revista brasileira de quiropraxia vol 4 n 2

Upload: roderley-reis

Post on 25-Feb-2018

231 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    1/79

    66

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    2/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 67 de 143

    Revista brasileira de

    QuiropraxiaBrazilian Journal of Chiropractic

    Apoio:

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    3/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 68 de 143

    REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OFCHIROPRACTIC

    Volume IV- Nmero 2 Julho a Dezembro 2013NDICE CONTENT

    1. EDITORIAL E INSTRU ES AOS AUTORES 692. REVISO E ATUALIZAO

    Tcnicas Integrativas Quiropraxia: Exerccios Teraputicos

    Practices in integrative chiropractic: Therapeutic Exercises

    Eliana Soares Pereira

    76

    3. The basis of Chiropract ic Manipulat ive Reflex Technique (CMRT)

    Bases da Tcnica Quiroprtica Manipulativa Reflexa (CMRT)

    Joseph F Unger Jr

    79

    4. ARTIGOS ORIGINAISA eficcia do ajuste cervical em portadores da Sndrome de CefaleiaCervicognica

    The effectiveness of cervical adjustment in patients with cervicogenic headachesyndrome

    Marcelo Todescatt Grittie Mariana Wentz Faoro

    83

    5. Perfil sociodemogrfico dos usurios do servio de quiropraxia de umaunidade bsica de sade em Porto Alegre/RS

    Users sociodemographic profile of utilizationof chiropractic services in a basic healthcare unit in Porto Alegre.

    Carlos Podalirio B. de Almeida, Ranieli G. Zapelini, Brbara N. G. de Goulart

    93

    6. Avaliao da relao do tratamento de manipulao articular com a expressourinria de hidroxiprolina em atletas corredores fundistas

    Assessment of the relationship of the treatment of joint manipulation with theexpression urinary hydroxyproline athletes in long distance runners

    Renato Hirose,Stefan M. Westerstahl, Song Duck Kim,Carlos J. R. Oliveira

    104

    7 Alteraes ps-ajustes vertebrais em praticantes de montanhismo

    Changes in post-spinal adjustments practitioners of mountaineering

    Ismael Zieroe Marcelo Machado de Oliveira

    114

    8. Prevalncia de escoliose idioptica em pacientes submetidos ao atendimento

    quiroprtico em uma clnica escola

    Prevalence of idiopathic scoliosis in patients undergoing chiropractic care in a clinic

    school

    Gabriela Piccoli Pizzamiglio, Mariana Wentz Faoro,Nara Isabel Gehlen

    125

    9. Efeitos do tratamento quiroprtico associado ou no ao uso de bandagemelstica na postura cervical de deficientes visuais

    Effects of chiropractic treatment with or without the use of elastic bandage on cervical

    posture for the visually impaired

    Leticia Gitacie Angela Kolberg

    135

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    4/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 69 de 143

    EDITORIAL

    Os profissionais da rea no tm medido esforos para fidelizar seuspacientes e aumentar sua credibilidade profissional e assim consolidar seu

    papel na sociedade. Para tanto, reconhecem a necessidade de vincular o

    modelo de prtica com as necessidades dentro do nosso meio social,

    respeitando os limites ticos e da boa prtica profissional baseada em

    evidncias cientficas.

    As perspectivas atuais de trabalho so grandes e esto em contnua

    evoluo, exigindo que o profissional desafie sua capacidade cotidiana ebusque atualizao constante, utilizando novas abordagens e procedimentos

    eficazes que agreguem um diferencial a sua prtica. O melhor caminho para

    alcanar essa meta a educao permanente, cujo conceito abrange todas

    as reas de atividade humana e est baseada em trs pontos:

    aperfeioamento, especializao e pesquisa.

    Baseados nestas premissas a Revista Brasileira de Quiropraxia nas

    edies deste ano traz artigos de atualizao e reviso que abordam conceitosbsicos de ferramentas exclusivas da profisso, como o caso da Sacro

    Occipital Techinic(SOT), Chiropractic Manipulative Reflex Technique(CMRT) e

    prticas comuns entre os diferentes terapeutas manuais como os Exerccios

    Teraputicos e a Bandagem Elstica.

    Esperamos que apreciem e aproveitem a leitura. Lembramos ainda que

    o envio de artigos para a revista contnuo, devem ser encaminhados para o

    e-mail: [email protected] respeitando-se as normas do peridico, que podem

    ser encontradas na seco de orientao aos autores.

    Boa Leitura.

    Corpo Editorial

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    5/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 70 de 143

    REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OFCHIROPRACTIC

    Corpo Editorial

    Editor cientfico

    Djalma Jos Fagundes

    Editores assistentes

    Ana Paula Albuquerque Facchinato

    Evergisto Souto Maior Lopes

    Jornalista cientfico

    Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

    Consultor da lngua inglesa

    Ricardo Fujikawa

    Conselho nacional de consultores (Brasil)

    Eduardo S. Botelho Bracher

    Fernando Redondo

    Aline Pereira Labate Fernandes

    Conselho internacional de consultores

    David Chapman SmithReed Phillips

    Fbio Dal Bello

    Assessoria e Gerncia Executiva

    Mara Clia Paiva

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    6/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 71 de 143

    AGRADECIMENTOS

    A Revista Brasileira de Quiropraxia publica trabalhos cientficos e

    culturais de interesse aos profissionais da rea steomioarticular. A qualidade

    das informaes neles expressas avaliada de forma sistemtica por colegas

    experientes. Todo trabalho de investigao ou reviso submetido revista

    enviado a especialistas encarregados de rev-los de forma detalhada, visando

    obter avaliaes abalizadas sobre a qualidade tcnica do texto.

    Outros colegas tambm disponibilizam seu tempo para elaborar reviso

    ortogrfica e formatao dos textos.Em reconhecimento espontnea colaborao desses especialistas,

    bem como a conduta tica demonstrada nesse processo, expressamos aqui o

    nosso agradecimento.

    Reviso cientfica

    Carlos Podalirio B. de Almeida

    Cley Jonir Foster JardeweskiDaniel Facchini

    Katherine Palmina Cassemiro Colomba

    Marcos Vincius Zirbes

    Mariana Wentz Faoro

    Patrcia Bergesch

    Rafael Henrique Santos

    Vinicius Tieppo Francio

    Reviso ortogrfica

    Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

    Formatao de texto

    Elisangela Zancanrio

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    7/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 72 de 143

    INSTRUES AOS AUTORES

    Apresen tao

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    uma entidade aberta de comunicao e divulgao de atividades cientficas e

    profissionais na rea de Quiropraxia. Ela recebe colaborao em suas diversas

    sees, aps avaliao de pelo menos dois de seus membros do Conselho de

    Consultores e que iro julgar a relevncia, formatao e pertinncia da

    comunicao.

    Os autores e coautores devem ter participao efetiva na elaborao do

    trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execuo e

    interpretao. O autor principal o responsvel pela lisura e consistncia das

    informaes do artigo. Os indivduos que prestaram apenas colaborao

    tcnica devem ser designados na seco de agradecimentos.

    O original do artigo ou comunicao deve ser acompanhado de uma

    carta ao editor-chefe apresentando o ttulo do trabalho, autores e respectivos

    graus acadmicos, instituio de origem e motivo da submisso. Deveacompanhar uma carta de cesso dos direitos autorais e compromisso de

    exclusividade de publicao segundo o modelo:

    Cesso d e Direi to s

    Os autores abaixo assinados esto de acordo com a transferncia dos

    direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado:

    ........................................................................ Revista Brasileira de

    Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, no estar em

    avaliao por outro peridico, no ser total ou parcialmente publicado

    anteriormente e no ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e

    cada um dos autores confirma sua contribuio e est de acordo com as

    disposies legais que regem a publicao.

    Cidade, data

    Nome legvel e assinatura de todos os autores.

    Submi sso de art igo s

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    8/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 73 de 143

    Os originais podem ser submetidos para a apreciao da revista por via

    eletrnica (e-mail) ou por cpia em CD-ROM (ou equivalente),

    preferencialmente em ingls e ser produzidos em editor de texto compatvel

    com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens

    superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os pargrafos devem ser

    separados por espao duplo, no ultrapassando 12 (doze pginas incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos no devem

    ultrapassar 6 (seis) pginas digitadas em sua extenso total, incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos.

    Os artigos e comunicaes enviadas sero analisados pelo editor-chefe;

    sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatao da Revista eles

    sero encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliao do

    mrito cientfico da publicao. Os originais podero ser devolvidos para

    correes e adaptaes de acordo com a anlise dos consultores ou podem

    ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigao

    de justificativa. Os artigos originais recusados sero devolvidos aos autores.

    Figuras, Tabelas e Quadro s

    As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. Asimagens devem ser designadas como Figuras, numeradas em algarismos

    arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em

    arquivo JPG ou TIF com alta resoluo.

    As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em

    algarismos arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto.

    Formato do Art igo

    Os originais devem conter um arquivo separado com a pgina de ttulo

    (title page) onde deve constar:

    - o ttulo do artigo (mximo de 80 caracteres)

    - nome completo dos autores

    - afiliao e mais alto grau acadmico

    - instituio de origem do trabalho

    - ttulo abreviado (running title) mximo de quarenta caracteres- fontes de financiamento

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    9/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 74 de 143

    - conflito de interesses

    - endereo completo do autor correspondente (endereo, telefone, fax e e-

    mail).

    Formato das Referncias

    As referncias devem ser numeradas em algarismos arbicos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com

    o mesmo nmero no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as

    referncias seguindo as normas bsicas de Vancouver com Sobrenome,

    Prenome do(s) autor(es). Ttulo do artigo. Ttulo do Peridico. Ano; Volume

    (nmero); pginas inicial-final.

    Exemplos de formatao:

    Artigo:Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M

    P, Oberg T D. Ocorrncia de desvios posturais em escolares do ensino pblico

    fundamental de Jaguarina, So Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009;

    27(1): 74-80.

    Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionrios, Guias): Wyatt, L,

    Handbook of clinical Chiropractic care, 2 edio. United States: Jones and

    Bartlett Pusblishers, 2005.

    Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In:

    Anais do 3 Simpsio International de Dor; So Paulo: 1997,p. 77 (abstr.).

    Artigo em formato eletrnico: International Committee of Medical Journal

    Editors: Uniform requirements for manuscripts submeted to biomedical journals.

    Disponvel em URL:

    http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm.Acessado em 15

    de maio 2010.

    Resumo (abstract)

    Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado

    (objetivos, mtodos, resultados e concluses) com no mximo 250 palavras.

    Dever ter uma verso em portugus e outra em ingls.

    http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htmhttp://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    10/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 75 de 143

    Unitermos (key-wo rds)

    Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves

    de acordo com a normatizao dos Descritores em Cincias da Sade da

    BIREME (Biblioteca Regional de Medicina).Texto

    Devem constar de Introduo, Objetivos, Mtodos, Resultados,

    Discusso, Concluso, Agradecimentos e Referncias.

    Com isso de tica

    Os artigos devem trazer o nmero do protocolo da aprovao do Comit

    de tica da Instituio de origem e declarao do preenchimento do Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido.Contato

    Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic

    Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina.

    CEP 05304-010, So Paulo, SP, Brasil.

    E-mail: [email protected] - Tel.: +55(11)3641-7819

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    11/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 76 de 143

    REVISO E ATUALIZAO

    PRTICAS INTEGRATIVAS NA QUIROPRAXIA: Exerccios Teraputicos

    PRACTICES IN INTEGRATIVE CHIROPRACTIC: Therapeutic Exercises

    Eliana Soares Pereira

    [email protected]

    Os sintomas de distrbios

    musculoesquelticos (DME) so os

    mais prevalentes na populao

    mundial, independente do seu grau

    de industrializao, e atinge todas

    as faixas etrias1. A modificao

    nos hbitos de vida, o aumento do

    estresse e das cobranas no mundo

    corporativo, so considerados as

    principais causas pelo aumento de

    sua incidncia2. A sua origem pode

    estar relacionada ao sistema

    nervoso, como resultado de uma

    dor secundria a uma leso ssea

    ou muscular, ou ser o consequncia

    de um defeito cerebelar. Diversos

    processos patolgicos, como por

    exemplo, os distrbios metablicos,

    tambm afetam o sistemamusculoesqueltico, produzindo

    diferentes tipos de sintomas e

    variados graus de incapacidade

    funcional podendo inclusive gerar

    incapacidade. Com certeza, as

    artrites e desordens a elas

    relacionadas so as doenas maisencontradas na prtica clnica do

    quiropraxista3. A doena articular

    degenerativa representa por si s a

    metade das queixas dos pacientes.

    Na maioria das vezes, estes

    padres de referncia afetam a

    coluna vertebral e ombros, mas

    tambm podem ocorrer no trax,

    quadris, regio inguinal ou na

    articulao sacroilaca3-4.

    As algias vertebrais so

    consideradas atualmente um

    problema de sade pblica5. Elas

    ocorrem em qualquer idade, e

    afetam mais de 30% da populao

    de 70 anos de idade ou mais, numa

    base mensal6, com custos scios

    econmicos significativos7. Vrios

    estudos tm demonstrado que a

    terapia de exerccio fsico, seja deestabilizao ou flexibilidade, so

    tratamentos eficazes para reduzir a

    incapacidade relacionada dor e

    gravidade nas algias vertebrais8-10.

    Historicamente, a preveno de

    DME ocorre h milnios. Relatos

    antigos descrevem agricultoreschineses praticando exerccios que

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    12/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 77 de 143

    mimetizavam os movimentos que os

    camponeses produziam nos

    campos11. Com o passar dos

    tempos, estes movimentos

    receberam outras influncias

    formando escolas especficas, como

    o caso do Liang Gong em 18

    terapias. Os exerccios utilizados

    nesta prtica tem um carter

    preventivo e atuam na correo

    postural, reduo do estresse e

    aumento na concentrao12,

    benefcios que proporcionam maior

    produtividade e segurana no

    desenvolvimento das atividades

    laborais13.

    Ainda sob a influncia

    oriental, encontramos na literatura

    alguns estudos em que a prtica de

    Yoga foi aplicada em indivduos

    com distrbios vertebrais, com

    resultados expressivos,

    especialmente no quesito

    incapacidade derivada pela dor,

    estabilizao e flexibilidade da

    coluna vertebral14-16. A associaode processos psicolgicos prtica

    dos exerccios, como mudana no

    foco de ateno, foi tratada com

    sucesso em terapias cognitivas e

    comportamentais para a dor lombar

    crnica17.

    Na Alemanha, no SchrothHospital Katharina, a cirurgia para

    pacientes com escoliose o ltimo

    recurso. Os pacientes so tratados

    conservadoramente, com

    procedimentos incluindo o ajuste

    quiroprtico, terapia sacro occipital

    e modalidades de exerccios

    teraputicos como o Pilates, para

    fortalecimento muscular e equilbrio

    das curvaturas da coluna vertebral,

    diminuio da dor e aumento da

    funo18. Os programas de

    tratamento conhecidos como

    Mackenzie e Escola da Coluna,

    so amplamente utilizados, seus

    custos so relativamente baixos e

    sua eficincia incontestvel para

    casos de dor lombar crnica19.

    Os problemas de sade em

    geral podem ser reduzidos ou

    evitados com um estilo de vida mais

    ativo. Se o paciente estiver

    consciente dos benefcios advindos

    da atividade fsica orientada,

    certamente ocorrer maior adeso

    aos exerccios indicados pelo

    quiropraxista e os resultados

    teraputicos sero precoces e

    permanentes20-21.

    REFERENCIAS:

    1. Brando AG, Horta BL, Tomasi E.Sintomas de Distrbios osteomuscularesem bancrios de Pelotas e regio:prevalncia e fatores associados. Revista

    Brasileira de Epidemiologia. 2005;8(3):295-305.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    13/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 78 de 143

    2. Maciel RH, Albuquerque AMFC, MelzerAC, Lenidas SR. Quem se Beneficia dosProgramas de Ginstica Laboral?Cadernos de Psicologia Social do Trabalho.2005;(8):71-86.

    3. Goubert L, Crombez G, Peters M. Pain-related fear and avoidance: a conditioningperspective. In Asmundson GJ, VlaeyenJW, Crombez G, eds. Understanding andTreating Fear of Pain. New York, NY:Oxford University Press; 2004:2550.

    4. Fagundes DJ et al. Quiropraxia-Diagnstico e Tratamento da ColunaVertebral. So Paulo: Roca, 2013.

    5. Fejer R, Kyvik KO, Hartvigsen J: Theprevalence of neck pain in the world

    population: a systematic critical review ofthe literature. Eur Spine J 2005, 15:834-848.

    6. Hartvigsen J, Frederiksen H,Christensen K: Back and neck pain exhibitmany common features in old age. Apopulation based study of 4,486 Danishtwins aged 70-102. Spine 2004, 29:576-580.

    7. Stewart WF, Ricci JA, Chee E,Morganstein D, Lipton R. Lost productive

    time and cost due to common painconditions in the UW workforce. JAMA2003; 290:244354.

    8. Hartvigsen J, 8. Christensen K: Activelifestyle protects against incident low backpain in seniors.Spine2007, 32:76-81.

    9. Hayden JA, Van TMW, TomlinsonG: Systematic review: strategies for usingexercise therapy to improve outcomes inchronic low back pain. Ann InternMed2005, 142:776-785.

    10. Maiers MM, Jan H, Schulz C, SchulzK, Evans RL, Bronfort G. Chiropractic andexercise for seniors with low back pain orneck pain: the design of two randomizedclinical trials. BMC MusculoskeletalDisorders2007, 8:94

    11. Corral, J. QIGONG-ChI Kung Arte eCincia da Medicina Tradicional Chinesa,2008. Disponvel emhttp//lacomunidad.elpais.com/Jorge-

    corra/2008/2/4/-qigong-ch-i-kung-arte-e-ciencia-da medicina-tradicional.

    12. Bittar A. Influencia da atividadeergonmica e o exerccio. Revista Revinter.2004.

    13. Manzieri D. Estudo dos efeitos do LianGong em 18 terapias na qualidade de vidados trabalhadores de uma empresasiderrgica no Municpio de So Paulo.Revista Fisiobrasil. 78 ed. 2006.

    14. Sherman KJ, Cherkin DC, Erro J, et al.Comparing yoga, exercise, and a self-carebook for chronic low back pain: arandomized, controlled trial. Ann Intern Med2005; 143:84956.

    15. Morone NE, Greco CM, Weiner DK.Mindfulness meditation for the treatment ofchronic low back pain in older adults: arandomized controlled pilot study. Pain2008; 134:31019.

    16. Tekur P, Singphow C, Nagendra HR, etal. Effect of short-term intensive yogaprogram on pain, functional disability andspinal flexibility in chronic low back pain: arandomized control study. J AlternComplement Med 2008; 14:63744.

    17. Kole-Snijders AMJ, Vlaeyen JWS,Goossens MEJB, et al. Chronic low backpain: what does cognitive coping skillstraining add to operant behavioraltreatment? Results of a randomized clinicaltrial. J Consult Clin Psychol 1999; 67:93144.

    18. Blum CL. Chiropractic and PilatesTherapy for the Treatment of adultscoliosis. JMPT. May 2002.

    19. Garcia NA et al. Effectiveness of BackSchool versus McKenzie Exercises inPatients with Chronic Nonspecific Low BackPain: A Randomized Controlled Trial. PhysTher 2013 June 93:729-747.

    20. Paffenbarger R, Hyde R, Wing, A,Hsieh C. Physical activity, all causemortality, longevity of college alumni. NEng. J Med 1986; 314:605-613.

    21. Patrick Milroy et al. Factors affectingcompliance to chiropractic prescribed homeexercise: a review of the literature. J CanChiropr Assoc 2000; 44(3).

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    14/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 79 de 143

    REVISO E ATUALIZAO

    THE BASIS OF CHIROPRACTIC MANIPULATIVE REFLEX TECHNIQUE (CMRT)

    Bases da Tcnica Quiroprtica Manipulativa Reflexa (CMRT)

    Dr Joseph F Unger Jr DC, FICS SORSI, [email protected]

    Skeletal muscles all receive

    innervations from multiple nerve

    roots of the spine. This is clearly an

    adaptive advantage. There are,

    however, notable exceptions. The

    muscles of the intervertebral motor

    units are all derived from a single

    nerve root. This is due to the

    embryological derivation of these

    muscles. During our early

    development in the embryo, a single

    vertebra, its intervertebral

    musculature and an organ all

    originate from the same scleroderm.

    As a result, they all share common

    neurology throughout life.

    Stimulation at any point in any of the

    related organs and tissues can

    potentially affect all other related

    organs and tissues. Furthermore,

    these various nerve tracts are

    capable of becoming reflexively

    habituated. This kind of deep-seated

    viscerosomatic and somatovisceral

    reflex arcing can become a serious

    detriment to human health.

    The body is designed to be a

    self-sustaining and self-correcting

    mechanism. In chiropractic this

    mechanism is theorized to be

    dependent upon the proper flow of

    innate energy through the nerves. At

    the vertebral level the mechanism is

    dependent upon the body's ability to

    coordinate function of each segment

    of the spine. In this way, proper

    alignment and nerve function is

    maintained throughout a variety of

    positions and postures as well as

    loads produced by lifting and

    straining. This mechanism is under

    the direct control of the brain and

    central nervous system. The brain

    and central nervous system in turn

    are absolutely dependent upon

    cerebrospinal fluid flow and

    pressures to insure normal function.

    The CSF mechanism is intimately

    influenced by the cranial and spinal

    dural functions and can become

    dysfunctional if the Dura is stressed.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    15/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 80 de 143

    The mobility and coordinated

    function of a vertebral motor unit is

    ultimately under the control of the

    central nervous system and its

    influence upon the intervertebral

    muscles; namely, the interspinalis,

    rotatores and intertransversari

    muscles. These muscles are

    ultimately responsible for the core

    stability of each vertebral segment.

    They adapt to stresses, strains and

    changes in loading and postures.

    They also maintain the position of

    the vertebra protecting the nerve

    root and its vital functions. Proper

    central nervous system controls

    over these important muscles

    prevent chiropractic subluxations.

    When proper structure and

    function is intact, they also provide a

    mechanism for the body to correct

    itself of vertebral dysfunctions. This

    is because the human system, if

    given the proper functions and

    circumstances as provided by the

    central nervous system when it isfree of dural irritations, is self-

    healing. It is equally important to

    note that these muscles share

    neurology with organ function.

    Therefore, if a viscous is producing

    inordinate amounts of neurological

    reflex back to the central nervoussystem, it will compete for the same

    neurology that is responsible for the

    function of these important muscles.

    Under those circumstances the

    muscle action may be inadequate

    for proper coordination of

    mechanical function. The segment

    loses stability and becomes hyper

    mobile, risking overextension of its

    physiological limits resulting in

    potential injury. The vertebral

    segment can then become

    subluxated in motion as well as

    function.

    This subluxation in turn

    results in a loss of vital neurological

    function to the organ. The organ in

    turn may become sick and unable to

    heal optimally. This hyper mobility is

    responsible for an increase in

    neurological activity to the central

    nervous system, alerting the brain to

    this dysfunction. In response, a

    neuromuscular lockdown or splinting

    of the muscles of the motor unit

    occurs. Now this segment is not only

    positionally subluxated, but thecentral nervous system controls

    have been compromised. Ultimately

    this whole reflex mechanism

    becomes neurologically habituated

    and cannot reset itself.

    Furthermore, each of these muscles

    has direct reflex to the occipital fibersystem as described by Dr. De

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    16/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 81 de 143

    Jarnette. The specific occipital line

    fibers are as follows:

    The occipital fiber Line 1

    results from irritation of the

    interspinalis muscle. This is

    neurologically produced by a stasis

    of cerebrospinal fluid flow and stasis

    at the related vertebral segment. In

    other words, if the cranial sacral

    pump mechanism for that specific

    vertebra is compromised, there is a

    resulting irritation in the interspinalis

    muscle producing a Line 1 occipital

    fiber. These are common

    occurrences and can change from

    hour to hour depending upon the

    mental, emotional and physical

    status of the individual. A Line 1

    fiber alone may not require

    treatment, because it may change of

    its own accord due to multiple

    factors.

    A Line 2 fiber is a response to

    irritation of the rotatores muscle

    resulting from organ irritation. This

    fiber may also change day to day orhour to hour depending upon the

    mental, emotional and physical

    status of the individual.

    Neutralization only may alleviate

    symptoms but may not produce

    long-lasting results. If, however, an

    active fiber is diagnosed thatcontinues and stays swollen and/or

    tender, it indicates that a detrimental

    viscerosomatic and somatovisceral

    reflex arc has developed that needs

    more than just the neutralization. It

    is beyond the body's natural

    capabilities to fix this kind of

    subluxation on its own, and

    indicates the need for the occipital

    fiber Line 2 procedures including

    C.M.R.T.

    A Line 3 fiber is the result of

    irritation of the intertransversari

    muscles. This reflex can become

    active from two different major

    causations. One is a traumatically-

    induced irritation requiring specific

    intervention and procedures. The

    other is due to a barrage of

    neurological reflexing from organ

    pathology. The latter may require

    multidisciplinary attention. The

    occipital fiber evidence of organ

    pathology is denoted by Line 1 plus

    Line 2 plus Line 3 fibers. If the

    tenderness at the pedicle

    junction/lateral spinous is notcontrolled by pressures at C-1 and

    C-2, a double thumb lift and

    additional help may be needed.

    Accurate occipital fiber

    diagnostics are essential in this

    technique. Occipital fiber palpation

    and diagnosis requires diligence,training and constant focus and

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    17/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 82 de 143

    study. Also the accurate location of

    the fibers must also be maintained.

    There are additionally sub occipital

    fibers used in pain control as well as

    areas of pain that sometimes

    develop above the occipital fiber

    lines. The practitioner must be

    aware of these other areas to guard

    against misdiagnosis.

    In summation, the need for the occipital fiber neutralization procedure andC.M.R.T. is identified by the line one fiber associated with the

    corresponding line two findings.

    REFERENCES

    Visceral Innervation, Compiled by theResearch Staff of the ProfessionalResearcher Service, 1946

    Chiropractic Manipulative ReflexTechnique, Major Bertrand De Jarnette DC,1966

    Sacro Occipital Research Bulletin,December 1957, De Jarnette

    Sacro Occipital Notes 1958, De Jarnette

    Viscerosomatic Pre-and PostganglionicTechnique, Ned Heese DC, private paper

    Symptoms of Visceral Disease, FrancisMarion Pottenger M.D.

    The Neurophysiology of the Seven OccipitalFibers Associated with Viscerae Novemberand December SORSI Dispatcher 1968, Dr.A. F. Dangerfield with the approval of Dr.MB De Jarnette DC

    An Atlas of Pain Patterns, Mayo Clinic andMayo Foundation 1961

    C.M.R.T. Chiropractic Manipulative ReflexTechnique, Dr. A F Dangerfield, SORSIDispatcher July 1971

    Technic and Practice of Bloodless Surgery,Major Bertrand De Jarnette DC, 1939

    The Chiropractic Theories, Robert A Leach,1994

    The Neurodynamics of the VertebralSubluxation, A E Homewood, 1962

    Reflex Pain, Major Bertrand De Jarnette,1934

    Anything Can Cause Anything, WilliamDavid Harper DC, 1964

    Somatovisceral Aspects of Chiropractic: AnEvidence-Based Approach, CharlesMasarsky and Marion Todres-Masarsky

    Line Two Occipital Fiber Technique withAdvanced C.M.R.T. Methods, MajorBertrand DeJarnette DC, compiled andedited by Ned Heese DC, 1993

    Chiropractic Manipulative Reflex TechniqueSeminar Notes, SORSI (1970s)

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    18/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 83 de 143

    ARTIGO ORIGINAL

    A eficcia do ajuste cervical em portadores da Sndrome de CefaleiaCervicognica

    The effectiveness of cervical adjustment in patients with cervicogenic headachesyndrome

    Marcelo Todescatt GrittiI e Mariana Wentz FaoroII

    I.Quiropraxista especialista em Incluso Social e Acessibilidade. Feevale.II. Quiropraxista Mestre em Sade Coletiva. Universidade do Vale do Rio dos Sinos.III.Psiclogo e especialista em Quiropraxia pela Palmer College of Chiropractic - EUA.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    RESUMOOBJETIVO:Avaliar a eficcia do ajuste articular na coluna cervical em portadores de sndromeda cefaleia cervicognica. MTODOS: Num universo de 18 indivduos que buscaramtratamento quiroprtico numa clnica escola na cidade de Novo Hamburgo, foi selecionado dez,sendo nove do gnero feminino. A hiptese diagnstica foi realizada tendo como base oscritrios da Sociedade Internacional de Cefaleias. Os indivduos foram alocados em doisgrupos de acordo com a presena de subluxao em C2. O grupo A apresentoudesalinhamento em C2 e o grupo B em qualquer outra vrtebra cervical. O tratamento totalizouseis atendimentos, duas vezes por semana. As tcnicas de ajustes adotadas foram CadeiraCervical e Modified Rotatory Break. A intensidade de dor foi avaliada pela Escala VisualAnalgica de dor e a frequncia das crises por relato. RESULTADOS:A mdia da intensidade

    de dor pr-tratamento no grupo A foi 5,75 e ps-tratamento 1,5. No grupo B foi de 5,16 e ps-tratamento 0,3. A mdia da frequncia semanal de dor durante as crises pr-tratamento, nogrupo A, foi de 4,25 crises e ps-tratamento 0,75 crises. No grupo B, foi 5,16 e ps-tratamento0,3 crises. Os resultados no apresentaram significncia estatstica. As vrtebras maisacometidas por subluxao, durante o tratamento, foram C2, C1, C3 e C5, respectivamente.CONCLUSO:Com base nos resultados obtidos, verificou-se que o ajuste articular foi efetivona reduo dos sintomas em ambos os grupos de indivduos, objetos do estudo.

    PALAVRAS-CHAVE: Manipulao da coluna, cervicalgia, quiropraxia, cefaleia.

    ABSTRACT

    OBJECTIVE:To evaluate the effectiveness of joint adjustment of the cervical spine in patientswith cervicogenic headache syndrome. METHODS: In a population of 18 individuals seekingchiropractic treatment in a clinical school in the city of Novo Hamburgo, Brazil, ten wereselected, being 9 women. The diagnosis was made based on the criteria of the InternationalHeadache Society. The subjects were divided into two groups according to the presence ofsubluxation on C2. Group A showed misalignment at C2 and group B in any other cervicalvertebra. The treatment totaled six sessions, the frequency of which was twice a week. Theadjustment techniques adopted were Cervical Chair and Modified Rotatory Break. Pain intensitywas assessed by visual analog scale of pain, and frequency of symptoms by personal report.RESULTS:Comparing drug consumption data before and after treatment, a 71% reduction wasobserved. The mean pain intensity in the pretreatment group was 5.75, and 1.5 in the post-treatment group. In group B it was 5.16 and 0.3 pre and post-treatment, respectively. Theaverage frequency of weekly pain crises during pre-treatment in group A was 4.25, while post-treatment frequency was of 0.75. In group B was 5.16 and 0.3 post treatment crises. The results

    mailto:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    19/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 84 de 143

    were not statistically significant. The most often subluxated vertebrae during treatment were C2,C1, C3 and C5, respectively. CONCLUSION: Based on these results, it was found that jointadjustmentwas effective in reducing the signs and symptoms in both groups of individuals whowere the subject of the study.

    KEY WORDS:Spinal Manipulation, neck pain, chiropractic, headache.

    INTRODUO

    A Sociedade Internacional de

    Cefaleia (SIC) identificou quatorze

    tipos de dor de cabea1. Quanto a

    sua etiologia classificou-as em dois

    grupos: as primrias que constituem

    por si s a doena, como o caso

    da Migrnea sem aura; e o segundo

    grupo, que formado pelas

    cefaleias secundrias, que so

    provocadas por doenas

    demonstrveis por exames clnicos

    ou laboratoriais como, por exemplo,as cefaleias associadas s

    infeces sistmicas, disfunes

    endcrinas, intoxicaes e leses

    expansivas do Sistema Nervoso

    Central1,2.

    A Sndrome da Cefaleia

    Cervicognica (SCC) foi introduzidana literatura em 1983, faz parte do

    subgrupo das cefaleias, e por advir

    de afeces vertebrais cervicais,

    considerada uma doena

    secundria3. Acredita-se que a

    sndrome decorrente do

    comprometimento de estruturasmusculares, nervosas, sseas,

    articulares e ou estruturas

    vasculares do pescoo4. O modelo

    fisiopatolgico, baseado na

    Neuroanatomia, afirma que no

    ncleo trigeminocervical, as fibras

    nervosas sensoriais no trato

    descendente do nervo trigmeo

    interagem com fibras sensoriais das

    razes cervicais superiores e

    podem, nesta convergncia, referir

    dor cervical para a regio frontal da

    cabea e face5-6.Os critrios diagnsticos da

    SCC incluem: dor usualmente

    unilateral, episdica, de intensidade

    varivel, com origem na parte

    posterior do pescoo, que pode se

    irradiar para toda a cabea, com

    resistncia ou limitao movimentao passiva do pescoo

    e alteraes na musculatura

    cervical. Os pacientes geralmente

    apresentam histria de trauma

    cervical, fonofobia e fotofobia.

    Nuseas e vmitos so sintomas

    associados, considerados menosfrequentes5. Os registros atuais das

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    20/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 85 de 143

    caractersticas epidemiolgicas

    apontam para uma prevalncia, na

    populao geral, entre 0,4 e 2,5%6.

    A idade mdia dos pacientes de

    42,9 anos, sendo quatro vezes mais

    comum em mulheres10,11.

    A avaliao

    musculoesqueltica minuciosa,

    especialmente da coluna cervical,

    imprescindvel na identificao das

    causas primrias da SCC. H

    relatos consistentes na literatura de

    padres de desequilbrio

    musculares especficos presentes

    em pacientes que apresentaram a

    sndrome. Estes padres de tenso

    e fraqueza muscular, narrados em

    estudos publicados, so descries

    com apresentao consistente da

    sndrome cruzada superior, descrita

    por Janda12,14.

    O sucesso do tratamento

    normalmente requer abordagem

    multifacetada com indicao, muitas

    vezes, farmacolgica, anestsica, e

    ocasionalmente interveno

    cirrgica16. O cuidado quiroprtico

    realizado com ajustes, dando

    ateno particular regio alta da

    coluna cervical, mobilizao de

    tecidos moles, compressas frias ou

    quentes, orientao postural e

    conscientizao dos benefcios

    advindos da atividade fsica

    orientada17.

    Como a classificao da SCC

    entre os tipos de cefaleia recente,

    e dada sua complexidade, natural

    que as opes de tratamento sejam

    escassas. Baseado neste contexto,

    props-se avaliar os efeitos do

    ajuste vertebral e os resultados

    obtidos nos quesitos intensidade e

    frequncia do quadro lgico em

    pessoas acometidas por SCC.

    MTODOS

    A presente pesquisa

    caracterizou-se como um estudo de

    interveno, quase experimental. O

    protocolo da pesquisa foi submetido

    e aprovado pelo Comit de tica em

    Pesquisa da Universidade Feevale

    e foi cadastrado sob n

    400.03.08.1251. Todos os

    indivduos assinaram o termo de

    consentimento livre e esclarecido.

    Amostra

    A hiptese diagnstica foi

    realizada pelos quiropraxistas combase nos critrios da SIC1,15,

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    21/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 86 de 143

    excluindo o critrio radiogrfico.

    Inicialmente, foram selecionados

    indivduos de ambos os gneros,

    maiores de 18 anos, com idade

    mdia de 31,5 anos, que buscaram

    o tratamento quiroprtico, para suas

    queixas de cefaleia, na clnica

    escola na Universidade Feevale.

    Foram excludos aqueles que

    durante a histria clnica e/ou

    exame fsico relataram ser

    portadores de cefaleias eventuais

    (duas vezes ou menos por ms),

    portadores de doenas vasculares,

    paralisia cerebral, retardo mental,

    fratura ou cirurgia cervical, fuso

    vertebral (comprovados em exames

    de imagem) e outras cefaleias, que

    no fosse a SCC. Os indivduos que

    utilizavam terapia medicamentosa

    com prescrio mdica para o

    tratamento da cefaleia, tambm

    foram excludos do estudo. Embora

    apresentassem melhora no quadro

    lgico, dois indivduos,

    abandonaram a pesquisa, limitando

    assim, a amostra ao nmero de dez,

    sendo nove mulheres. A amostra foi

    dividida em dois grupos,

    denominados A e B, o grupo A

    contou com seis representantes.

    Critriosmaiores

    Caractersticasda dor

    Critriosmenores

    CRITRIO DIAGNSTICO NA SNDROME DE CEFALIA CERVICOGNICA

    1

    Sintomas e sinais de envolv imento cervical :

    a) precipitao da dor cervical semelhante espontnea por: *1. movimento do pescoo ou sustentao desajeitada da cabea;2. presso externa da regio cervical posterior e superior ipsilateral ou da regio

    occipital;

    b) reduo da movimentao cervical habitual; *c) dor na mo, ombro e pescoo ipsilateral, de natureza vaga e no radicular, ou

    ocasionalmente dor no brao de natureza radicular. *

    Alvio completo ou quase completo (> 90%) da dor aps o bloqueio anestsico do nervogrande occipital e/ou da raiz C2 no lado sintomtico.

    Unilateralidade da dor sem mudana de lado, podendo ocorrer o quadro em qualquer umdos lados.

    a) moderada, no excruciante, geralmente de natureza no pulstil, comeando no pescooe espalhando-se para as reas oculofrontotemporal, onde, em geral, mxima;b) durao varivel (horas) ou dor contnua flutuante.

    Outr as caracterstic as de algum a impo rtnc ia:a) melhora eventual com tratamento preventivo com indometacina;b) melhora eventual da crise com uso de ergotamina ou de sumatriptano;c) preponderncia no gnero feminino;d) histria de trauma craniano ou cervical (whiplash).

    Caracterstic as de meno r imp ortnc ia:a) nusea; b) fonofobia e fotofobia; c) vertigens; d) alterao visual ipsilateral; e)dificuldades de deglutio; f) edema e hiperemia na rea periocular ipsilateral.

    Figura 1 Traduo e adaptao do texto disponvel na Sociedade Internacional deEnxaqueca1.

    A presena dos trs pontos indicados com asterisco fortalece o diagnstico.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    22/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 87 de 143

    Procedimentos

    A amostra foi selecionada de

    maneira no probabilstica, porjulgamento dos Quiropraxistas

    responsveis pela interveno,

    durante a avaliao fsica

    musculoesqueltica. Aps a

    confirmao diagnstica de SCC, os

    indivduos foram alocados em dois

    grupos de acordo com a presenade subluxao em C2. O grupo A foi

    composto por indivduos com

    desalinhamento em C2 e o grupo B

    pelos que apresentavam

    desalinhamento em qualquer outra

    vrtebra cervical. Ambos os grupos

    foram submetidos a trs semanas

    de tratamento, duas vezes por

    semana, totalizando seis

    atendimentos, e foram ajustados

    pelas tcnicas Cadeira Cervical e

    Modified Rotatory Break.

    A intensidade da dor foi

    avaliada pela Escala VisualAnalgica de dor (EVA), preenchida

    pelo paciente antes de cada

    atendimento. A frequncia das

    crises e o relato das alteraes

    sintomatolgicas foram registrados,

    em todas as consultas. Trs dias

    aps a ltima consulta, o ndice daEVA e a frequncia das crises foram

    novamente relatados.

    Estudo estatstico

    A anlise estatstica foi

    realizada utilizando o programa Epi

    Info, verso 3.3.4. Foi considerado

    estatisticamente significativo erroalfa inferior a 5% no teste de Mann-

    Whitney (p

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    23/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 88 de 143

    Grfico 1Intensidade de dor pr e ps-tratamento do grupo A.

    No grupo B a mdia da intensidade de dor pr-tratamento foi 5,16 e ps-tratamento 0,3 (Grfico 2). As mdias apresentadas pelos grupos A e B no

    apresentaram significncia estatstica.

    Grfico 2Mensurao de dor pela EVA do grupo B antes e ps-tratamento.

    A mdia da frequncia de dor semanal durante as crises pr-tratamento,

    no grupo A, foi de 4,25 crises e ps-tratamento 0,75 crises. Os indivduos D e F

    relataram crises de cefaleia entre as consultas. Embora a frequncia das crises

    entre as consultas apresentassem reduo, as mesmas no demonstraram

    significncia estatstica (Grfico 3).

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    24/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 89 de 143

    Grfico 3relatos da frequncia de dor entre as consultas do grupo A.

    As mdias apresentadas pelo grupo B foram de 3,5 antes do tratamento

    e 0,3 ps-tratamento. Os indivduos G e J relataram crises de dor na fase finaldo tratamento. O indivduo J relatou remisso considervel na frequncia de

    crises. (Grfico 4).

    Grfico 4relatos da frequncia de dor entre as consultas do grupo B.

    Grfico 5Frequncia dos ajustes efetuados em ambos os grupos.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    25/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 90 de 143

    DISCUSSO

    Aps reviso sistemtica de

    estudos sobre a SCC, em bancosde dados virtuais e fisicos, a partir

    de 1983, ano da introduo de sua

    denominao na literatura

    biomdica20 pode-se observar que

    os tratamentos convencionais mais

    adotados para esta condio,

    concentram-se em trapia manual.Algumas pesquisas relatam a

    eficcia da mobilizao dos tecidos

    moles e ajuste articular na remisso

    do quadro lgico em pacientes que

    apresentavam queixas situadas na

    regio da coluna cervical21-23. A

    reviso de alguns estudos

    randomizados demonstrou, em

    alguns casos, ambos os

    tratamentos possuem efeitos

    similares e, em outros estudos, que

    os resultados do ajuste articular

    para dor cervical so superiores aos

    da mobilizao24. Os dados

    apresentados na pesquisa atual

    apresentaram diminuio na

    intensidade de dor, em ambos os

    grupos pesquisados o que

    corrobora com os achados na

    literatura25,26(grfico 1 e 2).

    Embora alguns relatos

    advirtam que o ajuste de alta

    velocidade e baixa amplitude,

    adotado neste estudo, deva serutilizado com cautela em pacientes

    com quadro de cefaleias5, a

    presente pesquisa apresentou

    diminuio na frequncia das crises

    aps o ajuste vertebral (grfico 3 e

    4), o que comprova que o

    tratamento adotado pela quiropraxia seguro27.

    As vrtebras mais

    subluxadas, durante o tratamento,

    foram C2, C1, C3 e C5,

    respectivamente (grfico 5). As

    articulaes occipito-atlas e atlas-

    xis (C0, C1 e C2) so

    responsveis por 50% da

    lateralizao e rotao da cabea

    sobre o pescoo17. Acredita-se que

    no ncleo trigeminocervical, as

    fibras nervosas sensoriais no trato

    descendente do nervo trigmeo,

    caudal do ncleo trigeminal,

    interagem com fibras sensoriais das

    razes cervicais superiores (C1-C2)

    e podem, nesta convergncia,

    desencadear cervicalgia SCC6-8.

    Nas referncias pesquisadas, no

    foi encontrado registro da

    prevalncia de desalinhamentos ou

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    26/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 91 de 143

    ajustes vertebrais realizados em pacientes que apresentam SCC.

    CONCLUSO

    Com base nos resultados

    obtidos, verificou-se que a terapiade ajuste articular foi efetiva na

    reduo dos sintomas dos

    indivduos que foram objeto do

    estudo. No entanto, uma amostra

    maior poder obter resultados de

    maior relevncia estatstica e, com

    isso, a indicao da terapia setornar mais segura e eficiente.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    AGRADECIMENTOS: Mara Clia

    Paiva pelo preparo deste

    manuscrito.

    REFERNCIAS:

    1. Headache Classification Subcommitteeof the International Society Theinternational classification of headachedisorders: 2 ed. Cephalalgia.2004;24(Suppl 1):9160.

    2. Ashkenazi A, Blumenfeld A, Napchan U,

    Narouze S, Grosberg B, Nett R, et al.Interventional procedures special interestsection of the American. Peripheral nerveblocks and trigger point injections inheadache management A systematicreview and suggestions for future research.Headache. 2010;50(6):943-52.

    3. Sjaastad O, Fredriksen TA, Stolt-NielsenA. Cervicogenic headache, C2 rhizopathyand occipital neuralgia: a connection.Cephalalgia. 1986;6:189-195, apud Yeng

    LT, Rosi J, Zakka TMR, Teixeira MJ,Ciampi D. Cefalia Cervicognica. [acesso

    em 2013]; [31 p.]. Disponvel em:http://www.cursodedorusp.com.br/materiais/cefaleiacervicogenica.doc

    4. Biondi DM, Bajwa. Evaluation andtreatment of cervicogenic headache. In:Mehta NR, Maloney GE, Bana DS, ScrivaniSJ. Head, face, and neck pain science,evaluation, and management: Aninterdisciplinary approach. Wiley-Blackwell;2009. p 589-599.

    5. Biondi DM. Cefaleia Cervicognica: UmaReviso de diagnstico e estratgias detratamento. JAOA. 2005; 2:105(4)2005.

    Apud Becker WJ. Cervicogenic headache:Evidence that the neck is a pain generator.Headache: The journal of head and facepain. 2010; 50(4):699705.

    6. Antoniaci F, Sjaastad O. Cervicogenicheadache: a real headache. Curr NeurolNeurosci Rep. 2011 Apr;11(2):149-55.

    7. Bogduk N, Marsland A. On the conceptof third occipital headache. J NeurolNeurosurg Psyuch. 1986;49:775-780.

    8. Michler RP, Bovin G, Sjaastad O.Disorders in the lower cervical spine. Acause of unilateral headache? Headache.1991;31:550-551.

    9. Sjaastad O, H Wang, Bakketeig LS.Neck pain and associated head pain:persistent neck complaint with subsequent,transient, posterior headache. Acta NeurolScand. 2006. 114(6):392-9.

    10. Bendtsen L, Jnsen R. Epidemiology oftension-type headache migraine, andcervicogenic headache. In: Fernandez-de-Las-Peas C, Arendt-Nielsen L, GerwinRD. Tension-type and cervicogenicheadache: pathophysiology, diagnosis, andmanagement. Jones and Bartlet; 2010. p.7-13.

    11. Hagen K, Einarsen C, Zwart JA, Svebak

    S, Bovim G. The co-occurrence ofheadache and musculoskeletal symptomsamongst 51 050 adults in Norway. Eur J

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    27/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 92 de 143

    Neurol. 2002 Sep;9(5):527-33. Apud PageP. Cervicogenic headaches: an evidence-led approach to clinical management. Int JSports Phys Ther. 2011 Sep;6(3):254-66.

    12. Janda V. Muscles and motor control incervicogenic disorders. In: Grant R. (editor).Physical therapy of the cervical andthoracic spine. Edinburgh: ChurchillLivingstone. 1994. p. 195-215.

    13. Zito G, Jull G, Story I. Clinical tests ofmusculoskeletal dysfunction in thediagnosis of cervicogenic headache. ManTher. 2006.11(2):p.118-29.

    14. Moore MK. Upper crossed syndrome

    and its relationship to cervicogenicheadache. J Manipulative Physiol Ther.2004.27(6): p.414-20.

    15. Sjaastad O, Fredriksen TA.Cervicogenic headache: criteria,classification and epidemiology. Clin ExpRheumatol. 2000;18(2 Suppl 19):S3S6.

    16. Martelletti P, Van SH. CervicogenicHeadache-Practical approaches to therapy.

    CNS Drugs. 2004;18:793-805.

    17. Fagundes DJ et al. QuiropraxiaDiagnstico e tratamento da Colunavertebral. So Paulo: Roca. 2013.

    18. Jull G, Trott P, Potter H, Zito G, Niere K,Shirley D, et al. A randomized controlledtrial of exercise and manipulative therapyfor cervicogenic headache. Spine.2002;27:1835-1843.

    19. Leach RA. The Chiropractic Theories. Atextbook of Scientific Research. 4 ed. USA:Lippincott Williams & Wilkins. 2004.

    20. Sjaastad O, Saunte C, Hovdahl H,Breivik H, Grnbaek E. "Cervicogenic"headache. A hypothesis. Cephalalgia. 1983Dec;3(4):249-56.

    21. Haas M, Groupp E, Aickin M,Fairweather A, Ganger B, Attwood M, et al.Dose response for chiropractic care ofchronic cervicogenic headache andassociated neck pain: a randomized pilotstudy. J Manipulative Physiol Ther. 2004Nov-Dec;27(9):547-53.

    22. Haas M, Spegman A, Peterson D,Aickin M, Vavrek D. Dose response andefficacy of spinal manipulation for chroniccervicogenic headache: a pilot randomizedcontrolled trial. Spine J. 2010Feb;10(2):117-28.

    23. Jull G, Trott P, Potter H, Zito G, Niere K,Shirley D, et al. A randomized controlled

    trial of exercise and manipulative therapyfor cervicogenic headache. Spine (Phila Pa1976),2002.27(17):p.1835-43;discussion1843.

    24. Gross A, Miller J, D'Sylva J, Burnie SJ,Goldsmith CH, Graham N, et al.Manipulation or mobilization for neck pain:a Cochrane Review. Man Ther. 2010Aug;15(4):315-33.

    25. Nilsson N. A randomized controlled trialof the effect of spinal manipulation in thetreatment of cervicogenic headache. JManipulative Physiol Ther. 1995Sep;18(7):435-40.

    26. Nilsson N, Christensen HW, HartvigsenJ. The effect of spinal manipulation in thetreatment of cervicogenic headache. JManipulative Physiol Ther. 1997Jun;20(5):326-30.

    27. Gouveia LO, Castanho P, FerreiraJJ. Safety of chiropractic interventions: asystematic review. Spine (Phila Pa 1976).2009 May 15;34(11):E405-13.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    28/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 93 de 143

    ARTIGO ORIGINAL

    Perfil sociodemogrfico dos usurios do servio de quiropraxia de umaunidade bsica de sade em Porto Alegre/RS

    Users sociodemographic profile of utilization of chiropractic services in a basic healthcare unit in Porto Alegre

    Carlos Podalirio B. de AlmeidaI, Ranieli G. ZapeliniII, Brbara N. G. de GoulartIII

    I.Quiropraxista doutorando em Cincias Pneumolgicas pela Universidade Federal doRio Grande do Sul.II.Quiropraxista. Mestre em Sade Coletiva. Professora no Instituto de Cincias daSade. FEEVALE-RS.III.Fga. PhD. Professora Adjunta na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVE: The aim of this study was to identify the users profile chiropractic a Basic HealthUnit in Porto Alegre/RS, the one-year period. METHODS: A cross-sectional study withquantitative secondary data from the records who received chiropractic care during the studyperiod. RESULTS: The majority of users was female, married, had incomplete primaryeducation, median age 43 years, were employed, did not have the habit of smoking or alteredsleep, did not use alcohol. There was statistical significance when associated with systolic anddiastolic blood pressure with smoking (p = 0.05, p = 0.02) and alcohol consumption (p = 0.002,p = 0.01). Cigarette smoking was more prevalent in males (p = 0.01). The reason for seekingchiropractic care to users was associated with retirees, with 40% of this group had low backpain (p = 0.02).CONCLUSION: The profile of users who use chiropractic care in the UBS study

    is consistent with other public health services presented in the biomedical literature.

    KEY WORDS:Chiropractic, public health, lifestyle, epidemiology, Health Unique System.

    RESUMO

    OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi identificar o perfil dos usurios do servio dequiropraxia de uma Unidade Bsica de Sade de Porto Alegre/RS, no perodo de um ano.MTODOS:Estudo transversal quantitativo com dados secundrios a partir de pronturios dosusurios que receberam atendimento quiroprtico no perodo do estudo. RESULTADOS: Amaioria dos usurios era do gnero feminino, estavam casados, possuam ensino fundamentalincompleto, com media de idade de 43 anos, estavam empregados, no tinham o hbito defumar, distrbios do sono e nem faziam uso de bebidas alcolicas. Houve significnciaestatstica quando se associou presso arterial diastlica e sistlica com o hbito de fumar(p=0,05, p=0,02) e ao uso de bebidas alcolicas (p=0,002, p=0,01). O hbito de fumar foi maisprevalente no gnero masculino (p=0,01). O motivo de procura ao atendimento quiroprticoesteve associado com os usurios aposentados, sendo que, 40% deste grupo apresentava dorlombar (p=0,02). CONCLUSO:O perfil dos usurios que utilizam o atendimento quiroprticona UBS estudada condiz com os demais servios de sade pblica apresentado na literaturabiomdica.

    PALAVRAS-CHAVE:Quiropraxia, estilo de vida, sade pblica, epidemiologia,sistema nico de sade.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    29/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 94 de 143

    INTRODUO

    A preocupao com a sade

    social coletiva iniciou-se a partir de

    epidemias, e da necessidade deconhecer suas causas. Os primeiros

    registros sobre a sade coletiva so

    bblicos, da poca de Jesus Cristo,

    a partir do aparecimento de

    inmeros casos de lepra e do

    isolamento de seus portadores da

    populao geral, no intuito de evitarseu contgio1. Internacionalmente, a

    poltica e a economia delinearam a

    trajetria da sade social, suas

    necessidades de reformulaes e

    estabelecimento de metas capazes

    de garantir o direito fundamental do

    ser humano2. No Brasil, a sade

    pblica foi objeto de uma srie de

    transformaes no campo poltico e

    social em busca da democratizao

    da sade, da ampliao da

    organizao popular, da

    universalizao do acesso e o

    reconhecimento da sade como

    direito universal do ser humano que

    culminou, em 1988, na conquista do

    Sistema nico de Sade (SUS)3,4.

    Desde sua criao, alm da

    promoo da equidade no

    atendimento das necessidades de

    sade da populao, o SUS se

    props a promover a sade,

    priorizando as aes preventivas e

    democratizando as informaes

    relevantes para que a populao

    conhea seus direitos e os riscos a

    sua sade5. Sob este contexto, o

    profissional quiropraxista viu-se apto

    a integrar o corpo de profissionais

    da rea de sade desse Sistema,

    visto tratar-se de uma profisso que

    compreende o sistema de medicina

    complementar medicina aloptica,

    especificamente, atuando como

    fonte de referncia nos cuidados da

    coluna vertebral e medicina

    musculoesqueltica6.

    Ainda segundo as regras que

    preconizam o SUS, o setor privado

    pode integrar o sistema de forma

    complementar, por meio de

    contratos e convnios de prestao

    de servio ao Estado quando as

    unidades pblicas de assistncia

    sade no so suficientes paragarantir o atendimento a toda

    populao de uma determinada

    regio7. Assim, visando o

    preenchimento de lacunas

    existentes no mercado e no

    cumprimento das demandas

    relacionadas aos serviosprestados, iniciaram-se

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    30/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 95 de 143

    negociaes, que em agosto de

    2007, culminou com um convnio

    entre a Instituio de Ensino

    Superior no Vale dos Sinos

    (FEEVALE) e o municpio de Porto

    Alegre, que desde ento recebe

    atendimento quiroprtico8. O

    tratamento baseado na

    manipulao ou ajustamento

    vertebral e uma variedade de

    modalidades teraputicas manuais

    e mecnicas, em que o

    quiropraxista avalia o paciente e o

    instrui a respeito da preveno de

    doenas, promoo de sade,

    nutrio adequada, exerccios e

    modificao no estilo de vida9.

    Movidos pela busca de

    alcanar altos padres de

    excelncia, h seis anos, a

    Quiropraxia tem se dedicado a

    ampliar suas bases de dados

    terico-prticas, dentro do SUS,

    utilizando-se de pesquisa e

    investigao cientfica, por meio de

    Trabalhos de Concluso de Curso9-11, que validem suas hipteses e

    abordagens. Esta ao tem o

    objetivo de proporcionar qualidade

    no atendimento aos usurios que

    procuram seus servios, oferecendo

    cuidado eficaz e seguro, capaz de

    satisfazer as necessidades dospacientes8.

    Segundo a literatura, a

    anlise da populao que frequenta

    um determinado servio biomdico,

    seja de carter emergencial,

    ambulatorial ou utilizando a rede

    primria de ateno sade, traz

    valiosa contribuio na identificao

    de sua privao, carncia,

    discriminao e excluso12.

    Firmados neste fundamento, optou-

    se por realizar um estudo para

    identificar o perfil de usurios que

    buscaram atendimento quiroprtico

    na Unidade Bsica de Sade (UBS)

    Vila Farrapos, na regio noroeste de

    Porto Alegre/RS.

    METODOS

    A pesquisa foi submetida

    apreciao e aprovao do Comit

    de tica em Pesquisa do Centro

    Universitrio Feevale (processo n

    4.00.03.10.1878). Foi realizado um

    estudo transversal a partir de

    pronturios de usurios que

    receberam atendimento quiroprtico

    em uma UBS no municpio de PortoAlegre.

    Coleta de dados

    Realizou-se um contato com

    os responsveis pela UBS escolhida

    para pesquisa, para autorizao do

    manuseio dos pronturios. A coleta

    ocorreu entre abril e maio, conforme

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    31/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 96 de 143

    dias e horrios determinados pela

    direo da Universidade.

    Critrios de Incluso e excluso

    Dos 320 pronturios

    analisados, 80 deles (25%) foram

    includos por apresentarem os

    critrios necessrios para utilizao

    no estudo, ou seja, continham

    informaes pessoais, laudo de

    exames de imagem e laboratoriais,

    histria atual da doena, dados deexame fsico e forma da execuo

    do atendimento quiroprtico. Foram

    excludos os pronturios que

    apresentaram informaes

    incompletas ou omissas.

    Anlise Estatstica

    Os dados desta pesquisa

    foram transcritos, para uma planilha

    do software Microsoft Office Excel2007, a estatstica utilizada foi

    descritiva. Para a associao das

    variveis nominais dicotmicas foi

    utilizado o Teste Qui-quadrado e

    coeficiente de Pearson, sendo

    considerado estatisticamente

    significativo p

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    32/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 97 de 143

    Grfico 2 - Motivo de procura ao atendimento quiroprtico.

    Tabela 2- Gnero associado ao hbito de fumar

    Gnero Hbito de fumar

    Fumante Ex-fumante No fumante Total

    N % N % N % N %

    Masculino 5 26,3* 7 36,8 7 36,8 19 100

    Feminino 10 16,1 7 11,3 45 72,6 62 100

    *Associao estatisticamente significativa

    Tabela 3 Gnero associado ao sono

    Gne ro Sono

    Alterado No Alterado Total

    N % N % N %

    Masculino 4 21,1 15 78,9 19 100

    Feminino 26 41,9 36 58,1 62 100

    Tabela 4 Gnero associado ao uso de bebidas alcolicas

    Gnero Beb idas alco licas

    Sim No Total

    N % N % N %

    Masculino 7 36,8 12 63,2 19 100

    Feminino 16 25,8 46 74,2 62 100

    Total 23 28,4% 58 71,6 81 100

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    33/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 98 de 143

    DISCUSSO

    Pesquisar as necessidades

    de um pblico especfico possibilitamudanas ou melhorias em um

    produto j existente e ou a criao

    de novas modalidades de servios,

    garantindo que sejam preenchidas

    as lacunas existentes no mercado

    suprindo desta forma, as demandas

    relacionadas aos serviosprestados13. Aps levantamento de

    referencias de publicaes nos

    ltimos 10 anos nos bancos de

    dados virtuais e impressos, sobre o

    perfil sociodemogrfico dos usurios

    do SUS, foram separados alguns

    estudos realizados em metrpoles

    do pas para compor esta

    discusso.

    Este estudo, contou com a

    participao de 81 usurios da

    unidade Farrapos da UBS que

    receberam atendimento

    quiroprtico. A idade mediana

    analisada dos mesmos foi de 43

    anos, sendo estes dados

    semelhantes aos encontrados na

    literatura12,14. Esta fase da vida

    geralmente marcada por um perodo

    laboral intenso, para ambos os

    gneros e merece ateno

    especfica, j que integra

    simultaneamente os riscos

    cumulativos do trabalho e doenvelhecimento biolgico6. Neste

    mister, a ateno sade

    ministrada pela Quiropraxia

    indicado e capaz de prevenir, tratar

    e oferecer orientaes especficas

    que evitem a diminuio da fora

    muscular e da mobilidade articular,fatores estes considerados de risco

    para doenas ocupacionais

    tpicas10.

    Deste universo, 62 usurios

    (76.5%) eram do gnero feminino,

    34 deles (42%) possuam ensino

    fundamental incompleto e nove

    (11,1%); relataram ter concludo o

    ensino fundamental; trs deles

    (3,7%) afirmaram possuir ensino

    mdio incompleto; 28 participantes

    (34,6%) concluram o ensino mdio;

    uma pessoa (1,2%) relatou ter

    ensino superior incompleto,

    enquanto seis (7,4%) concluram o

    ensino superior (grfico 1).

    Em relao ao estado civil,

    13 usurios (16%) eram solteiros,

    53 casados (65,4%); dez (12,3%)

    divorciados e cinco (6,2%) relataram

    outra condio civil.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    34/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 99 de 143

    Quanto ocupao, 10

    usurios (12,3%) eram

    aposentados, 54 estava empregado

    (66,4%), somente um (1,2%)

    desempregado, cinco eram

    estudantes (6,2%) e 11 deles

    (13,6%) eram do lar.

    Os dados encontrados nesta

    pesquisa corroboram com os

    achados em um estudo de 2010,

    realizado na cidade de Pelotas-RS.

    em que 77% dos usurios

    pertenciam ao gnero feminino,

    47,1% eram casados, 26,5%

    solteiros, 16,4% vivos e 10%

    divorciados. Com relao

    escolaridade, verificou-se que

    46,1% possuam ensino

    fundamental incompleto, 14,3%

    ensino fundamental completo,

    10,4% ensino mdio incompleto,

    20% ensino mdio completo, 7,2%

    eram analfabetos, e 2% possuam

    ensino superior ou tcnico15.

    Dados semelhantes tambm

    foram encontrados em 2008 empesquisa realizada no municpio de

    So Paulo16 com 102 usurios, em

    que 55% dos usurios eram do

    gnero feminino, a maioria possua

    nvel fundamental e eram casados.

    Em Florianpolis destacamos

    um estudo de 2002, com 261pacientes, dos quais 63,6% eram

    mulheres, a maioria casados, 58,6%

    possuam ensino fundamental

    incompleto e 1.1% ensino superior

    completo12.

    Um estudo de 2010, com

    caractersticas demogrficas e

    sociais, realizado na Regio

    Metropolitana de Belo Horizonte,

    com 8055 usurios, demonstrou que

    53% dos participantes pertenciam

    ao gnero feminino, com idade

    mdia de 39,2 anos para ambos os

    gneros e 67,4% relatou ter o

    ensino fundamental completo17.

    Nos trabalhos citados houve

    unanimidade do gnero feminino na

    busca pelo servio pblico de

    sade, o que confirma os dados de

    um estudo internacional de

    morbidade, que relata que as

    mulheres utilizam 20% mais os

    servios de sade do que os

    homens18,19.

    O motivo principal que fez

    os usurios procurarem o

    atendimento quiroprtico foi dore/ou desconforto na regio da

    coluna lombar com 33,3%, a

    segunda queixa foi na regio da

    coluna cervical com 14,3%, seguida

    pela dor torcica e em membros

    inferiores, apenas 1,2% eram

    assintomticos (grfico 2). Estesdados corroboram com relatos

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    35/79

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    36/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 101 de 143

    Isso significa que aproximadamente

    500 milhes de pessoas que esto

    vivas hoje morrero por causa do

    tabagismo22.

    A associao de gnero dos

    usurios e a maneira do sono no

    apresentou significncia estatstica,

    embora 41,9% das mulheres e

    21,1% dos homens relataram

    distrbio no sono (grfico 3). Estes

    dados confirmam os achados na

    literatura sobre a prevalncia da

    insnia no gnero feminino23. A

    dificuldade para dormir e baixa

    qualidade de sono podem gerar

    sinais de estresse e

    comprometimento no estilo de vida

    saudvel24.A manipulao vertebral

    afeta os neurnios aferentes

    primrios dos tecidos

    paravertebrais, controlando o

    sistema motor e processamento da

    dor25, contribuindo dessa forma no

    aumento da qualidade de sono,

    diminuindo o estresse e

    consequentemente melhora nasade e bem-estar.

    No tocante gnero e uso de

    bebidas alcolicas, tambm no

    apresentou significncia estatstica,

    todavia, 28,4% deles afirmaram

    beberem com frequncia. Em

    contrapartida, quando se associou ouso de bebidas alcolicas com

    alteraes da PA, diastlica e

    sistlica, os dados apresentaram

    significncia estatstica de

    respectivamente: p=0,002 e p=0,01.

    Corroborando com estes achados,

    citamos relatos de um estudo que

    afirma que a dependncia do lcool

    acomete cerca de 10% a 12% da

    populao mundial e, de acordo

    com o primeiro levantamento

    domiciliar sobre o uso de drogas,

    11,2% dos brasileiros que vivem

    nas 107 maiores cidades do pas.

    Os problemas relacionados ao

    alcoolismo so responsveis por

    mais de 10% dos problemas totais

    de sade no Brasil26. Ademais, 5%

    a 7% da hipertenso arterial na

    populao decorrem de consumo de

    lcool. Trs doses por dia o limiar

    para elevar a presso sangunea e

    est associado a uma elevao de

    3mmHg27. Hbitos nutricionais

    saudveis associados a um estilo

    de vida ativo contribuem na

    diminuio do estresse comconsequente melhora na qualidade

    de vida28. A quiropraxia pode

    beneficiar-se do vnculo adquirido

    com os usurios atendidos pelo

    servio e encoraj-los a melhorarem

    seus hbitos.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    37/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 102 de 143

    CONCLUSO

    O perfil dos usurios que

    utilizam o atendimento quiroprtico

    na UBS estudada condiz com os

    demais servios de sade pblica

    apresentado na literatura biomdica.

    Espera-se que a obteno

    deste conhecimento, incentive a

    discusso entre os quiropraxistas,

    no intuito de elaborar novos

    instrumentos de abordagens

    clnicas, que v de encontro s

    necessidades dos indivduos que

    buscam este tipo de servio, seja

    tratando ou adotando

    preventivamente medidas

    educativas para a reduo de

    fatores de riscos potencialmente

    associados incapacidade.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    AGRADECIMENTOS: Mara Clia

    Paiva pelo preparo deste

    manuscrito.

    REFERNCIAS:1. Hochman G, Pires-Alves, Fernando A,Trindade L, Nsia. A histria dostrabalhadores da sade como polticapblica. Cincia e Sade Coletiva. Rio deJaneiro, v. 13, n. 3, p. 816-816, jun.2008.

    2. Polignano MV. Histria das polticas desade no Brasil: uma pequena reviso.Disponvel:http://www.fag.edu.br/professores/yjamal/Epidemiologia%20e%20saude%20pub. Acesso em: 10.02.2013.

    3. Cohn A. A reforma sanitria brasileiraaps 20 anos do SUS: reflexes. Cad.Sade Pblica, 25 (7), 1614-1619, 2009.

    4. Martins PC et al. De quem o SUS?Sobre as representaes sociais dos

    usurios do Programa Sade daFamlia. Cincia & Sade Coletiva, 16 (3),1933-1942, 2011.

    5. PAR. Secretaria Executiva de SadePblica do Estado, Leis N. 8080/90 e8.142/90. Dispe sobre os Princpios eDiretrizes do SUS. Portal de sade doPar. Disponvel em:http://www.sespa.pa.gov.br/Sus/sus/sus_oquee.htm Acesso em: 18 set. 2007.

    6. Fontanella F et al. Conhecimento,

    acesso e aceitao das prticasintegrativas e complementares em sadepor uma comunidade usuria do Sistemanico de Sade na cidade deTubaro/SC. Unisul. Curso de Farmcia Habilitao Anlises Clnicas. Tubaro.2007.

    7. Brasil. Coletnea de normas para oControle Social no Sistema nico deSade. 2. ed. Braslia. Ed. Ministrio daSade, 2006.

    8. ABQ - Associao Brasileira deQuiropraxia. 2010. Disponvel em: . Acessoem: 14 de out. 2012.

    9. Haesbaert AP. O atendimentoquiroprtico e o SUS:anlise do grau desatisfao dos pacientes. [Monografia deconcluso de curso]. Novo Hamburgo,Universidade Feevale 2008.

    10. Simoni DP. A Importncia daQuiropraxia no Sistema nico de Sade.[Monografia de Concluso de Curso]. NovoHamburgo, Universidade Feevale, 2008.

    11. Pereira RC. Quiropraxia e o programade sade da famlia no sistema nico desade.[Monografia de Concluso de CursoQuiropraxia]. Universidade Feevale, NovoHamburgo, 2006.

    12. Stamm AMNF, Osellame R, Duarte F,Cecato F, Medeiros LA, Marasciulo AC.Perfil socioeconmico dos pacientesatendidos no Ambulatrio de MedicinaInterna do Hospital Universitrio da UFSC.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    38/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 103 de 143

    Arquivos Catarinenses de Medicina, Vol.31, n. 1-2, 2002.

    13. Raimundo CM, Santos ALA, citou KotlerP.1999. Atividades de Marketing aplicado empresa do setor moveleiro de Arapongas:

    um estudo exploratrio. XIII SEMEAD -Seminrios em Administrao:2010.

    14. Siefer NW, Silva EFA, Ferreira LP,Schwarz VL. Perfil social, econmico eprofissional dos pacientes internados noInstituto do Corao. Ver Soc CardiolEstado de So Paulo 1998;4(A):16-22.

    15. Gonalves A, Cunha C, Torres F,Silveira P, Moreira F. Perfil dos usurios doSistema nico de Sade no campus Dr.Franklin Olive Leite.

    16. Alonso RH. Satisfao dos Usurios doSistema nico de Sade com os serviosprestados por Unidades Bsicas de Sade.So Paulo, 2008.

    17. Lima-Costa M.F, Loyola Filho AI,Fatores associados ao uso e satisfaocom os servios de sade entre usuriosdo Sistema nico de Sade na RegioMetropolitana de Belo Horizonte, Estado deMinas Gerais, Brasil.; Rev. Epidemiol. Serv.Sade; 17; 247-257; 2008.

    18.Pereira MG. Variveis relativas spessoas. Citou: Pereira MG, Epidemiologia.Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan;1995, p.189-217.

    19. Fejer R, Kyvik KO, Hartvigsen J. Theprevalence of neck pain in the worldpopulation: a systematic critical review ofthe literature. Eur Spine J 2005, 15:834-848.

    20. Hartvigsen J, Frederiksen H,Christensen K. Back and neck pain exhibitmany common features in old age. Apopulation based study of 4,486 Danishtwins aged 70-102. Spine 2004, 29:576-580.

    21. Bishop PB, Quon JA, Fisher CG,Dvorak MF. The Chiropractic Hospital-based Interventions Research Outcomes(CHIRO) study: a randomized controlledtrial on the effectiveness of clinical practiceguidelines in the medical and chiropractic

    management of patients with acutemechanical low back pain. Spine J.2010;10(12):1055-64.

    22. United kingdom back pain exercise andmanipulation (UK BEAM) randomized trial:

    effectiveness of physical treatments forback pain in primary care. BMJ Online First;2004:1-8.

    23. Bronfort G, Evans R, Anderson AV,Svendsen KH, Bracha Y, Grimm RH. Spinalmanipulation, medication, or home exercisewith advice for acute and subacute neckpain: a randomized trial. Ann Intern Med.2012;156(1Pt1):1-10.

    24. Brasil. Ministrio da Sade. DoenasRelacionadas ao Trabalho Manual de

    procedimentos para os servios de sade.Braslia: 2001.

    23. Souza JC, Reimao R. Epidemiologia dainsnia.Psicol. estud., Maring, v. 9,n.1, Apr. 200.Disponvel.

    24. Oliveira MM. Qualidade do Sono emProfessores em Instituio de EnsinoSuperior em Novo Hamburgo-RS. 2007.

    Monografia de Concluso de Curso(Especializao) Sade do Trabalhador,Universidade Feevale, 2007.

    25. Joel G. Pickar. Neurophysiologicaleffects of spinal manipulation. Spine.2002;357371.

    26. Fontes A, Figlie NB, Laranjeira R. Ocomportamento de beber entredependentes de lcool: estudo deseguimento. Revista de Psiquiatria Clnica.So Paulo, v.33, n.06, p 304-312, 2006.

    27. Primo NLNP, Stein AT. Prevalncia douso e da dependncia de lcool em RioGrande (RS): um estudo transversal debase populacional. Revista de Psiquiatriado Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v.26,n.03,p 280-286, set/dez. 2004.

    28. Patrick Milroy et al. Factors affectingcompliance to chiropractic prescribed homeexercise: a review of the literature. J CanChiropr Assoc 2000; 44(3).

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    39/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 104 de 143

    ARTIGO ORIGINAL

    Avaliao da relao do tratamento de manipulao articular quiroprticacom a expresso urinria de hidroxiprolina em atletas corredoresfundistas

    Assessment of the relationship of the chiropractor articular manipulation treatment with

    the hydroxyproline's urinary expression in long distance runners

    Renato HiroseI, Stefan Mello WesterstahlI,Song D.KimII, Carlos J. R. OliveiraIII

    I.Quiropraxista. Universidade Anhembi Morumbi (UAM). So Paulo. BrasilII. Quiropraxista e Farmacutico. UAM.III. PhD, Professor Titular na UAM.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVES:To evaluate the association between manipulation spinal Chiropractic and themusculoskeletal lesion's expression using the hydroxyploline dose's mensuration in longdistance runners's urine. METHODS:A sample of eight distance runners, six males, between15 and 45 years old, who have integrated both the control group and the group analysis. Wasapplied in both groups a structured, pre-workout and post-workout with issues containingpersonal data, anthropometric characteristics, habits and possible damage to musculoskeletalderived from physical activity. In the control group after the completion of the pre-workoutquestionnaire was held the first urine collection, after the circuit exercises proceeded to fill outthe questionnaire after training, subjective assessment of pain and the second urine collection

    and forwarding the same for laboratory analysis. The group performed the same analysisprocedures, adding manipulative therapy after urine collection pre-workout and answer thequestions in the questionnaire after training on the onset of adverse reactions and subjectiveimprovement during training after joint manipulation. RESULTS: Analysis of urinaryhydroxyproline in both groups showed a variation of 0.3mg which does not represent astatistically significant difference. Noted that 62.5% of the athletes reported a reduction of painduring training after chiropractic manipulative therapy and 75.0% of the athletes reported noadverse reactions after chiropractic manipulative therapy. CONCLUSIONS: The trainingsconducted by the club with this sample group were performed within the safety standardsrequired to prevent damage to the musculoskeletal system. The joint manipulation therapy waseffective in reducing pain symptoms and secure parameter in adverse reactions.KEYWORDS:Spinal manipulation, adverse effects, hydroxyproline, runners, chiropractic.

    RESUMO

    OBJETIVOS: Avaliar a relao entre a terapia de manipulao espinhal quiroprtica e aexpresso de leso musculoesqueltica utilizando a mensurao da dosagem da hidroxiprolinana urina em atletas corredores fundistas. MTODOS: Participaram da amostra oito corredoresfundistas, seis do gnero masculino, entre 15 e 45 anos, que integraram tanto o grupo controlecomo o grupo anlise. Foi aplicado em ambos os grupos um questionrio estruturado, pr-treino e ps-treino, com questes contendo dados pessoais, caractersticas antropomtricas,hbitos e possveis danos musculoesquelticos derivados de atividade fsica. No grupocontrole aps o preenchimento do questionrio pr-treino foi realizada a primeira coleta deurina, aps a realizao do circuito de exerccios procedeu-se o preenchimento do questionriops-treino, avaliao subjetiva de dor e a segunda coleta de urina e encaminhamento damesma para anlise laboratorial. O grupo anlise realizou os mesmos procedimentos,

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    40/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 105 de 143

    acrescentando a terapia de manipulao articular aps a coleta de urina pr-treino e reposta sperguntas do questionrio ps-treino sobre o aparecimento de reaes adversas e melhorasubjetiva durante o treinamento aps a manipulao articular. RESULTADOS: Na anliseurinria da hidroxiprolina em ambos os grupos observou-se uma variao em seus nveismdios em 0,3mg no representando uma diferena estatisticamente significativa. Observouque 62,5% dos atletas referiram diminuio do quadro lgico durante o treinamento apsterapia de manipulao articular quiroprtica e 75.0% dos atletas no referiram reaesadversas aps terapia de manipulao articular quiroprtica. CONCLUSES: Os treinosrealizados no clube estudado, com este grupo amostral foram realizados dentro dos padresde segurana necessrios para evitar a ocorrncia de danos no sistema musculoesqueltico. Aterapia de manipulao articular quiroprtica mostrou-se eficaz na reduo do quadro lgico esegura no parmetro reaes adversas.

    PALAVRAS-CHAVE: Manipulao espinhal, efeitos adversos, hidroxiprolina, atletascorredores, quiropraxia.

    INTRODUO

    A Quiropraxia uma

    profisso da rea da sade que lida

    com o diagnstico, tratamento e

    preveno das desordens

    mecnicas do sistema

    musculoesqueltico e dasimplicaes destes transtornos no

    sistema nervoso e na sade em

    geral1. H uma nfase em

    tratamentos manuais incluindo a

    manipulao articular, que

    caracterizada por um impulso

    dirigido para mover uma articulaoalm da sua amplitude fisiolgica de

    movimento, sem ultrapassar o limite

    anatmico1,2. A referida manobra

    utilizada como forma de tratamento

    para disfunes na coluna vertebral

    e outras condies. Desconforto

    local, dor de cabea, cansao,tontura, nuseas e aumento da

    temperatura na pele esto entre os

    relatos mais comuns dos seus

    efeitos adversos que, geralmente

    so leves e passageiros3,5. Relatos

    de complicaes graves, como

    acidente vascular cerebral,sndrome da cauda equina e

    agravamento de hrnia de disco,

    so considerados raros e no

    apresentaram objetivamente nexo

    causal6. A segurana na prtica

    quiroprtica continua sendo um

    importante foco de pesquisa7-9

    . Umestudo de 1998 estimou que a cada

    10 milhes de manipulaes na

    regio superior da coluna cervical

    ocorre leso em 6,4 e na regio

    lombar, uma em 100 milhes de

    manipulaes8.

    Em busca da melhora nopotencial atltico, o corredor

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    41/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 106 de 143

    fundista se expe regularmente a

    aes musculares com sobrecarga

    durante o treinamento de resistncia

    de fora10, o que o leva, muitas

    vezes, s leses no aparelho

    locomotor com sintomas de dor e

    consequente aumento na excreo

    urinria da hidroxiprolina (HP)11. A

    HP reconhecida como marcador

    biolgico do

    catabolismo/anabolismo do

    colgeno do aparelho locomotor,

    seus nveis aumentados na urina

    sugerem a ocorrncia de micro

    leso nos tecidos conjuntivos. A

    comparao dos seus coeficientes

    antes e aps treinamento permite

    identificar a dimenso da leso

    tecidual12,13.

    Considerando o exposto, esta

    pesquisa se props a estudar a

    relao entre o tratamento de

    manipulao articular e a expresso

    de leso musculoesqueltica,

    utilizando a dosagem da

    hidroxiprolina na urina em atletas

    corredores fundistas e identificar as

    reaes adversas aps as

    manobras de manipulao articular

    e sua dimenso.

    MTODOS

    A pesquisa realizada podeser classificada como do tipo quase

    experimental, seus participantes

    fizeram parte do grupo controle e

    anlise, com teste e reteste aps

    treinamento14. Os sujeitos foram

    informados sobre o teor da pesquisa

    e assinaram o Termo deConsentimento Livre e Esclarecido.

    Amostra

    A amostra foi composta por

    oito praticantes de atletismo da

    modalidade de corrida de fundo,

    seis do gnero masculino, inscritos

    na Federao Brasileira de

    Atletismo. O estudo foi realizado emum Clube de Esportes, localizado

    no municpio de So Paulo-Brasil.

    Critrios de incluso e excluso

    Foram includos na amostra

    atletas de ambos os gneros, com

    idade entre 15 e 45 anos e prtica

    na modalidade de corrida de fundo

    a mais de seis meses. Foram

    excludos os atletas que tinham

    dificuldade em permanecer em

    jejum por 12 horas e que,

    previamente, apresentassem

    caractersticas como: alterao

    neural, muscular e ou esqueltica

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 4 n 2

    42/79

    ISSN 21797676RBQ - Volume IV, n. 2 - Pgina 107 de 143

    associados, consumo de lcool ou

    outra substncia que pudesse

    influenciar os nveis de HP na

    excreo urinria; ndice de massa

    corporal (IMC) acima de 40;

    doenas metablicas, dor, ou

    aqueles que adotavam dieta com

    alto valor proteico.

    Procedimentos

    O estudo foi realizado em

    duas etapas. Na primeira os atletasatuaram como grupo controle e na

    segunda como grupo anlise. Antes

    de cada coleta os participantes do

    estudo foram orientados a realizar

    jejum de 12 horas e desprezar a

    primeira urina do dia. As amostras

    foram coletadas e armazenadas emrecipientes plsticos esterilizados

    fornecidos pelo laboratrio OMNI-

    CCNI Medicina Diagnstica, local

    em que foi realizada a anlise da

    urina.

    Etapa um- (grupo controle) seguiu-

    se a seguinte ordem cronolgica:questionrio pr-treino, coleta um

    de urina, descanso, prtica do

    treino, coleta dois, questionrio ps-

    treino e anlise da urina. O

    questionrio pr-treino constou de

    informaes sobre presena de

    leses e ou dor e sua intensidadefoi dimensionada pela Escala Visual

    Analgica de dor (EVA)15. Em

    seguida os participantes tiveram 10

    minutos de descanso e incio das

    atividades esportivas com durao

    de 1 hora e 50 minutos com corrida

    leve; alongamento; tcnica de

    corrida e tiros de corrida de 400 e

    1000 metros. Duas horas aps o

    treino foi realizada a segunda coleta

    de urina e preenchimento do

    questionrio ps-treino para aferir

    sintomatologia do aspecto de dor e

    sua intensidade, utilizando a EVA. A

    anlise urinaria foi realizada para

    exame hidroxiprolina duas horas,

    utilizando o mtodo colorimtrico.

    Etapa dois - (grupo anlise)

    participou dessa fase os sujeitos da

    amostra anterior, uma semana aps

    a finalizao da primeira etapa. Foi

    seguida a ordem cronolgica

    anterior, substituindo o perodo de

    descanso aps o preenchimento do

    questionrio pr-treino, pela