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brasil história do brasil apostila 01 7 História do Brasil - Apostila 01 Minas Gerais gerou modificações na economia brasileira, tornando-se o ouro seu principal produto no século XVIII. 04. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas do século XVI, as quais chamamos de “Grandes Navegações”, nota-se clara preponderância dos países ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar: 01) As navegações do período se faziam com recurso exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é, orientada através da observação dos astros. 02) As embarcações adotadas pelos portugueses e espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas utilizadas pelos navegadores genoveses e venezianos. 04) Por sua localização geográficas, Portugal tornava-se particularmente indicado para promover explorações marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante próximo da costa africana e das ilhas do Atlântico. 08) Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o apoio financeiro de vários comerciantes às expedições, interessados em reatar relações diretas com o Oriente desde a queda de Constantinopla (1453). 16) A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com os portugueses pela descoberta de novas terras, em função de sua luta contra os muçulmanos pela reconquista de territórios ibéricos. 32) A precoce centralização monárquica, a consolidação do poder central e a aliança com uma nova classe mercantil possibilitatam a Portugal desde o início do século XV estimular a expansão comercial e as expedições marítimas. 05. (UFPR) “E ao imenso e possível oceano 05. (UFPR) Ensinam estas Quinas, que aqui vês 05. (UFPR) Que o mar com fim será grego ou romano 05. (UFPR) O mar sem fim é português” 05. (UFPR) – Fernando Pessoa Sobre o pioneirismo de Portugal na expansão europeia advinda das grandes navegações podemos dizer: 01) Foi produto de intensas atividades comerciais dos portugueses nos fins da Idade Média. 02) A expansão portuguesa foi, em grande parte, conduzida pela burguesia mercantil que, visando ao comércio com o Oriente, direcionou-a para o Sul da África. 04) O descobrimento do Brasil desviou a atenção dos portugueses dos seus primeiros interesses, relativos ao comércio com as Índias Orientais. 08) A expansão portuguesa foi possível graças ao apoio dos espanhóis, que organizaram um sistema de frotas com a finalidade de transportar os frutos comuns do comércio ultramarino. 16) As primeiras décadas do século XVI constituíram um momento de euforia para os comerciantes portugueses. No entanto, nos fins da década de 1520, o comércio com o Oriente já apresentava sinais de crise, uma vez que Portugal não conseguiu manter monopólio sobre os produtos orientais como o haviam feito os italianos no final da Idade Média. 01. “A atividade colonizadora dos povos europeus na Época Moderna, inaugurada com a ocupação a utilização das ilhas atlânticas, e logo desenvolvida em larga escala com o povoamento e valorização econômica da América, distingue-se da empresa de exploração comercial que desde o século XV já vinham realizando os portugueses nos numerosos entrepostos do litoral atlântico-africano e no mundo indiano”. Com base no texto, pode-se inferir que: a) A colonização da Época Moderna estruturou-se a partir da criação de feitorias; b) O colonialismo mercantilista foi um desdobramento da Expansão Comercial e Marítima Europeia; c) Portugal, pioneiro da Expansão Ultramarina, limitou-se a explorar as ilhas do Atlântico, enquanto a Espanha empreendeu na colonização americana; d) Os numerosos entrepostos do litoral atlântico-africano e indiano foram responsáveis pelo neocolonialismo; e) O povoamento, a ocupação e a valorização econômica do continente americano tomaram rumos diretamente opostos desde o século XIII Portugal mantinha relações comerciais com a região de Flandres (atual Bélgica e parte da Holanda), e com a cidade de Gênova, relações essas que enriqueceram a burguesia mercantil. 02. Os tempos modernos são caracterizados por diversas transformações ocorridas na estrutura da sociedade europeia ocidental. Neste sentido é correto afirmar que: 01) A fase de transição do feudalismo para o capitalismo é chamada por muitos de “Era Pré-Capitalista”. 02) Nos tempos modernos o capitalismo assumiu características essencialmente comerciais. 04) A expansão europeia permitiu a dinamização do mercado nacional e internacional. 08) No plano sócio-político, a ascensão da burguesia mercantil e o fortalecimento dos Modernos Estados Nacionais contribuíram decisivamente para as mudanças estruturais em curso na época. 16) A orientação mercantil, que atendia aos interesses burgueses, e a orientação territorial, com que se satisfazia a nobreza, caracterizavam os empreendimentos marítimos de expansão europeia. 03. “Estado centralizado e sistema colonial conjugam-se para acelerar a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil europeia” (NOVAIS. F. O Brasil nos Quadros do Antigo Sistema Colonial. In: Brasil em Perspectiva, DIFEL). A respeito do sistema mercantilista e do sistema colonial, é correto: 01) Monopólio, balança de comércio favorável e protecionismo constituíram as principais características do sistema mercantilista. 02) A produção do açúcar brasileiro conseguiu se expandir graças à rede de distribuição do produto, organizada pela Holanda. 04) A inserção do Brasil no sistema mercantilista permitiu que fossem estabelecidas diversas indústrias na Colônia. 08) Os engenhos de açúcar no Brasil também produziam objetos e alimentos para consumo próprio, garantindo auto- sustentação com referências a alguns produtos básicos. 16) Na vigência do sistema colonial, a descoberta do ouro nas

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brasil história do brasilapostila 01

7História do Brasil - Apostila 01

Minas Gerais gerou modificações na economia brasileira, tornando-se o ouro seu principal produto no século XVIII.

04. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas do século XVI, as quais chamamos de “Grandes Navegações”, nota-se clara preponderância dos países ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar:

01) As navegações do período se faziam com recurso exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é, orientada através da observação dos astros.

02) As embarcações adotadas pelos portugueses e espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas utilizadas pelos navegadores genoveses e venezianos.

04) Por sua localização geográficas, Portugal tornava-se particularmente indicado para promover explorações marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante próximo da costa africana e das ilhas do Atlântico.

08) Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o apoio financeiro de vários comerciantes às expedições, interessados em reatar relações diretas com o Oriente desde a queda de Constantinopla (1453).

16) A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com os portugueses pela descoberta de novas terras, em função de sua luta contra os muçulmanos pela reconquista de territórios ibéricos.

32) A precoce centralização monárquica, a consolidação do poder central e a aliança com uma nova classe mercantil possibilitatam a Portugal desde o início do século XV estimular a expansão comercial e as expedições marítimas.

05. (UFPR) “E ao imenso e possível oceano 05. (UFPR) Ensinam estas Quinas, que aqui vês05. (UFPR) Que o mar com fim será grego ou romano05. (UFPR) O mar sem fim é português”

05. (UFPR) – Fernando Pessoa

Sobre o pioneirismo de Portugal na expansão europeia advinda das grandes navegações podemos dizer:

01) Foi produto de intensas atividades comerciais dos portugueses nos fins da Idade Média.

02) A expansão portuguesa foi, em grande parte, conduzida pela burguesia mercantil que, visando ao comércio com o Oriente, direcionou-a para o Sul da África.

04) O descobrimento do Brasil desviou a atenção dos portugueses dos seus primeiros interesses, relativos ao comércio com as Índias Orientais.

08) A expansão portuguesa foi possível graças ao apoio dos espanhóis, que organizaram um sistema de frotas com a finalidade de transportar os frutos comuns do comércio ultramarino.

16) As primeiras décadas do século XVI constituíram um momento de euforia para os comerciantes portugueses. No entanto, nos fins da década de 1520, o comércio com o Oriente já apresentava sinais de crise, uma vez que Portugal não conseguiu manter monopólio sobre os produtos orientais como o haviam feito os italianos no final da Idade Média.

01. “A atividade colonizadora dos povos europeus na Época Moderna, inaugurada com a ocupação a utilização das ilhas atlânticas, e logo desenvolvida em larga escala com o povoamento e valorização econômica da América, distingue-se da empresa de exploração comercial que desde o século XV já vinham realizando os portugueses nos numerosos entrepostos do litoral atlântico-africano e no mundo indiano”. Com base no texto, pode-se inferir que:

a) A colonização da Época Moderna estruturou-se a partir da criação de feitorias;

b) O colonialismo mercantilista foi um desdobramento da Expansão Comercial e Marítima Europeia;

c) Portugal, pioneiro da Expansão Ultramarina, limitou-se a explorar as ilhas do Atlântico, enquanto a Espanha empreendeu na colonização americana;

d) Os numerosos entrepostos do litoral atlântico-africano e indiano foram responsáveis pelo neocolonialismo;

e) O povoamento, a ocupação e a valorização econômica do continente americano tomaram rumos diretamente opostos desde o século XIII Portugal mantinha relações comerciais com a região de Flandres (atual Bélgica e parte da Holanda), e com a cidade de Gênova, relações essas que enriqueceram a burguesia mercantil.

02. Os tempos modernos são caracterizados por diversas transformações ocorridas na estrutura da sociedade europeia ocidental. Neste sentido é correto afirmar que:

01) A fase de transição do feudalismo para o capitalismo é chamada por muitos de “Era Pré-Capitalista”.

02) Nos tempos modernos o capitalismo assumiu características essencialmente comerciais.

04) A expansão europeia permitiu a dinamização do mercado nacional e internacional.

08) No plano sócio-político, a ascensão da burguesia mercantil e o fortalecimento dos Modernos Estados Nacionais contribuíram decisivamente para as mudanças estruturais em curso na época.

16) A orientação mercantil, que atendia aos interesses burgueses, e a orientação territorial, com que se satisfazia a nobreza, caracterizavam os empreendimentos marítimos de expansão europeia.

03. “Estado centralizado e sistema colonial conjugam-se para acelerar a acumulação de capital comercial pela burguesia mercantil europeia”

(NOVAIS. F. O Brasil nos Quadros do Antigo Sistema Colonial. In: Brasil em Perspectiva, DIFEL).

A respeito do sistema mercantilista e do sistema colonial, é correto:

01) Monopólio, balança de comércio favorável e protecionismo constituíram as principais características do sistema mercantilista.

02) A produção do açúcar brasileiro conseguiu se expandir graças à rede de distribuição do produto, organizada pela Holanda.

04) A inserção do Brasil no sistema mercantilista permitiu que fossem estabelecidas diversas indústrias na Colônia.

08) Os engenhos de açúcar no Brasil também produziam objetos e alimentos para consumo próprio, garantindo auto-sustentação com referências a alguns produtos básicos.

16) Na vigência do sistema colonial, a descoberta do ouro nas

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história do brasilapostila 01

História do Brasil - Apostila 01

09. (UFPR) - “Moradores dos ‘sertões’, instalados além das cidades coloniais, transformaram tais espaços físicos em espaços humanos. (...) A presença desses nossos antepassados é de fundamental importância para entendermos por que, no Brasil Colônia, houve mais do que a pura e simples plantation de cana. A ‘visão plantacionista’, que considera todas as atividades não voltadas para a exportação como irrelevantes, embaçou durante muito tempo a contribuição que milhares de agricultores – responsáveis pela agricultura de subsistência ou pelo abastecimento do mercado interno – deram à história de nosso mundo rural.”(DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. Uma história da vida rural no Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006, p. 47–48.)Com base no texto e nos conhecimentos sobre a organização social do Brasil no período colonial, é correto afirmar:

a) A atividade agrícola dos moradores dos ‘sertões’ era essencial para a produção e o mercado colonial de gêneros alimentícios.

b) A imensa disponibilidade de terras não cultivadas contribuiu para uma ocupação intensiva do solo, o que evitou a dispersão demográfica pelo território nacional.

c) Os autores do texto destacam um elemento característico da vida social durante a Colônia: a inexistência de núcleos econômicos situados além das cidades coloniais.

d) Confirma-se no texto a exclusividade da lavoura exportadora como atividade responsável pela ocupação dos espaços agrícolas nacionais.

e) No Brasil Colônia, uma característica fundamental da agricultura de alimentos foi a variedade de técnicas e de ferramentas utilizadas para o manejo das terras.

10. O pacto colonial caracterizou-se pela existência de:

I. Colônias que eram áreas complementares da economia central;

II. Colônias de povoamento, como o Brasil;III. Uma sociedade baseada no latifúndio, na grande propriedade

agro-exportadora da plantation;IV. Monopólio por parte da metrópole, o que incluía a proibição

da existência de fábricas.

São corretas as afirmações:

a) I e IIb) I, II, III e IVc) I, III e IVd) III e IVe) II, III e IV

06. “O modelo colonial vigente no Brasil a partir de sua inserção no espaço econômico europeu foi produto direto da prática do mercantilismo, que caracterizava a estrutura econômica dos países daquela época”.

(LOPES, Luiz Roberto. História do Brasil Imperial. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1982).

A respeito do mercantilismo e das relações metrópole-colônia, é correto afirmar que:

01) A colônia só podia produzir para o comércio interno as mercadorias que a metrópole não pudesse fornecer.

02) A colônia podia desenvolver indústrias locais, cujos produtos pudessem garantir seu desenvolvimento autônomo.

04) A acumulação de saldos positivos, convertidos em metais preciosos, faziam parte da política mercantilista, em benefício da metrópole.

08) Dentro da política mercantilista, o tráfico de escravos tornou-se uma das formas eficazes de acumulação de capital.

16) O monopólio comercial não era fundamental para a metrópole, que dava as colônias liberdade de comércio.

32) A produção da colônia permitia à metrópole disputar e conquistar mercados, fornecedores o acúmulo de metal precioso, nos termos da prática mercantilista.

07. (UFPR) A sociedade brasileira foi:

a) Matriarcal, escravocrata, latifundiária;b) Patriarcal, escravocrata, latifundiária;c) Patriarcal, democrática, latifundiária;d) Matriarcal, democrática, minifundiária;e) Patriarcal, escravocrata, minifundiária.

08. (SANTA CASA-SP) Sobre a cana-de-açúcar no Brasil Colônia, está ERRADO escrever que:

a) A produção estava voltada para os mercados europeus, a fim de completar as economias metropolitanas.

b) Incentivava-se o minifúndio, isto é o trabalho livre, de pequenos agricultores autônomos, o que foi fator de desbravamento de territórios virgens.

c) Os simples plantadores acabaram subordinando-se aos senhores de engenho.

d) As zonas produtoras coloniais dedicavam-se à elaboração de um só produto (MONOCULTURA).

e) Optou-se pela implantação do escravismo negro já que era um empreendimento comercial de alta rentabilidade: o tráfico africano.

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9História do Brasil - Apostila 01

11. Jean de Léry, em seu livro Viagem à terra do Brasil, fala do estranhamento que os tipinambás tinham com relação ao interesse dos europeus pelo pau-brasil: “Uma vez um velho perguntou: Por que vindes vós outros, mairs e perôs (franceses e protugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir (...). Retrucou o velho imediatamente: e proventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar, e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados”.

(In: LÉRY, J. de. Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1980, p. 168-9).

Com base no seu conhecimento da história das primeiras décadas da colonização do Brasil, é correto afirmar:

01) Alguns Estados europeus não reconheciam o direito de Portugual sobre a “nova terra” e, dessa forma, empreendiam incursões a fim de disputar a posse das riquezas naturais nela existentes.

02) O pau-brasil, árvore então encontrada em abundância na Floresta Atlântica, era o principal produto brasileiro comercializado na Europa, onde o utilizavam como matéria-prima nas manufaturas têxteis.

04) Na exploração econômica do pau-brasil, o escambo representou a principal forma de relações comerciais entre europeus e indígenas da América Portuguesa.

08) A exploração do pau-brasil só se tornou economicamente rentável para os portugueses com a introdução da mão-de-obra escrava africana.

16) Tanto franceses como portugueses aproveitam-se das desavenças entre grupos tribais para a obtenção de homens para o trabalho e para a guerra.

32) A presença de Jean de Léry em solo brasileiro está associada ao episódio da criação da França Austral, momento em que aquela potência expandiu os seus domínios até o extremo sul do continente americano.

12. (UFPR 2014) Tendo em vista diferentes contextos históricos em que predominou a escravidão, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas que comparam a escravidão na Roma antiga e a escravidão no período colonial da América portuguesa: ( ) Na Roma antiga os escravos eram mercadorias obtidas no comércio triangular, enquanto que no período colonial brasileiro os escravos eram prisioneiros de guerra ou apreendidos por motivo de dívida. ( ) Tanto no período antigo de Roma quanto no período colonial brasileiro, os escravos obedeciam a uma hierarquia de funções, sendo utilizados para vários tipos de atividades – afazeres domésticos, comércio e trabalho na agricultura. ( ) Tanto no período antigo de Roma quanto no período colonial brasileiro, a escravidão era considerada uma realidade natural, justificada por pensadores e por sacerdotes, mas também era questionada por opositores da escravidão dentro das próprias elites. ( ) Na Roma antiga, as rebeliões de escravos eram raras, pois eles viviam em boas condições e tinham a compra da alforria facilitada, enquanto que no período colonial brasileiro, as rebeliões eram constantes devido às condições desumanas de tratamento e impossibilidade de alforria.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – F – V. b) F – V – V – F. c) V – F – F – V. d) V – V – F – F. e) F – F – V – V

13.(UFPR 2005) “O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado por muitos”. Essa frase de João Antônio Andreoni (conhecido como Antonil), escrita no seu livro Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas, refere-se aos:

a) proprietários das terras que formavam a aristocracia agrária, de grande poder econômico e político.b) ricos comerciantes que lidavam com os negócios de exportação e importação.c) lavradores assalariados que plantavam a cana-de-açúcar.d) trabalhadores livres dos engenhos: artesãos, barqueiros, capatazes.e) grandes proprietários das fábricas de manufaturas têxteis.

14.(UFPR 2014) “(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’.” (Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.). A afirmação acima refere-se aos aldeamentos missionários e às transformações que eles trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das missões jesuíticas eram

a) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão-de-obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social. b) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social. c) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis. d) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças para a Companhia de Jesus. e) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional.

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história do brasilapostila 01

História do Brasil - Apostila 01

15.(UFPR 2013) Considere as seguintes afirmativas sobre a sociedade e a economia açucareiras entre os séculos XVI e XVII do período colonial brasileiro:

1. O período de produção açucareiro pode ser compreendido em seus aspectos econômicos como a primeira iniciativa de colonização do Brasil, em que o açúcar era o principal produto no comércio com a metrópole. 2. Entre 1630 e 1654, os espanhóis controlaram as fontes brasileiras de produção de açúcar em Pernambuco com o apoio dos indígenas e dos escravos, que podiam viver sob uma administração política mais tolerante aos seus costumes religiosos. 3. O declínio da economia açucareira ocorreu após a expulsão dos holandeses, que investiram na produção de açúcar nas Antilhas. 4. O sistema açucareiro caracterizou-se por uma agricultura em grandes propriedades, comandadas pelo senhor de engenho, que possuía plenos poderes políticos sobre a estrutura que os engenhos mobilizavam no campo e nas vilas. Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

16.(UFPR 2010) - A partir do século XVI, o catolicismo constituiu um dos pilares fundamentais da colonização portuguesa no Brasil. Sobre a difusão da religião católica na América portuguesa, é correto afirmar que ela:

1. contou com a instituição do padroado régio, conforme o qual cabia aos monarcas portugueses propagar a fé católica nas terras conquistadas. 2. pôde contar com intensa atividade dos religiosos jesuítas já nos primeiros processos de povoamento ocorridos sob a égide das capitanias hereditárias. 3. foi apoiada pelo Santo Ofício, que enviou visitações para a Bahia e para Pernambuco.4. teve que enfrentar expressões religiosas que mesclavam aspectos do imaginário religioso tupi com traços das hierarquias, títulos e rituais católicos.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

17.(UFPR 2006) “Eu, Preste João, sou o Senhor dos Senhores e me avantajo a todos os reis da terra inteira em todas as abundâncias que existem debaixo do céu, em força e em poder. A Nossa Magnificência domina as três Índias; o nosso território começa na Índia posterior, na qual repousa o corpo do apóstolo São Tomé, estende-se pelo deserto em direção ao berço do sol, e desce até a deserta Babilônia, contígua à torre de Babel.[...] Na nossa terra nascem e crescem elefantes, dromedários, camelos, hipopótamos, crocodilos, metagalináceos, grifos, [...] homens com cornos, faunos, sátiros e mulheres da mesma raça, pigmeus, cinocéfalos, gigantes cuja altura é de quarenta côvados, monóculos, ciclopes [...] e quase todo o gênero de animais que existem debaixo do céu.”

(Disponível em: . Consulta em: 05/07/2006.)

O texto acima é um fragmento da “carta do Preste João” (apócrifa) – do século XII – endereçada ao imperador de Bizâncio. Preste João, um rei padre que se dizia cristão, declarava-se senhor das três Índias e dono de riquezas fabulosas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Idade Média, é correto afirmar:

a) Na época representada no texto, predominavam geografias imprecisas e imaginárias, onde o maravilhoso e o estranho preenchiam o lugar do desconhecido, que só as grandes viagens de navegação dos séculos XV e XVI permitiram questionar. b) No período retratado, devido à influência exercida pela Igreja Católica na Europa, textos como a Carta de Preste João careciam de crédito, posto que a literatura clássica de origem greco-romana estava enraizada na cultura dos camponeses no medievo.c) O texto de Preste João revela uma profunda sintonia com o imaginário medieval europeu, que situava todas as maravilhas terrestres no ponto mais extremo do Ocidente, localizadas por alguns estudiosos do século XII na América.d) Os escritos resultantes das viagens ao mundo “além-Mediterrâneo”, por abordarem uma humanidade fantástica, eram desconsiderados na Idade Média, em razão da existência de rígidas barreiras entre a literatura científica e a literatura da fantasia. e) Quando Cristóvão Colombo concebeu suas viagens de navegação, os conhecimentos geográficos disponíveis, principalmente os mapas de Toscanelli e a Geografia de Ptolomeu, haviam eliminado quaisquer resquícios da mentalidade do medievo.

18.(UFPR 2012) Assinale a alternativa correta sobre o papel social e econômico das cidades no período colonial da América Portuguesa.

a) As cidades nunca tiveram um papel significativo na economia colonial, pois toda a riqueza que interessava ao comércio português era de origem agrária. Dessa forma, as cidades eram núcleos administrativos sem qualquer povoamento significativo, que só se tornaram alvo de investimentos após a vinda da Família Real portuguesa. b) As cidades passaram a ter um papel econômico primordial na colônia a partir da fundação de São Paulo, que se tornou um grande entreposto comercial. Posteriormente, com o ciclo do ouro, as cidades de Minas Gerais tornaram-se um centro irradiador de progresso econômico, superando a importância das áreas rurais na economia colonial. Isso impulsionou um maior desenvolvimento urbano, trazendo progresso material e cultural a toda a sociedade.

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brasil história do brasilapostila 01

11História do Brasil - Apostila 01

c) Mesmo com papel econômico secundário, a partir dos séculos XVII e XVIII, algumas cidades foram valorizadas com o aumento da participação da colônia no comércio ultramarino, em especial após as políticas pombalinas de incentivo às Companhias de Comércio. Além de possuírem órgãos administrativos e políticos, as cidades agregaram boa parte dos elementos sociais da colônia, definindo em seus espaços as diferenças de gênero, raça e status social. d) Além de serem centros administrativos, as cidades formaram pequenos centros educacionais de catequese dos indígenas e de evangelização dos colonos, agregando uma população majoritariamente masculina. Por serem muito pobres, as cidades eram vilas incipientes, o que gerava uma concentração populacional e econômica nas áreas rurais. e) As cidades foram centros administrativos importantes para o desenvolvimento econômico e social da colônia, por concentrarem escolas, jardins botânicos e assistência médica e jurídica à população. Escravos frequentemente fugiam para tentar uma vida melhor nas cidades, o que gerava uma rivalidade entre os centros urbanos e as áreas rurais.

França Antártica (1555 - 1567)Os protestantes franceses denominados huguenotes, passaram a ser perseguidos em seu país por questões religiosas. Liderados por Nicolau Durand de Villegaignon e com auxílio do Almirante Coligny, os franceses invadiram e conquistaram a região do Rio de Janeiro em 1555.Pretendiam fundar uma colônia de exploração econômica e, ao mesmo tempo, fugir das guerras religiosas que assolavam a França. O próprio rei francês, Henrique II, incentivava a iniciativa.A região foi então batizada de FRANÇA ANTÁRTICA. As dificuldades materiais e o inimigo comum aproximaram os franceses e os índios tamoios, que se agruparam, constituindo a chamada Confederação dos Tamoios.O conflito geral tornava-se iminente. Os jesuítas Nóbrega e Anchieta ofereceram-se como voluntários para negociar com os tamoios, terminando por conseguir um acordo. Dessa forma, o Armistício de Iperog (hoje a cidade de

INVASÕES ESTRANGEIRAS

Ubatuba, em São Paulo) privava os franceses de seu principal aliado, sendo expulsos em 1567.

França Equinocial (1612 - 1615)Desalojados do Rio de Janeiro, os franceses tentaram estabelecer-se no litoral norte e nordeste do Brasil. Foi na luta contra eles que teve início o povoamento da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará e Maranhão. Nesta última região, os combates foram mais violentos.Em 1612, os franceses invadiram o Maranhão e fundaram a França Equinocial. Daniel de La Touche, líder dos franceses na nova tentativa, iniciou a formação da cidade de São Luis, que recebeu este nome em homenagem ao então rei francês, Luís XIII.Jerônimo de Albuquerque, auxiliado por Alexandre de Moura e seus comandados, articulou a reação contra os franceses, atingindo seu objetivo em 1615.

Invasões Inglesas - Século XVI Ao contrário dos franceses, os ataques ingleses limita-ram-se a saques em portos brasileiros e apresamento de cargas de navios que se dirigiam para a Europa.Em geral, as expedições de corsários ingleses pretendiam apossar-se de cargas de açúcar e revendê-las na Europa.

A União das Coroas Ibéricas (1580 - 1640)

Em 1578 ocupava o trono português D. Sebastião, último monarca da dinastia de Avis. As dificuldades sócio-econômicas e o espírito cruzadista levaram-no a lutar contra os mouros no norte da África. Sua expedição pretendia conquistar o Marrocos, arrebatando-o das mãos dos mouros. D. Sebastião desapareceu nessa tentativa, durante a Batalha de Alcácer-Quibir.Nasceu aí a lenda sebastianista, segundo a qual o rei havia partido para o fundo do mar e voltaria um dia para tornar a governar sua pátria. A lenda teve repercussões também no Brasil, como veremos quando estudarmos o episódio de Canudos.O rei morto, D. Sebastião, não havia deixado herdeiro. O velho cardeal D. Henrique, único sobrevivente masculino da linha de Avis, assumiu a regência enquanto não se solucionava o problema da sucessão. Em 1580, o cardeal-regente morreu.Felipe II, rei da Espanha, achou-se no direito de ocupar o trono português, pois era neto de D. Manuel, o Venturoso, que organizara a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Reuniu suas tropas e invadiu Portugal. “Portugal, o herdei, o comprei e o conquistei”, disse Felipe II. Foi apoiado inclusive por uma parcela da classe dominante portuguesa, que via na união a possibilidade de estender o tráfico de escravos para a América espanhola.Portugal saiu prejudicado da União Ibérica, perdeu várias colônias na África e na Ásia, além de estar economicamente

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15História do Brasil - Apostila 01

Como a metrópole atendeu aos apelos dos padres, as autoridades locais da colônia não aceitaram e incentivaram a expulsão dos jesuítas e, em 1641, ocorria a “botada dos padres fora”. No mesmo ano, os paulistas resolvem se desligar de Portugal aclamando Amador Bueno como seu rei. O movimento não foi adiante e a ideia, abandonada.

A Revolta de Beckman (1684)

Novamente, a causa da revolta encontra sua origem nos padres jesuítas, que não queriam o apresamento de índios. Para solucionar o problema da falta de mão-de-obra no Maranhão, a coroa resolve criar a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que monopolizava o comércio da região, tendo como obrigação fornecer 500 escravos negros por ano, além de fornecer aos habitantes da região alimentos importados e adquirir tudo o que fosse produzido na região para exportação.A companhia não só não correspondeu com suas obrigações como agiu de maneira desonesta, cobrando preços acima do mercado, vendendo produtos de baixa qualidade e usando pesos e medidas falsificados.Liderados pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman, os colonos iniciaram um levante contra a Companhia. Na metrópole, a revolta levou a abolição do estanco da Companhia e à nomeação de um novo governador para o Estado do Maranhão.Alcançadas partes das reivindicações, o movimento perdeu sua força e foi debelado em 1685. Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram presos e executados e os jesuítas, que haviam sido expulsos, voltaram.

A Guerra dos Emboabas(1707 - 1709)

A descoberta das minas provocou intenso fluxo migratório interno e externo para Minas Gerais. Todos os recém-chegados eram chamados emboabas pelos paulistas que habitavam a região e que ali haviam descoberto ouro.A maioria dos emboabas dedicou-se ao comércio, incentivados pelos altos preços alcançados pelos manufaturados no mercado mineiro. Os mineradores endividaram-se com os emboabas, sendo obrigados a hipotecar suas propriedades. Dessa maneira, alguns comerciantes reinóis tornaram-se donos de datas e fazendas de gado, fato inadmissível para os paulistas. Assim, em 1707 e 1709, paulistas e reinóis entraram em luta violenta.Os paulistas sofreram sérias derrotas, sendo massacrados num combate no local que se chamou Capão da Traição. Em 1709, o governo interveio, criando a Capitania Real de São Paulo e Minas do Ouro.Tentando atender aos anseios dos paulistas, Ribeirão do Carmo, Sabará e Vila Rica foram elevadas à categoria de vila, com a criação de câmaras municipais. Os conflitos diminuíram, mas suas causas não foram suprimidas.

A Guerra dos Mascates (1710)Outras lutas ocorreram entre os proprietários de ter- ras na Colônia e os comerciantes reinóis, chamados em Pernambuco de mascastes. Quando os holandeses foram expulsos em 1654, os produtores pernambucanos perderam o mercado de açúcar para os antilhanos. A elite comercial de Recife, formada por portugueses, passou a financiar a produção açucareira, centralizada em Olinda, utilizando elevadas taxas e executando hipotecas.Apesar da superioridade econômica, os comerciantes portugueses de Recife não tinham autoridade política, pois a Câmara Municipal (sede do poder político local) estava localizada em Olinda. Em 1710, os recifenses conseguiram a Carta Régia de Emancipação Política e Administrativa de Recife, construindo-se na cidade o pelourinho, que simbolizava a autonomia administrativa do lugar. Os olindenses não aceitam a perda do controle administrativo de Recife e, sob a chefia de Bernardo Vieira de Melo, invadiram a cidade, colocando abaixo o pelourinho. Os mascates se organizaram e partiram para a reação.A coroa resolveu intervir, nomeando um novo governa-dor, que pôs fim ao conflito e confirmou a autonomia de Recife. Outra vez se evidenciava a existência de contradi-ção entre os interesses coloniais e metropolitanos.

Revolta de Vila Rica ou deFelipe dos Santos (1720)

O contrabando de ouro e diamantes realizados pelos colonos leva a coroa lusitana a tomar drásticas medidas contra a região mineira da colônia. A principal foi a criação das casas de fundições por onde todo ouro extraído deveria passar para ser fundido, transformado em barras, receber o selo real e ser pago o quinto real.Além de cobrar o quinto, eram cobrados impostos para fundir, para purificar, o que diminuía a quantidade do ouro encontrado. Além disso, as casas de fundição eram distantes o que provocava diminuição no ritmo de trabalho e diminuía ainda mais a quantidade de ouro extraído. A lei das casas de fundição desencadeou violenta onda de protesto liderada por Felipe dos Santos. A repressão realizada pela coroa portuguesa foi violenta, seus líderes foram presos e Felipe dos Santos enforcado e esquartejado.

TESTES19. (UFPR) No final do século XVII Portugal e Brasil tiveram que enfrentar dificuldades econômicas. Por quê?

a) Porque os engenhos de açúcar foram ocupados pelos espanhóis.

b) Porque Portugal e Brasil estavam unidos à Espanha e a Espanha era inimiga da Inglaterra.

c) Porque o açúcar das Antilhas começou a fazer concorrência ao açúcar do Brasil.

d) Porque os holandeses haviam destruído as plantações cana-de-açúcar.

e) Porque fracassou o sistema das capitanias hereditárias.

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História do Brasil - Apostila 01

20. (UFPR) O quadro político-econômico fundamentado na empresa agrícola, na qual se baseou a colonização do Brasil, sofreu transformações com a união das coroas de Portugal e Espanha, em 1580. A Holanda, que promoveu guerra contra a Espanha exerceu influência direta na colônia portuguesa na América:

a) Ocupando grande parte da região produtora de açúcar.b) Destinado capitais para a atividade mineradora, visando à

exportação da Minas-Gerais.c) Fazendo deslocar o eixo econômico do centro-oestre para

leste.d) Incentivando a indústria da pesca, única atividade rendosa

na época.e) Implantando a cultura cafeeira e modificando as bases do

sistema econômico.

21. No período compreendido entre os anos de 1624 e 1654, o Brasil-colônia foi alvo de duas tentativas de conquista por parte da companhia das índias Ocidentais importantes, empresa mercantil dos Países-Baixos (Holanda).

Sobre a conjuntura do domínio holandês no Brasil, é correto afirmar que:

01) A ocupação holandesa se fez sem resistência de qualquer espécie.

02) A invasão foi decidida principalmente em função dos lucros que poderiam ser auferidos pela Companhia das Índias Ocidentais com a exploração do açúcar, então a principal riqueza do Brasil.

04) O ataque à colônia era uma tentativa dos países Baixos de atingir a Espanha, país com o qual travou uma guerra prolongada, uma vez que, com a União Ibérica, o reino de Portugal e todas as suas colônias haviam passado ao domínio do imperador espanhol Filipe II.

08) Com a saída dos holandeses do nordeste brasileiro, eco-nomia açucareira atinge o apogeu no Brasil.

16) Maurício de Nassau havia desenvolvido política de finan-ciamento e reconstrução de engenhos. Com o fim de seu governo, os latifundiários endividados foram cobrados, crescendo a incompatibilidade entre os interesses dos produtos e o ocupante holandês.

22. (UEM) – Quando os historiadores fazem menção ao Brasil holandês, eles se referem ao período em que a Holanda, uma das principais potências europeias, ocupou e colonizou o nordeste brasileiro no século XVII. Sobre esse assunto, assinale a alternativa incorreta.

a) Maurício de Nassau, governador holandês da região ocupada, incentivou financeiramente a modernização da produção açucareira nordestina e realizou grandes obras urbanísticas e de saneamento em Recife.

b) A política colonial holandesa se distinguiu da política colonial portuguesa em vários aspectos, permitindo, por exemplo, a liberdade religiosa e a coexistência entre católicos, judeus e protestantes calvinistas.

c) A ocupação holandesa no Brasil se insere no quadro de disputa entre as potências mercantilistas européias por territórios e por mercados coloniais.

d) A memória histórica da época da colonização holandesa no Brasil ficou registrada na arquitetura de muitas cidades nordestinas e nos quadros pintados por artistas holandeses que retrataram as paisagens da região.

e) A ocupação holandesa do Nordeste brasileiro terminou em 1700, com a retirada pacífica do exército holandês, após a intermediação diplomática do rei Luis XVI da França.

23. (UFSC) Sobre a economia colonial brasileira é CORRETO afirmar que:

01) Participação holandesa na empresa colonial brasileira manteve a orientação para a produção canavieira.

02) A atividade mineradora favoreceu a interiorização do Brasil.04) A mineração promoveu a integração da região central e sul

da colônia portuguesa do Brasil.08) O gado foi uma necessidade vital para a mineração, como

fora para a economia brasileira.

24. É correto afirmar que, no Brasil, durante o Período Colonial:

a) A corrida do ouro criou, na Região Nordeste, uma aristocracia de latifundiários, donos de grandes engenhos.

b) A maior parte do ouro contrabandeado era destinado aos países do Extremo Oriente.

c) A exploração do ouro era vedada aos escravos, em virtude do excessivo número de furtos de pepitas.

d) A corrida do ouro provocou a primeira grande corrente imigratória para o Brasil.

e) Todo o ouro descoberto no Brasil aqui permaneceu aumentando o Tesouro Nacional.

25. (MACKENZIE-SP) A revolta de 1720 em Vila Rica, chefiada por Felipe dos Santos, teve como causa fundamental:

a) Perseguições religiosas;b) Expansão do sentimento nativista;c) Criação de casas de fundição;d) Ideais filosóficos franceses;e) Rivalidade pessoal entre o Conde Assumar e Felipe

dos Santos.

26. (UFSC) Identifique as proposições CORRETAS sobre os movimentos nativistas ocorridos durante o período colonial.

01) A frequência daqueles movimentos estava relacionada com a política aplicada pela metrópole, principalmente através dos monopólios e da fiscalização.

02) Os movimentos foram isolados, sem definições ideológicas e reagindo apenas contra a falta de liberdade política.

04) A Insurreição Pernambucana, que foi a luta pela expulsão definitiva dos franceses provocou também uma resistência contra os interesses lusitanos.

08) Ficou conhecido como “Guerra dos Mascates” o conflito entre os proprietários rurais de Recife e os comerciantes da cidade de Olinda, quando Recife foi levada à categoria de Vila Independente.

16) Vila Rica, em 1720, revoltou-se contra as Casas de Fundição, cujo objetivo era exigir que o ouro fosse fundido em barras para facilitar a cobrança dos impostos e o controle do contrabando.

32) No Maranhão, os proprietários de terra reagiram contra a exploração, por parte dos comerciantes portugueses da Companhia de Comércio do Maranhão e contra a proibição de escravizar índios para a lavoura.

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17História do Brasil - Apostila 01

27.(UFPR 2006) “Quando repreenderem e castigarem estes cativos, seja sim o suplício condigno e proporcionado, porém as palavras sejam sempre amorosas; e pelo contrário, quando lhes fizerem algum bem ou benefício, usem então de palavras mais dominantes, para que deste modo sempre o amor, o poder e o respeito reciprocamente se temperem, de sorte que nem os senhores, por rigorosos deixem de ser amados nem também, por benévolos, deixem de ser temidos e respeitados. [...] Devem os possuidores destes cativos corrigir e emendar-lhes os seus erros, quando tiverem já experiência de lhes não ser bastante para esse eleito a palavra; porque se o escravo for de boa índole, poucas vezes errará e para emenda dele bastará a repreensão; mas se for protervo, ou travesso, continuamente obrará mal, e será necessário para o corrigir que a repreensão vá acompanhada e auxiliada também pelo castigo.”

(Adaptado de ROCHA, Manoel Ribeiro. In: LARA, Silvia Hunold. Campos da Violência: escravos e senhores na Capitania do Rio de Janeiro, 1750–1808. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p. 14.)

O debate sobre o caráter brando ou cruel da escravidão no Brasil é bastante antigo na historiografia. O texto do Padre Manoel Ribeiro Rocha, datado de 1758, expressa:

a) uma associação do castigo com a submissão do negro, sempre vinculado a sua boa ou má índole, visando a manutenção do escravo sob o domínio do poder senhorial. b) uma visão do cativeiro em que a violência se colocava sempre como uma exceção, ou seja, como o resultado da aplicação de regras humanitárias na execução do castigo. c) a necessidade de um tratamento severo para com os negros, na medida em que o vício e a indolência eram atributos naturais do comportamento dos escravos. d) a existência de uma sociedade indulgente no Brasil colonial, comprovada pela temperança e pelo equilíbrio no trato dos escravos por parte dos senhores. e) uma rejeição da escravidão pelo autor, que procurava, por isso, adequá-la aos ditames da justiça e da humanidade cristã.

28.(UFPR 2010) A chamada União das Coroas Ibéricas (1580–1640) consistiu no domínio do Reino de Castela sobre o de Portugal. Naquele momento, os reis da dinastia dos Habsburgos, Felipe II, III e IV, subjugaram toda a Península Ibérica, e Madri tornou-se capital dos vastos impérios coloniais português e espanhol, reduzindo a importância e o status da cidade de Lisboa. Sobre esse período, considere as seguintes afirmativas: 1. O domínio castelhano da Península Ibérica, idealizado por séculos, teve lugar graças à guerra movida pelo Habsburgo Felipe II contra o Rei Dom Sebastião, da casa dinástica de Avis, que então detinha a Coroa portuguesa. 2. O controle holandês sobre o Nordeste açucareiro (1630–1654) constituiu um resultado direto do controle de Castela sobre Portugal, como consequência da dificuldade castelhana de controlar militarmente tanto o império espanhol como o português. 3. Várias instituições e repartições administrativas, eclesiásticas e judiciárias foram criadas, visando uma maior aproximação entre o Brasil e Castela. Entre tais repartições e instituições, estão o Conselho de Índias, mais tarde Conselho Ultramarino, as Visitações do Santo Ofício às partes do Brasil e o Tribunal Superior da Relação, criado na Bahia em 1609. 4. A restauração e consolidação de uma nova dinastia detentora da Coroa portuguesa, a de Bragança, decorreram de um tratado de paz firmado entre Madri e Lisboa, o qual pôs fim pacificamente à dominação castelhana da parte lusa da Península Ibérica.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

29.(UFPR 2016) Durante a Colônia, experimentou-se uma série de conflitos protagonizados por colonizadores e populações presentes no território. Um deles, denominado “Guerra Justa”:

a) consistiu na invasão armada dos portugueses em territórios indígenas, com o objetivo de capturar o maior número de pessoas, incluindo mulheres e crianças, com a finalidade de escravizá-los. b) foi um conflito bélico protagonizado pelos holandeses após a ocupação de Pernambuco por esses últimos. c) tratava-se de guerras por conquistas de território realizadas entre os diversos grupos indígenas e nas quais os portugueses participavam, apoiando um grupo ou outro, dependendo dos seus interesses. d) consistiu na invasão armada dos grupos indígenas aos assentamentos portugueses, com a finalidade de capturar invasores para serem comidos ritualmente. e) foram guerras de retaliação que os portugueses realizavam em territórios ocupados pelos holandeses após serem atacados por eles.

30.(UFPR 2017) Leia o texto abaixo: [...] O quilombo aparecia onde quer que a escravidão surgisse. Não era simples manifestação tópica. Muitas vezes, surpreende pela capacidade de organização, pela resistência que oferece; destruído parcialmente dezenas de vezes e novamente aparecendo, em outros locais, plantando a sua roça, constituindo suas casas, reorganizando a sua vida social e estabelecendo novos sistemas de defesa. O quilombo não foi, portanto, apenas um fenômeno esporádico. Constituía-se em fato normal dentro da sociedade escravista. Era reação organizada de combate a uma forma de trabalho contra a qual se voltava o próprio sujeito que a sustentava.

(MOURA, Clóvis. Rebeliões da Senzala. Editora Conquista, Rio de Janeiro, 1972, p. 87.)

A respeito da história dos quilombos no Brasil, considere as seguintes afirmativas: 1. Foi uma forma de organização dos escravos libertos, que não encontraram lugar na sociedade brasileira pós abolição. 2. O quilombo marcou sua presença durante todo o período escravista, existindo praticamente em toda a extensão do território nacional. 3. Sua estrutura social respondia a uma lógica particularmente militar, que visava desestabilizar a estrutura social dos senhores de escravos. 4. A quilombolagem se constituiu na unidade básica de resistência, fruto das contradições estruturais do sistema escravista, e sua dinâmica refletia a negação desse sistema.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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História do Brasil - Apostila 01

31.(UFPR 2015) Na América portuguesa, as irmandades eram espaços de:

a) assistência aos negros que fugiam de seus senhores, providenciando alojamento e laços de solidariedade para arrecadar fundos para sua alforria, através da realização de festas de devoção aos seus santos padroeiros. b) congregação de negros, indígenas e brancos pobres, constituindo sociedades de auxílio mútuo para garantir um enterro digno aos seus membros e familiares, além de proteger seus membros das visitações da Inquisição.

A CRISE DO SISTEMA COLONIAL - SÉCULO XVIII

O Pensamento Iluminista

A partir do século XVII a burguesia começa a afirmar a sua própria maneira de pensar, principalmente no que diz respeito à utilidade do conhecimento.Esse deveria dar frutos em termos de utilidade prática, uma vez que o desenvolvimento industrial se anunciava em toda a sua potencialidade; era nescessário modernizar a vida da sociedade europeia e, o mais importante de tudo: aumentar os lucros. Isso tudo somado deu origem ao pensamento iluminista.O absolutismo monárquico era um entrave aos anseios da burguesia que se traduziam na necessidade de maior liberdade econômica e participação política.No que diz respeito a estes anseios burgueses podemos assim traduzir o pensamento iluminista:

Aspectos Políticos:

Igualdade jurídica; Sufrágio universal; Governo de legitimidade popular (República).

Aspectos Econômicos:

Livre iniciativa; Liberdade de comércio; Livre concorrência de salário, preços, e produtos.

Neste sentido, o Iluminismo opunha-se ao Absolutismo Monarquico, que não gosava de legitimidade e era, do ponto de vista econômico, intervencionista.

Despotismo Esclarecido

O despotismo esclarecido consistia na aplicação de princípios Iluministas em Nações absolutistas. Foi, desta forma, uma tentativa de algumas monarquias absolutas de sobreviverem as mudanças impostas pela burguesia. Os países mais atrasados da Europa tentaram modernizar-se implementando reformas com base nas ideias iluministas. Era o caso de Portugal. Com a ascenção de D. José I ao trono português iniciou-se o Despotismo Esclarecido.

c) resistência ao catolicismo do regime de padroado, permitindo que os negros mantivessem seus cultos originais africanos após conquistarem sua alforria, proibindo a entrada de membros brancos e indígenas. d) auxílio mútuo, em caso de doença, enterro e assistência a órfãos e viúvas, e de arrecadação de recursos para alforria, servindo também para manter traços das culturas africanas, como forma de resistência à sociedade escravocrata. e) sociabilidade dos negros escravizados e libertos, compreendendo debates políticos de resistência à escravização, por meio da preservação das culturas e devoções africanas, o que gerou o primeiro ideário abolicionista.

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História do Brasil - Apostila 01

para o Brasil independente de Portugal, ao mesmo tempo que impediu desembarque de tropas portuguesas vindas de Lisboa.Em agosto, a situação era insustentável: As cortes voltaram a exigir o retorno imediato de D. Pedro a Portugal. D. Pedro, por sua vez, estava em São Paulo em 7 de setembro de 1822 e rompe os laços do Brasil com Portugal. No dia 1º de dezembro de 1822, é coroado Imperador do Brasil.Dessa forma, pode-se concluir que a independência do Brasil constitui-se num movimento organizado com a finalidade de manter a monarquia como forma de governo, preservando a unidade do território e, ao mesmo tempo, evitando manifestações mais radicais que fugissem ao controle da aristocracia rural, evitando uma revolução social. A rigor o Brasil manteve-se dependente do mercado externo como produtor e exportador agrícola e consumidor de manufaturados. Da mesma maneira, manteve a estrutura latifundiária monocultora e escravagista do modelo colonial.

TESTES32. (UEM) - “Dentre as revoltas coloniais, a Inconfidência Mineira foi a mais célebre, por marcar o início do processo de emancipação política do Brasil.”

(KOSHIBA Luiz e PEREIRA, Denise M. Frayze. História do Brasil. São Paulo: Editora Atual, 1987, p. 113).

A respeito desse movimento emancipacionista ocorrido em Minas Gerais, em 1789, assinale o que for correto.

a) Uma das principais propostas da Inconfidência Mineira era pôr fim, imediatamente, ao tráfico de escravos e à escravidão no Brasil.

b) Os inconfidentes eram totalmente contrários à influência de sistemas filosóficos e de ideias políticas estrangeiras, como o Iluminismo europeu e os princípios republicanos que inspiraram os líderes norte-americanos da independência, em 1776.

c) Os inconfidentes, sob a influência do Iluminismo e do movimento de independência dos Estados Unidos da América, pregavam o fim do pacto colonial, a independência em relação a Portugal, a implantação do regime republicano etc.

d) A Inconfidência mineira foi, na realidade, uma mera rebelião militar, sem apoio junto à intelectualidade, aos profissionais liberais e a outros setores civis da colônia.

e) A principal causa da rebelião mineira foi a transferência da sede da administração colonial portuguesa de São João del Rei para a cidade do Rio de Janeiro, em 1785.

33. (UFUB-MG) No decorrer da segunda metade do século XVIII, o avanço da colonização portuguesa no Brasil provocou, como, reação, o crescimento da resistência colonial. Este mo vimento de reação a exploração portuguesa tendia a crescer, dinamizar-se e organizar-se. Assim, estes movimentos coloniais apresentaram um nível mais alto de definição ideológica, não se limitando à simples resistências a impostos ou taxações, mais sim pelo rompimento das relações políticas de dependência em relação a metrópole. Pode-se concluir, portanto, acerca das rebeliões coloniais que:

a) Se tratavam de manifestações esporádicas emergidas no seio das camadas populares da colonia.

b) Foram movimentos liderados pela burguesia mercantil portuguesa, aqui instalada, com o objetivo de romper com pesadas taxas econômicas impostas pelo pacto colonial.

c) Esses movimentos devem ser encarados como o reflexo da reelaboração, na Metrópole, de uma nova visão do Estado absolutista.

d) O sentimento de nacionalismo gerado na colônia deve ser entendido num quadro mais geral das próprias mudanças que tendiam a alterar visivelmente a Europa, colocando em xeque o antigo regime.

e) Esses movimentos de rebeldia contra a metrópole se manifestaram num momento em que o próprio Estado Português afroxou o seu poderio econômico e político sobre a colônia.

34. (FUVEST-SP) A Inconfidência Mineira, no plano das ideias foi inspirada:

a) Nas reivindicações das camadas menos favorecidas da colônia.

b) No pensamento liberal dos filósofos da ilustração européia.c) Nos princípos do socialismo utópico de Saint-Simon.d) Nas ideias absolutistas, defendidas pelos pensadores

iluministas.e) Nas formulas políticas desenvolvidas pelos comerciantes do

Rio de Janeiro.

35. (UM-SP) A situação política e econômica, responsável pelo aparecimento da Inconfidência Mineira, pode ser descrita como:

a) Enfraquecimento do fisco, que diante da crise da mineração abrandava a cobrança de impostos.

b) Apogeu do ciclo do ouro, aumento da opressão metropolitana e influência das ideias iluministas.

c) Fase de declínio da mineração, crescimento da opressão da metrópole e influência do iluminismo.

d) Movimento liderado pelas elites empobrecidas, extremamente organizado militarmente e voltado para a solução dos problemas das camadas pobres da população

e) Revolta das camadas populares oprimidas, sem influência filosófica extremas.

36. (FATEC-SP) Entre os movimentos revolucionários ocorridos no Brasil no séculoXVIII, destacam-se a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. Estabelecendo um paralelo entre ambos, pode-se afirmar que:

a) A Inconfidência Mineira foi articulada junto a elite econômica, enquanto a Conjuração Baiana teve conotação acentuadamente populares.

b) A Conjuração Baiana tinha um cunho aristoscrático e a Inconfidência Mineira tinha uma conotação nitidamente popular.

c) Tanto a Inconfidência Mineira como a Conjuração Baiana tinham foram movimentos com a caracteristica populares

d) Tanto a Conjuração Baiana como a Inconfidencia Mineira foram movimentos nativistas e, portanto, idêntico sobre todos os aspectos.

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23História do Brasil - Apostila 01

37. (PUC-PR) Leia atentamente as frases abaixo e assinale a alternativa correta:

I. Estando em plena revolução industrial, a Inglaterra pressionou D. João para que decretasse a abertura dos portos, pois tinha interesse em ampliar, no Brasil, seu mercado consumidor de produtos industrializados.

II. Pensando exclusivamente no desenvolvimento da colônia brasileira, D. João decretou a abertura dos portos, pois considerava injusta a vigência do regime colonial.

III. O tratado comercial de 1810 entre Portugal e Inglaterra mostra a submissão lusitana aos interesses econômicos ingleses.

a) Todas as alternativas são falsas.b) As alternativas I e II são verdadeiras.c) Apenas a alternativa I é falsa.d) Apenas a alternativa II é falsa.e) As alternativas II e III são verdadeiras.

38. (ACAFE-SC) São consequências da vinda da família Real para o Brasil, EXCETO:

a) A abertura dos portos brasileiros as Nações amigas.b) Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e

Algarves.c) A fundação do Banco do Brasil.d) Assinatura do tratado de comércio e navegação com a

França, fato que incentivou o surgimento do grande número de indústrias no Brasil.

e) Invasão da Guiana Francesa e a anexação da província da Cisplatina.

39. (UTFPR) - Durante a permanência da Família Real no Brasil, as Cortes de Lisboa adotaram posições liberais, de acordo com as propostas em andamento na Europa, mas defendiam ostensivamente a recolonização do Brasil, para garantir seus interesses financeiros. Tal política desencadeou, no Brasil, uma série de fatores:

I) A abertura dos portos às nações amigas e a volta imediata de D. João VI a Portugal.

II) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves e a abertura dos portos a todas as nações.

III) A volta de D. João VI a Portugal e a permanência no Brasil de seu representante, o príncipe regente D. Pedro.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas a proposição I está correta.b) Apenas a proposição II está correta.c) Apenas a proposição III está correta.d Apenas as proposições I e III estão corretas.e) Todas as proposições estão corretas.

40. (UFCE) A fuga da família Real para o Brasil (1807) pode ser associada ao(à):

01) Decadência do grande Império português.02) Disputa entre França e Inglaterra pelo mercado mundial.04) Interesse político-econômico Inglês em relação ao Império

Português.08) Política portuguesa de fortalecimento de suas colônias.16) Acordo entre França e Inglaterra na repartição das colônias

luso-espanholas.32) Decadência industrial na Inglaterra, que se volta, agora,

para o mercado de produtos tropicais.

41. (UNIV. CAT. PELOTAS-RS) Assinale a alternativa incorreta com relação a independência do Brasil:

a) Os grandes proprietários brasileiros organizaram-se em torno do Principe D. Pedro, dando-lhe apoio a desobedecer as ordens das cortes de Lisboa.

b) Evitar a recolonização do Brasil era o grande objetivo da classe dominante brasileira que apoiou o movimento de independência.

c) A proclamação da independência, em 7 de setembro de 1822, significou profunda alteração nas condições de vida para a maioria dos brasileiros.

d) Com a independência, rompeu-se com o sistema colonial apenas na medida em que ela restringia a liberdade do comércio e a autonomia administrativa.

e) A independência do Brasil foi um arranjo político, visto que foi um ato político-administrativo e não foi fundada por uma base econômica sólida.

42. (UFSC) A 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, o príncipe D. Pedro recebeu correspondências do Rio de Janeiro, de seu pai D. João VI, de sua esposa D. Leopoldina e seu Ministro José Bonifácio. Considerando o texto, assinale a afirmação certa:

01) D. João VI recomendava a seu filho prudência e relembrava antigos conselhos dados quando de sua partida para Portugal.

02) D. Leopoldina aconselhava a seu marido a proclamar imediatamente a independência.

04) Bonifácio dizia haver dois caminhos a seguir: retornar a Portugal ou proclamar a independência do Brasil.

08) O padre Feijó aconselhava a respeitar as cortes portuguesas.

16) D. Teresa Cristina aconselhava o seu regresso imediato ao Rio de Janeiro.

43. (UFPR) Ao analizar o processo da independência do Brasil, é correto afirmar:

01) A tentativa, pelas cortes Portuguesas, de recolonização do Brasil, levou ao crescimento de posições, reunindo radicais e moderados que passaram a exigir a permanência do Príncipe D. Pedro no Brasil.

02) O dia do Fico, a convocação de eleições para a Assembléia Constituinte e o 7 de Setembro, são momentos do processo de independência.

04) O processo de independência, embrionário desde a crise colonial, na segunda metade do século XVIII, ganhou vulto com o estabelecimento, no Brasil, do Estado absolutista Portugues.

08) O nascimento do Brasil independente significou a permanência das antigas estruturas coloniais, como a grande propriedade, a monocultura e a escravidão.

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história do brasilapostila 01

História do Brasil - Apostila 01

44.(UFPR 2010) - As reformas pombalinas, encetadas por Sebastião José de Carvalho e Mello (1699–1782), o Marquês de Pombal, tiveram efeito entre 1755, logo após o terremoto de Lisboa, e 1777, quando esse estadista perdeu sua proeminência na administração do império português. Sobre as reformas que implantou ao longo de sua administração como ministro de Dom José I, é correto afirmar:

a) Tiveram grande impacto sobre o Brasil, uma vez que se criaram companhias de comércio em todas as capitanias, com o objetivo mais amplo de racionalizar o comércio e implantar um rígido sistema colonial, vinculando metrópole e colônia. b) Ativeram-se, no campo da educação, ao ensino básico, deixando de lado as instituições universitárias portuguesas. c) Basearam-se na aliança e aproximação à Ordem Jesuítica, que recebeu impulsos e estímulos fundamentais por seu papel na educação oferecida no Reino e nas colônias. d) Consistiram, entre outras medidas, na criação de instituições e repartições públicas vitais à administração do Reino e suas colônias, como o Erário Régio. e) Reforçaram, graças ao seu caráter absolutista, distinções de raça e classe em Portugal e suas colônias, impedindo a ascensão social de negros, índios e indianos existentes nos domínios lusos.

45. (UFPR 2007) - “Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República [...]. Os olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o próprio passado do Brasil.”

(Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, nº 19, abr. 2007, p. 17.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir:

1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da diversidade social verificada entre os conspiradores. 2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da construção e da apropriação dos mitos. 3. Ao examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários outros motins e conspirações. 4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes pode ser atribuído a dois fatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo português e a delação da conspiração às autoridades da época.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

46.(UFPR 2009) - A chegada da Família Real e da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 introduziu grandes mudanças na sociedade brasileira. Os grandes proprietários rurais e negociantes aglutinaram-se ainda mais do que antes ao redor da Família Real. Isso permitiu que, no contexto da independência (1822), alguns fenômenos permanecessem. Tendo em vista esses processos, considere as seguintes afirmativas:

1. A escravidão foi mantida, sem que os poucos questionamentos a ela conseguissem prevalecer nem nos projetos de Independência, nem na elaboração de um projeto de Constituição em 1823, nem ainda na Constituição outorgada em 1824. 2. O fim do laço colonial formal com Portugal permitiu a intensificação da relação de dependência frente à Inglaterra. 3. A escravidão atingiu seu auge no Brasil imediatamente após a Independência, ao mesmo tempo em que as negociações internacionais pelo reconhecimento desta última levaram à tentativa de supressão do tráfico de escravos africanos em 1830. 4. O apoio inglês à manutenção da escravidão e do tráfico de escravos permitiu que o cativeiro permanecesse no Brasil até 1888.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. e) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

47.(UFPR 2010) - “Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas acusações foram na época imputadas ao novo regime”.

(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). Viagem incompleta: a experiência

brasileira. São Paulo: Editora Senac, 2000, p 181.)

Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto?

a) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia Constituinte que elaborava o texto constitucional. b) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra. c) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho escravo para o trabalho livre. d) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860. e) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de centralização do poder, chamadas à época de “regresso”.

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25História do Brasil - Apostila 01

48.(UFPR 2008) - Vários movimentos contrários à opressão colonial ocorreram nas Américas, sobretudo no século XIX, visando à independência em relação às metrópoles. Sobre esses movimentos, é correto afirmar:a) A maioria deles fracassou, permanecendo os países submetidos às suas metrópoles, como colônias, até o século XX. b) San Martín e Simón Bolívar foram líderes de movimentos de independência ocorridos na América Latina. c) A Guerra dos Farrapos foi o principal movimento pela independência do Brasil em relação a Portugal. d) Os movimentos de independência foram inspirados no exemplo das colônias africanas, que estavam tornando-se países independentes no século XIX. e) Os movimentos de independência da América Latina foram determinantes na independência das colônias norte-americanas.

O Reconhecimento da Independência

O processo de reconhecimento da independência durou até pelo menos 1827 e se deu em duas frentes: O reconhecimento interno e internacional, além dos problemas políticos internos.

Dom Pedro I.

O PRIMEIRO REINADO

Constituição de 1824 (Mandioca)

4 Poderes - Poder ModeradorVoto Censitário - RendaEstado UnitárioSenado VitalícioReligião Oficial - CatólicaOutorgada

Neste sentido, foi importante a contratação de mercenários, além da participação de significativa parcela da população civil para garantir o processo da independência brasileira, bem como o poder do Imperador.

O Reconhecimento Internacional

Podemos citar como principais dificuldades do processo de reconhecimento internacional os seguintes fatos:

Congresso de Viena e Santa Aliança.Movimento conservador europeu ligado a nações absolutistas que se posicionaram contra a expansão das ideias revolucionárias francesas, e que não viam com bons olhos a independência de qualquer país.

Temor dos países LATINO-AMERICANOS.Apesar de também estarem em processo de independência, não viam com entusiasmo o regime monárquico brasileiro, nem suas dimensões territoriais. O primeiro país a reconhecer a independência brasileira foram os Estados Unidos em 1824 através da DOUTRINA MONROE (América para os americanos).Em seguida, através da intermediação inglesa, que tinha interesses econômicos junto a Portugal e Brasil, os portugueses reconheceram a independência do Brasil em agosto de 1825 mediante uma indenização de dois milhões de libras esterlinas.Em 1827 foi a Inglaterra que exigiu para tal a manutenção dos tratados de Aliança e Amizade, Comércio e Navegação

O Reconhecimento Interno

Os acontecimentos que resultam na independência desenrolaram-se no eixo Rio-São Paulo. Era, portanto, necessário estender a autoridade do Imperador ao resto do país, e o país recém-independente não dispunha de exército organizado e nem experiência para sufocar possíveis resistências de segmentos da população fiéis a Portugal, principalmente de portugueses residentes no Brasil.

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história do brasilapostila 01

História do Brasil - Apostila 01

Esquadra Real na vila de Laguna em 1839. Foto: Reprodução/Icografia.

Província e colocaram no poder Eduardo Agelin.Em 1836, as forças do Império retomam o poder apesar das lutas prosseguirem até 1840 pelo interior quando os Cabanos são finalmente derrotados.

A Farroupilha: RS (1835 - 1845)

Iniciada na Regência de Feijó e debelada somente no segundo Reinado. Teve como causas principais:

  Os Farroupilhas ou Liberais exaltados exigiam mais autonomia provincial.  A difusão de ideias republicanas.  O baixo preço do charque, que foi estabelecido pelo governo ainda mais em função da concorrência com o Uruguai, além, é claro, dos altos impostos que eram obrigados a recolher.

Teve como líderes principais Bento Gonçalves da Silva, Antônio de Souza Neto, David Canabarro e José Garibaldi. No Rio Grande do Sul proclamaram a República Rio Grandense ou do Piratini, depois invadiram Santa Catarina onde proclamaram a República Juliana.A revolução só terminou em 1845 através de um acordo celebrado entre Caxias e os revoltosos. O Rio Grande do Sul volta a ser incorporado ao Brasil em troca da anistia geral, da liberdade dos escravos que lutaram na revolução e da devolução de terras confiscadas, além do direito de promoção no Exército Imperial a todos os militares.

A Sabinada: Bahia (1837 - 1838)

Em 7 de novembro, o médico Sabino Álvares da Rocha Vieira proclamou a “República Bahiense”, que devia durar até a maioridade de D. Pedro. Em 1838, as tropas regenciais já haviam controlado a revolta e seus líderes condenados ao degredo interno.

Teve como principal causa a rivalidade entre Liberais, chamados também de Bem-Te-Vis e Conservadores. Tem a origem do nome no apelido de um dos seus chefes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, o “Balaio”. Outros líderes que se destacaram: O Cara Preta (apelido de Raimundo Gomes Vieira Jutaí) e o ex-escravo “Preto Cosme”. A revolta foi sufocada por Luis Alves de Lima e Silva.

TESTES49. (PUC-PR) Leia atentamente as frases abaixo e assinale a alternativa correta:

I. O anteprojeto constitucional de 1823 assumiu posições anticolonialistas e antiabsolutistas.

II. O sistema eleitoral criado pela Constituição da Mandioca excluiu muitos comerciantes portugueses da participação no processo político.

III. Percebendo as restrições de poder que lhe seriam impostas pelo anteprojeto constitucional, D. Pedro decretou a dissolução da Assembléia Constituinte em1823.

a) Apenas a alternativa I é verdadeira.b) Apenas a alternativa II é falsa.c) Todas as alternativas são falsas.d) Todas as alternativas são verdadeiras.e) Apenas a alternativa III é falsa.

50. (UNESP) O sistema eleitoral criado pela Constituição de 1824 tinha como preocupação:

a) Garantir o acesso do povo aos cargos políticos.b) Eliminar a participação política do Partido Português.c) Estabelecer como pré-requisito para a participação política

limites mínimos de renda anual em dinheiro, de maneira que somente os homens ricos estavam habilitados a exercer o poder político.

d) Facilitar o acesso democrático do povo brasileiro às decisões democráticas.

e) Garantir a nomeação dos políticos brasileiros exclusivamente pelo Imperador, dispensando eleições.

51.(FAC.MED.CATANDUVA-SP) Sobre a confederação do Equador, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A revolta espalhou-se pela região mineradora, conseguindo o controle político de Minas Gerais e Goiás.

b) Teve entre seus principais líderes Manuel Pais de Andrade e Frei Caneca.

c) A confederação adotou, provisoriamente, o modelo constitucional da Colômbia.

d) Foi sufocada por tropas enviadas pelo Imperador, das quais participa a esquadra naval do mercenário Lorde Cochrane.

e) Esta revolta não foi pacificada por Luiz Alves de Lima e Silva.

52.(FAC. DIREITO CURITIBA-PR) Ao período relativo a nossa independência, a economia e as finanças do Brasil encontravam-se:

a) Em uma situação de estagnação, porém com o açúcar e o algodão com ligeira reação de preços no mercado

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29História do Brasil - Apostila 01

internacional.b) Com alguns de nossos principais produtos de exportação em

decadência: o ouro pelo esgotamento das minas e o algodão pela concorrência do mercado internacional.

c) Numa situação de crescimento, pois nossos produtos de exportação cresciam internacionalmente.

d) Numa situação péssima, pois as indústrias brasileiras sofrem quase total paralização após a partida da família Real do Brasil.

e) Numa situação de completa estagnação, pois o açúcar e o algodão sofriam a concorrência internacional, o ouro pelo esgotamento das minas e o couro sofria baixa de preço.

53. (PUC-PR) A estrutura social do Brasil, após a independência:

a) Alterou-se radicalmente, com o rápido crescimento da classe média em virtude da política de industrialização de José Bonifácio.

b) Sofreu alterações significativas, na medida em que o desenvolvimento comercial facilitou a expansão da burguesia citadina.

c) Alterou-se bastante, em virtude da participação da classes mais baixas da população na vida política do Primeiro Reinado.

d) Praticamente não conheceu alterações, mantendo-se o controle da classe dominante agrária sobre a economia e a política do Brasil.

e) Sofreu pequenas alterações em virtude do rápido crescimento das camadas médias após o término das restrições e monopólios do pacto colonial.

54. (UEM) - O período da história brasileira que vai de 1822 a 1831 é conhecido como Primeiro Reinado. Sobre esse período histórico, assinale o que for correto.

a) É no início desse período, em 1823, que se reúne a primeira Assembleia Nacional Constituinte do Brasil independente. Porém, antes do encerramento dos trabalhos, essa assembleia é dissolvida por D. Pedro I, temeroso de que os deputados constituintes aprovassem uma constituição limitadora de seus poderes monárquicos.

b) Nesse período, não eclodiu movimento político separatista algum que ameaçasse o poder de D. Pedro I e a integridade territorial e política do Brasil.

c) Durante o Primeiro Reinado, em razão da inexistência de uma Carta constitucional para regular a vida política nacional, D. Pedro I governou os brasileiros de maneira totalmente pessoal e arbitrária.

d) No Primeiro Reinado, diante da menoridade de D. Pedro I, o Brasil foi governado pela chamada Regência Trina Provisória.

e) O Primeiro Reinado foi o período mais liberal do Império, com extensa descentralização política do Estado e ampla e irrestrita participação de negros libertos, brancos pobres e mestiços na vida política nacional.

55. Após a proclamação da Independência, o Brasil adotou como forma de governo a monarquia hereditária, constitucional e representativa. A adoção dessa forma foi:

a) Exigência da Inglaterra, cujo governo era monárquico e de quem o Brasil dependia economicamente.

b) Exigência de D. João VI antes de deixar o Brasil, pressentindo já a separação do Brasil de Portugal.

c) Um instrumento capaz de manter, naquele momento, a

unidade territorial e o sistema escravista.d) Condição imposta pelos países que formavam a Santa

Aliança, para fazer o reconhecimento de nossa independência do Brasil.

e) O meio mais fácil encontrado pelos brasileiros e por D. Pedro para obter das monarquias europeias a aceitação da independência do Brasil.

56. Com respeito ao período denominado na História do Brasil de Primeiro Reinado (1822-1831), podemos considerar verdadeiro:

01) O povo fez a independência, apoderou-se do controle do governo e tratou de orientar a política nacional com seus interesses particulares.

02) Quando falamos em povo, estamos excluindo um grupo que representa quase metade da população total do país: os escravos. A respeito da independência, primeiro reinado, estes simplesmente não pensavam nada. Para eles era indiferente e quem segurava o cabo do chicote eram portugueses ou brasileiros.

04) Iniciados os trabalhos da Assembleia Constituinte de 1823, o Partido Brasileiro apresentou através de Antonio Carlos de Andrada, um projeto de Constituição apelidado de “Constituição da Mandioca” pois estabelecia o voto censitário (voto pela renda) e o critério de que para ser eleitor o cidadão deveria ter uma renda equivalente ao valor de uma determinada quantidade de farinha de mandioca.

08) Em 11 de dezembro e 1823, D. Pedro I mandou cercar com tropas o prédio que funcionava a Assembleia. Os deputados passaram a noite em sessão de emergência - foi chamada ”Noite das Garrafadas” - e no dia 12 o imperador decretou a dissolução da Constituinte “Noite da Agonia”.

16) Em linhas gerais, a Constituição de 1824 — que vigorou até a proclamação da República, em 1889 — estabelecia o seguinte: monarquia constitucional e hereditária, voto censitário, quatro poderes (executivo, legislativo, judiciário e moderador) e união entre a Igreja e o Estado, sendo a religião católica a oficial; era o sistema do “padroado”.

57. (FUND. EDUC. SERRA DOS ÓRGÃOS) Faça a correspondência de relação aos grupos políticos que se formaram no período regencial brasileiro:

a) Grupo dos restauradores.b) Grupo dos moderados.c) Grupo dos exaltados.

( ) Defendia um maior poder administrativo para as províncias e a mudança da Monarquia para a República.

( ) Defendia a volta de D. Pedro I ao Governo do Brasil.( ) Defendia o regime monárquico, mais não estava disposto

a aceitar um Governo absolutista e autoritário.

a) a - b - cb) c - b - ac) c - a - bd) b - a - ce) b - c - a

58. (FAC. DIREITO DE CURITIBA-PR) O período Regencial na história do Brasil apresentava sucessivas crises políticas, ocorrendo mesmo o perigo de fragmentação territorial. Assim, sobre a conturbada fase (1831-1840), é correto afirmar:

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História do Brasil - Apostila 01

I. Lembra na prática, uma experiência republicana traumática, como se fosse uma antecipação da também problemática experiência republicana existente desde 1889.

II. Uma causa das várias rebeliões que eclodiram no período deve-se a ausência da figura do monarca, o único capaz de por si só, impor-se a imaturidade política regionalista.

III. Todas as rebeliões Regenciais foram populares, mostrando a capacidade de mobilização da população brasileira, assim

como o seu bom nível de politização.IV. A eclosão de movimentos revolucionários nas várias

províncias praticamente cessou em 1834, vez que nesse ano, com a promulgação do ato adicional, foram criadas as Assembléias Legislativas Provinciais, dando total autonomia às unidades componentes do Império.

V. A criação da Guarda Nacional, tropa disciplinada, formada por proprietários ou filhos destes, pela Regência Trina Permanente, a pedido do Ministro da Justiça, Padre Feijó, é demonstração cabal de insegurança e conturbação da ordem no Império regencial.

a) Estão corretas I,II,III e IV.b) Estão corretas II,III,IV e V. c) Estão corretas I,II e V.d) Estão corretas I, III e V.e) Todas estão corretas.

59. (OSEC-SP) Sobre as regências de (1831-1840), podemos afirmar que:

a) Foi um período de relativa calma política o qual consolidou a formação do Estado Nacional.

b) Foi um período marcado por muitas crises políticas e agitações sociais mas, ao mesmo tempo, por um grande surto de prosperidade econômica.

c) Foi um período muito conturbado devido às freqüentes crises políticas e as intensas lutas sociais em várias províncias do país.

d) Foi um período de revoltas políticas e sociais que obrigaram a regência a fazer muitas concessões às classes menos favorecidas.

e) Todas as alternativas estão corretas.

60. (UFPR) O período regencial de (1831-1840) pode ser caracterizado como:

01) Período da história política brasileira, compreendida entre a abdicação de D. Pedro I e o golpe de maioridade.

02) Fase caracterizada pelo declínio da produção cafeeira.04) Momento de grande instabilidade político-institucional.08) Fase de movimentos insurrecionais de considerável

conteúdo popular, como a Cabanágem, no Pará, e a Balaiada no Maranhão.

16) Período de estabilidade política e desenvolvimento econômico. Momento político em que se verificou uma maior autonomia das províncias, em decorrência do Ato Adicional (1834).

61.(UTFPR ) - “(…) Esses males, nós os temos suportado em comum com as outras províncias da União Brasileira (…) Para que lançássemos mão das armas, foi preciso a concorrência de outras causas (…) que nos dizem respeito (…) e que nos trouxeram íntima convicção da impossibilidade de avançarmos na carreira da civilização e prosperidade, sujeitos a um Governo

que há formado o projeto iníquo de nos submeter a mais abjeta escravidão”

(Manifesto Farroupilha, de 1838).

Esse documento se referia:

I) aos anseios emancipacionistas de algumas províncias em conflito com o governo regencial e aos interesses dos estancieiros e charqueadores gaúchos em mudar a política tarifária do Império.

II) aos anseios autonomistas de algumas províncias e a determinação de eliminar, gradativamente, o trabalho escravo de todo o território nacional.

III) aos interesses conservadores em eliminar, ainda que pelo uso de armas , a centralização do poder defendida pelos estancieiros e charqueadores do Rio Grande do Sul.

Está(ão) correta(s) somente:

a) I. b) II.c) III.d) I e II.e) I e III.

62. (UNICAMP) O historiador Capistrano de Abreu em sua obra, hoje clássica, Capítulos de História Colonial, assim se refere às bandeiras: Faltam documentos para escrever a história das bandeiras, aliás sempre a mesma: homens munidos de armas de fogo atacam selvagens (...). Bandeiras: O nome provém talvez do costume tupiniquim, referido por Anchieta, de levantar-se uma bandeira em sinal de guerra.

(Adaptado de Capistrano de Abreu, Capítulos de História Colonial, Civilização Brasileira, 1976)

a) Quais eram os objetivos desse movimento, que se iniciou na capitania de São Vicente?

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b) Narre um episódio das bandeiras, usando para isso outras informações históricas pertinentes.

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63. (UNICAMP) Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada situação política: de um lado, passou a pertencer à União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem Pernambuco, através da Companhia das Índias Ocidentais, a partir de 1630.

a) O que foi a União Ibérica?

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História do Brasil - Apostila 01

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b) Dê três motivos para a invasão holandesa no Brasil.

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64. (UNICAMP) O francês Saint-Hilaire, ao visitar no século XIX a região do Distrito dos Diamantes (Minas Gerais), explicou da seguinte maneira como ela fora criada no século XVIII: “Tendo o governo reconhecido que a extração de diamantes por arrendadores era freqüentemente acompanhada por fraudes e abusos, resolveu explorar por sua própria conta as terras diamantinas (...). O Distrito dos Diamantes ficou como que isolado do resto do Universo; situado em um país governado por um poder absoluto, esse distrito foi submetido a um despotismo ainda mais absoluto.” (Auguste de Saint-Hilaire, Viagem pelo distrito dos diamantes e litoral do Brasil, Belo Horizonte, Ed. Itatiaia - São Paulo, Editora Universidade São Paulo, 1974,

vol. 5, p. 14.)

a) Quais as razões pelas quais era importante para a Coroa Portuguesa que o Distrito Diamantino ficasse “como que isolado do resto do Universo”?

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b) Como se dava a exploração das minas por parte da Coroa Portuguesa?

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65. (UNESP) Parece-me cousa mui conveniente mandar Sua Alteza algumas mulheres que lá têm pouco remédio de casamento a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui bem, com tanto que não sejam tais que de todo tenham perdido a vergonha a Deus e ao mundo. E digo que todas casarão mui bem, porque é terra muito grossa e larga (...) De maneira que logo as mulheres terão remédio de vida, e os homens [daqui] remediariam suas almas, e facilmente se povoaria a terra. (Manuel da Nóbrega. Carta do Brasil, 1549.) Tendo como base a carta do padre

Manuel da Nóbrega:

a) Dê uma característica da colonização portuguesa nos seus primeiros tempos.

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b) Por que o jesuíta considera que as mulheres que viessem de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens residentes na colônia “remediariam suas almas”?

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66. (UNESP) As minas do Brasil se vão de dia em dia acabando, como mostra a experiência; muitas delas já não dão nem para as despesas; antigamente (...) tirava-se tanto que só a capitania das Minas Gerais pagava dos direitos dos quintos cem arroubas de ouro todos os anos.

(J. J. da Cunha Azeredo Coutinho. Discurso sobre o estado atual das minas do Brasil, 1804.)

a) Aponte uma das causas do declínio da produção aurífera na região das Minas Gerais na época em que o texto foi escrito.

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b) Indique duas conseqüências econômicas da atividade mi-neradora para a Colônia.

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67. (FUVEST ) “Depois de permanecermos ali pelo espaço de dois meses, durante os quais procedemos ao exame de todas as ilhas e sítios da terra firme, batizou-se toda a região circunvizinha, que fora por nós descoberta, de França Antártica. (...) Em seguida, o senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques de selvagens, que se ofendiam com extrema facilidade e também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor maneira que pôde.” André Thevet, As singularidades da França Antártica, 1556. Tendo por base o texto, indique:

a) A qual região brasileira o autor se refere e por que afirma ter sido “por nós descoberta”?

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b) Quais foram os resultados do estabelecimento da França Antártica?

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História do Brasil - Apostila 01

68. (FUVEST ) As comemorações dos 500 anos do Descobrimento trouxeram à tona duas concepções históricas opostas sobre o Brasil: um admite que a história do Brasil começou com a chegada dos portugueses, em 1500; outra considera que a chegada dos portugueses foi um marco inaugural falso, criado pela visão eurocêntrica do passado brasileiro. O que pode justificar esta última concepção?

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69. (FUVEST ) A dominação espanhola (1580-1640) provocou mudanças no império colonial português; por isto mesmo, D. João IV, que subiu ao trono com a Restauração ocorrida em 1640, teria dito que “o Brasil é a vaca leiteira de Portugal”.

a) Quais mudanças do império derivaram da dominação espanhola?

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b) Que relação há entre as mudanças e a idéia de que o Brasil se tornou a “vaca leiteira” de Portugal?

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70. Qual a principal característica dos movimentos nativistas?

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71. (FUVEST) “Na comunidade doméstica de constituição patriarcal, ainda bem viva durante nosso Império, os escravos constituíam uma simples ampliação do círculo familiar. Por isso e também por motivos compreensíveis de interesse econômico, o bem estar dos escravos devia ser mais caro ao fazendeiro do que o dos colonos.” Sergio Buarque de Holanda. Introdução da obra Memória de um colono no Brasil de Thomas Davatz. Com base no texto,

a) Indique quais os conflitos decorrentes da tradição escravista dos fazendeiros com relação ao emprego da mão-de-obra livre.

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b) Explique o que levou os colonos a deixarem a Europa e virem para o Brasil, apesar dos problemas apontados.

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72. (FUVEST) Sobre a maior mobilidade espacial dos habitantes de São Paulo, no século XVII, Sergio Buarque de Holanda escreveu, em O extremo oeste: “Apartados das grandes linhas naturais de comunicação com o Reino e sem condições para desenvolver de imediato um tipo de economia extrovertida [para o exterior], que torne compensadora a introdução de africanos, [os paulistas] devem contentar-se com as possibilidades mais modestas que proporciona o nativo, o ‘negro’ da terra, como sem malícia costumam dizer, e é para ir buscá-lo que correm o sertão.” Comente e interprete o texto.

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73. (UNICAMP) O historiador José Murilo de Carvalho, analisando o período monárquico no Brasil, afirma: A melhor indicação das dificuldades em estabelecer um sistema nacional de dominação com base na solução monárquica encontra-se nas rebeliões regenciais. (José Murilo de Carvalho, Teatro de Sombras, Ed. UFRJ / Relume - Dumará, p.

230)

a) Identifique três rebeliões regenciais brasileiras.

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b) De que maneira tais revoltas dificultavam a ordem monárquica?

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74. (UNICAMP) Em 1824, Frei Caneca criticou a Constituição outorgada por D. Pedro I dizendo que o poder moderador era a chave mêstra da opressão da nação brasileira e que a Constituição não garantia a independência do Brasil, ameaçava sua integridade e atacava a soberania da nação.

(Baseado em Frei Caneca, “Crítica da Constituição Outorgada”, Ensaios Políticos, RJ, Editora Documentário, p. 70-75)

a) Defina o poder moderador.

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História do Brasil - Apostila 01

b) O que foi a Confederação do Equador, da qual Frei Caneca participou?

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75. (FUVEST ) “Odeio cordialmente as revoluções... Nas reformas deve haver muita prudência... Nada se deve fazer aos saltos, mas tudo por graus como manda a natureza... Nunca fui nem serei absolutista, mas nem por isso me alistarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja e caótica democracia”. (José Bonifácio de Andrada e Silva, 1822). Analise o texto, associando-o ao processo de independência do Brasil no que se refere

a) à forma assumida pela monarquia no Brasil.

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b) à participação popular.

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76. (FUVEST ) Criada pelo Ato Adicional de 1834, a Regência Una (1835 - 1840) é considerada como uma experiência republicana do Império que usou elementos da Constituição dos EUA. Quais determinações do Ato Adicional tornaram possível tal experiência?

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77. (FUVEST ) O artigo 5º da Constituição do Império do Brasil, datada de 1824, dizia o seguinte: “A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo”. Comente o texto constitucional em função:

a) das relações entre Igreja católica e Estado, durante o Império.

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b) da situação das demais religiões no mesmo período.

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GABARITO

01 B 11 55

02 31 12 B

03 27 13 A

04 60 14 E

05 19 15 B

06 45 16 C

07 B 17 A

08 B 18 C

09 A 19 C

10 C 20 A

21 22 31 D 41 C 51 A 61 A 71 *

22 E 32 C 42 07 52 E 62 * 72 *

23 15 33 D 43 15 53 D 63 * 73 *

24 D 34 B 44 D 54 A 64 * 74 *

25 C 35 C 45 E 55 C 65 * 75 *

26 49 36 A 46 A 56 22 66 * 76 *

27 A 37 D 47 A 57 C 67 * 77 *

28 B 38 D 48 B 58 C 68 *

29 A 39 C 49 D 59 C 69 *

30 C 40 07 50 C 60 13 70 *

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História do Brasil - Apostila 01

62. a) Devido ao esgotamento prematuro do ciclo da cana, foram organizadas expedições guerriras que visavam escravisar indígenas, encontrar ouro e destruir quilombos.

b) O bandeirante domingo Jorge ??? contaminadas com varíola para disseminar a doença numa epidemia para dizimar o quilombo de Palmares.

63.a) A anexação de Portugal pela Espanha e por extensão de todo o império portugues, inclusive o Brasil.

b) A guerra dos católicos contra os protestantes, a disputa pelo controle da navegação translatântica e necessidade de recuperar seus investimentos na empresa açucareira.

64.a) Devido a peculiaridade de a mineração de diamantes ser de difícil fiscalização para coibir o contrabando.

b) A corda concedia lotes para exploração e cobrava a quinta parte que era extraída nas “casas de fundição”

65.a) Após uma breve interação amistosa entre indígenas e colonos, logo a disputa territorial e por escravos levou a guerra entre ambos.

b) Por causa da frouxidão dos costumes cristãos, os colonos estavam a fornicar com as índias e as solteiras do reino. Ao casar com eles teriam homens que as provessem.

66.a) A super exploração levou o ouro acessível a tecnologia disponível a época, ao seu esgotamento.

b) O valor da prata tornou-se maior que a do ouro, demais atividades com a pecuária tornaram-se decadentes, levando a dependência do fornecimento de outras regiões.

67.a) A baia de Guanabara e o Território Circunsinho do Rio de Janeiro. Porque não haviam colônias portuguesas na região.

b) Adesão de indígenas locais, os Tamoios, e guerra contra os portugueses.

68. A desconsideração pela história própria dos outros povos não europeus.

69 .a) Desarticulação e crise de empresa açucareira e expansão territorial da colônia pelo bandeirantismo.

b) De que a prosperidade do Reino dependia do que o Brasil lhe fornecesse.

70. Revoltas contra a exploração Lusitana mas não contra os direitos de Portugal sobre o Brasil.

71.a) Como os colonos foram livres, os fazendeiros não se sentiam comprometidos com o destino deles ao mesmo tempo que os exploravam demasiadamente.

b) O avanço das relações capitalistas sobre o campo dissolviam na Europa, as condições materiais de sustentação da sociabilidade tradicionais. Com isso, a América significava a recuperação da vida comunitária.

72. Quanto mais distante do Litoral, mais os colonos apelavam para o emprego da força de trabalho servil dos indígenas, por que distantes da logística economicamente viável ao acesso do fornecimento do tráfico negreiro.

73.a) Revolução Farroupilha, Canabagem e Balaviada.

b) A monarquia buscava se impor como um poder centralizador e as revoltas buscavam o oposto, e até mesmo a indepência.

74.a) O 4o poder foi estabelecido para centralizar todo poder delisório na figura da monarquia esvasiando as atribuições dos demais poderes.

b) Uma das primeiras rebeliões separatistas que tentou formar um país a parte do Brasil a partir de Pernambuco, Ceára, RN e Paraíba.

75.a) A indepêndencia foi localizada pelas forças conservadoras ligadas as elites escravocatas e para preservar as estruturas herdadas da colônia viram a monarquia como sua solução.

b) A adesão popular foi combatida como se deu no caso da fuzilaria em Belem do Pará, pelas forças independetes.

76.a) O ato adicional de 1834 ao instituir assembléias legislativas nas províncias, cortes de justiça sob responsabilidade dos juízes de paz, visava descentralizar federativamente o poder no Brasil.

77.a) O padroado mantém calolicismo predominante como religião oficial como forma de se preservar a monarquia e a ordem social herdada do colonialismo.

b) Só poderiam ser praticadas privadamente, jamais de forma pública.