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Tese do Coletivo Vamos à Luta - Movimento Estudantil - Oposição de Esquerda da UNE

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Page 2: Tese Vamos à Luta - 51 CONUNE

A crise econômica capitalistaabriu um novo período na situaçãomundial. Mesmo com dados alar-mantes, muitos têm dito que o piorda crise já passou. Entretanto, osfatos desmentem esta análise. Re-centemente a GM, uma das maio-res montadoras do mundo, entrouem concordata. A OIT diz que até ofim de 2009 mais de 50 milhões depostos de trabalho fecharão.

Porém, a crise não é apenas eco-nômica, é também política. O im-perialismo tem enormes dificulda-des para aplicar seus planos. Emsuas investidas militares o impe-rialismo não consegue derrotar aresistência afegã. Sofreu mais umaderrota no Iraque, as tropas dosEUA acabam de deixar as cidades

iraquianas como parte da retiradatotal de seu exercito daquele país.Na Palestina, Israel ataca, mas nãoconsegue acabar com a resistência.Na América Latina não conseguiuderrotar os processos revolucioná-rios da Venezuela e Bolívia. A elei-ção de Obama é uma tentativa dasgrandes corporações de dar umnovo rosto para sua política impe-rialista desgastada na gestãoBush, a prova clara é que nos EUA12 milhões de crianças passamfome e a população não possui saú-de pública.

Os grandes capitalistas jogamtodos os custos da crise nas costasda juventude e dos trabalhadorespor meio do arrocho salarial e dasdemissões. E para isto contam com

o apoio dos governos que destinamtrilhões para salvar as empresas,dinheiro que poderia acabar com afome no mundo, segundo a ONU.Infelizmente, nenhum governo domundo apresentou um plano alter-nativo. Nem mesmo os governos

que tomaram posturas independen-tes, como Chávez. Na Venezuela oplano “anti-crise” permite demis-sões livremente, aumenta o impos-to sobre o consumo, impõe perdasalarial de 20% e intervenção nossindicatos classistas.

Crise mundial... O pior ainda não passou!

Unificar as lutas paranão pagar pela crise!

Os ataques produziram uma for-te intensificação dos conflitos soci-ais. Os trabalhadores, a juventudee o povo pobre têm demonstradoque não estão dispostos a pagar aconta da crise. Na França já tive-mos duas greves gerais e uma gre-ve nas universidades. Na Grécia,após uma forte luta da juventude,os trabalhadores fizeram tambémuma greve geral. Na Itália e Espa-nha a juventude ocupou ruas, esco-las e universidades. Na Alemanhavemos fortes lutas operárias nasmontadoras. No Leste Europeu asmobilizações já derrubaram um go-verno na Letônia. Na China aumen-tam os distúrbios sociais contra a

ditadura capitalista do Partido Co-munista. No Irã as lutas por demo-cracia também refletem a crise so-cial. Na América Latina os estudan-tes no Chile tomam as ruas. Ope-rários argentinos tomaram algu-mas fábricas e conseguiram rever-ter demissões. No Peru os indíge-nas se levantam contra a opressãodo governo Alan Garcia. Na Vene-zuela as lutas operárias e popula-res enfrentam a burocracia do go-verno Chavez e as multinacionais.Esses exemplos deixam claroque é necessário unificar as lu-tas para enfrentar os governose os patrões e não pagar a contada crise.

Marolinha para oPresidente... Tsunami para ajuventude e os trabalhadores!

Aqui a crise econômica chegou de forma brutal. Longe da marolinhado presidente Lula, assistimos a um Tsunami na vida dos brasileiros.

Até o final de maio já eram mais de 1 milhão de trabalhadores demiti-dos. Apesar de Lula afirmar que a crise não diminuiria os investimentosdo Governo, os cortes de verbas da saúde e educação somaram R$ 1,8bilhões.

O país está em recessão. São dois trimestres consecutivos de queda noPIB. Isso significa mais ataques contra a juventude, como a proposta dogoverno de restrição da meia-entrada e o aprofundamento do caos social.

Nenhum centavo para o FMI!Seguir o exemplo do Equador:Auditoria da dívida já!

Em meio à crise Lula corta re-cursos da educação e saúde. No en-tanto, destina 10 bilhões para oFundo Monetário Internacional(FMI). Absurdo não é? Com essedinheiro poderíamos evitar todosos cortes nas áreas sociais.

De janeiro até 7 de maio de 2009,a dívida pública consumiu R$ 81,5bilhões do orçamento federal, ouseja, 10 vezes o que se gastou comeducação.

Diante da gravidade da crisedevemos nos espelhar na Américalatina. Os trabalhadores e o povo

do Equador acabam de realizaruma auditoria da dívida. Compro-vou-se que os contratos são ilegíti-mos e ilegais e a dívida foi reduzi-da. Esse é o caminho que devemosseguir. O Vamos a Luta é contra opagamento da divida interna e ex-terna. Defende a realização de umaauditoria na dívida brasileira, com-binada com a suspensão imediatade todos os pagamentos. Os recur-sos devem ser destinados a um pla-no alternativo de emergência queenfrente a crise em favor dos tra-balhadores e a juventude.

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Outro fato que também marca a agenda nacional é uma profunda criseda falsa democracia dos ricos. No Senado presidido por José Sarney osescândalos não param. O último começou com a comprovação de que oentão diretor-geral do Senado, Agaciel Maia -indicado por Sarney - nãohavia declarado a Receita Federal uma mansão de R$ 5 milhões. Depois,descobriu-se que o motorista que atende a filha de Sarney recebe R$ 12mil por mês.

Agora são mais de 300 boletins não publicados com mais de 600 atossecretos.

O presidente Lula sabe de tudo e é o chefe da gang. Não é a toa quedestinou a Collor a pasta de infra-estrutura do senado, cuja responsabi-lidade é administrar verbas do PAC. Seria cômico se não fosse uma ver-dadeira tragédia! Collor, um dos maiores corruptos do país volta à cena,convidado por Sarney e Lula para administrar dinheiro público.

Lula defende Sarney. Nãodeixaremos acabar em pizza!

Sarney é o representante do quehá de pior das oligarquias nacio-nais. Homem da Ditadura, estevecom os generais torturando e assas-sinado os guerrilheiros do Ara-guaia. Quando era presidente doBrasil foi duramente criticado pelaUNE, CUT e o PT, agora é um dosprincipais conselheiros de Lula.

Lula defende a bandidagem ins-talada em Brasília e "blinda" o co-ronel Sarney para que tudo termi-

ne em pizza. Infelizmente a direçãomajoritária da UNE (PC do B/PT) écúmplice da operação abafa parasalvar Sarney.

A juventude precisa tomar asruas novamente, com as caraspintadas, para colocar para ForaSarney, Collor e os 80 picaretasdo senado. Devemos repetir acampanha da UNE, que em 1992,incendiou o país, na campanha doFora Collor!Fim do Senado CorruPTo!

O Senado, além de corrupto, éoligárquico e antidemocrático: To-dos os estados elegem o mesmo nu-mero de senadores, independenteda população! Trata-se de uma casarevisora de leis no interesse das oli-garquias regionais de cada estado.O mandato dura 8 anos enquanto odo presidente da república é de ape-nas 4. O senado custa aos cofres pú-blicos 2,7 bilhões anuais. Um sena-dor recebe 16.500 reais, tendo direi-to a 14º e 15º salários, enquanto opovo vive com salário de fome. Alémdisso, para ter plano de saúde fami-liar vitalício, basta passar 6 mesesno cargo de senador.

Uma casa completamente inútil,deveria ser extinta.

Chamamos à população a se mo-bilizar pelo Fora Sarney e todos oscorruptos! A impor o Fim do Sena-do, para ser substituído por umanova Câmara Única Proporcional,sem mordomias, eleita através decampanha sem financiamento deempresas; é necessário conquistara revogação dos mandatos daque-les que se utilizam do cargo em be-nefício pessoal; a abertura dos si-gilos fiscal, telefônico e bancário detodos os políticos; a fixação do sa-lário dos parlamentares por meiode plebiscitos.

A campanha "o petróleo é nosso"com apoio da UNE conquistou aPetrobras. Na era FHC perdemoso monopólio estatal do setor, inici-aram os leilões do petróleo e dogás. Hoje 60% de suas ação são pri-vadas.

Lula nada mudou nesse quadro.Pelo contrário, aprofundou a priva-tização, na contra-mão do processode lutas que percorre a Américalatina.

A prova está na 10ª Rodada deLicitações para Exploração de Pe-tróleo e Gás realizada 2008 ANP-Agência Nacional do Petróleo. Ven-deram-se 130 blocos do nosso sub-solo, para dezessete empresas sen-do 6 estrangeiras.

Houve protesto contra os leilõesem Brasília, no RJ, e paralisaçõesde petroleiros em 5 estados. Noentanto, Lula seguiu a mesma in-transigência de FHC. Sua traiçãocontra a Petrobras faz com que sigade pé a campanha contra os leilões

Nesse marco de privatização,ocorrem escândalos de corrupçãoenvolvendo a Petrobras. Tucanos

trataram de impor uma CPI, ten-tam desgastar o governo em funçãoda disputa de 2010. PT, PC do B eentidades atreladas ao governo,como CUT e UNE, foram contra erealizaram protestos em repúdio aCPI. Ao longo dos últimos três anosa Petrobras apoiou com R$ 11,9milhões projetos desenvolvidos porCUT e UNE. Além disso, governis-tas querem defender sua boquinhanos cargos de estatais. O Diretor-Geral da ANP, responsável pelosleiloes que privatizam o petróleo,é Haroldo Lima, do PC do B.

Nem tucanos, nem governistasdefendem a Petrobras.

Só com fortes mobilizações inde-pendentes reverteremos o proces-so acelerado de privatização de nos-sa empresa. Reivindicamos a rees-tatização da Petrobrás, fim dos lei-lões e anulação dos anteriores; re-torno do monopólio estatal; redu-ção de preços da gasolina, imedia-ta instalação de comissão de baseformada por funcionários da em-presa para averiguar as irregulari-dades no interior da empresa.

Em defesa da Petrobras 100%estatal. Lula, chega de leilõespara vender nosso petróleo!

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Lula cortou 1,2 bilhões da educaçãoA prioridade do gov. Lula no pa-

gamento de juros da divida exter-na e interna aprofunda o caos naeducação. No ano passado, com opagamento de juros e amortizações,foram 30% do orçamento nacional.Com educação gastou-se apenas2,57%! Um absurdo que demonstraqual a prioridade deste governo,que segue cortando recursos dasuniversidades em 2009.

O Plano Nacional de Educaçãoprevia que 7% do orçamento fos-se destinado à educação. No en-tanto, FHC e Lula vetaram estedispositivo.

Diante da crise econômica Va-mos à Luta para derrotar a polí-tica do gov. Lula e garantir 10%do PIB à educação. Só lutandoteremos educação de qualidade.

Lula aprofunda o projetoneoliberal na educação

Lula reforça o esquema neolibe-ral da educação. A lógica é a da edu-cação bancária, voltada para o mer-cado, contrária à produção do co-nhecimento crítico.

O discurso do governo não passade propaganda enganosa. As medi-das implementadas não avançam napossibilidade de ampliação do aces-so. Aos que entram no ensino supe-rior não é garantida a qualidade doensino e a complementação do tri-pé com pesquisa e extensão.

O único tripé que o governo apli-ca é o da expansão precária atra-

O governo apresentou uma fal-sa proposta de fim do vestibular.Na prática, os vestibulares locaisde cada instituição serão substitu-ídos pelo ENEM. Mantém-se asprovas de acesso, que nunca servi-ram para avaliar a capacidade in-telectual de ninguém. O númeroraquítico de vagas permaneceráintocado. Isso manterá milharesde jovens fora das universidadespúblicas.

A proposta é de um único pa-drão de prova desconsidera as di-ferenças regionais que existementre uma escola no Acre e outraem São Paulo. Desconsidera a dis-

paridade de qualidade que separaas escolas publicas e privadas deensino médio.

Dificultará ainda mais a entra-da de estudantes das regiões peri-féricas do país na universidade, fa-vorecendo uma pequena parcelados estudantes dos grandes cen-tros, que tem condições econômi-cas de se manter financeiramenteem outro estado.

O movimento estudantil temque responder contra essa propos-ta já que várias universidades já oaprovaram. O melhor exemplo deresposta foi dado na UFMT, queteve a reitoria ocupada contra a

O novo ENEM: um passo atrás nademocratização do acesso ao ensino superior

vés do Ensino à distância-EaD, Pro-grama Universidade Para Todos -PROUNI e Plano de Reestrutura-ção da Universidades Federiais-REUNI. Essa proposta de expansãoencara os estudantes como merosnúmeros. Somos tratados como sim-ples estatísticas para fazer cumprir

a meta do Plano Nacional de Edu-cação de 30% dos jovens de 18 a 24anos no ensino superior. Meta queo governo não cumprirá com a ma-nutenção de uma política de cortede verbas e pagamento dos juros dadívida pública.

Para o Vamos à Luta a priori-dade deve ser aumento de inves-timentos públicos, democratiza-ção e expansão das vagas esta-tais garantindo contratações depessoal, assistência estudantil,laboratórios e novas estruturasnas instituições públicas.

aprovação anti-democrática do“novo” vestibular.

O Vamos à Luta, batalha poruma lógica inversa. Combate o ves-tibular e reivindica o livre acessoa todos os que concluírem o ensinomédio. Queremos mais investimen-tos no ensino fundamental, médio esuperior público. Reivindicamosqualidade na educação em todos osníveis e a garantia das especifici-dades curriculares de cada região.Vamos à luta por expansão emer-gencial das vagas do ensino supe-rior em 2009, com garantia imedi-atamente de cotas para os estudan-tes de escolas públicas.

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REUNI – queda na qualidadeacadêmica e científica das universidades

Como parte da reforma univer-sitária o governo Lula aprovou oREUNI – Plano de Reestrutura-ção das Universidades. O REUNIfoi empurrado goela abaixo da co-munidade universitária por meiode um decreto, ferindo a autono-mia universitária. Nas federaisfoi imposto através dos antidemo-cráticos conselhos universitárioscompostos por apenas 15% de par-

O projeto neoliberal e privatistaé aplicado com o apoio entusiastada direção majoritária da UNE (PCdo B, PT e PMDB). Esse apoio hojeé promovido por meio da propostade reforma universitária da UNE.

A reforma da UNE nada diz so-bre quem é o responsável pelos pro-blemas do ensino superior do Bra-sil. O problema é que o atrelamen-to da majoritária com o governoLula impede que ela faça uma ava-liação independente. Os 10 milhõesque Lula deu a direção majoritárianeste primeiro semestre aprofun-dam ainda mais esta lógica.

Para piorar se propõe nos próxi-mos dois anos ficar mais enfiadaainda nos gabinetes dos parlamen-tares corruptos em Brasília. Ao in-vés de propor planos de lutas efe-tivos dizem que a luta estudantilpassa “por pressionar os deputa-dos” a votar no projeto. Como senão bastasse a burocratização daluta estudantil, dizem que nosso

eixo deve ser a Conferencia nacio-nal de educação em 2010. Nada paraagora, para nacionalizar lutas atu-ais como a que ocorreu na USP enas estaduais paulistas.

Na conferencia de educação em2010 o governo pretende aprovarum novo plano nacional de educa-ção para entrar em vigor a partirde 2011. O problema desse eventoé que busca o dialogo com o gover-no e os empresários. Dois setoresclaramente privatistas e neolibe-rais.

Diferente do que propõe a majo-ritária, não esperaremos até 2010,nem subordinaremos nossa luta aoparlamento corrupto. Através dasocupações de reitoria, atos, mobili-zações e marchas, devemos nacio-nalizar a luta dos estudantes parabarrar a privatização da educação,por mais professores, verbas paraassistência estudantil e pela regu-lamentação do ensino privado con-tra o aumento das mensalidades.

A majoritária da UNE apóia o projeto neoliberal de educação

ticipação estudantil. Combatemoso REUNI porque sua ampliação devagas se dá por meio de uma ex-pansão precária. Aumentam osalunos sem aumento do númerode professores, laboratórios, téc-nicos-administrativos, bibliote-cas. Não há garantias de novos re-cursos. Além disto, para que asuniversidades mantenham os pou-cos recursos que tem, o governo

as obriga a cumprir diversas me-tas inalcansáveis, como a de apro-vação de uma média de 90% dosalunos.

A medida significa salas super-lotadas impedindo a produção deconhecimento. Professores sobre-carregados, impedidos de realizarprojetos de pesquisa e extensão,pois o projeto obriga cada profes-sor a dobrar o número de alunos

que atende. Com essa medida o go-verno destrói a indissociabilidadeentre ensino, pesquisa e extensão.Fica claro que o REUNI impõe umaqueda na qualidade acadêmica ecientifica das universidades. É aaplicação do velho sonho de trans-formação das universidades em es-colões de ensino superior, voltadospara a formação rápida de mão-de-obra barata.

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Para onde vai o ensino pago?

Por não haver praticamente ne-nhuma regulamentação no Ensino Superior Privado os estudantes fi-cam a mercê dos desmandos dos só-cios de suas faculdades. Todos osanos são aumentos abusivos de men-salidade e que não são revertidos naqualidade do ensino. Aumenta amensalidade, mas os laboratórios ebibliotecas continuam deficientes.

Para a garantia de uma educa-ção com qualidade nas pagas, é fun-damental a organização dos estu-dantes no movimento estudantil.Os exemplos demonstram: no DCE-Unama, por exemplo, quando amajoritária da UNE perdeu as elei-ções os estudantes ganharam emuito. Após diversas mobilizaçõesfoi possível conquistar data-showem todas as salas de aula, melhori-as infra-estruturais, compra deexemplares para a biblioteca, etc.

Estudantes na Unimep e Unisan-tos também já provaram que é pos-sível ter conquistas através do o ca-minho é a organização e mobiliza-ção.

Hoje, quase 90% dos estudantesdo ensino superior pagam para teracesso à educação, e na maioria dasvezes não é garantida a qualidadena nossa formação. Ao lado dosempresários a direção majoritáriado UNE faz todo tipo de acordoscontra os estudantes, como a exem-plo do Pará, onde a representanteda UNE, que faz parte da UJS(PCdoB), em mesa de negociaçãocom o sindicato dos empresários

aprovou o reajuste do valor dasmensalidades acima da inflação –enquanto os estudantes faziam mo-bilização pelas ruas de Belém, con-tra o aumento da mensalidade.

Para garantir qualidade no En-sino Superior é fundamental a or-ganização e mobilização dos estu-dantes pela qualidade no ensino econtra o aumento das mensalida-des, para isto propomos a constru-ção do Comitê Nacional de Lutanas Pagas. Com um calendáriode mobilização unificado emtodo o país. Começando pelo dia11.08, dia do estudante.

Propomos a unificação das lutaspor um plano emergencial:

- Congelamento imediato de todasas mensalidades; pois na prática oaumento não é revertido na quali-dade do ensino.

- Extinção das taxas extra-men-salidades;

- Aumento imediato das verbaspara assistência estudantil;

- Garantia de re-matrícula dosinadimplentes;

- Garantia de 15% do orçamentodas IES para assistência estudan-til e 30% para pesquisa e extensão;

- Democracia interna: eleiçõesdiretas e no mínimo paritárias paracoordenadores de curso e todos oscargos da administração superior;

- Abertura das contas e controlepúblico das universidades particu-lares;

- Estatização das instituições queestejam endividadas.

“Educação de qualidade sem aumento da mensalidade...”Seguir o exemplo dos estudantes da Unama, Unimep e Unisantos!

Em 2009 comemoramos os 40 anos de Stonewaal, símbolo da resis-tência dos LGBT. Ainda temos uma grande desafio de transformar asociedade brasileira. O Brasil é hoje um dos maiores países em assassina-tos de homossexuais.

Nas universidades brasileiras a situação não é diferente. Ano passadoum estudante da USP foi expulso de uma festa por se beijar com o namo-rado e outro da casa do estudante da UFMG sofreu agressores.

No Brasil, o gov. Lula, ao invés de investir em programas sociais quesigam na linha de acabar com o preconceito, prefere destinar dinheiropara Paradas que perderam seu caráter nos últimos anos e estão com-pletamente subservientes aos empresários. Esta política tem acarreta-do num crescimento muito grande de atentados contra manifestaçõesde livre orientação sexual. Uma bomba jogada na Parada de SP deixoudezenas de feridos e um homossexual assassinado após o evento. EmCuritiba, um militante histórico do Movimento GLBT foi assassinado. Sãoexpressões de que a luta contra a homofobia deve ser de todos quelutam pelos Direitos Humanos.

A UNE, mesmo tendo criado a diretoria LGBT no 50º Conune, nadaavançou neste debate. A direção majoritária/kizomba não é conse-qüente nas lutas, pois não há como combater a opressão sem criticar ogoverno homofóbico e machista de Lula.

Por isso queremos reafirmar que é necessário um movimento GLBTindependente, como o Grupo Desobedeça GLBT de Porto Alegre, quesem dinheiro de governos e grandes empresas vem, desde 2007, reali-zando a MINI PARADA, que na sua última edição reuniu mais de 10 milpessoas em uma manifestação política, contra a crise econômica e osgovernos capitalistas como o de Lula.

Chega de repressãohomofóbica aos GLBT!

É necessário e urgente combateros anos de favorecimento aos em-presários da educação que Lula fazatravés de isenções fiscais. Segun-do dados do próprio Ministério daEducação com as verbas do Prouniera possível quadruplicar o núme-ro de vagas nas universidades pú-blicas.

Hoje, pela falta de assistênciaestudantil nas universidades priva-das (bolsas, Restaurantes Univer-sitários, etc,), muitos bolsistas doPROUNI têm que largar o curso por

falta de condições.Para que isso pare de ocorrer, o

movimento estudantil deve cons-truir uma campanha nacional paraque as vagas do PROUNI, assimcomo todas as bolsas e a política deassistência estudantil venham dolucro dos empresários da educaçãoe a verba pública vá para a univer-sidade pública.

Vamos À Luta: as nossas bolsasdo PROUNI devem vir dos lucrosdas instituições particulares e nãoda verba pública.

"Ô Lula não leve a mal: o filho dopedreiro tem que ir pra Federal!"

Desde muitosanos a educação pagavirou uma corrida pela "mina deouro" para os empresários da educa-ção. Segundo últimos dados do Inep,hoje no Brasil, 89% das Instituições de Ensino Superior são particulares(IES). É resultado da política de FHC e Lula com os empresários. Atra-vés de anos de repasse de verba pública e perdão de dívidas para os em-presários da educação que disseminaram as "fábricas de diplomas". To-dos os dias surgem uma nova "Uni-esquina" com baixíssima qualidade eque o único que cresce é o preço das mensalidades.

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1979 – 2009: após 30 anos de refundação da UNE, épreciso resgatar a memória estudantil da década de 60

Em 1979, o país vivia os anos dechumbo da Ditadura militar. A re-cessão econômica corroia o saláriodos operários. A UNE e as demaisentidades estudantis estavam nailegalidade desde outubro de 1964.Todas foram substituídas por enti-dades controladas pelos militares.A destruição do movimento estu-dantil foi uma das maiores neces-sidades para a aplicação dos acor-dos com os EUA (acordo MEC-USAID) visando reformar a educa-ção do país a adequando as neces-sidades dos agentes do “tio Sã”.

Foi um ato heróico dos universi-tários, enfrentando a fúria dos Ge-nerais a retomada da Une, cuja sedefoi incendiada em 1964 para simbo-lizar o esmagamento das lutas nopaís. Há 30 anos ressurgia e de-monstrava que o fim da Ditaduraestava próximo.

A carta de princípios votada nocongresso de reconstrução era bas-tante avançada é deixava claro quea UNE era uma entidade livre eindependente, subordinada unica-

mente ao conjunto dos estudantes,que defendia a luta dos trabalhado-res e ensino público.

Hoje diante do avanço brutal daprivatização da educação, dos cor-tes de verba, da falta de assistên-cia estudantil é preciso resgatar arebelião da década de 60. É urgen-te combater o atrelamento da UNEao governo e ao Estado capitalista.Lula para aplicar seu projeto dedesmonte da educação de qualida-de conta com seu braço direito – adireção majoritária da UNE (UJS/PC do B/ PT / PMDB).

Aos 30 anos da re-fundação daUNE, lutamos para que a mobiliza-ção dos estudantes seja livre e inde-pendente do governo. Somente as-sim poderemos conseguir vitórias.

A greve geral da USP e UNI-CAMP é o maior exemplo de comopodemos construir pela base umanova direção para o movimento es-tudantil. Uma direção que tenhacomo alicerce os princípios vota-dos em 1979, durante a reconstru-ção da UNE.

A direção majoritária da UNE(UJS/PC do B, PT e PMDB) atuapara tentar calar a juventude quese levanta contra os projetos dogoverno. Apóia as isenções fiscaispara os tubarões do ensino priva-do, impedindo que se aumentem asvagas nas universidades públicas.Também apóia o projeto do Reunique trilha a destruição das univer-sidades federais. E se calou dianteda tentativa de Lula de intimidar o

ANDES-SN (sindicato dos profes-sores) e dividir o sindicato.

Financeiramente a UNE depen-de integralmente de recursos fede-rais para realizar suas atividades.Antigos presidentes da entidadetornam-se ministros. A integraçãoda atual direção nos cargos do go-verno Lula é total. Por esses moti-vos, a direção majoritária da UNEtrai as principais lutas estudantisdo país.

A direção majoritária transforma a UNEem sub-secretaria do governo Lula!

Para não pagar pela crise é preciso umanova direção para o Movimento Estudantil

Nas centenas de ocupações deescolas e faculdades na França, Itá-lia, Espanha e Grécia e Chile sur-gem novos organismos que coorde-nam as lutas. São espaços democrá-ticos de articulação da juventudeem luta. Tudo se decide pelo votoda base e os representantes temmandatos revogáveis. Desse modoas lutas de cada universidade e es-cola se coordenam a nível nacional.

No Brasil o motivo de ainda nãotermos uma campanha nacional eunificada da juventude é porque asdireções majoritárias da UNE e daUBES defendem o governo. Fazemde tudo para confundir e desviarnossa luta.

Seguir o exemplo da greve daUSP!

Durante os últimos meses a ju-ventude brasileira voltou atençõesa São Paulo. Estudantes aliados aostrabalhadores enfrentaram a reito-ria e o gov. neoliberal de José Ser-ra (PSDB). O início foi uma grevedos funcionários fortemente ataca-da pela polícia tucana. Logo após,professores decidiram parar ativi-dades até que fossem atendidas asreivindicações. Em seguida, em as-

É preciso, necessário e possível unificar a oposiçãode esquerda contra o governo Lula/Sarney!

O ano de 2007 simbolizou a retomada da luta estudantil com as ocu-pações de reitoria da Unicamp e a explosão da USP. Assim como a lutacontra o REUNI. Em 2008, a ocupação da UnB fortaleceu ainda mais omovimento estudantil combativo. Porém, na ausência de um pólo unitá-rio da esquerda que coordenasse as lutas, o governo conseguiu atuar e amajoritária tomou fôlego. A majoritária navegou no fortalecimento dogoverno do segundo semestre do ano passado. Nessa esteira ganhou DCE’sde públicas. Porém agora a situação é outra.

Em 2009 a crise econômica pegou o Brasil em cheio. As lutas estu-dantis retomam a cena nas federais. Mais uma vez tudo se inicia nasestaduais paulistas. As lutas tendem a crescer. Em todos os processos,na base a esquerda da UNE luta ao lado dos companheiros que constro-em a ANEL-Assembléia Nacional dos Estudantes. Nesse sentido, é ne-cessário avançar nacionalmente num espaço comum de articulação daesquerda da UNE e das entidades que constroem a ANEL.

Apesar do equívoco dos companheiros que constroem a ANEL, quecom sua ruptura com a UNE acabaram se isolando; e apesar das vacila-ções de setores que constroem a esquerda da UNE; acreditamos que de-vemos estar unidos pra lutar contra o governo Lula.

Para unificar todos os que lutam contra o governo é necessária umaplenária nacional unificada no final de julho entre todos os setores comba-tivos do movimento estudantil e o ANDES-SN (Associação Nacional dosDocentes do Ensino Superior) para a organização de um calendário unitá-rio nacional, propomos também que o dia 11/08, dia dos estudantes, marquea primeira de muitas lutas unitárias ao longo do 2ª semestre e o outro ano.

sembléia com mais de mil estudan-tes se decidiu pela greve estudan-til em apoio à luta dos demais seto-res. Esse é o exemplo nacional decomo enfrentar a crise!

Após 57 dias de greve, diversasreivindicações foram arrancadas.Como por exemplo, o aumento doauxílio-alimentação em 25%, e onão desconto dos dias parados. To-dos os DCE”s, coletivos estudantis,Executivas e Federações de Cursosdevem fazer uma ampla campanhanacional mostrando o exemplo deluta na USP.

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RIO DE JANEIROUFF: Psicologia: Cinthia Quintanilha,Rafael Lazari, C. Sociais: Claudia Pessi,Marco Antonio, Natalia Pereira, RenatoReis, Jéferson, Enfermagem: AndréCarvalho “Mesquita”, Ciane dosSantos, Hercules Rigoni, Letras: Juninho,Layziane, Rafael Faria, Egley Amarolina,UERJ FFP: Bernardo D2, Charles Pimen-ta, Josilane CamposUNIRIO: Artes Cênicas: Bárbara Sinedi-no, Biblio: Jose WarleyUFRJ: João Erthal,CEFET Roberto LimaUNIVERCIDADE: Aaron Araújo dosSantos RIO GRANDE DO SULUFRGS: Pedagogia: Cleber Melo, TiagoCortina, Elaine Luiza, Ana Carolina,Ângela Marin, Èder Propp, MichelleTeixeira, Douglas Brandão; História:Diego Vitello, Alex Renato, RodrigoZuchelli; Geografia: Matheus Schnei-der, Franco Machado; CiênciasSociais Fabiano Elias, Jorge Nogueira;Medicina Veterinária: Nilson Junior;Física: Ivan Rodrigo; Artes Visuais:Jéssica Camejo; UNIRITTER: Roberto Seitenfus, DalmorEduardo, Ariane Faria, Ramon Pinto,

Rodrigo de Lima, Tâmara Dutra, Bruno César.UERGS – Luis Pércio.UPF: Guido Luccero.ULBRA: Jonas BatistaPUC: Fernando Dornelles.UNISINOS: Deivid Junior MINAS GERAISUFOP: Filosofia: Danilo Bianchi, Nutrição:Ana Luiza Soares SÃO PAULOUFSCAR: Letras: Júlio Cezar Bastoni ESPIRITO SANTOUFES: Biologia: Roger Guiimarães, Geografia:Thiago Peixoto, Pedagogia: Waleska Timoteo. DISTRITO FEDERALUniCeub: Thiago Carvalho (Direito)UnB: Fábio Felix (Serviço Social), LorenaFernandes (Serviço Social), Keka Bagno(Serviço Social), Renan Alves (ServiçoSocial), Marleide Gomes (Serviço Social),Camila Inácio (Serviço Social), Adriano Dias(Executiva Nacional de Letras), PolianaFarias Letras, Maiane (C.Sociais), LuisFernando (Agronomia),Ramayana (ArtesCênicas), Nara Justiniano (Letras)

Assinam esta tese:GOIASUFG-Geografia: GenivaldoFernandes(Jonte) PARÁUNAMA – DCE: Júlia (Presidente); Denis Vale,Alexandre; Mírian; CA de Direito: Gabriel,Dândara, Olenka, Marcely, Ierecê, Virgílio, Rodrigo, Duda, Mari, Carlos Felipe; CA deComunicação: Felipe (Coordenador Geralda ENECOS), Bernard, Jamile, Abbade,Cynthia; CA de Psicologia: Max, Renan; CAde enfermagem: Rogério; CA de RelaçõesInternacionais: Chris, Samanta, Derly,Thiago, Mayane; CA Artes Visuais: Lorena;CA de Serviço Social: Verena.FAP – DCE: Júlio (Presidente), Diogo, Dezinho;CESUPA: CA de Direito: José (Presidente);Aline, Clayton; Ciência da Computação:Samires.FACI - ThiagoUFPA – Zaraia (Coordenador-Geral DCE eCA Serviço Social), Pedro (DCE e CA Ciênci-as Sociais), Tailson (DCE e CA de Geografia),Amanda (CA Ciência Sociais), Emerson (CAde Geografia), Silvio (CA de Geografia),Gilson (Geografia), Maurício (ConselheiroDiscente) Talison (Matemática), Ricardo(DCE CA de Turismo), Jesuline (CA deTurismo), Camila (Direito), Dito (CiênciasSociais)Tayná (CA de Economia), Juliana

(CA de Economia), Luiz Henrique (Geolo-gia), Pablo (Engenharia Sanitária), Elho(DCE-UFPA), Adriano Egito (CA CiênciasSociais - Marabá), Carla Cunha (Geolo-gia), Simei (Geologia), Fernanda (Diretorade Públicas UNE – Oposição de Esquer-da), Abdik Araújo.UEPA - Luiz (DCE-UEPA), Samuel (DAConceição de Araguaia), Samuel Nunes(Matemática UEPA conceição), GenivalRodrigues (Pedagogia Uepa Concei-ção), AMAPÁUnifap - Thaís Sá (CA de Geografia),Joana (DCE-Unifap),Gabriela (DCE-Unifap), Yosef (CA de História), Samila(Unifap), Alline Maria (DCE UNIFAP),Arleson Coelho (DCE UNIFAP)Rogério Serrão (CA de História), KarinaAraujo (CA de Enfermagem), SamilaTrindade (CA de Enfermagem) AMAZONASUninorte - Raoni Lopes (CA de História),Geraldo Fernandes (CA de História), LeoPessoa (CA de História), Irineu (CA deHistória), Karen Janayna (História) MARANHÃOClístenes (CA de Design - UFMA)

As fundações de “apoio” vol-tam ao centro do debate depoisde protagonizarem vários escân-dalos, pois na UnB está se discu-tindo o re-credenciamento da FI-NATEC. Vivenciamos, ano passa-do, várias lutas contra a corrup-ção dessa fundação de apoio. Detodo o dinheiro arrecadado da

FINATEC, menos de 1% era des-tinado a projetos de pesquisa.Prioridades um pouco “estra-nhas” para os estudantes, comomobiliar um apartamento funci-onal, participar da construção deum Shopping Center e prestarconsultorias a prefeituras comcontratos superfaturados são ape-

nas parte do problema.No Final das contas, essas enti-

dades servem como instrumentopolítico de controle e beneficia-mento de determinados grupos - nointuito de priorizar o interessedestes em detrimento da coletivi-dade.

Defendemos o fim dessas funda-

ções e o repasse dos projetos paraas universidades após uma criteri-osa análise das finalidades e obje-tivos desses projetos; Defendemosa disponibilização de mais verbaspara pesquisa parte do GovernoFederal. Defendemos o reaprovei-tamento das suas estruturas paraFins realmente públicos.

Fundações Privadas: apoio a quem?