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BONDUKI É REELEITO PRESIDENTE DO SINDITÊXTIL-SP O novo mandato vale para o triênio 2014/2016 em notícia ed. 29 - dezembro 2013 Leia também em seu Tablet e Smartphone

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Bonduki é reeleito presidente do sinditêxtil-sp

o novo mandato vale para o triênio 2014/2016

em notíciaed. 29 - dezembro 2013

Leia também em seu Tablet e Smartphone

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A Lei Rouanet na moda foi tema de encontro na sede do Sin-ditêxtil-SP. O presidente Alfredo Emílio Bonduki participou de evento ao lado da ministra da Cultura, Marta Suplicy, que ex-plicou como funcionam os incentivos dentro da Lei 8.313/1991. Segundo a ministra, os interessados em receber o apoio do Ministério devem apresentar projetos que se encaixem em um dos quatro eixos pré-estabelecidos que são: restauração de acervos, formação de estilistas, simbolismo brasileiro (tradição) e internacionalização. A Lei Rouanet faz parte do Programa Nacional de Apoio à Cultura, que conta com três mecanismos de financiamento: Fundo Nacional de Cultura (FNC), Fundo de Investimento Cultural e Artístico (FICART) e Incentivo a Projetos Culturais (Renúncia). Qualquer pessoa física ou jurídica pode investir no Programa, usando o artigo 18 da Lei – que oferece 100% de renúncia fiscal - ou o Artigo 26, com 40% de renúncia fiscal para doação ou 30% de renúncia para patrocínio.

Cultura

PresidenteAlfredo Emílio Bonduki

Presidentes EméritosPaulo Antonio Skaf Rafael Cervone Netto

1º Vice-PresidenteFrancisco José Ferraroli dos Santos

2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato

3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan

Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro

1º TesoureiroPaulo Vieira

2º TesoureiroReinaldo José Kroger

Diretor SecretárioOswaldo Oliveira Filho

DiretoresAdilson Sarkis Antonio GrecoBenedito Antonio Yoshimassa Kubagawa Eurípedes de Freitas Fernando Tanus Nazar George TomicGilmar Valera Nabanete Julio Maximiano Scudeler Neto Laerte Serrano Amadeo Marcos Alexandre DiniMario Roberto Galardo Ordiwal Wiezel Junior Ramiro Sanchez Palma Ricardo Antonio Weiss Rogério da Conceição de Melo Ronaldo Daniel Heilberg Sandro Zabani

Conselheiros FiscaisAdriano Chohfi Nacif Gregório de Nadai Filho Guilherme Azevedo Soares Giorgi

Suplentes de Conselheiros FiscaisFernando José Kairalla Jair Antonio Covolan Shigueru Taniguti Junior

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo.

EXPEDIENTESinditêxtil em Notícia é uma publicação do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São PauloSupervisão: Ligia Santos • Jornalista Responsável: Roberto Lima (MTb 25.712) • Colaboração Hiago Leal e Sirlene FariasDesign e Diagramação: Leandro Mira Tiragem: 3.000 exemplares

Rua Marquês de Itu.968 - 01223-000 - São Paulo/SP • Tel: (11) 3823-6100 • redaçã[email protected] • www.sinditextilsp.org.br

Curtas

O Sinditêxtil-SP fechou parceria com a Admix, empresa de gestão de benefí-cios empresariais de saúde. O objetivo do convênio é oferecer cada vez mais vantagens aos associados do Sindicato. Segundo a diretoria comercial da Admix, a parceria com o Sindicato é uma gran-de conquista para a empresa, que tem foco na otimização da gestão dos bene-fícios dos associados ao Sinditêxtil-SP, por meio da oferta de produtos e serviços diferenciados. Para informações, o asso-ciado deve encaminhar um e-mail para [email protected] para que o Sindicato confirme o status de as-sociado junto à Admix que, em seguida, entrará em contato com o interessado.

parCeria

tVO Sindicato acaba de lançar seu canal de notícias em vídeo, a TV Sinditêxtil-SP. Serão realizadas reportagens especiais com entrevistas e depoimentos de empresas e representan-tes do setor. A primeira edição apresentou a matéria “De-nim: preferência nacional, referência mundial”, um panora-ma da importância do Brasil no mercado de denim. Para o primeiro programa Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, Ricardo Batista, Consultor Internacional e Fábio Covolan, diretor de Marketing da Canatiba apresentaram suas diferentes visões do segmento. O segundo programa abordou a manifestação que o setor têxtil e de confecção realizou (leia mais na pg.6) , em São Paulo, contra a invasão de produtos asiáticos no Brasil. A TV Sinditêxtil-SP ficará dispo-nível no site do Sindicato no canal do Youtube.

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A indústria têxtil Vicunha antecipa o lançamento exclusivo da linha deblue denim “Latitude Zero”, como um preview da Pri-mavera/Verão 2015. Os artigos possuem tonalidades de azul intenso como o ink blue, elasticidade e toque amaciado por conta da presença do elastano. Serão oito produtos divididos em duas categorias chamadas de “Moove” e “Super Power Stretch”. Os tecidos classificados como “Moove” têm em co-mum a presença do efeito flamê no urdume e os pesos vão de 10,6oz a 8,3oz. Em todos os produtos há presença de 2% de elastano, inclusive nos artigos “Duffy”, “Danusa” e “Arika” da categoria “Super Power Stretch”, que possuem elasticida-de de até 52%. Os tingimentos são apresentados em tonali-dades de azul saturado, ink blue, night blue e dark blue.

latitude

parCeria

O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, inte-grou a comitiva de empresários brasileiros que participou da Conferência 2013 do International Textile Manufac-tures Federation (ITMF), que aconteceu em Bregenz, na Áustria. Esta edição do evento foi especial para o setor brasileiro, pois foi presidida pelo empresário Josué Go-mes da Silva, do grupo Coteminas e presidente emérito da Abit. O congresso teve como tema o “Reequilíbrio do poder entre Indústria e Varejo”, buscando promover a in-tegração de representantes mundiais de todos os elos da cadeia têxtil e de confecção. “É de extrema relevância a participação no maior evento da indústria têxtil mundial. Desta forma, podemos trocar informações, experiências e ter sinergia entre diferentes mercados. Discutimos assun-tos de suma importância para toda a cadeia”, destacou Bonduki. A delegação brasileira contou ainda com a pre-sença de representantes da Abit.

itMF

A EcoSimple Tecidos Sustentáveis participou da Casa Cor Interior SP, que foi realizada até 15 de dezembro, em Piracicaba. Durante o evento, a EcoSimple apresentou o concei-to ecológico em decoração e design de ambientes,com linhas de tecidos sustentá-veis que podem ser aplicadas em estofados, almofadas, cortinas e revestimentos de pa-rede. Para produzir esse tipo de artigo, além de utilizar garrafas pet, a fábrica emprega ainda malhas, o que dispensa processos quí-micos para colorir os novos produtos. Mari-sa Ferragutt, diretora da tecelagem explica a técnica. “Nossos itens são desenvolvidos através de um processo que retira oito garra-fas pet do meio ambiente para cada metro de tecido produzido”, afirma.

Cor

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A Tecelagem Panamericana apresenta uma nova coleção estampada produzida para a linha “Saú-de”. Os tecidos possuem desenhos de animais colori-dos e lúdicos ou faixas xadrezes, desenvolvidos para melhorar a relação de médicos e enfermeiras com pacientes, principalmente crianças, durante a esta-dia no hospital. Para esta coleção, foi dada a possi-bilidade de empresas interessadas criarem desenhos personalizados que diferenciem a equipe local de outras. Os tecidos são compostos em 100% poliéster e a quantidade mínima necessária para realizar um pedido é de 25 metros.

saúde

O Sinditêxtil-SP sediou o evento “Rotulagem ambiental e se-gurança química em artigos têxteis”, que contou com o pa-trocínio da Golden Química. As palestras gratuitas e abertas ao público trataram sobre o controle de produtos químicos tóxicos nos artigos de vestuário. O palestrante Martí Crespi (foto), diretor geral do Instituto Têxtil de Terraza (Intexter), abordou as restrições de produtos químicos perigosos nos ar-tigos confeccionados e também falou sobre as regras de eti-quetagem internacional. Já Frits V. Herbold, gerente regional da América Latina da Hohenstein, ministrou a apresentação sobre o Reach (regulamento de presença de substâncias químicas em artigos têxteis da União Europeia).

QuíMiCos

Marcando o final do seu primeiro mandato à frente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki prestou homenagem ao atual presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, e também ao presidente Emérito da Associação, Josué Gomes da Silva. A entrega das placas aos dois executivos aconteceu durante cerimônia da Medalha do Mérito Abit. O presi-dente da Apex-Brasil, Maurício Borges, e Aguinaldo Diniz Filho foram agraciados com a condecoração.

HoMenageM

A unidade de negócios da Tavex, Santista Workwear, conquistou o Prêmio Marca Maior, na categoria Melhor Marca de Tecidos para Uniformização. Esta foi a 12ª vez que a Santista venceu a premiação organizada pelo Trio International Distinction. “Isso comprova a qualida-de dos nossos produtos e a preocupação que temos com os nossos clientes”, diz Maurício Vasques, gerente de Marketing Workwear da Tavex Corporation. A pre-miação é realizada, anualmente, pelo setor industrial brasileiro em reconhecimento às empresas mais lem-bradas em diversos setores da indústria.

prêMio

Aguinaldo Diniz Filho recebe homenagem do Sinditêxtil-SP

Sindicato também entrega placa para Josué Gomes da Silva

Inácio Silva (à dir.), coordenador de Produtos

Em audiência pública com o ministro do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernado Pimentel, o deputado federal e coordenador estadual da Frente Parlamen-tar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção, Vanderelei Macris (PSDB-SP), comentou sobre diversos as-pectos que atingem o setor, como a queda na produção e a concorrência desleal com pro-dutos importados, entre outros. Na reunião, o deputado ressaltou a importância do setor para a economia do Brasil, que, segundo ele, é a se-gunda na área de empregabilidade, mas entra em processo de deterioração com a intensa cri-se. Com estas ponderações, o parlamentar foi convidado pelo ministro Pimentel a debater o tema no Ministério.

audiênCia

Quais foram os desafios encontrados nesse período?

Esses três anos foram, talvez, os mais desafiadores que nós tivemos nos últimos tempos. Tivemos a crise do algo-dão no fim de 2010 e que impactou em 2011 com a alta das matérias-primas e a falta do insumo. Mais de 60% da produção brasileira depende da fibra do algodão. Foi, então, um ano de queda de vendas e alta de custos. Em 2012 tivemos o impacto da crise na Europa e uma valo-rização forte da nossa moeda (o dólar atingiu R$ 1,60), além da decepção com o PIB e um aumento expressivo na importação de vestuário. Em 2013, a consolidação desse quadro, que só não foi agravada devido à desva-lorização do Real com o dólar atingindo R$ 2,30. Nesse contexto, infelizmente tivemos um número grande de empresas fechando em São Paulo, porém conseguimos manter a nossa representatividade e as nossas receitas. É um resultado importante porque essa representativida-de nos dá legitimidade e forças para manter as ações que precisamos nos próximos anos para fortalecimento do setor.

E, nesse cenário, quais foram as conquistas?

Na área Tributária, nós conseguimos renovar o decreto de redução de alíquota do ICMS, com importantes me-lhoramentos. Outros pontos importantes são que partici-pamos ativamente do Plano Brasil Maior, onde tivemos a desoneração da Folha de Pagamento; conquistamos novas linhas de financiamento criadas no BNDES; con-seguimos aumentar a nossa participação no DECOM (Departamento de Defesa Comercial e que é parte da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC) com medidas antidumping, medidas de proteção. In-felizmente não conseguimos emplacar a salvaguarda para o vestuário. Na área Trabalhista, conseguimos man-ter a relação com os sindicatos dos trabalhadores num nível bem elevado, não tivemos nenhuma greve durante esses três anos. Foram negociações equilibradas, feitas em clima de harmonia. Inclusive, tivemos os trabalhado-res do nosso lado em todas as ações mais fortes perante os governos (federal, estadual, municipal) como foi, por exemplo, no movimento “Grito de Alerta”, onde o Sindi-

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Bonduki é reeleito presidente

do sinditêxtil-sp

O novo mandato vale para o triênio 2014/2016

Eleito em 2010 pela primeira vez para presidir o Sinditêxtil-SP, agora o empresário Alfredo Emílio Bonduki foi reeleito e já se prepara para assumir um novo mandato à frente do Sindicato. O Sinditêxtil-SP em Notícia conversou com ele para saber mais detalhes de como foi essa experiência e como será presidir, por mais três anos, um dos sindicatos de maior representatividade do Brasil.

“na área traBalHista, ConseguiMos Manter a

relação CoM os sindiCatos dos traBalHadores nuM níVel BeM eleVado. ForaM

negoCiações eQuiliBradas, Feitas eM CliMa de HarMonia”

“CoM uMa indústria têxtil Forte no estado, nós tereMos uM sindiCato Mais representatiVo”

“no Caso da nossa Maior aposta (salVaguarda para a ConFeCção), não FoMos atendidos. ContinuareMos lutando e esperaMos ter

resultados MelHores nessa área eM 2014, últiMo

ano do goVerno dilMa”

Capa

têxtil-SP teve uma participação importante com a Força Sindical, entre outros. Em termos de representatividade e atuação, nosso Sindicato manteve sua participação. Fomos convidados como principal órgão representante da cadeia para todos os grandes eventos do governo do Estado de São Paulo, estamos presentes nos Comitês de Competitividade criados pelo governador (Geral-do Alckmin) e tivemos uma atuação muito forte junto à Agência de Fomento Desenvolve SP e à Investe São Paulo. Não podemos deixar de citar a importância do Projeto “Retalho Fashion” de sustentabilidade e respon-sabilidade social, o qual tivemos a confirmação de que ele será implantado nos bairros do Brás e do Bom Retiro ainda na gestão do prefeito Fernando Haddad. Na área Ambiental, tivemos uma participação ativa defenden-do nossos associados de Americana no processo do DAE (Departamento de Água e Esgoto). Também registramos negociações importantes de associados junto à Sabesp, no fornecimento de água e coleta de esgoto. Participa-mos do relançamento e presidimos os trabalhos da Câ-mara Ambiental da Indústria Têxtil. Outro ponto interes-sante, é que não podemos fechar os olhos para a área tecnológica e de inovação do setor. O Sinditêxtil-SP teve uma aproximação muito grande com a Agência USP de Inovação e com a USP Leste. Marcamos presença em todas as feiras relevantes aqui do Estado. Vale destacar a nossa parceria com entidades ligadas à tecnologia, como o SENAI-Cetiqt (Rio de Janeiro), SENAI de São Pau-lo e FATEC, entre outras. Sem dúvida, um viés importan-te para sustentabilidade do nosso setor. Também temos que enfatizar que estivemos presentes em eventos têx-teis mundiais, como a Technotêxtil nos Estados Unidos, além do ITMF (The International Textile Manufacturers Fe-deration) em 2010 (Brasil), 2011 (Espanha), 2012 (Vietnã) e 2013 (Áustria). Enfim, mantivemos uma presença forte em todas as áreas de atuação.

Que avaliação faz desse primeiro mandato?

É uma avaliação positiva, com a sensação de ter feito o melhor. Honestamente, apenas na área de Defesa Co-mercial, é que nós esperávamos mais apoio do governo federal. Sentimos que foi diferente aqui no Estado, onde tivemos um apoio muito forte da Frente Parlamentar que é liderada pelo deputado estadual Chico Sardelli (PV). Em todas as ações necessárias, seja na área de tributos, reciclagem ou até mesmo no entrosamento com o va-rejo, a Frente deu retaguarda e sempre estivemos muito bem representados. Em Brasília, infelizmente, não tive-mos a mesma força junto ao MDIC e, no caso da nossa maior aposta (salvaguarda para a confecção), não fo-mos atendidos. Continuaremos lutando e esperamos ter resultados melhores nessa área em 2014, último ano do governo Dilma. Nos frustou pela energia, pelo esforço e pelos recursos que foram despendidos.

O que significa essa reeleição?

Sem dúvida alguma é algo muito relevante. É uma nova etapa, novos desafios. Houve uma mudança muito im-portante na estrutura de gestão do Sindicato. Nós cria-mos neste mandato e isso foi uma vitória importante, cinco comitês bastante atuantes nas áreas mais estra-tégicas. Os coordenadores desses comitês, nessa nova chapa formada (para o triênio 2014/2016), acabaram se tornando vice-presidentes de áreas. Então, além de ter criado duas vice-presidências regionais em Americana (Reinaldo José Kroeger e Pedro Carlos Saltorelli), tere-mos Oswaldo Oliveira Filho (Tributária), Julio Maximiano Scudeler Neto (Trabalhista), Rogério da Conceição Melo (Responsabilidade Social), Gilmar Nabanete (Internacio-nal) e Lourival Flor (Sustentabilidade e Meio Ambiente). Essa nova formação dá mais força e traz mais envolvi-

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“tiVeMos a Crise do algodão no FiM de 2010 e Que iMpaCtou eM

2011 CoM a alta das Matérias-priMas e a Falta do insuMo“

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E, nessa parte, o têxtil tem uma presença fundamental, seja em têxteis técnicos, em produtos de engenharia (geotêxteis), a parte de uniformização e hotelaria – uma vez que receberemos muitos povos estrangeiros, dele-gações. Por tudo isso, 2014 tende a ser um ano de cres-cimento do consumo têxtil per capta. O próprio segmen-to de artigos esportivos terá uma venda natural. O que

nós esperamos é trabalhar para que esse consumo têxtil crescente (moda lar, têxteis técnicos, materiais esportivos) seja de produtos nacionais e não impor-tado de países asiáticos, como tem sido a tendên-cia nos últimos anos. Estamos iniciando, segundo es-pecialistas, um momento de desvalorização gradual da nossa moeda. Esperamos que ela seja realmente gradual e acompanhada de uma redução da taxa de juros para permitir que as empresas possam in-vestir e aproveitem essa maior competitividade que um câmbio mais desvalorizado vai dar ao produto nacional. As expectativas são positivas, sim. Nosso grupo é unido, é forte. São Paulo ainda é o carro-chefe no consumo, apesar de ter perdido um pouco de espaço na produção que caiu mais no Estado do que no restante do País, nos últimos três anos. Isso é um sinal de que empresas fecharam, saíram e a produção aqui foi menor. Esperamos poder coope-rar em questões-chave como, por exemplo, a regu-larização da situação dos bolivianos que estão aqui em São Paulo e são muito importantes, pois fazem parte da nossa cadeia produtiva. Nosso vice-presi-dente da área Trabalhista (Julio Scudeler Neto) está muito envolvido no assunto juntamente com a Abit. Um outro ponto importante é que, principalmente

na área de Defesa Comercial, nós precisamos dar mais suporte à Abit para que ela consiga atingir esses objeti-vos e criar instrumentos de proteção que não nos deixe tão vulneráveis como estamos.

Qual é a imagem que se tem hoje do Sinditêxtil-SP?

A nossa entidade é muito respeitada. Somos convidados a participar de todos os grandes eventos econômicos promovidos pelo governo do Estado ou pela Assembléia (Legislativa de SP) e o Sinditêxtil-SP tem liderado os gran-des pleitos do setor que temos tido. Além disso, temos um suporte fantástico da Fiesp e do próprio Comtêxtil

mento daqueles que podem se dedicar. Acredito que isso vai trazer mais agilidade à nova gestão e dará a possibilidade de ter uma síntese maior de todas as ideias que as pessoas têm e nem sempre estão dentro do Sindi-cato pra falar, para transmitir, para fazer. Uma mudança muito importante essa nova formaçã que trará mais for-ça, legitimidade e agilidade aos nossos pleitos.

Quais são as expectativas para os próximos três anos?

O ano que vem já está marcado por dois eventos mui-to importantes: um esportivo (campeonato mundial de futebol) e as eleições (presidente da República e gover-nadores). São importantes no que tange ao consumo têxtil mas, também, será o momento de uma transição para uma nova fase econômica do Brasil. Nesses dois últimos anos, principalmente, esgotou-se o modelo de consumo que foi adotado pelo Brasil onde crescemos muito pouco. Agora nós estamos entrando numa fase onde o investimento deve puxar o crescimento do País.

Eleições que reelegeram Bonduki foram realizadas no dia 21 de novembro

Prefeito Haddad (esq.) recebe projeto “Retalho Fashion”

Delegações e turistas estrangeiros, que virão ao Brasil por conta do campeonato mundial de futebol,

devem incrementar o comércio de artigos para hotelaria

(Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Con-fecção e Vestuário da Fiesp). O Sindicato tem repre-sentação em todo o Estado, convivendo e apoiando as entidades locais inclusive em regiões como Ame-ricana, Sorocaba e Ibitinga, que são polos têxteis importantes. O Sinditêxtil-SP está presente, com uma imagem forte, sendo procurado inclusive pelos veícu-los de comunicação regionais.

E qual a imagem que se pretende ter nos pró-ximos anos?

O Sindicato se faz forte através de uma indústria forte. Nós precisamos continuar com ações de desonera-ção e de maior competitividade para que os nossos associados e contribuintes estejam mais competitivos. Com uma indústria têxtil forte no Estado, nós teremos um Sindicato forte e representativo. Precisamos lutar muito para diminuir a evasão de empresas do Estado para o nordeste, estados vizinhos e Santa Catarina, por exemplo, onde a produção vem crescendo atra-vés de uma política tributária extremamente favo-rável ao empreendedor. Querermos que a indústria têxtil de São Paulo volte a crescer e diminua essa ten-dência de evasão de empresas.

A parceria com a Abit pode auxiliar nesse for-talecimento?

AB: O Sinditêxtil-SP é o principal parceiro técnico e fi-nanceiro da Abit, até porque a Associação saiu de dentro do Sinditêxtil-SP. Nós temos uma responsabili-dade maior ainda porque a Abit, hoje, é uma das en-tidades mais respeitadas no Brasil. O presidente Agui-naldo (Diniz Filho) fez um trabalho excepcional nos últimos seis anos; dentro das condições difíceis que foram impostas, ele fez um trabalho bom e a gente tem a consciência de que o apoio do nosso Sindicato é fundamental para que a Abit seja bem sucedida. Tivemos algumas importantes vitórias em âmbito na-cional e, em todas elas, o Sinditêxtil-SP apoiou, esteve presente. Temos mais essa responsabilidade: contri-buir para o fortalecimento e o crescimento da Abit como tem sido nos últimos anos.

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Reunião sobre ICMS com parlamentares paulistas e com o secretário da Fazenda de SP, Andrea Calabi

Presidente Alfredo Emílio Bonduki - LINHAS BONFIO SA

1º Vice-Presidente Francisco José Ferraroli dos Santos - RHODIA POLIAMIDA E ESPECIALIDADES LTDA

2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato - SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDA

3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan - TÊXTIL CANATIBA LTDA

Vice-Presidentes Oswaldo de Oliveira Filho - ROSSET & CIA LTDAJulio Maximiano Scudeler Neto - ALPARGATAS S.A.Rogério da Conceição de Melo - POLYENKA LTDAGilmar Valera Nabanete - COATS CORRENTE LTDALourival Santos Flor - GOLDEN QUÍMICA DO BRASIL LTDAReinaldo José Kroger - VICUNHA Têxtil S.A.Pedro Carlos Saltorelli - SALTORELLI TINTURARIA TÊXTIL LTDA.

Diretor SecretárioDaniel Eduardo Mehler - ADATEX SA INDUSTRIAL E COMERCIAL

Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro - PARAMOUNT TÊXTEIS INDÚSTRIA E COMÉRCIO SA

1º Tesoureiro Fernando Tanus Nazar - TECIDOS ESTRELA COM. E INDÚSTRIA LIMITADA

2º Tesoureiro Paulo Vieira - INDAIATUBA TÊXTIL S/A

Diretores Adilson Sarkis - SARKIS E CIA LTDA Benedito Antonio Yoshimassa Kubagawa - TOYOBO DO BRASIL LTDA Fabiana Gabriel - LINHANYL S.A.Fernando José Kairalla - FIMATEC TÊXTIL LTDALaerte Guião Maroni - OBER S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIOLaerte Serrano Amadeo - LEDERVIN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDALuiz Gustavo de Mattos Abreu - OPETRA IND. E COM. DE TRAVESSEIROS LTDA.Marcos Alexandre Dini - DINI TÊTIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDARamiro Sanchez Palma - ANFRA TECIDOS LTDARogério Kadayan - KENIA INDÚSTRIAS TÊXTEIS LTDA

Conselheiros Fiscais Mario Roberto Galardo - TREMEMBÉ INDÚSTRIAS QUÍMICAS LTDA Fabio Cotait - TAVEX BRASIL S.AAdriano Chohfi Nacif - LINHAS SETTA LTDA

Suplentes de Conselheiros FiscaisLuca Pascolato - SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDAOrdiwal Wiezel Junior - INNOVATIV IND. E COM. DE TECIDOS LTDA.- EPPJair Antonio Covolan - COVOLAN INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA

Delegados Representantes da FIESPPaulo Antonio Skaf - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SAO PAULOAlfredo Emílio Bonduki - LINHAS BONFIO SARafael Cervone Netto - TECHNOTEX FILTROS E TELAS INDUSTRIAIS LTDAAlessandro Pascolato - SANTACONSTANCIA TECELAGEM LTDA

COMPOSIÇÃO CHAPA

SINDITÊXTIL-SPTRIÊNIO 2014 A 2016

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O setor têxtil e de confecção paulista registrou cresci-mento de 9,5% nas importações, em valor, de janeiro a outubro de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, as exportações dos mes-mos produtos têxteis e confeccionados tiveram alta de apenas 1,4%. Do total que foi importado, 66% são de mer-cadorias provenientes de países asiáticos (exceto Orien-te Médio).

Como forma de protesto e com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e do governo federal a respei-to do aumento crescente e indiscriminado das importa-ções, principalmente vindas da China e Índia, o Sinditêx-til-SP realizou uma manifestação reunindo cerca de 400 pessoas entre trabalhadores e empresários do setor têxtil e de confecção brasileiro. O ato foi no dia 23 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi, onde acon-teceu a feira de produtos chineses - GoTex Show 2013. Essas importações desleais têm impactado no aumento do número de demissões do setor no Brasil, em virtude do fechamento de fábricas. Segundo o IBGE, já são 55 mil trabalhadores que perderam seus empregos desde o início do ano.

O movimento “Grito de Alerta” também contou com o apoio da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), do Sindivestuário (Sindicato da Indústria do Vestuário), da Conaccovest (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados), do Sietex (Sindicato da Indústria de Especialidades Têxteis do Estado de São Paulo), da CS-MAT (Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis) e a Força Sindical. Com o slogan “descubra o caminho das importações dos grandes varejistas”, o evento chinês prometia facilitar a importação de produtos têxteis.

“A concorrência desleal dos asiáticos que praticam dum-ping cambial, ambiental e trabalhista, produzindo a custo de vidas humanas, como foi em Bangladesh, tem sido acei-ta passivamente pela sociedade e pelo governo. Precisa-mos valorizar o produto nacional, o emprego nacional”, reforça Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP.

Para Fernando Pimentel, diretor-Superintendente da Abit, foi um ato em legítima defesa da indústria brasilei-ra. “Reivindicamos a isonomia concorrencial e comba-teremos as importações desleais”, declarou. “Queremos mais empregos, mais empresários investindo”, comple-tou o executivo.

“ Lutamos pela preservação dos postos de trabalho aqui no Brasil. Os governantes têm que defender a indústria nacional”, enfatiza Eunice Cabral, presidente da Co-naccovest. Ronald Masijah, presidente do Sindivestuário, reforçou a importância do setor. “O governo federal pre-cisa reconhecer que somos importantes empregadores, principalmente de mão de obra feminina”, salientou. “As nossas empresas estão fechando e isso não pode continuar. Há alguns anos tínhamos uma balança co-mercial superavitária e devemos fechar o ano com dé-ficit de US$ 6,4 bilhões”, alerta Paulo Schoueri, presiden-te do Sietex. “Está havendo uma invasão desenfreada dos produtos estrangeiros no País, que afeta nossas in-dústrias, nossos empregos”, acrescentou Danilo Pereira, presidente da Força Sindical (SP). O deputado estadual Chico Sardelli (PV), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecção do Estado de São Paulo, também compareceu ao evento. “O cresci-mento do mercado chinês não pode se dar às custas da perda do emprego do trabalhador brasileiro. Temos que dar um basta nisso!”, afirmou o parlamentar.

iMportações CresCeM e setor Faz ManiFestação eM sp Alfredo Bonduki e deputado estadual Chico

Sardelli (PV) que deu seu apoio ao evento

Da esq. para a dir. Sergio Marques, João Carlos Gonçalves (Juruna), Alfredo

Bonduki, Miguel Torres e Eunice Cabral

ConCorrênCia CoMerCial CoM os países asiátiCos

Produto Descrição 2008 2009 2010 2011 2012 Jan Out 2013 Variação (%) 2008/2013

TOTAL GERAL DAS IMPORTAÇÕES 35.950.207 42.088.245 60.418.595 86.559.761 103.403.948 94.085.756 161,71

6203Fatos, conjuntos, casacos, calças,

jardineiras, bermudas e calções (shorts) (exceto de banho), de uso masculino

7.507.068 6.558.663 10.144.762 13.934.954 12.931.689 10.887.092 45,02

6204Fatos de saia-casaco, conjuntos, ca-

sacos, vestidos, saias, saias-calças, cal-ças, jardineiras, bermudas e calções (shorts) (exceto de banho), feminino

2.687.362 3.292.297 4.852.546 7.200.262 8.131.573 8.327.723 209,88

6106 Camiseiros, blusas, blusas-camiseiros, de malha, de uso feminino 664.663 1.104.271 1.982.297 2.803.842 6.113.443 7.939.713 1094,55

6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, co-letes e artigos semelhantes, de malha 2.326.786 3.198.134 3.780.975 5.290.214 6.561.728 6.565.397 182,17

6105 Camisas de malha, de uso masculino 1.128.550 2.114.534 4.559.295 5.723.611 6.674.308 6.328.292 460,75

6202Casacos compridos, capas, anora-ques, blusões e semelhantes, de uso

feminino, exceto os artefactos da posição 6204

2.192.625 4.606.031 5.281.885 6.700.450 7.549.596 5.799.236 164,49

iMportações Brasileiras de Vestuário proVenientes da ásia

Principais Origens de Importações de Têxteis e Confeccionados de São Paulo

Principais Origens de Importações Brasileiras de Têxteis e Confeccionados

Crescimento das importações de Vestuário do Estado de São Paulo

(Sem fibra de algodão)

em milhões de US$ FOB

China Índia Argentina Alemanha BangladeshCoréia do Sul

Estados Unidos

Taiwan (formosa)

601,6

665,3

62,3 66,2125,8

101,9123,6 103,7

53,4 30,457,5

25,9 33,8 36,569,7 75,1

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

4027

191616161312106

905595

354290274198

143105

7151

Total Geral:Jan-Out 12: 1.549Jan-Out 13: 1.696

Total Geral:Jan-Out 12: 5.621Jan-Out 13: 5.757

Jan - Out 2012

Mil Ton

Jan - Out 2013

Jan - Out 2012

Jan - Out 2013

US$ Milhões FOB

(Sem fibra de algodão)

em milhões de US$ FOB

China Índia ArgentinaIndonésia Bangladesh Coréia do Sul

Estados Unidos

Taiwan (formosa)

2.836

497

2.999

468291 181 166 145 160 126

306170 166 166 137 122

notíCias

12

pl de sardelli inCentiVa a reCiClageM e gera Créditos FisCais ao FaBriCante têxtil

Fabricantes têxteis que utilizarem materiais reciclados em sua produção terão incentivos fiscais, segundo proposta do deputado estadual Chico Sardelli (PV), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Têxtil do Estado de São Paulo. A apresentação do Projeto de Lei 657/2013 na Assembleia Legislativa atende uma reivin-dicação do setor, discutida em reuniões da Frente que contaram com a participação do Sinditêxtil-SP e da Abit.

De acordo com o Projeto, o fabricante que promover saída de produtos têxteis produzidos a partir do uso de resíduos têxteis em geral, retalhos de tecidos recicláveis ou materiais derivados da moagem ou trituração de re-síduos plásticos recicláveis, inclusive garrafa PET, poderá promover crédito presumido da importância equivalen-te a 80% do valor do ICMS incidente sobre a respectiva operação de saída interna. O benefício será efetuado sem prejuízo dos demais créditos previstos na legislação. “A medida que propomos poderá propiciar equilíbrio na cadeia produtiva, além dos benefícios ambientais e sociais correlatos, justificando, assim, a concessão de

créditos presumidos aos industriais que utilizarem insumos de processo de reciclagem. O Estado de São Paulo, in-clusive por iniciativa da Assembleia Legislativa, é com-petente para legislar em matéria de proteção do meio ambiente e combate à poluição”, destacou Sardelli. O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, refor-ça o significado do Projeto. “As empresas ainda absor-vem esse custo adicional porque não têm o incentivo fiscal. O PL, que está entre as ações do Sindicato em prol da sustentabilidade, é de extrema importância para o nosso setor”, salienta Bonduki.

O Projeto de Lei tem que passar por três Comissões para poder ser votado na Assembléia. Já teve parecer favo-rável da Comissão de Constituição Justiça e Redação e o próximo passo é seguir para análise da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e da Co-missão de Finanças Orçamento e Planejamento. Caso ele passe por todos os trâmites e seja aprovado no legis-lativo, seguirá para sanção ou veto do Governador, que pode vetar totalmente, parcialmente ou aprovar. Existe, ainda, a possibilidade de ser totalmente vetado, mas o governador poderá propor um PL de iniciativa do go-verno, por se tratar de questões tributárias. Sendo assim, todo o trâmite legislativo é reiniciado.

Reciclagem – Os retalhos de tecidos descartados po-dem ser facilmente reaproveitados para a produção de novos artigos. No entanto, para que o reuso dessas matérias seja viável à indústria, é necessária a implanta-ção de incentivos, especialmente de ordem tributária. O deputado Chico Sardelli destaca que é de suma impor-

A medida que propomos poderá propiciar equi-líbrio na cadeia produtiva, além dos benefícios ambientais e sociais correlatos, justificando, assim, a concessão de créditos presumidos aos industriais que utilizarem insumos de proces-so de reciclagem.

Alfredo Emílio Bonduki

Da esq. para a dir.: Hélcio Honda (Escritório Honda Estevão Advogados), Alfredo Bonduki (pres. do Sinditêxtil-SP), Fernando Pimentel (dir.Superintendente do Sinditêxtil-SP), Eduardo Cintra (dir. Executivo da Abrafas), Lumy Mizukawa (Escritório Honda Estevão Advogados), Paulo Teixeira, diretor Superintende da Abiplast e deputado Estadual Chico Sardelli (PV)

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tância que o governo paulista priorize e incentive uma política específica de logística reversa aplicável ao setor têxtil propiciando a reciclagem de materiais e criando uma alternativa às matérias-primas virgens, fomentando a sustentabilidade, preservando recursos naturais e, por-tanto, diminuindo os impactos ambientais e sociais.

Na região do Bom Retiro, bairro da capital paulista, mais de 1,2 mil confecções produzem, aproximadamente, 12 toneladas de resíduos têxteis (retalhos) por dia. A coleta

desse material era realizada de forma desorganizada, sem preocupação com a preservação ambiental. Com o objetivo de organizar o descarte e a coleta dos resí-duos e vendê-los a indústrias recicladoras, o Sinditêxtil-SP lançou o projeto Retalho Fashion. A ideia é capacitar pessoas para a coleta e seleção do material com ge-ração de emprego e renda. O presidente do Sindicato, Alfredo Bonduki, já apresentou a proposta de coleta de resíduos para o prefeito Fernando Haddad que sinalizou interesse em viabilizar o projeto.

Sindicato coordenou teste para coleta de resíduos têxteis na região do Bom Retiro. A empresa Estre recolheu 1,66 ton de tecidos, sendo 90% sintéticos e 10% não sintéticos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá investir na indústria têxtil e de moda por meio do Prodesign - Programa de Apoio a Investi-mentos em Design, Moda e Fortalecimento de Marcas. O orçamento é de R$ 500 milhões.

“O Programa tem um dos mais baixos custos de crédito do Banco: TJLP, atualmente em 5% ao ano, mais 0,9% mais taxa de risco, de acordo com o rating da empresa. Ago-ra o capital de giro pode ser financiável em condições acima da média”, ressalta Job Rodrigues, gerente de estudos setoriais do Departamento de Bens de Con-

sumo, Comércio e Serviços da Área Industrial do BNDES, que apresentou detalhes do novo Programa de fi-nanciamento durante palestra rea-lizada, no dia 29 de novembro, na sede do Sinditêxtil-SP, na capital. O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, participou da reu-nião e reforçou a importância das linhas de financiamento do Banco. “O BNDES é uma importante fonte de investimentos e sua existência é vital para o nosso setor”, disse.

Além da indústria têxtil e de confecção, o BNDES Prodesign irá apoiar investimentos em de-sign, moda, desenvolvimento de produtos e diferenciação e fortalecimento de marcas em

projetos de investimentos nos setores calçadista, move-leiro, higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, utilida-des domésticas, brinquedos, metais sanitários, joias, relo-joeira, embalagens, eletrodomésticos e de revestimentos cerâmicos. O valor mínimo para financiamento é de R$ 3 milhões. “Sugerimos ao representante do BNDES que esse limite de corte seja reconsiderado para que possa atender um contingente maior de empresas, principal-mente as pequenas confecções”, considerou o diretor-Superintendente do Sindicato, Fernando Pimentel.

Entre os financiamentos apoiados pelo Programa estão despesas com pesquisas, desenvolvimento e aperfeiço-amento de produtos, embalagens, desenho industrial e design de moda, associados a ergonomia, concepção, conforto e estilo; aquisição de softwares desenvolvidos no país; despesas com treinamento, participação em feiras e eventos, no Brasil ou no exterior, e capacitações gerencial, técnica e de apoio operacional; estudos, consultorias e projetos de certificação e registros no INPI.

O objetivo é fortalecer o crescimento e o planejamen-to estratégico das empresas brasileiras para aumento de competitividade comercial. Por considerar o design como item relevante na indústria de bens e consumo, atualmente, o Banco já financia projetos de profissionais da área para micro, pequenas e médias empresas por meio do Cartão BNDES.

Mais detalhes sobre o Prodesign estão disponíveis no site www.Bndes.goV.Br.

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Da esq. para a dir.: Fernando Pimentel (diretor-Sup. do Sinditêxtil-SP), Job Rodrigues (ger. Área Industrial do

BNDES) e Alfredo Emílio Bonduki (pres. do Sinditêxtil-SP)

Bndes prodesign: noVa linHa de FinanCiaMento para o setor

Fonte: IBGE

IPP Brasil Têxteis IPP Brasil Confecção IPCA Geral

IPCA Vestuário IPC Geral IPC Vestuário

Em %, base: período anterior

0,65

3,483,48

3,48

3,48

-9,42

-7,44

-7,44

-7,44

-7,44

-7,44

-7,44

O ano de 2013 está chegando ao fim e as expectativas de melhora no desempenho da produção industrial não estão se concretizando, especialmente quando consideramos o segmento da confecção no Estado de São Paulo. Segundo dados do IBGE, no período acumulado de janeiro a outubro de 2013 comparativamente ao mesmo período de 2012, a produção têxtil cresceu 0,11% e a de vestuário caiu expressivos 11,34%. Tal como informamos em nossa última edição, este é o terceiro ano consecutivo de retração na produção industrial de confecções no Estado. O dado do segmento têxtil é positivo, o que significa, na prática, que o setor apenas parou de cair.

Do lado do consumo (varejo), as vendas, no Estado de São Paulo, apresentaram crescimento, de janeiro a outubro, de 2,86% em relação ao mesmo período de 2012. Não podemos desprezar o dado positivo, mas o fato é que sua magni-tude reflete o desaquecimento geral da economia e que, portanto, provoca impactos no desempenho da indústria.

Tal como informamos na edição anterior, acreditamos que estes resultados estejam ligados ao contínuo processo de formalização do setor, além da medida de desoneração da folha de pagamentos que tem levado muitas empresas a contratar mais funcionários que em alguns casos eram terceirizados. Também temos que considerar os efeitos do aquecido mercado de trabalho no Brasil que tem incentivado as empresas a buscar a manutenção de seus colabo-radores que uma vez perdidos dificilmente poderão ser recontratados em caso de retomada do ritmo de crescimento da empresa, já este trabalhador muito provavelmente já terá se recolocado.

custos crescentes de produção, em especial os relacionados à mão de obra, qualidade e tecnologia, advindos dos expressivos investimentos que o setor vem realizando. Ao mesmo tempo demonstra que o setor vem apertando suas margens (quando ela existe) face a forte concorrência existente no setor, principalmente quando consideramos a con-corrência externa que muitas vezes ocorre de forma desleal e desequilibrada.

eConoMiaindiCadores

produção e ConsuMo

eMprego

inFlação

2011

Geração de empregos (Admissão - Demissão)

2011

2012

2012

jan-out 2013

jan-out 2013

218.138

-11.729

42.728

-5.463

86.406

-380 -6.319 -6.365

320.386

40.552

96.177

9.811

Produção Ind. Trans.

Produção Confeccionados

Produção Têxteis

Varejo - Têxteis, confecção e calçados - vol. de vendas

Ind. de transformação - Brasil

Ind. de Transformação - São Paulo

Têxteis e Confeccionados - Brasil

Varejo - Têxteis, confecção e calçados - vol. de vendas

Segundo dados do Ministério do Trabalho, a ge-ração de empregos formais no Brasil em 2013, até outubro, foi positiva em 40.552, número su-perior aos 12 mil postos de trabalho que haviam sido gerados no mesmo período de 2012. No Estado de São Paulo, especificamente, a gera-ção de postos formais de trabalho atingiu 9.811 nestes dez meses.

Fonte: IBGE

Fonte: MTE - C

AG

ED

Os indicadores de inflação demonstram que o setor segue dando sua contribuição para a estabilidade de preços do país.

No âmbito nacional, o IPP (Índice de Preços ao Pro-dutor) de vestuário apresentou crescimento de 1,56%, enquanto o IPCA (que mede o varejo) do vestuário variou positivamente 3,66%.

No Estado de São Paulo, o comportamento é seme-lhante. Enquanto o IPC geral apresentou variação de 2,74%, o IPC de vestuário cresceu 1,83%.

Em ambos os casos, a variação de preços demonstra que o setor têxtil e de confecção segue absorvendo

Em %, base: período anterior

2011 2012 jan-out 2013

1,31

4,78

6,64

8,44

5,81

4,75

1,46

5,145,40

6,03

5,10

3,34

8,63

1,56

4,383,66

2,74

1,83

Fonte: FIPE-USP E IBGE

15

Fonte: IBGE

Balança Comercial do Setor Têxtil e de ConfecçãoValores em US$ 1000

CoMérCio exterior

indiCadores No período de janeiro a novembro de 2013, o Estado de São Paulo apresentou déficit de US$ 1.462,8 milhão em sua balança comercial de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão), contra um déficit de US$ 1.316,9 milhão registrados no mesmo período de 2012.

São Paulo mantém-se como principal esta-do exportador brasileiro (em valor) respon-sável, no período de janeiro a novembro de 2013, por 33,9% do total das exporta-ções brasileiras do setor (exceto fibra de algodão), enquanto o segundo colocado, Santa Catarina, representou, no mesmo pe-ríodo, 13,8%.

Assim, as exportações dos produtos têxteis e de confecção de São Paulo, apresentaram um pequeno aumento de 0,8%, em valor, se comparado ao mesmo período de 2012.

No caso das importações, de janeiro a novembro de 2013, o estado de São Pau-lo representou 29,6% do total importado, ficando atrás apenas de Santa Catariana, que teve participação de 32,3% das impor-tações do setor. Isto significou um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Aumento das exportações: 0,80%Aumento das importações: 8,75%

Aumento do déficit: 11,08%

386,3

1.703,2

(1.316,9)

389,4

1.852,2

(1.462,8)

Jan-Nov 2012

Jan-Nov 2013

jan-nov 2012 jan-nov 2013

Exportação

SaldoImportação

Jan-Nov 2012 Jan-Nov 2013

Principais estados exportadores de produtos têxteis e confeccionados

São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul

Paraná Bahia

389.416

159.031 155.066 144.232

80.144

386.326

155.668 155.872 149.164

94.604

Sem fibra de algodão

Valores em US$ 1.000

Principais estados importadores de produtos têxteis e confeccionados

São PauloSanta Catarina Espirito Santo

Mato Grossodo Sul

Rio de Janeiro

2.026.5671.852.192

590.495362.192

240.665

1.909.348

1.703.215

673.297

383.685214.083

Principais produtos importados por São Paulo Principais produtos exportados por São Paulo

Sem fibra de algodão

Valores em US$ 1.000

Valores em US$ 1.000 Valores em US$ 1.000

Vestuário VestuárioFilamentos FilamentosTecidos Tecidos Fibras TêxteisTecidos Impregnados

Tecidos Impregnados

Pastas, Feltros, não tecidos

Pastas, Feltros, não tecidos

109.280

71.349 71.219

59.693

45.925 43.380 41.255

144.626165.540185.106

949.367

110.639

77.075

56.02960.267

50.72146.827

35.720

120.304160.051174.999

846.312

Jan-Nov 2012

Jan-Nov 2012

Jan-Nov 2013

Jan-Nov 2013

Fonte: Sistema A

liceweb/M

DICFonte: Sistem

a Alicew

eb/MDIC

Font

e: S

istem

a A

licew

eb/M

DIC

Fonte: Sistema Aliceweb/MDIC Fonte: Sistema Aliceweb/MDIC