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2 a SÉRIE ENSINO MÉDIO Caderno do Professor Volume 1 EDUCAÇÃO FÍSICA Linguagens

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2a SÉRIE ENSINO MÉDIOCaderno do ProfessorVolume 1

EDUCAÇÃOFÍSICALinguagens

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MATERIAL DE APOIO AOCURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CADERNO DO PROFESSOR

EDUCAÇÃO FÍSICAENSINO MÉDIO

2a SÉRIEVOLUME 1

Nova edição

2014-2017

governo do estado de são paulo

secretaria da educação

São Paulo

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Governo do Estado de São Paulo

Governador

Geraldo Alckmin

Vice-Governador

Guilherme Afif Domingos

Secretário da Educação

Herman Voorwald

Secretário-Adjunto

João Cardoso Palma Filho

Chefe de Gabinete

Fernando Padula Novaes

Subsecretária de Articulação Regional

Rosania Morales Morroni

Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP

Silvia Andrade da Cunha Galletta

Coordenadora de Gestão da Educação Básica

Maria Elizabete da Costa

Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos

Cleide Bauab Eid Bochixio

Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação

Educacional

Ione Cristina Ribeiro de Assunção

Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares

Ana Leonor Sala Alonso

Coordenadora de Orçamento e Finanças

Claudia Chiaroni Afuso

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Barjas Negri

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Senhoras e senhores docentes,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-

radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que

permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula

de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-

dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação

— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste

programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização

dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações

de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca

por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso

do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-

tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São

Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades

ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,

dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade

da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas

aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam

a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-

ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a

diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.

Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu

trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar

e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.

Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.

Bom trabalho!

Herman VoorwaldSecretário da Educação do Estado de São Paulo

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Orientação sobre os conteúdos do volume 6

Tema 1 – Ginástica de academia 9

Situação de Aprendizagem 1 – Ginástica não é só academia? 12

Atividade Avaliadora 16

Proposta de Situações de Recuperação 18

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 19

Tema 2 – Mídias e ginástica 20

Situação de Aprendizagem 2 – Promessas mil... 22

Atividade Avaliadora 25

Proposta de Situações de Recuperação 26

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 26

Tema 3 – Corpo, saúde e beleza: capacidades físicas 27

Situação de Aprendizagem 3 – Como identifico e avalio minhas capacidades físicas 28

Atividade Avaliadora 34

Proposta de Situações de Recuperação 37

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 37

Tema 4 – Esporte – Modalidade individual: tênis 39

Situação de Aprendizagem 4 – O que sabemos a respeito do tênis? 40

Situação de Aprendizagem 5 – Apreciando uma partida de tênis 43

Situação de Aprendizagem 6 – Tênis em duplas 47

SuMáriO

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Atividade Avaliadora 50

Proposta de Situações de Recuperação 53

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 53

Tema 5 – Corpo, saúde e beleza – Efeitos fisiológicos, morfológicos e psicossociais do treinamento físico 54

Situação de Aprendizagem 7 – Conhecendo os efeitos do treinamento sobre os sistemas do corpo 56

Atividade Avaliadora 64

Proposta de Situações de Recuperação 64

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 65

Tema 6 – Corpo, saúde e beleza – Exercícios resistidos (musculação): benefícios e riscos à saúde nas várias faixas etárias 66

Situação de Aprendizagem 8 – Desvendando o mundo da musculação 69

Situação de Aprendizagem 9 – Musculação e hipertrofia muscular: riscos e benefícios 72

Atividade Avaliadora 79

Proposta de Situações de Recuperação 80

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 80

Quadro de conteúdos do Ensino Médio 82

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OriEnTaçãO SObrE OS COnTEúdOS dO VOLuME

A Educação Física no Ensino Médio deve possibilitar que os alunos confrontem suas experiências de Se-Movimentar no âmbito da Cultura de Movimento juvenil com outras di-mensões do mundo contemporâneo, gerando conteúdos mais próximos de sua vida cotidia-na. Assim, a Educação Física pode tornar-se mais relevante para os alunos, não só duran-te o tempo e o espaço da escolarização, mas, e principalmente, auxiliando-os a compreender a Cultura de Movimento de forma mais crítica. Isso lhes possibilitará participar e intervir nessa cultura com mais recursos e de forma mais au-tônoma. Vale lembrar que os alunos do Ensino Médio, ao longo dos ciclos anteriores de esco-larização, já vivenciaram um amplo conjunto de experiências de Se-Movimentar, incluindo o contato com as codificações das culturas espor-tiva, gímnica, rítmica e das lutas.

Podemos, então, definir como objetivos ge-rais da Educação Física no Ensino Médio: a compreensão do jogo, do esporte, da ginástica, da luta e da atividade rítmica como fenômenos socioculturais em sintonia com os temas do nosso tempo e com a vida dos alunos, amplian-do os conhecimentos no âmbito da Cultura de Movimento; e a ampliação das possibilidades de significação e sentido das experiências de Se-Movimentar em jogos, esportes, ginásticas, lutas e atividades rítmicas, rumo à construção de uma autonomia crítica e autocrítica.

Tomando-se por bases essas considerações, vislumbra-se o Currículo de Educação Física no Ensino Médio como uma rede de inter--relações, que parte dos cinco grandes eixos de conteúdo (jogo, esporte, ginástica, luta e a atividade rítmica) e se cruza com eixos te-máticos interdisciplinares relevantes na so-ciedade, gerando subtemas a serem tratados como conteúdos ao longo das séries. Os eixos temáticos escolhidos (corpo, saúde e beleza; contemporaneidade; mídias; lazer e trabalho) justificam-se por estarem relacionados à cons-trução da Cultura de Movimento contempo-rânea e por serem importantes e atuais para a formação de um jovem no Ensino Médio.

Neste volume, serão abordados os con-teúdos “Esporte” e “Ginástica” e os temas “Mídias”; “Corpo, saúde e beleza” e “Con-temporaneidade”.

Quanto ao conteúdo “Ginástica”, será dis-cutido o fenômeno das academias, com seus modismos, tendências e variados tipos e for-mas de ginásticas, além de suas promessas de melhoria da saúde e embelezamento físico. O que se pretende é que os alunos, além de reco-nhecerem as ginásticas como possibilidades para o seu Se-Movimentar dentro e fora das academias, identifiquem interesses e motiva-ções envolvidos na sua prática e também seu contexto histórico. Serão abordados ainda os

Por Cultura de Movimento entende-se o conjunto de significados ou sentidos, símbolos e códigos que se produzem e reproduzem dinamicamente em jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, ginásticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.

O Se-Movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações e conhecimentos, movimentos, condutas etc.), em sua história de vida, em suas vinculações socioculturais e em seus desejos.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

interesses financeiros implicados nas ginásticas de academia. A finalidade é capacitar o estudan-te para a argumentação consistente ao analisar modismos e tendências da ginástica nos dias atuais e estimulá-lo à autonomia no gerencia-mento das suas experiên cias do Se-Movimentar.

O tema “Mídias” é fundamental para o entendimento da Cultura de Movimento con-temporânea, para que o aluno compreenda as referências externas provenientes da televisão, de revistas, da internet etc., que modelam a percepção, a valorização e a construção do seu Se-Movimentar, muitas vezes atendendo a modelos que apenas dão suporte a interesses mercadológicos e precisam ser submetidos à análise crítica. Neste volume, serão enfatiza-das as relações entre as mídias e as práticas de ginástica, principalmente aquelas desen-volvidas no âmbito das chamadas academias, de modo que os alunos possam relacionar os significados propostos pelas mídias com o seu Se-Movimentar na ginástica e se sintam ca-pazes de analisar criticamente as mensagens midiáticas que tratem desse elemento cultural.

A importância do tema “Corpo, saúde e be-leza” centra-se no fato de que não só as doen-ças relacionadas ao sedentarismo (hipertensão, diabetes, obesidade etc.), mas também o insis-tente chamamento para determinados padrões de beleza corporal, em associação com produ-tos e práticas alimentares e de exercício físico, colocam os alunos do Ensino Médio na “linha de frente” dos cuidados com o corpo e com a saúde. Este volume aprofundará os conceitos e os modos de avaliação das capacidades físicas, visando permitir que os alunos as discriminem do ponto de vista conceitual, identifiquem sua ocorrência nas ginásticas de academia e apli-quem os conhecimentos assim construídos na criação de exercícios ginásticos.

Serão tratados ainda dois subtemas. O pri-meiro refere-se aos efeitos do treinamento fí-sico, com destaque para suas repercussões na

conservação e na promoção da saúde, possi-bilitando a identificação e o reconhecimento da influência do treinamento físico sobre os sistemas orgânicos, bem como da relação en-tre os diversos tipos de exercícios físicos e o desenvolvimento de certas capacidades físicas. O segundo subtema tratará dos exercícios re-sistidos (musculação) e seus possíveis riscos e benefícios à saúde em diferentes faixas etárias, com o objetivo de possibilitar que os alunos identifiquem os princípios que direcionam um programa de musculação, bem como suas dife-rentes aplicações.

No conteúdo “Esporte” será abordado o tênis como exemplo de uma modalidade indi-vidual ainda não conhecida (no sentido de pra-ticada, vivenciada) pelos alunos, com destaque para a importância das técnicas e táticas para o desempenho nessa modalidade e a aprecia-ção do espetáculo esportivo. Contudo, o pro-jeto político-pedagógico da escola poderá op-tar pelo desenvolvimento de outra modalidade esportiva individual. Pretende-se que os alunos possam, além de conhecer aspectos históricos, identificar os princípios técnicos e táticos desse esporte, capacitando-os a analisar e apreciar uma partida de tênis.

O mundo contemporâneo caracteriza--se por grandes transformações, das quais o aumento e a velocidade do fluxo de in-formações é uma das mais impactantes, in-fluenciando os conceitos e as relações que o indivíduo mantém com seu corpo e com as outras pessoas, podendo gerar reações pre-conceituosas em relação a diferenças de sexo, etnia e características físicas, entre outras. Neste volume, o tema “Contemporaneidade” está inter-relacionado às ginásticas de acade-mia e ao tênis e tratará de questões ligadas a diferença, preconceito e expectativas de de-sempenho em relação ao gênero e ao sexo, de modo a evidenciar para os alunos a ne-cessidade de respeitar as diferenças nas expe-riências do Se-Movimentar no esporte e na

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ginástica, identificando e evitando formas de preconceito e discriminação.

É importante ressaltar que tais conteúdos e temas, que terão prosseguimento no próximo volume desta série, devem ser abordados con-forme suas possibilidades de inter-relações. Por exemplo, as mídias exercem papel decisivo na definição dos modelos de beleza corporal he-gemônicos em nossa sociedade, modelos esses cuja reprodução é prometida aos adeptos das ginásticas de academia. Por sua vez, o treina-mento de capacidades físicas, como força e resistência, está presente em diversos tipos e formas de ginástica propostos nas academias. Nesse sentido, os temas “Ginástica”, “Mídias” e “Corpo, saúde e beleza” podem ser desenvol-vidos de modo integrado.

As estratégias escolhidas – que incluem a rea-lização de práticas ginásticas e testes de avaliação de capacidades físicas, busca de informações, en-trevistas com praticantes de ginástica e interpre-tação dos resultados, análise de materiais prove-nientes das mídias, debates, relato das próprias percepções, análise e criação de exercícios ginás-ticos, realização de gestos/movimentos, análise de vídeos, interpretação de dados e vivência de exercícios físicos – procuram ampliar as possibi-lidades de aprendizagem e compreensão dos alu-nos no âmbito da Cultura de Movimento.

A avaliação é proposta de modo integrado ao processo de ensino e aprendizagem, sem se restringir a procedimentos isolados e formais (como uma prova, por exemplo). Sugere-se privilegiar a proposição de Atividades Avalia-doras que, integradas ao percurso de apren-dizagem, favoreçam a elaboração de sínteses relacionadas aos temas e conteúdos aborda-dos, bem como a aplicação, em situações- -problema, das habilidades e competências pretendidas para os alunos.

As Atividades Avaliadoras devem permi-tir aos alunos a geração de informações ou

indícios, qualitativos e quantitativos, verbais e não verbais, que serão então interpretados pelo professor nos termos das expectativas de aprendizagem em relação aos conteúdos. Nesse sentido, o professor pode valer-se de observa-ções sistemáticas sobre interesse, participação e capacidade de cooperação do aluno, autoava-liação, trabalhos e provas escritas, resolução de situações-problema, elaboração e apresentação de situações táticas nos esportes individuais, dramatizações, dentre outros recursos.

Por fim, é importante lembrar que a ava-liação não tem como única finalidade atribuir conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá--los sobre suas aprendizagens, assim como pro-blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica para que essas expectativas sejam atingidas.

A quadra é o tradicional espaço da aula de Educação Física, mas algumas Situações de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas na sala de aula, no pátio exter-no, na biblioteca, na sala de informática ou de vídeo, bem como em espaços da comunidade local, desde que compatíveis com as atividades programadas. Algumas etapas podem ser tam-bém realizadas pelos alunos como atividade extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.).

As orientações e sugestões a seguir visam a oferecer-lhe subsídios para o desenvolvimento dos temas propostos. Não pretendem apresen-tar as Situações de Aprendizagem como as úni-cas a serem realizadas, nem restringir a sua cria-tividade, como professor, para outras atividades ou variações de abordagem dos mesmos temas.

As Situações de Aprendizagem aqui suge-ridas também poderão ser enriquecidas com leitura de textos (adequados ao nível do En-sino Médio) e exibição de filmes relacionados aos temas. Sugestões nesse âmbito serão apre-sentadas ao longo deste volume.

Isso posto, professor, bom trabalho!

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

TEMa 1 – GináSTiCa dE aCadEMia

No Brasil, os espaços privados para a prá-tica da ginástica, que hoje conhecemos por “academias”, surgiram na década de 1930, na cidade do Rio de Janeiro, sob influência de métodos ginásticos europeus do início do século XX. Na década de 1960, além da ca-listenia, muitas academias dedicavam-se ao “levantamento de peso”, prática associada ao halterofilismo.

Nos anos 1980, a ginástica aeróbica ga-nhou grande espaço nas academias, benefi-ciando-se da popularidade do conceito de “exercício aeróbio”, difundido na década anterior pelo médico estadunidense Kenneth Cooper (criador do que ficou conhecido como Método Cooper), e pelos vídeos de ginástica (com ênfase na ginástica localizada) produ-zidos pela atriz também estadunidense Jane Fonda. Contudo, caracterizada pela exces-siva presença de saltitos e giros, realizados sem a devida preocupação com a postura, a ginástica aeróbica dos anos 1980 levou ao aparecimento de lesões articulares em seus praticantes – daí a denominação “ginástica de alto impacto”, pela qual ficou conhecida. Surge, então, a ginástica aeróbica de baixo impacto, que busca minimizar os efeitos lesi-vos às articulações, seguida do step trainning, ginástica que alterna movimentos de subida e descida de um pequeno degrau.

As esteiras rolantes e bicicletas ergométricas logo chegaram como alternativas à exercitação aeróbia. A hidroginástica (ginástica realizada na piscina) agrega exercícios da ginástica loca-lizada e da ginástica aeróbica, com a vantagem de a água minimizar o impacto na articulação dos joelhos e servir, ao mesmo tempo, de fator de resistência para os movimentos, potenciali-zando o efeito dos exercícios.

Atualmente, a ginástica localizada segue os princípios da teoria do treinamento físico e, em obediência a princípios biomecânicos e anatômicos, busca isolar os grupamentos mus-culares que se deseja atingir, além de atender a diferentes finalidades – emagrecimento, deli-neamento ou hipertrofia muscular, resistência muscular etc. –, e com isso promete atender aos apelos estéticos dos praticantes. Seus exer-cícios podem valer-se do peso do próprio cor-po ou utilizar pequenos pesos, como halteres e caneleiras. Por isso, às vezes, a ginástica loca-lizada é confundida com a ginástica batizada de “musculação”, embora esta se caracterize mais pelo uso de máquinas sofisticadas, de alta eficiência no isolamento dos músculos e na gradação da carga.

Nos últimos anos, cresceram em larga es-cala os programas padronizados de ginástica, concebidos e comercializados por empresas especializadas, com forte apoio de estratégias de marketing. Por exemplo, o sistema body – bodypump, bodystep etc. –, que surgiu na Nova Zelândia e tem nas academias brasileiras seus melhores clientes. A desvantagem desses pro-gramas é que, ao padronizar os exercícios e sua progressão, perdem de vista a heterogenei-dade e a individualidade dos praticantes.

Além de trazer para o seu interior os avan-ços técnico-científicos no campo do treina-mento físico, as academias buscaram diversi-ficar suas práticas para atrair novos clientes e diminuir a evasão, pois grande parte das pes-soas interrompe, periódica ou definitivamente, a frequência às academias. Sabe-se que, com a chegada do verão, o número de usuários das academias aumenta significativamente. De-zenas de diferentes práticas são oferecidas hoje nas inúmeras academias espalhadas por

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todo o Brasil. No Estado de São Paulo, é raro o município que não conte com pelo menos uma academia de ginástica. Muitas das práti-cas nelas oferecidas desaparecem tão rapida-mente como surgiram.

Tendência recente é a ginástica fast-food – analogia com os estabelecimentos que oferecem lanches e refeições “rápidas”. São academias que prometem efeitos estéticos e de melhoria da saúde e qualidade de vida com um circuito de exercícios que combina os aeróbios e os de força muscular, com duração de 30 minutos e frequência de três vezes por semana.

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O fenômeno do surgimento, proliferação e diversificação das academias de ginástica pode ser entendido na perspectiva do cresci-mento dos espaços privados de lazer e servi-ços e considerando-se a simultânea redução e degradação dos espaços públicos – em ruas, praças e parques, estamos sujeitos a violência, poluição, falta de limpeza, má conservação etc. Além disso, a quase ausência de políticas públicas de lazer e esporte não estimula con-

Figura 1 – Variedade de práticas ofertadas em uma academia.

venientemente o acesso às instalações espor-tivas mantidas pelos poderes municipal, esta-dual ou federal.

As academias de ginástica surgem, então, como alternativa no chamado “mercado do corpo e do fitness”, que vende promessas de beleza e saúde, por meio de produtos e ser-viços, para parcelas cada vez maiores da po-pulação. Não sendo mais restritas à classe média alta, oferecem, em um só local, prá-ticas ginásticas diversificadas, o que permi-te atender a vários interesses no âmbito do Se-Movimentar.

Todavia, ao se beneficiarem da difusão, por parte das mídias, de um modelo de be-leza corporal cada vez mais predominante – caracterizado pela magreza, no caso das mulheres, e pela hipertrofia muscular, no caso dos homens –, as academias, apoiadas por estratégias de propaganda e marketing, prometem “milagres”. Por exemplo, “fique em forma para o verão em apenas um mês”, atraindo novos interessados que pagam pelos serviços prestados.

Mas será que a ginástica só serve para emagrecer e, consequentemente, atender a um padrão de beleza imposto pelas mídias? Não há nela, em seus diversos tipos e formas, ou-tros valores e sentidos? Relaxamento, bem--estar, sociabilização, melhoria da condição física geral, reabilitação física: as diferentes ginásticas podem ter sentidos diversificados para diferentes pessoas.

Outra problematização que deve ser apre-sentada aos alunos é se a ginástica só pode ser praticada no interior das academias. Há um conjunto de práticas ginásticas que podem ser realizadas em outros espaços, como cami-nhada, corrida, exercícios de flexibilidade e exercícios localizados que utilizam o peso do próprio corpo.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

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Figuras 2 e 3 – Basta um pouco de criatividade para adaptar equipamentos e praticar ginástica em qualquer lugar; um banco de jardim, para abdominais, ou uma garrafa PET cheia de areia, que, além de servir de peso para a ginástica localizada, ainda contribui para a reutilização de material descartável.

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Conteúdo e temas: história das academias: origem e diversificação; interesses e motivações na prática das ginásticas em academias ou em outros espaços.

Competências e habilidades: reconhecer a participação nas ginásticas como possibilidades do Se-Movi-mentar; identificar interesses e motivações envolvidos na prática dos diversos tipos e formas de ginástica; identificar as tendências das ginásticas de academia nas suas relações com o contexto histórico e os interes-ses mercadológicos; reconhecer que há tipos e formas de ginástica que podem ser praticados fora das aca-demias; selecionar, relacionar e interpretar informações e conhecimentos sobre ginástica, para construir argumentação consistente e coerente na análise de modismos e tendências da ginástica.

Sugestão de recursos: papel; caneta; pincel atômico ou giz; cartolina ou lousa.

Para que os alunos possam usufruir com mais amplitude da ginástica como possi-bilidade do Se-Movimentar, é preciso que gerenciem autonomamente suas próprias práticas. Esse processo não é favorecido pe-las academias, na medida em que elas criam uma relação de dependência com seus usuá-rios – tanto ao oferecer programas “prontos”

e padronizados como ao omitir informações que permitam a compreensão dos processos fisiológicos e psicossociais, econômicos e mercadológicos (entre eles modismo e consu-mismo) envolvidos. Oferecer conhecimento e proporcionar algum domínio desses proces-sos é uma das tarefas que cabem à Educação Física no Ensino Médio.

SITuAçãO DE APRENDIZAGEM 1 GINÁSTICA NãO É SÓ ACADEMIA?

Inicia-se a Situação de Aprendizagem com uma simulação de atividades de ginás-tica realizadas em academias, oportunidade em que os alunos tomarão contato com a variedade de práticas realizadas nesse con-texto. Posteriormente, propõe-se aos alunos uma discussão sobre a origem, a prolifera-ção e a diversificação das academias em nos-sa sociedade, com vistas a compreenderem melhor esse fenômeno contemporâneo. Em

seguida, os alunos pesquisarão dados sobre práticas preferidas e motivos pelos quais as pessoas praticam ginásticas em academias ou em outros espaços, bem como farão o mapeamento dos resultados dessa pesquisa. Por fim, sugerem-se questões para que os alunos possam compreender mais critica-mente o fenômeno das academias. Na Ativi-dade Avaliadora, solicita-se aos alunos que produzam um texto-síntese sobre o tema.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema “Ginásticas de academia” (práticas contemporâneas, processo histórico, modismos e tendências) poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas Filosofia e Sociologia, na medida em que envolve conteúdos como “mercado do corpo” e “autonomia”, e com a disciplina Língua Portuguesa (produção de textos). Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará aos alunos a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Caro professor, sugerimos iniciar a Situação de Aprendizagem com a seção “Para começo de conversa”, presente no Caderno do Aluno. Assim, será possível conhecer um pouco do que seu aluno sabe sobre o tema a ser trabalhado.

Se perguntarmos a nossos pais ou avós, descobriremos que as acade-mias de ginástica são um fenômeno recente. Foi a partir da década de

1980, com a ginástica aeróbica e o apoio da mídia, que as academias se disseminaram por todo o Brasil. Ao longo dos anos, esses estabe-lecimentos adotaram práticas cada vez menos lesivas, com menos impacto, atendendo aos princípios do treinamento físico. Por outro lado, investiram em modismos e reforçaram os padrões de beleza veiculados pela mídia. Em geral, quem frequenta uma academia bus-ca resultados estéticos, o que pode ser saudá-vel, desde que não se torne uma obsessão e, principalmente, não se utilizem substâncias proibidas para alcançar tais resultados.

Atualmente, há uma grande variedade de práticas disponíveis nesses locais: natação, lu-tas, ginás tica localizada, aeroboxe, spinning, jump fit, musculação, ioga, alongamento, step, bodypump, bodycombat, enfim, qualquer coisa que se queira fazer. Mas o que nós queremos discutir com você é: Será que só é possível fazer exercício físico nas academias? Enquanto pen-sa, vamos ver se você conhece estas atividades.

1. Escreva o nome das atividades a seguir:

a) Musculação. e) Aeroboxe.

d) Bodypump.

c) Step.

b) Spinning.

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2. Agora responda: Só é possível fazer exercí-cio físico nas academias?É provável que os alunos saibam que as academias não são a

única opção para a prática de atividades físicas. Esta sonda-

gem inicial serve para introduzir a discussão acerca das práti-

cas em outros ambientes.

desenvolvimento da Situação de aprendizagem 1

Etapa 1 – Simulando as academias

Sugira aos alunos que reproduzam algu-mas situações características de atividade ginástica vivenciadas por eles em academias ou observadas em programas de televisão. Vários alunos, por certo, já frequentaram ou frequentam academias de ginástica. Se nenhum aluno tiver essa experiência, sugira alguns exemplos de atividades. A intenção, neste momento, é apresentar a eles um gran-de painel sobre atividades ginásticas reali-zadas em academias. Posteriormente a essa simulação, na mesma aula ou na seguinte, discuta com os alunos sobre os motivos que explicam a proliferação das academias, os interesses e as motivações que levam muitas pessoas a buscar ginásticas de academia, a tendência à padronização dos exercícios rea-lizados nesses locais, o mercado do corpo, os padrões de beleza reinantes nas academias ou, ainda, outros temas pertinentes.

Etapa 2 – Os praticantes de ginástica são...

Proponha aos alunos que, divididos em grupos, façam entrevistas com pelo menos cinco frequentadores de academias de ginás-tica e com pessoas que realizam periodica-mente caminhadas, corridas ou outro tipo de ginástica, desde que realizada fora das academias. Oriente-os a coletar dados sobre os entrevistados (sexo, idade etc.), o tipo de ginástica praticada, o motivo que os leva a praticá-la, há quanto tempo praticam-na, e

outras questões pertinentes. Peça à primeira metade do grupo que entreviste usuários de academias; à outra metade, peça que conver-se com praticantes em outros ambientes ou instituições que não as academias.

Com os dados apresentados das entrevis-tas, faça um mapeamento desse material. Isso possibilitará a construção e a apresentação dos resultados em forma de tabelas ou grá-ficos que evidenciem os motivos que levam as pessoas de diferentes faixas etárias a bus-car a ginástica, em academia ou fora dela, e também a preferência de práticas em relação ao gênero ou outra variável. Poderá também ser observada a relação entre os motivos que levam o usuário à prática de determinada ati-vidade e a identificação dessa ginástica com as tendências de determinada estação do ano (o verão, por exemplo). É importante, nes-se processo, a comparação entre os motivos apresentados pelos frequentadores de acade-mias e os fornecidos por praticantes de ginás-tica fora das academias.

Identificando os padrões de beleza

Alguns de vocês talvez sejam frequenta-dores de academia, outros não. Vamos ve-rificar as diferenças entre os que praticam exercícios físicos em academias e os que pra-ticam exercícios fora delas – corredores de rua, praticantes de tai chi chuan no parque, participantes de grupos de caminhada etc. Se você é um sedentário, daqueles que deixam o contorno do corpo marcado no sofá, se no controle remoto o botão correspondente ao seu canal preferido já está meio apagado, se o videogame que você ganhou no Natal já pa-rece sucata ou, ainda, se na maioria das suas fotos dos dois últimos anos você aparece ao lado de um computador, quem sabe você não se anime ao conhecer esses praticantes de ati-vidades físicas?

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Reúna-se com alguns colegas e entrevistem pelo menos cinco praticantes de exercícios físicos; durante as entrevistas preencham as fichas reproduzidas a seguir. Lembrem-se: se

vocês forem a uma academia, devem pedir au-torização ao coordenador para realizar a pes-quisa com os frequentadores; além disso, as entrevistas devem ser previamente agendadas.

nome

Sexo

idade

atividade que pratica

Lugar onde pratica

Quando começou a praticar

Motivo (vontade própria ou recomendação de outra pessoa)

Objetivo

Frequência

Espera-se que os alunos percebam as diferenças e semelhanças entre os praticantes de exercícios de academias e os que fazem ativi-

dades físicas em outros espaços, que reflitam sobre as razões de algumas práticas serem preteridas em relação a outras. Espera-se ainda

que infiram a influência do gênero, bem como da estética, sobre as escolhas dos praticantes. E, por fim, pretende-se que reflitam sobre

suas próprias escolhas.

Etapa 3 – nossa opinião sobre os praticantes é...

Depois da apresentação dos resultados da pesquisa, peça aos alunos que busquem ex-trair conclusões parciais da análise das tabelas geradas com os dados obtidos nas entrevistas.

Professor, para esta etapa, instrua os alunos a responder às perguntas apresentadas na se-gunda parte da seção “Pesquisa em grupo”.

Após a dinâmica realizada em sala de aula, respondam:

1. Os praticantes de exercícios físicos de acade-mia têm objetivos diferentes dos apontados pelos outros praticantes?

2. Entre as práticas mencionadas pelos entre-vistados, quais são as mais procuradas?

3. Elas variam de acordo com a idade e o gê-nero do praticante?

4. Com que práticas vocês se identificam?

5. Discutam o que vocês entendem pela ex-pressão “mercado do corpo”.

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Com esses dados, proponha uma dinâ-mica de discussão entre os alunos. Peça a eles que se organizem em grupos e, durante 15 minutos, discutam o tema com base nos dados das entrevistas, elaborando sínteses parciais. Em seguida, proponha a fusão de grupos (cada dois grupos formam um novo grupo), os quais, também por 15 minutos, compartilharão as conclusões iniciais, pro-curando perceber as diferenças de opiniões presentes na síntese parcial, elaborando, por fim, uma nova síntese a ser apresenta-da a todos os outros grupos. Essa forma de organização no trabalho em grupos otimi-za o tempo e diminui a possibilidade de os grupos seguidamente repetirem as mesmas afirmações. Você poderá auxiliar os alunos nas apresentações, procurando aproximar respostas (conclusões parciais) e temas.

Sugira algumas questões para nortear as dis-cussões entre os alunos, como: Por que as pessoas procuram as academias? O que leva os proprietá-rios de academias a diversificar espaços e propos-tas de práticas de atividades? Quais as diferenças e semelhanças entre a prática de ginástica em academias e fora delas? Quais os significados que cada grupo dá à prática de ginástica? O que você entende por “mercado do corpo”?

Para a conclusão desta etapa, aprofunde os temas “mercado do corpo”, “atividade de academia e perda de autonomia”, “relação da proliferação de ofertas e público para acade-mias com a diminuição de espaços públicos para ginástica”, além de outros que porventu-ra surjam ao longo das etapas, como as cha-madas “academias ao ar livre”, existentes em algumas localidades.

ATIVIDADE AVALIADORA

Peça aos alunos que, individualmente e com base nas discussões e atividades rea-lizadas ao longo das aulas, produzam um texto-síntese que contemple as seguintes questões:

f Quais são os interesses e as motivações que me levam à procura pela prática de alguma forma de ginástica?

f Com que práticas ginásticas eu me identifico? f Qual a contribuição das academias para que eu construa minha autonomia na prá-tica da ginástica?

f Posso praticar ginástica fora das acade-mias? Como?

f Qual a importância da prática da ginástica para as pessoas em geral?

Verifique se, na argumentação, os alunos utilizam de modo consistente e coerente as

informações apresentadas no trabalho em grupo, se identificam os interesses e motiva-ções envolvidos nas ginásticas de academia, se explicitam as possibilidades da ginástica para suas experiências de Se-Movimentar. Após a leitura dos textos, faça as complementações e esclarecimentos que julgar relevantes.

Agora, professor, sugira aos alunos que, para a próxima aula, preparem a atividade descrita na seção “Lição de casa”.

Escreva um texto-síntese relatando as conclusões da turma com base nos dados coletados nas entrevistas.As conclusões dos alunos dependem dos dados

coletados. Mas a expectativa é que cheguem a conclusões

próximas das apontadas na pesquisa ou que identifiquem

questões que possam contribuir para a melhoria do próprio

senso crítico.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Programas de exercícios podem ser realizados com ou sem aparelhos. As máqui-nas utilizadas na musculação são criações relativamente recentes e, antes delas, o peso do próprio corpo e implementos improvisados eram utilizados como recur-sos. Claro que o ambiente das academias é um atrativo, mas a impossibilidade de frequentá-las não significa que não se possa praticar exercícios.

Vamos ver alguns exemplos. Relacione as práticas que cumprem o mesmo ob-jetivo dentro e fora da academia, ligando as figuras em que se executam os mesmos movimentos:

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2• • B

desafio!

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1. Complete a tabela com as atividades praticadas na academia e as práticas que po-dem ser realizadas em outros locais.

academia Parques, ruas de lazer, clubes etc.

O aluno deve apontar atividades praticadas nas academias e possibilidades de realizá-las em outros espaços.

2. Agora responda:

a) Você pratica alguma das atividades regis-tradas na tabela anterior? Qual? Por quê?

b) Você gostaria de praticar outra ativida-de? Qual? Por quê?

c) É possível executá-la fora da academia? Onde e como?

Observadas as questões a, b e c conjuntamente, espera-se

que, a partir da identificação com uma das atividades, os

alunos vislumbrem a possibilidade de praticá-la em outro

ambiente, adaptando-a, se necessário, bem como atribuindo

sentido às suas argumentações.

Durante o percurso pelas várias etapas da Si-tuação de Aprendizagem, talvez alguns alunos não apreendam os conteúdos da forma espera-da. Serão necessárias, professor, outras Situa-ções de Aprendizagem que permitam ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais Situações de Aprendizagem podem ser desen-volvidas durante as aulas ou em outros momen-tos, individualmente ou em pequenos grupos, envolvendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentam dificuldades. Por exemplo:

PROPOSTA DE SITuAçÕES DE RECuPERAçãO

f roteiro de estudos com perguntas nortea-doras elaboradas por você, para posterior apresentação em registro escrito;

f pesquisa em sites ou em outras fontes para posterior apresentação;

f reapresentação da Atividade Avaliadora, desenvolvida em outra linguagem (por exemplo, dramatizar a argumentação contida em um texto escrito, ou apresen-tá-la com imagens extraídas de diversas mídias).

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Livros

FRAGA, Alex B. Exercício da informação: go-verno dos corpos no mercado da vida ativa. São Paulo: Autores Associados, 2006. Denuncia como o discurso do “estilo de vida saudável e ativa” por meio das atividades físicas – sustenta-do em saberes biomédicos – esconde estratégias de controle sobre a educação corporal, a saúde e a autonomia dos indivíduos.

NOVAES, Jefferson; SILVEIRA NETO, Eduar-do. Ginástica de academia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 1996. Apresenta dados históri-cos sobre o surgimento das academias no Brasil, além de abordar os princípios teóricos e diretrizes para a prática da ginástica de academia.

SABA, Fábio. Aderência à prática do exercício físico em academias. São Paulo: Manole, 2001. Analisa como a aderência – entendida como conjunto de determinantes pessoais e ambientais – pode proporcionar a continuidade da participa-ção das pessoas em programas de exercício físi-co, minimizando a desistência. Relata estudo de campo com dados sobre as academias no Brasil.

artigo

SECRETARIA DE ESTADO DE EDuCA-çãO DE MINAS GERAIS. Tipos, caracte-

rísticas e finalidades: ginástica geral, ginástica de academia e exercícios físicos. Orientações pedagógicas: Educação Física – Ensino Médio. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br/SISTEMA_CRV/documentos/op/em/educacaofisica/2010-08/op-em-ef-20.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2013. Apresenta informações sobre as tendências recentes das ginásticas de academia e aponta como elas influenciam os interesses e as motivações dos jovens. Sugere alternativas para práticas de atividades físicas/exercícios, comparando-as com as ginásticas de academia em termos de características, vantagens e desvantagens.

Filme

Garotas formosas (Phat girlz). Direção: Nnegest Likké. EuA, 2006. 98 min. 16 anos. A personagem principal é uma estilista obesa e muito simpática que, em um mun-do de aparências e medidas minúsculas, en-contra dificuldades de aceitação e se mete em situações muito divertidas. Ela ganha uma viagem com as despesas pagas para um maravilhoso resort e lá conhece o ho-mem dos seus sonhos, que delicadamente lhe apresenta aspectos sociais, econômicos e culturais relacionados aos padrões de be-leza femininos.

RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA

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TEMa 2 – MÍdiaS E GináSTiCa

As mídias (jornais, revistas, televisão, cine-ma, outdoors, internet etc.) são as principais responsáveis pela difusão de modelos de be-leza em nossa sociedade. Em jornais, revistas, televisão ou cinema, o “ideal” de beleza fe-minino é associado à juventude, pele e olhos claros, magreza, corpo cheio de “curvas” etc., assim como em relação à beleza masculina, esse conceito é associado a homens jovens, brancos, magros e musculosos.

Algumas teorias da comunicação sugerem que as mídias possuem a capacidade de nos convencer e persuadir e que a propaganda, por exemplo, cria necessidades de consu-mo, e por isso compramos coisas de que, se pensarmos bem, não precisaríamos. Outras teorias propõem que as mídias não intervêm assim tão diretamente, mas influenciam o modo como construímos a imagem da rea-lidade social e como escolhemos os assuntos que julgamos ser importantes para nossa vida, modelando, portanto, nossos modos de pensar, sentir e agir.

De qualquer modo, há consenso de que as mídias exercem influência decisiva no âmbito da Cultura de Movimento ao propor enten-dimentos do que são e para que servem o es-porte, a ginástica, a dança etc. E fazem isso não de modo “neutro” ou balizadas apenas por critérios técnico-científicos, mas de modo interessado, para vender, além de si mesmas, produtos e serviços. Por isso, as mídias não só divulgam o esporte, a ginástica etc., mas são agentes que participam decisivamente no pro-cesso de transformação dessas práticas (mu-dança de regras nos esportes, por exemplo) e na constituição de novas formas de consumo (vestuário esportivo, equipamentos como es-teiras rolantes e aparelhos de eletroestimula-ção muscular etc.).

Por sua vez, a ginástica, em seus vários ti-pos e formas, é associada à busca desse ideal. Basta prestar atenção em revistas voltadas ao público adolescente e jovem (em especial ao fe-minino), à venda em qualquer banca de jornal, e constatar o que apenas sugerem ou mesmo o que prometem explicitamente: emagrecimento (em conjugação com dietas, cosméticos e cirur-gias), acompanhado de definição e hipertrofia muscular. Nota-se ainda a tendência de indicar a ginástica aeróbica, a caminhada e a corrida com o objetivo de perder calorias (e, portanto, emagrecer), e a ginástica localizada e a mus-culação para definição e hipertrofia muscular. Para as mulheres, enfatizam-se os exercícios para glúteos e coxas, e para os homens, braços e peitoral.

Percebe-se ainda que as matérias que sugerem programas de exercícios ou as pro-pagandas de equipamentos domésticos (para realizar exercícios abdominais, por exemplo) prometem efeitos rápidos com pouco esforço. Raramente é apresentada alguma fundamen-tação técnico-científica coerente e adequada para validar tais promessas.

Poucas vezes, em matérias publicadas em revistas ou em jornais, em programas televi-sivos ou em propagandas, a ginástica é as-sociada ao desenvolvimento – possível para todos – de uma boa condição física geral, ou associada a bem-estar, relaxamento, sociabili-zação etc.

A escola precisa apostar no desenvolvi-mento da capacidade crítica dos alunos diante das mídias – e “criticá-las”, a partir da análise dos critérios que presidem um dado fenôme-no. Isso porque os consumidores das mídias (todos nós, na condição de leitores, telespecta-dores etc.) não são necessariamente passivos

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Figuras 4 e 5 – Mulheres são estimuladas a realizar mais exercícios para nádegas e membros inferiores, e homens, para braços e peitorais.

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diante delas. Somos capazes de desvendar os mecanismos de seus discursos (construídos com palavras, sons e imagens), isto é, interpre-tá-los criticamente. Para isso, é preciso que a escola se posicione como mediadora entre os alunos e as mídias, fornecendo aos jovens ins-trumentos para efetuar tal interpretação crí-tica e, dessa maneira, compreender-se melhor como leitores, telespectadores etc.

A Educação Física como disciplina esco-lar precisa apresentar aos alunos atividades que permitam evidenciar os interesses e as estratégias das mídias no âmbito da Cultura de Movimento (em especial no campo do es-porte e da ginástica). Isso contribuirá para a formação de cidadãos críticos diante dessas agências sociais tão importantes no mundo contemporâneo.

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema “Mídias e ginástica” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas Filosofia e Sociologia, na medida em que envolve conteúdos como “mercado do corpo” e “gênero”, com Língua Portuguesa e Literatura, na produção de textos, e com Arte, na produção de uma capa de revista ou de uma dramatização. Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa fará que os alunos compreendam os conteúdos de forma mais global e integrada.

SITuAçãO DE APRENDIZAGEM 2 PROMESSAS MIL...

Parte-se da análise de matérias ou pro-pagandas que tenham a ginástica por tema, extraídas de revistas, jornais, internet ou tele-visão. A seguir, propõe-se o mapeamento dos dados, buscando evidenciar os padrões de ca-racterísticas das pessoas envolvidas nas maté-rias, os tipos de exercícios e efeitos prometidos

etc. Na Atividade Avaliadora, sugere-se a pro-dução, por parte dos alunos, de uma capa de revista ou de uma propaganda que evidencie outros significados e sentidos para a prática da ginástica. Esta Situação de Aprendizagem poderá ser desenvolvida em conjunto com o tema “Ginásticas de academia”.

Conteúdo e temas: significados e sentidos da ginástica no discurso das mídias; mídias e padrões de beleza corporal.

Competências e habilidades: perceber a associação promovida pelas mídias entre ginástica e padrões de beleza; relacionar os significados e os sentidos propostos pelas mídias às próprias experiências do Se-Movi-mentar na ginástica; analisar criticamente produtos e mensagens da mídia que tratem da ginástica.

Sugestão de recursos: computador com acesso à internet; papel; caneta; cola; pincéis atômicos de várias cores; câmara filmadora (opcional).

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

desenvolvimento da Situação de aprendizagem 2

Professor, a fim de iniciar esta Situação de Aprendizagem e fomentar as discussões, você pode utilizar a seção “Para começo de conver-sa”, do Caderno do Aluno, a qual lhe permi-tirá identificar os conhecimentos prévios da turma acerca do tema.

que anunciam seus produtos. Desse mercado participam a indústria de alimentos dietéti-cos, a de equipamentos esportivos, a de cos-méticos, as academias, as clínicas de cirurgia plástica etc. Esse é o chamado “mercado do corpo”, que não teria um apelo tão grande sem a ajuda da mídia. Você já deve ter nota-do que em revistas, na internet e na televisão sempre aparecem homens e mulheres “perfei-tos” e que, de maneira implícita ou declara-da, há uma censura àqueles que estão fora do padrão de beleza.

Com base nas informações anteriores, responda:

1. O que os diferentes meios de comunica-ção propõem ou prometem em relação à ginástica?Propõem/prometem que ao adotar os procedimentos veicu-

lados pelos meios de comunicação, o consumidor obtém,

em curto intervalo de tempo, os resultados prometidos.

2. A ginástica pode ter outros objetivos além dos veiculados pela mídia?Sim. Principalmente os de bem-estar e saúde.

3. Você acredita nas promessas feitas pelo mercado do corpo e pela mídia? Por quê?Espera-se que o aluno reflita sobre as suas crenças em rela-

ção às promessas de resultados oferecidas pela mídia.

Etapa 1 – análise de matérias ou de propagandas

Solicite previamente aos alunos que pes-quisem, em revistas, jornais, sites, televisão etc., matérias ou propagandas que tratem do assunto ginástica. Em grupos, os alunos deve-rão enumerar os tipos e as formas de ginástica que são objetos dessas matérias ou propagan-das. Deverão também indicar os exercícios propostos e os respectivos objetivos e efeitos (emagrecimento, hipertrofia muscular, resis-tência aeróbia etc.). Deverão ainda apontar se esses exercícios são propostos especificamen-

A busca pelo corpo magro, por parte de algumas meninas, e pelo corpo hipertrofiado, por parte de alguns meninos, movimenta um

grande mercado que promete tornar o corpo de seus consumidores igual ao dos modelos

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Figuras 6 e 7.

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te para homens ou mulheres (ou ambos os sexos), bem como informar o tempo propos-to para alcançar os objetivos pretendidos, as capacidades físicas envolvidas nos exercícios propostos e as características físicas das pes-soas que aparecem nas imagens das matérias ou propagandas.

Professor, para a realização desta eta-pa, você pode recorrer à primeira parte da

“Pesquisa em grupo”, descrita no Caderno do Aluno.

1. Pesquisem em jornais, revis-tas, sites ou na TV matérias ou propagandas sobre ginástica e identifiquem, no material cole-

tado, as respostas para as questões apre-sentadas na tabela a seguir. Feito isso, completem a coluna da direita.

Matérias/propagandas sobre ginástica

a) Quais são os objetivos propostos e os efei-tos prometidos nas práticas oferecidas?

b) Os exercícios são destinados a homens, mulheres ou ambos?

c) Quais são as características físicas das pessoas que aparecem nas imagens?

d) Qual é o tempo proposto para que as pes-soas alcancem o resultado pretendido?

Etapa 2 – Mapeamento e discussão

Em conjunto com os alunos, realize o ma-peamento dos dados, buscando evidenciar as seguintes questões: Quais são os tipos e as formas de ginástica, os objetivos e os efeitos propostos mais frequentes, para quais sexos e os menos frequentes ou ausentes (por exem-plo, relaxamento, interação social etc.)? Quais as capacidades físicas mais envolvidas e as menos envolvidas ou ausentes? Qual o tempo proposto para alcançar os objetivos e os efei-tos prometidos? Quais as características físicas mais frequentes das pessoas que aparecem nas imagens? Qual é a relação dessas características com os padrões de beleza predominantes em nossa sociedade? Você pode acrescentar outros tópicos considerados pertinentes. Procure des-tacar a importância das imagens como fator de convencimento do leitor ou telespectador.

Professor, para mapear os dados solicita-dos e sugeridos, você pode recomendar aos alunos a realização das atividades 2 e 3 da se-ção “Pesquisa em grupo”.

2. Agora discuta com seus colegas:

a) Quais são os efeitos que as matérias e propagandas sobre ginástica prometem com maior frequência para os homens?

b) E para as mulheres?

c) Os personagens que aparecem nas ma-térias e propagandas possuem caracte-rísticas físicas que refletem o padrão de beleza da nossa sociedade? Exemplifi-que a sua resposta.

d) As imagens têm influência na formação

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Observações

ATIVIDADE AVALIADORA

Considere as seguintes questões:

f O que as diferentes mídias (televisão, re-vistas, jornais, internet etc.) propõem ou prometem em relação à ginástica?

f Por que as pessoas acreditam nessas pro-messas? Eu acredito nessas promessas?

f A ginástica pode ter outros valores e ob-jetivos além dos predominantemente apre-goados pelas mídias?

Solicite aos alunos que, em grupos, elabo-rem uma capa de revista, uma propaganda ou uma curta matéria jornalística em que se

nome atividade Capacidade

Pedro Musculação Força

de opinião do leitor ou do espectador? Exemplifique a sua resposta.

Na tabela, a coluna da esquerda funciona como um rotei-

ro. As respostas vão depender do material coletado, mas,

em geral, as matérias e propagandas apresentam promessas

de hipertrofia para os homens e de emagrecimento para as

mulheres, utilizando-se de modelos que refletem o padrão

de beleza. A última questão proposta no item d oferece ao

aluno a oportunidade de refletir sobre a influência das ima-

gens na formação de opinião.

Há um exemplo a ser usado como orientação para a pesquisa, no qual se verifica que, embora a resposta dependa das atividades realiza-das pelos entrevistados, espera-se que os alunos consigam identificar as capacidades físicas envolvidas em cada uma dessas atividades. Os alunos podem utilizar como referência as capacidades físicas aprendidas nos anos anteriores ou mencionadas na “Lição de casa” sugerida no Tema 3 do Caderno do Aluno.

3. Descreva no quadro seguinte a capacidade física predominante na prática de cada entre-vistado. Observe que aquilo que determina essa predominância é o objetivo do prati-cante. Por exemplo, se uma pessoa pretende aumentar a massa muscular, ela praticará musculação. Essa pessoa poderá fazer alguns alongamentos antes ou depois das sessões, mas a capacidade privilegiada no treinamen-to será a força, e não a flexibilidade.

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Durante o percurso pelas várias etapas da Situação de Aprendizagem, talvez alguns alunos não apreendam os conteúdos da forma espera-da. Serão necessárias, professor, outras Situa-ções de Aprendizagem que permitam ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais Situações de Aprendizagem podem ser desenvol-vidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou em pequenos grupos, envol-vendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentarem dificuldades. Por exemplo:

f roteiro de estudos com perguntas nortea-doras elaboradas por você para posterior apresentação em registro escrito;

f pesquisa em sites ou em outras fontes para posterior apresentação;

f reapresentação da Atividade Avaliadora, desenvolvida em outra linguagem (por exemplo, produzir um texto com base nas questões que orientam a Atividade Ava-liadora proposta).

PROPOSTA DE SITuAçÕES DE RECuPERAçãO

RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA

Livro

BETTI, Mauro (org.). Educação física e mí-dia: novos olhares, outras práticas. São Pau-lo: Hucitec, 2003. Ao longo de quatro capítu-los com autorias diversas, são apresentados fundamentos teóricos sobre as relações entre Educação Física, Cultura de Movimento e mídias na contemporaneidade, abordando a mídia esportiva, a televisão, a indústria cultural, o mundo virtual dos jogos eletrôni-cos e da internet, bem como estudos de cam-po no âmbito escolar.

artigos

BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e Educação Física: novas relações no mundo

contemporâneo. Lecturas: Educación Física y Deportes, Buenos Aires, v. 10, n. 79, p. 1-9, 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd79/corpo.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDu- CAçãO DE MINAS GERAIS. Influências da mídia na prática da ginástica. Orientações pedagógicas: Educação Física – Ensino Mé-dio. Disponível em: <http://crv.educacao. mg.gov.br/SISTEMA_CRV/documentos/op/em/educacaofisica/2010-08/op-em-ef-28.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013. Texto de caráter didático, com reflexões referentes à influência das mídias sobre a prática de ati-vidades físicas e esportivas, com destaque para a ginástica.

denunciem as fragilidades e os problemas das promessas das mídias e se apresente a ginásti-ca como detentora de outros sentidos e valores (bem-estar, interação social, promoção da saú-de para todas as pessoas). uma propaganda

televisiva também poderá ser apresentada na forma de dramatização, a ser exibida “ao vivo” ou em formato audiovisual gravado com câmeras digitais de aparelhos celulares ou de vídeo, se possível.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

O sedentarismo surgiu, principalmente, pelo aumento da industrialização e da automação, advindas do avanço tecnológico. Essa situação rebaixa a condição física das pessoas em rela-ção ao padrão recomendável para que se tenha um nível de saúde considerado aceitável.

Sabe-se que a atividade física regular ele-va o nível das capacidades físicas que estão diretamente relacionadas ao bom funciona-mento do organismo humano, gerando me-lhorias em diversas esferas da vida cotidiana das pessoas.

Por capacidades físicas (entre elas a for-ça, a velocidade, a flexibilidade, a resistên-cia e a agilidade) entende-se as condições intrínsecas, modificadas pelo ambiente, que permitem a realização dos diversos tipos de movimento. O entendimento das diferentes manifestações das capacidades físicas e suas contribuições para a melhoria funcional do organismo deve ser tratado no âmbito esco-lar, para demonstrar a necessidade da reali-zação de atividades físicas regulares não só durante as aulas de Educação Física, mas por toda a vida.

TEMa 3 – COrPO, SaúdE E bELEza: CaPaCidadES FÍSiCaS

As capacidades físicas podem ser assim definidas:

resistência: é a capacidade que “permite realizar movimentos durante um determinado período de tempo sem perda da qualidade de execução, isto é, prolongando o tempo de execução até o surgimento de sintomas ou sinais de fadiga” (GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005. p. 53). Em relação ao metabolismo energético, divide-se em aeróbia e anaeróbia.

Força: é a capacidade “de exercer tensão muscular contra resistência, que ocorre por meio de ações musculares” (BARBANTI, 2003. p. 273-274). A força pode ser classificada em relação ao tipo de traba-lho muscular, em dinâmica ou estática; em relação às formas de exigência do movimento envolvido, que pode ser considerada máxima, rápida ou de resistência.

Flexibilidade: é a capacidade que permite “a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações” (GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005. p. 184), sem causar lesão. Para Saba (2003. p. 104), “flexi-bilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos, utilizando com facilidade a mobilidade articular”.

Velocidade: é a capacidade de mover o corpo, ou parte dele, com rapidez ou no menor tempo possível. Na Educação Física, usualmente é associada à velocidade máxima, que é “o limite superior de veloci-dade que um indivíduo consegue desenvolver na realização de uma tarefa motora” (GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005. p. 129). Pode ser classificada em diferentes tipos: velocidade de reação, acíclica e cíclica.

agilidade: é a capacidade de “executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direções” (BARBANTI, 2003. p. 15).

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SITuAçãO DE APRENDIZAGEM 3 COMO IDENTIFICO E AVALIO MINHAS CAPACIDADES FÍSICAS

Conteúdo e temas: capacidades físicas – resistência, força, flexibilidade, velocidade e agilidade; indica-dores de avaliação das capacidades físicas.

Competências e habilidades: discriminar conceitualmente as capacidades físicas; avaliar a própria con-dição com relação às capacidades físicas; identificar as capacidades físicas envolvidas em algumas ginásticas de academia; usar o conhecimento obtido, aplicando-o na criação de exercícios ginásticos adequados para o desenvolvimento das capacidades físicas pretendidas.

Sugestão de recursos: fita métrica ou trena; papel; caneta ou lápis.

Caro professor, os conceitos de capacida-des físicas também constam na primeira parte da “Lição de casa”, do Caderno do Aluno, e podem ser usados neste momento para reto-mada dos conceitos.

Avaliando as capacidades físicas

Você pôde constatar que não é preciso es-tar matriculado em uma academia para fazer exercícios. Contudo, é desejável que seja am-pliada sua compreensão a respeito das capa-cidades físicas vivenciadas ao longo das séries anteriores: velocidade, agilidade, flexibilida-de, força e resistência. E, quanto mais você conhecer sobre esse assunto, mais autonomia terá para fazer os seus exercícios. Vamos re-cordar as definições:

f Agilidade: capacidade de executar movi-mentos rápidos com mudança de direção.

Por exemplo, exigem agilidade as fintas nos esportes coletivos e em alguns movimentos da dança.

f Flexibilidade: capacidade de realizar mo-vimentos com amplitude adequada, como nos alongamentos.

f Força: capacidade de vencer uma resistên-cia por meio das ações musculares, como nos saltos.

f Resistência: capacidade de permanecer o maior tempo possível numa atividade, sem fadiga. Correr grandes distâncias, por exemplo, exige resistência.

f Velocidade: capacidade de executar movi-mentos no menor tempo possível. Exem-plo: em uma corrida de curta distância em alta velocidade.

Durante as aulas, você já aprendeu e traba-lhou as capacidades físicas em forma de cir-cuito, alongamentos, corridas etc.

Professor, este tema será abordado no Caderno do Aluno em “Mídias e ginástica”.

Propõe-se a retomada das principais capa-cidades físicas vivenciadas ao longo do perío-do de escolarização anterior (resistência, força, flexibilidade, velocidade e agilidade), por meio de atividades que solicitem essas capacidades, para ampliar a compreensão conceitual sobre

elas. Em seguida, propõe-se a avaliação das ca-pacidades físicas por parte dos próprios alunos. Por fim, na Atividade Avaliadora, solicita-se aos alunos que realizem análises de modalida-des de ginásticas de academia, a fim de identifi-car as capacidades físicas envolvidas.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

desenvolvimento da Situação de aprendizagem 3

Etapa 1 – identificação das capacidades físicas

Organize um circuito de exercícios cujas es-tações solicitem as cinco capacidades físicas. A participação dos alunos nesse circuito dar-se-á de duas formas: na primeira, eles executarão os exercícios durante um período de tempo; na segunda, no mesmo período de tempo, ten-tarão ampliar o número de repetições para cada exercício.

Após a realização do circuito, questione os alunos sobre as capacidades físicas solicitadas em cada estação e sobre como perceberam as características de cada uma com base nas pró-prias sensações e percepções.

Professor, nesta etapa, você pode lançar mão dos exemplos de circuitos descritos na se-gunda parte da “Lição de casa”, apresentadas no Caderno do Aluno.

Exemplo de um circuito de força para membros inferiores e glúteos:

Exemplo de um circuito de resistência:

CORRIDAESTACIONÁRIA

CORRIDAS CuRTAS COM MuDANçA

DE DIREçãOçãOçã

POLISSAPATO

POLICHINELOPOLICHINELO

PuLAR CORDA

SALTITOS COMVARIAçÕES

GLÚTEOSGLÚTEOS

GLÚTEOSGLÚTEOS

ADuuTORESTORESABDuuTORESTORES

POSTERIORESCOXA

PANTuuRRILHAQQuuADRÍCEPSADRÍCEPSuADRÍCEPSuuADRÍCEPSu

Possibilidades interdisciplinares

Professor, o tema “Corpo, saúde e be-leza: capacidades físicas” poderá ser de-senvolvido de modo integrado com outras disciplinas, na medida em que envolve con-teúdos comuns: Biologia (organismo hu-mano, saúde) e Física (movimento, força, velocidade, energia mecânica). Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa fará que os alunos compreendam os con-teúdos de forma mais global e integrada.

Etapa 2 – Formas de avaliação das capacidades físicas

Depois de retomar os conceitos das capa-cidades físicas, proponha aos alunos a reali-zação de testes para que avaliem o nível de desenvolvimento de suas capacidades. Não é necessário que todos os alunos realizem todos os testes em aula, nem que você aplique os testes em todos os alunos, mas que eles com-preendam os princípios que regem a utiliza-ção desses recursos. Sugerem-se as seguintes

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Os alunos poderão elaborar uma ficha em que constem os resultados iniciais e exis-tam espaços para anotar resultados de testes posteriores. Periodicamente, serão realizadas novas avaliações, visando mostrar aos alunos que as medidas das capacidades físicas so-frem alterações em razão do crescimento, da atividade física regular, da especialização em alguma atividade física etc.

estratégias: a) explicação sobre o modo de execução dos testes para todos os alunos; b) organização dos alunos em grupos; c) orien-tação para que cada grupo se responsabilize pela aplicação dos testes em seus componen-tes, o que pode ser feito em aula ou fora dela.

Em seguida, após todos os alunos terem rea lizado os testes, você deve auxiliar na inter-pretação dos resultados.

É importante frisar que não se está preo-cupado com a comparação de desempenho entre os alunos, mas, sim, com a percepção de suas próprias características, dificulda-des e limitações, de modo que reflitam sobre quanto devem se empenhar para aumentar ou manter o nível de desenvolvimento de suas capacidades.

Sugestões de testes para avaliação das ca-pacidades físicas

Professor, você certamente conhece vários testes de avaliação de força, resistência, agili-dade e flexibilidade. Escolha os que melhor se adaptarem às suas necessidades de desenvolvi-mento do tema. A seguir, serão apresentadas algumas sugestões de testes.

aVaLiaçãO da FLEXibiLidadE

Teste de sentar e alcançar modificado

Registra-se a distância máxima alcançada durante a flexão do tronco sobre o quadril, na posição senta-da, mantendo-se os joelhos estendidos e os pés afastados 30 centímetros entre si, posicionados sobre marcas de referência para o apoio dos calcanhares. Os dedos devem apontar para cima. Posiciona-se uma escala métrica (fita métrica ou trena) feita com material que não deforme, a qual deve ser fixada no solo de modo que o ponto zero fique voltado para o tronco do avaliado e a outra extremidade seja estendida na direção dos pés, passando pelo centro da distância que os separa, e fixada ao solo. O ponto da escala que coincide com a linha imaginária que liga as marcas de apoio dos calcanhares deve registrar 63,5 centímetros. Colocando uma mão sobre a outra, o avaliado deve deslizar vagarosamente as mãos sobre a escala, em direção aos pés, o mais distante possível, permanecendo nessa posição por cerca de dois segundos. Retorne para a posição inicial e realize mais três tentativas, registrando o melhor dos resultados obtidos nas duas últimas.

Adaptado de OSNESS et al. apud GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicio-namento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 192.

Figura 8 – Esquema para aplicação do teste de sentar e alcançar modificado.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Figura 10 – Execução do teste de flexão e extensão dos cotovelos por homens.Figura 10 – Execução do teste de flexão e extensão dos cotovelos por homens.

Figura 9 – Execução do teste de flexão e extensão dos cotovelos por mulheres.

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aVaLiaçãO da FOrça dOS braçOS

Teste de flexão e extensão dos cotovelos (apoio frontal)

alunos: posicionados em decúbito ventral, com os pés e as mãos apoiados no solo, estando estas afastadas conforme a distância dos ombros. Deve-se estender e flexionar os membros superiores até que o tórax toque o solo, sem descansar, mantendo o alinhamento de tronco e membros inferiores. Registra-se o maior número de ciclos completos (extensão e flexão).

alunas: posicionadas em decúbito ventral, com as mãos afastadas conforme a distância dos ombros e os joelhos apoiados no solo, estando as pernas e pés elevados, mantendo um ângulo de 90° entre coxas e pernas. Deve-se estender e flexionar os membros superiores, até que o tórax toque o solo, sem descansar, mantendo o alinhamento de tronco. Registra-se o maior número de ciclos completos (extensão e flexão).

BOOK_EDFIS-SPFE-2014_2S_CP.indb 31BOOK_EDFIS-SPFE-2014_2S_CP.indb 31BOOK_EDFIS-SPFE-2014_2S_CP.indb 31 19/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:4319/11/13 18:43

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aVaLiaçãO da VELOCidadE

Corrida de 50 metros – Parado

No local escolhido para o teste (quadra, pátio ou outro local), devem ser demarcadas duas linhas (linhas de saída e de chegada) delimitando uma distância correspondente a 50 metros, que será mar-cada com o auxílio de uma trena. Após um comando de partida (apito), o(s) aluno(s), posicionado(s) atrás da linha de largada, deve(m) correr na máxima velocidade possível até ultrapassar a linha de chegada, cronometrando-se o tempo utilizado para percorrer os 50 metros com precisão de décimos de segundo. Quanto menor o tempo registrado, melhor será o resultado do teste.

Fonte: JOHNSON; NELSON apud GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condiciona-mento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 142.

aVaLiaçãO da aGiLidadEShuttle run – Corrida de vaivém

Com o auxílio de uma trena, deve-se demarcar duas linhas (largada e chegada) distantes 5 metros uma da outra, no local escolhido para o teste (quadra, pátio ou outro local). Após um comando de partida (apito), o(s) aluno(s), posicionado(s) atrás da linha de largada, com os pés em afastamento anteroposterior, deve(m) correr na máxima velocidade possível em direção à linha de chegada, ultrapassando-a com os dois pés. Em seguida, sem parar, retorna(m) o mais rápido possível para a linha de chegada, também passando ambos os pés por esta, completando um ciclo de corrida de vaivém. Registra-se o tempo necessário para a realização de 5 ciclos de corrida (teste completo) com precisão de décimos de segundo, sendo o resultado final expresso em décimos de segundo, ou seja, para um tempo de 23,5 segundos o resultado será de 235,0. Quanto menor for o tempo registrado, melhor será o resultado do teste.

Antes de iniciar ambos os testes, os alunos devem fazer aquecimento e alongamento prévios, para evitar possíveis lesões associadas aos níveis máximos de contrações realizadas durante a execução de suas respec-tivas corridas.

Fonte: ADAM et al. apud GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicionamen-to físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 143-144.

aVaLiaçãO da rESiSTÊnCia CardiOVaSCuLar

Teste de Tanaka

Teste proposto para avaliar crianças e adolescentes, deve ser realizado em um local com distância conheci-da (pista de atletismo, quadra etc.). Ao longo do local escolhido para o teste, devem ser colocadas marcações (a cada 50 metros ou distâncias menores), a partir da linha de largada, para servir de referência. Após um comando de partida, o(s) aluno(s) deve(m) percorrer a máxima distância possível durante 5 minutos. Essa dis-tância será registrada com o auxílio de uma trena, contando-se o número de voltas completas mais a distância adicional. Os corredores devem ser orientados a manter um ritmo de corrida que permita realizar o teste de forma contínua (sem parar), pois quanto maior a distância percorrida, melhor será o resultado do teste.

Fonte: TANAKA, apud GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condiciona-mento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 75-76.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Professor, ao final da seção “Lição de casa”, no Caderno do Aluno há um breve texto que trata da realiza-ção de testes aqui mencionados,

bem como fichas para apontamento dos resul-tados observados. Além disso, apresenta-se uma pergunta para que o aluno reflita sobre o próprio desempenho no teste. Esse material está reproduzido a seguir.

A prática das capacidades físicas melho-ra o condicionamento físico e a saúde. Mas, para saber se estamos progredindo, antes de mais nada, é preciso investigar em que situa-

ção está a capacidade que será trabalhada. Ou seja, é necessário que você identifique em que nível está em relação a essa capacidade, por meio de um teste que, depois de um tem-po de prática, deve ser repetido para verifi-car se houve evolução. Mas lembre: a fina-lidade do teste não é fazer uma comparação entre os alunos. Ele compara você com você mesmo: avalia se melhorou em relação à ca-pacidade mobilizada, e não se você é melhor que seu colega.

1. Após a realização de cada teste, registre os resultados nesta ficha:

Teste realizado

Capacidade avaliada

data do 1o teste

resultado do 1o teste

data do 2o teste

resultado do 2oo teste

a)

b)

c)

d)

e)

Teste Capacidaderesultados

Melhorou não melhorou

a)

b)

c)

d)

e)

2. Nos testes realizados, a capacidade avaliada melhorou ou não?

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3. A que você atribui o resultado do seu desempenho?Após analisar o primeiro e o segundo testes, o aluno deverá

observar se houve progresso. Neste ponto, você pode alertar

que só quem cumpriu as séries de exercícios verificará alguma

melhora de um teste para outro. É possível também discutir

ocasionais desvios; por exemplo, um aluno diz ter cumprido o

programa, mas não registrou progresso nenhum.

Etapa 3 – uma visita interessanteConvide um professor que trabalhe em

uma academia nas proximidades da escola (ou peça sugestões aos alunos) e sugira uma “aula” cujo tema vá ao encontro das neces-sidades e dos interesses dos alunos em virtu-de das experiências vivenciadas nas etapas e nas Situações de Aprendizagem propostas anteriormente. Depois, estabeleça um de-bate entre o visitante e os alunos, com des-taque para o tema das capacidades físicas utilizadas na aula desenvolvida; se possível, agende uma visita à academia.

Aproveitando as entrevistas realizadas com praticantes de ginástica e frequentado-res de academias (Etapa 2 do tema “Ginás-ticas de academia”), peça aos alunos que analisem, nos termos das capacidades físicas desenvolvidas em aula, as práticas relatadas pelos entrevistados. Quando possível, solicite aos alunos que façam visitas a uma ou mais academias do bairro para observar as moda-lidades de ginásticas oferecidas (por exemplo, cada grupo de cinco a sete alunos analisa um tipo ou uma forma de ginástica), destacando

as capacidades físicas envolvidas. Outra opção é valer-se da sessão de ginástica ministrada pelo professor convidado na Etapa 3. Toman-do por base a apresentação das análises das práticas de ginásticas por parte dos grupos, avalie se os alunos conseguiram identificar e discriminar as capacidades físicas envolvidas.

Professor, as atividades descritas nas se-ções “Desafio!” e “Você aprendeu?”, do Ca-derno do Aluno, também podem ser usadas como recursos de avaliação.

ATIVIDADE AVALIADORA

Quais são as capacidades físicas utilizadas nestas práticas de academia?

desafio!

1. Força.

2. Resistência.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

3. Flexibilidade.

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Vamos ver se você já consegue identificar as capacidades.

1. uma pessoa frequenta a academia com o objetivo de ganhar massa magra e resistên-cia. Na ficha de treinamento,

verifica-se que ela faz 15 minutos de alon-gamento, 30 minutos de esteira e, por últi-mo, musculação. As capacidades envolvi-das no treinamento são, respectivamente:

a) agilidade, força e resistência.b) força, flexibilidade e resistência.força, flexibilidade e resistência.fc)c) flexibilidade, resistência e força.d) velocidade, força e flexibilidade.

Professor, neste momento você pode indi-car como leitura complementar o texto apre-sentado na seção “Aprendendo a aprender”, presente no Caderno do Aluno. Sua leitura levará o aluno a refletir sobre os próprios há-bitos alimentares.

Faça lanches mais saudáveis

Você sabe o que o hambúrguer, a batata frita, a pizza e o cachorro-quente têm em co-mum? Acertou se falou “muita energia (combustível), gordura e sal (sódio)”.

E o refrigerante, o que tem em comum com o sorvete e o milk-shake? Muita energia e açúcar.

Isso significa que, se você comer esses alimentos várias vezes por mês sem, por outro lado, balancear a alimentação nos demais dias, poderá ter alguns problemas, como aumento de peso e desenvol-vimento de doenças do coração, diabetes e pressão alta. Tudo isso por causa da grande quantidade de gorduras, açúcar e sal que existe nesses alimentos.

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Se você deixar de comer frutas, legumes, verduras e grãos para consumir esses alimentos ca-lóricos e pouco nutritivos, sua alimentação ficará carente de cálcio (que fortalece os ossos), fibras (que fazem o intestino funcionar melhor), vitamina A (importante para a visão e para aumentar as defesas do organismo contra doenças) e vitamina C (que protege contra infecções).

Então quer dizer que nunca devemos comer esses alimentos? Não é bem assim. Sempre que for possível, devemos fazer escolhas mais nutritivas. Mas, de vez em quando, eles também podem fazer parte de nossa alimentação. Mas atenção: “de vez em quando” significa uma ou, no máximo, duas vezes por mês.

Dicas para deixar seus lanches mais saudáveis:

f opte por lanches simples, isto é, sem ingredientes como bacon, ovos, requeijão cremoso e batata palha;

f peça que a maionese e outros molhos sejam servidos à parte (fora do lanche), para que você possa dosar melhor a quantidade deles;

f molhos como vinagrete, ketchup e mostarda são preferíveis à maionese e outros molhos mais cremosos;

f escolha queijo branco, requeijão ou queijos menos amarelos como recheio de seu lanche (lem-bre-se de que, quanto mais amarelo for o queijo, mais gordura ele terá);

f prefira o pão integral ao pão francês, ao pão para cachorro-quente e ao pão sírio; f incremente seus lanches com alface, tomate, cenoura ralada e milho; f se comer salgadinhos, prefira os assados, como a esfirra, o pão de batata, o pão de queijo e os enroladinhos de presunto e queijo. As empadas e os croissants, apesar de assados, são menos indicados porque têm mais gorduras e energia, as-sim como os salgadinhos fritos (coxinhas, bolinhas de queijo, pastéis, croquetes, quibes, rissoles etc.);

f evite comer batatas fritas; se comer, peça porções pequenas; f troque o refrigerante e os refrescos artificiais por sucos natu-rais, água ou água de coco.

Outra dica importantíssima: para evitar risco de intoxicação alimentar, os lanches ou alimentos prontos devem ser consumidos na hora. Isso vale também se pedir para viagem. No restaurante, recuse os alimentos que estejam frios ou que pareçam ter sido preparados há muito tempo.

Quanta energia (caloria), em média, você acha que tem um hambúrguer?

a) 450.b) 560.c) 590.

Professor, para encerrar o tema, sugira aos alunos que leiam os quadros “Curiosidade”, “Você deve saber” e “Para refletir”, disponíveis no Caderno do Aluno.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Curiosidade

Você sabia que uma refeição compos-ta por 1 sanduíche com queijo e hambúr-guer + 1 porção pequena de batata frita + 1 lata de refrigerante + 1 copo de milk--shake fornece mais da metade da energia que um adolescente necessita por dia? É como se em apenas uma refeição você in-gerisse o equivalente à energia contida em três refeições (café da manhã, lanche da manhã e almoço).

Você deve saberA maioria dos lanches rápidos tem

grande quantidade de gordura, sal e energia. Seu consumo frequente pode causar ganho de peso, pressão alta, dia-betes e doenças do coração.

Para refletir

Quantas vezes por mês você come ali-mentos como hambúrguer, cachorro-quen-te, pizza e batata frita?

PROPOSTA DE SITuAçÕES DE RECuPERAçãO

Durante o percurso pelas várias etapas da Si-tuação de Aprendizagem, talvez alguns alunos não apreendam os conteúdos da forma espera-da. Serão necessárias, professor, outras Situa-ções de Aprendizagem que permitam ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais Situações de Aprendizagem podem ser desen-volvidas durante as aulas ou em outros momen-tos, individualmente ou em pequenos grupos, envolvendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentarem dificuldades. Por exemplo:

f roteiro de estudos com perguntas nortea-

doras elaboradas por você para posterior apresentação em registro escrito;

f pesquisa em sites ou em outras fontes para posterior apresentação;

f apreciação e registro, por parte do aluno, de seus próprios movimentos e dos movi-mentos dos colegas;

f atividades que sintetizem determinado conteúdo, em que as várias atividades se-rão refeitas numa única aula e discutidas posteriormente (por exemplo, circuito que contemple as várias capacidades físicas tra-tadas neste volume).

RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA

Livros

BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educa-ção física e esporte. 2. ed. São Paulo: Ma-nole, 2003. Na forma de verbetes, apresenta definições e conceitos básicos sobre as capa-cidades físicas.

ELLIOTT, Bruce; MESTER, Joachim. Trei-namento no esporte: aplicando ciência no es-porte. São Paulo: Phorte Editora, 2000. Ex-põe princípios conceituais e metodologia para o treinamento de força, flexibilidade, veloci-dade e resistência aeróbica e anaeróbica, com especial aplicação em modalidades esportivas.

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GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; ZAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Gua-nabara Koogan, 2005. Aborda as diversas capacidades físicas e caracteriza sua relação com a condição de saúde e seu desenvolvi-mento ao longo da vida, destacando aspectos relacionados à infância, à adolescência e ao envelhecimento. Contém propostas de avalia-ção para indivíduos em diferentes idades, bem como referências a parâmetros gerais e especí-ficos que devem ser levados em consideração ao elaborar programas de condicionamento físico destinados ao desenvolvimento das vá-rias capacidades físicas.

KRAEMER, William J.; FLECK, Steven J. Treinamento de força para jovens atletas. São

Paulo: Manole, 2001. Trata dos princípios que devem reger o treinamento de força para crian-ças e jovens, com exemplos de exercícios, bem como de programas aplicados a várias modali-dades esportivas.

SãO PAuLO (Estado). Oficinas curriculares de atividades esportivas e motoras. São Paulo: CENP/SEE-SP, 2007. Exemplifica diversos exercícios (em forma de circuito) para o desenvolvimen-to das diversas capacidades físicas.

WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2000. Trata dos efeitos da ativi-dade física e do treinamento físico-esportivo so-bre o corpo humano, explicitando os fenômenos de adaptação dos diferentes sistemas orgânicos ao treinamento.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Tema 4 – esporTe – modalidade individual: Tênis

Embora nos últimos anos o tênis tenha sido apresentado de forma mais explícita pelas mídias, podemos considerá-lo uma modalida-de esportiva desconhecida dos alunos, prin-cipalmente se considerarmos a compreensão do jogo, a proximidade com os implementos e espaços necessários, a importância das téc-nicas e táticas no desempenho esportivo, sua inserção e aderência no cotidiano das aulas de Educação Física. Esses fatores são importan-tes para a apreciação do espetáculo esportivo referente a essa modalidade.

A expressão “modalidade individual”, ainda não conhecida dos alunos, deve ser en-tendida como modalidade não inserida ou não vivenciada nas aulas de Educação Física quando comparadas, por exemplo, com mo-dalidades esportivas mais tradicionais.

O rebatimento, um dos gestos executados no tênis, já foi experimentado pelos alunos em outras situações do cotidiano, como o jogo de peteca. Tal gesto nada mais é do que rebater um implemento para que atinja determinada área, com certa altura, combinando algumas técnicas e táticas com uma das mãos. Pode-mos ainda tomar como exemplo o voleibol, que também é constituído pelo movimento de rebater, embora em algumas situações seja permitido rebater e impulsionar a bola com as duas mãos.

Os elementos novos trazidos pelo tênis são a raquete e o número reduzido de parti-cipantes. As Situações de Aprendizagem aqui sugeridas permitirão aos alunos a associação e a compreensão de outras modalidades indi-viduais que apresentam algumas semelhanças, tais como: tênis de mesa, badminton, squash, frescobol e tamboréu.

Algumas ações já vivenciadas pelos alunos em outros contextos, como saídas rápidas, pa-radas bruscas e mudanças de direção, darão suporte para a aprendizagem das ações neces-sárias no tênis.

Nem todos os princípios operacionais defi-nidos por Bayer (1994), e encontrados em mui-tas modalidades esportivas, estão presentes no tênis. Nesta modalidade não se caracterizam a conservação de bola, a progressão em dire-ção ao alvo e ao adversário e a finalização em um alvo (situação de ataque), assim como a recuperação da posse de bola, a contenção da bola e a proteção ao alvo, embora, neste último caso, a defesa do alvo seja metade da quadra que o jogador defende (situação de defesa).

Boa parte dos movimentos do tênis lembra algumas situações já vistas no voleibol, tais como recepção, defesa, ocupação de um espa-ço e ataque com o objetivo de evitar a devolu-ção de bola. O tênis ainda apresenta outro im-plemento para realizar esses movimentos – a raquete. Nas Situações de Aprendizagem, esse instrumento será adaptado, usando-se mate-riais de fácil acesso pelos alunos.

Quando nos reportamos às modalidades es-portivas, é comum lembrarmos da forma meca-nizada e tradicional pela qual muitas vezes elas foram tratadas em Situações de Aprendizagem fragmentadas e nem sempre objetivadas em uma ação eficaz, pautando-se em movimentos que não garantem o sucesso no jogo.

Garganta (1995) apresenta as unidades fun-cionais como um método a ser utilizado no jogo, como forma de introduzir os alunos em sua dinâmica. As unidades destacadas são: eu--bola, eu-bola-alvo e eu-bola-alvo-adversário,

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e cabem tanto no tênis quanto nas demais mo-dalidades esportivas que utilizam bola. Dessa forma, busca-se, nas Situações de Aprendiza-gem, uma aproximação com essas unidades.

O tênis, como modalidade esportiva indi-vidual, requer em princípio um espaço físico (campo/quadra dividido por uma rede) para confronto dos adversários e objetos especí-ficos (bola e raquete). Tais espaços e objetos não são acessados por uma parcela significati-va da população, já que a maioria dos espaços disponíveis é privada e os acessórios são de alto custo. Agrava essa situação a ausência de políticas que incentivem o acesso a parques e clubes públicos para a prática de esportes.

Jovens adolescentes jogando tênis

Dentre as modalidades esportivas indivi duais que utilizam raquetes, o tênis é a mais praticada

em todo o mundo, com praticantes nos cinco continentes, seguida pelo badminton, segundo dados da Federação Internacional de Tênis.

Muitas modalidades esportivas, a exem-plo do futebol, percorreram e percorrem pro-cessos de transição entre diferentes camadas socio econômicas; a inserção do tênis nas au-las de Educação Física poderá contribuir para esse processo. O domínio de determinado ges-to e a compreensão de determinadas técnicas e táticas podem ser apreendidos à medida que são apresentadas diferentes situações dessa modalidade esportiva.

Propiciar aos alunos do Ensino Médio o conhecimento de várias modalidades espor-tivas justifica-se pelo fato de essa ser uma etapa na qual os alunos fazem suas escolhas individuais. Além disso, eles também poderão apreciar, identificar, analisar, compreender e criticar o espetáculo esportivo.

Conteúdo e temas: o tênis como modalidade esportiva individual – semelhanças e diferenças em rela-ção a outras modalidades; aspectos históricos do tênis; importância das técnicas e táticas no desem-penho esportivo e na apreciação do espetáculo esportivo.

Competências e habilidades: identificar alguns princípios técnicos e táticos na prática do tênis; reco-nhecer a presença das técnicas e táticas utilizadas no tênis em outras modalidades esportivas e possi-bilidades do Se-Movimentar.

sugestão de recursos: bolas de borracha pequenas; cordas; folhas de jornal; fita adesiva; arame; meias de náilon.

SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 4 O QuE SABEMOS A rESPEITO DO TêNIS?

Objetiva-se a verificação do que os alunos já conhecem sobre o tênis, certamente por meio de informações advindas principalmente da mídia. recomenda-se que você, professor, investigue os alunos em relação à possibilidade de apre-sentar comentários a respeito da compreensão do jogo, embora possam surgir menções de no-

mes de atletas brasileiros que se destacam nesse esporte, o que já é significativo (conhecimento prévio). A possibilidade de apresentação de as-pectos históricos da modalidade também é im-portante na elaboração de diferentes situações de jogo, com noções de regras e construção de materiais adaptados.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

desenvolvimento da situação de aprendizagem 4

etapa 1 – Tênis? por que tênis?

Proponha uma roda de conversa para iniciar um debate sobre o tênis. Pergunte aos alunos como imaginam a criação do tênis; pode-se solici-tar que criem e encenem, em grupos, uma história para o surgimento do tênis a partir apenas da ima-ginação. Solicite que, para a próxima aula, tragam algum material (chinelo, panela, placa, taco etc.) que seja capaz de rebater uma bola pequena.

etapa 2 – experimentando e relacionando as ações e os movimentos do tênis

Nesta etapa, os alunos devem estar de posse de algum material capaz de rebater uma bola peque-

na (não necessariamente de tênis; por exemplo, uma bola de borracha). Distribua as bolas entre os alunos, para que manuseiem e explorem o ma-terial e o objeto. Sugira aos alunos que troquem entre si o material usado para rebater a bola.

A seguir, afixe uma corda entre traves de futebol, nas paredes de um pátio ou em outro espaço possível de ser adaptado; caso não disponha de uma corda com compri-mento da quadra, sugere-se amarrar mais de uma. Peça aos alunos que se organizem em duplas, posicionadas ao longo da corda, formando miniquadras de medidas estabe-lecidas, consensualmente, entre você e eles. Proponha um jogo que tenha por objetivo o rebatimento da bola em direção ao colega do outro lado da corda, trocando o maior número de passes sem errar (rally).

a origem do tênis a partir do jeu de paume

Há muitas teorias para o surgimento do tênis, mas há um consenso de que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o surgimento do jeu de paume (jogo de palma), no final do século XII e início do XIII.

No tênis primitivo, as raquetes não eram empregadas. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois opta-ram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como battoir, e que mais tarde recebeu um cabo e também cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana.

Com o tempo, o tênis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o longue-paume, que permitia a participa-ção de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde apareceu o court-paume, jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e que exigia uma superfície menor para sua prática.

Muitos reis da França tinham no jeu de paume sua principal diversão, a ponto de o rei Luís XI decretar que “a bola de tênis teria uma fabricação específica: com um couro especialmente escolhido, contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo”. Para se ter uma ideia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamen-tos e fez construir em Orléans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras.

Em plena Guerra dos Cem Anos, o rei Carlos V condenou o jeu de paume, declarando que “todo jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado”. A necessidade de tal proibição indica que o novo esporte alcançou uma grande popularidade na França.

Fonte: Texto extraído do site da Confederação Brasileira de Tênis: <http://cbtenis.com.br/site.aspx/historia-tenis/>. Acesso em: 14 nov. 2013.

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Algumas variações poderão ser utiliza-das, como a possibilidade de jogar sem im-plemento, rebatendo a bola com as próprias mãos, como nos antigos “jogos de palma” (jeu de paume(jeu de paume( ), ou trocando os materiais en-tre os próprios alunos. Outra possibilidade seria os alunos jogarem contra si mesmos, ou seja, bater a bola contra uma parede e rebatê--la depois de um quique.

Estimule os alunos a perceber as técni-cas e táticas necessárias para alcançar os objetivos desses minijogos, nos quais estão contempladas as situações do jogo, como: saída rápida, parada brusca, mudança de direção e tomada de decisão, além das uni-dades funcionais: eu-bola, eu-bola-alvo e eu-bola-alvo-adversário.

etapa 3 – Construindo uma raquete de tênis

Para o desenvolvimento desta etapa (constru-ção e adaptação da raquete) é necessário provi-denciar antecipadamente alguns materiais: folhas duplas de jornal (mais de cinco) e fita adesiva.

Para a construção da raquete, os alunos deverão adotar os seguintes passos:

f confeccionar vários canudos com as folhas de jornal;

f agrupar os canudos a fim de moldar uma raquete. Para tanto, será preciso mais de um aluno, pois é necessário colar e aplicar a fita adesiva em torno dos canudos.

Outra possibilidade para se construir uma ra-quete adaptada é usar arame para a estrutura de sustentação e o cabo, e meia-calça de náilon para substituir a área de contato da bola. Você pode também solicitar aos alunos que tenham raquetes que as tragam nos dias das aulas, se for o caso.

etapa 4 – por dentro do jogo

utilizando novamente uma corda estendida de uma extremidade a outra da quadra ou outro espaço adaptado, proponha que os alunos rea-lizem minijogos, individuais ou em duplas. De-pendendo do tamanho da quadra, duas partidas podem ocorrer ao mesmo tempo. As regras para definir a pontuação devem ser elaboradas pre-viamente. Por exemplo: A bola poderá quicar quantas vezes no campo do adversário? Os pon-tos serão corridos, como no voleibol, ou será usado o sistema de vantagem? Caso os alunos apresentem dificuldade, exemplifique com algu-mas regras utilizadas no tênis.

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Figura 11 – Material para confeccionar raquetes de tênis alternativas.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Figura 12 – raquetes confeccionadas com canudos de folha de jornal e fita adesiva.

SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 5 APrECIANDO uMA PArTIDA DE TêNIS

Alguns alunos podem não ter assistido a nenhuma partida de tênis, nem ao vivo nem pela televisão. Apreciar uma partida sem en-tender sua dinâmica pode ser um pouco difícil;

porém, a Situação de Aprendizagem ante-rior mobilizou os alunos a prestar atenção em uma partida oficial de tênis e a iniciar sua compreensão acerca dessa mobilidade.

Conteúdo e temas: o tênis como espetáculo esportivo; técnicas e táticas do tênis.

Competências e habilidades: apreciar e analisar uma sequência de golpes em uma partida de tênis; compreender e analisar as técnicas e táticas utilizadas no tênis.

sugestão de recursos: aparelho reprodutor de vídeos ou DVDs; televisão (ou monitor); bolas de bor-racha; bolas de tênis; cartões; cartolinas; tesouras; canetas.

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Figura 13 – Backhand.

desenvolvimento da situação de aprendizagem 5

etapa 1 – Bola para lá, bola para cá!

Selecione um trecho ou sequência de lan-ces de uma partida de tênis gravada em vídeo ou DVD e apresente aos alunos. Solicite que prestem atenção à movimentação dos jogado-res, aos tipos de saque, às “subidas” à rede, à utilização das mãos, à força e à velocidade imprimida aplicada aos golpes etc.

Após essa apreciação, apresente alguns nomes característicos dos golpes e associe-os às técnicas e táticas aplicadas pelos jogadores no vídeo.

retorne à quadra e estimule os alunos a realizar algumas ações vistas e analisadas no vídeo. utilize as raquetes construídas na Situação de Aprendizagem anterior, procu-rando a aproximação com a situação com-pleta de jogo. utilize, neste momento, bolas de tênis.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Caro professor, para introduzir este tema, sugerem-se a seção “Para começo de conver-sa” e o quadro “Curiosidade”, do Caderno do Aluno.

O tênis, ou melhor, tênis de cam-po, sempre foi considerado um es-porte que só podia ser praticado por alguns, em razão do alto custo

dos equipamentos (raquetes, bolinhas, uni-formes), da quadra especial, dos poucos pro-fissionais para ensinar e treinar os interessa-dos e dos poucos eventos nacionais. Hoje a realidade em relação à pratica do tênis está mudando. Há mais quadras e profissionais, o custo do equipamento diminuiu – em virtude da maior oferta com a abertura do mercado para as importações – os eventos da modali-dade passaram a ser divulgados pelas redes de televisão, assim como as informações so-bre o desempenho dos jogadores brasileiros nos grandes torneios internacionais, até mes-

mo com etapas no Brasil. Surgiram novos ídolos desse esporte, como Guga (Gustavo Kuerten) e Fernando Meligeni.

Entretanto, o nome brasileiro de maior repercussão mundial na modalidade foi o de Maria Esther Bueno. Ao longo de sua carrei-ra, que durou de 1950 a 1974, ela foi sete vezes campeã em Wimbledon e sete vezes campeã no torneio de Forest Hills, além de ter obtido mais de 571 títulos, o que a torna uma das te-nistas mais premiadas do tênis mundial.

Mas quando e como surgiu o tênis? Você já ouviu a expressão francesa jeu de paume? Sabe o que significa? Veja as alternativas a seguir e assinale a que representa o significado dessa expressão.

( ) Jogo de rebater. ( ) Jogo de punho. ( X ) Jogo de palmas.

alguns nomes e técnicas

saque: movimento que inicia a partida. O jogador lança a bola acima da cabeça e a golpeia para que chegue ao outro lado da quadra. É considerado o primeiro ataque ao adversário.

Golpes de fundo de quadra (direita/forehand e esquerda/backhand): facilitam o contato raquete-bola na frente do corpo, permitindo mais tempo para posicionar o corpo antes de golpear a bola e também golpear/devolver a bola na diagonal.

sequência de movimentos:

1. preparação;

2. passos de ajuste;

3. terminação.

Smash: permite golpear a bola de cima para baixo, dificultando a devolução pelo outro jogador.

voleio: rebatidas realizadas antes que a bola toque o solo.

Todos os golpes do tênis apresentam três fases:

1. aceleração da raquete;

2. contato raquete-bola;

3. desaceleração.

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O jogo de tênis surgiu na França, no final do século XII e início do século XIII. No co-meço, não se utilizavam raquetes, mas, sim, as mãos nuas ou com luvas de couro, jogando--se a bolinha contra uma parede. No século XIV, alguns jogadores passaram a empregar um utensílio de madeira similar a uma raquete, chamado battoir. O jogo deixou de ser praticado contra uma parede e passou para uma área dividida por uma corda.

As primeiras raquetes surgiram da adaptação de um cabo e de cordas trançadas ao battoir.

O jogo foi praticado em espaços abertos e também fechados. Era bastante apreciado no país em que se originou, sendo a principal diversão de muitos reis locais.

Diferentes quadras de jeu de paume.

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Modelo das primeiras raquetes.

Curiosidade

1. Assinale em quais dos jogos a seguir indi-cados se utiliza algum tipo de raquete para rebater uma bolinha:

( ) rúgbi. ( X ) tênis de mesa. ( X ) badminton. ( ) golfe. ( X ) squash. ( ) taco. ( ) beisebol. ( X ) frescobol.

2. O gesto característico do jogo de tênis é o de rebater, que também caracteriza outras práticas esportivas, como o voleibol, o bei-sebol, o squash, o tênis de mesa etc. Você conhece os golpes mais utilizados no tênis? Assinale verdadeiro ou falso:

a) Saque é o movimento que inicia a partida. ( X ) Verdadeiro ( ) Falso

b) Drive é o golpe mais frequente. Significa gol-

pear a bola depois que ela quicar no chão. ( X ) Verdadeiro ( ) Falso

c) Backhand é o golpe com a palma da mão voltada para a frente.

( ) Verdadeiro ( X ) Falso

d) Forehand é o golpe com a parte posterior da mão (dorso) voltada para a frente.

( ) Verdadeiro ( X ) Falso

e) Smash é o golpe no qual a bolinha é re-batida de cima para baixo quando esti-ver acima da cabeça do jogador.

( X ) Verdadeiro ( ) Falso

f) Voleio é o golpe executado antes que a bola toque no chão, com efeito de rota-ção da bola para trás.

( X ) Verdadeiro ( ) Falso

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 6 TêNIS EM DuPLAS

Conteúdo e temas: o corpo na contemporaneidade e o gênero; diferença, preconceito e expectativas de desempenho em relação ao gênero.

Competências e habilidades: respeitar as diferenças de gênero nas experiências do Se-Movimentar no esporte; identificar as expectativas de desempenho relacionadas ao gênero no esporte; identificar formas de preconceito e evitar qualquer tipo de discriminação na prática do esporte; relacionar informações e conhecimentos sobre esporte e diferenças de gênero nas experiências do Se-Movimentar, para construir argumentação consistente e coerente na fundamentação do seu ponto de vista.

sugestão de recursos: papel sulfite; canetas; raquetes e bolinhas de tênis; rede de voleibol, futsal ou tênis (opcional).

Inicialmente, os alunos analisarão como suas características e aspectos pessoais influen-ciam a realização dos principais movimentos

do tênis. A seguir, verificarão como os aspectos interpessoais influenciam a vivência desta mo-dalidade esportiva em duplas.

desenvolvimento da situação de aprendizagem 6

etapa 1 – Homem com homem, mulher com mulher

Comente com os alunos que o surgimen-to do tênis na Era Moderna, a partir de jo-gos de rebater, pode ser considerado elitis-ta, pois sua prática era restrita à burguesia emergente após a revolução Francesa. So-licite que os alunos, em duplas organizadas pelo mesmo gênero, respondam a uma “cha-mada temática”, identificando os principais movimentos realizados em uma partida de tênis e/ou outras características da modali-dade, como vestimentas, competições e atle-tas mais famosos.

Organize as duplas pelo espaço da qua-dra e proponha uma vivência (somente jo-garão entre si as duplas do mesmo gênero), enfatizando os movimentos citados pelos alunos (por exemplo: saque, voleio etc.).

De acordo com o material disponível, faça subdivisões na quadra (com redes de tênis, vôlei ou futsal, barbante ou riscos com giz no chão) e/ou faça um rodízio das raquetes e bolinhas entre os alunos. Pode-se também utilizar raquetes adaptadas nesse momento, por exemplo, as confeccionadas anterior-mente com jornal.

Feitas a chamada e a vivência, discuta com os alunos se, de acordo com o que menciona-ram e vivenciaram, homens e mulheres reali-zam esses movimentos da mesma forma. Peça que identifiquem quais são as semelhanças e as diferenças e registrem-nas em uma folha de papel.

etapa 2 – diálogo entre os gêneros

Solicite que os alunos formem outras duplas, agora com adolescentes de gêneros diferentes em cada uma. Proponha que as duplas sejam formadas de acordo com ca-racterísticas pessoais que sejam visivelmente

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discrepantes, como a estatura e o peso cor-poral, por exemplo: uma menina mais alta com um menino mais baixo etc. Se conside-rar necessário, agrupe-os de modo que as di-ferenças nos aspectos pessoais se façam no-tar em cada dupla. Peça que realizem entre si os mesmos movimentos da vivência anterior e que registrem se houve alguma mudança no que haviam percebido anteriormente, como possíveis variações de força ou de velocida-de ou em seu posicionamento para rea lizar cada movimento.

Explique que o tênis, praticado no am-biente descontraído dos clubes sociais (country clubs), servia para aproximar os jovens burgueses com o objetivo de formar casais dentro da mesma classe social. Discu-ta com eles as implicações da informalidade daquele contexto e as exigências vislumbra-das no esporte voltado à busca do rendi-mento máximo, com interesses de premia-ção e de patrocínio, e a veiculação de atletas dessa modalidade em anúncios publicitários na mídia.

etapa 3 – Jogo entre os gêneros

Organize jogos rápidos entre as duplas, no formato de um breve torneio em que a dupla que marcar o primeiro ponto per-maneça em quadra. Peça aos alunos para que tentem aproveitar suas características pessoais da melhor forma que conseguirem durante os jogos, registrando as estratégias que elaborarem.

Depois, solicite que os alunos leiam seus registros e analisem os resultados que ob-tiveram no torneio de jogos rápidos. Dis-cuta com eles a coerência dos argumentos usados para justificar as estratégias das duplas, tanto as bem-sucedidas quanto as malsucedidas.

Professor, antes da Atividade Avaliadora, oriente os alunos para que leiam o conteúdo do quadro “Curiosidade”, do Caderno do Aluno. Assim, eles ampliarão seus conheci-mentos acerca do tênis e da prática dessa mo-dalidade por atletas com deficiência.

Curiosidade

Ao longo dos anos de escolarização, é comum vivenciar situações em que se organizam equipes mistas, prevalecendo os aspectos da cooperação, da experimentação e da inclusão. As práticas esportivas em que homens e mulheres competem juntos e aquelas em que pessoas com deficiência participam de Jogos Paralímpicos mostrando os avanços sociais conquista-dos nas últimas décadas.

O tênis de campo, classificado como modalidade esportiva individual, é também jogado em duplas, que podem ser masculinas, femininas ou mistas. No início, essas práticas eram informais, realizadas nos chamados country clubs, visando a aproximar os jovens burgueses para favorecer a formação de casais da mesma classe social. Hoje a prática competitiva in-clui na programação dos campeo natos as disputas em duplas, que envolvem a busca de alto rendimento, premiações e patrocínios.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 foram disputadas 20 modalidades esportivas: atletismo; basquete em cadeira de rodas; bocha; ciclismo; esgrima em cadeira de rodas; futebol de 5; futebol de 7; goalball; hipismo; judô; halterofilismo; na-tação; remo; rúgbi em cadeira de rodas; tênis em cadeira de rodas; tênis de mesa; tiro; tiro com arco; vela e vôlei.

O Brasil foi o 14o colocado nessa Paralimpíada, com 14 colocado nessa Paralimpíada, com 14 medalhas de ouro, 12 de prata e 7 de bronze.

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Equipe brasileira de tênis de mesa.

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Solicite aos alunos (em grupos) uma pes-quisa referente a um dos seguintes temas: de-senvolvimento do tênis no Brasil e no Estado de São Paulo; principais tenistas brasileiros; principais torneios de tênis realizados no Bra-sil e no exterior; nomes dos golpes associados às diferentes técnicas e táticas; tipos de piso de quadras para praticar o tênis.

Depois de entregues os trabalhos, troque-os entre os grupos de alunos e solicite que formu-lem perguntas e respostas com base no conteú-do abordado em cada pesquisa. Em seguida, peça que preparem cartões de cores e tama-nhos padronizados, onde serão registradas as informações necessárias para realizar um jogo de perguntas e respostas em equipes. Os alunos deverão selecionar as perguntas e respostas mais coerentes e transcrevê-las nos cartões.

Cada cartão deverá ter três perguntas e as cor-respondentes respostas. Avalie o envolvimento dos alunos na formulação das perguntas e atente--se para as respostas e os erros mais frequentes.

As discussões e os registros apresentados pe-los alunos a respeito do gênero também podem ser utilizados como instrumento para avalia-ção. Para isso, considere a coerência dos argu-mentos apresentados por eles como critério na sua análise avaliativa. Solicite aos alunos que, em duplas ou grupos (compostos, preferencial-mente, por meninos e meninas), aprofundem os comentários que fizeram anteriormente.

Questione-os sobre as finalidades atribuídas ao tênis em diferentes contextos (aproximação de pessoas em clubes sociais ou busca por rendi-mento máximo) e sobre a relevância desta moda-lidade esportiva disputada em duplas mistas (por que ela não está presente nos Jogos Olímpicos?).

Questione-os sobre a existência de exercícios físicos ou gímnicos exclusivos para homens ou

ATIVIDADE AVALIADOrA

para mulheres. Que argumentos podem ser uti-lizados para justificar ou negar essa separação?

Professor, para desenvolver esta Atividade Avaliadora, você po- de recorrer à seção “Pesquisa em grupo”, descrita no Caderno do Aluno.

O tênis brasileiro

Você conhece algum jogo de tabuleiro com perguntas e respostas sobre temas variados? Que tal preparar uma atividade parecida com esse tipo de jogo, mas a respeito do tênis de campo?

Em grupo, faça uma pesquisa sobre o tênis, abordando: desenvolvimento da modalidade no Brasil e no Estado de São Paulo; os princi-pais tenistas brasileiros; os principais torneios de tênis realizados no Brasil e no mundo; no-mes dos golpes associados às diferentes técni-cas e táticas; os tipos de piso de quadras para praticar o tênis. Escolha também fatos interes-santes que possam servir de base para a elabo-ração das perguntas do jogo.

Você pode usar uma cor para cada tema: cada cor corresponderá a perguntas sobre um tema, as quais poderão ser aumentadas ou di-minuídas segundo o interesse e o envolvimen-to dos seus colegas:

1. história do tênis no Brasil e no Estado de São Paulo (azul);

2. tenistas brasileiros (cor-de-rosa);3. torneios (verde);4. golpes (amarelo);5. curiosidades (branco).

Conforme a distribuição dos temas e a quantidade de grupos, definem-se quantas perguntas serão elaboradas.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Cada grupo deverá providenciar cartelas em cuja frente serão indicados o tema e a pergunta. O verso de cada cartela conterá a respectiva resposta. Veja um exemplo:

respostaMaria Esther Bueno

Verso

Tenistas brasileirosFoi a maior tenista da história

do tênis brasileiro

Frente

Elaborada a pesquisa e preparadas as fichas com as perguntas, pode-se começar a jogar.

Divide-se a classe em dois ou mais grupos. Cada grupo deverá responder a determinado número de perguntas referentes ao tema de uma cor previamente sorteada. Cada resposta certa vale três pontos. Cada resposta errada vale ape-nas um ponto. O professor organizará este jogo ou outro jogo semelhante com toda a turma. Mas, lembre que você poderá contribuir com sugestões durante a aula e também poderá jogar com seus colegas em outros momentos. O grupo poderá definir novas regras, como passar a per-gunta para a frente valendo X pontos etc.

Bom jogo!

1. Além do tênis de campo, in-tegram as chamadas modali-dades de raquete, entre outras:

( X ) squash. ( ) rúgbi. ( ) beisebol. ( X ) tênis de mesa. ( X ) badminton. ( ) frescobol.

2. O tênis em cadeira de rodas faz parte do programa:

( ) dos Jogos Olímpicos. ( ) do Torneio de Wimbledon. ( X ) dos Jogos Paralímpicos. ( ) do Torneio de roland-Garros.

3. O jogo que provavelmente deu origem ao tênis foi praticado inicialmente na França e era conhecido como:

( ) jeu de plume. ( ) jeu de battoir. ( X ) jeu de paume. ( ) jeu de butterfly.

4. São golpes do tênis:

( X ) saque. ( X ) forehand. ( X ) backhand. ( X ) voleio. ( ) arremesso. ( ) cortada. ( X ) smash. ( ) passe.

5. São tenistas brasileiros:

( ) roger Federer. ( X ) Fernando Meligeni.( ) rafael Nadal.( X ) Teliana Pereira.( X ) Maria Esther Bueno.( X ) Gustavo Kuerten.( ) Serena Williams.( X ) Flavio Saretta.

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Figura 14 – Finalização do forehand.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

rECurSOS PArA AMPLIAr A PErSPECTIVA DO PrOFESSOr E DO ALuNO PArA A COMPrEENSãO DO TEMA

livros

BAYEr, Claude. O ensino dos desportos colec-tivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Discute o pro-cesso de ensino dos esportes coletivos, apre-sentando os princípios operacionais comuns às modalidades esportivas.

GArGANTA, Julio. Para uma teoria dos jogos desportivos colectivos. In: OLIVEI-rA, José; GrAçA, Amândio (eds.). O ensino dos jogos desportivos. 2. ed. Porto: universidade do Porto, 1995. Propõe uma discussão sobre o processo de ensino--aprendizagem das modalidades esportivas coletivas, estabelecendo unidades funcio-nais do jogo.

PAES, roberto r. Educação física esco-lar: o esporte como conteúdo pedagógico do Ensino Fundamental. Canoas: ulbra, 2001. O autor discute a finalidade da Edu-cação Física e sua dinâmica no Ensino Fundamental, enfatizando o esporte como con teúdo pedagógico.

site

Confederação Brasileira de Tênis. Disponível em: <http://cbtenis.com.br/>. Acesso em: 24 jul. 2013. Apresenta informações gerais sobre o tênis no Brasil e no mundo: histórico, regras, principais eventos, ranking dos atletas.

Filmes

Campeões 2. Televisión de Catalunya, Espanha, 1990. Veiculado pela TV Escola. Brasília: MEC, Secretaria de Educação a Distância, 1990. 1 fita de vídeo (106 min, 52 s): son., color. BBE. Pro-grama TV Escola. Série que apresenta as bases técnicas, provas e regras de várias modalidades esportivas. Para tênis, consulte o programa no 6 (13 min).

Wimbledon: o jogo do amor (Wimbledon). Dire-ção: richard Loncraine. Inglaterra, 2004. 98 min. Comédia romântica em que um tenista em uma baixa posição no ranking mundial recebe um con-vite para disputar o tradicional Torneio de Wim-bledon, sua última chance de vencer um torneio.

PrOPOSTA DE SITuAçõES DE rECuPErAçãO

Durante o percurso pelas Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras Situações de Aprendizagem sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar o processo de maneira di-ferente. Tais estratégias podem ser desenvolvi-das durante as aulas ou em outros momentos, envolvendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentarem dificuldades; podem ser de-

senvolvidas individualmente ou em pequenos grupos. Por exemplo:

f organizar roteiro de estudos com pergun-tas norteadoras referentes ao tênis e sua posterior apresentação em registro escrito;

f selecionar modalidades esportivas indi-viduais que utilizem o implemento ra-quete, apresentando suas semelhanças e diferenças.

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Tema 5 – Corpo, saÚde e BeleZa – eFeiTos FisiolÓGiCos, morFolÓGiCos e psiCossoCiais do TreinamenTo FÍsiCo

Nas últimas décadas, o conceito de saúde tem sido ampliado para “promoção da saúde” (Organização Mundial da Saúde, 1986, apud BrASIL, 2002), que enfatiza a importância do envolvimento comunitário nas questões da saúde individual e coletiva. Nessa atual defini-ção, há duas grandes perspectivas de atuação: de um lado, atividades individualizadas que enfocam os estilos de vida e se concentram em componentes educativos relacionados aos ris-cos comportamentais modificáveis. Por outro lado, atividades voltadas ao coletivo por meio de políticas públicas e de ambientes favoráveis ao desenvolvimento da saúde. A disseminação de conhecimentos sobre saúde possibilita que a comunidade se responsabilize sobre sua saú-de, explicitando seus problemas, reivindicando e sugerindo soluções.

A segunda perspectiva, vinculada ao conceito de saúde coletiva, já foi abordada no volume 2 da 1a série e será retomada no volume 2 da 2a série. Considerando-se a pri-meira perspectiva, convém levantar os estu-dos sobre os efeitos da prática de atividade física e exercício físico para a sensibilização do aluno quanto à sua importância. Em sua maioria, os estudos indicam benefícios dos exercícios às estruturas e às funções corpo-rais, mas mostram também efeitos negativos quando mal administrados.

Segundo Weineck (2005), para melhor en-tendimento dos efeitos da atividade física e do

exercício físico sobre o organismo humano, é fundamental o conhecimento dos processos de adaptação (entendida como uma reorganiza-ção orgânica e funcional do organismo), que estão sujeitos a fatores endógenos e exógenos.

São fatores endógenos (internos): a idade, o sexo e a condição de treinamento. A infân-cia e adolescência são os períodos de grande capacidade de adaptação, a qual, apesar de diminuir com o avanço da idade, se mantém até o fim da vida. Com relação ao sexo, a ca-pacidade de adaptação se dá de forma dife-renciada; por exemplo, a treinabilidade da musculatura na mulher é menor, devido à me-nor quantidade de testosterona no organismo feminino. Quanto à condição de treinamento, geralmente os processos de adaptação ocor-rem mais rapidamente quanto menor for o nível de desempenho pessoal.

São fatores exógenos (externos): a qualidade e a quantidade da sobrecarga e a alimentação. A correta sequência de estímulos, observando--se as normas de treinamento (intensidade, du-ração, frequência, sobrecarga), define a forma e a abrangência do processo de adaptação. A alimentação precisa fornecer os elementos nu-tricionais necessários para a formação de es-truturas diante dos estímulos de carga.

Para cada tipo de treinamento físico há adaptações específicas nos diferentes sistemas do corpo, conforme se verifica a seguir:

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Quadro 1 – adaptações em treinamentos físicos

Treinamento adaptações específicas

Capacidade anaeróbia

– maiores níveis intramusculares de substratos anaeróbios (ATP, PCre e glicogênio);

– maior quantidade e atividade das enzimas-chave, que controlam a fase anaeróbia (glicolítica) do fracionamento da glicose;

– maior capacidade de gerar aumento de rendimento sanguíneo de lactato durante exercício máximo.

Capacidade aeróbia

Adaptações metabólicas:– aumento no tamanho e quantidade de mitocôndrias no músculo

esquelético treinado;– duplicação do nível das enzimas do sistema aeróbio;– melhora na oxidação de ácidos graxos (metabolismo de gorduras

e carboidratos);– intensificação da capacidade aeróbia das fibras musculares.

Adaptações cardiovasculares:– ampliação do tamanho do coração (melhor volume sistólico);– aumento do volume plasmático;– aumento do volume sistólico de ejeção;– diminuição da FC, aumento do débito cardíaco, aumento do

oxigênio extraído do sangue, aumento do fluxo sanguíneo, diminuição da PA.

Adaptações pulmonares:– aumento da ventilação muscular durante exercício máximo;– hipertrofia da musculatura respiratória (músculos intercostais

externos e diafragma).

Outras adaptações:– modificação na composição corporal;– transferência de calor corporal.

resistência muscular

Adaptações neurais:– maior ativação do SNC;– melhor sincronização das unidades motoras;– reflexos inibitórios neurais mais intensos.

Adaptações musculares:– hipertrofia das fibras musculares;– remodelagem muscular.

Adaptações nos tecidos conjuntivo e ósseo:– fortalecimento de ligamentos, tendões e tecidos ósseos de apoio.

Outras adaptações:– modificação na composição corporal.

Fonte: McArDLE; KATCH; KATCH, 2002.

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SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 7 CONHECENDO OS EFEITOS DO TrEINAMENTO SOBrE

OS SISTEMAS DO COrPO

Ademais, o treinamento físico, a depender de suas características, pode produzir efeitos positivos ou negativos sobre outros sistemas orgânicos: sistema nervoso autônomo (pro-duz relaxamento ou excitabilidade); sistema nervoso central (aumenta a circulação san-guínea no cérebro); sistema visual (melhora o desempenho visual); sistema sensorial cines-tésico (melhora a capacidade de desempenho muscular ou leva à disfunção da propriocep-tividade e ao surgimento de lesões); sistema imune (estimula a imunidade em atividades le-ves e de longa duração ou a prejudica em trei-namento muito intenso); e sistema endócrino (libera o hormônio do crescimento e melhora o sistema regulador hormonal).

Quanto aos aspectos psicossociais, pode-se falar em efeitos positivos e negativos causados pela atividade física e pelo exercício físico.

Entre os efeitos positivos estão: redução de vários sintomas de estresse; diminuição da ansiedade, da depressão moderada e da ins-tabilidade emocional; melhora na autoestima, no autoconceito, na imagem corporal e no re-lacionamento interpessoal.

Têm sido relatados efeitos negativos decor-rentes de treinamento excessivo ou competi-ção inadequada, tais como: transtornos psi-cossomáticos ou gastrintestinais; alterações de apetite e de sono; desvios de comportamento; aumento da ansiedade e da agressividade; es-gotamento físico e psicológico (burnout); dis-túrbios cognitivos (falta de atenção e de con-centração, esquecimento, bloqueio mental); e síndrome de saturação esportiva, além da di-minuição dos sentimentos de eficácia, alegria, realização, competência e controle.

possibilidades inderdisciplinares

O conhecimento dos fundamentos anato-mofisiológicos dos sistemas do corpo é neces-sário para a compreensão dos efeitos especí-ficos do treinamento. Diante desse fato, será de fundamental importância um trabalho interdisciplinar com professores de Biologia e Química. Por exemplo, o efeito morfológi-co do treinamento aeróbio no aumento do número e do tamanho de mitocôndrias nas fibras musculares pode ser relacionado aos conhecimentos sobre as estruturas celulares.

Os alunos informarão as atividades físicas e/ou exercícios físicos programados (ginásticas de academia, treinamento em alguma moda-lidade esportiva etc.) que realizam cotidiana-mente, bem como buscarão tais informações em entrevistas realizadas com jovens e adultos, perguntando quais os efeitos físicos e psicos-sociais que os entrevistados percebem como decorrentes da atividade física e dos exercícios

realizados. Os dados serão analisados em bus-ca de relações sobre tipos e características das atividades físicas e exercícios relatados, nível de desenvolvimento de capacidades físicas e efei-tos percebidos. Por fim, você, professor, apre-sentará informações mais aprofundadas sobre os efeitos esperados do treino físico, com ênfa-se no treino da capacidade aeróbia e da resis-tência muscular.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

desenvolvimento da situação de aprendizagem 7

Professor, sugere-se iniciar a Situação de Aprendizagem utilizando a atividade “Para começo de conversa”, do Caderno do Aluno, a fim de retomar alguns conceitos e verificar o que os alunos já sabem sobre o tema.

Mesmo que você ainda não prati-que nenhuma atividade física re-gular, já deve saber dos benefícios promovidos pela prática de exercí-

cios, atualmente considerada um importante

Conteúdo e temas: efeitos fisiológicos, morfológicos e psicossociais do treinamento físico; repercus-sões do treinamento físico sobre sistemas orgânicos e desenvolvimento de capacidades físicas.

Competências e habilidades: identificar e reconhecer os efeitos do treinamento físico sobre os sistemas orgânicos; relacionar tipos e características de atividades físicas/exercícios físicos com o desenvolvi-mento de capacidades físicas e efeitos sobre os sistemas orgânicos.

sugestão de recursos: fichas; cartolinas.

fator para a melhoria da qualidade de vida. Mas para que possamos aproveitar ao máxi-mo tais benefícios, essa prática deve ser siste-matizada e gradativamente modificada. Quando uma prática é desenvolvida em de-terminado período de tempo e provoca mo-dificações (adaptações) no organismo com o objetivo de melhorar o rendimento, ela rece-be o nome de treinamento.

Os programas de treinamento físico obede-cem a algumas linhas gerais, que chamamos de princípios de treinamento. Mas será que todos os treinamentos são iguais?

Figura 15 – Treino de força. Figura 16 – Corrida.

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Os objetivos e as necessidades dos grupos ou das pessoas são diferentes. Por exemplo, você acha que o treinamento físico militar tem o mesmo objetivo do treinamento de um time de futebol?

Imagine a seguinte situação: você é pre-parador físico de uma equipe de futebol. Seu lateral esquerdo (aquele que precisa ter velo-cidade para puxar o contra-ataque e receber lançamentos em profundidade) é lento. O cen-troavante só consegue fazer fintas para o lado direito. O goleiro tem pequena amplitude nos membros inferiores e um dos zagueiros, depois de 20 minutos de jogo, não aguenta mais correr.

Pois é, administrar essa missão parece im-possível. Cada um tem deficiência numa ou noutra capacidade física e responde de ma-neira diferente ao treinamento. A isso chama-mos de “princípio da individualidade”, mas os princípios de treinamento serão discutidos na 3ª série do Ensino Médio. O importante é que saiba que essas adaptações promovi-das pelo treinamento causam modificações em nosso corpo. Vamos ver se você conhece

alguma coisa sobre os efeitos do treinamento físico no organismo.

1. Marque v (verdadeiro) ou F (falso):

a) A alimentação equilibrada é impor-tante na manutenção da saúde, mas não interfere no resultado do treina-mento. ( F )

b) um mesmo treinamento de força pro-move resultados diferentes em homens e mulheres da mesma idade por vários motivos, entre eles a ação hormonal da testosterona. ( V )

c) O treinamento só traz resultados na in-fância e na adolescência; na fase adulta não se observam adaptações. ( F )

d) A fim de obter os benefícios do treina-mento, devemos respeitar os limites do praticante, pois uma carga excessiva não só impede o desenvolvimento dos benefícios esperados como pode trazer prejuízo à saúde do indivíduo. ( V )

Figura 17 – Militares em treinamento físico.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

etapa 1 – exercício faz bem para quê?

Os alunos anotarão em uma ficha, com formato e conteúdo padronizados por você, professor, as atividades físicas que realizam cotidianamente (varrer a casa, lavar roupa, caminhar, subir escadas etc.) e/ou exer-cícios físicos programados (ginásticas de academia, treinamento em alguma modali-dade esportiva etc.). Devem ser informadas também a frequência semanal e a duração, em minutos, das atividades (por exemplo, caminhar cinco vezes por semana durante 40 minutos, jogar futsal duas vezes por semana durante uma hora, varrer a casa durante 20 minutos, três vezes por sema-na, subir três andares do prédio duas vezes por dia etc.). Informar também na ficha os resultados dos testes de capacidades físicas realizados durante o desenvolvimento do Tema 3 deste volume.

utilizando como base a mesma ficha, peça aos alunos que, divididos em grupos de cinco ou seis integrantes, entrevistem pelo menos três adultos ou jovens (de pre-ferência pertencentes à própria comuni-dade escolar ou membros da família) que pratiquem regularmente alguma atividade física/exercício físico programado (ginásti-ca de academia, caminhada/corrida, espor-

tes etc.) há pelo menos seis meses. Oriente os alunos a perguntar ainda sobre os efei-tos físicos e/ou psicossociais (positivos e negativos) percebidos como decorrentes da atividade física e dos exercícios realizados, e sobre os resultados de testes de capacida-des físicas que eventualmente os entrevista-dos tenham realizado.

Para evitar possíveis constrangimentos na utilização dessas fichas na etapa seguinte, peça aos alunos que as identifiquem (a sua e a dos entrevistados) com um pseudônimo.

Caro professor, para desenvolver esta etapa, oriente os alunos a consultar a seção “Pesquisa em grupo”, do Caderno do Aluno.

Efeitos positivos e negativos das atividades físicas

Na ficha a seguir, cada um de vocês vai anotar as atividades físicas que realiza no dia a dia e/ou os exercícios físicos que pratica com objetivo de treinamento. Se perceberem que a prática teve efeitos positivos (diminuição da porcentagem de gordura corporal, aumento de massa muscular, maior disposição etc.) ou negativos (cansaço, dores musculares etc.), anotem esses efeitos em sua ficha pessoal.

Ficha pessoal

nome ou pseudônimo

atividade do dia a dia

atividade física praticada regularmente

Frequência semanal da atividade

efeitos (positivos ou negativos) observados na prática regular

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Deve-se preencher coletivamente as fichas a seguir, após entrevistar dois adultos que praticam regularmente (e há pelo menos seis meses) alguma

Ficha do entrevistado

nome ou pseudônimo

atividade física praticada regularmente

Frequência semanal da atividade

efeitos (positivos ou negativos) observados na prática regular

Com base nos dados coletados, discutam os efeitos associados à prática de atividades físicas. Quais são os efeitos positivos? Como potencializá-los? E os negativos? Como mini-mizá-los ou evitá-los?

Espera-se que os alunos percebam, com base na pesquisa,

quais são os efeitos positivos do treinamento, bem como os

efeitos negativos advindos da inobservância dos princípios

do treinamento. Ao compararem as respostas das pessoas

que praticam atividade física com as das sedentárias, os

alunos devem identificar, quando possível, os benefícios da

prática regular de exercícios físicos.

etapa 2 – o que podemos concluir?

Distribua aleatoriamente as fichas pelos grupos, de preferência mantendo os mes- mos grupos que fizeram as entrevistas. Oriente os alunos a analisar os dados em bus-ca de relações entre: a) sedentarismo e nível de desenvolvimento de capacidades físicas; b) os tipos e características (frequência, du-ração) das atividades físicas e exercícios rela-

tados pelos colegas e os respectivos resulta-dos dos testes de capacidades físicas; c) o tipo de atividade física/exercício físico praticado pelas pessoas entrevistadas e os efeitos por elas relatados. Auxilie os alunos a construir tabelas que sintetizem os resultados, as quais serão apresentadas a toda a turma (poderão ser utilizados programas de computador, se houver disponibilidade do equipamento, ou transcritas na lousa, se a atividade for reali-zada na sala de aula, ou em folhas de cartoli-na, se realizadas em outro espaço).

Discuta o conjunto dos dados com os alu-nos, procurando evidenciar as relações entre o tipo e as características de atividade física/exercício físico, as capacidades físicas desen-volvidas e os efeitos percebidos nos diversos sistemas orgânicos. Ao final, apresente infor-mações mais aprofundadas sobre os efeitos es-perados do treinamento físico, com ênfase no treino da capacidade aeróbia e da resistência/força muscular, tomando os dados apresenta-dos pelos alunos como exemplos.

modalidade esportiva, ginástica de academia ou caminhada. Aqui valem as mesmas orientações dadas para o preenchimento da ficha pessoal.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Professor, sugerimos sistematizar esta etapa utilizando o quadro de conceitos apresentado na introdução deste tema e

O treinamento melhora a função da tireoide, eleva a autoestima, aumenta a tolerância ao estresse, amplia a captação de oxigênio e a produção do GH (hormônio do crescimento), melhora o sistema imunológico, diminui a porcentagem de gordura e reduz a intolerância à glicose, isso tudo só para começar! Mas preste muita atenção:

Treinamento em excesso e/ou executado de maneira incorreta pode causar lesões, levar à alteração do apetite e do sono, provocar a ansiedade, causar esgotamento etc.

você sabia?

Já vimos que o treinamento traz modificações (adaptações) ao organismo humano por meio de estímulos. Aqui, no nosso

caso, os estímulos são os exercícios físicos; por-tanto, o treinamento promove também a me-lhoria das capacidades físicas. Talvez você ain-

da não tenha condições de identificar benefícios fisiológicos, a não ser que esse tema tenha sido discutido de forma interdisciplinar durante as aulas. Mas já é possível reconhecer as capacida-des físicas e o resultado obtido quando são de-senvolvidas. Então, complete o quadro a seguir de acordo com o exemplo.

Capacidade exercício Benefício

Flexibilidade Alongamento Aumento da amplitude articular

agilidade

Força

velocidade

resistência

Professor, neste momento você pode indicar como leitura complementar a seção “Aprendendo a aprender”, presente no Caderno do

Aluno. Isso permitirá ao aluno fazer uma reflexão individual sobre a maneira correta de realizar as atividades da vida cotidiana.

finalizá-la com as atividades do quadro “Você sabia?” e da seção “Você aprendeu?”, disponíveis no Caderno do Aluno.

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Você vai conhecer algumas dicas para que as atividades cotidianas realizadas em casa não se tornem, futuramente, motivo de dor.

Mas, antes, responda sinceramente: Ao pegar alguma coisa do chão, qual das duas posições mostradas pelas ilustrações você realiza?

Lavar, estender e passar a roupa, escovar os dentes, lavar e guardar a louça são atividades que podem causar problemas de coluna ou agravá-los. Se não estivermos atentos, realiza-remos incorretamente o movimento de flexão da coluna vertebral. O jeito é adaptar esses movimentos para evitar lesões.

Veja as adaptações que vão preservar a sua coluna:

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Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 33.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

A figura anterior sugere que se abra o armário e procure alternar o apoio dos membros inferiores. O apoio do pé modifica a posição da pélvis e da coluna. Caso seu armário seja de outro modelo, você pode tentar fazer uma adaptação e colocar um apoio para o pé.

Você compreendeu por que os gestos do cotidiano não são tão simples quanto parecem?

Na figura da esquerda, um simples banquinho ajuda a preservar a coluna e a diminuir a necessidade de flexão para executar tarefas à frente do corpo.

Na figura da direita, os movimentos realizados longe do tronco sobrecarregam a coluna vertebral e os membros superiores.

Você pode lavar louça sentado ou com os membros inferiores afastados, para se adequar à altura da pia, evitando flexionar demais o tronco.

Mantenha o trabalho o mais próximo possível do corpo, sempre atento para evitar acidentes domésticos!

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Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 31 e 33.

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Fonte: SANTOS, Angela. Postura corporal: um guia para todos. São Paulo: Summus, 2005. p. 33.

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Procure avaliar se ao longo da Situação de Aprendizagem os alunos conseguem re-lacionar o tipo e as características de ativi-dade física/exercício físico, as capacidades físicas desenvolvidas e os efeitos nos diver-sos sistemas orgânicos. Ao final, apresente questões como:

f Quais atividades físicas/exercícios físicos se mostraram mais adequados para desenvol-ver, respectivamente, a capacidade aeróbia, a resistência e a força muscular?

Prefira um varal com ajustes de altura para evitar elevações dolorosas do ombro.

Você pode utilizar uma caneca para o bochecho quando estiver escovando os dentes, e evitar, assim, a flexão do tronco.

Faça pequenas pausas antes que o cansaço apareça.

Fracione as tarefas domésticas, evitando fazer num só dia toda a “limpeza pesada”.

dicas!

ATIVIDADE AVALIADOrA

PrOPOSTA DE SITuAçõES DE rECuPErAçãO

f O melhor desempenho no teste de resistên-cia indica desenvolvimento de qual sistema energético?

f O efeito de hipertrofia muscular está rela-cionado a que tipo de atividade física/exer-cício físico?

Essas e outras questões semelhantes pode-rão ser respondidas pelos alunos, individual-mente ou em grupo, por escrito ou oralmente, para toda a turma. Faça as correções necessá-rias nas respostas.

Durante o percurso pelas Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apre-ender os conteúdos da forma esperada. É necessá-rio, então, que outras Situações de Aprendizagem sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, envolvendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificulda-des. Por exemplo, o professor pode propor:

f roteiro de estudos com perguntas nor-teadoras para posterior apresentação das respostas encontradas em registro escrito ou outra forma;

f produção de um texto em que o aluno autoavalie sua participação em ativida-des físicas/exercícios físicos e nível de desenvolvimento de capacidades físicas, conhecimentos obtidos nas Situações de Aprendizagem.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

livrosBECKEr JuNIOr, Benno. Manual de psi-cologia do esporte e exercício. Porto Alegre: Nova Prova, 2000. Aborda os aspectos psi-cológicos que envolvem a criança no espor-te, como a motivação e o estresse.

BrASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saú-de. As cartas da promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ cartas_promocao.pdf>. Acesso em: 16 set. 2013. reúne os documentos de referência re-sultantes do processo de discussão e construção coletiva sobre os conceitos fundamentais abor-dados no contexto da promoção da saúde.

MALINA, robert M.; BOuCHArD, Claude. Atividade física do atleta jovem: do crescimen-to à maturação. São Paulo: roca, 2002. São apresentados conceitos e estudos sobre cres-cimento, maturação e desempenho motor. Os autores apresentam a influência da prática de atividade física no desenvolvimento dos siste-mas do corpo.

McArDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia do exercício. 2. ed. rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Destina um capítulo ao trei-namento de força (cap. 15), enfocando aspec-tos relacionados às medidas e testes para ava-liação da força muscular, diferenças sexuais quanto à manifestação de força, característi-cas gerais relativas ao treinamento de resistên-cia, em especial para crianças.

rOSE JuNIOr, Dante de. Tolerância ao treinamento e à competição. Aspectos psico-lógicos. In: GAYA, Adroaldo; MArQuES,

Antonio; TANI, Go. Desporto para crianças e jovens. Porto Alegre: Editora da uFrGS, 2004. p. 251-264. O autor conceitua o espor-te, a competição e o treinamento e suas im-plicações psicológicas para a criança. Aborda também a influência de pais e técnicos nessa dinâmica.

SAMuLSKI, Dietmar; NOCE, Franco. Ati-vidade física, saúde & qualidade de vida. In: SAMuLSKI, Dietmar. Psicologia do esporte. São Paulo: Manole, 2002. p. 300-316. Os au-tores relacionam exercício físico, saúde, bem--estar psicológico e autoconceito, inclusive no processo de envelhecimento. Apresentam também os benefícios psicológicos apontados na declaração da Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte.

WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2005. Trata dos efeitos da ati-vidade física e do treinamento físico-esportivo sobre o corpo humano, explicitando os fenô-menos de adaptação dos diferentes sistemas orgânicos ao treinamento.

artigo

GuEDES, Dartagnan P. Educação para a saúde mediante programas de Educação Físi-ca escolar. Motriz, v. 5, n. 1, 1999. p. 10-14. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/05n1/5n1_ArT04.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2013. O artigo sugere que a escola, de maneira geral, e a Educação Física, em par-ticular, desenvolvam programas que levem os alunos a perceber a importância de adotar um estilo de vida saudável, fazendo que a atividade física direcionada à promoção da saúde se torne componente habitual no cotidiano das pessoas.

rECurSOS PArA AMPLIAr A PErSPECTIVA DO PrOFESSOr E DO ALuNO PArA A COMPrEENSãO DO TEMA

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Tema 6 – Corpo, saÚde e BeleZa – exerCÍCios resisTidos (musCulação): BeneFÍCios e risCos à saÚde nas várias Faixas eTárias

registros históricos apresentam indícios de que a realização de exercícios contra resistência (carga), objetivando o fortalecimento muscular, já era prática entre os antigos povos assírios e babilônicos, bem como na Antiguidade grega, com propósitos estéticos e de ganho de força.

Podemos conceituar a musculação, de modo amplo, como a prática de exercícios contra re-sistência e concluir, consequentemente, que uma parcela considerável dos movimentos rea-lizados em nosso dia a dia constitui-se em exer-cícios de musculação. Lambert (1990), por sua vez, destaca a musculação como o conjunto dos processos e meios que levam ao aumento e ao aperfeiçoamento da força muscular, associada ou não a outra capacidade física.

A prática corporal conhecida hoje como musculação ou exercício resistido acompanhou a evolução dos métodos de treinamento, em es-pecial aqueles relacionados às alterações sobre a estrutura musculoarticular, e é regida, além dos princípios mais gerais do treinamento físico-des-portivo, por princípios específicos, quais sejam:

a) princípio da estruturação da série de exercí cios: os grandes grupamentos mus-culares de vem ser exercitados anteriormen-te aos pequenos, devido à tendência desses pequenos grupamentos chegarem à fadiga antes dos grandes, quando submetidos a cargas propor cionais. No caso dos inician-tes, as séries de exercícios devem alternar os segmentos corporais requisitados du-rante a realização dos exercícios, visando retardar a fadiga muscular.

b) princípio da especificidade do movimento: relaciona-se à utilização da musculação na preparação física para a prática es-portiva. Ao transportar o gesto esporti-vo para o exercício com pesos, devem-se considerar: (1) observação do movimento a ser realizado; (2) análise dos ângulos e músculos envolvidos; (3) tipo de contra-ção executada; e (4) montagem do progra-ma de acordo com as capacidades físicas que se pretende treinar, bem como seus parâmetros de desenvolvimento.

c) princípio da sobrecarga: diz respeito à graduação adequada dos fatores do trei-namento (intensidade e volume), de modo a estimular o aumento das capacidades funcionais do organismo. Ou seja, significa obedecer à progressividade da carga de tra-balho a partir do volume e da intensidade do programa, objetivando o alcance de no-vos níveis de adaptações morfofisiológicas, não alcançados com a utilização de cargas constantes. A progressividade da carga deve considerar a individualidade do pra-ticante quanto à sua condição de inician-te ou atleta, à sua capacidade de recupe-ração pós-esforço e à sua capacidade de adaptação a novos estímulos. Em linhas gerais, o volume e a intensidade no início de qualquer programa devem ser baixos, aumentados com a evolução da condição física de cada pessoa, tendo-se, entretan-to, a consciência da impossibilidade de aumento infinito da carga de trabalho, estando os atletas mais próximos dos li-mites máximos.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

aplicabilidade da musculação

Competição esportiva: levantamentos olímpicos – modalidade esportiva presente desde os primei-ros Jogos Olímpicos da Era Moderna, na qual os atletas buscam elevar a maior quantidade de peso possível, obedecendo a técnicas e regras preestabelecidas.

Culturismo: também conhecido como fisiculturismo (body building) e modelagem física, o cultu-rismo corresponde à modalidade esportiva em que o atleta busca obter o desenvolvimento máximo de sua musculatura, acima dos níveis normais, sem, contudo, comprometer a simetria e as propor-ções musculares. Esta modalidade fomenta um vasto mercado dedicado à suplementação alimentar, juntamente com a otimização dos processos metabólicos nos treinamentos voltados ao alcance da performance máxima.

Treinamento esportivo: a musculação é largamente utilizada como meio auxiliar no desenvolvi-mento muscular, vinculada ao aprimoramento da força e da resistência localizada, objetivando maior eficiência do gesto esportivo. Devido à sua elevada demanda energética, a musculação deixou de ser coadjuvante nos programas de treinamentos e foi incorporada ao seu planejamento global.

estética: a utilização da musculação para fins estéticos assemelha-se ao culturismo, visto que o propósito dos praticantes consiste em adquirir uma modelagem física conforme os padrões de simetria e proporcionalidade dos músculos, buscando, entretanto, um desenvolvimento muscular compatível com os níveis normais, sem objetivo competitivo. representa, nos dias atuais, uma das principais motivações para a prática da musculação em sua maior abrangência, especialmen-te nas academias e nos clubes, contribuindo para a evolução dos recursos materiais destinados à modelagem do corpo.

profilaxia: a musculação auxilia a prevenção de lesões osteomioarticulares, frequentes no esporte e em várias atividades profissionais em que a realização de gestos repetitivos solicita grupos mus-culares localizados, o que favorece o surgimento das referidas lesões. Diante disso, deve-se reservar, durante o ciclo de treinamento e/ou as jornadas de trabalho, um período para os exercícios de com-pensação, pelo aumento da força muscular e/ou da resistência dos tendões e ligamentos, buscando equilibrar os grupos musculares antagonistas, diminuindo assim o risco de lesões e vícios posturais.

A prática da musculação também auxilia a combater a fragilidade musculoesquelética que comu-mente acompanha as pessoas na terceira idade e a instalação da osteoporose, em geral nas mulheres no período da menopausa, além de prevenir lesões osteomioarticulares.

Fontes: LAMBErT, 1990; GOBBI, VILLAr, zAGO, 2005; SANTArÉM, 1993.

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intensidade é o grau de esforço momentâ-neo necessário à realização de um exercício, traduzido pela quantidade de energia utiliza-da em sua execução, representado pelo peso (quilagem) em cada série e pela duração dos intervalos entre as séries.

volume é a quantidade de trabalho realiza-do, representado pela duração e pela frequên-cia das sessões.

Apesar dos avanços técnico-científicos já alcançados, a disseminação de informações equivocadas (os chamados “mitos”) quanto aos efeitos da musculação sobre o organismo ainda dificultam sua difusão como modali-dade de atividade física favorável ao desen-volvimento e ao aprimoramento harmônicos da saúde humana. um dos fatores que con-tribuem para essa situação está relacionado à concepção que restringe a aplicação da mus-culação ao fisiculturismo (body building).

Muito criticado principalmente por sua frequente associação com os esteroides ana-bolizantes e outros recursos anabólicos, o fi-siculturismo, em razão do desenvolvimento exagerado da musculatura conseguido à custa de exercícios árduos com cargas bastante eleva-das, constitui-se, ainda que involuntariamente, no principal responsável pela discriminação da musculação como atividade saudável. Em ver-dade, o universo de aplicação da musculação é amplo e relaciona-se a propósitos esportivos, estéticos e profiláticos.

Dada a crescente procura pela mus-culação por pessoas de ambos os sexos e idades variadas, objetivando em especial o aumento da massa muscular (hipertrofia muscular), torna-se importante esclarecer e fundamentar sua prática para os alunos do Ensino Médio, mostrando-lhes de que for-ma essa atividade poderá contribuir para a

manutenção e melhora da saúde, possibili-tando-lhes criticar sua aplicação tomando como referência suas consequências (riscos e/ou benefícios) sobre o organismo nas dife-rentes faixas etárias.

riscos e benefícios da musculação nas várias fases da vida

Existem muitas opiniões desfavoráveis à aplicação dos trabalhos de força (muscula-ção) em crianças e adolescentes, cujos motivos estão relacionados, especialmente, às preocu-pações com o crescimento, embora existam outras tantas que apontam para a utilização segura desses trabalhos, sem nenhum prejuízo à formação corporal.

De acordo com McArdle, Katch e Katch (2002), a preocupação com a possibilidade de a sobrecarga muscular excessiva ocasionar le-sões nas crianças em crescimento justifica-se pelo fato de o sistema esquelético apresentar-se ainda em estágio de formação, questionando--se inclusive a validade de um treinamento resistido para o aprimoramento da força em crianças cujo perfil hormonal se encontra em desenvolvimento, especialmente em relação à testosterona (hormônio anabólico). Por outro lado, os mesmos autores chamam a atenção para a existência de evidências indicando que os programas de treinamento resistido devida-mente supervisionados, utilizando níveis relati-vamente moderados de exercícios concêntricos, produzem um aumento significativo da força muscular em crianças, sem qualquer efeito ad-verso sobre ossos e músculos.

A treinabilidade da força assume um papel importante no desenvolvimento corporal de crianças e jovens. Para tanto, o treinamento deve respeitar as particularidades do organismo em crescimento, visto que a ossificação do sis-tema esquelético só termina entre 17 e 20 anos, o que torna o aparelho locomotor de crianças e jovens menos capacitado para suportar car-

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

ga em relação ao de adultos. Entretanto, nesse aparelho ainda em crescimento e maturação, mediante tração e pressão sobre os ossos exerci-das por meio da atividade muscular, são desen-cadeados estímulos formativos e consequentes manifestações de adaptações, evidenciadas na modificação da estrutura óssea e na maior re-sistência do tecido conjuntivo, o que justifica a necessidade de fortalecimento muscular em to-das as faixas etárias, com a correta dosagem dos estímulos e a utilização de meios apropriados (WEINECK, 2000).

Com o envelhecimento, ocorre diminui-ção da massa muscular e, consequentemen-te, da força muscular. O declínio acentuado dos níveis de força em pessoas idosas pode comprometer sua capacidade funcional para realização das atividades da vida diá-ria, bem como aumentar a ocorrência de quedas e fraturas.

A inclusão de exercícios resistidos em pro-gramas de condicionamento físico direciona-

dos às pessoas idosas, desde que devidamente elaborados, pode promover adaptações favo-ráveis, tais como aumento nos níveis de força (associados ou não a certo grau de hipertrofia muscular) e melhora na execução das ativida-des da vida diária (AVD), além de redução nas queixas de dores articulares.

Tantos benefícios dão suporte à utiliza-ção dos exercícios resistidos como recurso favorável à aquisição de bons níveis de ap-tidão funcional pela população idosa, pos-sibilitando-lhe a manutenção de melhores condições de saúde. No entanto, para elimi-nar possíveis riscos associados à prática da musculação, existem recomendações espe-cíficas para a elaboração de programas que possam garantir tais benefícios de forma se-gura e eficiente. Essas recomendações se en-contram relacionadas a parâmetros como: número de séries e repetições; intervalos de recuperação; velocidade de execução dos movimentos; quantidade de exercícios por sessão; e frequência semanal.

SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 8 DESVENDANDO O MuNDO DA MuSCuLAçãO

Solicita-se aos alunos um levantamento prévio sobre conceitos, princípios e aplicabi-lidade relacionados à prática da musculação. A partir da vivência de um circuito montado apenas com exercícios que envolvam a susten-

tação do peso corporal, os alunos, organiza-dos em grupos, confrontarão os resultados de suas pesquisas com as características observa-das na execução do circuito, buscando iden-tificar possíveis aplicações para esse modelo.

Conteúdo e temas: musculação – conceitos, princípios e campos de aplicação.

Competências e habilidades: identificar os princípios que regem a elaboração de um programa de musculação; relacionar diferentes aplicações para a prática da musculação.

sugestão de recursos: livros; artigos; sites etc.

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desenvolvimento da situação de aprendizagem 8

musculação serve para...

Solicite, previamente, aos alunos que pes-quisem, em fontes (livros, artigos, sites) indi-cadas ou não por você, professor, informações acerca de princípios e aplicabilidade relacio-nados à prática da musculação (por exemplo, critérios para montagem de séries, propósitos de utilização da musculação etc.).

Organize um circuito composto por exer-cícios resistidos sem a utilização de imple-mentos, envolvendo apenas a sustentação do peso corporal como sobrecarga. Consideran-do-se a heterogeneidade da turma quanto à aptidão/experiência em relação à execução dos exercícios, elabore um circuito misto contendo atividades que envolvam exigência de força e/ou resistência muscular. Para tan-to, sugere-se alternar os segmentos corporais exigidos a cada estação de exercício que com-porá o circuito e utilizar de tempos fixos (20 a 30 segundos) em que os alunos realizarão o número de repetições que for possível, dis-

pondo de intervalos mais longos (3 a 5 minu-tos) para recuperação completa entre as es-tações. O número de passagens pelo circuito completo dependerá do número de estações e do tempo disponível para a atividade.

Após a conclusão do circuito, os alunos se organizarão em grupos e, tomando como base as informações pesquisadas, buscarão identificar e analisar os princípios presentes no circuito realizado (por exemplo, alternân-cia entre os segmentos corporais, tempo de exercício versus tempo de descanso). Em se-guida, confrontarão seus dados sobre o cam-po de aplicação da musculação, buscando identificar qual(is) propósito(s) poderia(m) ser atendido(s) a partir de exercícios com exigência de força e/ou resistência muscular executados, em meio à lista de aplicabilida-des por eles levantadas.

Professor, sugira que os estudantes façam as atividades descritas na se-ção “Para começo de conversa”, do Caderno do Aluno.

Compare as duas colunas:

Máquinas, halteres Marombeiro

Porcentagem de gordura Pitboy

Série Puxar ferro

Treino Malhação

Massa muscular Tendinite

Hipertrofia Lesão muscular

Suplemento Substâncias proibidas

Todas essas palavras se referem, às ve-zes de maneira superficial, ao universo do nosso tema: a musculação! Talvez você seja um praticante dessa modalidade e provavel-mente nem imagine que esta seja uma prá-tica muito antiga. Não com as estruturas

das academias de hoje, claro, mas os exer-cícios de força (capacidade física, lembra?) com finalidade estética ou de fortalecimento muscular já eram uma prática entre gregos, assírios e babilônios. Vamos ver o que você conhece desse universo?

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Figura 18 – Aparelhos em academia.

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1. relacione as palavras ao seu respectivo sig-nificado:

(A) Série.

(B) Hipertrofia.

(C) resistência.

(D) Volume.

(E) Intensidade.

( B ) Número menor de repetições e carga alta.

( E ) Grau de esforço empregado num exer-cício.

( A ) Número de repetições de um exercício (3 x 10; 3 x 15).

( D ) Quantidade de trabalho realizado.

( C ) Número maior de repetições e carga baixa.

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b) Caneleiras.

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c) Extensor peitoral (ou elástico).

a) Halteres.

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2. Nomeie os implementos:

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SITuAçãO DE APrENDIzAGEM 9 MuSCuLAçãO E HIPErTrOFIA MuSCuLAr:

rISCOS E BENEFíCIOS

Os alunos vivenciarão, inicialmente, uma atividade em que poderão experimentar/avaliar alterações no perímetro muscular de algumas regiões corporais após a realização de séries de exercícios resistidos específicos e

discutirão, sob sua supervisão, professor, os resultados observados. Em seguida, em um fórum de debate, confrontarão dados relacio-nados aos riscos, aos benefícios e às recomen-dações relativos à prática da musculação.

desenvolvimento da situação de aprendizagem 9

etapa 1 – Hipertrofia instantânea

Solicite aos alunos que tragam fitas mé-tricas para a aula. Ao início da aula, alguns voluntários (ou, se possível, todos os alunos) serão submetidos à medição de perímetros em regiões variadas do corpo (braços, co-xas, abdome, tórax), que serão registradas. Essas medidas serão novamente tomadas e registradas ao final da aula, após algumas séries de exercícios resistidos envolvendo exi-gências relacionadas à força (maior carga e menor número de repetições) ou resistência

Conteúdo e temas: tipos de hipertrofia muscular – transitória e crônica; riscos, benefícios e recomen-dações associados à prática da musculação em diferentes faixas etárias.

Competências e habilidades: identificar os diferentes tipos de hipertrofia; discriminar possíveis riscos, benefícios e recomendações quanto à prática da musculação na infância e na adolescência; discrimi-nar possíveis benefícios e recomendações quanto à prática da musculação por adultos idosos.

sugestão de recursos: fita métrica; caneta; papel.

muscular (menor carga e maior número de repetições), conforme o nível de aptidão dos participantes. Mediante a comparação entre as medidas realizadas pré e pós-exercícios, os alunos buscarão identificar a tendência pre-sente nas alterações dos dados obtidos nos vários perímetros corporais, cabendo a você, professor, esclarecer os motivos responsáveis por tais alterações.

O que se espera é que todas as medidas tenham aumentado após os exercícios. Expli-que aos alunos que tal fenômeno se caracte-riza como uma adaptação aguda da muscu-latura envolvida na realização dos exercícios, adaptação essa conhecida como hipertrofia transitória, que desaparecerá após algumas

Tipos de hipertrofia muscularTransitória: decorre do acúmulo de substâncias não contráteis no sarcoplasma (proteínas estruturais,

mitocôndrias, glicogênio e água). Caracteriza-se por ser instável e limitada em magnitude, conferindo ao músculo aspecto túrgido e vascularização.

Crônica: resulta do acúmulo das proteínas contráteis que compõem as miofibrilas no sarcoplasma. Caracteriza-se por ser relativamente estável e sólida, capaz de produzir grandes volumes musculares.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

horas de descanso. Esclareça, ainda, que o aumento da massa muscular (hipertrofia crô-nica) exige exercitação constante e adequada ao longo de maior período de tempo.

A medida do abdome pode ser uma exce-ção, mostrando-se reduzida ao final dos exer-cícios específicos para essa região, conforme o nível de condicionamento abdominal dos alunos envolvidos. Explique aos alunos que tal redução se deve ao aumento no tônus muscular do abdome após os exercícios espe-cíficos, promovendo maior resistência da pa-rede abdominal contra a força exercida pelas vísceras, que tendem a empurrá-la para fora, especialmente naqueles alunos menos condi-cionados (abdome mais flácido).

etapa 2 – mitos e verdades

Solicite, previamente, que os alunos pesqui-sem em fontes (livros, artigos, sites) indicadas

ou não por você, professor, informações acerca dos benefícios e dos riscos da musculação, bem como sobre recomendações para a prática des-sa modalidade nas diversas faixas etárias.

Professor, para o desenvolvi-mento desta etapa, instrua a turma para que realize a “Pes-quisa em grupo”, disponível no Caderno do Aluno.

Caçadores de mitos

Musculação é bom? É ruim? Só ganha massa magra quem toma suplemento? A mus-culação é a melhor prática para fins estéticos? Crianças e idosos podem praticá-la? Tome essas questões como base e desvende o que é mito e o que é verdade. Cada integrante do grupo deve pesquisar uma das afirmações a seguir e responder, conforme o modelo, se é mito ou verdade e por quê.

afirmação mito verdade

1. Só é possível aumentar a massa magra tomando suplementos. X

2. Crianças não podem fazer exercício de força. X

3. Idosos também não. X

4. Com treinamento de força, a gordura vira músculo. X

5. Musculação engorda. X

1. MITO – Treino e alimentação corretos são suficientes para o ganho de massa magra; a necessidade de suplementação somente ocorre

se houver deficiência de algum componente, o que só pode ser avaliado por um nutricionista.

2. MITO – Naturalmente o treino para crianças é diferente do aplicado em jovens e adultos, mas exercícios de força moderados, com

estímulos adequados, observando-se o estágio de maturação, trazem adaptações benéficas.

3. MITO – Sim, os idosos podem fazer exercícios de força, mas novamente deve-se observar a adequação de cargas e estímulos, a fim de

manter a capacidade funcional e de aplicar exercícios como prevenção de patologias como a osteoporose.

4. MITO – De maneira nenhuma! O que acontece é a diminuição da porcentagem de gordura (decorrente do aumento do gasto calórico

e do metabolismo basal propiciado pelo treino) e o aumento da massa muscular. Ou seja, diminui-se a gordura e aumenta-se a massa

muscular, mas um não se torna o outro.

5. MITO – O aumento de peso que se verifica na balança é resultado do aumento da massa muscular. Lembre-se de que engordar é aumentar

gordura e não músculo. Para verificação mais precisa, faz-se necessária a avaliação da porcentagem de gordura.

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recomendações para elaboração de um programa de musculação para crianças e adolescentes

a) respeitar uma progressão no nível de carga e nos tipos de estímulos ao longo dos anos, de acordo com o estágio de desenvolvimento dos praticantes.

b) Evitar exercícios que estimulem contração excêntrica em alto grau, devido à possibilidade de mi-crotraumatismos das estruturas de tecido conjuntivo existente em tendões e ligamentos; tecido esse que atua como mecanismo de proteção à musculatura mediante o estiramento muscular excessivo.

c) Priorizar os trabalhos de resistência muscular localizada.

d) Evitar exercícios estáticos (isométricos), devido à baixa resistência anaeróbia, dando prioridade aos exercícios dinâmicos, os quais são favoráveis à melhora da circulação nas estruturas que sofrem a ação da carga.

e) Trabalhar todos os grupos musculares, especialmente os maiores, evitando exercícios unilaterais e demasiadamente localizados.

f) utilizar períodos de descanso entre as sessões, suficientes para que haja total recuperação.

g) Enfatizar que sejam adotadas postura corporal e técnica de execução corretas durante a realização dos exercícios, garantindo maior segurança ao movimento.

h) Iniciar com exercícios que envolvam apenas a sustentação do peso corporal, evoluindo para exercícios com parceiros e finalmente para exercícios com cargas extracorporais leves, mantendo baixos volumes.

i) Evitar testes de carga máxima e/ou cargas demasiadamente elevadas para a coluna vertebral.

j) Esclarecer os praticantes quanto aos riscos da utilização de recursos nocivos, como os esteroides anabolizantes e outros produtos/recursos anabólicos.

Organize um fórum de debates, de modo a levar os alunos a identificar o que seria “mito” ou verdade em relação à musculação. Por exemplo, a associação que se faz entre exercícios abdominais e redução de gordura localizada ou a relação entre o aumento de

estatura e certas modalidades esportivas. Ao final, apresente as principais recomendações específicas para a prática da musculação nas várias faixas etárias, de modo que essa ativi-dade favoreça, e não prejudique, a saúde orgâ-nica dos praticantes.

Professor, nesta etapa sugerimos que você instrua os alunos a realizar a atividade descrita na seção “Lição de casa”, do Caderno do Aluno.

Isso os orientará antes da realização da ativida-de proposta na Atividade Avaliadora. Se prefe-rir, recomende também que façam a atividade registrada na seção “Você aprendeu?”.

Você criará um circuito de força para ser executado fora da academia; antes, porém,

vamos ver a diferença entre trabalhos com pesos livres e com aparelhos. Nas próximas páginas, serão indicadas as musculaturas trabalhadas durante a execução de alguns movimentos.

Se tirássemos a pele do corpo, nós vería-mos os músculos. Eles ficariam aparentes e seria mais fácil, pela observação do movi-mento, identificar a musculatura acionada em cada exercício físico. Quando praticamos

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

uma modalidade esportiva (futebol, tênis, vôlei), embora se perceba maior utilização de uma ou de outra musculatura, podemos notar que todos os músculos trabalham ao mesmo tempo, executando o movimento ou auxiliando o grupo muscular que o está exe-cutando. Por exemplo: em um saque do vôlei, usamos a mão, o antebraço e o braço para golpear a bola (execução do movimento), mas todo o corpo participa para que o mem-bro superior realize a tarefa. Se você não acredita, experimente fazer esse movimento sentado e veja o que acontece.

Esta é a diferença na musculação: os exer-cícios são realizados de modo que se trabalhe cada grupo muscular separadamente. Isso se dá, em especial, nos exercícios feitos nos apa-relhos. Quando nos exercitamos com pesos livres (halteres, caneleiras, elásticos) ou com a sustentação do peso do corpo, a ênfase ocorre na musculatura que está sendo trabalhada, mas os outros grupos musculares auxiliam a susten-tação e a coordenação do movimento. Observe esses exercícios realizados para a musculatura peitoral e converse com seus colegas sobre quais são os principais grupos musculares envolvidos.

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Musculatura utilizada na flexão de cotovelo.

Mulher se exercitando em aparelho.

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Nessas imagens, podemos notar que, em-bora se execute um exercício para a muscu-latura peitoral (e, em menor escala, também para o tríceps, aquele músculo do “tchau”), são necessárias a contração muscular dos membros inferiores para manter a posição e a contração do abdome para deixar o tronco alinhado, só para citar as estruturas princi-pais. A imagem à direita indica que basta sen-tar com a coluna ereta (há sustentação aqui também, mas não como indicado na imagem à esquerda) e fazer o exercício para a mus-culatura peitoral – e, em menor escala, para o ombro (deltoide). De qualquer maneira, o que se pretende aqui é mostrar que, para fazer

exercícios de força, não é obrigatório o uso de aparelhos. Você pode elaborar um circui-to de exercícios de força e praticá-lo em casa, baseando-se no que foi discutido nas aulas de Educação Física.

Nas imagens a seguir, são apresentados exercícios para a elaboração de um circuito indicando a musculatura prioritariamente envolvida. Por que prioritariamente? Como já dissemos, um músculo nunca trabalha sozinho. Há recomendações genéricas nos exercícios. Em caso de dúvida quanto à exe-cução de um ou mais exercícios, converse com seu professor.

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Meninas e meninos iniciantes devem apoiar os joelhos no chão e não se esquecer de contrair o abdome para manter o alinhamento do tronco.

1. Peitoral + tríceps©

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Ao executar esse movimento, mantenha as pernas flexionadas – olhe para cima, expire durante a flexão (eleva-ção) do tronco e suba até que as escápulas saiam do chão.

Nem todo mundo consegue fazer barra fixa, não é? Tente este exercício, é mais fácil.

2. Dorsal

3. Abdominal

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Figura 19.

Figura 20.

Figura 21.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

Mantenha o abdome contraído e não deixe que a angulação dos joelhos seja inferior a 90º.

4. Quadríceps (coxa) e glúteos

Lembre-se de semifle-xionar os joelhos e con-trair o abdome.

Durante a exe cução deste exercício, mantenha os membros infe riores es-tendidos e as mãos alinha-das com o ombro.

5. Bíceps©

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6. Tríceps

Figura 22.

Figura 24.

Figura 23.

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Mantenha o abdome con-traído e fle xione o joelho até 90o. Controle a extensão do joelho, ou seja, não solte a perna de uma vez.

7. Posteriores de membro inferior

Tome esses exercícios como base (se preferir, escolha outros) e elabore um circuito de força. Você pode determinar um número de repetições para cada exercício, por exemplo 3 séries com 12 repetições (3 x 12) ou executar o movimento durante 30 ou 40 segundos antes de mudar de

estação; e não se esqueça de fazer pausas entre as estações. Você provavelmente vivenciará um cir-cuito de força na escola: aproveite para conhecer as variações na maneira de conduzi-lo. É impor-tante que saiba o objetivo que quer atingir com o treinamento de força (hipertrofia ou resistência).

dez coisas que você não pode esquecer ao iniciar um treinamento de força:

1. nunca inicie uma atividade sem realizar aquecimento;2. a carga deve progredir ao longo do treinamento de acordo com seu estágio de desenvolvimento;3. dê prioridade aos trabalhos de resistência muscular localizada. Você ainda está em fase de crescimento

e cargas altas podem trazer lesões às estruturas que ainda não estão bem formadas;4. procure trabalhar todos os grupos musculares;5. não deixe de fazer pausas entre as séries e entre as sessões;6. fique atento à postura e à execução correta do exercício. um exercício mal executado pode provo-

car dor em vez do resultado esperado;7. comece com exercícios que envolvam apenas a sustentação do peso corporal, acrescente os imple-

mentos posteriormente;8. nunca utilize substâncias proibidas, como esteroides, para aumentar a massa muscular, pois elas

têm efeitos colaterais graves;9. não se esqueça dos alongamentos, eles manterão a amplitude das suas articulações;10. nunca inicie um treinamento sem antes conversar com seu professor de Educação Física.

Figura 25.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

1. Durante uma das aulas de Educação Física, é possível que se tenha realizado uma vivência na qual se usava

uma fita métrica para medir determinada musculatura (o bíceps, por exemplo); em se-guida, eram realizados exercícios de força e, então, tomava-se novamente a medida. Você deve ter observado que o perímetro da mus-culatura aumenta logo após o esforço, é o que chamamos de hipertrofia transitória. No entanto, há uma musculatura em que isso não ocorre após o exercício de força; às vezes, até diminui: o abdome. Por quê? Professor, aqui você pode orientar a discussão com a turma,

por exemplo, a partir da Etapa 1 (hipertrofia instantânea) da

Situação de Aprendizagem 8.

2. Escreva aqui informações sobre o circuito que você criou na Lição de casa. Resposta pessoal.

3. Informe qual foi o objetivo do circui-to, que tipo de aquecimento você fez, se

fez o circuito baseando-se no tempo ou se determinou um número de repetições (carga fixa), e se ao final fez alongamento ou não.

Objetivo: ( ) hipertrofia. ( ) resistência.

Aquecimento: ( ) corrida. ( ) movimentos com

saltitos.

Circuito: ( ) por tempo. ( ) por carga fixa.

Alongamento: ( ) sim. ( ) não.

Resposta pessoal.

4. Há algum impedimento e/ou recomenda-ção para crianças, jovens e adultos pratica-rem exercícios de força? Explique.Espera-se que o aluno responda que todo exercício de for-

ça precisa ser orientado e supervisionado conforme as ca-

racterísticas pessoais e necessidades de cada um.

Solicite aos alunos que se organizem em grupos para a confecção de implementos al-ternativos que possam servir como carga/resis-tência em uma aula de musculação (ligas elás-ticas, caneleiras, halteres, garrafas PET cheias de areia etc.). Defina o objetivo: resistência muscular, hipertrofia etc. Os mesmos grupos ficarão responsáveis por estruturar uma ses-são de musculação utilizando os implementos alternativos por eles confeccionados.

Cada grupo ficará encarregado da con-fecção de implementos e da elaboração de

ATIVIDADE AVALIADOrA

exer cícios voltados especificamente para determinado segmento corporal, entre as seguintes opções: membros inferiores, tronco ou membros superiores, conforme distribuição feita por você, professor. Cada grupo explicará aos demais os exercícios propostos e, ao final, a sessão de muscula-ção poderá ser vivenciada por todos.

Procure avaliar se os alunos observam os princípios da musculação e se os exercícios e as séries propostas atendem ao objetivo pretendido.

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PrOPOSTA DE SITuAçõES DE rECuPErAçãO

Durante o percurso pelas Situações de Apren-dizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras Situações de Aprendizagem sejam propostas, permitindo ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, envolvendo todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificulda-des. Por exemplo, o professor pode propor:

f roteiro de estudos com perguntas nortea-doras, elaboradas por você, sobre concei-tos e princípios da musculação para pos-terior apresentação em registro escrito em outro formato;

f análise de sessões de musculação (no todo ou em partes) apresentadas por você, professor, por meio de imagens e/ou por escrito.

rECurSOS PArA AMPLIAr A PErSPECTIVA DO PrOFESSOr E DO ALuNO PArA A COMPrEENSãO DO TEMA

livros

BITTENCOurT, Nelson. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. rio de Janei-ro: Sprint, 1984. Aborda questões relaciona-das com a evolução histórica da musculação e seu amplo campo de aplicação (competição, treinamento, estética, terapêutica etc.), além de tratar dos princípios que regem o treina-mento com pesos. Propõe aspectos metodoló-gicos voltados à montagem de programas de musculação.

GOBBI, Sebastião; VILLAr, rodrigo; zAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condi-cionamento físico. rio de Janeiro: Guanaba-ra Koogan, 2005. Aborda as diversas capaci-dades físicas, caracterizando sua relação com a condição de saúde e seu desenvolvimento ao longo da vida, destacando aspectos re-lacionados à infância, à adolescência e ao envelhecimento. Apresenta propostas de ava-liação para indivíduos em diferentes idades, bem como referências a parâmetros gerais e específicos que devem ser levados em consi-deração ao elaborar programas de condicio-

namento físico destinados ao desenvolvimen-to das capacidades físicas.

LAMBErT, Georges. Musculação: guia do técnico. São Paulo: Manole, 1990. Trata de as-pectos fisiológicos/biomecânicos relacionados à execução dos exercícios com pesos e sua re-lação com as qualidades físicas, como flexibi-lidade, além de abordar os princípios de trei-namento. Destaca características/cuidados na execução de diversos exercícios de musculação para os diferentes segmentos corporais, assim como sua aplicabilidade/especificidade em dife-rentes modalidades esportivas, como atletismo, esportes aquáticos, esportes coletivos e lutas.

McArDLE, William D.; KATCH, Frank I. KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia do exercício. 2. ed. rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Destina um capítulo ao trei-namento de força (cap. 15), enfocando aspec-tos relacionados às medidas corporais, testes para avaliação da força muscular, diferenças sexuais quanto à manifestação dessa força e características gerais relativas ao treinamento de resistência, em especial para crianças.

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Educação Física – 2ª série – Volume 1

SANTArÉM, José M. Musculação: princípios atualizados – fisiologia, treinamento, nutrição. São Paulo: Arte Final, 1993. Faz uma síntese de diversos temas relativos à musculação, tais como sua aplicabilidade, relação com o orga-nismo feminino e do adolescente, princípios básicos e aspectos metabólicos do treinamento de musculação. Traz orientações quanto à ela-boração de programas de treinamento com pe-sos e discorre sobre as características da execu-ção dos exercícios mais comumente realizados na musculação, assim como informações gerais sobre os nutrientes e planejamento dietético voltado à hipertrofia muscular e à redução da gordura corporal.

WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 2000. Trata dos efeitos da ati-vidade física e do treinamento físico-espor-tivo sobre o corpo humano, explicitando os fenômenos de adaptação dos diferentes siste-mas orgânicos ao treinamento.

Site

Cooperativa do Fitness. Disponível em: <http:// www.cdof.com.br/musc16.htm>. Acesso em: 24 jul. 2013. Disponibiliza artigos sobre te-mas diversos referentes ao universo dos exer-cícios resistidos voltados ao condicionamen-to físico e ao treinamento.

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Quadro de ConTeÚdos do ensino médio

1a série 2a série 3a série

vol

ume

1

esporte– Modalidade coletiva: basquetebol– Sistemas de jogo e táticas em uma

modalidade coletiva já conhecida dos alunos

Corpo, saúde e beleza– Padrões e estereótipos de beleza

corporal– Consumo e gasto calórico: alimenta-

ção, exercício físico e obesidade

atividade rítmica– ritmo vital e ritmo como organização

expressiva do movimento– Tempo e acento rítmicos

esporte– Modalidade individual: ginástica

rítmica

Corpo, saúde e beleza– Corpo e beleza em diferentes períodos

históricos

Ginástica– Práticas contemporâneas em academias:

ginástica aeróbica, ginástica localizada e/ou outras

mídias– Significados/sentidos no discurso das

mídias sobre a ginástica e o exercício físico

– O papel das mídias na definição de mo-delos hegemônicos de beleza corporal

Corpo, saúde e beleza– Capacidades físicas: conceitos e ava-

liação

esporte– Modalidade individual: tênis– Técnicas e táticas em uma modalidade

ainda não conhecida pelos alunos

Corpo, saúde e beleza– Efeitos fisiológicos, morfológicos e

psicossociais do treinamento físico– Exercícios resistidos (musculação):

benefícios e riscos à saúde nas várias faixas etárias

luta– Modalidade de luta pouco conhecida

pelos alunos: boxe

Contemporaneidade – Corpo, Cultura de Movimento, diferença,

preconceito e expectativas de desempenho físico e esportivo como construções culturais

Corpo, saúde e beleza– Princípios do treinamento físico:

individualidade biológica, sobrecarga e reversibilidade

atividade rítmica– Manifestações rítmicas ligadas à cultura

jovem: hip-hop e street dance

lazer e trabalho– Ginástica laboral: saúde e trabalho

Contemporaneidade– Esportes radicais: criatividade sobre

rodas

vol

ume

2

esporte– Sistemas de jogo e táticas em uma mo-

dalidade coletiva ainda não conhecida dos alunos

Corpo, saúde e beleza– Atividade física, exercício físico e saúde

Ginástica– Práticas contemporâneas: ginástica aeró-

bica, ginástica localizada e/ou outras

luta– Princípios orientadores, regras e técni-

cas de uma luta ainda não conhecida dos alunos

esporte– Modalidade “alternativa” ou popular

em outros países: beisebol, badminton, frisbee ou outra

Corpo, saúde e beleza– Fatores de risco à saúde: sedentarismo,

alimentação, dietas e suplementos ali-mentares, fumo, álcool, drogas, dopping e anabolizantes, estresse e repouso

– Doenças hipocinéticas e relação com a atividade física e o exercício físico: obesidade, hipertensão e outras

mídias– A transformação do esporte em espetá-

culo televisivo e suas consequências

Ginástica– Ginástica alternativa: alongamento,

relaxamento ou outra

Corpo, saúde e beleza– Atividade física/exercício físico e

prática esportiva em níveis e condições adequadas

Contemporaneidade– Corpo, Cultura de Movimento, diferença

e preconceito

atividade rítmica– Manifestações e representações da

cultura rítmica nacional ou de outros países

lazer e trabalho– O lazer como direito do cidadão e dever

do Estado

Contemporaneidade– A virtualização do corpo na contempo-

raneidade

esporte, ginástica, luta e atividade rítmica– Organização de eventos esportivos e/ou

festivais (apresentações) de ginástica, luta e/ou dança

lazer e trabalho– Espaços, equipamentos e políticas

públicas de lazer– O lazer na comunidade escolar e em seu

entorno: espaços, tempos, interesses e estratégias de intervenção

Corpo, saúde e beleza– Estratégias de intervenção para promo-

ção da atividade física e do exercício físico na comunidade escolar

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERALNOVA EDIÇÃO 2014-2017

COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB

Coordenadora Maria Elizabete da Costa

Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva

Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel

Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escolaValéria Tarantello de Georgel

Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque Bomfim

EQUIPES CURRICULARES

Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela.

Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira.

Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.

Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce.

Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes.

Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade

Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.

História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez.

Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero.

Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres.

Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati.

Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi.

Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.

Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano.

História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.

Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir.

Apoio:Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE

CTP, Impressão e acabamentoEsdeva Indústria Gráfica Ltda.

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Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís

Martins e Renê José Trentin Silveira.

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu

Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e

Sérgio Adas.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva,

Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e

Raquel dos Santos Funari.

Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza

Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,

Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina

Schrijnemaekers.

Ciências da Natureza

Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.

Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo

Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene

Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta

Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,

Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso

Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.

Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,

João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,

Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida

Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria

Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo

Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,

Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,

Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,

Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo

de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,

Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell

Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e

Yassuko Hosoume.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse

Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe

Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa

Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda

Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de

Felice Murrie.

GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat

Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos

GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO

Direção da Área Guilherme Ary Plonski

Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza

Gestão Editorial Denise Blanes

Equipe de Produção

Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.

Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.

* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).

* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.

Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; educação física, ensino médio, 2a série / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adalberto dos Santos Souza, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Sérgio Roberto Silveira. - São Paulo : SE, 2014.

v. 1, 88 p.

Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.

ISBN 978-85-7849-582-4

1. Ensino médio 2. Educação física 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Souza, Adalberto dos Santos. III. Daolio, Jocimar. IV. Venâncio, Luciana. V. Neto, Luiz Sanches. VI. Betti, Mauro. VII. Silveira, Sérgio Roberto. VIII. Título.

CDU: 371.3:806.90

S239m

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini (coordenadora) e Ruy Berger (em memória).

AUTORES

Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira.

Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.

LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo.

LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

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5a SÉRIE 6oANOENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAISCaderno do ProfessorVolume 1

ARTELinguagens

Valid

ade: 2014 – 2017