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Fotos: Estela Pinheiro / Seeb Bauru BANCÁRIOS NA LUTA JORNAL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DE BAURU E REGIÃO Ano I | 17 de Novembro de 2017 | Nº 12 UMA ENTIDADE FILIADA À Sindicato participou do Dia Nacional de Lutas repudiando as iniciativas neoliberais do governo Temer No dia 10 de novembro, trabalhadores de todo o Bra- sil realizaram protestos con- tra as reformas de Michel Te- mer, principalmente contra a reforma trabalhista. Em Bauru, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou um protesto em frente à Caixa Econômica da rua Gustavo Maciel, contra a implantação da reforma tra- balhista e em defesa da Caixa e do Banco do Brasil. Cerca de 80 bancários participaram do ato e fizeram o “funeral” da Consolidação das Leis do Trabalho carregando um cai- xão com os dizeres “Aqui jaz a CLT”, em referência às mais de cem alterações nocivas da legislação trabalhista. Contra a privatização! Os bancários também lu- tam pelo fortalecimento dos bancos públicos e do papel social que eles desempe- nham, uma vez que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão sob ataque do governo. CONTRA A REFORMA TRABALHISTA E EM DEFESA DOS BANCOS PÚBLICOS! No último dia 3, por exemplo, o Diário Oficial da União publicou um decreto de Michel Temer (Decreto nº 9.188/2017) que instaurou um “regime especial” para facili- tar a venda de ativos das em- presas federais de economia mista. Neste momento, a Caixa não pode ser afetada por es- se decreto, pois ainda é uma empresa 100% pública. O go- verno, no entanto, pretende mudar isso em breve: o Con- selho de Administração (CA) do banco está pronto para votar alterações no estatuto que transformarão a Caixa em uma empresa de econo- mia mista (o documento se- ria aprovado na reunião do CA de 18 de outubro, mas, por pressão do movimento sindical, a votação foi adia- da). O Sindicato seguirá reali- zando novos protestos e em breve distribuirá uma cartilha com os motivos pelos quais a Caixa deve continuar sendo uma empresa pública. Pressionado, Temer altera pontos da reforma trabalhista A reforma trabalhista mal entrou em vigor e Michel Te- mer já editou a Medida Pro- visória 808/2017, que altera alguns pontos da nova lei. As alterações afetam a contri- buição previdenciária (INSS) de funcionários com contra- to intermitente de trabalho, a quarentena intermitente, o fim do contrato intermitente, as regras para grávidas, as in- denizações por dano moral, a jornada de 12 por 36 horas e questões relacionadas ao tra- balho como autônomo. Mudou, por exemplo, o pa- râmetro para pagamento de indenizações por danos mo- rais: se antes o valor máximo poderia ser de até 50 vezes o último salário do trabalhador, agora o limite passou para 50 vezes o valor do teto dos be- nefícios da Previdência (R$ 5.531,31). Ampliar o teto das indenizações é um avanço, mas tabelar valor de dano mo- ral é lamentável. Para o Sindicato dos Ban- cários de Bauru e Região, a MP fica muito aquém do que esperam os trabalhadores que tiveram direitos usurpados. É preciso continuar ocupando as ruas, pressionando o gover- no e o Poder Judiciário, para que a reforma trabalhista não seja aplicada de fato. A MP produz efeitos ime- diatos, mas depende de apro- vação do Congresso para virar lei. Seu prazo de vigência é de 60 dias, prorrogáveis uma vez por igual período.

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Page 1: BANCÁRIOS NA LUTA...2017/11/17  · 17 de Novembro de 2017 BANCÁRIOS NA LUTA 3 O inverno ficoupara trás e, como se sabe, as tempera-turas na região de Bauru podem atingir alturas

Fotos: Estela Pinheiro / Seeb Bauru

BANCÁRIOS NA LUTAJORNAL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DE BAURU E REGIÃOAno I | 17 de Novembro de 2017 | Nº 12 UMA ENTIDADE FILIADA À

Sindicato participou do Dia Nacional de Lutas repudiando as iniciativas neoliberais do governo Temer No dia 10 de novembro, trabalhadores de todo o Bra-sil realizaram protestos con-tra as reformas de Michel Te-mer, principalmente contra a reforma trabalhista. Em Bauru, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região realizou um protesto em frente à Caixa Econômica da rua Gustavo Maciel, contra a implantação da reforma tra-balhista e em defesa da Caixa e do Banco do Brasil. Cerca de 80 bancários participaram do ato e fizeram o “funeral” da Consolidação das Leis do Trabalho carregando um cai-xão com os dizeres “Aqui jaz a CLT”, em referência às mais de cem alterações nocivas da legislação trabalhista. Contra a privatização! Os bancários também lu-tam pelo fortalecimento dos bancos públicos e do papel social que eles desempe-nham, uma vez que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão sob ataque do governo.

CONTRA A REFORMA TRABALHISTA E EM DEFESA DOS BANCOS PÚBLICOS!

No último dia 3, por exemplo, o Diário Oficial da União publicou um decreto de Michel Temer (Decreto nº 9.188/2017) que instaurou um “regime especial” para facili-tar a venda de ativos das em-presas federais de economia mista. Neste momento, a Caixa não pode ser afetada por es-se decreto, pois ainda é uma empresa 100% pública. O go-verno, no entanto, pretende mudar isso em breve: o Con-selho de Administração (CA) do banco está pronto para votar alterações no estatuto que transformarão a Caixa em uma empresa de econo-mia mista (o documento se-ria aprovado na reunião do CA de 18 de outubro, mas, por pressão do movimento sindical, a votação foi adia-da). O Sindicato seguirá reali-zando novos protestos e em breve distribuirá uma cartilha com os motivos pelos quais a Caixa deve continuar sendo uma empresa pública.

Pressionado, Temer altera pontos da reforma trabalhista A reforma trabalhista mal entrou em vigor e Michel Te-mer já editou a Medida Pro-visória 808/2017, que altera alguns pontos da nova lei. As alterações afetam a contri-buição previdenciária (INSS) de funcionários com contra-to intermitente de trabalho,

a quarentena intermitente, o fim do contrato intermitente, as regras para grávidas, as in-denizações por dano moral, a jornada de 12 por 36 horas e questões relacionadas ao tra-balho como autônomo. Mudou, por exemplo, o pa-râmetro para pagamento de

indenizações por danos mo-rais: se antes o valor máximo poderia ser de até 50 vezes o último salário do trabalhador, agora o limite passou para 50 vezes o valor do teto dos be-nefícios da Previdência (R$ 5.531,31). Ampliar o teto das indenizações é um avanço,

mas tabelar valor de dano mo-ral é lamentável. Para o Sindicato dos Ban-cários de Bauru e Região, a MP fica muito aquém do que esperam os trabalhadores que tiveram direitos usurpados. É preciso continuar ocupando as ruas, pressionando o gover-

no e o Poder Judiciário, para que a reforma trabalhista não seja aplicada de fato. A MP produz efeitos ime-diatos, mas depende de apro-vação do Congresso para virar lei. Seu prazo de vigência é de 60 dias, prorrogáveis uma vez por igual período.

Page 2: BANCÁRIOS NA LUTA...2017/11/17  · 17 de Novembro de 2017 BANCÁRIOS NA LUTA 3 O inverno ficoupara trás e, como se sabe, as tempera-turas na região de Bauru podem atingir alturas

BANCÁRIOS NA LUTA 17 de Novembro de 20172

Balancete do SindicatoAgosto de 2017

RECEITASMensalidade SindicalDepto. JurídicoAluguel Quadra I SindicalIRRF / Trabalho Assalariado a recolherSindBarTOTAL

DESPESAS GERAISFolha de Pagamento + Vale-Refeição INSS / julFGTS / julPIS/Folha Pagamento (jul)Ajuda de custo Diretor da CEF / Marcos AssisAjuda de Custo Diretora da BV / Michele MontilhaAjuda de Custo Diretora Votorantim / Priscila RodriguesÁgua e Esgoto (DAE)CPFLCombustíveisConservação / Manutenção / Alug. EquipamentosConservação / Manutenção VeículosDespesas Postais/Correio Viagens/FretamentosMateriais p/ EscritórioRefeições (Padaria/Mercado)TelefoneVale TransporteAssessoria Fiscal / Contábil Materiais de Limpeza Seguros Veículos / SedeDespesas Bancárias / Impostos / TaxasDespesas InternetUnimedConservação / Manutenção Hardware / SoftwareEstacionamento F4000 / OutrosPrest. de serviço alarme / monitoramentoISS / julSubSede AvaréSubSede Santa Cruz do Rio PardoSubSede Lençóis PaulistaPrestação de serviço/Médicos (jul) Conservação/Manutenção Sede (reforma da calçada)Globo Sportes/Materiais Esportivos (Camp. Futsal)Mensalidade AABB (jun)Artigos p/ cozinhaSindBar (Banda-Bebidas-Espetinhos do Rei)CartórioCópia & CiaFilmagem assembleia “Comissão de Ética”SUBTOTAL

DEPARTAMENTO JURÍDICOHonorários Advocatícios (jul)Prestação Serviço Advocacia/LBS Advogados (jul)Perito JudicialAASPCustas ProcessuaisSUBTOTAL

DEPARTAMENTO DE IMPRENSAImpressões Jornal da EntidadeCharges p/ o Jornal da Entidade (jun)SUBTOTAL

TOTAL GERAL DAS DESPESAS

SALDOS EM 31/08/2017Caixa (ativo disponível)Bancos (ativo disponível)Bancos (ativo realizável)TOTAL

SALDOS EM 31/07/2017

80.032,25149.753,06

1.324,00266,73178,97

3.520,91235.075,92

32.486,385.793,172.297,67

287,201.809,004.024,00

11.000,0064,16

500,342.144,78

488,49412,37484,35690,51473,20491,48

3.650,07336,64

2.515,00266,10

1.463,96448,56139,76

3.878,51569,50286,90228,44

53,141.471,521.325,62

705,733.499,202.613,51

800,405.000,00

185,992.977,71

787,0293,32

250,0096.993,70

19.844,2319.484,73

1.000,0056,2018,64

40.403,80

3.309,00170,00

3.479,00

140.876,50

2.468,21162.744,19

70.279,44235.491,84

141.292,42

Por meio de uma liminar, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região conseguiu re-integrar um empregado do Santander que foi demitido sem justa causa no dia 12 de setembro. Marcelo Santana Colluco trabalha há mais de 29 anos no banco – desde o tempo em que ainda era o Banespa – e no dia em que foi comu-nicado de sua demissão esta-va a três anos, sete meses e 27 dias de adquirir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição integral. Isso significa que commais 16 meses de vínculo empregatício ele passaria a usufruir da estabilidade pré--aposentadoria prevista na cláusula 27, alínea f, da Con-venção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários: “Gozarão de estabilidade provisória no emprego (...) por 24 meses imediatamente

Sindicato reintegra bancário do Santander

anteriores à complementação do tempo para aposentadoria proporcional ou integral pela previdência social (...) os que tiverem o mínimo de 28 anos de vinculação empregatícia ininterrupta com o mesmo banco.” Sendo assim, o Sindicato recorreu à Justiça, com pedi-do de liminar, alegando que a demissão de Marcelo deveria ser vista como uma “dispen-sa obstativa”, ou seja, uma dispensa que teve como ob-jetivo impedir o trabalhador de conquistar um direito imi-nente. Enquanto analisa o caso mais detidamente – e com o intuito de proteger o bancá-rio de danos irreparáveis ou de difícil reparação –, o juiz José Guido Teixeira Júnior, da Vara do Trabalho de Itararé, acabou concedendo, no últi-mo dia 23, a liminar solicitada pelo Sindicato.

“Devido à dispensa sem justo motivo, ao tempo de serviço prestado pelo autor em favor da parte ré e por-que faltavam poucos meses para que o reclamante adqui-risse o direito à estabilidade provisória, tem-se que carac-terizada a hipótese de despe-dida obstativa”, observou o juiz. Também levou em consi-deração que “o trabalho é a principal fonte de renda do reclamante (...) com nítidas implicações sociais, como a possibilidade de se manter e a sua família, consideran-do-se (...) a idade do obreiro (mais de 50 anos), que não favorece a busca por nova co-locaçãoprofissional”. Assim, determinou a rein-tegração do bancário no pra-zo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil a ser revertida em favor do traba-lhador.

Delegado sindical Bento é vítima de perseguição do BB O governo Temer tem um objetivo: calar o sindicalis-mo combativo no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal – afinal, ambos osbancos estão passando por contínuas reestruturações e qualquer voz dissonante po-de atrapalhar seus planos de privatização dos bancos pú-blicos. A mais nova vítima do BB é Bento José Ferreira, dele-gado sindical da GECEX Ope-rações, em São Paulo. Utilizando como motivos a participação no piquete da Greve Geral do dia 28 de abril e postagens que mostravam a truculência da polícia e da gerência do BB para exigir a entrada de funcionários no banco, o BB abriu processo administrativo contra Bento.

O Sindicato dos Bancá-rios de Bauru e Região/CSP--Conlutas já enviou à direção doBancodoBrasil,nafigurade José Caetano de Andrade Minchillo, diretor da DIPES, moção de repúdio à atitude do banco. Recentemente, a Caixa Econômica Federal também provou que não aceita o sindicalismo classista e in-dependente de governos e patrões ao suspender o con-trato de trabalho de Juary Chagas, Conselheiro Fiscal do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte. Além da suspensão, o banco pede autorização na Justi-ça do Trabalho para demiti--lo. Como base do processo, imagens de uma câmera que monitorava suas atividades

sindicais. O Sindicato não aceita a criminalização dos piquetes de greve e a restrição da li-berdade de expressão. No Facebook, existe uma página que ajuda a divulgar a campanha contra a perse-guição nos bancos públicos: <www.facebook.com/contra-perseguicaonosbancos>. Curtam a página e partici-pem dessa luta!

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BANCÁRIOS NA LUTA17 de Novembro de 2017 3

Oinvernoficouparatráse,comosesabe,astempera-turasnaregiãodeBaurupodematingiralturasbastantedesagradáveis num ambiente sem ar-condicionado. En-tão,paragarantiroconfortodetrabalhadoreseclientes,éprecisoqueosbancosmantenhamessesequipamentosfuncionando–casocontrário,olocaldeveráserfechado. FoioqueaconteceucomaagênciaVilaFalcãodaCaixaEconômicaFederal:natardedodia25enamanhãdodia26,elafoifechadapeloSindicato dos Bancários de Bauru e Região,emcumprimentoàsrecomendaçõesdaNormaRegulamentadoranº 17doMinistériodoTrabalhoeEm-prego(oitem17.5.2danormadizqueatemperaturaefeti-vadolocaldetrabalhodeveficarentre20°Ce23°C). Portanto,bancário,seoar-condicionadodeondevocêtrabalhaparardefuncionareocalornoambienteestiverinsuportável,aviseoSindicato.

Sindicato fecha agência semar condicionado

Dos grandes bancos quemantêm agências em BaurueRegião,cincodelesjáanun-ciaram os resultados do ter-ceiro trimestre: Santander,Itaú,Bradesco,BancodoBra-sil e Safra. Os números nãomentem: se existe um setorquesebeneficiadacriseparaexpandir seus lucros, é o se-torbancário.Vejaaseguir.

Santander Nosprimeirosnovemesesdoano,oSantanderBrasilob-tevelucrolíquidodeR$5,5bi-lhões,montante37,6%maiorqueodomesmoperíododoanopassado.Jáolucrolíqui-dogerencial,quenãolevaemconta resultados extraordi-nários, foi de R$ 7,2 bilhões,tendocrescido34,6%.Osnú-meros foram divulgados noúltimodia25. O lucro mundial do San-tanderfoide5,592bilhõesdeeuros, tendo o Brasil contri-buídocom26%dessetotal–éopaísquegeraamaiorpartedolucrodobanco.

Lucros anunciados já somam R$ 47 bilhões

Apesar dos lucros bemmais altos, o Santander cor-toubrutalmenteonúmerodefuncionários, fechando 1.392postosdetrabalhonos12me-sesencerradosemsetembro.

Itaú OItaúanunciounodia30umlucrolíquidodeR$18,143bilhõesemnovemeses(12,7%maiorqueolucrodomesmoperíodo de 2016). Curiosa-mente,oItaúampliouseunú-merodefuncionáriosem664postosde trabalho.Obancofechou 141 agênciasdeaten-dimentoaoclienteparaabrir126escritóriosdigitais.

Bradesco Nodia1º,oBradescodivul-goulucrolíquidodeR$14,162bilhõesemnovemeses(11,2%maiorqueolucrodomesmoperíodode2016). O Bradesco atingiu o seuobjetivocomoPDV(PlanodeDemissão Voluntária), e comisso reduziu em quase 10%o número de seus funcioná-

rios, que caiu de 109.922 nofimdesetembrode2016para100.688 funcionários ao fimdesetembroúltimo.

BB O Banco do Brasil divul-gounodia9 lucrolíquidodeR$7,903bilhõesemnoveme-ses, 11,8% maior que o lucrodomesmoperíodode2016. OBButilizouoPEAI (Pla-no Extraordinário de Apo-sentadoria Incentivada) paratambém reduzir seu númerodefuncionários:nos12mesesencerrados em setembro, obanco fechou 9.854 postosde trabalho! Houve tambémofechamentodemaisde400agênciasnoperíodo.

Safra O banco Safra teve lucrolíquidodeR$1,335bilhãoen-tre janeiro e setembro, 7,7%maiorqueodomesmoperío-dode2016.Onúmerodeco-laboradoresaofimdesetem-bro era de 6.291 (573 amaisqueumanoantes).

Dia 23, às 18 horas, Sindicato realiza plenária para funcionários do BBEm pauta, a habilitação na ação de incorporação de função e, ainda, a venda de produtos nos caixas Os ataques não paramno Banco do Brasil, se nãobastasse a contínua reestru-turação vivida pelo banco,que resultou em milharesde descomissionamentos ecentenas de fechamentosdeagências,adireçãodoBBagoraestácobrando,atravésde cartilhas e reuniões, me-tas para os funcionários dasPSOs(PlataformadeSuporteOperacional). Resumindo, os caixasalémdesedesdobraremparadarcontadasagênciassuper

lotadas do Banco do Brasil,agora têm de oferecer pro-dutos, como capitalização eseguros,paraclienteseusuá-rios. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/CSP-Con-lutas,é totalmentecontrárioà venda de produtos na ba-teria de caixa. Para debatere tirar iniciativas contra essadeterminação,aentidadees-táconvocandotodososban-cários do BB a participaremdaplenáriaqueserárealizadanodia23,às18horas.

A plenária contará com apresença de Sérgio Luiz Ri-beiro,advogadodaentidade,que falará sobre as atribui-ções da atividade de caixa etambém sobre como se ha-bilitar na ação coletiva comliminarajuizadapelaContraf,que debate a incorporaçãosalarial para os funcionáriosdescomissionadosdoBB,víti-masdareestruturação.

Reestruturação continua Além de não reativar asagências sinistradas, os boa- Sindicato já disse em protesto: trabalhar no BB é um tremendo abacaxi!

tos sobre fechamento denovas agências, com a im-plementação dos escritóriosdigitais, aumentam a cadadia. Nacionalmente, o banco

cogitaencerrar as atividadesdesuagráficaprópriaerees-truturações nos setores cor-porate,empresarialeGECEX.Lamentável!

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Jornal do Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região / CSP-Conlutas // Todas as opiniões emitidas neste jornal são de responsabilidade da Diretoria do Sindicato.Redação e Diagramação: Diego Teixeira e Estela Pinheiro (com Diretoria). Edição: Diretoria. Sede: Rua Marcondes Salgado, 4-44, Centro, Bauru, SP - CEP 17010-040. Fone: (14) 3102-7270 / Fax: 3102-7272. Subsede Avaré: Rua Rio de Janeiro, 2.035. Fone: (14) 3732-7650. Subsede Santa Cruz do Rio Pardo: Rua Marechal Bittencourt, 414, Edifício San Rafael, Sala 103. Fone: (14) 3372-5600. Site: www.seebbauru.com.br / E-mail: [email protected] / Facebook: www.facebook.com/seebbauru

BANCÁRIOS NA LUTA

BANCÁRIOS NA LUTA 17 de Novembro de 20174

No último dia 25, a Câma-ra dos Deputados decidiu arquivar a segunda denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou contra o presidente Michel Temer – no caso, por obstru-ção da Justiça e organização criminosa. A denúncia ainda incluía os ministros Eliseu Pa-dilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência). Foram 251 votos favorá-veis ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB--MG), que recomendava o arquivamento da denúncia, e 233 contrários. Houve, ain-

da, duas abstenções e 25 au-sências. Para que a denúncia fosse enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), eram necessários 342 votos contrá-rios ao relatório, de um total de 513 deputados. Uma boa parte, sem ter coragem de sair em defesa de Temer, votou a favor do relatório alegando que o pre-sidente será julgado em 2019, depois de encerrado o man-dato”. Vergonha! Mas o resultado já era esperado, vindo deste Con-gresso onde há alguns meses a primeira denúncia também foi rejeitada graças à oportu-

nista liberação de verbas para emendas parlamentares. Estima-se que nas sema-nas anteriores à votação da segunda denúncia cerca de R$ 12 bilhões do dinheiro pú-blico foram torrados com me-canismos de perdão de dívi-das (como o desconto de 60% em multas ambientais não pagas pelo setor ruralista), além da liberação de R$ 800 milhões em emendas e distri-buição de cargos.

Fora, Temer! Depois de se livrar dessa segunda denúncia, o gover-no Temer o Congresso falam

em retomar uma “pauta po-sitiva” – em outras palavras, aprovar medidas para favo-recer os banqueiros, grandes

Deputados salvam Temer pela segunda vez

Último SindBar do ano é na próxima sexta, 24 Na sexta-feira que vem, dia 24, o Sindicato dos Ban-cários de Bauru e Região re-aliza, a partir das 19 horas, o último SindBar de 2017. Des-ta vez, quem sobe ao palco é a banda XYZ, por volta das 20h30. Formada em 1992, a banda composta por Fred Ventrice, Luciane Bertoli, Leandro Ber-toli, José Eduardo e Will Bar-bosa tem um repertório ex-tenso, que inclui os maiores sucessos de grupos consagra-dos como The Beatles, The Rolling Stones, Pink Floyd, Led Zeppelin, Creedence, AC/DC e muito mais. O evento, que conta um espaço recreativo para as crianças, é realizado na sede do Sindicato e tem entrada gratuita. Haverá venda de espetinhos, cerveja e refrige-rantes. Anote na agenda e avise os amigos! Vem pro SindBar!

empresários e ruralistas. Por isso, mais do que nunca, os trabalhadores precisam se mobilizar.

PF descobre novo esquema de desvio de dinheiro na Caixa Uma operação da Polícia Federal que ocorreu no dia 14 teve como objetivo com-bater desvio de recursos da Caixa Econômica Federal. De acordo com a PF, o esquema envolve contratos de tecno-logia da informação com o banco cujos valores alcançam R$ 385 milhões. Conforme as investiga-ções, as empresas presta-doras de serviço nessa área contratavam um escritório de consultoria de fachada, per-tencente a um funcionário do banco, que distribuía paga-mentos supostamente ilícitos a demais agentes envolvidos. Para “lavar” os recursos recebidos e justificar sua evo-lução patrimonial, os investi-gados estariam celebrando contratos de compra e venda de imóveis. Em Brasília foram cumpri-dos dez mandados de busca e apreensão nas casas dos en-

volvidos, que são investiga-dos por corrupção, lavagem de dinheiro e organização cri-minosa. A operação foi batizada de Backbone, em referência à “espinha dorsal” de uma re-de de computadores. Outros desvios Essa não é a única inves-tigação da PF na qual a Caixa está envolvida. Além da ope-ração Cui Bono – que investi-ga propinas no banco e ficou famosa pela mala de dinheiro encontrada no apartamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima –, funcionários da Caixa são alvo da operação Concla-ve, que investiga pessoas liga-das à Caixa, ao Banco Central e ao BTG Pactual por suspei-tas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro na ven-da do banco PanAmericano. O Sindicato lamenta o mau uso da Caixa.