendo da presença de lesão ou enfermidade. Evidentemente, nos casos de contra-indicação relativa, as técnicas de partes moles e de força reduzida constituem-se no tratamento de escolha, pois ambaspodem ser executadas de maneira segura na maior parte das situações onde há contra-indicação relativa.

Encontram-se listadas, em primeiro lugar, as contra-indicações absolutas à terapia manipulativa vertebral. As contra-indicações relativas e absolutas à terapia manipulativa vertebral encontram- se também destacadas em relação às categorias de enfermidades.

2.1 Contra-indicações absolutas à Terapia Manipulativa Vertebral

Deve-se ter ciência de que o propósito da Terapia Manipulativa Vertebral Quiroprática é corrigir a disfunção ou a restrição articular, não necessariamente para influenciar as desordens identificadas, que podem estar presentes coincidentemente em pacientes submetidos ao tratamento por uma razão diversa. A maioria dos pacientes que apresentam estas condições, necessitarão de encaminhamento para atendimento médico e/ou tratamento conjunto (33).

1. anomalias, tais como hiplopasia do processo odontóide, “os odontoideum” instável, etc

2. fratura aguda

3. tumor da medula espinhal

4. infecções agudas como osteomielites, discite séptica e tuberculose da coluna vertebral

5. tumores meníngeos

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6. hematomas, tanto da medula espinhal como intracanalicular

7. neoplasia malígna da coluna vertebral

8. herniação discal franca com sinais de déficit neurológico progressivo

9. invaginação basilar da coluna cervical alta

10. má-formação de Arnold-Chiari da coluna cervical alta

11. deslocamento vertebral

12. tipos agressivos de neoplasias benignas, como Cisto Ósseo Aneurismático, Tumor de Células Gigantes, Osteoblastoma e Oteoma Osteóide

13. dispositivos de fixação e estabilização interna

14. neoplasias do tecido muscular ou de outros tecidos moles

15. sinal positivo de Kernig ou de Lhermitt

16. hipermobilidade generalizada congênita

17. sinais ou padrões de instabilidade

18. siringomielia

19. hidrocefalia de etiologia desconhecida

20. diastematomielia

21. Síndrome da Cauda Eqüina

NOTA: Nos casos de dispositivos de fixação ou de estabilização internos, nenhuma manipulação óssea pode ser executada, embora a manipulação de tecidos moles possa ser feita com segurança. A terapia de manipulação articular pode também ser absolutamente contra-indicada na região da coluna vertebral em que o processo patológico, a anormalidade, ou o dispositivo estão situados, ou nas adjacências imediatas desta área.

3. Contra-indicações à manipulação articular por categoria de transtornos

Desordens articulares

As condições inflamatórias, tais como a Artrite Reumatóide, as espondiloartropatias soronegativas, a desmineralização ou lassidão ligamentar acompanhado de subluxação ou deslocamento anatômico, representam contra-indicações absolutas para a manipulação articular nas regiões anatômicas afetadas.

A Espondilite Anquilosante, do tipo sub-agudo e crônico, e outras artropatias crônicas em que não se percebe sinais de lassidão ligamentar, subluxação anatômica ou anquilose, não são contra- indicações para a execução de manipulação articular na área do processo patológico.

Nas doenças articulares degenerativas, osteoartrite, espondiloartropatia degenerativa e artrose facetária, modificação do procedimento terapêutico talvez se faça necessária nas fases inflamatórias agudas.

Nos pacientes com espondilite e espondilolistese, quando se tuiliza a manipulação articular, a cautela é necessária. . Tais condições não constituem contra-indicações; contudo, com o deslizamento progressivo, tais condições podem se tornar contra-indicações relativas.

As fraturas e os deslocamentos ou as fraturas consolidadas que apresentam sinais de rotura ou instabilidade ligamentar representam contra-indicações absolutas à manipulação articular aplicada na região anatômica.

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A instabilidade atlantoaxial é uma contra-indicação absoluta à manipulação articular na área do processo patológico.

A hipermobilidade articular e situações onde a estabilidade de uma articulação é incerta representam contra-indicações à manipulação articular na área afetada.

As articulações pós-procedimentos cirúrgicos ou segmentos que não apresentam evidências de instabilidade, não constituem contra-indicações à manipulação articular, mas podem representar contra-indicações relativas dependendo dos sinais clínicos tais como resposta, tolerância pré-teste ou grau de reparo.

As lesões agudas da articulação e das partes moles podem requerer modificações nos procedimentos terapêuticos. Na maioria das vezes, a manipulação articular na área acometida não é contra-indicada.

Embora os traumatismos não se constituem em contra-indicação absoluta à manipulação, os pacientes que sofreram eventos traumáticos requerem um exame cuidadoso das áreas de movimento excessivo, que podem variar desde uma mobilidade acentuada até instabilidade segmentar.

Transtornos que envolvem enfraquecimento e destruição óssea

A necrose avascular juvenil ativa, especificamente das articulações que suportam peso, constituem uma contra-indicação absoluta para a manipulação articular na área acometida.

A manipulação de osso enfraquecido por distúrbios metabólicos é uma contra-indicação relativa por causa do risco de fraturas (34, 35). A desmineralização do osso exige cautela. Isso resulta numa contra-indicação relativa à manipulação articular na área acometida. A coluna vertebral e as costelas são particularmente vulneráveis às fraturas osteoporóticas, sendo que os pacientes com antecedentes de tratamento prolongado com corticoesteróides ou com osteoporose, assim como as mulheres pós-menopáusicas são os mais suscetíveis (19:229, 36). Os tumores benignos ósseos podem produzir fraturas patológicas e conseqüentemente constituem contra-indicação variável de relativa à absoluta à manipulação articular na área acometida. As lesões ósseas displásicas e tumor-símile podem transformar-se em lesões malignas ou enfraquecer o osso a ponto de produzir fratura patológica; desta forma, constituem contra-indicação de relativa à absoluta à manipulação articular na área de envolvimento patológico.

As neoplasias malígnas, incluindo os tumores malignos do osso, são situações para as quais a manipulação articular na área de envolvimento é contra-indicação absoluta.

As infecções ósseas e articulares constituem contra-indicação absoluta à manipulação articular na área acometida.

Os processos patológicos severos ou dolorosos do disco intervetebral, tais como as discites ou as hérnias discais, são contra-indicações relativas e técnicas manipulativas de força e velocidade reduzidas e sem recoil (retrocesso) devem ser empregadas.

Desordens circultórias e hematológicas

As manifestações clínicas da síndrome de insuficiência vertebrobasilar exigem particular atenção e constituem contra-indicação de relativa à absoluta à execução de manipulação articular cervical na área afetada. Isto também inclui os pacientes com antecedentes de acidente vascular cerebral (37).

Quando há o diagnóstico de aneurisma envolvendo um vaso sanguíneo principal, pode haver

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contra-indicação de relativa à absoluta à manipulação articular dentro da área de acometimento.

Sangramentos são complicações potenciais da terapia anti-coagulante ou de certas discrasias sanguíneas. Estas desordens constituem contra-indicação relativa à manipulação articular.

Desordens neurológicas

Os sinais e os sintomas de mielopatia aguda, de hipertensão intracranial, dos sinais e dos sintomas de meningite ou da síndrome aguda da cauda eqüina representam contra-indicações absolutas à manipulação articular.

Fatores psicológicos

É importante levar em consideração os fatores psicológicos presentes no tratamento como um todo dos pacientes que buscam o atendimento quiroprático. Determinados padrões aberrantes de comportamento representam contra-indicações relativas ao tratamento persistente ou contínuo. Falha em diferenciar pacientes com queixas psicogênicas daqueles com desordens orgânicas podem resultar em tratamento inapropriado. Isto também pode acarretar em demora ao encaminhamento apropriado. Pacientes que possam requerer encaminhamento incluem os que simulam sintomas, histéricos, hipocondríacos e os que possuem personalidades dependentes (25:162).

Eletroterapias

4. Contra-indicações às terapias adjuvantes e de apoio

No exercício da quiropraxia, há terapias adjuvantes que podem incluir eletroterapias tais como ultrassom, corrente interferencial e estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS). Os equipamentos para estas modalidades de tratamento necessitam ser mantidas adequadamente e utilizadas de acordo com as especificações apropriadas e indicações clínicas; contudo, nestas circunstâncias, tais métodos terapêuticos apresentam apenas um risco bem limitado de causar danos (38, 39, 40).

Exercícios e medidas de apoio suplementares

Alguns exercícios de reabilitação e medidas de apoio são utilizadas no exercício da quiropraxia. Estas devem recomendadas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente e a quantidade ou o nível do exercício devem especificamente ser projetados para acomodar as limitações e as necessidades do indivíduo, sendo geralmente conservadores no início e então aumentados com o decorrer do tempo. Nestas circunstâncias, não há contra-indicação alguma significativa que não poderia ser levada em consideração pelo bom senso e pelo conhecimento do profissional (41).

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5. Acidentes e reações adversas

Causas de complicações e reações adversas:

Veja Henderson (42)

falta de conhecimento

falta de habilidade

falta de atitude racional e de técnica

Exemplos de procedimentos inapropriados

Veja Henderson (42)

procedimentos diagnósticos inadequados

avaliação incorreta do diagnóstico por imagem

demora em encaminhar o paciente para outro profissional

demora na reavaliação

falta de cooperação interprofissional

falha em não levar em consideração as limitações do paciente

seleção ou execução débil de técnicas

uso excessivo ou desnecessario do procedimento manipulativo

Conseqüencias adversas graves

A manipulação é considerada como um meio relativamente seguro, eficaz e conservador de promover o alívio da dor e melhorar estrutural dos transtornos biomecânicos da coluna vertebral. Entretanto, assim como em todas as intervenções terapêuticas, complicações podem surgir. Complicações neurológicas graves e acidentes vasculares têm sido relatados na literatura, embora ambos os fenômenos sejam raros (43).

Região cervical

acidentes vertebrobasilares (ver parte 2, seção 3.3 acima)

Síndrome de Horner (44)

paralisia do diafrágma (45)

mielopatia (46)

lesões do disco intervetebral cervical (25:66)

fraturas patológicas (47, 48)

Região torácica

fratura de costela e diástase costocondral (49)

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Região lombar

aumento dos sintomas neurológicos que originalmente adviram de uma lesão discal (50)

síndrome da cauda eqüina (51, 52)

herniação discal lombar (52)

rotura de aneurisma da aorta abdominal (53)

Acidentes vasculares

Compreensivelmente, os acidentes vasculares são responsáveis maiores pelo criticismo à terapia manipulativa vertebral. Contudo, foi apontado que “os críticos à terapia manipulativa enfatizam a possibilidade de lesão grave, especialmente do tronco encefálico, devido ao traumatismo arterial após a manipulação cervical. Tudo que foi necessário foram raros relatos de acidentes deste tipo para difamarem um procedimento terapêutico que, quando realizado por mãos experientes, produz resultados benéficos com poucos efeitos adversos” (43).

Em circunstâncias muito raras, o ajuste manipulativo da coluna cervical de pacientes susceptíveis tornou-se o ato final intrusivo que, quase que por acaso, resultou em conseqüências muito graves (54, 55, 56, 57).

Mecanismo

A insuficiência arterial vertebrobasilar é o resultado de uma obstrução passageira, parcial ou completa de uma ou de ambas as artérias vertebrais ou de seus ramos. Os sinais e os sintomas da síndrome da artéria vertebral devido a essa compressão incluem, por exemplo, vertigem, tonturas, sensação de confusão, desorientação, desequilíbro, ataxia, dificuldades na marcha, náusea ou vômitos, disfasia, parestesias de um lado do rosto ou do corpo, uma dor repentina e severa no pescoço ou cabeça após a manipulação da coluna (43:579).

A maioria dos casos de trombose e de infartos arteriais ocorrem geralmente em pessoas idosas e possui caráter espontâneo e não é relacionado a traumas.

Incidência

A síndrome da artéria vertebral, atribuído à manipulação cervical, ocorre em pacientes mais jovens. A média de idade é inferior aos 40 anos e ocorre com mais freqüência em mulheres do que nos homens. Em 1980, Jaskoviak estimou que cinco milhões de tratamentos tinham sido administrados na clínica da Faculdade de Quiropraxia National ao longo de um período de 15 anos, sem que se registrasse um único caso de síndrome da artéria vertebral associado à manipulação (58).

Ainda que seja compreensível que a incidência de lesão vascular cerebral possa ser maior do que o número de acidentes relatados, autoridades reconhecidas nesta área de pesquisa estimam que a a incidência tem variado de um caso fatal em diversos milhões de manipulações (59), um em cada 10 milhões (60) e um em 1 milhão (61) a uma cifra ligeiramente mais significativa de "uma complicação importante em 400 000 manipulações cervicais" (62).

As complicações de caráter grave são muito raras e seria improvável que as reações adversas fossem atribuídas unicamente à intervenção terapêutica.

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Prevenção das complicações resultantes da manipulação

Os incidentes e os acidentes que resultam da terapia manipulativa podem ser prevenidos mediante a avaliação cuidadosa dos dados encontrados na anamnese e no exame do paciente. Devem-se buscar informações sobre doenças já existentes e o uso de medicamentos, sobretudo o uso prolongado de anticoagulantes e de esteróides. Um exame detalhado e meticuloso deve ser realizado. É essencial o uso de técnicas apropriadas e o quiropraxista deve evitar as técnicas sabidamente como potencialmente perigosas (19:234-235).

6. Treinamento em primeiros socorros

Todos os programas educacionais reconhecidos de quiropraxia possuem cursos padronizados em primeiros socorros, quer sejam administrados dentro da instituição ou realizados junto a autoridades como a Cruz Vermelha. Este é o caso em todos os programas de formação, quer sejam de tempo integral, de conversão ou de nivelamento. Também, dentro das disciplinas de gerenciamento de risco, há alocação de tempo para o ensino de procedimentos que minimizem a possibilidades de lesões e as ações apropriadas a serem seguidas em caso de acidente.