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em notícia GUERRA DOS PORTOS: PERTO DO FIM? Enquanto espera a tão desejada Reforma do ICMS (PRS 01/2013), setor têxtil enfrenta a prorrogação da FCI pela terceira vez ed. 28 - julho/agosto 2013 Leia também em seu Tablet e Smartphone

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em notícia

Guerra dos Portos: Perto do fim?

enquanto espera a tão desejada reforma do iCms (Prs 01/2013), setor têxtil enfrenta a prorrogação da fCi pela terceira vez

ed. 28 - julho/agosto 2013

Leia também em seu Tablet e Smartphone

Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo.

PresidenteAlfredo Emílio Bonduki

Presidentes EméritosPaulo Antonio Skaf Rafael Cervone Netto

1º Vice-PresidenteFrancisco José Ferraroli dos Santos

2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato

3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan

Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro

1º TesoureiroPaulo Vieira

2º TesoureiroReinaldo José Kroger

Diretor SecretárioOswaldo Oliveira Filho

DiretoresAdilson Sarkis Antonio GrecoBenedito Antonio Yoshimassa Kubagawa Eurípedes de Freitas Fernando Tanus Nazar George TomicGilmar Valera Nabanete Julio Maximiano Scudeler Neto Laerte Serrano Amadeo Marcos Alexandre DiniMario Roberto Galardo Ordiwal Wiezel Junior Ramiro Sanchez Palma Ricardo Antonio Weiss Rogério da Conceição de Melo Ronaldo Daniel Heilberg Sandro Zabani

Conselheiros FiscaisAdriano Chohfi Nacif Gregório de Nadai Filho Guilherme Azevedo Soares Giorgi

Suplentes de Conselheiros FiscaisFernando José Kairalla Jair Antonio Covolan Shigueru Taniguti Junior

EXPEDIENTESinditêxtil em Notícia é uma publicação do Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São PauloSupervisão: Ligia Santos • Jornalista Responsável: Roberto Lima (MTb 25.712) • Colaboração Hiago Leal e Sirlene FariasDesign e Diagramação: Leandro Mira Tiragem: 3.000 exemplares

Rua Marquês de Itu.968 - 01223-000 - São Paulo/SP • Tel: (11) 3823-6100 • redaçã[email protected] • www.sinditextilsp.org.br

Palavra do Presidente

Estamos entrando em um novo am-biente econômico global, bem di-ferente do que vivemos até a crise financeira que se abateu nos países desenvolvidos em setembro de 2008. Porém, ainda consequência da mes-ma, numa segunda fase do movi-mento de recuperação da Europa e principalmente dos EUA. É o que os economistas chamam de a crise dentro da crise.

O fim do ciclo do afrouxamento monetário empreendido pelo Fede-ral Reserve (Fed) nos últimos quatro anos, com a consequente elevação dos juros hoje próximos de zero, de-verá trazer mais problemas para os países emergentes, o Brasil entre eles, do que para a economia dos países desenvolvidos. A reversão dos fluxos financeiros, voltando seus investimen-tos para o dólar e a queda do preço das principais commodities deverão trazer mudanças profundas em nos-sa economia. Chegou a hora de enxergarmos que teremos dias mais difíceis e que os ajustes e reformas serão inevitáveis, para manter nosso país competitivo nesse novo cenário.

Infelizmente, parece que nosso go-verno ainda não acordou para esta realidade e segue agindo de forma a reduzir a competitividade de nossa in-dústria, como fica claro no aumento continuo da taxa de juros , no aumen-to da carga tributária demonstrado no veto da Presidente Dilma ao fim do adicional de 10% do FGTS, na falta de acordos comerciais com impor-tantes mercados como Japão, EUA e Europa. Para completar, estamos as-sistindo a um aparecimento continuo de novas Normas Regulatórias e leis sociais que encarecem o custo de nossa mão de obra, sem o correspon-dente ganho de produtividade.

Enquanto isso, vários países asiáti-cos criam condições para que suas indústrias compensem a queda de

suas exportações para os principais mercados consumidores, com o crescimento de seus mercados in-ternos e condições mais favoráveis para buscar novos mercados, como o Brasil, a America Latina e a África. O resultado disso tudo é que as in-dústrias nestes países continuam a investir e aumentar a produção, ga-nhando escala e se tornando cada vez mais competitivas.

A resposta do governo à invasão de produtos mais baratos em nosso va-rejo, que bem ou mal deverá cres-cer 3% mesmo neste ano difícil, é de uma inacreditável inocência, não enxergando ( ou não querendo en-xergar ) a realidade da situação do setor têxtil e de confecção brasilei-ro. Isso ficou demonstrado na míope recusa em abrir a investigação das salvaguardas para roupas prontas, achando que somente a desvalori-zação do Real irá resolver a situação.

O cenário econômico para os próxi-mos dois ou três anos está claro, falta agora um projeto econômico para nosso País superar esta situação ad-versa, fortalecendo nossa indústria e criando condições para que possa-mos voltar a aumentar a produção têxtil nacional, em queda desde 2011. Ainda dá tempo de o governo repensar seus modelos e corrigir seus erros, do contrário não teremos uma economia forte e em crescimento como deseja a sociedade brasileira.

Chegou a hora de encararmos a re-alidade de que não construiremos prosperidade, destruindo nossa in-dústria, principalmente a têxtil, que emprega 1,7 milhão de trabalhado-res diretos e está espalhada por todo território nacional. A situação requer outra visão, mais clara e inteligente, que possa devolver a esperança de dias melhores, estimulando a inova-ção e novos investimentos.

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O presidente do Sinditêxtil-SP e da Linhas Bonfio, Alfredo Bonduki foi homenageado pela Desenvolve SP – Agên-cia de Desenvolvimento Paulista, em junho, por se des-tacar como empresa junto ao governo de São Paulo. O empresário também teve elogiada a parceria que firmou entre o Sinditextil-SP e a Agência buscando am-pliar as opções de financiamentos para as empresas. Durante o evento, que comemorou a chegada a R$ 1 bilhão em financiamentos realizados pela Agência, vários representantes da indústria paulista também fo-ram premiados. “Já temos aproximadamente mil empresas atendidas pelo nosso programa. Conseguimos a partir dos R$ 1 bi em financiamento, com 894 empresas beneficiadas e 13 mil empregos gerados”, comemorou o presidente da Desenvolve SP, Milton Luis de Melo Santos.

Alfredo Bonduki destacou a importância da Agência para a indústria paulista. “O governador de São Paulo tinha um sonho e conseguiu realizá-lo a partir da cria-ção da Desenvolve SP. A criação da Agência foi um ato de coragem, pois nasceu quando o mundo saía de uma crise econômica. A Desenvolve SP é funda-

mental para o Estado de São Paulo”, disse o presidente do Sinditêxtil-SP e da Bonduki Bonfio. Para o governador Geraldo Alckmin, a Agência é uma referência de sucesso em empreendedorismo. “É uma alegria muito grande chegar a R$ 1 bilhão em financiamentos. A prova de que a Desenvolve SP está dando certo é que 62% dos empréstimos vão para a indústria paulista e quem cria empregos são os em-preendedores”, disse Alckmin.

Também participaram do evento, no Palácio dos Ban-deirantes, empresários e representantes do governo. Dentre eles: Rodrigo Garcia, secretário de Estado de De-senvolvimentos Social e o prefeito de Mogi das Cruzes (SP), Marco Bertaiolli.

Da esq. para a dir.: Marco Bertaiolli (prefeito de Mogi das Cruzes – SP), Rodrigo Garcia (sec. de Desenvolvimento Social), Alfredo Bonduki (pres. Sinditêxtil-SP), Geraldo Alckmin (Governador de SP) e Milton Santos (pres. Desenvolve SP).

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O governador de São Paulo tinha um sonho e conseguiu realizá-lo a partir da criação da Desenvolve SP. A criação da agência foi um ato de coragem, pois nasceu quando o mundo saía de uma crise econômica. A Desenvolve SP é fundamental para o Estado de São Paulo.

Alfredo Emílio Bonduki

desenvolve sP Premia Presidente do sinditêxtil-sP

Alfredo Bonduki é parabenizado pelo governador Geraldo Alckmin

Presidente do Sinditêxtil-SP prestigia cerimônia da Desenvolve SP

O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, participou, em Brasília, de Café da Manhã promovido pelas Frentes do Setor Têxtil e da Indústria Nacional jun-tamente com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Mais de 300 pessoas compare-ceram ao encontro, entre parlamentares, autoridades do governo e empresários.

Na pauta da reunião, as prioridades para o setor têxtil e de confecção brasileiro para o período 2013/2014. Entre elas, Bonduki ressaltou a urgência de um Regime Tributá-rio Competitivo para a Confecção (RTCC), que promo-veria a desoneração, simplificação e desburocratização da carga tributária incidente sobre as confecções. “A indústria têxtil e de confecção brasileira precisa de no-vas e urgentes medidas que visem aumentar a competi-tividade, produção e geração de emprego”, enfatizou.

O deputado e coordenador da Frente Parlamentar Mista “José Alencar” em Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção, Henrique Fontana (PT/RS), conduziu as apresentações. Na mesa diretora, dentre outros, esta-vam o senador Luiz Henrique (PMDB/SC), que coordena a Frente Têxtil no Senado, o deputado Newton Cardoso (PMDB/MG) que coordena a Frente Parlamentar em De-fesa da Indústria Nacional, o presidente que estava em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT/PR), o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, a pre-

sinditêxtil-sP PartiCiPa de enContro Com Parlamentares em Brasília

A indústria têxtil e de confecção bra-sileira precisa de novas e urgentes me-didas que visem aumentar a competitivi-dade, produção e geração de emprego

Alfredo Emílio Bonduki

Alfredo Bonduki discursa durante evento

Deputados Henrique Fontana (com microfone) e Newton Cardoso conduzem o evento

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sidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor e das Costureiras (Conaccovest), Eunice Ca-bral, além de representantes do MDIC, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges e Márcio Holland, secretário de política econômica do Ministério da Fazenda.

Estamos marcando algumas reuniões com autoridades do governo para apre-sentar a proposta de Regime Tributário para Confecção. Continuaremos nos defendendo contra os PLs e MPs que ameaçam tirar a competitividade da nossa indústria

deputado Federal Henrique Fontana (PT/RS)

No encerramento dos trabalhos, o deputado Henrique Fontana resumiu a nova agenda da Frente. “Estamos marcando algumas reuniões com autoridades do go-verno para apresentar a proposta de Regime Tributário para Confecção, juntamente com a Abit. Além disso, serão realizados encontros regionais entre empresários e os deputados da Frente para conseguirmos alinhamento nas informações. Continuaremos nos defendendo con-tra os PLs e MPs que ameaçam tirar a competitividade da nossa indústria, como dos 10% do FGTS, a terceiriza-ção, dentre outras pautas”, declarou o parlamentar.

Após o evento, o presidente do Sinditêxtil-SP e outros empresários do setor participaram na Confederação Nacional da Indústria (CNI) de reunião mensal do Con-selho da Abit.

Alfredo Bonduki e o deputado Vanderley Macris (PSDB-SP)

Na CNI, Bonduki reforça necessidades do Setor

Na mesa com Bonduki: Luis A. Pacheco (Paramount), Rafael Cervone netto(Texbrasil) e Ulrich Kuhn (sintex)

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A partir do próximo dia 1 de outubro as empresas de todo o Brasil serão obrigadas a preencher e entregar a Ficha de Conteúdo de Importação (FCI), documento exigido para o controle do que está sendo importado. De acordo com o Convênio ICMS 88/13, de 31 de julho, e que alterou o Convênio ICMS 38/13, de 22 de maio, elas ainda estarão dispensadas da indicação do per-centual de insumos importados em Nota Fiscal Eletrôni-ca no mês de setembro. A emissão da FCI faz parte da Resolução nº 13, do Senado Federal, que decretou o fim da “guerra fiscal dos portos” praticada por diversos es-tados, através de incentivo fiscal a produtos fabricados em outros países.

A Resolução fixou em 4% a alíquota do ICMS nas opera-ções interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou, ainda que submetidos, resultem em mercadorias ou bens com conteúdo de importação superior a 40%, in-dependentemente da sua data de importação. Porém, manteve as atuais alíquotas interestaduais de 7% ou 12%, conforme o caso, como acontece com bens e merca-dorias importadas do exterior que não tenham similar nacional (Resolução Camex n.º 79/2012), por exemplo, entre outras exceções.

Com o Convênio ICMS 88, o sigilo fiscal das empresas que usam insumos importados em seus produtos fica preservado, conforme pleito de entidades representan-

tes do setor industrial, como o Sinditêxtil-SP. No lugar das informações referentes ao percentual de conteúdo im-portado deverão ser utilizados os Códigos de Situação Tributária específicos, que foram alterados pelo ajuste SINIEF nº 15, do último dia 30 de julho. Sendo assim, a indústria anteriormente obrigada a prestar informaçõesreferentes ao conteúdo de importação (Ajuste SINIEF 19, de 7 de novembro de 2012) deverá informar, em campo próprio da Nota Fiscal eletrônica, somente o número da FCI. Nas operações subsequentes, quando não submeti-das a novo processo de industrialização, o estabelecimen-to emitente da Nota Fiscal transcreverá o número da FCI contido no documento fiscal relativo à operação anterior.

Devido a complexidade do assunto e por exigir uma sé-rie de adequações nos sistemas das empresas que ain-da não tiveram tempo suficiente realizá-las, o prazo foi prorrogado pela terceira vez desde que a Resolução nº 13 foi aprovada, em 2012, no Senado Federal. Ini-cialmente ela entraria em vigor em 1 de janeiro, depois passou para o dia 1 de maio e, por último, 1 de agosto.

Prazo para preenchimento e entrega da FCI é prorrogado pela terceira vez

Não podemos deixar tudo como antes. Precisamos que a regulamentação seja viabilizada o quanto antes para que as empresas brasileiras não percam mais mercado para os produtos importados com incentivos fiscais

Alfredo Emílio Bonduki

Guerra dos

PortosPerto do fim?

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“Lutamos incansavelmente, nos últimos anos, para que a Resolução fosse aprovada. Era inaceitável con-tinuar com a ‘guerra dos portos’. Perdemos com o cus-to Brasil e com os incentivos fiscais à concorrência de produtos importados, vantagem que reduz ainda mais a competitividade da indústria nacional”, comenta o presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki. “No entanto, fomos surpreendidos com as inviáveis obri-gações que constavam na regulamentação da nova alíquota. Depois de meses negociando mudanças na proposta de regulamentação, avançamos na simplifi-cação do cálculo do conteúdo importado”, salienta. “Agora, depois de tanto esforço, não podemos deixar tudo como antes. Precisamos que a regulamentação seja viabilizada o quanto antes para que as empresas brasileiras não percam mais mercado para os produtos importados com incentivos fiscais”, reforça Bonduki.

ADAPTAção - Para auxiliar as empresas a se adequarem às mudanças, o Sinditêxtil-SP promoveu seminários em parceria com o Escritório Honda, Estevão – Advogados e com a presença de especialistas que esclareceram as principais dúvidas sobre o assunto. “Tratamos dos ajustes que a Casa (Sinditêxtil-SP) conseguiu implementar em defesa da indústria nacional”, disse Helcio Honda, supe-rintendente Jurídico do Sindicato.

A Toyobo foi uma das empresas que participou do workshop jurídico. “De fato, trata-se de tema bastante complexo. O seminário sobre a Resolução 13 auxiliou no esclarecimento de algumas questões e levantou outras, e ainda, deu uma visão geral sobre este contexto com os problemas relatados pelas demais empresas participan-tes. Ainda restam dúvidas, porém, bastante particulares e peculiares a nossa empresa e nossas atividades”, decla-rou Donisete Cavalheri Júnior, supervisor de Departamen-to Fiscal da Toyobo. “As expectativas são de que sejam feitos ajustes na legislação com a intenção de seguir a ideia original de conter a guerra dos portos, sem onerar os contribuintes”, reforça.

A CifaTêxtil Fios e Linhas também esteve presente. “Pela complexidade do assunto, o seminário esclareceu várias dúvidas. Mas, sabemos que no dia a dia surgem outras e teremos que recorrer a consultorias. Além disso, será neces-sário contratar serviços de melhorias no sistema de gestão (ERP) para automação dos processos para preenchimen-

to da FCI mensalmente, o que vai gerar mais custos para a indústria”, ressalta Marlene Aparecida Pavan Grillo, Gerente de Controladoria. “Comercialmente falando, temos a expectativa de que a Resolução realmente acabe com a Guerra dos Portos”, observa.

Marcelo Bergamasco, da secre-taria da Fazenda de São Paulo, participou do workshop que tra-tou dos desdobramentos do en-tão Convênio ICMS nº 38. “Este é um período de acomodação, para que as empresas tenham tempo de se adaptar”, observou. Ele acrescentou a im-portância do Estado na centralização das informações repassadas pelas empresas. “São Paulo será o responsá-vel pelo recebimento de todas as FCI’s e pelo desenvol-vimento do sistema”, disse.

UNIFICAção – A presidente da República Dilma Rousseff apresentou o PRS 01/2013, que estabelece alíquotas do ICMS nas operações e prestações inte-restaduais de modo a alcançar, gradativamente, o patamar de 4% (veja tabela abaixo). A matéria é de competência exclusiva do Senado Federal e, por isso, será analisado somente por essa Casa.

Donisete Cavalheri Junior - Toyobo

Marlene Pavan daCifaTêxtil Fios e Linhas

Aliquota de entrada

Alíquota de saída

Valores em R$ milhão

Ano G1 G2 G1 G2 Total%

Arreca-dação Total

2013 12% 12% 12% 7%2014 11% 11% 11% 6% -1.316 -1,3%2015 10% 10% 10% 5% -2.605 -2,6%2016 9% 9% 9% 4% -3.868 -3,9%2017 8% 8% 8% 4% -3.309 -3,3%2018 7% 7% 7% 4% -2.762 -2,8%2019 6% 7% 6% 4% -3.238 -3,1%2020 5% 7% 5% 4% -3.704 -3,5%2021 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2022 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2023 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2024 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2025 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2026 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2027 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2028 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%2029 4% 7% 4% 4% -4.161 -3,8%Total -58.250

G1: Estados do Sul e Sudeste (exceto ES)G2: Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o ES

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O Projeto já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e agora se encontra no Plenário, onde já foi encerrado o prazo para apresentação de emendas. Ao todo foram apre-sentadas sete emendas. “O Sinditêxtil-SP acompanha, de per-to, todos os trâmites dessa matéria junto ao Governo Federal e Congresso Nacional. Apoiamos totalmente essa reforma do ICMS, pois a consideramos .necessária para que as empresas tenham uma concorrência mais leal e menos burocrática, ate-nuando em grande parte os efeitos danosos da guerra fiscal”, enfatiza Alfredo Emílio Bonduki.

*Empresários, trabalhadores e entidades de classe se uniram para pleitear junto ao Senado Federal a aprovação do Projeto de Resolução do Senado 72/2010 e conseguiram. A medida foi aprovada em abril de 2012 e foi nomeada como Resolução nº 13/2012.

O texto inicial, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), estabelecia alíquota zero para a in-cidência do Imposto. Já o substitutivo aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi redigido pelo relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), e mantém as atuais alíquotas interestaduais de 7% ou 12%, conforme o caso, aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional.

*Diante das dificuldades enfrentadas pelas in-dústrias para o cumprimento das obrigações im-postas pelo Ajuste SINIEF 19/2012, o Sinditêxtil-SP apoiou entidades como a Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), en-tre outras, que apresentaram propostas visando o aperfeiçoamento da regulamentação da Resolu-ção nº 13. Dentre essas medidas, a eliminação das informações lançadas na Ficha de Conteúdo de Importação - FCI e na Nota Fiscal, a obrigatorie-dade de apresentação da FCI em cada etapa da cadeia de transformação do produto acabado e a exclusão dos tributos não cumulativos da base de cálculo do ICMS.

*Em 29 de junho foi publicada a Portaria CAT nº 64, de 28 de junho, que dispõe sobre os procedimen-tos a serem observados na aplicação da alíquota interestadual do ICMS de 4% nas operações inte-restaduais. Ela adequa a legislação paulista ao Convênio ICMS nº 38/2013, revogando a Portaria CAT nº 174/2012, que regulamentava a matéria.

*os bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar nacional definidos em lista da CAMEX, assim como as demais exceções da Resolução 13 do Senado Federal, não são consi-derados no cálculo do valor da parcela importa-da. Assim, no limite, se o único insumo importado utilizado ou consumido no processo industrial for sem similar nacional, o estabelecimento industrial está dispensada da apuração do conteúdo de im-portação, e, por conseguinte, do preenchimento e entrega da Ficha FCI.

o Passo-a-Passo da tentativa de reGulamentar a resolução 13

fique atento! * Nas operações de Importação não houve alteração, continuará a ser aplicada a alíquota definida pelo Esta-do sujeito ativo da obrigação tributária. Exemplo:

- Uma empresa importa determinada mercadoria e a de-posita em seu estoque. Posteriormente a empresa vende a mercadoria importada para contribuinte situado em outro Estado. Ocorreram duas operações: importação e interestadual. A importação utilizará a alíquota de ICMS determinada pelo Estado sujeito ativo da obrigação tri-butária. Já a operação subsequente (interestadual) utili-zará a alíquota de 4%.

* Conteúdo de Importação é o percentual correspon-dente ao quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor total da operação de saída inte-restadual da mercadoria ou bem submetido a processo de industrialização. O Conteúdo de Importação deverá ser recalculado sempre que, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objeto de operação interestadual tenha sido submetido a novo processo de industrializa-ção. Se o Conteúdo de Importação for superior a 40%, deverá ser utilizada a alíquota de 4% nas operações inte-restaduais, salvo exceções previstas na legislação.

*Valor total da operação de saída interestadual é o valor do bem ou mercadoria, na operação própria do reme-tente, excluídos os valores de ICMS e do IPI.

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O coordenador da Administração Tributária (CAT) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, José Clóvis Cabrera (à esq.), participou de reunião de Diretoria do Sinditêxtil-SP e abordou as mudanças no ICMS

As empresas que produzem no Brasil pagam o ICMS sem incentivo e a dife-rença do custo fiscal pode chegar a 9% em relação aos importados. Cal-cula-se que isso já diminuiu a capacidade do País gerar 771 mil empregos desde 2010 e que o PIB deixou de crescer R$ 18,9 bilhões, segundo estudo da Fiesp. No Brasil, a cada segundo, são importados US$ 214 de produtos têxteis e confeccionados. Somente em 2012, já foram mais de US$ 6 bi-lhões, de acordo com o “Importômetro” instalado na sede do Sinditêxtil-SP, na capital. Cerca de 790 mil empregos deixaram de ser gerados.

evolução das imPortaçÕes de têxteis e ConfeCCionados(excluído fibras de algodão)

Fonte: Sistema Aliceweb - MDIC

Fonte: Sistema Aliceweb - MDIC

Estados 1000 US$ Ton 1000 US$ Ton 1000 US$ TonTotal Geral 6.171.494 1.165.912 6.596.839 1.204.252 3.930.839 730.342

Estados Incentivados 3.456.252 718.068 3.609.491 747.628 2.123.136 455.667Demais Estados 2.715.242 447.844 2.987.348 456.625 1.807.702 274.676

Estados Incentivados TOTAL 56% 62% 55% 62% 54% 62%

SANTA CATARINA 1.802.650 371.324 2.055.317 435.665 1.275.681 279.402ESPIRITO SANTO 721.185 114.224 708.820 98.324 365.445 48.475MATO GROSSO

DO SUL 461.604 126.036 406.784 114.150 241.939 69.141

PARANA 270.066 59.150 230.626 48.799 114.599 24.872PERNAMBUCO 83.162 25.912 108.160 31.527 67.989 23.091

ALAGOAS 73.705 11.825 64.035 10.150 33.379 5.430SERGIPE 16.893 4.895 25.478 7.440 11.503 3.640

TOCANTINS 21.974 3.935 6.228 889 8.069 869GOIAS 4.938 758 3.943 666 4.134 738

MARANHAO 77 10 101 18 398 8

2011 2012 Jan Jul 2013

São

dez

os e

stad

os

ince

ntiv

ados

9

os números da desvantaGem

20112010200920082007200620052004200320022001

224

1.057

825

335281

196177133105877479100

572

600

443

295191169

101101100

Em 2011, os Estados que oferecem benefícios fiscais foram responsáveis por 62% do volume e 56% do valor de importações de têxteis e confeccionados, parcela que corresponde a US$ 3,5 Bilhões.

Estados com benefício*Variação: +957%* PR,SC, GO, MS, PE, AL, SE, TO, MA e ES

Demais EstadosVariação: +235%

evolução das imPortaçÕes de têxteis e ConfeCçÕes

(Variação em US$ FOB - Base 100 = 2001)Excluído fibra de algodão

Retalho Fashion

empresa faz testes para coleta

seletiva de retalhos no Bom Retiro

A empresa Estre, com apoio da Loga, atual contratada da Prefeitura de São Paulo para serviços de coleta rea-lizou, em maio, um teste para coleta, dos resíduos têxteis (retalhos) na região do Bom Retiro. A ação aconteceu entre 7h30 e 8h30, período autorizado pela Prefeitura para o recolhimento dos resíduos. Os testes fazem parte do Projeto Retalho Fashion criado pelo Sinditêxtil-SP com o objetivo de organizar o descarte e a coleta de resíduo têxtil no Bom Retiro. O Projeto conta com o apoio do SENAI-SP, Abit, Sindivestuário, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro e da Prefeitura de SP. Um caminhão compactador da Estre foi usado no teste e coletou mais de três toneladas de retalhos (confira o detalhamento da coleta nas tabelas abaixo). O material recolhido foi armazenado no Centro de Gerenciamento de Resíduos, em Paulínia (SP), onde foi realizada a eta-pa de triagem do material, com apoio de técnicos do SENAI. Nessa fase foi avaliada composição do material recolhido e sua respectiva qualidade. Essas informações darão subsídios para que possa ser avaliada a possibili-dade do reaproveitamento do material e de sua reinser-ção no ciclo produtivo. No mês anterior à coleta, o presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, e o coordenador do Comitê de Responsabilidade Social do Sindicato, Rogério da Con-ceição de Melo, se reuniram com o secretário Municipal

Papel/ Papelão 256,3Tetra Pack 10,7Plásticos 362,8Isopor e Espumas 8,6Borracha 7,0Trapo 398,2Madeira 4,0Orgânicos 441,6Outros 155,7Tecidos 1652,9

ToTAL 3297,9

Tipo de material Kg

Total Tecidos: 1662,01 kg

10%90%

Não sintéticos

Sintéticos

50%

100%

12% 13% 7,7% 11% 6,3%

TecidosTrapos

Orgânicos

Papel/PapelãoPlásticos

OutrosTotal

de Serviços e Obras, Simão Pedro e com o chefe de Ga-binete da Secretaria, José Carlos Pegolaro, para apre-sentar o “Retalho Fashion”. Em outro encontro, os deta-lhes do Projeto foram repassados para o presidente da Amlurb, Silvano Silverio da Costa, o chefe de Gabinete, Rogério Guibu , o assessor de Gabinete, Valdecir Papa-zissis, além de Paulo Gonçalves, coordenador da coleta seletiva e um representante da Estre. Simão Pedro será o coordenador das atividades.

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No dia 19 de agosto, o presidente do Sinditêxtil-SP, Alfre-do Bonduki, se reuniu com o prefeito Fernando Haddad, para falar pessoalmente do Projeto Retalho Fashion e entregar em primeira mão os resultados da coleta teste realizada no Bom Retiro. Bonduki estava acompanhado do Coordenador do Comitê de Responsabilidade Social do Sinditêxtil, Rogério Melo, e do diretor-superintende do Sindicato, Fernando Pimentel. Durante o encontro, Bonduki mostrou ao prefeito quais os principais objetivos do Projeto e solicitou a parceria com a prefeitura para acelerar a iniciativa. “Acreditamos que o Prejeto Reta-lho Fashion é de interesse de toda a sociedade, uma vez que trabalhará não somente a questão da reciclagem, mas o aspecto social dos catadores de resíduos”, dis-se o presidente do Sinditêxtil-SP. Também participaram do encontro, o Secretário Municipal de Serviços, Simão Pedro, e o Secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel de Pieri.

Prefeito Haddad recebe resultados da primeira coleta de retalhos

PequenosGeradores

GrandesGeradores

Confecção Coleta Seletiva

Cooperativasde Classificação(100% reciclado)

Indústrias TêxteisRecicladoras

ProdutosReciclados

Bom retiroApós a implantação do projeto

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Da esq. para a dir.: Simão Pedro (sec. Municipal de Serviços), Fernan-do Pimentel (dir. superintendente da Abit), Fernando Haddad (prefei-to de São Paulo), Rogério C. Mello (dir. Sinditêxtil-SP), Alfredo Bonduki (pres. do Sinditêxtil-SP), e Eliseu Gabriel (sec. Desenvolvimento, Traba-lho e Empreendedorismo)

O Ministério do Meio Ambiente está com inscrições abertas para o treinamento gratuito e a distância sobre Registro de Emissão e Transferência de Poluentes - RETP. O curso é voltado para os responsáveis pelo controle e gestão de dados de efluentes lí-quidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos, referente à declaração anual do Relatório de Atividades Potencialmente Poluidora (RAPP) do Cadastro Técnico Federal do IBAMA.Em funcionamento em diversos países, sua implementação no Brasil é um compromisso Internacional firmado no Foro Intergo-vernamental de Segurança Química (FISQ). A partir da declara-ção de 2014, os dados não sigilosos do RETP das Atividades Po-tencialmente Poluidoras de Grande Porte serão disponibilizados para acesso público irrestrito. Inscrições: www.ead.retp.com.br.

Poluentes

iso 9001

A H3 Polímeros assinou contrato BR.1537614 com o Bureau Veritas Certification para certificação e auditoria de seu sistema de gestão da qualidade segundo a norma NBR ISO 9001/ 2008 ( há a prerrogativa de buscar a ISO TS até o final do ano). O objetivo é pleitear desenvolvimento, produção e venda de polímeros e plásticos de engenharia gerados a partir da reciclagem de resíduos têxteis. A H3 Polímeros é a primeira empresa brasileira a obter uma patente na área de Logística Reversa e pronta para atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos, produzindo plásticos de en-genharia a partir de resíduos têxteis.

Apesar de ter sido aprovado com esmagadora maio-ria no Congresso (315 votos a favor contra 95 contra e 1 abstenção), o Projeto de Lei 200/2013 que propõe a extinção da multa de 10% sobre o FGTS paga pelos empregadores no caso de demissão sem justa causa foi vetado pela presidente Dilma. O veto foi publicado no dia 25 de julho, no Diário Oficial da União. O Sindi-têxtil-SP, juntamente com outras entidades, trabalhou intensamente para a vitoriosa aprovação do PLP 200 no Congresso Nacional, onde o veto será analisado em setembro. Do contrário, a matéria trancará a pau-ta da Câmara e do Senado. O Sindicato continuará se esforçando junto à sua Frente Parlamentar Têxtil e de Confecção para, novamente, obter maioria de votos favoráveis à aprovação do Projeto.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Ame-ricana (SP), Luiz Carlos Martins (centro), esteve na sede do Sinditêxtil-SP, para tratar de assuntos relacionados ao Departamento de Água e Esgoto (DAE) daquela cidade. Na ocasião, Martins foi recebido pelo presidente do Sin-dicato, Alfredo Emílio Bonduki ( à dir.) e pelo diretor Admi-nistrativo e Financeiro da entidade, Renato Leme.

Visita

fGts

Première Vision São Paulo

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A 10ª edição do Salão Moda Brasil, realizada no Expo Center Norte, contou com a presença do presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki. “Apesar das dificul-dades do setor nós continuamos investindo. Um evento como o Salão Moda Brasil mostra o potencial da nossa indústria”, declarou Bonduki. O Salão é organizado pelas empresárias Ana Flôres e Indhira Pêra, da New Stage. Par-ticiparam do evento, realizado em junho, 320 marcas ex-positoras apresentando cinco mil lançamentos de moda íntima, praia e fitness. Cerca de 21 mil visitantes acompa-nharam as tendências de Primavera/Verão 2014.

sindiCato aPoia imPortantes eventos do setor

No mês seguinte, o Sindicato marcou presença na 8ª. edi-ção do Première Vision São Paulo (PVSP), que apresen-tou os lançamentos de mais de 100 expositores para a temporada de Outono/Inverno 2014. Durante a coletiva de imprensa, Bonduki atribuiu o crescimento do evento ao esforço da organização. “Gostaria de parabenizar os promotores do Première pela capacidade de realizar algo desta magnitude. A indústria brasileira e paulista têm muito o que mostrar para seus visitantes e para o mundo”, disse. Entre as novidades, o preview especial feito com a Cartela de Cores do Première Vision Outono/Inverno 2014. Pela primeira vez, o portfólio foi vendido exclusiva-mente no salão realizado na capital paulista, antes mes-mo da apresentação mundial em Paris. A próxima edição do Première Vision São Paulo Prima-vera/Verão 2015 acontecerá nos dias 21 e 22 de janeiro de 2014.

O Sinditêxtil-SP apoiou institucionalmente, mais uma vez, dois importantes eventos que integram o calendário do setor têxtil brasileiro e que são realizados na capital paulis-ta: Salão Moda Brasil e Première Vision São Paulo.

Salão Moda Brasil

Bonduki na Coletiva do Première Vision São Paulo

Fernando Pimentel e Bonduki na coletiva do SMB

Première Vision São Paulo

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A segunda Reunião das Câmaras Temáticas do Con-selho Paulista de Competitividade, que visa formular a política pública de fomentos à economia paulista, teve como tema a Promoção da Competitividade que pre-tende trazer melhorias a todo o setor econômico do Es-tado de São Paulo. A palestra foi apresentada pelo pre-sidente da Investe SP, Luciano Almeida.

O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, par-ticipou do encontro e destacou pontos que podem tra-zer mais competitividade ao setor paulista. “A sugestão de dar benefícios para empresas que atingem o nível de cotas dos programas governamentais seria útil tan-to para as empresas quanto para o governo”, disse. Ele reforçou, ainda, que São Paulo não pode mais perder empresas para outros estados. Após as sugestões feitas pelos participantes do Con-selho, a Investe São Paulo reformulará a proposta e encaminhará para todos os integrantes aprovarem as medidas e com isso será feita a minuta do Programa Paulista de Competitividade, que tem a primeira reu-nião prevista para setembro.

Promoção da ComPetitividade é tema de reunião das Câmaras temátiCas do Conselho Paulista

A Vicunha Têxtil investe em novas texturas, estampas e tingimentos nos índigos e brins no inverno 2014, que traz cores fortes e acabamentos diferenciados nos produtos. Os brins possuem estampas de Tartan escocês e florais e aspecto corroído, além de caveiras ou camuflado, entre outros. Na camisaria, a tonalidade de azul puro índigo ou do puro preto. Já nos produtos “Duo-D”, um lado do tecido carrega a tonalidade azul puro índigo intensa, enquanto o avesso traz a cor Burgundy.

A Covolan Têxtil realizou o lançamento oficial da cole-ção durante a 8ª edição da Première Vision São Paulo, na capital. Entre as três linhas apresentadas destaca-se a “Prime Denim”, com acabamento mercerizado e tingimentos especiais, composta ou em algodão com-binado com elastano ou 100% algodão. Tem ainda as composições feitas em 100% algodão com tingimentos mais intensos e lavagens de efeitos puídos, detonados e rasgados além do uso de novas estampas de corrosão e de resina PU que simula a aparência do plástico.

A indústria de denim Têxtil Canatiba apresenta produ-tos estampados e coloridos. Os tecidos vêm em diver-sas opções de lavagens, cores, pesos e tipos de stretch. Os denins coloridos são compostos com variações de algodão, poliéster, elastano, liocel, sarja e cetim. Entre os tons, azul, vermelho, amarelo e verde. Já os denins estampados trazem poás e corações. Há ainda a peça com desenho de cashmere na cor branca, animal prints e tecidos com manchas assimétricas.

A Tavex, maior produtora de denim diferenciado, traz uma linha especial para homens. Fitness Denim® by Ta-vex é baseada nos princípios do fitness: flexibilidade, agili-dade, resistência, recuperação, variedade e intensidade. Para as mulheres, uma combinação única de duas fibras elásticas, o fio Lycra® e o fio Lycra® T400® com algodão, que resulta em peças resistentes à lavanderia, com alta recuperação e baixo encolhimento. A coleção trará também novos acabamentos foscos e metalizados.

DenimInverno 2014la

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Pelo terceiro ano consecutivo o Estado de São Paulo re-gistra queda em seus índices de produção industrial no setor têxtil e de confecção, segundo dados do IBGE. No primeiro semestre de 2013 comparativamente ao mes-mo período de 2012, a produção têxtil caiu 3,95% e a de vestuário 2,35%. Se por um lado tivemos o terceiro perío-do consecutivo de retração, sua magnitude foi menor do que os anos anteriores. A menor profundidade negativa desses indicadores aliado a possibilidade de um segundo semestre menos contraído do lado do consumo e de um patamar mais elevado de taxa de câmbio nos levam a projetar uma leve recuperação da produção que pode-rá representar a igualdade ou ligeira superação dos níveis existentes em 2012.

Do lado do consumo (varejo), as vendas, no Estado de São Paulo, apresentaram crescimento de 2,97% em re-lação a 2012, cuja performance havia sido negativa na base anual. O fato é que o desaquecimento da eco-nomia está sendo diretamente sentido no consumo de bens do setor e boa parte do resultado da produção é fruto do fraco desempenho das vendas varejistas. Espe-ra-se uma leve melhoria das vendas no segundo semes-tre, em especial para o final de ano, levando, com isso, a um aumento de pedidos junto a indústria nacional.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, a gera-ção de empregos formais no ano de 2013, até ju-nho, foi positiva em 30.477, número superior aos 15 mil postos de trabalho que haviam sido gerados no mesmo período de 2012. Esta melhor performance do ano de 2013 num cenário de produção ainda retraída pode ser explicada, em grande parte, pe-los efeitos da medida de desoneração da folha de pagamentos que tem levado muitas empresas a contratar mais funcionários que em alguns casos eram terceirizados. Além disso, o ainda aquecido mercado de trabalho no Brasil tem incentivado as empresas a busca pela manutenção de seus cola-boradores que uma vez perdidos dificilmente po-derão ser recontratados em caso de retomada do

ritmo de crescimento da empresa, já este trabalhador muito provavelmente já terá se recolocado.

Os dados de emprego do Estado de São Paulo acompanham a tendência nacional. Considerando os resultados do primeiro semestre, o estado foi responsável por 30% de todos os postos de trabalho gerados no país no setor têxtil e de confecção.

Os indicadores de inflação demonstram que o setor segue dando sua contribuição para a estabilidade de preços do país.

No âmbito nacional, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) de vestuário apresentou crescimento de 1,95%, índice semelhan-te ao IPCA do vestuário que variou positivamente 1,92%. En-quanto isso, o IPCA geral apresentou aumento de 3,21%, ou seja, mais de 1 ponto percentual superior à variação de pre-ços do setor.

No Estado de São Paulo, o comportamento é semelhante. En-quanto o IPC geral apresentou variação de 1,89%, o IPC de vestuário cresceu 1,77%.

Em ambos os casos, a variação de preços demonstra que o se-tor têxtil e de confecção segue absorvendo custos crescentes de produção, em especial os relacionados à mão de obra, e

eConomiaindiCadores

Produção e Consumo

emPreGo

inflação repassando aos consumidores seus ganhos de produti-vidade, qualidade e tecnologia, advindos dos expres-sivos investimentos que o setor vem realizando.

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ComérCio exterior

indiCadores

No período de janeiro a julho de 2013, o Estado de São Paulo apresentou déficit de US$ 895,6 milhões em sua balança co-mercial de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão), contra um déficit de US$ 828,3 milhões registra-dos no mesmo período de 2012.

No período de janeiro a julho, as exportações de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão) de São Paulo apresentaram aumento de 3,8%, em valor, se compa-rado ao mesmo período de 2012. Já as importações apresen-taram aumento de 7,2%.

As exportações que vinham caindo nos últimos anos, apresen-taram leve crescimento, tendência que pode ser mantida caso a taxa de câmbio mantenha trajetória de desvalorização, fa-vorecendo assim a competitividade de produto nacional.

São Paulo mantém-se como principal estado exportador bra-sileiro (em valor) responsável, no período de janeiro a julho de 2013, por 33,4% do total das exportações brasileiras do setor (exceto fibra de algodão), enquanto que nas importações, representou 29,1%, ficando atrás de Santa Catariana que teve participação de 32,5% do total importado.

Como se pode observar no gráfico a seguir, as importações do Estado de Santa Catariana apresentaram, no período de janeiro a julho de 2013, um crescimento de 10,8%, se compa-rado ao mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo, as impor-tações do Estado do Espírito apresentaram queda de 10,3%. Tratam-se de dois importantes Estados importadores de arti-gos têxteis e confeccionados que possuem programas fiscais especiais para desembaraço de mercadorias estrangeiras e que estão sendo impactados pela Resolução 13/2012 do Se-nado que uniformizou as alíquotas interestaduais de ICMS de produtos importados.

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