boletim vamos à luta 07 - outubro/novembro 2010

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Qual a carreira que nós queremos? Queremos uma carreira que valorize o nosso trabalho, nossa experiência e nossa formação. Queremos reconhecimento! carreira PAEPE está sendo reestruturada e vai atingir TODOS os servidores que estão enquadrados nela. Não haverá opção ou reenquadramento. Mas como será a carreira na Unicamp? A Reitoria não explica muito bem, mas está dizendo que dará mobilidade ao servidor e que a avaliação de desempenho é o instrumento capaz de medir quem merece mais. Só que medir o “merecimento” é fazer uma análise subjetiva e obscura que propicia o favoritismo e privilegia a poucos. Esta prática é chamada de interesse privado e é inadequada ao serviço público. É o que vemos quando ocorrem as avaliações de desempenho e quando olhamos para o nosso holerite: nosso descontentamento é perceber que muitas vezes não somos valorizados pelo nosso trabalho, experiência e formação. Uma carreira que valorize o servidor tem de se basear nos princípios básicos do setor público: a impessoalidade, a transparência e a eficiência. Quando se trabalha com critérios subjetivos e obscuros, baseados no favoritismo e, quase sempre, nas escolhas das chefias, rompe-se com a supremacia do interesse público sobre o privado e quebra-se a isonomia. Na prática, isto quer dizer que a Unicamp está tentando implementar aqui os padrões das empresas privadas. É por isso que a Reitoria, na apresentação da proposta da carreira, declarou: “se tiver recurso todos os anos, somente um funcionário excepcional poderá chegar ao final da carreira” (fonte: www.dgrh.unicamp.br). Mas o que é ser excepcional? É trabalhar muito aceitando ganhar pouco? E que mobilidade é essa? Estão nos descar- tando? É essa a carreira que nós queremos? Queremos que o nosso trabalho, a nossa experiência e o nosso conhecimento sejam devi- damente reconhecidos e valorizados. Queremos que esta valorização seja levada à nossa aposentadoria. Queremos continuar construindo a Unicamp. Vamos à luta pela nossa carreira! Joguinho da Carreira: faça o teste da valorização A Reitoria diz que somente um “funcionário excepcional” poderá chegar ao fim da carreira. Mas o que é ser excepcional? Se não houvesse avaliações subjetivas, se os nossos títulos, nossa qualificação e formação fossem reconhecidos, qual seria o nosso salário? Faça o teste da valorização! Leia as instruções ao lado e descubra se o seu salário está defasado. Bom teste! Instruções 1. Quantos anos de serviço você tem? Siga a seta e a letra correspondentes. 2. Compare a letra correspondente ao seu tempo de serviço com a referência salarial compatível com o seu segmento. Atenção: linha 1 para básico, 3 para médio e 6 para superior. A Coletivo Sindical Unicamp www.vamosaluta.org out./nov. 2010 . As avaliações subjetivas continuam e a Reitoria declara: “somente um 'funcionário excepcional' poderá chegar ao fim da carreira”.

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Boletim Vamos à Luta 07 - Outubro/Novembro de 2010 - Qual a carreira que nós queremos? - Joguinho da carreira: faça o teste da valorização - Pela independência do nosso sindicato! Contra a cobrança do imposto sindical! - Carreira capenga + Estágio probatório = Futuro incerto

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Qual a carreira que nós queremos? Queremos uma carreira que valorize o nosso trabalho, nossa experiência e nossa formação.

Queremos reconhecimento!

carreira PAEPE está sendo reestruturada e vai atingir TODOS os servidores que estão enquadrados nela. Não haverá opção ou

reenquadramento. Mas como será a carreira na Unicamp? A Reitoria não explica muito bem, mas

está dizendo que dará mobilidade ao servidor e que a avaliação de desempenho é o instrumento capaz de medir quem merece mais. Só que medir o “merecimento” é fazer uma análise subjetiva e obscura que propicia o favoritismo e privilegia a poucos.

Esta prática é chamada de interesse privado e é inadequada ao serviço público.

É o que vemos quando ocorrem as avaliações de desempenho e quando olhamos para o nosso holerite: nosso descontentamento é perceber que muitas vezes não somos valorizados pelo nosso trabalho, experiência e formação.

Uma carreira que valorize o servidor tem de se basear nos princípios básicos do setor público: a impessoalidade, a transparência e a eficiência.

Quando se trabalha com critérios subjetivos e obscuros, baseados no favoritismo e, quase sempre, nas escolhas das chefias, rompe-se com a supremacia do interesse público sobre o privado e quebra-se a isonomia.

Na prática, isto quer dizer que a Unicamp está tentando implementar aqui os padrões das empresas privadas. É por isso que a Reitoria, na apresentação da proposta da carreira, declarou: “se tiver recurso todos os anos, somente um funcionário excepcional poderá chegar ao final da carreira” (fonte: www.dgrh.unicamp.br).

Mas o que é ser excepcional? É trabalhar muito aceitando ganhar pouco?

E que mobilidade é essa? Estão nos descar-tando? É essa a carreira que nós queremos?

Queremos que o nosso trabalho, a nossa experiência e o nosso conhecimento sejam devi-damente reconhecidos e valorizados. Queremos que esta valorização seja levada à nossa aposentadoria. Queremos continuar construindo a Unicamp.

Vamos à luta pela nossa carreira!

Joguinho da Carreira: faça o teste da valorização

A Reitoria diz que somente um “funcionário excepcional” poderá chegar ao fim da carreira. Mas o que é ser excepcional? Se não houvesse avaliações subjetivas, se os nossos títulos, nossa qualificação

e formação fossem reconhecidos, qual seria o nosso salário? Faça o teste da valorização! Leia as instruções ao lado e descubra se o seu salário está defasado. Bom teste!

Instruções

1. Quantos anos de serviço você tem? Siga a seta e a letra

correspondentes.

2. Compare a letra correspondente ao seu tempo de serviço com a referência salarial compatível com o seu segmento. Atenção: linha 1 para básico, 3 para médio e 6 para superior.

A

Coletivo Sindical Unicamp

www.vamosaluta.org out./nov. 2010 .

As avaliações subjetivas

continuam e a Reitoria declara:

“somente um 'funcionário excepcional' poderá chegar ao fim da carreira”.

Pela independência do nosso sindicato! Contra a cobrança do imposto sindical!

Durante a greve, os trabalhadores da Unicamp foram surpreendidos pela diretoria do STU com a cobrança do imposto sindical. Essa cobrança, que corresponde ao valor de um dia de trabalho, vai se repetir todos os anos. Desde a formação do STU, os trabalhadores da Unicamp sempre lutaram contra esse imposto. Infelizmente, essa é mais uma das nossas lutas históricas que o grupo Alerta jogou pelo ralo, entrando na justiça para garantir a cobrança desse valor.

O imposto sindical afasta o sindicato dos trabalhadores e serve para tornar os sindicatos dependentes do Estado. A experiência de luta dos trabalhadores já mostrou: para manter esse recurso, eles acabam abrindo mão de lutar por direitos e salários.

Nós, do coletivo Vamos à Luta, somos contra esse imposto e convocamos os trabalhadores da Unicamp a lutar para impedir novas cobranças e para garantir que o valor já tomado dos trabalhadores seja integralmente devolvido - independente do trabalhador ser sindicalizado ou não.

O financiamento da entidade sindical é muito importante. O

sindicato é nosso grande instrumento de luta. Mas as contribuições têm de ser voluntárias, votadas segundo as necessidades de nossa luta. Fazemos um chamado a todos os trabalhadores para que se filiem ao sindicato e contribuam voluntariamente com nossa entidade. O STU deve voltar para a luta em defesa dos trabalhadores e da Universidade. Para isso precisamos de uma entidade forte, mas com novos rumos. Precisamos de todos para ajudar nessa transformação.

Precisamos acabar com a cobrança do imposto sindical, que piora muito a situação do nosso sindicato. Para isso, defendemos a realização de um congresso extraordinário dos trabalhadores da Unicamp para colocar fim a essa cobrança vergonhosa. Fazemos um chamado a todos os grupos e trabalhadores combativos dessa Universidade a participarem dessa campanha contra a burocratização e o afastamento do sindicato em relação à luta e ao dia-a-dia dos trabalhadores.

Ao longo dos próximos meses, estaremos abrindo postos de coleta de assinaturas contra a cobrança do imposto sindical.

Sua participação é o que garante o sucesso desta iniciativa. Não deixe de assinar!

CARREIRA CAPENGA

+ ESTÁGIO PROBATÓRIO

= FUTURO INCERTO

A GR 34 é o instrumento político do REItor para submeter todos os servidores ingressantes e

normatizar o assédio moral na Unicamp

assédio moral é um problema tão grande na Unicamp que a Reitoria optou por normatizá-lo: agora todas as chefias têm poderes absolutos para mandar e desmandar nos servidores com menos de três anos de tempo

de serviço. Tem, inclusive, o poder de demitir o servidor que está no estágio probatório! E quem sai perdendo com demissões? Todos!

Aqueles que forem demitidos viverão na instabilidade. E para os trabalhadores que ficarem na seção, restará acúmulo de serviço, insegurança e pressão. Será que é neste ambiente de tensão que queremos trabalhar? Achamos que não. Por isso dizemos NÃO à GR-34. SIM à estabilidade, SIM ao serviço público!

Vamos à luta pelos nossos direitos de servidores públicos!

O

Resultado do teste Sua referência atual se equivale

ao seu tempo de serviço?

é MENOR que a tabela Você está como a maioria

dos servidores: mais de 80% estão nas referências iniciais

dos níveis médios e superiores. Defendemos que valorizar o servidor é também reconhecer a experiência, os cursos e os títulos. Se você

acredita que pode ser valorizado, participe das nossas discussões de

carreira! O momento é agora! Vamos à luta!

é IGUAL à da tabela Sua progressão por tempo de

serviço está adequada ao projeto que pleiteamos construir de carreira.

Defendemos que valorizar o servidor é também

reconhecer experiência, cursos e títulos. Participe das

nossas discussões de carreira! O momento é agora!

Vamos à luta!

é MAIOR que a tabela Você está enquadrado no nosso projeto de carreira!

Defendemos que toda experiência, acúmulo de

conhecimento e títulos têm de ser valorizados. Faça o teste com seus colegas: eles estão na mesma situação? Participe

das nossas discussões de carreira! O momento é agora!

Vamos à luta!

AGENDA

� out. a dez. coleta de assinatura contra o imposto sindical � out. a dez. discussão sobre carreira nos setores � 19/10 – 12h debate do Val sobre carreira no Básico � 20/10 – 09h seminário do STU sobre carreira (audit. DGA)