boletim técnico - mastite bovina, controle e prevenção.pdf

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    BOLETIM TCNICOUNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

    DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINRIA

    MASTITE BOVINA: CONTROLE EPREVENO

    Boletim Tcnico - n. 93 - p. 1-30 ano 2012Lavras/MG

    GOVERNO DO BRASIL

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    MINISTRIO DA EDUCAO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

    ENDEREO PARA CORRESPONDNCIA:Universidade Federal de Lavras - EDITORA UFLA - Pavilho 5 - Caixa Postal 3037 - 37200-000 -Lavras, MG.Telefax: (35) 3829-1551 Fone: (35) 3829-1089E-mail: [email protected]

    EDITORA

    MINISTRO: Fernando HaddadREITOR: Antonio Nazareno Guimares MendesVICE-REITOR: Jos Roberto Soares Scolforo

    Diretoria Executiva: Renato Paiva (Diretor)

    Conselho Editorial:Renato Paiva (Presidente), Brgida de Souza, Flvio Meira Borm, Joelma Pereirae Luiz Antnio Augusto Gomes

    Administrao: Sebastio Gonalves Filho

    Secretaria Geral: Mariana Coelho Alonso

    Comercial/ Financeiro: Quele Pereira de Gois, Douglas Souza Pires, Glaucyane Paula Araujo Ramos

    Reviso de Texto: Eveline de Oliveira

    Referncias Bibliogrficas: Nivaldo Oliveira

    Editorao Eletrnica:Renata de Lima Rezende, Fernanda Campos Pereira, Patrcia Carvalho de Morais

    Impresso: Grfica/UFLA

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    SUMRIO

    1. INTRODUO.......................................................................................................

    2. MASTITE: CONCEITO E DEFINIO.................................................................

    2.1 Mastite clnica.....................................................................................................

    2.2 Mastite subclnica................................................................................................

    2.3 Mastite contagiosa versus mastite ambiental........................................................

    2.3.1 Agentes das mastites contagiosas................................................................

    2.3.2 Agentes das mastites ambientais..................................................................

    3. CONTROLE E PREVENO DA MASTITE........................................................3.1 Mastite contagiosa..............................................................................................

    3.2 Mastite ambiental................................................................................................

    3.3 Ordenha.............................................................................................................

    3.3.1 Manejo da ordenha...................................................................................

    3.3.2 Pr-dipping..............................................................................................

    3.3.3 Ps-dipping.............................................................................................

    3.3.4 Cuidados do ordenhador...........................................................................

    3.3.5 A ordenhadeira..........................................................................................

    3.4 Tratamento dos casos clnicos..............................................................................

    3.5 Manejo de vacas secas.......................................................................................

    3.6 Monitoramento dos ndices de mastite no rebanho...............................................

    3.6.1 Contagem de clulas somticas ( CCS ).....................................................

    3.6.2 California Mastitis Test(CMT)................................................................

    3.6.3 Wisconsin Mastitis Test(WMT)................................................................

    3.6.4 Caneca de fundo escuro.............................................................................

    3.6.5 Anlise microbiolgica do leite....................................................................

    3.7 Vacinao...........................................................................................................

    3.8 Resistncia imunolgica.......................................................................................

    4. CONSIDERAES FINAIS..................................................................................

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................................

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    MASTITE BOVINA: CONTROLE E PREVENO

    SORHAIA MORANDI COSER1

    MARCOS AURLIO LOPES2

    GERALDO MRCIO DA COSTA3

    * Parte da monografia do primeiro autor, apresentada ao Departamento de Medicina Veterinria da UFLA, para aobteno do ttulo de Especialista em Defesa Sanitria Animal.1 Mdico Veterinrio, Especialista em Defesa Sanitria Animal2 Professor do Departamento de Medicina Veterinria da UFLA (Universidade Federal de Lavras), Doutor em Zootecnia(Bovinocultura de Leite), bolsista do CNPq.3 Professor do Departamento de Medicina Veterinria da UFLA (Universidade Federal de Lavras).

    1. INTRODUO

    A mastite representa um dos principais entraves para a bovinocultura leiteira,devido aos severos prejuzos econmicos que acarreta. De acordo com Bressan(2000), a mastite caracteriza-se por um processo inflamatrio da glndula mamriae, etiologicamente, trata-se de uma doena complexa de carter multifatorial,envolvendo diversos patgenos, o ambiente e fatores inerentes ao animal.

    A mastite uma das mais frequentes infeces que acometem o gado leiteiro,levando a perdas econmicas pela diminuio na produo e na qualidade do leite, elevao dos custos com mo-de-obra, medicamentos e servios veterinrios,

    alm de descarte precoce de animais. importante ressaltar a importncia da mastite,no que se refere sade pblica, devido ao envolvimento de bactrias patognicasque podem colocar em risco a sade humana.

    Um dos grandes problemas da mastite no rebanho a sua prevalncia silenciosa,ou seja, subclnica, determinando perdas de at 70%, enquanto 30% devem-se mastite clnica (Santos, 2001).

    A prevalncia da mastite est relacionada, principalmente, ao manejo antes,durante e aps a ordenha. Isso explica a importncia da conscientizao doordenhador, dos procedimentos adequados de ordenha, incluindo as formas corretasde higienizao e desinfeco do ambiente, do animal, do profissional e de todosos utenslios utilizados na ordenha.

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    Diante da importncia do tema, desenvolveu-se esta monografia, cujos objetivosforam apresentar e discutir as principais medidas de preveno e controle da mastitebovina.

    2. MASTITE: CONCEITO E DEFINIO

    Apalavramastite, derivada do grego mastos, ou mamite, do latim mammae,designa uma doena de grande importncia econmica, sobre a qual muito se teminvestigado (Dias, 2007).

    Segundo Costa (1998), a mastite uma das mais complexas e dispendiosas

    doenas da indstria leiteira, devido sua alta prevalncia e aos prejuzos queacarreta. Alm disso, seu efeito notado, principalmente, pela reduo na produoe as alteraes na composio do leite. Ao mesmo tempo, representa um riscopotencial sade pblica, em decorrncia da eliminao de patgenos causadoresde zoonoses e toxinas produzidas pelos microrganismos do leite.

    A mastite pode ser causada por injria qumica, mecnica ou infecomicrobiolgica, sendo esta ltima, a mais comum. As consequncias dessa patologiaso alteraes nas propriedades fsico-qumicas do leite e no parnquima glandular,

    podendo estar presente em qualquer glndula mamria funcional. Existem duasformas de apresentao, que se denominam mastite clnica, quando as alteraesso visveis macroscopicamente e mastite subclnica, quando as alteraes no sovisveis a olho nu (Fonseca & Santos, 2000; Dias, 2007).

    2.1 Mastite clnica

    A mastite clnica (Figura 1) caracteriza-se pelo aparecimento de edemas,aumento de temperatura, endurecimento e dor na glndula mamria ou aparecimentode grumos, pus ou quaisquer alteraes das caractersticas do leite (Fonseca &Santos, 2001, p.27).

    A mastite clnica determina perdas elevadas por descarte do leite, gastos commedicamentos, perda funcional de glndulas e at por morte do animal. No entanto,os maiores prejuzos so causados pela mastite subclnica, pelo fato de esta tercarter silencioso e no despertar tanto a ateno dos produtores (Fonseca &Santos, 2001; Workshop sobre Programa Integrado de Mastite Bovina, 1996).

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    O diagnstico da mastite clnica possvel pela avaliao do aspecto do leite,quanto s caractersticas peculiares desse produto, existncia de grumos e salteraes do parnquima glandular, como o aumento de temperatura, vermelhidolocal e consistncia enrijecida da glndula (Fonseca & Santos, 2001).

    A mastite clnica pode ser classificada em superaguda, aguda, subaguda, crnicae gangrenosa (Monardes, 1995; Blowey & Edmonson, 1999; Santos & Fonseca,2007).

    Casos superagudos que esto, geralmente, associados com a infeco poragentes ambientais do grupo dos coliformes se caracterizam por inflamao muitointensa, com a presena de sinais sistmicos, tais como febre, dispneia, hipotenso,prostrao e anorexia, dentre outros. Na forma aguda, estes sinais esto presentes,mas a evoluo mais lenta e os sinais sistmicos so mais discretos (Burvenichet al., 2003). A forma subaguda se caracteriza pela presena de grumos no testeda caneca, sendo mais discretos os demais sinais inflamatrios. A forma crnicase caracteriza por infeco persistente do bere, que pode durar dias, meses ou

    Figura 1 bere acometido pela mastite clnica.Fonte: Arquivos do Prof. Geraldo Mrcio da Costa

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    anos, podendo ocorrer sinais de fibrose dos quartos acometidos, em algunscasos acompanhados de atrofia do mesmo e presena de fstulas (Hillerton,1996).

    Na mastite gangrenosa, o quarto mamrio afetado apresenta-se frio, de coralterada, variando do escuro ao prpuro-azulado e sem sensibilidade. O quartoacometido pode apresentar-se mido e com gotejamento constante de soro tingidode sangue (Blowey & Edmonson, 1999).

    2.2 Mastite subclnica

    Por no apresentar sinais visveis e passar despercebida pelos proprietrios epelos empregados, a mastite clnica pode alastrar-se no rebanho, infectando outrasvacas. Alm disso, pode ocorrer destruio da capacidade funcional da glndulamamria, causando diminuio da produo leiteira e prejuzos sade do animal(Dias, 2007).

    De acordo com Costa et al. (2001), os nveis de ocorrncia de mastite subclnicae clnica, no Brasil, foram, respectivamente, de 72% e 17,5%, nos estados deMinas Gerais e So Paulo, demostrando a prevalncia muito maior da primeira emrelao segunda.

    Alm disso, promove alteraes na composio do leite, tais como aumentona CCS e alteraes nos teores de casena, clcio, gordura e lactose (Ribeiro et al.,2003), determinando menor rendimento na produo dos seus derivados ediminuindo o tempo de prateleira dos produtos (Dias, 2007).

    Quando a glndula mamria colonizada por algum agente patognico, oorganismo do animal reage, mandando para o local clulas de defesa, principalmenteleuccitos, na tentativa de reverter o processo infeccioso. Essas clulas de defesa,somadas s clulas de descamao do epitlio secretor de leite nos alvolos, so

    chamadas clulas somticas do leite. Portanto, quando h presena de ummicrorganismo patognico na glndula mamria, geralmente, a contagem de clulassomticas apresenta-se elevada, e esse aumento a principal caracterstica da mastitesubclnica (Chapaval & Piekarski, 2000).

    Em relao ao diagnstico, Fonseca & Santos (2001) afirmaram que, nessetipo de mastite, no existem sinais evidentes da doena, no sendo possveldiagnostic-la sem a utilizao de testes auxiliares. Salientam, ainda, estes autoresque o sinal clssico da mastite subclnica a elevao da CCS, que pode ser

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    mensurada direta ou indiretamente por meio dos testes California Mastitis Test(CMT), Wisconsin Mastitis Test (WMT) ou pela contagem eletrnica de clulassomticas (CECS).

    Athi (1988) fez referncia ao CMT, um teste que pode ser feito na hora daordenha, possibilitando a deteco de vacas com a doena subclnica. Os primeirosjatos de cada teto devem ser colocados numa placa especial, na qual adicionadoo reagente especfico para o teste. Por meio de agitao da placa e pela colorao eo aspecto que a mistura adquirir (leite mais reagente), pode-se saber se h ou nopresena de infeco.

    Para Monardes (1995), o mtodo eletrnico para CCS apresenta uma srie de

    vantagens em relao aos outros mtodos, como CMT e WMT. O procedimentoeletrnico para CCS pode ser automatizado, possibilitando maior rapidez e precisodos resultados. Outra vantagem seria a possibilidade de conservar as amostras emtemperatura ambiente e envi-las, via correio, para um laboratrio e, dessa forma,os resultados de vrios rebanhos podem ser comparados.

    Segundo Fonseca & Santos (2000), o WMT um teste que aprimora o CMT,realizado em um tubo graduado, com a finalidade de eliminar a subjetividade dainterpretao dos resultados do CMT.

    2.3 Mastite contagiosa versus mastite ambiental

    Os principais microrganismos causadores de mastite so convencionalmenteagrupados, quanto sua origem e ao modo de transmisso, em dois grupos: agentesdas mastites contagiosas e agentes das mastites ambientais (Fonseca & Santos, 2001).

    Alm desses dois grupos, existem alguns microrganismos, denominadosoportunistas, que podem, ocasionalmente, causar srios problemas em algunsrebanhos. Esto includas, nesse grupo, as bactrias dos gneros Nocardia sp.,Pseudomonas aeruginosa, Arcanobacterium pyogenes, algas do gnero Protothecae vrias espcies de leveduras. Esses microrganismos, geralmente, causam mastiteclnica e so de difcil tratamento (Bressan, 2000).

    2.3.1 Agentes das mastites contagiosas

    Os microrganismos contagiosos, adaptados a sobreviverem dentro dohospedeiro (Bradley, 2002) e que esto presentes no corpo do animal com ou sem

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    mastite, so transmitidos principalmente durante a ordenha, atravs das mosdos ordenhadores; de tetos infectados para outros, por meio do equipamentoda ordenha, bezerro e at pela utilizao de panos e esponjas de uso mltiplo(Costa et al., 2001). Devido s suas caractersticas, na maioria das vezes,determina infeces subclnicas, de longa durao, resultando em mastitescrnicas (Bressan, 2000). Os principais agentes etiolgicos includos nessegrupo so Streptococcus agalactiae, Staphylococcus aureus e Corynebacteriumbovis (Langoni, 2000).

    2.3.2 Agentes das mastites ambientais

    Segundo Bradley (2002), os patgenos ambientais, descritos como invasoresoportunistas da glndula mamria, no esto adaptados sobrevivncia nohospedeiro e, por isso, normalmente, desencadeiam infeces clnicas.

    Segundo Bressan (2000), o grupo de patgenos desse tipo de mastite constitudo de bactrias que esto presentes em vrias fontes do ambiente dafazenda como gua contaminada, fezes, solo e diversos materiais orgnicosusados como cama, animal propriamente dito, os equipamentos de ordenha e ohomem.

    Os principais patgenos desse grupo so bactrias gram-negativas e espciesde Streptococcus que no S. agalactiae. As bactrias gram-negativas mais comumenteassociadas s mastites bovinas so os coliformes: Escherichia coli (nas fezes),Klebsiella (vegetais e derivados da madeira, tais como p-de-serra e cepilho) eEnterobacter. Os Streptococcus do ambiente incluem diversas espcies, tais comoStreptococcus uberis e Streptococcus dysgalactiae (Bressan, 2000; Fonseca &Santos, 2001).

    De acordo com Santos (2001), a mastite ambiental caracteriza-se por uma

    maior proporo de mastite clnica em relao subclnica, quando comparadacom a mastite contagiosa. Geralmente, determina casos clnicos agudos deevoluo rpida, com maior concentrao no ps-parto e maior taxa de infecodurante os perodos chuvosos. O autor comenta que a transmisso dosmicrorganismos patognicos na mastite ambiental se faz diretamente do ambientepara o interior da glndula mamria, ocorrendo, principalmente, entre as ordenhas.Na Tabela 1 consta um sumrio das principais caractersticas das mastitesambiental e contagiosa.

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    3. CONTROLE E PREVENO DA MASTITE

    3.1 Mastite contagiosa

    Os trs princpios bsicos para o controle da mastite contagiosa baseiam-sena diminuio da exposio dos tetos aos patgenos, aumento da resistnciaimunolgica da vaca e antibioticoterapia (Blowey & Edmonson, 1999; Fonseca &Santos, 2001), tendo como objetivo a reduo do nvel de novas infeces.

    De acordo com Fonseca & Santos (2001), para se obter o controle efetivo damastite contagiosa (Quadro 1), deve-se diminuir a exposio dos tetos aos patgenos,por meio de um controle higinico-sanitrio, com os objetivos de diminuir a taxa decolonizao dos tetos e desinfetar a superfcie dos tetos colonizados. No primeirocaso, a ateno deve estar voltada para o correto manejo de ordenha, evitar autilizao de panos ou esponjas em mais de uma vaca, instituir treinamento aosordenhadores e fazer a desinfeco das teteiras aps a ordenha. Na desinfeco dasuperfcie dos tetos, deve-se realizar o pr-dipping e o ps-dipping, que a imersocompleta dos tetos em soluo desinfetante. Os autores tambm fazem referncia

    MASTITES

    INDICADORES CONTAGIOSA AMBIENTALCCS do tanque Maior que 300.000 Menor que 300.000

    % vacas CMT ++/+++ Maior que 15% Menor que 15%

    % mastite clnica Varivel Maior que 3%

    Ocorrncia dos casos Durante a lactao Geralmente, ao parto e incio da lactao

    Amostragem Amostras compostas de todo rebanho10% a 20% do rebanho (vacaspositivas)

    Casos clnicos antes do tratamento.Algumas vacas ao acaso 3 a 10 dias ps-parto

    Principais vetores Mos do ordenhador, panos, esponjas,teteiras e moscas

    Solo, fezes, lama e camas orgnicas

    Microrganismos

    envolvidos

    Streptococcus agalactiae

    Staphylococcus aureusCorynebacterium bovis

    Escherichia coli

    Klebsiela sp.Enterobactersp.Streptococcus uberis

    Streptococcus dysgalactiae

    Serratia sp.

    Aderncia do patgeno Ocorre Varivel

    Incidncia de infeco Alta: casos subclnicosBaixa: casos clnicos

    Alta: casos clnicosBaixa: casos subclnicos

    Tabela 1 Caractersticas gerais das mastites contagiosa e ambiental, em funo do indicador utilizado.

    Fonte: adaptado de Fonseca & Santos (2001)

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    ao fornecimento de dietas balanceadas para a vaca, na inteno de aumentar aresistncia imunolgica do animal. Alm disso, deve-se instituir o tratamento devacas secas, o tratamento de vacas em lactao e o de novilhas no pr-parto.

    MASTITE CONTAGIOSA

    PATGENO FONTE USUAL DISSEMINAO CONTROLE

    S. agalactiae

    beres infectados,(interior da glndulamamria)

    Vaca-vaca durante aordenha; superfciescontaminadas com leite,mos dos ordenhadores.

    Pr e ps-dipping,tratamento da vaca seca e denovilhas, tratamento na lactao;enfatizar papel do ordenhador.

    S. aureusCanal do teto, interiorda glndula mamria,

    pele do teto,principalmentequando lesada.

    Vaca-vaca durante aordenha; fmites: mos doordenhador, panos eesponjas de uso mltiplo.

    Pr e ps-dipping, tratamento davaca seca, limitar adisseminao vaca-vaca,reduo do n de vacasinfectadas

    C. bovis

    Interior da glndulamamria e ductos doteto

    No momento da ordenha;deficincia na desinfecodos tetos aps ordenha.

    Pr-dipping e maiores cuidadosno ps-dipping; enfatizar papeldo ordenhador

    Quadro 1 Caractersticas de alguns patgenos especficos causadores de mastite contagiosa, fonte, meio dedisseminao e mtodos efetivos de controle.

    Fonte: Adaptado de Fonseca & Santos (2001)

    O monitoramento dos resultados da CCS no leite do tanque um excelentemtodo para se avaliar a eficincia do programa de controle. O ideal que a CCSno ultrapasse 200.000 clulas/mL (Bressan, 2000), indicando, neste caso, que amastite contagiosa est bem controlada.

    3.2 Mastite ambiental

    Segundo Campos & Lizieire (1993), deve-se manter um rgido controlehiginico-sanitrio ambiental por meio da limpeza dos pastos, estbulos e da salade ordenha, evitando o acmulo de fezes, esterco, gua parada ou lama,principalmente nos locais de permanncia das vacas; afastar do rebanho vacas commastite crnica e evitar a entrada no rebanho de animais com alguma infeco(metrites ou feridas abertas) que possam contaminar o cho (Quadro 2).

    Um aspecto importante no controle da mastite ambiental salientado porFonseca & Santos (2001, p.33) da seguinte maneira:

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    Uma particularidade de destaque na mastite ambiental que ela geralmentese manifesta em rebanhos bem manejados e com baixa CCS. Isso porquea alta prevalncia de mastite subclnica e a alta CCS dos rebanhos comproblemas de mastite contagiosa conferem, at certo ponto, uma proteoparcial contra os agentes ambientais. Por isso, cabe salientar que, umavez iniciado um programa de controle de mastite, este deve ser integral,abrangendo medidas de controle tanto de mastite contagiosa quantoambiental, pois, quando se adotam rgido manejo e higiene na ordenha,sem adoo de medidas de controle do ambiente (barro, lama, esterco,cama orgnica), pode-se obter queda significativa na CCS, seguida de

    surtos de mastite clnica aguda causada por patgenos ambientais.

    MASTITE AMBIENTAL

    PATGENO FONTE USUAL DISSEMINAO CONTROLE

    E. coli., Klebsiella sp.,Enterobactersp.eStreptococcus uberis

    S.dysgalactiae eSerratia sp.

    AmbienteAmbiente-vaca

    (principalmente duranteo perodo entre

    ordenhas)

    Reduo da exposio dasextremidades dos tetos aos

    patgenos do ambiente; aumentoda resistncia da vaca

    Quadro 2 Caractersticas dos principais patgenos causadores de mastite ambiental, fonte, meio de disseminaoe mtodos efetivos de controle.

    Fonte: Adaptado de Fonseca & Santos (2001).

    3.3 Ordenha

    Segundo Fonseca & Santos (2000), os princpios que orientam um corretomanejo de ordenha incluem procedimentos de desinfeco dos tetos antes daordenha, estimulao da ejeo e extrao eficiente e rpida do leite e desinfecodos tetos aps a ordenha. Esses procedimentos, quando utilizados em conjunto,constituem a estratgia mais eficiente na preveno da transmisso dos agentescontagiosos e, em menor escala, de agentes ambientais no momento da ordenha.Os autores relataram, ainda, que fundamental enfatizar o papel decisivo doordenhador no programa de controle de mastites, uma vez, que esse o elementochave para adequada implantao dos procedimentos da ordenha.

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    3.3.1 Manejo da ordenha

    Fonseca & Santos (2000) relataram que se deve ter como objetivo principal,no manejo de ordenha, assegurar que os tetos estejam limpos e secos antes do seuincio. Alm disso, uma estratgia que pode contribuir a tosquia, ou flambagem,dos pelos do bere, o que impede, de certa forma, maior adeso de sujidades naregio dos tetos e facilita a limpeza, especialmente em pocas de chuva e barro. Alavagem dos tetos deve ser evitada, sempre que possvel. Apenas deve ser utilizadanos casos em que as vacas chegam sala de ordenha com os tetos visualmentesujos (placas de esterco, barro etc.). Caso contrrio, recomenda-se que no seja

    utilizada gua na preparao da vaca para ordenha. Se houver necessidade de lavagemdos tetos, deve-se utilizar uma mangueira de alta presso e proceder a uma lavagemapenas dos tetos, evitando-se molhar as partes altas do bere.

    Por outro lado, sugere-se que a lavagem dos tetos pode ser realizadautilizando-se diversas tcnicas, a maioria das quais apresentam benefcios estimulao da descida do leite, alm do relativo sucesso da reduo dapopulao bacteriana da pele dos tetos (Workshop sobre Programa Integradode Mastite Bovina, 1996). Mesmo que uma propriedade seja bem manejada, ostetos das vacas se tornam sujos, sendo importante limp-los. Pode-se realizar a

    lavagem dos tetos utilizando-se gua com desinfetante e toalhas descartveisindividuais, tanto para a lavagem quanto para a secagem dos tetos. Um sistemaalternativo eficiente para tetas relativamente sujas lav-las com gua limpa,secando-as, em seguida, com um pano impregnado com desinfetante. Valelambrar que, em primeiro lugar, as mos do ordenhador devem estar livres decontaminao e a melhor maneira de conseguir isso pelo uso de luvas e dedesinfeco entre cada animal.

    A aplicao correta dos mtodos de limpeza das tetas tem demonstrado ser

    efetivo em reduzir a quantidade de Staphylococcus aureus na pele das tetas, bemcomo o nmero de infeces por esse patgeno; entretanto, exerce pouco efeitosobre a mastite ambiental. Tem-se analisado que, tanto quanto limpar as tetas, omodo como as tetas so limpas que importante, pois o ato de molhar um beresujo, mesmo se as tetas so secadas, pode resultar em gua suja escorrendo pelastetas, contaminando seus orifcios e o equipamento de ordenha.

    A lavagem e a secagem dos tetos, de forma correta e efetiva, poderodeterminar reduo significativa do contedo de bactrias do leite. Alm disso,

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    importante que seja realizada com gua limpa, uma vez que existem relatos sobre aocorrncia de mastite provocada por coliformes e porPseudomonas, decorrentesda lavagem da glndula mamria com gua contaminada (Andrews et al., 2008).

    Para Campos & Lizieire (1993), o correto manejo da linha de ordenha umatima medida de controle da mastite contagiosa. Consiste em ordenhar as vacasmais jovens e, em seguida, as mais velhas que no tiveram mastite. Depois, ordenham-se as que sofreram a doena, mas se recuperaram e, por ltimo, ordenham-se asportadoras de mastite (ordenhando primeiro os quartos no afetados).

    3.3.2 Pr-dipping

    O pr-dipping (Figura 2) um mtodo eficaz no controle da mastite ambiental,embora apresente alguma eficcia no controle da mastite contagiosa. Para isso,deve-se utilizar a metade da concentrao dos desinfetantes indicados para o ps-dipping (Fonseca & Santos, 2001).

    Figura 2 Realizao do pr-dipping.Fonte: AMBIC Equipament Limited (2011)

    Uma tentativa para aumentar o efeito da desinfeco dos tetos antes da ordenhaconsiste no uso de concentraes mais altas de desinfetantes que so adicionados gua para lavagem dos tetos. O desinfetante fica em contato com a pele por trintasegundos e os tetos so secos antes da ordenha ou da colocao das teteiras. Issotem resultado em redues significativas na taxa de novas infeces causadas por

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    bactrias ambientais (Pankey et al., 1987, citados por Workshop sobre ProgramaIntegrado de Mastite Bovina, 1996).

    Os estudos apontam que essa medida determina reduo de at 50% na taxade novas infeces da glndula mamria, causadas por patgenos ambientais. Deve-se fazer a imerso completa dos tetos com hipoclorito de sdio de 2% a 4% naconcentrao final. A necessidade de se utilizar toalhas descartveis individuaispara cada vaca advm do fato de que h um risco em potencial bastante grande detransmisso de bactrias de uma vaca para outra, quando se utilizam toalhas de usomltiplo (Chapaval & Piekarski, 2000).

    3.3.3 Ps-dipping

    A prtica isolada mais importante de controle de novas infeces intramamrias a desinfeco dos tetos ao final da ordenha. Deve-se enfatizar que a imerso dostetos, teatdipping, deve ser completa, isto , pelo menos dois teros dos tetosdevem ser imersos completamente na soluo desinfetante. Os compostosdesinfetantes que apresentam os melhores resultados so: iodo, 0,7% a 1,0%;clorexidina, 0,5% a 1,0% e cloro, 0,3% a 0,5%. O melhor mtodo de aplicao ouso de canecas para imerso de tetos, especialmente as do modelo sem retorno

    (one way), que impedem o retorno da soluo aps a aplicao. O uso de spray,geralmente, est associado a uma cobertura incompleta dos tetos com soluodesinfetante, no sendo muito recomendado. Uma estratgia de manejo importante o fornecimento de alimento fresco para estimular os animais a permanecerem emp durante o perodo imediatamente aps a ordenha, no qual o esfncter do tetono est completamente fechado (Fonseca & Santos, 2000).

    3.3.4 Cuidados do ordenhador

    Os cuidados do ordenhador so um dos pontos de maior importncia em todoo processo, pois, da qualificao e do envolvimento desse elemento, depender aefetiva execuo de todas as recomendaes oriundas de inmeras reunies tcnicase dispendiosas pesquisas realizadas em todo mundo. Nesse sentido, tem-se procuradofazer um investimento cotidiano no nivelamento tcnico e na motivao do ordenhador,para que o mesmo fique imbudo de princpios bsicos de higiene e sistemtica detrabalho (Workshop sobre Programa Integrado de Mastite Bovina, 1996).

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    Segundo Santos (2001), o ordenhador o principal responsvel pela chegadade leite com qualidade indstria, o que requer sua conscientizao quanto responsabilidade e aos hbitos de higiene. O trabalho de conscientizao doordenhador entra em questes salariais, sociais, culturais e, geralmente, lento egradual.

    As mos dos ordenhadores podem constituir uma fonte de patgenoscausadores de mastite, tal como o Staphylococcus aureus. Dessa forma, recomenda-se um programa de treinamento aos ordenhadores, para condicion-los a lavar edesinfetar as mos com maior frequncia durante a ordenha. Outro fator que mereceateno o controle de leses nas mos dos ordenhadores, visto que isso pode ser

    considerado uma fonte de infeco. Tem-se sugerido, como prtica alternativa, autilizao de luvas de ltex ou vinil durante a ordenha (Fonseca & Santos, 2001).

    3.3.5 A ordenhadeira

    A ordenhadeira, segundo Fonseca & Santos (2000), o principal equipamentoexistente em uma fazenda leiteira e que no recebe, na maioria das vezes, a devidaimportncia por parte dos produtores e tcnicos. O sistema de ordenha necessitafuncionar de duas a trs vezes por dia, todos os dias do ano, sem interrupes,

    sendo o nico equipamento que entra em contato direto com a glndula mamria.Para os autores, o corao de uma fazenda leiteira a sala de ordenha e, sendoassim, todos os esforos devem ser empregados para garantir o melhorfuncionamento desse ambiente.

    Para Andrews et al. (2008), a ordenhadeira mecnica pode atuar como ummeio de transmisso de mastite por meio da transferncia de patgenos entre vacas,atravs de teteiras contaminadas, fluxo interno entre teteiras de uma unidade etransferncia entre quartos pela teteira.

    O nvel de vcuo da ordenhadeira deve ser regulado adequadamente, permitindoque a ordenha ocorra numa velocidade razovel, sem ocasionar leses nasextremidades dos tetos ou nas paredes internas (Swenson & Reece, 1999).

    O equipamento de ordenha mal higienizado a maior fonte de microrganismosno leite, sendo recomendado um monitoramento constante do seu funcionamento elimpeza (Bressan, 2000). Segundo Valente et al. (2005), a adoo de procedimentosadequados de limpeza e sanitizao do equipamento de ordenha iro determinar aobteno de leite de qualidade superior, com baixas contagens de microrganismos.

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    De acordo com Bressan et al. (2000), a limpeza e sanitizao do equipamento deordenha deve ser realizada aps todas as ordenhas, seguindo-se os seguintes passos:

    enxague imediatamente aps a ordenha, com gua morna na temperaturaentre 35 C a 45 C, no se reciclando a gua neste ciclo de limpeza; detergente alcalino utilizado todos os dias aps o enxgue, circulando numtempo de 10 minutos. As temperaturas inicial e final da soluo devem ser de70 C e 45 C, respectivamente; sanitizante ( base de cloro ) utiliza-se, todos os dias, depois do detergentealcalino ou antes do incio da prxima ordenha. A soluo deve circular durantecinco minutos, temperatura de 30 C; detergente cido utilizar uma ou duas vezes por semana, depois do detergentealcalino e antes do sanitizante, e o tempo de circulao deve ser de 10 minutos.Para a desinfeco das teteiras, recomenda-se a utilizao de cloro ativo, na

    concentrao de 150 ppm, a realizar-se entre uma ordenha e outra, como uma aoimportante no controle da mastite, j que uma das principais formas de infeco atravs de teteiras contaminadas. Algumas propriedades com alta incidncia demastite subclnica em vacas lactantes, e que instituram a correta desinfeco deteteiras, entre vacas, durante a ordenha e outras medidas de higiene, conseguiram

    expressiva reduo na prevalncia da doena (Amaral et al., 2004).Bressan et al. (2000, p.47) salientam que

    no existe nada mais crtico na atividade leiteira do que a ordenha, e amaneira como ela realizada separa o bom produtor do tirador de leite.Aquele produtor que no tem tempo, ou no acha necessrio, ouainda acha muito caro lavar e sanitizar os equipamentos conforme asrecomendaes tcnicas, DEVE PROCURAR OUTRA ATIVIDADE.

    3.4 Tratamento dos casos clnicos

    Fonseca & Santos (2000) relataram que, dentro de um programa de controlede mastite (Quadro 3), a identificao precoce e o tratamento dos casos de mastiteclnica so prticas amplamente utilizadas na maioria dos rebanhos. Entretanto, medida que novos conhecimentos nas reas de epidemiologia, patologia e resposta terapia dos vrios agentes da mastite tm sido desenvolvidos, vrios fatores devemser considerados para a utilizao da terapia contra mastite durante a lactao.

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    Nesse perodo, os principais pontos a serem cautelosamente analisados referem-seao risco da presena de antibiticos no leite.

    Quadro 3 Procedimentos recomendados para a preveno e o controle da mastite.PROGRAMA DE PREVENO DA MASTITE

    Objetivo: manter o rebanho sadio

    Adotar prticas higinico-sanitrias antes, durante e apsa ordenha, bem como o pr-dipping e o ps-dipping.Controle sanitrio dos locais de permanncia dosanimais (alojamento de vacas secas e novilhas prximasao parto, maternidade, alojamento de vacas em lactaoe sala de ordenha.

    Evitar leses no bere e tetos (condiesapropriadas de alojamento e de cama para asvacas). Utilizao correta dos equipamentos eordenhadeira mecnica.

    Adotar o tratamento para as vacas secas com antibiticoadequado

    Tratar imediatamente as mastites clnicas

    Ateno para no introduzir animais infectados norebanho (vacas e novilhas)

    Enfatizar o papel do ordenhador.

    Registrar os dados sobre a sade do rebanho (por meioda determinao da CCS, CMT ou outro mtodo), pelomenos uma vez ao ms e anotar todos os casos clnicos

    Aumento da resistncia imunolgica da vaca: anutrio uma opo comprovadamente eficaz,balanceando os nutrientes, tais como energia eprotena.

    PROGRAMA DE CONTROLE DA MASTITEObjetivo: controlar a mastite em um rebanho problema

    Identificar e eliminar os fatores que contribuem para a

    ocorrncia de mastite no rebanho, tais como deficinciano manejo de ordenha (pr-dipping, ps-dipping,teteiras, ambiente, utenslios e ordenhadores).Treinamento dos ordenhadores

    Tratar, imediatamente, as vacas com mastite clnica

    e adotar o tratamento para as vacas secas de formacorreta e com o antibitico adequado.

    Anlise microbiolgica do leite: 20% das vacas commaior CCS para anlise do perfil das bactriascausadoras de mastite no rebanho.

    Descartar as vacas com mastite crnica resistentes terapia

    Controlar e adotar dados sobre a sade do rebanho(CCS, CMT, ou outro teste) a cada 15 dias e anotartodos os casos clnicos.

    Aumento da resistncia imunolgica da vaca.

    Fonte: Adaptado de Bressan (2000) e Fonseca & Santos (2001).

    Em muitos rebanhos com alta prevalncia da doena utilizam-se antibiticosindiscriminadamente, o que pode levar presena de resduos no leite,comprometendo a elaborao de produtos lcteos e causando problemas sadedo consumidor (Workshop sobre Programa Integrado de Mastite Bovina, 1996).

    A principal fonte de resduos de antibiticos no leite deve-se ao tratamento intramamrio,pois ainda muito comum a prtica de descarte do leite apenas dos quartos mamriostratados, por se acreditar que sejam independentes entre si (Coelho & Costa, 2002).

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    A presena de antibiticos no leite tem sido, nos ltimos anos, um dos maioresdesafios impostos indstria laticinista. Pequenas quantidades de antibiticos noleite j podem inibir culturas lcteas sensveis, interferindo na fabricao de queijos,iogurtes e de outros produtos. Alm disso, no que se refere sade pblica, podemcausar hipersensibilidade em humanos e problemas de resistncia aos antimicrobianos(Brito & Lange, 2005).

    3.5 Manejo de vacas secas

    Os produtores so orientados a realizar secagens paulatinas com restrioalimentar e moderada restrio hdrica (Workshop sobre Programa Integrado deMastite Bovina, 1996). Contudo, secagens abruptas esto sendo iniciadas em algunsrebanhos, seguindo uma orientao internacional, com o objetivo de evitar a mode obra imposta pela secagem paulatina e, principalmente, para que o animal nopasse por um perodo de balano energtico negativo, nesse importante perodode manejo.

    De acordo com Teixeira et al. (2011), a secagem paulatina ainda preferida eutilizada por muitos produtores e consiste na reduo da produo lctea, pelavaca, mediante a restrio do fornecimento de alimentos concentrados e do aumento

    da ingesto de alimentos volumosos pelo animal. Na secagem paulatina, a vaca ordenhada em intervalos maiores at a ltima ordenha e o leite residual ser absorvidoem at trs dias, servindo de veculo para a medicao necessria. Entretanto, asecagem paulatina realizada em propriedades com ndices elevados de mastite pareceprovocar maior incidncia de novas infeces, quando comparada secagemabrupta, ou seja, quando se esgota o bere de uma s vez.

    A aplicao de antibitico de longa ao deve ser realizada em todos os quartosmamrios no momento da secagem (Andrews et al., 2008), podendo, em alguns

    casos, estar associada terapia sistmica (Dias et al., 2007).Alguns selantes internos podem ser utilizados como coadjuvantes terapia de

    vaca seca, tal como subnitrato de bismuto, que atua como uma barreira fsicacontra os agentes infecciosos na glndula mamria (McDougall, 2002). De acordocom Souza et al. (2009), subnitrato de bismuto, quando administrado secagem,demonstrou considervel diminuio na taxa de novas infeces no perodo seco,menor nmero de quartos infectados e menor prevalncia de infeces intramamrias,quando utilizado como coadjuvante terapia de vaca seca.

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    Para Fonseca & Santos (2000), a terapia da vaca seca um mtodo bastanteefetivo no controle da mastite contagiosa e muito eficaz na preveno de novasinfeces causadas porStreptococcus ambientais. Contudo, demonstra limitaesno controle da mastite ambiental causada por coliformes. Frisando a importnciado manejo do ambiente, estes autores recomendam que as vacas sejam alojadas emlocal com a mxima higiene, especialmente na semana aps a secagem e na semanapr-parto, que so justamente os perodos de maior risco de novas infecescausadas por patgenos ambientais. A rea da maternidade tambm um localcrtico e, tanto em sistemas de pario em baias quanto em sistemas de pario empiquetes, o local deve apresentar-se limpo, seco e confortvel para o animal.

    Apesar de o bere em lactao constituir um meio favorvel a infeces porStreptococcus agalactiae, esse microrganismo pode persistir no bere durante operodo seco. Alm disso, a colonizao da pele do bere pelo Streptococcusagalactiae pode ocorrer aps a secagem das vacas, denotando a importncia docorreto manejo durante esse perodo (Beer, 1988).

    A antibioticoterapia da vaca seca, instituda de forma correta, determina, emmdia, taxas de cura contra Staphylococcus aureus de 70%, enquanto, paraStreptococcus agalactiae, essa taxa pode superar 90% (Fonseca & Santos, 2001).

    3.6 Monitoramento dos ndices de mastite no rebanho

    Vrios mtodos podem ser empregados para o monitoramento da mastite clnicae subclnica. A deteco da mastite clnica possvel por meio da palpao da glndulamamria e da observao do aspecto do leite. J na mastite subclnica, so necessriostestes auxiliares, tais como CCS, CMT e WMT (Fonseca & Santos, 2001).

    3.6.1 Contagem de clulas somticas ( CCS )

    Fisiologicamente, as clulas somticas podem ser do tipo epitelial ou de defesa.As epiteliais so oriundas da descamao normal do epitlio secretor da glndulamamria e as clulas de defesa, geralmente leuccitos, so aquelas que migram dacorrente sangunea para os alvolos, em resposta a uma reao inflamatria, quandoa glndula mamria sofre algum tipo de agresso, por exemplo, uma infeco (Santos,2001). Dessa forma, como ocorre aumento da quantidade de clulas somticas noleite na medida em que a infeco progride, a CCS no leite um excelente parmetrode monitoramento de mastite no rebanho leiteiro (Bressan et al., 2000).

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    O leite produzido por uma glndula mamria bovina saudvel contm clulassomticas que compreendem neutrfilos, macrfagos e linfcitos, sendo a contagemdessas clulas inferior a 50.000 clulas/mL de leite (Andrews et al., 2008). Em vacascom infeco subclnica, a CCS, geralmente, menor que 200.000 clulas/mL(Langoni, 2000), embora vacas com mais de 300.000 clulas/mL tenham grandeprobabilidade de estarem infectadas (Bressan et al., 2000).

    A CCS poder ser realizada a partir de amostras de leite retiradas diretamente dotanque e enviadas a um laboratrio especializado ou por meio da contagem de clulassomticas individual, em que as amostras so retiradas de cada vaca, individualmente, eenviadas ao laboratrio (Fonseca & Santos, 2001). A contagem de clulas somticas individual

    um mtodo eletrnico de contagem cada vez mais utilizado no Brasil e que constitui a basedo monitoramento da sade do bere nos pases desenvolvidos (Bressan et al., 2000).

    3.6.2 California Mastitis Test (CMT)

    O CMT (Figuras 3 e 4) um teste prtico, popular e de baixo custo. Asamostras do leite so retiradas de cada quarto mamrio e colocadas numa bandejaapropriada, qual adicionado um reagente que rompe as membranas das clulassomticas presentes na amostra, liberando o DNA que, em contato com a gua, se

    hidrata e torna-se viscoso. O resultado do teste avaliado em funo do grau degelatinizao ou viscosidade em cinco escores que so: negativo, trao, +, ++ e+++, conforme demonstrado no Quadro 4 (Ribeiro et al., 2003).

    Figura 3 Realizao do CMTFonte: Foto de Geraldo Mrcio da Costa.

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    De acordo com Bressan et al. (2000), apesar de no ser realizado pela maioriados produtores, o CMT um excelente auxlio no monitoramento dirio ou semanal

    das mastites nos rebanhos leiteiros, pois avalia o grau de infeco em cada quartodo bere de uma vaca.

    Na Figura 4, verifica-se que ocorreu formao de gel em todas as amostrasretiradas de cada quarto mamrio. De acordo com Santos (2001), o teste deCMT tambm detecta alteraes de pH do leite. No caso de mastite, o leite setorna alcalino e, quando em contato com o reagente, apresenta colorao prpuraintensa.

    Figura 4 Resultado do CMT.Fonte: Foto de Geraldo Mrcio da Costa.

    Escore CCS Interpretao

    0 (negativo) 0200.000 Quarto sadioT (trao) 200.000400.000 Mastite subclnica+ (fracamente positivo) 400.0001.200.000 Mastite subclnica++ (positivo) 1.200.0005.000.000 Mastite subclnica+++ (fortemente positivo) > 5.000.000 Mastite subclnica

    Quadro 4 Relao entre o resultado do CMT e a CCS/mL/leite.

    Fonte: Adaptado de Hoe (2011).

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    Para Langoni (2000), a subjetividade do resultado do CMT representa umaspecto negativo, principalmente no que se refere a dosagens erradas de reagente ede leite e da falta de padronizao da leitura, que estar sujeita a variaes, deacordo com o profissional que estar realizando o teste.

    3.6.3 Wisconsin Mastitis Test (WMT)

    O WMT (Figura 5), tambm chamado de viscosmetro, o resultado doaprimoramento do CMT, tendo a finalidade de eliminar a subjetividade dainterpretao dos resultados deste teste. realizado em tubo graduado, ao qual

    adicionam-se quantidades exatas de leite e reagente (o mesmo utilizado para o CMT).Deve-se diluir o reagente em gua destilada 1:1, utilizando-se 2 mL desse e 2 mL daamostra do leite. A homogeneizao dever ser realizada com movimentos de rotaodo tubo, invertendo-o em seguida e deixando-o escoar por 15 segundos, retornando-se, ento, posio inicial (Langoni, 2000).

    Figura 5 Teste WMT em amostra de leite.Fonte: Itamb Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (2011a).

    O reagente ir agir sobre as clulas somticas do leite formando um gelviscoso na presena de alteraes como a mastite. Como o tubo graduado, oresultado ser expresso em milmetros, de acordo com a maior ou a menorviscosidade da reao, acrescentando-se, leitura do teste, quatro zeros ao nmeroconstatado.

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    O controle da mastite envolve mais o emprego de medidas preventivas efetivas norebanho do que a deteco da doena e o tratamento individual dos animais. Portanto,so fundamentais a identificao dos patgenos responsveis pela infeco e oconhecimento da prevalncia de vacas infectadas no rebanho (Andrews et al., 2008).

    3.7 Vacinao

    Devido ao fato de o Staphylococcus aureus no responder de forma satisfatria terapia antimicrobiana, vacinas contra este patgeno tm sido extensamenteestudadas e se encontram disponveis para comercializao, no Brasil. Contudo,estudos demonstraram que essas vacinas, geralmente, aumentam a taxa de curaespontnea e diminuem a severidade das infeces, porm, no previnem a ocorrnciade novos casos. Vacinas produzidas a partir de bacterinas de Escherichia coli,conhecidas como J5, so comprovadamente eficazes, reduzindo significativamenteos efeitos clnicos da infeco (Souza et al., 2009).

    Para Muller (2002), as vacinas contra coliformes, quando aplicadas no perodoseco e ao parto, reduzem a incidncia de novas infeces e a gravidade dos sintomasna lactao subsequente.

    3.8 Resistncia imunolgicaO manejo nutricional correto com adequado balanceamento da dieta exerce

    importante papel no aumento da resistncia imunolgica das vacas contra infeces.Pesquisas apontaram que alguns nutrientes, tais como vitaminas A e E, selnio,cobre e zinco, podem interferir positivamente na resposta da glndula mamria nocontrole da mastite (Fonseca & Santos, 2001).

    Segundo Andrews et al. (2008), o baixo teor de selnio em vacas de leite podeestar fortemente relacionado a deficincias nos mecanismos de defesa, dentre elas,

    a diminuio da taxa de migrao de neutrfilos para a glndula mamria.

    4 CONSIDERAES FINAIS

    Diversas medidas devem ser tomadas com objetivo de evitar a ocorrncia e atransmisso da mastite, que vo desde a higiene da ordenha at o manejo sanitriodas instalaes e do ambiente da vaca, e da prpria vaca, garantindo a sanidade dorebanho e a qualidade do leite.

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    A conscientizao dos produtores, no que se refere aos prejuzos causadospela mastite, a aceitao de novas tcnicas de manejo por parte dos produtores etcnicos e a educao sanitria dos tratadores e ordenhadores so pontos de extremaimportncia.

    Preveno a palavra-chave para o controle da mastite. A alta prevalncia dadoena nos rebanhos, bem como o alto custo dos tratamentos institudos, juntamentecom os prejuzos e perdas na produo, justificam a necessidade da instituio deprogramas relacionados sua preveno e controle.

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