revista brasileira de quiropraxia vol 3 n 2

Upload: roderley-reis

Post on 25-Feb-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    1/74

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    2/74

    Revista Brasileira de

    QuiropraxiaBrazilian Journal of Chiropractic

    Apoio:

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    3/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. I

    REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF

    CHIROPRACTIC

    Volume III - Numero 2 Julho a Dezembro de 2012

    NDICE CONTENT

    1. EDITORIAL E INSTRUES AOS AUTORES II

    2. ARTIGO ORIGINALAlterao do limiar da dor presso na regio torcica apsajustes quiroprticosChange of pain threshold to pressure in the thoracic region afterchiropractic adjustments

    Joo Francisco Seixas, Ricardo Fujikawa

    67

    3. Prevalncia e efeitos da Terapia Manual em bibliotecrios,portadores de cervicalgia, de uma Fundao no municpio de SoPauloPrevalence and effects of Manual Therapy for librarians, patients withneck pain, a Foundation in So Paulo

    Claudete S. Santos, Wanda L. T. Barbosa, Djalma Jos Fagundes

    75

    4. Avaliao do desempenho em atletas universitrios de handebolaps ajuste quiroprticoAssessing performance in college athletes handball after chiropractic

    adjustment

    Lucas dos S. R. Pimentel, Nayara D. de Oliveira, Jorge A. C. Netto

    86

    5. Implantao de um projeto de Liga Acadmica Brasileira deQuiropraxiaDeploying a project of Brazilian Chiropractic Academic League

    Aline S. de Souza, Eduardo K. Teruya,Daniel Duenhas, Djalma JosFagundes

    96

    6. Eficcia do tratamento de quiropraxia em atletas de futebol comlombalgiaEfficacy of chiropractic treatment on low back pain soccer athletes

    Bruno Alvarenga,Ana Paula Facchinato, Kenneth Lee Brian

    107

    7 ARTIGO DE REVISOEfetividade e eficcia do Mtodo Ativador e do instrumentoAct ivator- Anlise crtica da literaturaEffectiveness and efficiency of the Method Activator and ActivatorinstrumentCritical analysis of literature

    Daniela Silvestrino, Jlia V. Camargo, Jidiene D. P. Depintor e Evergisto S. M. Lopes

    118

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    4/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. II

    Journal of Chiropractic

    EDITORIAL E INSTRUES AOS AUTORES

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    um rgo de divulgao das atividades profissionais, acadmicas e de

    pesquisa na rea das Cincias da Sade, voltadas para a Quiropraxia e

    atividades correlatas.

    Destina-se a divulgar as atividades associativas e de interesse profissional em

    Quiropraxia; divulgar as atividades de graduao e ps-graduao senso

    estrito em Quiropraxia; divulgar as prticas de ensino continuado da

    Quiropraxia; divulgar trabalhos cientficos na forma de revises e atualizaes

    de temas especficos, relatos de casos, srie de casos, trabalhos de cunho

    epidemiolgico, trabalhos prospectivos e retrospectivos em clnica de

    Quiropraxia, e trabalhos em animais relacionados Quiropraxia (experimental

    e veterinria).

    Este rgo foi fundado e est ligado s atividades de Ensino

    Universitrio da Universidade Anhembi Morumbi Laureate International

    Universities, e tem como misso a congregao e integrao das atividades

    profissionais e acadmicas de divulgao e produo de trabalhos cientficos

    pertinentes rea de atuao da Quiropraxia e correlatos.

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    publica as seguintes seces: carta ao editor, comunicao de eventos,

    notcias, reviso e atualizao, resumos de publicaes e artigos originais.

    Corpo Editorial

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    5/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. III

    REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF

    CHIROPRACTIC

    Corpo Editorial

    Editor cientfico

    Djalma Jos Fagundes

    Editores assistentes

    Ana Paula Albuquerque Facchinato

    Evergisto Souto Maior Lopes

    Jornalista cientfico

    Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

    Consultor da lngua inglesa

    Ricardo Fujikawa

    Conselho nacional de consultores (Brasil)

    Eduardo S. Botelho Bracher

    Fernando Redondo

    Aline Pereira Labate Fernandes

    Conselho internacional de consultores

    David Chapman Smith

    Reed Phillips

    Fbio Dal Bello

    Assessoria e Gerncia Executiva

    Mara Clia Paiva

    RA STA BRASILEIRA DE QUIPRAXIA

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    6/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. IV

    INSTRUES AOS AUTORES

    Apresen tao

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    uma entidade aberta de comunicao e divulgao de atividades cientficas e

    profissionais na rea de Quiropraxia. Ela recebe colaborao em suas diversas

    sees, aps avaliao de pelo menos dois de seus membros do Conselho de

    Consultores e que iro julgar a relevncia, formatao e pertinncia da

    comunicao.

    Os autores e coautores devem ter participao efetiva na elaborao do

    trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execuo e

    interpretao. O autor principal o responsvel pela lisura e consistncia das

    informaes do artigo. Os indivduos que prestaram apenas colaborao

    tcnica devem ser designados na seco de agradecimentos.

    O original do artigo ou comunicao deve ser acompanhado de uma

    carta ao editor-chefe apresentando o ttulo do trabalho, autores e respectivos

    graus acadmicos, instituio de origem e motivo da submisso. Deve

    acompanhar uma carta de cesso dos direitos autorais e compromisso de

    exclusividade de publicao segundo o modelo:

    Cesso d e Direi to s

    Os autores abaixo assinados esto de acordo com a transferncia dos

    direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado:

    ........................................................................ Revista Brasileira de

    Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, no estar em

    avaliao por outro peridico, no ser total ou parcialmente publicado

    anteriormente e no ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e

    cada um dos autores confirma sua contribuio e est de acordo com as

    disposies legais que regem a publicao.

    Cidade, data

    Nome legvel e assinatura de todos os autores.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    7/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. V

    Submi sso de art igo s

    Os originais podem ser submetidos para a apreciao da revista por via

    eletrnica (e-mail) ou por cpia em CD-ROM (ou equivalente),

    preferencialmente em ingls e ser produzidos em editor de texto compatvelcom Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens

    superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os pargrafos devem ser

    separados por espao duplo, no ultrapassando 12 (doze pginas incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos no devem

    ultrapassar 6 (seis) pginas digitadas em sua extenso total, incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos.

    Os artigos e comunicaes enviadas sero analisados pelo editor-chefe;sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatao da Revista eles

    sero encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliao do

    mrito cientfico da publicao. Os originais podero ser devolvidos para

    correes e adaptaes de acordo com a anlise dos consultores ou podem

    ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigao

    de justificativa. Os artigos originais recusados sero devolvidos aos autores.

    Figuras, Tabelas e Quadro s

    As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As

    imagens devem ser designadas como Figuras, numeradas em algarismos

    arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em

    arquivo JPG ou TIF com alta resoluo.

    As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em

    algarismos arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto.

    Formato do Art igo

    Os originais devem conter um arquivo separado com a pgina de ttulo

    (title page) onde deve constar:

    - o ttulo do artigo (mximo de 80 caracteres)

    - nome completo dos autores

    - afiliao e mais alto grau acadmico

    - instituio de origem do trabalho

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    8/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. VI

    - ttulo abreviado (running title) mximo de quarenta caracteres

    - fontes de financiamento

    - conflito de interesses

    - endereo completo do autor correspondente (endereo, telefone, fax e e-

    mail).

    Formato das Referncias

    As referncias devem ser numeradas em algarismos arbicos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com

    o mesmo nmero no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as

    referncias seguindo as normas bsicas de Vancouver com Sobrenome,

    Prenome do(s) autor(es). Ttulo do artigo. Ttulo do Peridico. Ano; Volume(nmero); pginas inicial-final.

    Exemplos de formatao:

    Artigo:Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M

    P, Oberg T D. Ocorrncia de desvios posturais em escolares do ensino pblico

    fundamental de Jaguarina, So Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009;

    27(1): 74-80.

    Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionrios, Guias): Wyatt, L,

    Handbook of clinical Chiropractic care,2 edio. United States: Jones and

    Bartlett Publishers 2005.

    Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In:

    Anais do 3 Simpsio International de Dor; So Paulo: 1997,p. 77 (abstr.).

    Artigo em formato eletrnico: International Committee of Medical Journal

    Editors: Uniform requirements for manusc ripts submeted to biomedical

    journals. Disponvel em URL:

    http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm.Acessado em 15

    de maio 2010.

    Resumo (abstract)

    Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado

    (objetivos, mtodos, resultados e concluses) com no mximo 250 palavras.

    Dever ter uma verso em portugus e outra em ingls.

    http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htmhttp://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    9/74

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume III, n. 2 p. VII

    Unitermos (key-wo rds)

    Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves

    de acordo com a normatizao dos Descritores em Cincias da Sade da

    BIREME (Biblioteca Regional de Medicina).Texto

    Devem constar de Introduo, Objetivos, Mtodos, Resultados,

    Discusso, Concluso, Agradecimentos e Referncias.

    Com isso de tica

    Os artigos devem trazer o nmero do protocolo da aprovao do Comit

    de tica da Instituio de origem e declarao do preenchimento do Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido.Contato

    Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic

    Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina.

    CEP 05304-010, So Paulo, SP, Brasil.

    E-mail:[email protected] Tel.: +55(11)3641-7819

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    10/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 67de 130

    ARTIGO ORIGINAL

    Alterao do limiar da dor presso na regio torcica aps ajustesquiroprticos

    Change of pain threshold to pressure in the thoracic region after chiropracticadjustments

    Joo Francisco SeixasI, Ricardo FujikawaII

    I. Quiropraxista. Especialista em Acupuntura. Instituto de Cincias da Sade.Feevale. Novo Hamburgo-RS. Brasil.II. MD. Quiropraxista. Diretor do Curso de Quiropraxia do Real CentroUniversitrio Escorial Maria Cristina, Madrid, Espanha.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVE:This study aimed to verify the ppt alteration after chiropractic adjustment in thethoracic region.METHODS:Its a pre experimental study with 12 individuals (nine women) andaging between 19-25 years. These individuals had their pressure pain threshold (ppt) verifiedbefore and after chiropractic adjustments in the thoracic region. The ppt was verified in the 4dorsal points that are commonly use in fibromialgy sofferers, but in this study just no complaintindividuals collaborated with the research. It was done an average of the ppt in this four pointsand consequent assessment of the pre and post adjustments.RESULTS:The results showed adifference in the pre and post adjustments average was 5,3 Kg/cm and post adjustmentsaverage 7,61 Kg/cm. This change, had statistical significance (p=0,0001). CONCLUSION:

    increase of the ppt after chiropractic adjustments.

    KEY WORDS:chiropractic adjustments, pain threshold, musculoskeletal pain.

    RESUMO

    OBJETIVO: Verificar a alterao no limiar de dor presso aps ajustes quiroprticos naregio torcica. METODOS: Tratou-se de um estudo pr-experimental composto de seissesses, com amostra de 12 indivduos (nove do gnero feminino), com idades entre 19 e 25anos. Estes pacientes tiveram seu limiar de dor testado, em quatro pontos localizados naregio dorsal da coluna torcica, utilizados na avaliao de fibromialgia, antes e aps assesses de ajustes quiroprticos. RESULTADOS: Pode-se observar diferena, no limiar da

    dor, na mdia pr e ps-ajustes. A mdia total pr-ajustes foi de 5,3 quilos/cm e mdia totalps-ajustes foi de 7,61 quilos/cm. Estas alteraes foram consideradas estatisticamentesignificativas (p=0,0001). CONCLUSO: Evidenciou-se aumento do limiar de dor pressoassociado ao ajuste quiroprtico.

    PALAVRAS-CHAVES: ajustamento quiroprtico, limiar da dor, dor musculoesqueltica.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    11/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 68de 130

    INTRODUO

    Em 1996, a American Pain

    Society (APS) introduziu a dor como

    o 5 sinal vital1. A Associao

    Internacional para o Estudo da Dor

    (IASP International Association for

    the Study of Pain) descreve a dor

    como uma experincia sensitiva e

    emocional desagradvel associada

    com leso tecidual real ou potencial

    ou descrita em termos de tal leso.

    Mais do que isso, a dor representa

    uma entidade multidimensional, a

    qual envolve aspectos

    psicossociais, comportamentais e

    fisiopatolgicos2. Desta forma, a dor

    uma interpretao subjetiva,

    variando sua apreciao de um

    indivduo para outro, quando

    submetidos a estmulos idnticos,

    mas em circunstncias distintas.

    Este conceito traz algumas

    implicaes, uma vez que a dor

    essencialmente uma manifestao

    subjetiva e, desta forma, quando sebusca identificar e quantificar este

    sintoma, fica-se a merc da

    interpretao do paciente. O limiar

    de dor corresponde a mais baixa

    intensidade com que um estmulo

    percebido como doloroso, sendo

    relativamente constante, entrevrios sujeitos, para um dado

    estmulo. J a tolerncia dor o

    maior nvel de dor que uma pessoa

    est preparada para suportar3-5.

    A maioria das dores de

    origem vertebral tem uma causa

    fsica. As estruturas inervadas pelo

    ramo ventral so responsveis

    pelas dores referidas nos plexos:

    msculo psoas, quadrado lombar e

    intertransversais. As estruturas

    inervadas pelo ramo dorsal esto

    relacionadas s dores na

    musculatura profunda da coluna,

    articulaes Facetrias, arco

    posterior da vrtebra, ligamento

    supraespinhal, intertransverso,

    amarelo e a pele. O nervo

    menngeo recorrente inerva o

    peristeo do corpo posterior

    vertebral, veia interna vertebral,

    tecido adiposo epidural, regio

    posterior do disco intervertebral,

    ligamento longitudinal posterior e

    regio anterior da dura-mter. Operisteo do corpo anterior e lateral

    da vrtebra, parte lateral e anterior

    do disco intervertebral e ligamento

    longitudinal anterior so inervados

    pelos ramos simpticos6. A dor

    torcica, em geral, est associada

    s articulaes costovertebrais,costotransversais, fraturas por

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    12/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 69de 130

    compresso dos corpos vertebraise

    Fibromialgia. Os pontos

    denominados tenros, no total de

    18, quando sensveis palpao

    digital, no mnimo em 11 deles, so

    sinais indicativos da presena da

    sndrome6,7.

    Na tentativa de documentar

    de forma objetiva a dor dos

    pacientes, foram desenvolvidos

    instrumentos unidimensionais e

    multidimensionais para sua

    mensurao. Os instrumentos

    unidimensionais so os mais

    utilizados, e quantificam apenas a

    gravidade ou a intensidade da dor,

    como exemplo desses instrumentos,

    tm-se as escalas numrico-

    verbais, analgico-visuais e o

    algmetro8-9. O algmetro se

    destaca entre os demais, j que

    alm de quantificar a percepo de

    dor estabelece a eficcia de

    intervenes teraputicas10.

    Experincias clnicas sugerem que

    os ajustes quiroprticos podematuar em disfunes neurolgicas,

    quando estas so provenientes de

    um complexo de subluxao.

    proposto que uma correo da

    subluxao articular restabelea

    reflexos nociceptivos e cinestsicos

    com subsequente recuperao do

    tnus muscular, mobilidade articular

    e atividade simptica6.

    Diante do exposto, este

    estudo teve como objetivo verificar a

    alterao do limiar da dor presso

    em indivduos submetidos

    manipulao articular vertebral

    quiroprtica na regio torcica.

    MTODOS

    A pesquisa foi submetida

    apreciao e aprovao do Comit

    de tica da Universidade Feevale.

    Todos os participantes assinaram o

    termo de consentimento livre e

    esclarecido.

    Amostra

    O estudo foi realizado com 12

    pacientes, que haviam recebido

    atendimentos quiroprticos

    previamente, sendo nove do gnero

    feminino (75%), com idades entre

    19 e 25 anos (mdia de 21,7 anos).

    Critrios de incluso

    Indivduos de ambos os

    gneros, dentro da faixa etria

    compreendida entre 19 e 25 anos

    completos, de qualquer profisso,

    independente da presena de

    queixas e/ou sintomas.

    Critrios de excluso

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    13/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 70de 130

    Indivduos que porventura

    estivessem utilizando

    medicamentos ou sob interveno

    mdica de qualquer natureza;

    existncia de fraturas recentes

    (ltimos seis meses), enfermidades

    sistmicas em atividade, incapazes

    de compreender as informaes e

    instrues e aqueles que se

    negassem a assinar o termo de

    consentimento.

    Procedimentos

    As consultas ocorreram nas

    dependncias da clnica escola,

    foram realizadas pelo autor da

    pesquisa, seguindo os protocolos e

    padres vigentes na mesma. Cada

    participante foi atendido duas vezes

    por semana, durante trs semanas,

    totalizando seis consultas. O

    tratamento consistiu em ajustes nos

    segmentos torcicos que se

    apresentavam subluxados,

    utilizando-se de tcnicas

    quiroprticas de alta velocidade e

    baixa amplitude.

    O Limiar de Dor Presso

    (LDP) foi avaliado em quatro

    pontos, que fazem parte da hiptese

    diagnstica para fibromialgia: (borda

    anterior do ramo horizontal do

    trapzio, insero do msculo

    supraespinhal e no ngulo medial

    da escpula, bilateralmente)11. O

    algmetro, devidamente calibrado, e

    a escala analgica visual de dor

    foram utilizados pr e ps-

    atendimento, em todas as

    consultas. Para maior confiabilidade

    na mensurao, foram utilizados

    dois instrumentos: o algmetro e

    escala visual analgica.

    Figura 2 - algmetro sendo utilizado naregio torcica (JTECH,2007).

    Anlise Estatstica

    Os dados foram submetidos

    anlise estatstica descritiva. Para

    as variveis numricas, foi utilizado

    o teste t de Student, considerando-

    se significativos os dados com erro

    alfa menores do que 5% e, muito

    significativos, com erro menor que

    1%.

    RESULTADOS

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    14/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 71de 130

    Grfico 1: Mdia do limiar de dor dos gneros feminino e masculino.

    Grfico 2: Mdia total do limiar de dor pr e ps ajustes com algmetro.

    Grfico 3: Mdia dos valores da escala analgica visual.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    15/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 72de 130

    DISCUSSO

    A dor vivenciada pela

    totalidade dos seres humanos, e

    por meio dela que a maioria das

    afeces se manifesta. Com

    exceo de indivduos com

    insensibilidade dolorosa, todos j

    experimentaram este sintoma.

    Entretanto, constitui-se numa

    grande dificuldade descreve-la,

    tornando assim impossvel conhecer

    a experincia de dor de outra

    pessoa9.

    Os instrumentos de

    mensurao ordinais e

    unidimensionais, como a escala

    numrica, escala analgica visual,

    escala de faces e escala de

    descritores verbais, aparecem como

    os mais frequentemente utilizados,

    no entanto, especialmente no Brasil,

    as referncias so escassas,

    apontando para a subidentificao e

    subavaliao da dor10. Os

    instrumentos unidimensionais

    quantificam a dor, porm, socriticados por no possibilitarem a

    mensurao multidimensional dessa

    experincia11. Um estudo de 2005

    em que se discute a diferena entre

    a Escala Anlogo Visual e a Escala

    Numrica de Dor, conclui-se que

    ambas so teis para demonstrar aresposta do paciente, facilitando

    assim o planejamento das aes

    teraputicas, alm de documentar a

    evoluo e progresso dos

    pacientes12.

    Dentre os estudos citados

    na literatura sobre a eficcia do

    algmetro, destacamos um de 2004,

    sobre a reprodutibilidade de ndices

    de dor cervical, que contou com a

    participao de vinte indivduos

    saudveis e constatou-se que este

    aparelho vlido para a anlise

    quantitativa da dor (p

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    16/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 73de 130

    no msculo intersseo dorsal (de ao

    menos 1,23 quilo/cm), com o

    gnero feminino mostrando menor

    limiar de dor8. J os resultados

    encontrados em 2004 so

    semelhantes aos encontrados em

    20034 em que os autores relatam,

    que o gnero masculino tem maior

    limiar de dor que o feminino. Em

    1994 um estudo descreve que

    podem ocorrer mudanas

    significativas atribudas a uma

    errnea seleo dos pontos

    miofaciais, por diferena de

    sensibilidade entre os gneros para

    um mesmo ponto. De outra forma, o

    gnero feminino pode no ter tanta

    sensibilidade em um mesmo ponto

    como o masculino ou vice e versa8.

    A mdia geral do limiar de

    dor a presso, no pr ajuste foi de

    5,3 quilos/cm e ps-ajustes, 7,61

    quilos/cm, dados estes

    considerados estatisticamente

    significativos p=0,0001 (grfico 2).

    Em outras palavras, a variveldependente, apresentou alteraes

    significativas quando relacionadas

    ao ajuste quiroprtico. O que

    corrobora com o descrito em estudo

    de 200213, que o ajuste quiroprtico

    capaz de proporcionar um

    aumento do limiar de dor dos

    pacientes e se alinha com a

    afirmao que a manipulao

    articular vertebral atua aumentando

    a tolerncia dor e aumento do

    nvel do limiar de dor.

    Na mdia geral dos

    indivduos, mensurada pela escala

    visual analgica (EVA), pr e ps-

    ajustes quiroprticos, onde se

    totaliza mdia pr-ajustes de 1,68

    cm, contatou-se que a mdia ps-

    ajustes totalizou 0,3 cm. Referidas

    mdias obtidas no pr e ps ajustes

    quiroprticos foram estatisticamente

    significativas p=0,002 (grfico 3).

    Confirmando os relatos de

    2004 e 200713observou-se durante

    o estudo que o algmetro um

    instrumento prtico e que no torna

    a avaliao e o exame demorado ou

    enfadonho.

    CONCLUSES

    Evidenciou-se o aumento do

    limiar de dor presso associado

    aos ajustes quiroprticos.

    O algmetro demonstrou-seum instrumento de fcil utilizao na

    avaliao do limiar de dor

    presso. Sua utilizao permitiu

    uma avaliao objetiva e

    quantitativa da dor.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    17/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 74de 130

    AGRADECIMENTOS: Quiropraxista Mara Clia Paiva pelo

    preparo deste manuscrito.

    REFERNCIAS

    1. Pedroso RA, Celish KLS. Dor: quintosinal vital, um desafio para o cuidar emenfermagem. Texto & ContextoEnfermagem. 2006 v. 15, n. 2, p. 270-6.

    2. Miceli AVP. Dor crnica e subjetividade.Revista Brasileira de Cancerologia, Rio deJaneiro, v. 48, n. 3, p. 363-73, 2002.

    3. Guyton AC, Tratado de fisiologia mdica.11. ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2006.

    4. Prushansky T. Reproducibility IndicesApplied to Cervical Pressure PainsThreshold Measurements in HealthilySubjects. Journal of Pain. V. 20, n. 5 Sept-Oct. 2004.

    5. Bear M F, Neurocincias: desvendandoo sistema nervoso. 2. ed. Porto Alegre:Artmed, 2002.

    6. Gatterman M L. Foundations ofChiropractic Subluxation. Missouri: Mosby-Year Book, 1995.

    7. Knoplich J. Fibromialgia, Dor e Fadiga.So Paulo, SP: Robe Editorial; 2001.

    8. Chesterton L, Barlas P, Foster NE;Baxter GD, Wright CC. Gender differencesin pressure pain threshold in healthy

    humans. Journal of Pain. 2003 Sep;V.101,p.259-266.

    9. Porto CC. Exame clnico. 3. ed. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan;2000.

    10. Andrade FA, Pereira LV, Sousa FAEF.Mensurao da dor no idoso: uma reviso.Rev Latino-am Enfermagem. 2006 maro-abril;14(2):271-6.

    11. Harden R. A critical analysis of thetender points in fibromyalgia. Center for

    Pain Studies, Rehabilitation Institute ofChicago, Northwestern University FeinbergSchool of Medicine, Chicago, Illinois 60611,USA. Mar 8(2):147-56, 2007.

    12. Johnson C. Measuring Pain. Visualanalog Scale Versus Numeric Pain Scale:What is the Difference? Journal of Pain.2005 EUA.

    13. Pickar JG. Neurophysiological effects ofspinal manipulation. Journal of Chiropractic.Palmer Center for Chiropractic Research,Davenport. 2002 EUA.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    18/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 75de 130

    ARTIGO ORIGINAL

    Prevalncia e efeitos da Terapia Manual em bibliotecrios, portadores decervicalgia, de uma Fundao no municpio de So Paulo

    Prevalence and effects of Manual Therapy for librarians, patients with neckpain, a Foundation in So Paulo

    Claudete de S. SantosI, Wanda L. T. BarbosaII, Djalma Jos FagundesIII

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade.Universidade Anhembi Morumbi (UAM)Laureate Universities. So Paulo.Brazil.II. Quiropraxista. Universidade Anhembi Morumbi (UAM)III. MD, PhD, Professor Livre Docente - Instituto de Cincias da Sade UAM.

    E-mail do autor correspondente:[email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVES: Verify the prevalence of neck pain and the efficacy of chiropractic spinalmanipulative therapy (SMT) for the treatment of this condition in librarians from a So PauloFoundation. METHODS:To determine the prevalence of neck pain a questionnaire created bythe author was applied to 40 librarians, 28 women from 19 to 60 years of age. There were 20participants in the sample group with neck pain, which were randomly divided into two groups(group Q and group P), each group consisting of 9 women and 1 man. After applying the Indice

    of Neck Disability Index and the Visual Numeric Scale the participants were submitted to aphysical exam and the EVN was applied before each of the 5 treatment sessions. Group Q,which received SMT, and group P, which received pompage. RESULTS: Of the 40 librarians,32 had neck pain, with an 80% prevalence of neck pain in librarians. Of the 32 librarians withneck pain 20 entered into the treatment groups. Both groups showed a significant improvementof the IDRP (Q;p=0,012 and P;p=0,0005) and both groups showed a significant improvement ofthe EVN (Q;p=0,001 and P;p=0,0001). CONCLUSIONS: There is a high prevalence of neckpain in librarians. Both treatments were significantly effective for improving neck pain and thecapacity to accomplish the activities of daily living.

    KEY WORDS: neck pain, chiropractic, prevalence.

    RESUMO

    OBJETIVOS: Verificar a prevalncia de cervicalgia e a eficcia da Terapia de ManipulaoArticular (TMA) em funcionrios da biblioteca de uma Fundao em So Paulo. MTODOS: Os40 voluntrios, 28 do gnero feminino, com idades entre 19 e 60 anos preencheram umquestionrio epidemiolgico desenvolvido pelos autores. Aps avaliao fsica, os mesmospreencheram dois questionrios: de ndice de Disfuno Relacionado ao Pescoo (IDRP) eEscala Visual Numrica (EVN) no pr e no ps-tratamento. A amostra final consistiu de 20indivduos, com idades entre 19 e 60 anos, sendo distribudos aleatoriamente em 2 grupos:Quiropraxia (Q), que receberam TMA, e grupo Pompage (P), que receberam manobrasespecficas da tcnica. Ambos os grupos, foram compostos por 9 mulheres e um homem ereceberam 5 tratamentos. RESULTADOS: Dos 40 funcionrios entrevistados, 32 (80%)

    relataram sintomas de cervicalgia. Nos dois grupos houve decrscimo significativo do IDRP, (Q;p=0, 012 e P; p=0, 005) e de EVN, (p

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    19/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 76de 130

    prevalncia de cervicalgia. Ambos os tratamentos foram eficazes para diminuio da dorassociada a um aumento da capacidade de realizao das atividades de vida diria.

    PALAVRAS CHAVE: dor cervical, quiroprtica, prevalncia.

    INTRODUO

    Atualmente o profissional

    bibliotecrio atua em diversos

    segmentos, prioritariamente o

    responsvel pela guarda do acervo

    de bibliotecas pblicas. Esse

    profissional assemelha-se a um

    mediador entre a sociedade e o

    conhecimento registrado nos mais

    diferentes tipos de materiais, desde

    o antigo livro impresso at os novos

    recursos da informtica. Entre suas

    atribuies, esto o planejamento, a

    organizao, a implantao de

    centros de documentao e acervos

    audiovisuais e a anlise e

    processamento de documentos1. O

    trabalho do bibliotecrio, como o de

    grande parte dos trabalhadores,

    ocupa um grande perodo de tempo,

    e a prevalncia de posturas

    inadequadas mantidas, por tempo

    prolongado durante essa jornada

    so fatores que constituem riscos

    para o desenvolvimento de algias e

    desconforto2.

    De acordo com a

    Organizao Mundial da Sade,

    vrias reas, dando destaque entreoutras, quelas ligadas com as

    novas tecnologias de informao e

    automao, apresentam uma alta

    incidncia de problemas de sade

    ocupacional, essas tecnologias

    fazem parte hoje do instrumental

    bsico para uso do bibliotecrio em

    seu espao de trabalho3. Com a

    expanso da informtica a presena

    crescente do computador em casa e

    no trabalho vem aumentando a

    cada dia. Atualmente uma

    necessidade o uso do computador

    no cotidiano e cresceu o nmero de

    visitas a profissionais da rea da

    sade para tratar leses como as

    dores na regio cervical4.

    O pescoo proporciona uma

    ligao de grande flexibilidade entre

    a cabea e o tronco.

    Simultaneamente, protege os

    tecidos nervosos e vasculares vitais

    na ligao entre a parte central do

    sistema nervoso do e o resto do

    corpo. Essa dupla funo atingida

    graas estrutura da coluna

    cervical, que combina fora com

    uma grande amplitude de

    movimentos. A fora obtida pelacoluna ssea constituda de sete

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    20/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 77de 130

    vrtebras individuais. Os

    movimentos so decorrentes de um

    sistema articular complexo, que

    envolve os discos intervertebrais, as

    articulaes dos processos

    articulares e as articulaes

    uncovertebrais. Esse complexo

    articular est sujeito a constante

    atividade, tornando-se bastante

    susceptvel a alteraes

    biomecnicas e microtraumas5.

    Perodos prolongados de

    postura esttica corporal tambm

    um importante fator de risco para o

    desenvolvimento de Distrbios

    Osteomusculares Relacionados ao

    Trabalho (DORT). Entre as diversas

    afeces musculoesquelticas

    decorrentes ou relacionadas ao

    DORT destacam-se as tendinites,

    epicondilites e cervicalgia entre

    outras6. Esses distrbios ocorrem

    principalmente pela utilizao

    biomecnica incorreta dos membros

    superiores, com uma alta

    repetitividade de um mesmo padrode movimento e compresso

    mecnica das delicadas estruturas

    dos membros superiores7.

    A quiropraxia uma profisso

    que se dedica a preveno, ao

    diagnstico e ao tratamento de

    dores e de outras alteraes dosistema neuromusculoesqueltico,

    ou seja, ao tratamento de

    problemas de articulaes,

    msculos, tendes, nervos e outras

    estruturas e o efeito dessas

    alteraes sobre o sistema nervoso

    e sade em geral. Vrios mtodos

    teraputicos so utilizados, como,

    por exemplo, alongamento,

    exerccios isomtricos e isotnicos,

    orientao postural, destacando-se

    tcnicas especficas de terapia

    manual8.

    Considerando que os

    funcionrios de bibliotecas fazem

    parte de um grupo de risco para

    problemas musculoesquelticos,

    especialmente cervicalgia, e que o

    tratamento com quiropraxia

    promove o restabelecimento da

    funo articular, e

    consequentemente a reduo ou

    inibio da dor, esse trabalho tem

    como objetivo avaliar a eficcia do

    tratamento utilizado na quiropraxia

    em algias na regio cervical em

    funcionrios da biblioteca da Escolade Administrao de Empresas de

    So Paulo Fundao Getlio Vargas

    (EAESP-FGV).

    MTODOS

    Amostra

    A pesquisa foi submetida apreciao e aprovao do Comit

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    21/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 78de 130

    de tica da Universidade Anhembi

    Morumbi e aprovada. Os

    participantes assinaram o termo de

    consentimento livre e esclarecido.

    Esta pesquisa foi constituda de 40

    funcionrios de uma biblioteca no

    municpio de So Paulo, sendo 28

    do gnero feminino com idades que

    variaram entre 19 e 60 anos.

    Critrios de Incluso

    Foram selecionadosfuncionrios permanentes, que

    trabalhavam pelo menos 24 horas

    por semana e com idade menor que

    60 anos, de ambos os gneros, de

    qualquer etnia e ndice de massa

    corporal, portadores de cervicalgia.

    Critrios de Excluso

    Voluntrios que

    apresentassem mielopatias,

    tumores, fraturas em consolidao,

    osteomelite, osteoporose,

    cervicalgias de origem sistmica,

    neurolgica, viscerais e

    reumatolgicas. A amostragem no

    apresentou nenhuma das situaes

    citadas.

    Procedimentos

    Para identificar a prevalncia

    de cervicalgia de origem

    musculoesqueltica os voluntriospreencheram um questionrio

    epidemiolgico e em seguida

    passaram por avaliao fsica. O

    pronturio utilizado durante o

    tratamento foi o adotado pela

    Clnica Escola da Universidade e o

    atendimento foi realizado numa sala

    da Fundao, 2 vezes por semana e

    perfizeram um total de 5. Os

    funcionrios foram separados em

    dois grupos, por meio de sorteio,

    utilizando envelopes lacrados, o

    grupo P (Pompage) recebeu

    tratamento teraputico especfico da

    tcnica de pompage, cuja funo

    tensionar lenta, regular e

    progressivamente um segmento

    corporal, com utilizao de

    manobras de trao na regio

    cervical9. O grupo Q (Quiropraxia)

    recebeu o tratamento quiroprtico,

    utilizando Terapia de manipulao

    articular (TMA) cervical que so

    manobras de baixa amplitude e alta

    velocidade, realizadas nas

    articulaes comprometidas,

    buscando principalmente o alvio dador e o aumento na amplitude de

    movimento10.

    As manobras de pompage

    foram realizadas nos seguintes

    msculos (mm.) da coluna cervical:

    semi-espinhais da cabea,

    escalenos, feixe superior do m.trapzio, elevador da escpula, do

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    22/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 79de 130

    esternocleidomastideo, de acordo

    com os msculos acometidos. O

    tratamento do Grupo Q consistiu

    principalmente de ajustes,

    Foram aplicados dois

    questionrios: para estabelecer a

    prevalncia da cervicalgia o

    Questionrio de ndice de Disfuno

    relacionado ao pescoo (IDRP)11 e

    para mensurar a dor antes e aps o

    tratamento a Escala Visual

    Numrica12. Foram realizadas cinco

    sesses com durao aproximada

    de 20 minutos.

    Anlise Estatstica

    As variveis foram analisadas

    descritivamente, nas quantitativas

    foram observados os valoresmnimos e mximos e realizado o

    clculo de mdias, desvios-padro e

    quartis (percentil 25, mediana,

    percentil 75). Nas variveis

    qualitativas calcularam-se

    frequncias absolutas e relativas.

    Para a comparao dos dois grupos

    foi utilizado o teste no paramtrico

    de Mann-Whitney. Para a

    comparao das propores entre

    os dois grupos foram utilizados o

    teste qui-quadradoou o teste exato

    de Fisher (quando ocorreram

    frequncias esperadas menores do

    que 5). Para a comparao do

    momento pr e ps, em cada grupo,

    foi utilizado o teste no paramtrico

    de Wilcoxon, pois a suposio de

    normalidade dos dados foi rejeitada.

    Para a comparao da EVN foi

    utilizado o teste no paramtrico de

    Friedman13. O nvel de significncia

    utilizado para os testes foi de 5%.

    RESULTADOS

    Grfico 1. Distribuio dos indivduos segundo a prevalncia de cervicalgia. n=40.

    Tabela 1. Valores de mdia, desvio-padro, mnimo e mximo e quartis do ndice de dorrelacionada ao pescoo, segundo o grupo e o momento de estudo.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    23/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 80de 130

    Grfico 2 - Porcentagens das caractersticas da dor pr-tratamento (n=20).

    Grfico 3 - Porcentagens das caractersticas da dor ps-tratamento segundo os grupos P e Q

    (n=20).

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    24/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 81de 130

    DISCUSSO

    Entre as condies que

    afetam a coluna vertebral, acervicalgia bastante comum,

    sendo considerada uma das mais

    frequentes causas de dor crnica14.

    Quadros de dor, sensao de peso

    e fadiga nos ombros e braos,

    acompanhados de dor na regio

    cervical so alguns dos seussintomas. O mau uso crnico de um

    delicado conjunto mecnico, que o

    membro superior resulta em uma

    condio de difcil diagnstico e

    tratamento e que apresenta um alto

    ndice de recidiva15.

    Apompage

    uma tcnica

    aplicada sobre as articulaes e

    msculos, tem efeitos sobre a dor,

    sobre a circulao dos fluidos por

    meio de deslizamento dos tecidos e

    fscias uns com sobre os outros.

    Com essa tcnica a nutrio

    e a eliminao de metablitos so

    favorecidas graas s trocas

    osmticas. O objetivo o de

    prevenir e melhorar a flexibilidade

    por meio do tensionamento suave e

    progressivo da pele, resultando na

    reorganizao do colgeno do

    tecido conjuntivo que

    comprometido progressivamente

    durante as atividades da vida

    diria9.Funcionrios de biblioteca

    representam um grupo de risco para

    o desenvolvimento de afeces

    articulares e musculares,

    especialmente aquelas localizadas

    na regio da coluna cervical devido

    a sua rotina de trabalho que incluimovimentos repetitivos, posturas

    inadequadas e frequentemente at

    sobrecarga fsica. As afeces

    musculoesquelticas representam

    um srio problema de

    sade pblica por ser uma das mais

    importantescausas de incapacidade e

    absentesmo em trabalhadores,

    alm disso, acarretam impactos

    pessoais, psicossociais e

    econmicos16. Estudos relatam

    problemas lgicos provenientes de

    postura corporal inadequada nas

    atividades de vida diria, tendo em

    vista que as atividades de trabalho

    na maioria das vezes predispem a

    sobrecargas na atuao profissional

    do indivduo, seja por conta de peso

    excessivo sobre a estrutura

    corporal, seja pela execuo de

    tarefas com movimentos repetitivos

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    25/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 82de 130

    que requerem a permanncia por

    muito tempo na mesma posio16.

    Observou-se neste estudo

    que o ndice de dor cervical (80%)

    foi maior que o observado na

    populao geral. Estudos

    demonstram que a sndrome

    dolorosa cervical acomete,

    acometeu ou acometer 55% da

    populao, sendo 12% mulheres e

    9% homens que apresentam

    cervicalgia crnica. As pessoas que

    desenvolvem esta afeco so

    geralmente: idosos, trabalhadores

    braais, indivduos tensos ou que

    executem atividade adotando vcios

    posturais17. Outro estudo estima a

    prevalncia atual na populao

    geral em 29% nos homens e 40%

    nas mulheres, sendo que estes

    ndices podem ser ainda maiores

    quando avaliadas populaes

    selecionadas de acordo com

    atividades exercidas no trabalho 25,

    neste caso a prevalncia tende a

    oscilar entre 16 e 48%14.O alto ndice de cervicalgia

    apontado neste trabalho pode estar

    relacionado a uma fase de transio

    dentro do setor o qual os

    funcionrios que fizeram parte do

    estudo estavam atravessando no

    perodo de realizao da parteprtica da pesquisa, o que

    ocasionou um estresse emocional e

    uma situao de tenso e

    ansiedade alm do que

    normalmente ocorreria naquele

    departamento. Possivelmente por

    essa razo, fatores como estresse,

    ansiedade e tenso foram relatados

    pela maioria dos entrevistados (60%

    a 80%).

    A literatura relata uma

    relao significativa entre o estresse

    e a dor musculoesqueltica. H

    evidncias de que estes fatores tm

    relao direta com o aumento do

    nmero deste tipo de

    cervicalgia18,19. As principais formas

    de avaliar os resultados foram o

    ndice de Disfuno Relacionado ao

    Pescoo e a EVN. Perguntas

    objetivas como frequncia e

    intensidade da dor antes e aps o

    tratamento e satisfao do indivduo

    em relao ao tratamento tambm

    foram levadas em considerao. O

    questionrio IDRP foi aplicado por

    fornecer informaes sobre como ador afeta a capacidade do indivduo

    de viver o dia a dia e por ser

    validado para a populao

    brasileira. Este questionrio tem se

    mostrado confivel e sensvel a

    mudanas em indivduos com

    cervicalgia20

    .

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    26/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 83de 130

    Quando avaliado o escore

    deste questionrio observou-se que

    houve decrscimo significativo do

    ndice IDRP nos dois grupos e que

    nos momentos pr e ps-tratamento

    o grupo P apresentava valor

    significativamente maior que o

    grupo Q. A EVN um instrumento

    que procura quantificar a

    intensidade de dor de uma forma

    simples. Quando utilizada durante

    um tratamento proporciona ao

    paciente um parmetro para que ele

    possa identificar a variao da dor.

    A mesma foi utilizada durante cinco

    sesses sempre antes de iniciar o

    tratamento. Quando avaliada a

    mdia da escala de dor ao final do

    tratamento constatou-se que tanto o

    grupo P quanto o grupo Q tiveram

    decrscimo significativo. No grupo P

    os valores da primeira e segunda

    sesses diferiram significativamente

    dos da quinta sesso. No grupo Q

    os valores da primeira e segunda

    sesses diferiram significativamentedos valores da quarta e quinta

    sesses. Observou-se tambm que

    o grupo P diferiu do grupo Q na

    primeira, na terceira e na quarta

    sesses, apresentando valores

    significativamente maiores.

    Observando o grfico possvelnotar que o grupo que recebeu a

    tcnica de pompage teve um leve

    declnio dos nveis de dor at a

    quarta sesso e uma queda maior

    da quarta para a quinta sesso. O

    grupo que recebeu manipulao

    articular teve um leve declnio dos

    nveis de dor da primeira para a

    segunda sesso e uma queda

    significativa at a quinta sesso.

    Pode-se afirmar ento que o grupo

    que recebeu manipulao articular

    teve os valores de dor diminudos

    mais precocemente em relao ao

    grupo que recebeu pompage.

    Quanto intensidade e

    tempo de dor no momento pr-

    tratamento no houve diferena

    entre os grupos, mas houve

    diferena significativa entre eles em

    relao frequncia de dor, tendo o

    grupo P apresentado a maior

    porcentagem de casos com dor

    todos os dias. No momento ps-

    tratamento tambm no houve

    diferena significativa entre os

    grupos, pois 20% dos indivduos dogrupo Q e 10% do grupo P

    apresentaram-se assintomticos e

    80% tanto dos indivduos do grupo

    P quanto do grupo Q passaram a

    apresentar dor de intensidade fraca.

    A maioria dos indivduos dos dois

    grupos classificou o tratamentocomo satisfatrio.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    27/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 84de 130

    CONCLUSES

    1. A prevalncia de cervicalgia em

    funcionrios da biblioteca

    pesquisada foi maior que aobservada na populao geral.

    2. Ambos os tratamentos foram

    eficazes, pois melhoraram a

    condio da dor segundo EVN.

    4. Ambos os tratamentos obtiveram

    aumento da capacidade funcional

    segundo IDRP.

    CONFLITOS DE INTERESSES:No h.

    AGRADECIMENTOS: gerncia e

    demais funcionrios da biblioteca da

    Fundao Getlio Vargas na cidadede So Paulo por terem tornado

    possvel realizao desse trabalho

    ao aceitarem participar da pesquisa.

    Quiropraxista Mara Clia de Paiva

    pelo preparo deste manuscrito.

    REFERNCIAS

    1. Portal do bibliotecrio. Profisso:Biblioteconomia.Disponvel em:

    http://www.portalbibliotecario.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=21&Itemid=3 Acesso em: 20/09/2008.

    2. Taube OLS. Anlise da Incidncia deDistrbios Msculos Esquelticos trabalhobibliotecrio. Universidade Federal de SantaCatarina, SC. 2002. Disponvel em:http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/12424.pdfAcesso em: 22/09/2008.

    3. Souza FCS, Silva OS. O trabalho dobibliotecrio e os riscos potenciais a suasade integral: consideraes em torno docampo da Ergonomia. Disponvel em:http://www.seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/34/1088 . Acesso em:25/09/2008.

    4. Labate AP. A eficcia do tratamento deQuiropraxia na cervicalgia Ocupacional deprofissionais que utilizam o computador.

    Universidade Anhembi Morumbi. SP, 2004.

    5. Yoshinari NH, Bonf ESDO. Cap. 21Cervicalgia, pgs. 187-8, in Reumatologia

    para o clnico. 1a ed. So Paulo: EditoraRoca. 2000.

    6. Rocha VO, Barbosa WLT. Avaliao dotratamento com quiropraxia para cervicalgiaem policiais militares do estado de SoPaulo. Universidade Anhembi Morumbi,SP, 2007.

    7. Ilda I. Ergonomia: Projeto e Produo.Ed. Edgard Blcher Ltda. So Paulo 1998.

    8. Codo W, Almeida MC. L.E.R.Diagnstico, Tratamento e Preveno: umaabordagem interdisciplinar. 4 ed.Petrpolis: Vozes, 1995.

    9. Bienfait M. Fscias e pompages: Estudoe tratamento do esqueleto fibroso. 21 ed.So Paulo: Summus, 1999.

    10. Bracher ESB. Quiropraxia aplicada

    coluna cervical. Universidade Anhembi-Morumbi. 2008.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    28/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 85de 130

    11. Cook C, Richardson JK, Braga L,Menezes A, Soler X, Kume P, Zaninelli M,Socolows F, Pietrobon R.Cross. Culturaladaptation and validation of the BrazilianPortuguese version of the Neck DisabilityIndex and Neck Pain and Disability Scale.Spine. 2006; 31(14): 1621-7.

    12. Cipriano JJ. Testes OrtopdicosCervicais, cap. 3. In: Manual fotogrfico detestes ortopdicos e neurolgicos. 4edio. Ed. Manole, Barueri, SP. 2005.

    13- Rosner, B. - Fundamentals ofBiostatistics - Boston, PWS Publishers,Second edition, 1986, 584pp.

    14. Teixeira JM, Teixeira WGJ, SantosFPS, Andrade DCA, Bezerra SL, FigueirJB, Massako O. Epidemiologia clnica dador musculoesqueltica. Rev. Med. 2001;80(1): 1-21.15. Arajo, MA, Paula, MVQ. Ler/Dort: Umgrave problema de sade pblica queacomete os cirurgies-dentistas. Disponvelem:http://www.nates.ufjf.br/novo/revista/pdf/v00

    6n2/Educacao.pdf . Acesso em: 01/05/09.

    16. Ferrari IG, Alberton IMDC, Paiano M,Radovanovic CAT. Avaliao daprevalncia de dor musculoesqueltica nostrabalhadores do servio de apoio de umhospital universitrio. Disponvel em:http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/revista%20APADEC/trabalhos/c-6_laudas/FERRARI,%20Izabela%20Gomes.pdf Acesso em: 01/05/09.

    17. Teixeira J.M, Barros Filho T, Lin TY,Hamani C, Teixeira WGJ. Cervicalgias.Rev. Med. 2001; 80 (Ed. Esp. PT.2): 307-16.

    18. Teixeira JM, Yeng LT, Kaziyama, HHS,Ramos CA. Fisiopatologia da dor msculoesqueltica. Rev. Md. 2001; 80 (ed.esp.pt.1): 63-77.

    19. Lipp MEN. O Stress e as DoresMusculoesquelticas, cap. 19, pg. 121-123.In: Mecanismos neuropsicofisiolgicos do

    stress. Ed. Casa do psiclogo. So Paulo.2 ed. 2005.

    20. Hoving JL, OLeary EF, Niere KR,

    Green S, Buchbinder R. Validity of the neckdisability index, northwick park neck painquestionnaire and problem elicitationtechnique for measuring disabilityassociated with whiplash-associateddisorders. Pain. 2002; 102(2003): 273-81.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    29/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 86de 130

    ARTIGO ORIGINAL

    Avaliao do desempenho em atletas universitrios de handebol apsajuste quiroprtico

    Assessing performance in college athletes handball after chiropractic adjustment

    Lucas dos S. R. PimentelI, Nayara D. de OliveiraI, Jorge Arantes Castro NettoII

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade.Universidade Anhembi Morumbi (UAM)Laureate Universities. So Paulo.Brazil.II. Quiropraxista. Professor especialista. Universidade Anhembi Morumbi.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    RESUMO

    OBJETIVOS: Avaliar o desempenho dos atletas nos arremessos ao gol antes e aps ajustequiroprtico por meio da aplicao do protocolo bsico do Activator Methods Chiropractic

    Technique. Verificar a prevalncia do complexo de subluxao nos atletas e existncia deleses diagnosticadas por mdico nos ltimos trs meses antes da pesquisa. MTODOS: Apesquisafoi realizada com duas equipes de handebol: feminina e masculina, durante o ms demaro de 2012. Tratou-se de uma pesquisa transversal que avaliou o desempenho aps aremoo do complexo de subluxao, utilizando um exerccio especfico de arremesso a gol,denominado bateria de chutes, com 10arremessos por atleta, com limite de 9 metros do gol eintervalo de 2 a 3 minutos por arremesso. A coleta foi realizada em planilha scout com os

    seguintes parmetros: converso do arremesso em gol e no converso. Foram dois dias decoletas (1 dia sem interveno e 2 com interveno), no segundo dia antes do exerccio dechutes a gol, os atletas foram examinados e ajustados conforme a necessidade, utilizando oprotocolo bsico do Activator Methods Chiropractic. RESULTADOS: O nmero de golsconvertidos no momento ps-interveno em relao ao 1 dia apresentou resultadosestatisticamente significativos (p=0,021), quando comparados os gneros, os dados foram

    expressivos entre as mulheres (p=0,025). Todos os indivduos apresentaram complexo de

    subluxao; no foi possvel estabelecer prevalncia nosolgica, j que os voluntrios noapresentaram diagnstico mdico recente. CONCLUSO: Verificou-se melhoraestatisticamente significante no desempenho dos atletas em relao aos arremessos ao golaps a remoo de complexos de subluxao.

    PALAVRAS CHAVE: quiropraxia, esporte, rendimento, aumento, handebol.

    ABSTRACT

    OBJECTIVES: To evaluate the performance of athletes in shooting at goal before and afterchiropractic adjustment by applying the basic protocol of Activator Methods ChiropracticTechnique . Check the prevalence of subluxation complex in athletes and existence of lesionsdiagnosed by a doctor in the last three months before the survey. METHODS:The study wasconducted with two teams of handball: male and female, during the month of March 2012. Thiswas a cross-sectional survey that assessed the performance after removing the subluxation

    complex, using a specific exercise goal of the pitch, called "battery kicks" with 10 shots perathlete, with a limit of 9 yards from goal and range 2-3 minutes per pitch. The gathering was

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    30/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 87de 130

    held in scout spreadsheet with the following parameters: conversion of shooting at goal and notconversion. There were two days of sampling (Day 1 and 2 without intervention withintervention), on the second day before the exercise of shots on goal, the athletes wereexamined and adjusted as needed, using the basic protocol of Activator Methods Chiropractic.RESULTS: The number of goals converted in the post-intervention compared to day 1 hadstatistically significant results (p = 0.021) when compared genders, data were significant amongwomen (p = 0.025). All subjects had subluxation complex, it was not possible to establishprevalence nosological, because the volunteers had no recent medical diagnosis.CONCLUSION:There was a statistically significant improvement in the performance of athletesin relation to shots on goal after the removal of the subluxation complex.

    KEY WORDS: chiropractic, sport, sports performance, increase, handball.

    INTRODUO

    A prtica esportiva um

    elemento importante para

    comunicao social, faz parte da

    cultura dos povos e considerada

    uma forma de comportamento tpico

    da atividade do ser humano. Este

    fenmeno que remonta milnios

    teve no sculo XVIII elaborado as

    primeiras teorias de sua

    interpretao e anlise no campo

    das cincias antropolgicas,

    filosficas e sociolgicas. O termo

    jogo est associado com inmeros

    conceitos, que ora so baseados

    em sua origem etimolgica, ora em

    sua caracterstica de fenmeno

    social1,2.

    A literatura divide os esportes

    em seis grandes grupos3 e o

    handebol se enquadra nos jogos

    esportivos do tipo coletivo e

    funcionalmente est dividido em

    dois momentos: ataque e defesa.

    Estes, representam a relao de

    foras e o ponto de comparao das

    mesmas com os adversrios. Quem

    est com a posse de bola o

    atacante e no se permite que o

    oponente a obtenha antes de atingir

    seu objetivo que o gol4. O

    arremesso um fundamento

    realizado sempre em direo ao gol

    e seus diferentes tipos seguem

    basicamente a mesma descrio de

    movimento: a bola deve ser

    empunhada com a palma da mo

    voltada para frente, o cotovelo

    permanece ligeiramente acima da

    linha do ombro, enquanto a bola

    levada para uma linha posterior a da

    cabea e no momento do gesto a

    mesma deve ser arremessada para

    frente utilizando um movimento de

    rotao do mero5.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    31/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 88de 130

    A capacidade fsica est

    vinculada s qualidades motrizes,

    naturais e adquiridas, tendo em

    vista que a competncia motora

    para executar os movimentos

    tcnicos, tticos defensivos e

    ofensivos calculada em

    parmetros relacionados com

    resistncia, fora, velocidade,

    agilidade e nas habilidades

    especficas, no manejo da bola e do

    corpo em situaes de jogo. A

    melhora do desempenho individual

    e coletivo exige o desenvolvimento

    global das capacidades ligadas

    interao dos seus componentes. A

    homogeneidade do grupo somada

    interao desses fatores melhora a

    tcnica resultando em melhor

    rendimento da equipe6.

    O desenvolvimento das

    capacidades fisicas promove alm

    da melhora na condio fsica e

    mental, transformaes fisiolgicas,

    morfolgicas, histolgicas,

    bioquimica eneuromusculoesquelticas,

    melhorando a coordenao inter e

    intramuscular7. As atividades

    perceptivas no handebol so

    variadas e em grande nmero, entre

    elas a visual e a proprioceptiva so

    as principais, pois permitem aoatacante captar os estmulos que

    definem a situao e o momento do

    jogo, ajustando a ao de forma

    imediata8.

    Essa captao de estmulos

    e as repostas a eles esto

    diretamente ligados ao sistema

    nervoso, pelas vias aferentes e

    eferentes. A captao dos estmulos

    e suas respostas so dependentes

    de suas vias de conduo e a livre

    conduo desses estmulos,

    propiciada pelos ajustes

    quiroprticos, melhoram a qualidade

    da ao e restauram a conduo

    desses estmulos8,9. O estmulo

    visual aferente chega ao crtex

    somatossensorial primrio, que atua

    nos sentidos, e no crtex parietal

    posterior que atua na viso e na

    audio. A integrao sensria

    motora encaminha a informao

    para a rea seis do crtex motor,

    onde ocorre o planejamento motor

    da ao motora, planejando o

    movimento para a realizao da

    deciso tomada e o estmulo para aao motora ser enviada para os

    msculos por via eferente10.

    A Quiropraxia e o esporte

    so uma combinao que vem

    crescendo ao longo do tempo,

    sendo cada vez mais procurada por

    atletas de todos os nveis, visando oaumento do rendimento esportivo.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    32/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 89de 130

    Experincias clnicas sugerem que

    os ajustes quiroprticos podem

    atuar em disfunes neurolgicas,

    quando estas so provenientes de

    um complexo de subluxao.

    proposto que uma correo da

    subluxao articular restabelea

    reflexos nociceptivos e cinestsicos

    com subsequente recuperao do

    tnus muscular, mobilidade articular

    e atividade simptica11.

    Entre as inmeras tcnicas

    utilizadas pela Quiropraxia

    destacamos oActivator Chiropractic

    Technique (ativador) que um

    mtodo fundamentado em estudos

    cinesiolgicos, tendo efeito

    neurofisiolgico, baseado na fora

    de vibrao que captada pelos

    receptores e mecanoreceptores

    localizados no corpo. A tcnica

    incorpora os ltimos avanos em

    ortopedia, neurologia e exames

    quiroprtico. O tratamento se baseia

    em um protocolo para avaliao e

    um instrumento para o ajuste.Estima-se que atualmente este seja

    o instrumento de ajuste mais

    utilizado no mundo. Tendo em vista

    os resultados que este mtodo tem

    apresentado, utilizamos o protocolo

    bsico da tcnica nesta

    pesquisa12,13

    .

    O Handebol uma

    modalidade esportiva que abrange a

    integralidade do sistema nervoso

    central e perifrico e por oferecer

    uma perspectiva da avaliao do

    desempenho de forma quantitativa e

    qualitativa, apresenta um bom

    campo de estudo para quantificar a

    eficcia da Quiropraxia neste

    esporte.

    MTODOS

    O projeto foi submetido e

    aprovado apreciao do Comit

    de tica e Pesquisa (CEP) da

    Universidade Anhembi Morumbi e

    os indivduos que concordaram em

    participar do estudo assinaram o

    Termo de Consentimento Livre e

    Esclarecido (TCLE).

    AMOSTRA

    Realizou-se um estudo

    transversal com uma amostra de 22

    atletas, 12 (54,5%) do gnero

    feminino, alunos universitrios,

    participantes da equipe de handebol

    masculino da Associao Atltica

    Acadmica Leo XXIII e feminino

    da Associao Atltica Acadmica

    XI de Agosto da Faculdade de

    Direito da USP, ambas localizadas

    no municpio de So Paulo.

    Critrios de Incluso

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    33/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 90de 130

    Alunos-atletas no federados

    de 17 a 30 anos, com altura entre

    1,50 e 2,00 metros e 45 a 100

    quilos, de ambos os gneros,

    pertencentes s associaes

    Associao Atltica Acadmica XI

    de Agosto, que participavam

    frequentemente das sesses de

    treinamentos de handebol e eventos

    esportivos, como competies e

    jogos.

    Critrios de Excluso

    Alunos portadores de

    doenas de qualquer natureza, que

    apresentaram leses, no perodo

    anterior pesquisa, como fraturas,

    leses abertas, usurios de

    remdios anticoagulantes, ou queexibissem qualquer contra indicao

    para a terapia proposta14.

    Procedimentos

    A pesquisa se props a

    comparar o desempenho dos

    atletas, antes e aps os ajustes

    quiroprticos, realizando um

    exerccio especfico de arremesso a

    gol, denominado bateria de

    chutes, com 10 arremessos para

    cada atleta. Referido exerccio

    consiste em os atletas se

    posicionarem prximos ao meio da

    quadra em fila nica a cerca de

    quinze metros do gol. Os atletas

    executaram os arremessos ao gol

    contra o goleiro em sequncia,

    deslocando-se em linha reta em

    direo ao gol, tendo como limite

    para o arremesso a linha tracejada,

    a nove metros do gol. Este

    procedimento foi realizado por dez

    vezes, com intervalo de 3 minutos

    contado aps o ltimo arremesso

    para recuperao das bolas e

    descanso fsico dos atletas,

    totalizando dez arremessos ao gol

    para cada atleta.

    O desempenho dos atletas foi

    anotado em dois tempos: no

    primeiro dia sem o tratamento e nosegundo dia aps a utilizao do

    protocolo bsico do mtodo

    Ativador. Para que as condies

    fossem as mesmas, os goleiros

    tambm foram ajustados de acordo

    com os achados durante a

    avaliao. O protocolo foi aplicado

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    34/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 91de 130

    por profissionais proficientes na

    tcnica.

    A coleta foi anotada em

    planilha scout15 (ferramenta de

    pesquisa utilizada no mundo

    esportivo que avalia aspectos

    tcnicos e tticos permitindo,

    quando analisado estatisticamente

    por profissionais capacitados, uma

    grande evoluo em todas e

    qualquer modalidade esportiva)com

    os seguintes parmetros: converso

    do arremesso em gol e no

    converso do arremesso em gol.

    Salienta-se que no handebol

    existe uma diferena importante

    entre as bolas utilizadas por adultos

    homens e mulheres. Para o gnero

    masculino a mesma entre 58 e 60

    centmetros e tem o peso que varia

    entre 425 e 475 gramas, j a

    utilizada pelo gnero feminino mede

    entre 54 e 56 centmetros e pesa

    entre 325 e 375 gramas16.

    Anlise estatstica

    Inicialmente as variveis

    foram analisadas descritivamente.

    Para as variveis quantitativas

    utilizou-se da observao dos

    valores mnimos e mximos e do

    clculo de mdias, desvios-padro e

    mediana. Para as variveisqualitativas calcularam-se

    frequncias absolutas e relativas.

    Para a comparao de mdias dos

    dois grupos de gneros foi utilizado

    o teste t de Student17. Para a

    comparao dos dois momentos de

    avaliao o teste t de Studentpareado18. O nvel de significncia

    utilizado para os testes foi de 5% (p

    0,05).

    RESULTADOS

    Tabela 1- Valores descritivos do nmero de gols convertidos, segundo o momento de avaliao.

    Tabela 2 - Valores descritivos do nmero de gols convertidos, segundo o momento de avaliao e o

    gnero.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    35/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 92de 130

    Tabela 3- Scoutpr e ps-interveno na amostra feminina.

    Tabela 4- Scoutpr e ps-interveno na amostra masculina.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    36/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 93de 130

    DISCUSSO

    A literatura, nos ltimos anos,

    demonstra crescente interesse empesquisas destinadas em avaliar o

    desempenho dos atletas e suas

    equipes. Os resultados obtidos so

    teis na identificao das

    dificuldades e desta forma encontra-

    se precocemente solues

    adequadas para uma melhor

    atuao. Todavia, quando nos

    atemos s pesquisas especficas

    sobre a anlise do rendimento de

    arremesso, as mesmas se referem

    ao baseball, polo aqutico e futebol

    americano19-21. As pesquisas

    relativas ao handebol esto

    frequentemente associadas

    cinesiologia22.

    A opo de realizar a coleta

    de dados utilizando o scout ocorreu

    por ser esta uma ferramenta

    universal do esporte utilizada como

    mtodo de qualificao de registro

    direto, para obter dados para que o

    atleta possa ser analisado e

    avaliado. Com este instrumento

    possvel identificar os fundamentos

    que merecem maior ateno. Os

    nmeros encontrados no scout so

    reais e objetivos, embora sejam

    passiveis de anlise do tcnico,

    tornando-a subjetiva23

    .O Activator Methods

    Chiropractic Technique foi

    escolhido por ser uma tcnica

    padronizada, com alto grau de

    especificidade onde seu objetivo

    primrio identificar e remover o

    complexo de subluxao12

    .Segundo a anlise desta tcnica, o

    presente estudo, constatou que

    todos os indivduos apresentaram

    complexos de subluxao e foram

    ajustados conforme sua

    necessidade14.

    No foi possvel identificar a

    prevalncia de diagnstico

    nosolgico, j que nenhum atleta da

    amostra apresentou diagnstico

    mdico nos trs meses anteriores

    pesquisa.

    A pesquisa demonstrou um

    aumento de rendimento maior nas

    mulheres (p=0,025). Entre as

    justificativas para este resultado, a

    literatura relata duas principais

    possibilidades: a diferena de fora

    e fatores hormonais e a diferena

    no tamanho e peso das bolas

    utilizadas por adultos homens e

    mulheres24.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    37/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 94de 130

    CONCLUSO

    Verificou-se melhora

    estatisticamente significante no

    desempenho dos atletas em relao

    aos arremessos ao gol aps a

    remoo de complexos de

    subluxao.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    AGRADECIMENTOS:

    Quiropraxista Mara Clia de Paiva

    pelo preparo deste manuscrito.

    REFERNCIAS:

    1. Grego, J.P. O Ensino do comportamentottico nos jogos esportivos coletivos:aplicao no Handebol. Tese apresentadapara ttulo de Doutor em Educao na rea

    de concentrao psicologia educacional daUniversidade Estadual de Campinas,(UNICAMP) 1995.

    2.Hagerdorn, G.: Spiel. In: Rothig, P. et alii.:Sportwissenschafitliches. Lexicon. 6edio. Schorndorf. R. F. Alemanha.Hofmann. P. 406-414. 1992.

    3. Harre, D,: Trainingslehre, Berlin Oriental.Sportverlag, 1979.

    4. Hagerdorn, G.; Niedlich, D. Schmidt. G.:Basketball Handbuch. Eimbeck. R.F.Alemanha Rowohlt. Coleo Rororo,1985:31.

    5. Reis, Heloisa Helena Baldy dos. Oensino do handebol utilizando-se domtodo parcial. In.http://www.efdeportes.com/ Revista DigitalBuenos AiresAo 10N 93Febrerode 2006. (ltimo acesso em 14/06/2009).

    6. Simes AC. Handebol Defensivo:

    Conceitos Tcnicos e Tticos. So Paulo:Phorte Editora; 2008.

    7. Willimczick, K., Koth, K.:Bewegungslehre. Grundlagen,Methoden.Reinbeck, R.F. Alemanha Rowohlt.Coleo Rororo, 1983:69.

    8. Antn JL, Chirosa LJ, vila FM, Oliver

    JF, Sosa PI. Balonmano: alternativas yfactores para la mejora del aprendizaje.Madrid: Gymnos Editorial; 2000.

    9- Machado A. Neuroanatomia funcional.Rio de Janeiro: Atheneu; 2000.

    10. Maques KN. Tempo de reao noesporte: uma reviso. Lecturas, EducacinFsica y Desportes. 2011;16(163).

    11. Gatterman, M. L. Foundations ofChiropractic Subluxation. Missouri: Mosby-

    Year Book, 1995.

    12. Fuhr W. The Activator Methods.Missouri: Mosby Elsevier; 2008.

    13. Fagundes DJ et al. Guia de diagnsticoe tratamento quiroprtico das doenas domembro superior. Editora Roca. 2012. Inpress.

    14. Shepherd W. Dysponesis, dyskinesia edysautonomia. DynamicChiropractic.2000;18(17):1-3.

    15. Abreu DG, Silva JS. Analise EstatsticaAtravs do Scout da Equipe doAperibeense Futebol Clube e SeusAdversrios na Copa Rio de profissionaisde 2008. Revista Brasileira de Cincias daSade. 2009; 19:9-14.

    16. Regras de Jogo, edio 1 de junho de2010. Disponvel emhttp://www.fphand.com.br/indexhp?option=com_content&view=article&id=35&Itemid=23

    . Acessado em 12 mai 2012.

    17. Rosner B. Fundamentals ofBiostatistics. Boston: PWS Publishers;1986.

    18. Diavo C., Vosser R. Anlisecomparativa do scout da equipe doBarcelona e seus adversrios na UEFAChampions League 2010-2011. Disponvelem www.efdeportes.com/efd168/scout-do-

    barcelona-uefa-champions-league-2010-2011.htm. Acessado em 11 mai 2012.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    38/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 95de 130

    19. Sherwood, C.P.; Hinrichs, R.N. eYamaguchi, GT. (1997) Relationshipbetween ball release velocity and 3D jointkinematics in baseball throwing. Presentedat the Twenty-firsty Annual Meeting of theASBi. Clemson University, South Carolina,September 24-27, 1997.

    20.Feltner, M.., Grant, T.; ThreeDimensional Kinectics the Shoulder, Elbowand Wrist during a Penalty Throw in WaterPolo. In J. App Biomech 13(3):347-371.1997.

    21. Rash, G., Shapiro, R. ThreeDimensional Kinetic Analisys of theThrowing Motion in Eight Elite College

    Football Quarterbacks. In Proceedings ofNACOB ii. The Second North AmericanCongress on Biomechanics. August 24-28:(pp.53-54). Chicago, IL: NACOB ii. 1992.22. Bayios, I., Boudolos, K.; Accuracy andThrowing Velocity in Handball University ofAthens. Athens Greece, 1998.

    23. Menezes RP, Reis HH. Analise do jogode handebol como ferramenta para suacompreenso tcnico-ttica. Rev. Motriz.2010;16(2):458-67.

    24. Simes AC, Knijnik J, Macedo L. O sermulher no esporte de competio: A mulhere a busca dos limites no esporte derendimento. Rev. Treinamento Desportivo.Disponvel emhttp://www.educacaofisica.com.br/biblioteca/o-ser-mulher-no-esporte-de-competicao-a-mulher-e-a-busca-dos-limites-no-esporte-de-rendimento.pdf. Acessado em 12 mai de2012.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    39/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 96de 130

    ARTIGO ORIGINAL

    Implantao de um projeto de Liga Acadmica Brasileira de QuiropraxiaDeploying a project of Brazilian Chiropractic Academic League

    Aline S. de SouzaI, Eduardo K. TeruyaI,Daniel DuenhasII, Djalma Jos FagundesIII

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade.Universidade Anhembi Morumbi (UAM)Laureate Universities. So Paulo.Brazil.II. Quiropraxista. Professor especialista. Universidade Anhembi Morumbi.III. MD, PhD, Professor Livre Docente - Instituto de Cincias da Sade. UAM.E-mail do autor correspondente:[email protected]

    RESUMOOBJETIVOS: Elaborar um projeto para implantao de Liga Acadmica (LA) para estudo eeducao continuada em Sade e tcnicas de Quiropraxia na Universidade Anhembi Morumbi(UAM) e identificar os temas de maior interesse entre os acadmicos de Quiropraxia.MTODOS: Baseando-se em estatutos oficiais de LAs de escolas de medicina encontrados emuniversidades federais, estaduais, particulares, no que o estatuto de associaes deve conter(segundo o Cdigo Civil Brasileiro) e consulta a um advogado, obtiveram-se informaescomuns aos estatutos, formao/constituio, funcionamento e regras das atividadesrealizadas, que foram adaptadas ao curso de Quiropraxia da UAM. Para identificar os principaistemas de interesse dos alunos, foi aplicado um questionrio, criado pelos autores, contendoitens relacionados ao curso de Quiropraxia onde o aluno escolheu uma opo de resposta

    demonstrando seu grau de interesse pelo tema proposto (muito, regular, pouco ou nenhum).RESULTADOS: Aps a coleta e anlise dos dados, desenvolveu-se um Fluxograma deImplantao, um Estatuto especfico de LA para o curso de Quiropraxia da UAM, um Tutorialde Atividades e um Organograma Funcional. Com o questionrio foram identificados os temasde maior interesse: Tcnicas Especiais em Quiropraxia (17,6%), Diagnstico Diferencial emQuiropraxia (13,7%), Biomecnica do Movimento (12,3%), Quiropraxia nos Ciclos da Vida(10,8%) e Morfologia Humana (10,3%). CONCLUSO: O trabalho desenvolvido atingiu osobjetivos propostos com a criao de um projeto de implantao de LA em Quiropraxia naUAM, que auxiliar a elevar o padro educacional e profissional da Quiropraxia no Brasil.

    PALAVRAS CHAVE: ligas acadmicas, educao, atividades extracurriculares.

    ABSTRACT

    OBJECTIVE: To develope an implantation project of Student Clubs (SC)/Liga Acadmica (LA)for continuing education in the health sciences and Chiropractic techniques at UniversityAnhembi Morumbi (UAM) and identify the subjects of main interest to students of chiropractic.METHODS: Information and legal advice was obtained to determine the statutesformation/constitution, function and rules of activities realized in accordance with the BrazilianCivil Code of Statutes for SCs in federal, state and private universities, which was adapted to

    the Chiropractic Course at UAM. A survey, created by the authors, was applied to the studentsof Chiropractic, to determine the subjects of greatest interest based on the Chiropractic

    curriculum at UAM. RESULTS: An Implantation Fluxogram, Activities Tutorial, FunctionalOrganogram, and statutes of SCs specific to the Chiropractic Course at UAM. The subjects of

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    40/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 97de 130

    main interest to the students of Chiropractic at UAM were: Chiropractic Techniques (17.6%),Differential Diagnosis (13.7%), Biomechanic of Movement (12.3%), Cycles of Life related toChiropractic (10.8%) and Human Morphology (10.3%). CONCLUSION: The developed researchreached the objectives proposed with the creation of an implantation project by SCs

    Chiropractic Course at UAM in order to improve the professional and educational level ofChiropractic in Brazil.

    KEY WORDS: Academic leagues, education, extracurricular activities.

    INTRODUO

    Embora no aja consenso sobre

    o conceito de Ligas Acadmicas

    (LA), sob a tica jurdica, ela uma

    associao civil e cientfica livre, de

    durao indeterminada, sem fins

    lucrativos, com sede e foro na

    cidade da instituio de ensino que

    a abriga, que visa complementar a

    formao acadmica em uma rea

    especfica, por meio de atividades

    que atendam os princpios do tripuniversitrio de ensino, pesquisa e

    extenso1.

    No Brasil, a primeira LA,

    denominada Liga de Combate

    Sfilis, foi criada na dcada de 20 do

    sculo passado, na Faculdade de

    Medicina da USP2

    . Embora nesseperodo tenham surgido outras ligas,

    sua expanso ocorreu no perodo

    da ditadura militar brasileira, em

    funo do questionamento dos

    alunos, sobre o mtodo de ensino

    universitrio vigente e o destino e

    aplicao dos avanos tcnico-

    cientficos que eram desenvolvidos

    nesses centros acadmicos, porm

    no destinados populao. Na

    dcada de 90 com o intuito de suprir

    a carncia curricular e adaptao s

    reformas o nmero de LAs teve um

    aumento considervel3.

    A liga criada e organizada

    por doscentes, discentes e

    profissionais que apresentam

    interesses em comum. organizada

    de forma estrutural, constituda de

    uma diretoria administrativa e por

    membros efetivos. A expresso de

    suas atividades tericas realizada

    com aulas, seminrios, discusso

    de textos, apresentao de casos

    clnicos e outros. As prticas

    incidem em atendimentos

    assistenciais, participao de

    grupos de pesquisas e

    desenvolvimento de projetos de

    iniciao cientfica. O grupo de

    alunos supervisionado por

    professores e profissionais

    especialistas na rea em questo,que aperfeioaro as atividades

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensinohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Extens%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Extens%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Extens%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino
  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    41/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 98de 130

    proporcionadas pela entidade e o

    desenvolvimento de estudos

    cientficos4.

    A Universidade fundamenta-

    se em trs princpios bsicos:

    graduao, assistncia e pesquisa.

    A graduao por vocao e

    caractersticas de nossas

    universidades a parte que mais se

    destaca, e quase que tomada

    como a sua atividade nica. No

    entanto, prestar servios

    comunidade na qual ela est

    inserida relevante, no s pelos

    servios prestados como permite a

    adequao de seus graduandos s

    atividades prticas ligadas suas

    reas especficas de atuao. A

    pesquisa ainda uma parte menor

    das atividades e ocupa uma parcela

    menos evidente do trip

    universitrio. A LA, se bem

    planejada e apoiada, pode auxiliar

    de modo decisivo na produo de

    novos conhecimentos e

    simultaneamente permitir umprocesso de avaliao da prontido

    do graduando para seu ingresso

    no s na vida profissional, mas

    principalmente formar um indivduo

    com apurado senso crtico do

    conhecimento cientfico5.

    A Quiropraxia como cursoUniversitrio uma realidade no

    Brasil nos ltimos dez anos e foi

    fundamentada na ao pioneira de

    duas instituies: a FEEVALE no

    Rio Grande do Sul e a Universidade

    Anhembi Morumbi em So Paulo.

    Como profisso vem sedimentando-

    se como uma opo importante na

    rea da Sade com a formao de

    profissionais competentes e

    respeitados na comunidade

    acadmica, no exerccio dirio

    profissional por outros colegas da

    rea da sade e pelos pacientes. A

    Associao Brasileira de

    Quiropraxia (ABQ), apesar de

    apresentar em seu Cdigo de tica

    um captulo (captulo II, Anexo I)

    sobre ensino e pesquisa, no conta

    com LA no universo acadmico6.

    Segundo o Cdigo de tica

    da profisso, o Quiropraxista deve

    manter-se sempre atualizado

    visando proporcionar ao paciente o

    melhor tratamento possvel; e

    segundo o Estatuto do Centro

    Acadmico de Quiropraxia daUniversidade Anhembi Morumbi

    (CAQUAM) (Anexo II), grupos de

    estudo e pesquisa que visem o

    aprimoramento cultural, moral e

    cvico devem ser apoiados. O

    fortalecimento e expanso das

    atividades do curso de Quiropraxiapassam pela sua estruturao como

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    42/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 99de 130

    profisso reconhecida pelos rgos

    competentes federais, uma luta que

    a cada dia caminha para um

    desfecho favorvel. A criao de

    uma Liga Acadmica um passo

    adiante na consolidao da

    profisso.

    Com esses objetivos nobres

    e entusiasmados e em busca de um

    passo adiante na consolidao da

    profisso, propomos a elaborao

    de um projeto para a implantao

    de uma LA que esperamos tenha

    vida longa e perene.

    MTODOS

    O projeto foi submetido e

    aprovado apreciao do Comit

    de tica e Pesquisa (CEP) daUniversidade Anhembi Morumbi.

    Procedimentos

    Inicialmente, foi formulado e

    organizado o Estatuto Oficial de LA

    de Quiropraxia (LAQ). Foram

    utilizados como base para este, os

    Estatutos Oficiais de LAs de escolas

    de Medicina, encontrados em

    Universidades Federais, Estaduais

    e Particulares. Com a assessoria do

    bacharel em Direito, Sr. Sidney

    Plcido da Silva, OAB/SP n

    284.321, o estatuto criado

    inicialmente foi analisado sob oponto de vista normativo e

    legislativo para verificar sua

    viabilidade e aplicabilidade. Com as

    orientaes recebidas o estatuto foi

    reformulado mantendo as

    caractersticas de uma LA adaptada

    s normas da legislao vigente.

    As metas e objetivos foram

    definidos com base nas

    caractersticas atuais das LA de

    escolas de Medicina j existentes,

    associadas ao que necessrio

    suplementar para o

    desenvolvimento e implantao de

    uma LA especfica para o curso de

    Quiropraxia. Um Tutorial de

    Atividades da LA foi desenvolvido

    de acordo com as atividades

    descritas no estatuto, a fim de

    esclarecer e padronizar o

    funcionamento da LA. Neste tutorial,

    foram definidas as necessidades

    fsicas e legais para o

    funcionamento de uma LA

    especfica de Quiropraxia,

    considerando as possibilidades de

    funcionamento interno (palestras,seminrios, cursos) e externo

    (atendimento comunidade),

    baseado na disponibilidade do

    corpo docente, acadmicos, salas

    de aulas e Clnica-Escola.

    Para a identificao dos

    temas de interesse principal dosacadmicos, foi criado e aplicado

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    43/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 100de 130

    pelos prprios autores, um

    questionrio analisando o nvel de

    interesse em informaes extras

    com relao grade atual de

    graduao em Quiropraxia na UAM

    Foram considerados como temas:

    Morfologia Humana; Tcnicas

    Especiais em Quiropraxia;

    Biomecnica do Movimento; Sade

    Coletiva; Interao Clnico-

    Patolgica; tica Profissional;

    Trabalho de Concluso de Curso;

    Quiropraxia nos Ciclos da Vida;

    Diagnstico Diferencial em

    Quiropraxia e Filosofia em

    Quiropraxia.

    Cada item do questionrio

    possua quatro opes que

    representavam subjetivamente o

    nvel de interesse dos acadmicos

    em relao a cada tema, havendo

    como opes para cada resposta: a)

    Muito; b) Regular; c) Pouco; d)

    Nenhum.

    Com base na lista de alunos

    de cada turma, cedida pelaCoordenao do curso de

    Quiropraxia e analisando o

    questionrio respondido, identificou-

    se: 1) o percentual, da quantidade

    de alunos matriculados em lista, de

    alunos que responderam o

    questionrio; 2) O percentual de

    alunos, da quantidade de alunos

    matriculados em lista, por semestre,

    que responderam o questionrio; 3)

    O percentual de cada opo de

    resposta por tema, por semestre; 4)

    Os cinco temas mais votados em

    valores absolutos na opo Muito

    por semestre, comparando os

    percentuais entre os semestres.

    Nos casos de empate em algum dos

    temas mais votados do semestre, o

    desempate foi realizado

    considerando o tema que recebeu

    mais votos na opo subsequente:

    Regular.

    Com base nessas

    informaes obtiveram-se os dados

    relevantes para o desenvolvimento

    de um projeto de implantao de

    uma LA em Quiropraxia.

    RESULTADOS

    Os resultados propriamente ditos so: a identificao dos principais

    temas/reas de atividades de interesse dos alunos e o estatuto.

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    44/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 101de 130

    Grfico 1. Pontuao geral de cada tema, em valores absolutos, considerando a opoMuito.

    O Estatuto Oficial de LAQelaborado contemplou: os itens

    comuns a outros estatutos de LAs, o

    que define o Cdigo Civil Brasileiro

    como imprescindvel em um

    estatuto de associao e as

    orientaes da assessoria de um

    bacharel em direito. O estatutodesenvolvido contm os seguintes

    ttulos:

    Da Liga Acadmica

    o Conceito: caractersticas da LA e

    quem a compe;

    o Objetivos: Estabelece as

    finalidades/metas da LA;o Princpios: Esclarece princpios

    bsicos de conduta tica e cvica.

    Da Organizao: Onde se

    especifica e define cada funo na

    LA e suas atribuies:

    o Conselhoo Orientador

    o Coordenadoro Diretoria

    o Benefcios da Diretoria

    o Presidente

    o Vice-Presidente

    o Tesoureiro

    o Secretrio

    o Membros

    Do funcionamento: Caractersticas

    do funcionamento da LA,

    esclarecendo como sero definidas

    e desenvolvidas as atividades, a

    maneira como sero preenchidos os

    cargos e como devem ocorrer as

    reunies e assembleia da LA:

    o Atividades

    o Cronograma Anual de Atividades

    o Reunio deliberativa

    o Assembleia Geral

    Das Disposies Gerais e

    Transitrias: Informa como ocorrer

    a organizao inicial da LA, a

  • 7/25/2019 Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 3 n 2

    45/74

    ISSN 2179-7676RBQ Volume III, n. 2 - Pgina 102de 130

    necessidade de compromisso e

    tica dos seus participantes, define

    quem pode frequentar as atividades

    da liga e como se do os convnios

    que a LA pode firmar:

    o Transio

    o Compromisso

    o Convnios

    o Pblico

    As metas e objetivos da LAQ

    foram definidos com base nascaractersticas atuais das LAs j

    existentes associadas ao que

    necessrio suplementar no curso de

    Q