ded.icatoria - teses.usp.br · prevalÊncia da mastite bovina: .. festudo.comparativo de mÉtodos...
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PREVALÊNCIA DA MASTITE BOVINA: fESTUDO.COMPARATIVO DE MÉTODOS .. PARA SUA DETECÇÃO E DO COMPORTAMENTO DE VARIOS AGENTES ETIOLÓGICOS FRENTE À PROVA DA REDUCÃO DO AZUL DE METILENO.
~-~
ANTONIO NADER FILHO -
Tese apresentada i Faculdade de Safide P~blica ~a Universidade de São Paulo, Deoartamento de Nutricão, para obten -· .... '.71 - -çao do t1tulo de 11 DCJutor em Saude Pu
ca 11• -
Orientador: Prof. Dr. Donald Wilson
São Paulo -
19 83
DED.ICATORIA
A MEUS PAIS
pelo exemplo de dignidade,
amor e compreençao
i í
A MINHA ESPOSA
cujo apôio, dedicação e
incentivo influíram na
realização deste trabalho
i i i
J'iS MINHAS FILHAS
Tatiana e Talita pelo
amor e compreensao
i v
AGRADECIMENTOS
AO PROF. DR. DONALD WILSON
homenagem de sincero reconhe
cimento e profunda gratidão
vi
AO PROF. DR. RUBEN PABLO
SCHOCKEN-ITURRINO
V l I
pelo. est1mulo e colaboração
prestada durante o planej~
menta e elaboração deste
trabalho
Yi i i
~ COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA
AO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR
(CAPES) e ~ FUNDAÇAO JUDITH
BUZAID, pela ajuda financei
ra proporcionada
i X
- Ao Prof, Dr, AILTO ANTONIO CASAGRANDE, mui digno Diretor da
Faculda~e de Ci~~cias.Agririas e Veterinirias Campus de
boticabal-UNESP, pelas condiç~es oferecidas para que
trabalho pudesse ser realizado;
. , ua
este
- Ao Prof. Dr. ORLANDO FERRARI, Chefe do Departamento de .Hi
giene Veterinãria e Safide P~blica da FCAVJ/UNESP, pelo
apoio irrestrito, amizade sincera e constante estlmulo;
- A colega SANDRA PEREIRA FUKUDA, pela colaboração
junto ao Lacticlnio Flor da Nata de Barretos/SP;
presta da
- Ao~ Prof. Dr. SEBASTIAO TIMO IARIA, Prof. Dr. GIL VIANNA
PAIM, Prof. Dr. OMAR MIGUEL, Prof~ Dr~ SIR.DEIA MAURA PERRO
NE FURLANETTO e Prof. Dr. ARAMIS AUGUSTO PINTO, pelas cr1ti
case sugestões apresentadas;
- Ao Prof.Dr. GIL VITAL ALVARES PESSÔA, pela colaboração pre~
tada junto ao Instituto Adolfo Lutz de São Paulo;
- Ao colega AUREO EVANGtLISTA SANTANA, pela colaboração pres-
tada junto ao laboratório do setor de Cllnica Medica da
FCAVJ/UNESP;
-·~As funcionãrias do Instituto Biologico de Ribeirão Preto
ANA MARIA MACHADO CARNEIRO, FLJ'\VIA CARNEIRO BUENO e TIYO OKA
DA MURA K A M I , p e 1 a c o 1 a b o ração p r e s ta da dura n te o e s t ã g i o r e_? ·
lizado na FCAVJ/UNESP;
- Aos FUNCibN~RIOS do Departamento de Higiene Veterinâria e
Safide Pfiblica e Departamento de Micro5iologia da FCAVJ I
UNESP, pelo apóio recebido,
-Aos FUNCIONJ\RIOS do Serviço de Inspeção do Lacticinio Flor
da Nata de Barretos/SP, pelo·interesse e dedicação,
E a todos aqueles, que direta ou indiretamente~ contribuíram
par a a r e a 1 i z ação deste t r aba 1 h o .
X
INDICE
Pãgina
RESUMO.......................................... xvii
SUMMARY........................................ XX
INTRODUÇAO..................................... 01
MATERIAL E MtTODOS............................. 15
RESULTADOS..................................... 38
DISCUSSAO ....... ·.....................•......... 59
CONCLUSAO...................................... 69
REFERtNCIAS BIBLIOGRAFICAS.... .. .. .. . ... .. .. . . . 72
INDICE DE TABELAS
TABELA 1 - Distribuição das fêmeas ppsitivas, sus
peitas e negativas a prova do CMT, se
gundo os rebanhos produtores de leite
tipo B, estudados na região do Muni
c 1 p i o de Bar retos , Sã o Pau 1 o , 1 9 8 2 ....
TABELA 2 - Prevalência da mastite bovina em seis
rebanhos produ to r e s de 1 e i te ti p o B ,
detectada pelo CMT e confirmada pelo
exame bacteriológico, se~undo o numero
de fêmeas e quartos analisados, na re
gião do Municfpio de Barretos; São Pau
,. o , 1 9 8 2 • • • • • • • • • 'I • • • • " • • • • • • • • • • • • • • •
Pâgina
43
44
-·
TABELA 3 - Distribuição das amostras positivas ao
exame bacteriolEgico, segundO a locali
zaçao do quarto afetado, nos rebanhos
produtores de leite tipo B, estudados
na região do Municipio de Barretos,São
X i i i
Pãgina
Paulo, 1982........................... 45
TABELA 4 - Distribuição do numero de quartos posi
tivos e negativos ao exame bacteriolo-
gi co, e dos quartos _11 pe r di dos 11, • segUI:!_
do os rebanhos produtores de lei te ti
po B, estudados na região do ~unicipio
de Barretos, São Paulo, 1982. ...... ... 46
TABELA 5 - Comparação dos resultados obtidos na
prova do CMT com os do exame bacterio
lógico no diagnEstico da mastite bovi
na, e determinação do percentual de
concordância, nos rebanhos produtores
de leite tipo B, estudados na regiãodo
~.1unic1rHJó de Barretos, São Paulo, 1982. 47
TABELA 6 - Comparação dos resultados obtidos na
prova do CMT com os da contagem leuco
citãria no diagnostico da mastite bovi
na, e determinação percentual de con
cordância, nos rebanhos produtores de
leite tipo B, estudados na região do
Municfpio de Barretos, São Paulo,l982. 4.8
TABELA 7 • Comparação dos resultados obtidos na
prova do CMT com os da pesquisa do
teor de cloretos no diagnEstico da mas
tite bovina, e determinação do percen
tual de concordâncià, nos rebanhos pro
dutores de leite tipo B, estudados na
região do Municipio de Barretos, São
X i. V
Pãgina
Paulo, 1982........................... 49
TABELA 8 - Comparação dos resultados obtidos na
contagem leucocitãria com os do exame
bacteriolEgico no diagnõstico da masti
te bovi.na, e determinação do .r:_ perce!!_
tu a 1 de c o n c o r d â n c i a , nos rebanhos p r~
ditares de leite tipo B,estudados na
região do Municipio de Barretos, São
Paulo, 1982 ...... ...... :......... ..... 50
TABELA 9 - Comparação dos resultados obtidos na
contagem leucocitãria com os da pesqui
sa do teor de cloretos no diagnõstico
da mastite bovina, e determinacão do
p e r c e n t u a 1 de c o n c o r d â n c i a , n os 'r e b a
nhos produtores de lei te tipo B, estu-'
dados na região do ~unicipio de Barre-
tos, São Paulo, 1982.......... .. . . . . . . 51
TABELA 10 - Comparação dos resultados obtidos na
pesquisa do teor de cloretos com os do
exame bacteriolEgico no diagnõstico da
mastite boví.na, e determinação d:o p·e.!:..
c e n tu a 1 de c o n c o r d â n c i a , n os r e lb a n h o s
produtores de leite tipo B, estudados
na regfão do Munfcipio de Barretos,Sa-o
Pau l·a, 19 82 ........••...... ~ ..••.....
TABELA 11 - O i s t r i b ui ç ã o . dos age n te s e ti o 1 o gil c os no
exame bacteriológico das-56 fêmeas rea
gentes a prova do CMT, nos rebanhos
produtores de leite tipo B, estudados
na região do Municipio de Barretos
São Paulo, 1982 ..................... .
TABELA 12 - Comparação dos resultados obtidos, na
prova da redução do azul de métileno
com os da contagem padrão em placas ,
segundo as. 56 amostras de lei te ,, das ,,.
fêmeas reagentes a prova do CMI~ nos
rebanhos produtores de leite tiwo B,
estudados na região do Municipiu de
XV
Pã gin a
52
53
Bar retos , Sã o Pau 1 o , 1 9 8 2 . . . . . • .. . . . . . 54
TABELA 13- Comparação dos resultados obtidos: na
contagem leucocitãr·ia com os da prova
de redução do azul de meti leno,segun
do as 56 amostras de lei te das fêmeas
reagentes a prova do CMT, nos reba
nhos produtores de lei te tipo 8, es·tu
dados ha região do Municipio de Bafr~
t .os , Sã o P a u 1 o , 1 9 8 2 . . . . . . . . . • • . . . . . . 5 5 ·
TABELA 14 • Comparação dos resultados obtidos na
prova da redução do azul de meti leno com
os dd contagem padrão em placas,segundo
as amostras de leite inoculadas experi
mentalmente, dos rebanhos produtores de
leite tipo B, estudados na região do Mu
x vi
Pã g in a
nic1pio de Barretos, São Paulo, 1982... 56-
TABELA 15 - Distribuição dos resultados obtidos nas
anãlises realizadas pelo Serviço de Ins
peçao do Lactic1nio Flor da Nata,segun
do os rebanhos produtores de leite tipo
B, estudados na região do Municfpio de
Barretos, São Paulo, 1982. ... .. . ... .. .. 57
TABELA 16 - Prevalência da mastite bovina nos reba
nhos produt-ores de lei te tipo B, estud~
dos na região do Munic1pio de Barretos,
São Paulo, seaundo o nümero de f&meas e
quartos analisados, e resultados obti~
dos pelo SIF na pesquisa do teor de elo
retos, prova de pus e na prova de Whi t~
si de, 1982............................. 58
RESUMO
Foram submetidas a prova do 11 California Mastitis
Test 11 (CMT), 468 vacas leiteiras pertencentes a seis prop1~i~
dades rurais produtoras de leite tipo B, localizadas na re
·gião do Município de Barretos, SP. Das 56 (12,0%) fêmeas rea
g e n te s a e s ta p r o v a , 4 8 ( 1 O , 3% ) f o r a m c o n f i r ma d a· s a t r a v e s ·do
isolamento e identificação do agente etiológico. A elevada
concordância (85,71%) verificada entre ,a prova do CMT e o
exame bacteriológico, confirma a eficiência desta prova na
detecção de transtôrnos da glândula mamãria não perceptíveis
clínicamente, uma vez que nenhuma das fêmeas analisadas apr~
sentou sinais da enfermidade.
A contagem leucocitãria e a pesquisa do teor de
cloretos efetuadas nas 56 fêmeas reagentes a prova do CMT,
apresentaram ·concordâncias de 87,5% e 50,0%, respectivamente,
X V i i i
em relação ao exame bacteriol6gico. O Staphylococcus aureus
foi o agente etiol6gico mais freqUente (52,08%) nos casos de
mas ti te bovina.
O estudo comparativo entre a contagem padrão em
placas e a prova da redução do azul de meti leno, efetuado nas
56 amostras reagentes a prova do Cf'vlT, revelou que 30 (53,,57%)
amostras apresentaram tempo de redução não condizente com o
nume1r0 de microrganismos determinado, isto e, tempo de redu
çao menor que 3 l/2 horas e contagem total de microrganismos
inferior a 500.000 microrg/ml. Observou-se, ainda, que des
tas 30 amostras,26 (86,67%) apr_esentarél'm·· con:tra;gens lleucocitf
rias superiores a 2.500.000 leucõcitos/ml., sugerindo deste
mo do , um a p r o vã v e 1 i n te r f e r ê n c i a d os 1 e u c õ c i tos q u a n d o e m· n u
mero elevado, na prova da redução do azul de metileno.
O estudo comparativo entre a contagem padrão em
placas e a prova da redução do azul de metileno,ef~tuado nas
30 amostras negativas a prova do CMT, revelou que 27 (90,0%)
amostras apresentaram o .tempo de redu.ção condi zen te com o nQ
mero ·de microrganismos determinado, o que confirma a impo~
tância de sua utilização na rotina do Serviço de Inspeção.A
'provãvel interferência dos leucõcitos não compromete a efi
ciência desta prova, pois as variações observadas ocorrem no
sentido de abreviar o tempo de redução, sendo muito pequena
ã probabilidade de aceitação de um produto com o numero de
microrganismos superior ao permitido pelo Ministério da Agrl
cultura.
Dentre as provas utilizadas pelo Serviço de In~
peçao na detecção da mastite bovina a nfvel de Estabelecimen
tos Industriais a prova de Whiteside foi .a.que apresentou
maioP sensibilidade e especificidade, capaz de revelar a pre
sença de leite anormal em rebanhos cuja prevalência desta
doença foi igual ou superior a 7,0% das fêmeas ou 1,4% dos
xix
quartos analisados. A pesquisa do teor de cloretos aprese~
tou menor sensibilidade e esp~cificidade, incapaz de revelar
a presença de leite anormal em todos os rebanhos analisados.
Entretanto, este fato não invalida a utilidade de sua aplic~
ção, pois esta prova pode ser de fundamental importincia na
detecção de fraudes no leite.
A preval~ncia da mastite bovina em at~ 20,0% das
f~meas leiteiras ou em ate 5,0% dos quartos examinados, -nao
foi suficiente para colocar os quesitos analisados nas amos-
tras de leite, fora dos padrões normais. Acredita-se que es
tes padrões devam ser objeto d~ estudos posteriores.
SUMMARY
Four-hundred and sixty-eigth milk cows, beJon
ging to six type B mi1k producing dayry farm~, 1ocated in
the region of Barretos, SP, Brazi1 were submitted to '1Ca1i
fornia Mastitis Test", of the fifty-six (12,0%) cows positi
ve to the mentioned test, forty eigth (10,31) had the djagno
sis confirmed throght iso1ation and identification of the
etio1ogic agent. High agreement (85,7%) was obtained between
CMT and bacterio1ogic examination, which co~firms the effici
ency of CMT in the detection of diseases of the mQmmary
glands, not perceptible by clinical examination, as none the
anima1s examined presented signs of disease.
Leucocyte count and determination o f chl o ri de le
vel performed on the fifty-six reactors presented agree.ment
of 87,5% and 50,0%, respectively, with bacteriologica1 exami
xxi
nation.
StaphyZoc6ccus aureuswas the most frequently iso
lated bacterium (52,08% of cases).
Comparison between total plate count and reducta
se test, performed on thirty samples negative to CMT ~ showed
that twenty-seven samples (90,0%) presented a reduction time
compatible with the number of microorganisms present,' confi..!:.
ming the importance of reductase test regarding inspection .
The theoretical interference of leucocytes was not important
in practice, as variations observed were abreviation of re
duction time, rendering the propability of·accepting a prQ
duct with a number of microorganisms over legal limits very
s ma 11 .
Considering tests used by the Inspection Service
for detection of bovine mastitis, the Whiteside test presen
ted highest sensivity and specificity, as it was capable of
reveling abnormal milk when prevalence was 7,0% and over,co~
siderring animals and 1,1% considering quarters.
Chloride 1evel presented lower sensitivity and
specificity as it was unable to detect abnormal milk in all
dairy farms. However it is very important in the detection of
frauds.
Prevalence of mastitis of up to 20,0% of animals
or of 5,0% of quarters was not sifficient to bring the total
milk produced below standards.
1.- INTRODUÇÃO
A mastite bovina por suas implicações na prod~
çao de leite, constitui importante problema de saúde publica,
al~m de acarretar considerãveis perdas econ5micas represent!
das pela queda de produção lãctea ou pela perda total desta
capacidade (FIGUEIREDO, 1962; LEITE & cols.~ 1976).
Embora esta enfermidade ocorra em todas as esp!
cies animais, adquire maior importãncia entre os bo~inos 5
pois é considerada em dos principais entraves a exploração
leiteira em praticamente todos os países do mundo (CORRtA &
CORRtA, 1979; FERREIRO, 1978).
MARTINEZ (1958), LANGENEGGER & cols. (1970) ,HARROP
& cols(l975) e FERREIRO & cols.(l981), estudando as 11 bacias
leiteiras~~ de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Pernambuco e da 11 Zona da Matau Minas Gerais, observaram prevalências .de 6 ,2%,
02
20,0%, 14,5% e 14,2%, respectivamente. Ve~ifica~am ainda que
as proporções de quartos pe~didos foram de 27,8%, 7,0%, 3,9%
e 1,78%, respectivamente.
A mastite bovina determina a diminuição da cap~
cidade produtora de secreção lãctea em nfveis que variam en
te 10,0% e 25,% (PLASTRIDGE, 1958; RAWLAND & coZs~~l959; O'
DONOVAN & coZ.C;.,~l966; LANDREY, 1966 e SANTOS & MOREIRA,l977).
Esta doença pode acarretar variações de alguns dos componen
tes do leite, reduzindo os teores de lactose, gordura, sõli
dos não gordurosos, especialmente caseina (HEIDRICH & RENK ,
1969; JANSEN, 1970), alem de co11]prometer as caracte·rrsticas
fisico-qu1micas dos produtos derivados, alterando o sabor,
viscosidade e textura de manteiga e queijos (SANTOS & MOREI
RA, 1976).
r muito freqüente a possibilidade do leite de
uma fêmea mastitica ser incorporado ao leite de vacas nor
mais, nas atuais condições de produção (SANTOS & ~10RE~RA,
1977), podendo desta forma alterar a eficãcia do processo de
pasteurização, constituindo-se, portanto, em ameaça a sa~de
p~bliaa.
O leite cr~ procedentes de fêmeas infectadas,re
presenta perigoso veículo de infecção para o homem, podendo
ser transmitidas doenças como a brucelose,estafilococcias,es
ir~otoc6cias! alguns casos de tuberculose e febre Q (TOLLE ,
1971).
Embora nao tenham sido notificados casos de in
toxicação alimentar determinados por enterotoxina estafilocõ
cica· presente no leite e derivados, ARANALDE & cols.(l974)
chamaram a atenção para a possibilidade desta intoxicação na
população humana.
Segundo PANETTA (1977), ainda e grande a quant~
03
dade de queijo minas frescal manufaturado no Brasil com leite
nãp pasteurizado, podendo este fato representar sêrio risco
para a populaçio humana. Observa-se ainda que outros tipos de
queijo são produzidos com leite não pasteurizado, ~on~tituin
do-se,portanto em ameaça a safide pfiblica.
t muito vasta a literatura sobre os agentes :eti~
lÕgicos causadores da mastite bovina, tendo sido relacionadas
cerca de 43 espécies de microrganismos pertencentes a 25 gene
ros (SANTOS & MOREIRA, 1977). Entretanto, a investigação da
etiologia desta enfermidade em diversos pa1ses, tem evidenci~
do a predominância de bactérias_do gênero Staphylococcus e
Streptococcus(HARROP & aols._,l975;LANGENEGGER & cols._, 1970,
FERREIRO, 1980).
A primeira referência qe _que se tem not'íci a no
Brasil,sobre o isolamento e identificação de bactérias consi
deradas como agentei etiológicos da mastite, é atribuída a
SOARES FILHO ( 1944). Este autor,a parti r de lei te de vacas com
mastite, isolou cepas de bactérias pertencentes ao gêneroStre_p
to c o c cus . L A C E R[' A J O N I O R & c o Z s . ( 1 9 5 4 ) , i de n t i f i c a r a m c o mo s ta
phylococcus aureus, as cepas isoladas de casos de mastite bo
vina em São Paulo. Apõs esta publicação tem-se verificado que
este agente tem sido o microrganismo mais isolado de casos de
mastite bovina nas diversas 11 bacias leiteiras 11 do pa'ís.
FIGUEIREDO (1962) LANGENEGGER & cols. (1970), FER
NANDES & cols. (1973)~HARROP & cols. (1975) e FERREIRO & cóls.
(1981), estudando amostras de lei te obtidas de vacas com mas
tite, em 11 bacias leiteiras 11 de Minas Gerais, Rio de Jianeiro,
Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais, verificaram que
o Staphylococcus aureus foi o patõgeno mais freqtlentemente is_2
lado (57,4%, 53,1%, 50,0%, 59,2% e 30,49% das amostras, respe~
tivamente).Ainda segundo estes autores, o isolamento de cepas
de Streptococcussp aparecem na sequência da ordem de importâ.!!_
04
cia causui.s.tica.
A Escherichia coZi e o Corynebacterium pyogenes
sao outros agentes que tamb~m foram isolados de leite de va-
cas com mastite nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Sul ,cujos níveis de prevalência em relação a
outros agentes etiológicos, situaram-se entre 0,3 e 10,0%
FERREIRO, 1978).
Atualmente o StaphyZococcus aureus ~ provavelme~
te o agente etiológico mais freqUentemente isolado das mastl
tes bovinas em todo o mundo. Esta predominância tem ocorrido
~rincipalmente onde a terapêutica~ efetuada intensivamente
com penicilina e onde a ordenha.manual tem sido substituida
p e 1 a o r de n h c me c a n i c a (H A R R O P & c o Z s . , 1 9 7 5 ; B L O O O & H E N O E R S O N ,
l976;SILVA & PORTO, l977;CORRÊA & CORRÊA,l979;FERREIRO,l980).
A principal fonte de infecção desta doença e re
presentada pela vaca infectada,que ao eliminõr o agente etio
lÕgico através do leite, propicia condições favoraveis para
a c o n t a m i n a ç ã o da s m ã o s _do o r de n h a d o r , de s u a s r o u p a s , d ~ s 11 c~
pos 11 da ordenhadeira e do meio ambiente, que podem determi
nar uma rapida disseminação dos micro~ganismos causadores de
mastites a outros animais do rebanho(CORRÊA & CORRtA, 1979).
A infecção da glândula mamãria ~sempre ascende~
te a partir do canal galactõforo, ocorrendo geralmente o de
senvolvimento de inflamação,decorrente de traumatismos veri7
ficados principalmente durante a ordenhe, seguida de inf~c
çao, que ocorre como um fenômeno natural. Excetua-se a esta
regra a mastite tuberculosa, cujo m~todo de disseminação p~
de se r por v i a hem a t õ g e na ( TO L L E , l 9 7 l ; S C H M I D T , l 9 71 ) .
o diagnóstico cli.nico e relativamente fãcil de
ser efetuado em estaÇJios avançados da doença,quando as anor
malidades do leite mostram-se bastante evidenciadas, sendo ob
05
servada a presença de coãgulos, flÕculos, alterações de cor ,
fluidez e odor (KASTLI, 1967; FIGUEIRED0,1962;BLOOD & H E N DE R
SON, 1976). A presença de alteração da glândula mamãria, deco2:
rentes da substituição do tecido glandular por tecido conjunt!
vo, detectãveis através da pa1pação, facilitam em muito o diaR
n õ s t i c o c 1 in i c o de s t a e n _f e rm i d a d e ( H E I O R I C H & R E N K , 1 9 6 9 ) .
A identificação das formas s~b~lfnicas da doença
~ dificil, constituindo-se em um grande problema da atualida
de, devido ao elevado numero destes casos (PLASTRIDGE, 1958_;
GIESECKE & VAN DEN HEEVER, 1974), sendo, portanto, indispens~
vel o emprêgo de métodos auxiliares de diagnõstico (TOLLE
1971).
Vârios são os métodos auxiliares de diagnõstito da
mastite bovina, utilizãveis tanto a nivel de campo quanto a
nivel de laboratõrio, dentre os quais destacam-se:
California Mastitis Test (CMT)
SCHALM & NOORLANDER (1957), desenvolveram a pro
v a do C a 1 i f o rn i a Mas ti t i s Te s t ( C M T ) ; i de a 1 i z a da p a r a u s o em
larga escala a nTve·l de campo, objetivando detectar a masti
te bovina, inclusive na sua forma subclinica.
A prova do CMT fúndamenta-se em três fenômenos
bem conheci dos, decorrentes da mas ti te bovina, representados
pelo aumento do numero de leucõcitos no leite, pelo fenômeno
de Whiteside, que na expressao de seu descobridor se traduz
pela formação de massa viscosa e, também,1n..a variação do .pH
(FIGUEIREDO, 1962).
O reagente quando adicionado a igual volume de
leite mastTtico, produz inicialmente uma gelificação com sub
sequente aparecimento. de filamentos ou flocos . ~sbranqui~a
dos. Esta gel i fi cação, que aparece gradualmente, e consequen
te a reaçao do alquiFb:enzeno sulfato de sÕdio contido no .de
06
tergente com o DNA dos leuc5cttos. A adição do violeta de bro
mocresol como indicador de pH proporciona a informação sobre
a alcalinidade patol5gica do l~ite (WITTLESTONE, 1970).
A prova do CMT tem evidenciado sua eficãcia, mas
ex i g e o p e r adores bem t r e i na dos . E s p e l h a o n ü me r o total de l e u
cõcitos e polimorfonucleares do leite, sendo um bom indicador
do estado sanitãrio do rebanho, devido a sua elevada concot~
d~ncia com a t~cnica de contagem celular, sendo mais precisa
que outros metades indiretos (DANIEL & cols.~ 1966; BRATTIE
19 6 7 ; AS TE R ~1A R K & c o l s . ., l 9 6 9 ) .
A concord~ncia da p~ova do CMT com a contagem leu
cocitãria é da ordem de 90 a 99% nos casos de resultados ne
gativos, istó e, amostras negativas ao CMT que apresentam-co~
tagens leucocitãrias inferiores a 500.000 leucõcitos/ml ( DA
NIEL & cols.~ 1966; BRPTTIE, 1967; MILLER.& KEARMS, 1967). A
concord~ncia entre estas provas nos casos de resultados posi
tivos, isto e, amostras reagentes ao CMT que apresentam conta
gens leucocitãrias iguais .ou súperior~s a 500.000 leucócitos/
ml, e·da ordem de 81,7% a 84,0% (MILLER & KEARJviS, 1967; PEAR
SON & cols . ., 1970).
A concord~ncia da prova do CMT com o exame · batte
riolÕgico isto é, amostras positivas ao CMT em que e confir
mada a mastite através da investigação bacteriolÕgica, e da
õrdem de 67,4% a 85,7%, sendo esta concordância tanto maior
quanto mais fortemente positiva se apresentar a reaçao na
prova do CMT (FIGUEIREDO, 1962; LANGENEGGER & cols . ., 1970
Hl\RROP & cols.~ 1975).
As princtpais vantagens atribuídas a prova do CMT,
sao representadas pela eficiência n~ detecção de transtôr.nos
individuais dos quartos da glândula mamãria não p~rceptfv~is
clfniçamente, pela rapidez e facilidade de execução, pelo bai
xo custo, quando comparados a outros métodos de diagnõstico ,
07
pela praticabilidade e pelo pequeno numero de falsos- negati
vos proporcionados (2,8%} (HEIDRICH & RENK, 1969; LANGENEGGER
& cols.> 1~70; HARROP & cols., 1975).
A prova do CMT apresenta como principais desvan
tagens: o fato de não defini r exatamente o numero de leuoóci
tos nó leite; a presença de resultados falsos- positivos devi
do a variação fisiológica do numero de leucócitos observada
principalmente no infcio e final do periodo de lactação; a
interpretação é subjetiva no tocante a r.radação da positivid~
de (BLOOD & HENDERSON, 1976).
Prova de Whites·ide
WHITESIDE (1939) comunicou que a edição de 2,0ml
de solução normal de NaOH a 10,0 ml de leite mastítico, prod~
zia uma reação caracterizada pela formação de massa viscosa .
Entretanto este método_era pouco satisfatório, pois apresent!
va resultados positivos apenas diante de leite com alterações
evidenciadas macroscÕpicamente.
MURPHY & HANSEN (1941) modificaram a prova de
Whiteside, com o intuito de detectar alterações do leite nao
perceptíveis macroscópicamente. Estes autores conseguiram es
tabelecer uma relação entre o numero de leucócitos polimorfo-
nucleares presentes no leite com a viscosidade resultante da
reaçao entre o leite e a solução de NaOH.
O apareci~ento de massa viscosa ou gelif.icada
associada a ocorre'lcia de grumos e estrias, verificada nesta
- -reaçao, e atribuído ao aumento da permeabilidade e alise dos
leucócitos, determinada pela ação do hidróxido de sódio.A gr~
dação da positividade desta reação, permite estimar o conteu-
do leucocitãrio do produto (CORRtA & CORRtA, 1979).
OBIGER (1957} verificou uma elevada concordância
entre a prova de Whiteside e a contagem leucocitãria, cujos
08
p e r c e n tu a i. s f o r a m de 8 6 , 4 , 7 9 ; 6 e 7 4 , O , q u a n d o c o n s i de l~ a d a s
amostras oriundas dos quartos individuai·s~ mistura dos quar
tos e amos·tras· dos latões, respectivamente.
A prova de Whiteside e a prova do CMT, sao as
mais freqUentemente utilizadas no diagn5stico da mastite bo
vina, sendo consideradas prãticas e eficientes. As vantagens
e desvantagens atribui das a prova de Hhi tesi de são pratica
mente as mesmas da prova do CMT, uma vez que ambas fundamen
tam-se na estimativa do conte~do l~ucocitãrio do leite (PLA~
TRIDGE, 1958; THOMPSON & POSTLE, 1974).
Contagem leucocitãria
Quantidades anormais de leucõcitos no lei·te são
geralmente indicação indireta de transtôrnos secretõrios da
gl~ndula mamãria. Este fato pode ser justificado pelo aumen~
to do numero de leucõcitos decorrente do mecanismo de defesa
do organismo animal, diante de processos infecciosos locali
zados a n1vel de quartos glandulares (FIGUEIREDO, 1962;
CORRtA & CORRtA, 1979) ..
Segundo PLASTRIDGE (1958), o leite de v a c as
normais raramente contém acima de 500.000 leucõcitos por m·l ~
ao contrãrio do que ocorre com f~meas mast{ticas, cuja cont!
gem leucocitãria é geralmente superior a este valor (TOLLE ,
1971).
A concordância da contagem leucocitãria com o
exame bacterio15gico, isto é, amostras com contageos superiQ
res a 500.000 leucõcitos/ml em que é confirmada a mastite bo
vina através da investigação bacteriolÕgica, é da ordem de
87,0 a 90,0%(SINGH & BAXI,l980). Entre as amostras com conta
gens inferiores a 500.000 leucõcitos/ml,a mastite bovina não
é confirmada através da investigação bacteriol5gica em cerca
de 90,0 a 99,0% dos casos (SCHALM, 1957; PLASTRIDGE, 1958
B RA T TI E , 1 9 6 7) . ·
09
Embora ocorram variaç~es fisio15gicas principal
mente no inicio e final do oeríodo de lactação (HIPOLITO &
cols., 1965), bem como alteraç~es determinadas pela idade da
fêmea(WHITE & BLACKBURN, 1957), o método da contagem leucoci-
tãria é considerado um bom indicador da ocorrência da mastite
bovina (PEARSON & cols., 1970).
P e· s q u ;-s a d o te o r- de c 1 o r e t os
A pesquisa do teor de cloretos no leite é indi
cada como sendo um método rãpido e ·sensivel no diagn5stico da
mastite bovina, tanto em sua forma clinica quanto na subclinl
ca, pois, o aumento da concentração deste teor indica trans
t6rnos secretõrios da gl~ndula mamãria (EL-NAGGAR, 1973).
Durante o processo inflamat5rio da glândula ma
' mãria ocorre a dilatação dos vasos sanguineos que irrigam a
irea afetada, o que proporciona um aumento no volume de s~n
gue transportado, com uma velocidade de fluxo menor. Este fa
to aliado ao aumento da permeabilidade dos vasos, facilita a
chegada dos fluidos sanguineos a irea inflamada, atingindo co~
sequentementeo leite. Os fluidos apresentam concentrações de
s6dio, potãssio e cloro, semelhantes ãs do plasma. Assim, mes
clados ao leite, que por sua vez apresenta urna compos·i ção
constante detes elementos, acarreta alterações na composição
i~nica do produto, representadas principalmente pelo .aumento
de cloreto de sódio. Estas alteraç~es tornam-se ainda mais
e v i de n te s ã me d i da q u e di m i n u i a q u a n t i da de de 1 e i te p r o d u z i -
da (BARRY & RAWLAND, 1953; ROOK & WHEELOCK, 19167).
A pesquisa do teor de cloretos é conoecida des
de 1917, quando HAMMER & BAILEY descreveram u~ método volumé
trico para a sua determinação aproximada. ROSSEL (1931) ... modi
ficou a reação objetivando resultados mais precisos .. -HAYDEN
(1932) desenvolveu um método rãpido de dPtermiinação e na sua
opinião, a mas ti te estã presente rquando o teo.r de cloretos e
superior a O, 14%.
10
-EL-NAGGAR (1973} desenvolveu uma metodologia ra
pida e s·ensí~el, realizável a n1vel de campo, capaz de diag
nosticar a mastite tanto em sua forma cl1nica quanto sub
cllnica. Segundo ~ste autor, a maioria dos pesquisadores con
cordam em afirmar que o aumento do teor de cloretos no leite
e sinal patognomônico da mastite bovina. Entretanto,HEIDRICH
& RENK (1969) e CECILA (1980), afirmaram que esta pesquisa é
de valor limitado, pois ocorrem considerãveis variações fi
siolÕgicas, individuais e raciais, que contribuem para a ele
vaçao do teor de cloretos, além do que, o leite normal apr~
senta este teor aumentado no inicio e final do periodo de
lactação.
Vãrios autores observaram que na mastite bovina
ocorre aumento de teor de cloretos no leite,quando comparado
ao lei te normal (SJOLLEt~A & VAN DEN ZANDE, 1922; BARRY & RAW
LAND, 1953; ROOK, 1961; CECIL &cols., 1965; WHELLOCK & co ls. _,
G UI L L E S , 1 9 6 6 ; TAPE R NO U X & c o ls . _, 1 9 6 7 ; M U L DO O N & L I S K A , 1 9 71 ;
EL-NAGGAR, 1973; NEWSTEAD; 1973;0SHIMA & cols._,<l974; CHANDER &
BAXI, 1975).
O teor de cloretos no leite procedente de vacas
sadias e infectadas e de o, 137% e 0,192%, r e s p e c ti v a mente
(BRYAN & TROUT, 1935). Segundo NARAYANAN & IYA (1954), a co~
centração média do teor de cloretos no leite de vacas sadias
e inferior a 0,09%, enquanto que WAHB.'? & NARS (1957), assina
laram· uma concentração media de 0,133%(0,0939 -o, 1737%
p a r a fê me as não i n f e c ta das .
CHANDER & BAXI (1975) utilizando vãrios métodos
de diagnõstico da mastite bovina, observaram que a pesquisa
do teor de cloretos no leite apresentou uma concordância de
apenas 52,0% com o e~ame bacteriolÕgico, sendo este perce!!_
túal inferior ao de todos os outros testes estudados.
11
NADER fiLHO & MIGUEL (19811, realizaram um estu
do comparativo entre as provas do CMT e pesquisa do te o r.
de cloretos na detec~~o da mastite su5clfnica em bovinos,te~
do observado uma elevada associação positiva entre ambas as
provas (concordância de 80,11%). Estes autores concluiramser
indiferente o uso de uma ou de outra prova como m~todo auxi
liar de diagn6stico da mastite.
Prova de pus
A prova de pus, tem por objetivo avaliar a sani
dade do produto a ser dado ao consumo, sendo muito utilizada
a n1vel de estabelecimentos industriais. Nesta prova, a pr~
sença de pus~ indicada pela formaç~o de filamentos ou :gr~
mos, resultantes da adiç~o de amonfaco no leite. Embora esta
prova seja muito difundida, pouco se conhece sobre a sua efi
ciência ( BEHMER, 1978).
Prova da redução do azul de metileno
Segundo LOPES & coZs.(l964), ~prova da redução
do azul de metileno adquire grande importância industrial,
pois permite classificar os vãrios tipos de leite com simpl!
cidade e rapidez.
A maioria dos microrganismos presentes no leite
elaboram um enzima, redutase, capaz de modificar o potencial
de oxi-redução do produto, descorando, assim, o a.zul de meti
leno. Sua apreciação colorométrica, portanto, permite esti
mar a população microbiana do leite. O tempo de redução de
pende do numero de microrganismos presentes, sendo, portanto,
estabelecida uma relação indireta (FOSTER & coZs., 1975;VEIS
SEYRE, 1972). Entretanto, segundo LOPES & coZs.(l964),hã va
ri ações na capacidade redutora dos diferentes microrganismos.
Alguns estreptococos causadores da mastite bovina, por exem
plo, possuem a peculiaridade de não reduzir o azul de metile
Strtlço da Biblioteca e Documtnração fACUlDADE DE SAÚDE PÚBliCA OIIYEISIDADE DE SlO PAULO
12
leno, o qual exerce uma açao inibidora sobre os mesmos.Assi~
sendo, estas bact~rias podem estar presentes em n~mero el~va
do no leite sem que a prova da redução do azul de metileno
r e v e 1 e e s te f a to .
In v e s ti'ga· Ção· 'f:>' a c te ri'o'lõg·i' c a
A investigação bacteriol6gica representada pelo
isolamento e identificação do agente etiol6gico, atrav~s de
meios e provas espec1ficas, constitui-se no m~todo mais efi-
ciente de diagnõstico, muito embora os resultados nega ti, vos
não excluam, obrigatoriamente, a possibilidade de · infecção
(HIPOLITO & cols._, 1965).
Diante do exposto, depreende-se:
que a mastite limita a exploração econômica
leiteira, por causar progressiva queda na prQ
dução de leite, a medida que se propaga no r~
banho, al~m de oferecer riscos a sa~de do con
sumi dor;
a necessipade de maiores informações sobre os
m~todos auxiliares de diagnóstico, uma vez
que sao mencionadas controv~rsias em r~lação
a sua efici~ncia no diagnõstico da mastite bo
vi na;
- a inexist~ncia de informações sobre o compor
tamento das anâlises de rotina efetuadas pelo
Serviço de Inspeção junto aos esta b e 1 e c i me n
tos industriais, no que se refere a detecção
da mastite bovina a n1vel de plataforma de re
cepçao;
a necessidade de maiores informações sobre a
prova da redução do azul de metileno, . tendo
em vista a afirmação de LOPES & cols. (1964)no
13
que se refere a efici~ncia desta prova diante
de alguns estreptococos causadores da mastite
bovina;
- a inexfst~ncia de informações sobre a relação
existente entre a contagem padrão em placas e
a prova da redução do azul de metileno, dian
te dos virias agentes etiol6gicos da ... mastite
bovina;
-a ausencia de dados sobre a preval~ncia desta
enfermidade, bem como a distribuição dos age~
tes etiol6gicos na região do Municfpio de
Barretos/S.!?:
- que a identificação dos quartos g 1 a n d u 1 a r e s
afetados constitui uma das etapas i ni ci ais de
fundamental importância para a execução de
programas de contrôle desta enfermidade.
*****
Pelas razoes apresentadas, cremos ter jus ti f·i c~
do a oportunidade deste trabalho, que tem por f i n' a 1 i d a de
atingir os seguintes objetivos:
-Conhecer a prevalência da mastite bovina e a
distribuição dos agentes etiolÕgicos isolados
entre os rebanhos lei te i ros das propriedades
produtoras de leite tipo B, localizadas na re
gião do Municfpio de Barretos/SP.
- Conhecer a capacidade de detecção da mas ti te
bovina das provas: pesquisa do teor de clore-
tris, prova de Whiteside e a pesquisa de -pus '
realizadas nos estabelecimentos industriais.
1 4
- Verificar a relação existente entre a contagem
padrão em placas e a prova da redução do azul
de metileno, considerando-se os vãrios a~entes
eti.olÕgicos·.
- Verificar o comportamento dos agentes etiolÕgi
cos da mastite bovina, diante da prova da redu
-çao do azul de metileno.
-Verificar a relação existente entre o 11 Califor
nia Mastitis test 11, contagem leucocitãria e
pesquisa do teor de cloretos com o exame bacte
riolÕgico.
2.- MATERIAL E METODOS
Foram submetidos a prova do 11 California Mastit·is
Test 11 (CMT), 468 vacas leiteiras pertencentes a seis propri~
da de s r u r a i s p r o d u to r as de 1 e i te t i p o B , 1 o c a 1 i z a da s n a .re
gião do Municfpio de Barretos/SP. Ap6s a colheita de amos
tras de leite das fêmeas reagentes, efetuou-se a pesquisa do
teor de cloretos, a contagem leucocitãria e o isolamento e
identificação do agente etiológico, com o intuito de conhe
cera prevalência da doença nesta região, a distribuição dos
agentes etiológicos e de analisar comparativa~ente a eficiên
cia destas provas no diagn6stico da mastite bovina. Reali
zou-se, ainda, a contagem padrão em placas e a prova da redu
tàse, a fim de verificar a relação existente entre ambas as
provas e de conhecer o comportamento dos agentes etiológicos
isolados, diante da prova da redutase.
Simultâneamente, o leite de conjunto de cada pr.2_
1 6
priedade, contendo inclusive o produto das fêmeas reagentes
ao CMT, foi submetido a pesquisa do teor de cloretos, a pr.~
v a de ~1 h i t i s i de e a p e s q ui s a de p u s , c o m o i n t u i t o de c o n h e -
cer a eficiência destas provas na detecção da mastite bovi
na, a nível de estabelecimentos industriais. Efetuou-se,ai~
da, as anãlises de rotina do Serviço de Inspeção, represen
tadas pela acidez, densidade, teor de gordura, extrato seco
total, extrato seco desengordurado, ponto crioscõpio, redu
tase e contagem padrão em placas, com o objetivo de comp~
rar com os padrões estabelecidos pelo Ministério dá Agricu_l
tura. Estes procedimentos são a·presentados detalhadamente a
seguir:
Propriedade rurais
Foram estudadas seis propriedades rurais produt~ • ras de leite tipo B, localizadas na região do Município de
Barretos, Estado de São Paulo, as quais correspondiam a to
talidade dos estabelecimentos produtores deste tipo de lei
te na referi da região.
Características da população bovina
Os rebanhos eram constituídos, em sua grande
maioria, por animais da raça holandesa variedades preta e
branca e vermelha e branca, sendo verificada a presença de
animais da raça pitangueiras em apenas uma das propriedades
visitadas. Em todas as fazendas adotava-se o sistema de or
denha mecânica, realizada duas vezes ao dia, cuja produção
média diãria situava-se em torno de 9,5 litros por vaca.
Amostras de lei te
Durante o período de agosto a outubro de 1982
1 7
468 vacas leiteiras foram submetidas ao 11 California Mastitis
Test 11 {SCHALM & NOORLANDER, 1957), com o intuito de verificar
a prevalência da mastite bovina nas propriedades rurais loca
lizadas na região·em estudo. A escolha destes animais era
efetuada ao acaso, sendo analisadas cerca de 60% das fêmeas
lactantes em cada fazenda.
Diante dos resultados positivos ou suspeitos, co
lhia-se em tubos de ensaio esterilizados, 50,0 ml de leite
dos quartos reagentes, obedecendo-se as normas de assepsia
(VEISSEYRE, 1972). Em seguida, as amostras eram acondiciona
da s e m c a i x a de m a te r i a 1 i s o te rm i c o ( 11 i s o p o r " ) , c o n te n do cu
bos de gelo, sendo transportadas para o laboratõrio do Depa~
tamento de Higiene Veterinãria e Saude Publica da Faculdade
de Ciências Agrãrias e Veterinãrias de Jaboticabal-UNESP.
No referido laboratõrio, as amostras eram submeti
das a contagem padrão em placas e a prova da redutase (MINI~
TtRIO DA AGRICULTURA, 1981), a fim de verificar a relação
existente entre ambas as provas. Em seguida, efetuava-se a
pesquisa do teor de cloretos (EL-NAGGAR, 1973), contagem leu
cocitãria (SUBCOMMITTEE on Screening Test National Mastitis
Council, 1968) e o isolamento e identificação do possível
agente etiológico, com o objetivo de confirmar a pres~nça do
processo infeccioso entre as fêmeas reagentes a prova do CM~
Simultâneamente, o leite de conjunto de cada pr.Q_
priedade, contendo inclusive o produto das fêmeas reagentes,
era analisado no laboratório do Lacticinio Flor da Nata Ltda,
localizado em Barretos/SP, (SIF nQ 2186) de modo que a parti
da de lei te analisado contivesse o produto· Ela ordenha por
nõs estudada. A coleta de amostras era efetuada de· acord.o com
a rotina do Serviço· de Inspeção do Ministério da Agricultura,
ou seja, uma mistura de todos os latões orocedentes da pr.Q_
18
priedade considerada.
A determinação da densidade, teor de gordura, aci
dez, extrato seco total, extrato seco desengordurado, ponto
criosc5pico, redutase e contagem padrão em placas ( MIMIST~
RIO DA AGRICULTURA, 1981), era realizada com o intuito de
comparar com os padrões estabelecidos .pelo Mini"stério daAgri
cultura, enquanto que a prova de \.Jhiteside, pesquisa de pus, e
a pesquisa do teor de cloretos (MINISTtRIO DA AGRICULTUTA
1981), eram efetuadas com a finalidade de determinar a sensi
bilidade e a especificidade em relação a mastite bovina pr~
valente em cada propriedade.
Posteriormente, inic.iou-se uma nova etapa. com o
objetivo de verificar o comportamento dos agentes etiológicos - .
{solados na fase anterio~,diante da prova da redução do azul
de metileno. Selecionaram-se lO (dez) f~meas negativas ao
CMT, das quais colheram-se 100 ,O ml de lei te de cada uma, em
frascos esterilizados, observando-se os mesmos cuidados de
assepsia e transporte jã.mencionados.
As amostras eram submetidas a contagem padrão em
placas e a prova da redução do azul de meti leno(MINISTtRIO DA
AGRICULTURA, l98l).Em seguida, cada amostra era fracionada em 2
(duas) sub-amostras com cerca de 50,0ml cada,sendo formado desta
forma, dois grupos, contendo cada um, 10 {dez) sub-amostras.
As amostras do primeiro grupo eram submetidas ao
processo de autoclavação em vapor fluente durante 20 minutos.
Em seguida,? (sete) ~~las foram inoculadas Staphylococcus a~
reus_, Streptococcus dysagalact1:ae_, Streptococcus agalactiae_,
Streptococcus uberis_, Streptococcus pyogenes, Staphylococcus
epidermidis e Escherichia coZi, respectivamente. As 3 (três)
sub-amostras restantes, também foram inoculadas com
Streptococcus dysagalactiae, Streptococcus agalactiae_,
19
e Streptococcus uberis respec~ivamente. O inEculo consistiu
de 3 (tr~sl alçadas de cultura desses agentes~ sendo estas
sub-amostras mantidas a 32QC por 3 (tr€s) horas. Decorrido
este interv-alo de tempo, efetuava-se a contagem padrão de
placas e a prova da redução do azul de metileno (MINISTtRIO
DA AGRICULTURA, 1981}.
O tratamento dispensado 'âs sub-amostras do segu~
do grupo, diferia do anterior, apenas no fato do leite
ser submetido previamente a tratamento têrmico. Assim,
demais passos representados pela inoculação do agente,
-na o
os
tem
peratura e tempo de incubação, contagem padrão em placas, e
prova da redução do azul de meti leno, foram conduz·i dos de
forma id€ntica (MINISTrRIO DA AGRICULTURA, 1981).
Têcni cas
California Mastitis Test (CMT
De acordo com a têcnica proposta por SCHAM &
NOORLANDER (1957), desprezavam-se os tr€s primeiros 11 jatos"de
leite, sendo as amostras.obtidas diretamente do úbere em
uma bandeja plãstica apropriada, contendo quatro "bocais"ou
"copos" distintos.
Colhiam-se cerca de 2 ,Oml de lei te de cada qua_!:
to da glandula mamãria nos respectivos "copos", aos quais
adicionava-se igual quantidade de reagente (Solução on -
FATEC*). Apôs a execução de movimentos circulares e unifor
mes imprimidos ã bandeja, realizava-se a leitura
(*) Solução CMT-FATEC/ Eôrmula
Violeta de bromocresol ------------------------0,02% Alquil-benzeno-sulfato de s5dio ________________
1,
34%
Veiculo Q.S.Q--------------------------------100,00%
20
A interpretação do resultado da prova baseava -
se na seguinte convenção: negativo (-}, suspeitos ou traços
{T), fracamente positivos (+), distintamente positivos (++)
e fortemente positivos (+++),em··função do aparec.imentoounãode
gel e alteração do pH, esta ultima evidenciada pelo indica
dor violeta de b}~omocresol, contido no reagente (HIPliLITO &
col., 1965).
Pesquisa do teor de cloretos
De acordo com a t~cnica proposta por EL- .NAGGAR
(1973),adicionavam-se em um tubo de ensaio, 0,5 ml de leite
5,0 ml de solução de nitrato de prata a O, 134% e 3 gotas de
solução de cromato de potassio a 10,0%. Apõs a agitação ef~
tuava-se a leitura do resultado, sendo consideradas positi
vas as amostras que apresentavam coloração entre o beje e
o amarelo canario, e negativas as que revelavam coloração
entre o vermelho tijolo e o marron claro.
Deve-se assinalar que esta técnica proposta por
EL-NAGGAR (1973), foi aplicada apenas ãs amostras que apr~
sentavam positividade ou suspeição ante a prova do CMT, e
foram realizadas no laboratõrio do Departamento de Higiene
Veterinaria e Saude Publica da FCAVJ/UNESP.
Por outro lado, o leite de conjunto da proprie
dade, também era submetido a pesquisa do teor de cloretos ,
no laboratõrio do Lacticinio Flor da Nata. Entretanto, a
técnica adotada oelo Minist~rio da Aaricultura, diferia da . . ~
quela empregada no laboratõrio do Departamento de Higiene
Veterinaria e Saude Publica da FCAVJ/UNESP, embora o funda
mento da prova fosse o mesmo. Assim sendo, utilizavam - se
21
10,0 ml de leite, aos quais adicionavam-se 4,5 ml de solução
de nftrato de prata O,lN e 8 a 10 gotas de solução de crema
to de potissio a 10,0%. Ap6s a agitação efetuava-se a leitu
ra, de modo fnd~ntico a t~cnica proposta por EL-NAGGAR(l973).
Contagem padrão em placas
-Para aexecuçao desta prova, apos a homoge:inj_
zaçao de amostras de leite, preparavam-se diluiç~es de 10 -1
até 10-5, empregando-se como diluente solução salina a 0,85%.
Em seguida, 1,0 ml de cada diluição era colocado em placas ~
de Petri esterilizadas, em dup'licatas, vertendo-se a seguir
cerca de 10,0 ml de agar padrão (Difco-B0-479), previ,amente
fundido e resfriado a 43/459C.
ApÕs a homogeinização e solidifi·cação em temper~
tura ambiente, as placas eram incubadas em estufa a . 32Q.C
por 48 horas, quando efetuava-se a contagem de colÔnias. O
numero de colônias contados em cada placa, contendo entre 30
e 300 colônias, era multiplicado pela respectiva da diluição
correspondente e o resultado obtido expressava o numero de
microrganismos mesÕfilos aerõbios ou facultativos, viãveis
por ml de lei te. {MINISTtRIO DA AGRICULTURA, 1981).
Prova de redução do azul de meti leno
De acordo com a t~cnica adotada pelo Ministério
da Agricultura (1981), preparava-se uma solução de 11 estoque 11
de azul de metileno, dissolvendo-se l,l g de corante seco
em 500 ml de ãgua destilada, sendo esta solução mantida em
frasco escuro.
Para a realização desta prova, a cada l ,O ml de
solução de 11 estoque 11 adicionavam-se 39,0 ml de ãgua destilada.
22
Em seguida, 1,0 ml desta solução era adicionada a 10,0 ml da
amostra a ser analisada. A incuóação era efetuada em banho -
maria a 37gc, at~ o momento da descoloração, quando então re
gistrava-se o tempo decorrido para a viragem da cor azul P!
ra a branca.
Contagem leucocitãria
A contagem de c~lulas somãticas no leite, foi
efetuada atrav~s de microscopia direta, de acordo com a t~c
nica proposta pelo SUBCOMMITTEE on Screening Tests National
Council, (1968), a qual~ uma modificação da t~cnica propo~
ta por BREED (1910).
Para a execuçao desta prova, espalhava-se 0,01
m l da amos t r a de 1 e i te s o b r e a c â ma r a de N e u b a u e r , n um a
- 2 -a r e a c i r cu 1 a r de 1 c m . A p o s a s e c a g e m , o e s f r e g a ç o e r a c o
rado pelo m~todo de Newman e, em seguida, usando-se a obje
tiva de imersão, efetuava-se a contagem de todas as c~lulas .
somãticas nucleadas presentes na unidade da ãrea examinada .
. Determinação da densidade
De acordo com a t~cnica recomendada pelo MINIS-
TE'RIO DA AGRICULTURA (1981), vertiam-se cerca de 200 ml de
leite em uma proveta, cuja capacidade era de 250 ml, tendo
se o cuidado de evitar a formação de espuma.
Em s e g ui d a , me r g u 1 h a v a.- s e o ·: te r mo 1 à: c t o de n s i m ~
tro, sendo a leitura da densidade efetuada a altura do ni
vel do leite. Simultâneamente, anotava-se a temperatura ob
servada na escala superior do aparelho. Caso esta temperatu
ra fosse diferente de l5QC, efetuava-se a correção do va
lor da densidade através do uso de tabela apropriada.
23
De!ermjnação do teor de gordura
A determinação do teor de gordura foi ré ali za da
através do Butirômetro de Gerber, ao qual juntavam-se 10,0 ml
de acido sulfúrico (D=l,820), 11,0 ml de leite e 1,0 ml de
alcool amilico (D=0,815). Apõs a homogeinização, esta mistura
era submetida a centrifugação (800/1200 rpm) durante 3 a 5
minutos.
O percentual de gordura da amostra de leite exami
nada, correspondia ao percentual da camada gordurosa verifica
da na escala do aparelho.
Determinação do extrato seco total
De acordo com a técnica recomendada pelo MINISTr
RIO DA AGRICULTURA (1981), a determinação do extrato seco to
tal foi realizada através do calculador de Ackermann. O referi
do calculador ~constitui do por dois discos superpostos ,sendo
um mõvel, com graduações. correspondentes a densidade, e o ou
tro fixo, onde são encontradas duas ordens de graduações; a
primeira, mais interna, denota o percentual de gordura, enqua~
to que a segunda, mais externa, mostra o extrato seco total.
Para a determinação do extrato seco total, fazia
se coincidir o valor da densidade com o valor do teor de gord~
ra obtido. Assim, o ponteiro indicador existente no
disco, apontava o valor do extrato seco total.
Determinaçaõ do extrato seco desengordurado
primeiro
A determinação do extrato seco desengordurado,era
realizada através de .subtração do teor de gordura, obtido P!
lo método de Gerber, do extrato seco total, obtido pelo calcu
lador de Ackermann (MINISTtRIO DA AGRICULTURA,l981).
24
Determinação da acidez
A determinação de acidez foi realizada atraves
do metodo de Dornic. Assim, em um érlemeyer juntavam-se 10,0
ml de leite e 3 a 5 gotas de solução de fenolftaleina(2,0%).
Paralelamente, em uma bureta graduada de 25 ml, colocavam- se
25 ml de solução de Hidroxido de sõdio (N/9).
Para a titulação gotejava-se a solução(NaOH/9
ao leite contendo fenolftaleina até o aparecimento de ligel
ra tonalidade rosa, sendo anotada a quantidade de soda Dor
nic gasta durante o processo. Este nGmero multiplicado por
10, correspondia ao grãu de acidez da amostra analisada(Ml
NISTtRIO DA AGRICULTURA, 1981).
Determinação dd pontd triost5~ico
A determinação do ponto crioscõpico do leite foi
realizada através de Lactocrioscõpico. Assim, adicionavam
se cerca de 10,0 ml de leite em tubo de ensaio apropriado ,
sendo este, imediatamente colocado no interior da cuba cons
tituinte do aparelho, a qual apresentava uma temperatura em
torno de -5QC, obtida através da mistura de gelo e clo~eto
de sõdio.
O tubo de ensaio contendo q amostra de leite
era acoplado a um termômetro especial de mercúrio, .çuja
graduação era em centésimos de grãu. Através de uma haste
efetuava-se continua agitação da amostra, até o ponto de
congelamento, verificado pela estabilização da coluna de
mercGrio (MINISTtRIO DA AGRICULTURA, 1981).
25
Isolamento e identificação do~ pds~fveis agentes atiol6gicos
No isolamento de bactérias pertencentes a este
g~nero, eram utilizados o ãgar StaphyZococcus 110 (Difco) e
o ãgar Baird-Parker (Oxoid), recomendados pela AMERICAN PU
BLIC HEALTH ASSOCIATION (1976). As· amostras de leite ~ram se
meadas nestes meios, seguindo-se a técnica proposta por DEMf
TER (1969). Ass~m, adicionavam-se 10,0 ml de leite em tubos -
de forma c~nica (17xl08 mm) e centrifugava-se a 3000 rpm por
1 O m i I! u tos . Em segui da , de s p r e z a v a -se o s obre n a da n te e , c o m
alça de níquel-cromo, semeava-se o sedimento na suoerf1cie
dos referidos meios, empregando-se a técnica de esgotamento,
sendo as placas incubadas a 379C por 24/48 horas.
Apõs a incubação, havendo cre?cirnento de colô
nias com coloração amarelada ou branca no agar StáphyZocoE_
cus 110, algumas delas eram submetidas a verificação micros
c6pica em esfregaços corados pelo método de Gram. Das eolô
nias que se revelassem com cocos Gram-positivos em cachos,
eram isoladas até duas de cada uma, as quais eram semeadas em
agar nutriente inclinado. No local da retirada da colônia,g~
tejava-se solução de azul de bromo-timol a 0,0'4% e deixava-se
a placa em repouso por 10 minutos. O aparec_5nwento de colora
ção amarelada, indicava ser a prova do manitol positiva, en
q u a n t o q u e a c o r e s v e r de a d a , de n o ta v a p r o v a de ma n i to 1 n e g a +.
tiva. Em seguida, vertiam-se 5,0 ml da solu.ç.ão aquosa de sul
fato de amônia saturada sobre a superffcie do meio sendo a
placa, a seguir, mantida durante 10 minutos em estufa a 379C.
O aparecimento da zona transparente ao redor da colônia indi
cava prova positiva para a produção da gelatinase.
26
As col~nias que em agar Baird-Parker se aprese!:!_.
tassem com coloraçio negra circundadas por uma zona transpa
rente, eram tamb~m submetidas a verificação microsc~pica em
esfregaços corados pelo m~todo de Gram. Das col5nias que se
revelassem com cocos Gram-positivos em cachos, duas eram iso
ladas e semeadas em ágar nutriente inclinado.
Os tubos de ensaio contendo pagar nutriente incli
nado semeados com as colônias isoladas de ambos os me i, os ,
eram incubadas a 37QC por 24-48 horas. Apõs a incubação, era
realizado um repique de cada cepa para agar nutriente incli~
·nado e depois conservado em refrigerador a 4QC, para sua ma
nutenção.
A partir dos outros tubcs, realizavam-se as pr~
vas de catalase (HARRIGAN & McCANGE, 1969), ,c)xi dação e fer
mentação (0-F)da glicose, coagulase, DNase (AMERICAN PUBLIC
HEALTH ASSOCIATION, 1976), utilização do manitol e .hemÕlise
{BLAIR & coZs., 1971) e da lecitinase (ITO & coZs.~l969) que
-serao apresentadas detalhadamente a seguir.
Prova da catalase
Para a execuçao desta prova, as cepas ·isdladas
eram semeadas em caldo de infusão de cérebro e coração(Difco)
e, a seguir, incubada a 379C por 24-48 horas.Posteriormente,
a cada tubo adicionava-se 1 ,O ml de solução de ãgua oxigena
da a 3%e efetuava-se a leitura, sendo a prova considerada PQ
sitiva quando ocorria.1.0 despreendimento de bolhas. Paralela-
mente, eram realizadas as provas contrôles positiva e neoa . ~-
tiva, empregando-se culturas de StaphyZococcus epidermidis e
Streptococcus faecalis,respectivamente (HARRIGAN & McCANCE ,
1969).
27
Prova de oxi'daÇão e ferme·nta·ção· -da· -g'li cose (O-F)
As cepas isoladas eram semeadas no meio para a
prova da 0-F, pot~ picada, usando fio longo, de modo que o
in6culo atingisse o fundo do tubo. Cada cepa era semeada em
dois tubos de ensaio contendo o referido meio, sendo que em
um deles, a superf1cie era coberta com vaselina l1quida este
ril. Havendo a produção de ãcido em toda a extensão do meio
em a m b os os t u b os , ou se j a , p r o v as de o x i dação e de f e rm e n t a
ção positivas, o microrganismo era classificado como sendo
do gênero StaphiLococcus. A acidificação era evidenciada p~
la viragem de cor do indicador do verde para o amarelo(AMER!
CAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1976).
Prova da coagulase livre
P a r a a e x e c u ç ã o de s ta p r o v a , a s c e p a s i s o l a d a s
eram semeadas em caldo de infusão de cérebro e coração(Difco)
e, incubadas a 379C por 24-48 horas. Posteriormente, em tu
bos de ensaio (10x70 mm),· juntavam-se 0,25 ml desta cultura
a 0,5 ml de plasma de coelho citratado (dilu1do a 1:5 em so
lução fisiol6gica a 0,85~. Ap6s a agitação, os tubos eram in
. cuba dos a 3 7 9 C , se n do as 1 e i tu r as real i z a das a p 6 s 1 , 2 , 4 e
24 horas. O resultado era considerado positivo quando .:ocor
ria a coagulação do plasma. Simult~neamente eram reáltzadas
provas controles positiva e negativa, empregando-se culturas
de Staphy Zococcus aure us e de Staphy Loco ccus epi de rmi dis , r e s
pectivamente. ( AMERICAN PUBLIC. HEALTH ASSOCIATION, 1976).
Prova da desoxirribonuclease (DNase)
A prova da DNase era realizada a partir de cult~
ras de 24 horas em caldo de infusão de cérebro e coração(Dif.
co) a 379C. A semeadura era efetuada em estria curta, na su
perf1cie do ~gar DNase (Oxoid), em plac~s, sendo estas, a
28
seguir,incub~das por 24 horas a 37QC. Ap5s a incubação, a su
perf{cie do meio era banhada com solução de ~cido cloridrico
,N/1. A prov.a era considerada pos·itfva, quando ocorria o apa
recimen~o de zona clara em torno da·semeadura, indicando des
te modo, a despolimerização do ~cido desoxirribonucl~ico em
decorrência da ação desoxirribonuclease produzida durante o
crescimento bacteriano (AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION ,
19 76) .
Utilização do manitol
Para a execuçao desta prova, as cepas isoladas
eram semeadas em estria em placa contendo ãgar manitol salg~
do (Difco), sendo estas, a seguir, incubadas a 37QC por .24
horas. A prova era considerada positiva, quando ao redor do
crescimento bacteriano, o meio apresentava c-oloração amorela,
determinada pela viragem do indicador vermelho de fenol, ac~
sando deste modo, a produção de ãcido a partir da ·utiliza
ção do manitol(BLAIR & cols._, 1971).
Verificação da hem51ise
As cepas isoladas eram semeadas, em estria, 1na
superf1cie do ãgar sangue(Difto ), em placas, sendo estas, a
seguir, incubadas a 37QC por 24 horas. A prova era conside
rada positiva, quando ao redor das colônias, desenvolvia- se
um halo de hemolise (BLAIR & cols._, 1971).
Pfdva da lecitinase
O teste de atividade lecitinãsica (produção de 1 e c i; ti n as e )
era efetuada em ãgar NI, adicionado de gema de ovo(ITO i&
cols._, 1969). Apos a semeadura em estria, em placas, estas
eram incubadas a 37QC por 24 horas. A prova para produção de
lecitinase era considerada positiva, quando ocorr~a uma zona
de opalescência ao redor da semeadura. Quando ap5s 24 horas
29
de incubação a p~ova e~a neg~tiva~ as placas e~am reincubadas
por mais 24 horas a 370C, ap6s o que efetuava~se a leitura "fi
na 1 •
Com a realização destas provas, as cepas isoladas ~
podiam ser classificadas como pertencentes ao genero StaphyZ~
coccus, porem para serem consideradas como sendo da :espécie
s. aureus, levava-se em consideração, fundamentalmente, a pr.2_
va positiva para produção de coagulase (SPERBER & TATTINI; 1975).
As que se apresentavam negativamente a esta prova, pode Piam
pertencer as espécies S. epidermidis ou S. saprophyticus.
B a c te ri as· ·do gênero Strep toco cc~s
No isolamento de bactérias pertencentes a este g~
nero, eram uti 1 izados o me i o de Edwards (Oxoi d) e o agar san
gue azida (Difto), recomendados pela AMERICAN PUBLIC HEALTH
ASSOCIATION (1976). As amostras de leite eram semeadas nestes
meios, seguindo-se a técnica proposta por DEMETER (1969), sen
do as placas incubadas a_ 37QC por 24-48 horas.
Ap6s a incubação, havendo o crescimento de [olô
nias puntiformes com ou sem halo de hemõlise, eram também su~
·metidas a verificação microsc6pica em esfregaços corados pelo
método de Gram. Das colônias que se revelassem com cocos· Gram
positivos em cadeias, eram isoladas até duas de cada uma(hem.2_
lítica e não hemolítica), as quais eram semeadas em agar nu
triente inclinado, sendo estes, a seguir, incubados a 37QCpor
24-48 horas.
A partir destes tubos, realizavam-se as provas da
catalase (HARRIGAN & McCANCE, 1969), da verificação do cresci
mento a lOQC e 45QC (FOSTER & coZs., 1969), de hemÕlise(BLAIR
& coZs., 1971), da hidrÕlise da esculina e do hipurato de s§..
dio, do CAMP-Test (DEMETER, 1969) e da utilização de carbohi-
30
dratos e alcoois, representados pela rafinose, arabinose,mal - - . ' . . .
tose, sacaro.se, salic\na. lactose, trealose~ inulina~ glice-
rina, manit61, sor5itol e amido (DEMETER, 1969; AMERICAN PU
BLIC HEALTH ASSOCJATION, 1976). Estas provas serao apresert"t~
das detalhadamente a seguir.
P r o" v a· c a ta la s e
Para a execução desta prova, adotava-se a técnica proposta
por HARRIGAN & McCANCE (1969), descrita no isolamento e iden
tificação das bactérias pertencentes ao genero StaphyZococcus.
Verificação do trescimento a l09C e 459C
Cada cepa isolada era semeada em dois tubos de
ensaio contendo caldo de infusão de cérebro e coração(Difc·o),
os quais eram incubados a l09C e 459C, respectivamente, du
rante 24-48 horas. Apõs a incubação, efetuava-se· a leitura ,
sendo a prova considerada positiva quando ocorria a turvação
do caldo, cujo crescimento era comprovado pela verificaçãom_j
croscõpica em esfregaços _corados pelo método de Gram. Simul-
taneamente eram realizadas provas de controle negativa,
pregando-se tubos de ensaio contendo caldo de infusão de
'rebro e coração sem inõculo (FOSTER & coZs.~ 1969).
Verificação da hemõlise
em
-c e-
As cepas isoladas eram semeadas, em estria, na
superf1cie de ãgar sangue (Difco ) , em placas, sendo estas ,
a seguir, incubadas a 379C por 24 horas em atmosfera de co 2 .
A hemÕlise era considerada como sendo do tipo alfa, quarido
ao redor das colÔnias, desenvolvia-se um halo de hemÕlise
parcial, procurando-se constatar, também, a viridescência,
através da presenÇa de coloração esverdeada no referido halo.
A hemõlise era consi"derada como sendo do tipo beta hemol1ti
co, quando ao r.edor das colônias, desenvolvia um halo de
31
hem5lise total, com evidente clareamento do sangue. Eram con
siderados como sendo do tipo gama ou ine~te, quando, ao re
dor das col~ni~s, havia aus~ncia de hem~lise (BLAIR & cols.~
1971).
Para a execução desta prova, as cepas eram seme~
das em caldo extrato 1de carne (Merck) e, incubadas a 379C por
4 dias. Ap~s a incubação. adicionava-se 1 ,O ml de solução de
cloreto ferrico a 7%, agitava-se e efetuava-se a leitura. A
prova era considerada positiva, quando ocorria o aparecimen
to de um precipitado negro esve.rdeado,e, negativa, quando o
meio apresentava coloração amarelada (DEMETER, 1969).
Hidr5lise do hipOr~to de s5dio
As cepas isoladas eram semeadas em caldo simples
contendo 1% de hipurato de s5dio e, incubadas a 37%C por 4
dias. Apõs a incubação, juntava-se em um tubo de ensaio, 1 ,O
ml de sobrenadante destas culturas a O ,3 ml de solução de
cloreto ferrico (12 g. de cloreto ferrico, 0,25 ml de 1.ãcido
clorídrico concentrado e 100,0 ml de ãgua destilada). ApÕs a
agitação desta mistura, efetuava-se a leitura da prova, sen
do considerada positiva quando ocorria o aparecimento de um
precipitado marron escuro e, negativa quando o meio nao apr~
sentava turvação ou precipitação (DEMETER, 1969).
CAMP-test
Para a execuçao desta prova era utilizado o meio
de Edwards {Oxoid), recomendada por DEMETER(l969). Assim, s~
meava-se, inicialmente, no centro da placa, uma estria long~
tudinal de cultura de uma ceoa de Staphyloeoccus aureus pt~.Q_
dutora de beta toxina. Em seguida, semeava-se perpendicular
mente a esta estria, as cepas a serem testadas, tendo-se o
32
cuidado de nao junta-las â linha de inoculação do Staphylococ
cus aureus, _sendo mantida uma distância de pelo menos 2 mm.
Posteriormente, as placas eram incubadas a 379C por 24 /;horas
em atmosfera de ~0 2 .
Apõs a incubação, efetuava-se a leitura, observan
do-se as catacterTsticas de zona hemolTtica desenvolvida,pri~
cipalmente na extremidade da estria perpendicular, pr6ximo da
estria longitudinal. Era considerada como sendo de Strept9_
coccus agaZactiae, as cepas das estrias perpendiculares que
apresentavam formação de zona hemolTtica cuneiforme (em forma
de pâ). Eram consideradas como_sendo Streptococcus uberis, as
cepas que apresentavam formação de uma zona hemoliti ca· em for
ma quadrada (ou de enxadão); por outro lado eram ti das como
sendo de Streptococcus dysagalactiae, as cepas que apresenta
vam formação de uma zona hemolitica, tamb~m em forma de enxá
dão, por~m, muito mais t~nue que a observada para as cepas de
s . ub e ri s . ( DE ME T E P , 1 9 6 9 ) .
Fermentação d~ earbohid(atos e alcoois
Para a execuçao desta prova, era utilizado o caldo
base com vermelho de fenol (Difco), dividido em aliquotas,adf
cionadas dos diversos carbohidratos e âlcoois estudados, re
presentados pela arabinose, maltose, sacarose, lactose, trea
lose, rafinose, inulina, glicerina, manitol, sorbitol, salicf
na e amido (DEMETER, 1969; AMERICAM PUBLIC HEALTH ASSOCIATION,
19 76).
As cepas isoladas eram semeadas em caldo infusãode
c~rebro e coração (Difco) e, incubadas a 379C por 24 horas.Em
seguida, a partir destas culturas, eram semeadas em tubos cor
respondentes aos diferentes carbohidratos e ~lcoois, sendo es
tes incubados a 379C por 24 horas. Ap6s a incubação, realiza-
va-s·e a leitur_a, sendo a prova considerada positiva quando
33
ocorria a viragem de cor do indicador do vermelho para o ama
relo. Simult~neamente eram realizadas provas de controle ~e
gati~a, empregando~se tubos de ensaio contendo os
vos meios n~o inoculados.
re s pé c ti'
Di1ante da realizaç~o destas provas, eram identi-
ffcadas como sendo StPeptococcus dysagalactiae, as cepas
qüe apresentavam resultados positivos nas provas de fermenta
çao da sacarose, maltose~ trealose e do amido, assim sendo ,
resultados negativos nas provas de verificação de crescimen
to a 109C e 45QC, da hidrÕlise da esculina e do hipurato de
s5dio, da catalase da fermenta~ão da arabinose, rafinose,in~
lina, manitol, sorbitol e sali~ina, e que apresentavam form!
ç~o de zona hemolltica caracteristica no CAMP-test e hemõli-
se do tipo alfa em ãgar sangue (DEMETER, 1969).
Eram identificadas como sendo de Streptococcus
agalactiae, as cepas que apresentavam resultados positivos
nas provas de fermentação da maltose, sacarose, lactose,tre~
lose, salicina, amido e·da hidrÕlise de sÕdio, assim como,
resultados negativos nas provas de crescimento a lOOC e 459Cda
hidrÕlise da esculina, da catalase, de fermentação da arabi-
nose, rafinose, inulina, glicerina, manitol e do sorbitol, e
que-apresentavam formação de zona hemolftica caracte~Istica
no CAMP-test (DEMETER, 1969).
Eram identificadas como sendo de Streptococcus
uberis~ as cepas que apresentavam resultados positivos nas
provas de fermentação da maltose, sacarose, lactose, trealo-
se, salicina, amido e da hidrÕlise do hipurato de sõdio e da
esculina, assim como, resultados negativos nas provas de ve
rificaçâo do crescimento al09C e 45QC, da catalase, da fer
mentação da araóinose, rafinose, inulina ,e do amido e, que
apresentavam formação de zona hemolftica caracterfstica no
Senlço de iitllioteto e Dotumentação fAtULDADE DE SAÚilE PÚIU(A UIIWEISIDADE DE SlO PAULO
CAMP·test e ~em6ltse do tipo alfa em ~gar sangue lDEMETER
1969}.
34
Eram identificados como sendo Streptococcus pyo
genes, as cepas que apresentavam resultados positivos nas
provas de fermentação da maltoie, sacarose, lactose, trealo
se e salicina, assim como, resultados negativos nas provas de
verificação do crescimento a lOQC e 459C, da catalase, da h!
dr6lise da esculina e do hipurato de s6dio, de fermentação
da arabinose, rafinose, inulina, glicerina, manitol,sorbitol ·
e amido e, que apresentavam hemÕlise do tipo beta em-. ~ãgar
sangue (DEMETER, 1969}.
Escherichia coZi
No isolamento desta bactéria, eram utilizados o
agar eosina azul de metileno (Oxoid) e o ~gar Macf2onkey
(Oxoid), recomendados pela AMERICAN PUBLIC HEALTH ---~-_ASSOCIA
TION (1976). As amostras de leite eram semeadas nestes meios,
seguindo-se a técnica recomendada por DEMETER (1969), sendo
as placas incubadas a 379C por 24-48 horas.
Ap6s a incubação, havendo o crescimento de colô
nias com centro escuro e brilho verde metálico no agar eosi
na azul de metileno, algumas delas eram submetidas a verifi
cação microsc6pica em esfregaços corados pelo método de Gram.
-Das colônias que se revelavam com bacilos Gram-negativos,duas
eram semeadas em ~gar nutriente.
As colÔnias que em ãgar MacConkey se apresentas
sem com coloração rosada e aspecto muc6ide, eram também sub
metidas a verificação microscõpica em esfregaços corados p~
lo método de Gram. Das colônias que se revelavam com bacilos
Gram-negativos, duas eram semeadas em ãgar nutriente inclina
do.
35
Os tubos de ensaio contendo ~gar nutriente incli
nado semeadoscom col~nias isoladas de ambos os meiris, eram
incubados a 379C por 24~48 horas. ApÕs a incubação, era rea
lizado um repique de cada cepa para ~gar nutriente inclinad~
que apõs a incubação a 37QC por 24-48 horas~ era conservado
em refrigerador a 4QC, para sua manutenção.
A partir dos outros tubos, as cepas isoladas eram
emeadas no meio IAL (Instituto Adolfo Lutz), recomendado por
PESSOA & SILVA (1974) e, incubadas a 37QC por 24 horas. Apõs
a incubação, efetuava-se a leitura das propriedades bioqu1ml
cas pesquisadas neste meio. Assim, eram selecionadas as ce
pas que apresentavam resultados positivos nas provas do in
dol e da fermentação da glicose com produção de gas e, nega
tivos nas provas da desaminação do l-trjptofano da produção
de H2s e da hidrÕlise da uréia.
Posteriormente,as cepas isoladas eram submetidas
a várias outras provas bioqufmicas de identificação. Assim ,
eram confirmadas como sendo de Escherichia coZi~ as cepas
que apresentavam resultados positivos nas provas de indol ,de
vermelho de metila, da fermentação do manitol, da produção
de Beta-galactosidase e Beta-xilosidase e, negativos nas prQ
vas de Voges Proskauer, do aproveitamento do citrato de
Simmons, da fermentação do adonitol, inositol e rafinose, da
utilização do molonato, da produção da urease, gelatinase e
desaminase da Feriil-alanina e de crescimento em KCN.
Coryn~bacteruim pyoqenes
No isolamento desta bactéria, eram utilizados o
-meio de Lo~ffler (Difco) em tubos e o agar com dextrose- ~n~
teose nQ 3 adicionado de sangue e télurito de potãssio(Difco)
em placas. As amostras de leite eram semeadas mestes meios~
seguindo-se a·tecnica proposta por DEMETER{l969). A seguir,
36
os tubos e as placas sem~ados eram incubados a 37QC po~ 24 ho
ras em atmosfera de co2.
Ap5s a incubação, caso houvesse crescimento em
meio de Lo~ffler e formaçao de colônias granulosas com color~
ção cinza ou negra no âgar dextrose-proteose nQ 3 ;aditionado
de sangue e telurito de potâssio, seria realizada a verifica
ção microsc5pica em esfregaços corados pelo m~todo de Gram.
Caso fosse detectada a presença de bacilos Gram-positi,vos com
extremidades entumeci das (em forma de clava) e agrupamentos·
caracter1sticos em forma de letras chinesas, proceder-se-ia o
isolamento de colônias e sua semeadura em meio de Lo~ffler,s~
guido de incubação a 37QC por 24 horas em atmosfera de co 2.
Poderia ocorrer o caso de haver crescimento · em
meio de Lo~ffler,por~m não em placa contendo meio de isolamen
to. Neste caso, se· fosse constatada a presença, no meio de
Lo~ffler de bact~rias com as caracter1sticas referidas, parti~
do-se desta cultura, proceder-se-ia a semeadura em placa,para
realização do isolamento de colônias~
Apôs a incubação, seria realizada a identificação
das cepas isoladas, atrav~s das provas da catalase (~6UCHANAN
'& GIBBONS,l974), do leite tornasolado (PREVOT.·& FREDETTE,l966)
e da fermentação da dextrose, sacarose, maltose, trealose e
lactose(BUCHANAN E GIBBONS, 1974).
Seriam identificadas como sendo Corynebacteruim
pyogenes as cepas que apresentassem resultados positivos na
fermentação da dextrose, maltose,e trealose e, negativos nas
provas da catalase, do leite tornasolado e da fermentação da
sacarose e lactose (COLLINS, 1969).
Salienta-se que para nenhuma amostra .anali.sada
foi observado crescimento em meio de Lot:!ffler e nem a presença
de colôni~s em âgar dextrose-proteose nQ 3 adicionado de san
37
gue e telurito de potâssio) que apresentassem as caracterts
ticas do genero Coryne5aaterium.
Meios de cultivo utilizados e seu preparo
Os meios de cultivo utilizados, assim -como seu
preparo, são apresentados detelhadamente nos Anexos.
3.- RESULTADOS
Os dados inseri dos nas TABELAS 1 a 11, referem-se
a ocorrência de mastite.subclínica, uma vez que nas seis pr~
priedades estudadas, não fot~am constatadas, ao exame clínico,
a presença de fêmeas doentes.
A TABELA 1 mostra a distribuição das fêmeas posl
tivas, suspeitas e negativas a prova do CMT, segundo os reba
nhos produtores de leite tipo B, estudados na região do Muni
cípio de Barretos, São Paulo. Observa-se que das 468 f~meas
submetidas ã prova do CMT, 44 (9,4%) foram positivas, 12
{2,6%) suspeitas e 412 (88,0%) negativas.
A TABELA 2 mostra a prevalência da mastite bovina
nos seis rebanhos produtores de leite tipo B, na região do
Município de Barretos, São· Paulo, segundo o numero de fêmeas
e quartos analisados. O exame bacteriolõgico efetuado nas
amostras de leite das 56 fêmeas reagentes(positivas e suspeitas)a
39
prova do CMT, revelou que a preval~ncia da mastite bovina na
região em e~tudo foi de 10,3%, tendo variado entre 6,3~~ ( re
banho F) e 20,0% (rebanho B).
A TABELA 3 mostra a distribuição das amostras p~
sitivas ao exame bacteriol6gico, segundo a localização do
quarto afetado, nos rebanhos produtores de leite tipo B,est~
dados na região do Municipio de Barretos, São Paulo. Os da
dos desta tabela mostram maior ocorr~ncia de casos (31,3%
no quarto anterior direito. Entretanto, a aplicação do teste
de dupla proporcionalidade aos valores desta tabela, eviden
ciou ser nao significativa est~ variação.
A TABELA 4 mostra a distribuição do numero de
quartos positivos e negativos ao exame bacterio16gico, e dos
quartos 11 perdidos'~ segundo os rebanhos produtores de leite ti
po B, estudados na região do Municfpio de Barretos, Sâo Pau
lo. Observa-se que o numero de quartos "perdidos" variou en
tre 0,3% (rebanho F) e 3,7% (rebanho C), de modo que o pe.!:
centual da região em estudo foi de 1.9.
Para melhor-ilustrar os resultados obtidos na pr~
va do CMT, contagem leucocitãria e pesquisa do teor de clore
·tos, analisados comparativamente entre si e em relação ao
exame bacteriol6gico, constituiu-se as TABELAS de 5 a 10.
A TABELA 5 mostra a comparação dos resultados ob
tidos na prova do CMT com os do exame bacteriol6gico no dia~
n6stico da mastite bovina, e determinação de percentual da
concordância, nos rebanhos produtores de leite tipo B, estu
dados na região do Municfpio de Barretos, São Paulo. O pe.!:
centual de concordância estabelecido para ambas as provas foi
de 85,71, tendo variado entre 58,33% (reações s·uspeitas ou
traços) e 100,00% (~eações fortemente positivas).
A TABELA 6 mostra a comparação dos resultados ob
40
tidos na prova do CMT com os da contagem leucocitâria no dia~
nóstico da mastite bovina, e determinação do percentual de
concordincia, nos rebanhos produtores de leite tipo B, estud!
dos na r.egião do Município de Barretos, São Paulo. O percentu
al de concordincia estabelecido para ambas as provas foi de
83,93, tendo variado entre 41,67% (reações suspeitas ou tra
ços) e 100,00% (reações fortemente positivas).
A TABELA 7 mostra a comparação dos resultados ob
tidos na prova do CMT com os da pesquisa do teor de éloretos
no diagnóstico da mastite bovina, e determinação do perce~
tual de concordincia, nos rebanhos produtores de leite tipo B,
estudados na região do ~1unic1pio de Barretos, São Paulo. O
percentual de concordância estabelecido oara <;.mbas:asprovas foi
de 46,43, tendo variado entre 25,0% (reações suspeitas ou tra
ços) e 70,0% (reações fortemente positivas).
A TABELA 8 mostra a comparação dos resultados ob
tidos na contagem leucocitãria com os do exame bacteriológico
no diagnóstico da mastite bovina, e determinação do percen
tual de concordância, nos rebanhos produtores de leite tipo
B, estudados na região do Munic1pio de Barretos, São Paulo. O
~ercentual de concordincia estabelecido para ambas as provas
f o i de 8 7 , 5 : •.
A TABELA 9 mostra a comparaçao dos resultados ob
tidos na contagem leucocitãria com os da pesquisa do teol' de
cloretos no diagnóstico da mastite bovina, e d~terminação do
percentual de concordância, nos rebanhos prodll!tores de leite
tipo B, estudados na região do Município de Barretos, São Pau
lo. O percentual de concordância estabelecido liDara ambas as
provas foi de 55,36.
A TABELA .10 mostra a comparaçao dlllls; resultados ob
tidos na pesquisa do teor de cloretos com os dD exame bacte
41
riologico no diagnostico da masti.te bovina, nos rebanhos pr_Q
d u to r e s de l. e i te t i p o B , e s t u d a dos n a r e g i ã o d o t~ u n i c i p i o de
Barretos, São Paulo. O percentual de concordância estabeleci
do para ambas ãs provas foi de 50,0.
A TABELA 11 mostra a distribuição dos agentes
etiológicos isolados no exame bacteriológico das 56 f~meas
reagentes i prova do CMT, nos rebanhos produtores de léite
tipo B, estudados na região do Município de Barretos, São
Paulo. Observa-se a predominância do Staphylococcus aureus
(52,08%) sobre os demais microrganismos. O Corynebacte~ium
pyogenes não foi isolado em nen~uma das amostras analisadas,
e o percentual de cultivos sem crescimento fo·i de 14,29.
A TABELA 12 mostra a comparação dos resultados ob
tidos na prova da reduçaõ do azul de metileno <;om as da corita
gem padraõ emplacas ,segundo as 56 amostl~as das fê1neas reagentes· a
prova do CMT, nos rebanhos produtores de leite tipo B, estu
dados na região do Município de Barretos, São Paulo. Os da
dos desta tabela revelam que 30 (53,57%) amostras apresent~
ram o tempo de redução não condizente com o numero de micror
ganismos determinado, isto e, tempo de redução menor que
'3 l/2 horas ·e contagem total de microl~ganismos inferior a
500 .. 000 mi crorg/ml.
A TABELA 13 foi constituída com o intuito de ten
ta r j u s ti f i c a r as v a r i a ç õ e s o b se r v a das n a T AB E L A 1 2 . Os d a
dos desta tabela mostram a comparação dos resultados obtidos
na contagem leucocitãria com os da prova da redução do azul de
meti leno,segundo as 56 amostras de leite' reagentes a prova
CMT, nos rebanhos produtores de leite tipo B,. estudados
Região do Município de Barretos, São Paulo. Observa-se
26 (86,67%) amostra~ com tempo de redução inferior a
horas, apresentavam contagens leucocitãrias superiores
do
na
que
3 l/2
a
42
2.500.000 leuc/ml., enquanto que 23 (88,46%)_ amostr:as com te~
po de redução superior a 3 1/2 horas, apresentavam contagens
leucocitãrias igua-is ou menores que 2,500,000 leuc/ml.
Com o intuito de verificar a relação existenteentre
a prova da redução do azul de meti leno e a contagem padrão em p l~
c as , di ante dos v a r i os agentes et i o l õ g i c os i s o 1 a dos , c o n s ti tu i u-se
a TABELA 14.0s dadosdesta tabela mostramo. comparação dos resul
tados obtidos na prova da redução do azul de metileno com os
da contagem padrão emplacas,segundo as amostras de leite ino
culadas experimentalmente.Observa-se que 27(90,0%) amostras
apresentaram o tempo de redução- na prova da redução do azul de me
tileno compat1vel com o numero de m1crosganismos determinado.
A TABELA 15 mostra a distribuição dos resultados
obtidos nas analises realizadas pelo Serviço de Inspeção do
Lacticínio Flor da Nata, segundo os rebanhos produtores de
leite tipo B, na região do MunicTpio de Barretos, São Paulo .
Os dados desta tabela evideciam que todos os resultados obti
dos, atenderam as exig~ncias estabelecidas pelo Regulamento
de Inspeção Industrial e Sanitaria de Produtos de Origem Ani
mal do Ministério da Agricultura.
A TABELA 16 mostra a preval~ncia da mastite bovina
nos rebanhos produtores de leite tipo B, na região do Munic1-
pio de Barretos, São Paulo, segundo o numero de f~meas e quar
tos analisados, e resultados obtidos na pesquisa do teor de
cloretos, prova de pus e prova de Whiteside.A prova~ Whitesl
de mostrou positividade a partir de uma prevalência de 7,0 %
das fêmeas ou 1,7% dos quartos analisados. A prova de pus mos
trou positividade a partir de 16,4% das f~meas ou 4,1% dos
quartos analisados e a pesquisa do teor de cloretos, mostrou
se negativa em todos os rebanhos estudados.
43
TABELA 1 - DISTRIBUIÇAO DAS FrMEAS POSITIVAS, SUSPEITAS E ~EG~
TIVAS ~ PROVA DO CMT, SEGUNDO OS .REBANHOS PRODUTO
RES DE LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNICI
PIO DE BARRETOS, SÃO PAULO, 1982.
Fêmeas Examinadas Positivas Suspeitas Negativas
Rebanhos NQ % NQ % NQ %
A 42 7 16 '7 3 7 '1 32 76 '2
B 30 5 16;7 2 6,7 23 76 '8
c 61 7 11 ,5 4 6,6 50 83,3
o 73 7 9 '6 66 91 '7
E 86 4 4,7 3 3,5 79 91 '9
F 1 76 14 8,0 162 92,0
TOTAL 468 44 9,4 12 2 '6 412 88,0
44
TABELA 2 - PREVAL[NCIA DA MASTITE BOVINA E~ SEIS REBANHOS PRO-
Amostras
Rebanhos
A
B
c D
E
F
TOTAL
DUTORES DE LEITE TIPO B, DETECTADA PELO CMT E ÇON
·FIRMADA PELO EXAME BACTERIOLOGICO, SEGUNDO O NUMERO
DE FtMEAS E QUARTOS ANALISADOS, ESTUDADOS NA REGIAO
DO MUNICTPIO DE BARRETOS, SJ\.0 PAULO, 1982.
Fêmeas Positivas Quartos Positivos
analisadas NQ % analisados %
42 8 19 ' 1 16 8 4,8
30 6 - 20 ,o 120 5 ,O
61 o 10 16 '4 244 4' 1
73 7 9 ,6 292 2,4
86 6 7,0 .. 34 4 1 '7
176 1 1 6,3 704 1 '6
468 48 10,3 1872 2,6
45
TABELA 3 - DJSTRIBUIÇAO DAS AMOSTRAS POSITIVAS AO EXAME BAC
TERIOLOGICO, SEGUNDO A LOCALIZAÇAO DO QUARTO AFE
TADO, NOS REBANHOS PRODUTORES DE lEITE TIPO B, E~
TUDADOS NA REGIAO DO MUNICfPIO DE SARRETOS, SAO
PAU L O, 19 82 .
Amostras Positivas
Quartos
afetados NQ %,* %** ~
Ante ri o r di te i to 1 5 3,.3 31 , 2
Anterior esquerdo 13 2 ,.8 2 7' 1
Posterior direito 14 3 ,.0 29,2
Posterior esquerdo 6 1 "3~ 12,5
TOTAL 48 100,00
(*) -Em relação ao numero total de fêmeas ra.nalisadas.
(**) - Em relação ao numero total de fêmeas ~ositivas.
46
TABELA 4 - DISTRIBUIÇAO DO NOMERO DE QUARTOS POSITIVOS E Nf
GATIVOS AO EXAME BACTERIOLOGICO, E DOS QUARTOS
·~ERDIDOS~ SEGUNDO OS REBANHOS PRODUTORES DE LEI
TE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNICIPIO DE
BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
Quartos Examina dos Positivos Negativos ·Perdidos
Rebanhos NQ %* NQ %* NQ %*
A 168 8 ~ 4,8 159 94,6 l 0,6
B 120 . 6 5,0 112 93,3 2 1 '7
c 244 10 4, 1 225 92,2 9 3' 7
D 292 7 2,4 280 -- 9~ '9 5 1 '7
E 344 6 1 '7 337 9 8 'o 1 0,3
F 704 11 1 , 6 6 76 96,0 1 7 2 '4
** ** ** TOTAL 1 872 48 2,6 1789 95,6 35 1,9
(*) .- Em relação ao numero total de quartos analisados em
-cada rebanho.
(**) - Em relação ao numero total de quartos analisados em
todos os rebanhos.
. 4 7
TABELA 5 - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PROVA DO CMT
COM OS DO EXAME BACTERIOLOGICO NO DIAGNOSTICO DA
MASTITE BOVINA, E DETERMINAÇAO DO PERCENTUAL DE
CONCORDÂNCIA, NOS REBANHOS PRODUTORES DE LEITE TI
PO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNICIPIO DE
TOS, S/\0 PAULO, 1982.
BARRE
11 Ca1ifornia Mastitis Testn Exame.Bacted.olÕg.ico Concordância
Leitura NO Pos i j:ivo Negativo
Suspeitas ou
traços ( T) 12 7 5 58,33
Fracamente
positivas ( +) 21 1 9 2 90,91
Distintamente
positivas ( ++) 1 3 l 2 1 92,31
Fortemente
positivas (+++) 1 o 1 o lOO,OO
TOTAL 56 48 8 85,71
48
TABELA 6 -COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PROVA DO CMT
COM OS DA CONTAGEM LEUCOCITARIA NO DIAGNOSTIVO DA
MASTITE BOVINA, E DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE
CONCORDÂNCIA, NOS REBANHOS PRODUTORES DE LEITE TI
PO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNICIPIO DE
TOS, SÃO PAULO, 1982.
BARRE
"·Calífornia Mastitis Tests 11 · Contagem Leucocitãria ·Concordância
Leitura NQ Superior Inferior %
500.000/ml 500.00D/ml
Suspeitas ou
traços ( T) l 2 5 7 41 '6 7
Fracamente
positivas (+) 21 1 9 2 90,48
Distintamente
positivas ( ++) 1 3 1 3 100,00
Fortemente
positivas(+++) 10 10 100,00
TOTAL 56 47 9 83,93
49
TABELA 7 - COMPARAÇAO DOS RESULtADOS OBTIDOS NA PROVA DO CMT
COM OS DA PESQUISA DO TEOR DE CLORETOS NO DIAGNOS
TICO DA MASTJTE BOVINA, E DETERMINAÇAO DO PERCEN
TUAL DE CONCORDANCIA, NOS REBANHOS PRODUTORES DE
LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNICIPIO.IDE
BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
11
California Mastitis test 11
Teor de Cloretos Con co rdân c i a
Leitura NQ Posit-ivo Negativo %
NQ NQ
Suspeitas ou
traços (T) 12 3 9 25,00
Fracamente
positivas ( +) 21 9 1 2 42,86
Distintamente
positivas ( ++) 13 7 6 53' 85
Fortemente
positivas(+++) lO 7 3 70,00
TOTAL 56 26 30 46,43
50
TABELA 8 - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA CONTAGEM LEU
COCIT~RIA COM OS DO EXAME BACTERIOLÚGICO NO DIAG
NOSTICO DA MASTITE BOVINA, E DETERMINAÇAO DO PER
CENTUAL DE CONCORDANCIA, NOS REBANHOS ~PRODUTORES
DE LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNIC!PIO
DE BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
Coritagem leucocitâria Exame bacterio15gico Concord~ncia
Leitura* NQ Positiv~ Negativo %
Positiva
Negativa
TOTAL
47
9
56
44
4
48
3
5
8
87,5
*Critério:
Positivo: Contagem leucocitãria igual ou superior
a 500.000 leuc/ml.
Negativo: Contagem leucocitãria inferior a
500.000 leuc/ml.
51
TABELA 9 - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA CONTAGEM LEU
COCIT~RIA COM OS DA PESQUISA DO TEOR DE CLORETOS .
NO DIAGNOSTICO DA MASTITE BOVINA, E DETERMINAÇÃO
NO PERCENTUAL DE CONCORD~NCIA, NOS REBANHOS PRO
DUTORES DE LEITE TIPO 8, ESTUDADOS NA REGIAO DO
MUNICfPIO DE BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
Contagem leucocitãri·a Teor de cl eretos Concordância
Leitura * NQ Positivo Negativo %
Positiva 47 24 23 55' 36
Negativa 9 2 7
TOTAL 56 26 30
* Critério:
Positivo: Contagem leucocitãria igual ou superior
a 500.000 leuc/ml.
Negativo: Contagem Leucocitãria inferior a
500.000 leuc/ml.
52
TABELA lO - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA DO
TEOR DE CLORETOS CO~ OS DO EXA~E BACTERIOLOGICO
NO DIAGNOSTICO DA MASTITE BOVINA, E DETERMINAÇAO
DO PERCENTUAL DE CONCORDÂNCIA, NOS REBANHOS PRO
DUTORES DE LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO
.M U N I C fp I O DE B A R R E TO S , S A O P A U L O , 1 9 8 2
. Teor de cloretos
Leitura n9
Positiva .26
Negativa 30
TOTAL 56
Exame bacterio15gico
Positivo
23
25
. 48
Negativo
3
5
8
Con co rdân c i a
%
50,0
53
TABELA 11 - DISTRIBUIÇAO DOS AGENTES ETIOLÚGICOS ISOLADOS NO
EXAME BACTERIOLOGICO DAS 56 FrMEAS REAGENTES A
PROVA DO CMT, NOS REBANHOS PRODUTORES DE LEITE
TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNIC!PIO DE BAR
RETOS, SAO PAULO, 1982.
Agentes etio15gicos
StaphyZococcus aureus
Streptococcus dysagaZactiae
Streptococcus agaZactiae
Streptococcus uberis
Streptococcus pyogenes
StaphyZococcus epidermidis
ou S. saprophyticus
Escherichia coZi
Corynebacterium pyogenes
Cultivos sem crescimento
TOTAL
NQ
25
7
5
4
3
3
1
8
56
Amostras
%* %**
44,64 52,08
12,50 1 4 '58
8 '9 3 10,42
7,14 8,33
5,36 6,25
5' 36 6,25
l '79 2 'o 8
14,29
100,00 100,00
* - Em relação ao numero total de f~meas reagentes.
** - Em relação ao numero total de agentes etiolÕgicos iso
lados.
54
TABELA 12 - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PROVA DA
Redução do azu·l de meti le no.
(Horas}
1/21---
1,,00!--
1 l/2r--
2,00t--
2 l/2j---
3,00r--
3 l/2t--
4,00 ou
TOTAL
REDUÇ_AO DO AZUL DE fv'IETILENO CO-t~ OS DA CONTAGU~
PADRAO EM PLACAS,SEGUNDO AS 56 AMOSTRAS DE LEI
TE DAS F[MEAS REAGENTES A PROVA DO CMT,NOS REBA
NHOS PRODUTORES DE LEITE TIPO B,ESTUDADOS NA RI
GIAO DO MUNICIPIO DE BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
CPP*
< 250 250-- 500 Total
1 /2 4** 4
1 '00 9** 9
1 1 /2 3** 1 ** 4
2,00 4** 1** 5
2 l /2 4** 4
3,00 3~* 3
3 1 /2 1 ** 1
4,00 1 1
mais 25 25
54 2 56
(*) CPP.- Contagem padrão em placas. (em milhar~s).
(**) - Tempo de viragem na prova da redutase não e comp~
tível com o numero de microrganis~os determinado.
55
TABELA 13 - COMPARAÇAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA CONTAGEM LEU
COCIT~RIA COM OS DA PROVA DE REDUÇÂO DO AZUL DE
METILENO,SEGUNDO AS 56 AMOSTRAS DE LEITE DAS FfME
AS REAGENTES A PROVA DO CMT,NOS REBANHOS PRODUTO
RES DE LEITE TIPO B,ESTUDADOS NA REGIAO DO MUNIC1
PIO DE BARRETOS, SAO PAULO, 1982
Redução do azul de me <3 1 /2 h s ~3 l/2hs To ta 1 tileno -
NQ - %* NQ OI*
NQ de leucõci tos lo
( X 1000)
500 9 34,62 9
500 1000 3 11 '54 3
1000----1 2500 4 13,33 11 42 '31 15
2500 5000 5 16,67 2 7,69 7
5000 110000 9 30,00 3,85 1 o
10000 ou mais 1 2 40,00 1 2
TOTAL 30 53,57** 26 46,43** 56
( *) Em relação ao tempo de viragem verificado na prova
da redu tas e .
(**) -Em relação ao nume:ro total de amostras analisadas.
56
TABELA 14- COMPARACAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NA PROVA DA RE
. DUÇAO DO AZUL DE ~1ETI LENO. COt-1 OS DA CONTAGU1 PA
ORAO EM PLACAS,SEGUNDO AS AMOSTRAS DE LEITE INO
CULADAS EXPERIMENTALMENTE, DOS REBANHOS PRODUTO
RES DE LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIÃO DO MUNI
CTPIO DE BARRETOS, SÃO PAULO, 1982.
Redução CPP* <250 250-- 500 500 ou + Total do azul de meti. leno
(Horas)
1 I 2 1** 5 6
l/2i-- 1 ,00 l 1 1,00;--- 1 1/2 2 2
1 1/2t-- 2,00 1 ** 3 4
2,00t--- 2 1 I 2 3 3
2 1/2;- 3,00 2 2
3,00t--- 3 1 /2 1 1
3 1 /2J---- 4,00 3 1 1 ** 5
4,00 ou mais 6 6
TOTAL 1 1 2 1 7 30
(*) CPP - Contagem padrão em p 1 a c as (em mi 1 h ares) .
da redu tas e não -(**) Tempo de viragem na prova e com
pative 1 com o numero de microrganismos.
57
TABELA 15 - DISTRIBUICAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NAS AN~LISES
.REALIZADAS PELO SERVICO DE INSPECAO DO LACTIC! . . .
NIO FLOR DA NATA, SEGUNDO OS REBANHOS PRODUTORES
DE LEITE TIPO B, ESTUDADOS NA REGIAO DO
PIO DE BARRETOS, SAO PAULO, 1982.
Rebanhos A B c n Anã1ises
Acidez ( Q o) 15 '5 1 5 '5 16,0 1 5 '5 15 '5
Densidade 1 'o 31 1 'o 31 1 'o 32 1 'o 3 3 1 'o 3 3
Gordura (%) 3,5 3,5 3,5 3,2 3,5
EST (%}* 1 2 '28 12,12 12,56 12,45 ·12,66
ESD (%}** 8,78 8,62 9,06 9 '25 9 '16
Cri os copia (QC) -0,55 -0,53 -0,54 -0,55 -0,55
Contagem padrão p1acas(x 1000) 1 3(} 240 230 360 440
Redu tas e (h s } 5,25 4,20 5 '25 4 '40 3,50
(*) EST - Extrato Seco Total.
(**) ESD - Extrato Seco Desengordurado.
t~1UN I Ci
F
. 1 5 '5
1 'o 31
4 '1
13,06.
8,96
-0,55
260
4,40
58
TABELA 16 - PREVALÊNCIA DA MASTITE BOVINA NOS REBANHOS PRODU
TO R E S. D E L E I TE T I P O B , E S T U O A DO S N A R E G I 7l. O DO fvl U
NIClPIO DE BARRETOS, SAO PAULO, SEGUNDO O NDMERO
DE FÊMEAS E QUARTOS ANALISADOS, E RESULTADOS OB
TIDOS PELO SIF NA PESQUISA DO TEOR DE CLORETOS ,
PROVA DE PÜS E NA PROVA DE ~HITESIDE,l982.
Rebanhos
A
B
c
D
E
F
% fêmeas
doentes
19 ' 1
20,0
16 '4
9,6
7,0
6,3
% quartos teor de prova prova
doentes cloretos de pus Whiteside
4,8 negativo positivo positivo
5,0 negativo pos·itivo positivo
4' 1 negativo pos-Itivo positivo
2,4 negativo negativo positivo
1 '7 nega ti v o negativo positivo
1 '6 negativo negativo negativo
4 - DISCUSSAO
Os dados in~eridos nas TABELAS 1 e 2 revelam a
ocorrência da mastite bovina a niveis razoavelmente baixos
quando comparados aos valores obtidos por LANGENEGGER & cols.
(1970) no Rio de Janeiro, HARROP & col&(l975) em Pernambuco
e FERREIRO & cols.(l981) em r~inas Gerais, cuja p r e v a 1 ê n c i a
f o i de 2 O , O% , 1 4 , 5% e 1 4 , 2% , r e s p e c ti v a mente . E s te fato ta 1
vez possa ser atribuído a adoção de algumas medidas profil~
ticas, representadas principalmente pela realização diãria
da prova da "caneca telada", exigida pelo Serviço de Inspe
çao, nos estãbulos ~redutores de leite tipo B. Esta prova
permite a detecção de fêmeas infectadas, cujo afastamento da
linha de produção, determina a eliminação de importan~e fon
te de infecção do rebanho. A referida prova basea-se na ana
lise visual dos primeiros "jatos" de leite, os quais sao
60
passados ou transvazados i uma caneca apropriada, contendo em
sua abertura uma tela metâlica, cuja função~ a de reter os
grumos ou flÕcos presentes no leite mastitico.
A an~lise dos dados constantes na TABELA 3, evi
dencia ao teste de dupla proporcionalidade uma variação nao
significativa, quanto a localização do quarto afetado.Todavia,
ao agrupar-se os resultados dos quartos anteriores e posteri~
res, observa-se maior frea:Üência (58,3 %) de afecções nos
quartos anteriores. Este dado surpreende, devido a maior cap~
cidade secretora dos quartos posteriores e, consequentemente,
maior probabilidade de traumati~mos por ocasião da ordenha
FIGUEIREDO· (1962) obteve resultados semelhantes (56,28%) smas
afirmou ser esta diferença de pouco valor~ devido ao pequeno
numero de animais examinados (129). Diante da afirmação deste
autor, e considerando que o nfimero de fêmeas mastiticas por
nõs analisadas foi muito menor (48), acredita-se que tais
achados, devam ser atribuídos ao acaso.
A an~lise dos dados inseridos na TABELA 4, reve
la que 1,9% dos quartos examinados estavam "perdidos" em de
corrência de mastite bovina. Este achado foi muito semelhante
ao de FERREIRO & coZ.s.(l981), que verificaram 1,78%,entretan
to, foi inferior aos de MARTINEZ (1958), LANGENEGGER & coZ.s.
(1970) e HARROP & coZ.S.(l975), cujas proporções observadas. f_Q
ram de 27,8%, 7,0% e 3,9% respectivamente. O nGmero relativa
mente pequeno de quartos "perdi dos" observado na região de
Barretos/SP, talvez possa ser atribuído a utilização da prova
da "caneca telada", que permite a identificação do quarto af~
tado nos estigios iniciais da doença, quando as medidas tera
pêuticas apresentam maior eficiência.
A analise dos dados constantes da TABELA 5, reve
la que a concordincia entre a prova do CMT com a investigação
61
bacteriol6gica variou entre 58,33% e 100,00%~ sendo esta ton
cord~ncia t~nto maior quanto mais fortemente se apresentava
a reaçao de positividade na prova do CMT. O valor estabeleci
do para o refel'i·do percentual foi de 85,71; idêntico ao ob
tido por LANGENEGGER & col.s.(1970). FIGUEIREDO (1962) e
HARROP & coZs. (1975), determinaram valores inferiores, ou s'e
ja, 78,65% e 67,46%, respectivamente. Os dados desta tabela
oferecem informações extremamente importantes na interpreta
ção da prova do CMT, ou seja, considerando-se apenas as rea
ções positivas, verifica-se que o percentual de concordância
com o exame bacteriol6gico 5 multo elevado, variando de
90,91% (fracamente positivas) a 100,00% (fortemente posit!
vas), o que confirma a eficiência desta prova na detecção de
transt6rnos secretõrios da glândula mamâria não perceptfveis
clínicamente. Este fato, aliado a rapidez, facil-idade de ex~
cuçao e baixo custo, em relação a outros mêtodos de diagnõs
tico, justificam uma ampla utilização da prova do CMT a ni
vel de campo.
A anâlise dos dados constantes na TABELA 6~ reve
la que a concord~ncia entre a prova do CMT com a c:on ta qem
leucocitâria variou entre 41,67% a 100,00%, sendo esta
concord~ncia tanto maior quanto mais forteme~te se apresent!
vaa reação de positividade na prova do CMT. O valor esta.bele
ci do para o referi do percentual foi de 83,93. tHLLER & KE.ARMS
(1967) e PEARSON & cols .. (l970), determinaram valores s.emelh:~n·
tes, ou seja, 81,7% e 84,0%, respectivamente. Estes autores
também consideraram contagens leucocitãrias superiores a
500.,000 leucõcitos/ml, como sendo indicadores de transtôrnos
secretõrios da glândula mamãria. Considerando-se apenas as
reações positivas, v·erifica-se que o percentual de conco;~dân
cia entre ambas. as provas ê muito elevado, variando de 90,48%
62
(reações fracamente positivas) a 100~00% {distintamente e
fortemente positivas). Este fato era esperado, uma vez que,
a prova do CMT fundamenta-se entre outras alterações, no
aumento do numerq de leucõcitos presente no leite mastitico.
A anâlise dos dados inseridos na TABELA 7, mo!
tra que a concurd~ncia entre a prova do CMT com a pesquisa
do teor de cloretos variou entre 25,0% a 70,00%, sendo es
ta concord~ncia tanto maior quanto mais fortemente se apre-
~ntava a reação de positividade na prova do CMT. O valor es
tabelecido para o referido percentual foi de 46,43. NADER
FILHO & MIGUEL (1981)*, determinaram valores muito superi~
res, ou seja, 80,11%, além de verificar elevada associação
positiva e altamente significativa entre ambas as provas,
tendo afirmado ser indiferente o uso de uma ou outra prova,
como método auxiliar de diagnóstico da mastite bovina. A
elevada diferença verificada entre estes percentuais,talvez
possa ser atribuída ao fato destes autores terem efetuado o
estudo comparativo de ambas as provas, nas amostras de lei
te procedentes de fêmeas reagentes e não reagentes a prova
do CMT. Assim, se consideradas apenas as amostras reagentes,
·o percentual de concord~ncia entre ambas as· provas diminui ria
para 60,38. Deve ser assinalado ainda, que os referidos au
teres, analisaram o rebanho de apenas uma propriedade, na
* NADER FILHO, A. & MIGUEL, O. Estudo Comparativo entre as provas do California Mastitis Test e teor de cloretos na detecção da mastite subclínica em bovinos. Revista da Faculdade de Medicina Veterinâria e Zootecnia da USP. (Em publicação).
63
qual as condi"çõ'es de manejo, ordenha, etc.~ eram totalmente
diferentes das observadas na regiâo de Barretos/SP.
A análise dos dados inseridos·na TABELA 8, mos
tra que a concordância entre a contagem leucocitária e o
exame bacteriológico foi de 87,5%. Esta determinação coinci
de com os achados de SING & BAXI (1980)t que verificaram nf
veis de concordância entre 87,0 e 90,0%, isto é, amostras de
leite com contagens leucocitárias superiores a 500.000 leu
cõcitos/ml e com positividade no exame bacteriolÕgico~Entre
os métodos auxiliares de diagnõstico testados neste traba
lho, a contagem leucocitária foi o que apresentou maior pe~
centual de concordância com o exame bacteriológico. Limite
de confiança ao nível de 95% ou mais: 78,7- 96,3.
A análise dos dados constantes da TABELA 9,
evidencia que a concordânci.a entre a contagem leucoci:tãria
e a pesquisa do teor de cloretos foi de 55,36%. Consideran-
do-se que a contagem leucocitãria foi a prova que
tou maior concordância.com o exame bacteriolÕgico (87,5%)
era de se esperar que o percentual de concordância entre a
contagem leucocitária e a pesquisa do teor de cloretos, fos
se prõximo ao valor estabelecido entre a prova do teor de
cloretos com o exame bacteriológico, isto e, concordância de
50,0%, conforme ilustra a TABELA 10.
A análise dos dados inseridos na TABELA 10 ,
mostra que a concordância entre a pesquisa do teor de clore
tos e o exame bacteriolõgico foi de 50,0%. Esta dete1~mina
-çao foi muito semelhante a verificada por CHANDER & BA~I
(1975), que utilizando vãrios métodos auxiliares de diagnõ~
tico da mastite bovina, observaram que a pesquisa do teor
de cloretos apresentou 52,0% de concordância com o exame
bacteriológico, inferior a todos os outros testes estudados.
64
A a n ã 1 i s e dos d a dos i n s e r i dos n a TA B E L A 1 l , r~
vela que o Btaphyloaoccus aureus foi o agente etiolÕgico mais
freqHentemente isolado (52,08%) no exame bacteriol5gico, con
firmando os achados de FIGUEIREDO (1962), LANFENEGGER & col-s.
( 1 9 7 O ) , F E R N/\ N DE S & c o Zs. ( l 9 7 3 ) e H A R R O P & c o ls .. ( l 9 7 5 ) , q u e
estudando as 11 bacias leiteiras 11 de f~inas Gerais, Rio de Ja
neiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, verificaram 57,4%
5·3,1%, 50,0% e 59,2%, respectivamente. Os Streptococcus Hp
aparecem na segu~ncia de ordem de importância causulstica, o
q u e c o i n c i de c o m o s a c h a dos de H A R R O P & c o ls. ( 1 9 7 5 ) e S I L V A
& coZs.(l977). Dentre os microrganismos peJ~tencentes a este
g~nero, verificou-se apresença dos. dysagalactiae (14,58~n~
S. agalactiae (10,42%), S. uberis (8,33%) e S. pyogenes ( 6,
25%). O Staphylococcus epidermidis ou Staphylococcus saprophll_
ti a us f o r a m i s o 1 a dos em 6 , 2 5% dos c as os . F E R R E I R O & cols.
( 1 9 8 l ) e m M i n a s G e r a i s , i s o 1 a r a m o S ta p h y l o a o c cus e p i de r-m i di s
em 16,09% das amostras. Segue-se ainda a escherichia coZi aue
foi isolada de um unico caso (2,08%) de mastite bovina, sendo'
esta preval~ncia muito parecida e determinada oor FERNANDES &
cols. (1973) no Rio Grande do Sul (3,0%)· O Corynebacte r-z: um
pyogenes nao foi isolado em nenhuma das amostras analisadas.
Deve-se assinalar que na diferenciação das es
pêcies de bactérias pertencentes ao s genero treptococcus sp~
naõ foi possível a realização das provas sorolÕgicas, devido
ao eq~ivoco ocorrido durante a escolha do meio de conserva
ção (Agar Nutriente) das cepas isoladas, o que propiciou
perda das estirpes mais exigentes. a
A anãlise dos dados inseridos na TABELA 12, re
vela que 30 amostras de leite procedentes de f€meas
65
tes ao CMT,apresentaram o tempo de redução na prova da redu
ção do azul de meti.leno nao condi.zente com o numero de miicror
ganismo determinado,isto ~' amostras cujas contagens Jforam
muito inferiores a 500.000 micror/ml ,com tempo de redução bem
abaixo de 3 1/2 horas. Este fato surpreende, pois, contraria
o fundamento da prova da redução do azul de met"ileno, o qual
estabelece uma relação entre o tempo de redução do azul de
metileno e o numero de microrganismos,de modo a proporcionar
uma estimativa do conteúdo bacteriano do leite.Observou - se
ainda que os agentes etiológicos isolados nas 26 amostras re_?
tantes que apresentaram comportamento esperado,eram pratica
mente os mesmos das 30 amostras ·ar.teriot~es, não sendo verifj_
cada,portanto,qualquer relação com a etiologia da enfermidade.
Com o intuito de encontrar justificativas para
os achados da TABELA 12,realizou-se o cruzamento dos resulta
dos obtidos na contagem leucocitãria com os da prova da redu
-çao do azul de metileno, conforme ilustra a TABELA 13. A ana
lise dos dados desta tabela, evidencia que 86,67% das 30 amos
tras com tempo de redução inferior a 3 1/2 horas,apresentat~am
contagens leucocitãrias maiores que 2.500.000 leucocitos/ml,
enquanto que 88,46% das 26 amostras com tempo de redução su
perior a 3 1/2 horas~ apresentaram contagens leucoci tãri as
iguais ou menores que 2.500.000 leucocitos/ml.Estes dados su
gerem uma provãvel interferência dos leucócitos, quando em
numero elevado, na elaboração da enzima ou na alteração dO'PQ.
tencial de oxi-redução do produto,de modo a estimular a oxi
dação do azul de metileno, fato este que talvei possa ju~ti
ficar os achados da TABELA 12~
A TABELA 14 mostra os resultados obtidos na com
paraçao da prova da redução do azul de meti leno com os da co~-
tagem padrão em placas,segi.Jndo.,a's amostras procedentes de fêmeas·ne
66
gativas a prova do CMT:ãs quais inoculou~se os vãrios agentes
etfol5gicos isolados na fase anterior. A anãlise dos dados
desta ta5ela, evide~cia que dentr~ as 30 amostras estudadas ,
27 (90,0%) apresentaram o tempo de redução compatfvel com o
numero de microrganismos determinado. Nas 3 (10,0%) amostras
discordantes, os agentes etiol5gicos inoculados foram os mes
mos das 27 amostras que apres~ntaram comportamento esperado ,
nao sendo verificada qualquer relação entre as amostras dis
cordantes e os agentes testados. Observa-se, ainda, que nas 3
amostras discordantes, 2 apresentaram contagens inferiores a
250.000 mi crorg/ml., enquanto q.ue apenas 1 apresentou conta
gem superior a 500.000 microrg/ml. Em vista do exposto, depr~
ende-se que e muito pequena a probabilidade de aceitação de
um produto com o numero de microrganismos superior ao permiti
do pelo Ministério da Agricultura. Embora exista a probabili
dade de rejeição de um produto que apresente o numero de mí
crorganismos dentro dos padrões normais, os valores desta ta
bela confirmam a eficiência da prova da redução do azul de meti
leno na estimativa do conteúdo bacteriano do leite,fatc este
que aliado a rapidez,facilidade de execução e baixo custo,qua~
do comparado ao da contagem padrão em olacas ,jústificam a ampl·a
utilização desta prova a nfvel de estabelecimentos industriais.
Considerando que os dados inseridos na TABELA
12, evidenciam diminuição do tempo de redução do azul de meti
leno nas amostras oriundas de fêmeas infectadas, fato este
que talvez possa ser justificado pela interferência dos leucõ
citas, quando em numero elevado, conforme ilustra a TABELA 13,
e tendo em vista a eficiência desta prova quando efetuada em
amostras de leite de fêmeas não reagentes a prova do CMT,como
pode ser verificado na TABELA 14, acredita-se que a prova da
redução do azul de metileno deva ser uti·lizada rotineiramente pelo
67
Se r v i ç o de I n s p e ç ã o , um a v e z q u e o e r m i te cl as si f i c a r os v â r i os t i
pos de leite com simplicidade e rapidez. As variações observadas na
TABELA 12 nio comprometem a efici~ncia desta prova,pois elas
ocorrem no sentido de abreviar o tempo de redução do azul de
metileno, determinando deste modo, a rejeição de um produto
anormal, impr5prio para o consumo humano.
A anãlise dos dados inseridos na TABELA l5,mo~
tra que os resultados das provas efetuadas pelo Serviço de
Inspeção no Lacticfnio Flor da Nata, apresentaram-se dentro
dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura. A
preval~ncia da mastite bovina em até 20,0% das f~meas leitei
ras ou em até 5,0% dos quartos •examinados, conforme i lustra
a TABELA 2, não foi suficiente para colocar os quesitos ana
lisados fora dos padrões normais. Este fato talvez possa ser
justificado pela mistura do leite mast1tico ao leite oriundo
de fêmeas normais, cuja diluição no leite de conjunto, nao
determina alterações que possam colocar o produto fora dos
padrões estabelecidos p~lo Ministério da Agricultura. Em vis
ta do exposto, acredita-se que estes padrões devam ser obje
to de estudos posteriores.
A analise dos dados inseridos na TABELA 16, r~
vela que dentre as provas utilizadas pelo Serviço de Insp~
ção na detecção da mastite bovina a nfvel de estabelecimentos
industriais, a prova de Whiteside foi a que apresentou maior
sensibilidade e especificidade, capaz de revelar a presença
de leite anormal em rebanhos cuja preval~ncia desta doença
foi igual ou superior a 7,0% das f~meas ou 1,7% dos quar.tos
analisados. A prova de pus, embora tenha apresentado uma sen
sibilidade menor que' a prova de Hhiteside,mostrou elevada e~
pecificidade, capaz de revelar a presença de leite anormal
em rebanhos cuja preval~ncia da mastite foi igual ou sup~
. 68
rtor a 16,4% das f~meas ou 4,1% dos quartos analisados. A
pesquisa do teor de cloretos foi a prova que apresentou me
nor sensibilidade e especificidade, incapaz de revelar a
presença de leite anormal em todos os rebanhos analisados
Entretanto, este fato nao invalida a utilidade de sua ápl!
caçâo nas anilises de rotina do Serviço de Inspeção, pois
e s t a p r o v a p o de s e r de f u n d a lhe n t a 1 i m p o r t â n c i a n a de te c ç ã o
de fraudes por adiçâo de sal ao leite, efetuado simultanea
mente a adição da ãgua. Assim, .,esta fraude quando reali~zad;:;.
com habilidade, pode colocar praticamente todos os quesitos
analisados dentro dos padrões normais, exceto o ponto cri·os
cõpio e a concentração de cloretos no produto. Tendo em vis
ta o fato de que a determinaçâo do ponto crioscõpico nem sem
pre e realizada no leite de todos os produtores, devido ao
tempo relativamente elevado necessârio para a execução desta
prova, a pesquisa do teor de cloreto~ passa a apresentar
uma grande importância na detecção .desta dupla fraude. Consi
derando que a detecção de lei te fraudulento é tão ,importante
'quanto o da mastite bovina em termos de Sa~de P~blica, acre
dita-se que esta prova deva ser utilizada rotina i ramente,
principalmente se considerada a rapidez e facilidade de sua
execuçao.
5 • - C O N' C L USA O
- A preval~ncia da mastite bovina nas propried!
des rurais produtoras de leite tipo B, local.:!_
zadas na região ào Munic1pio de Barretos, E~
tado de Sio Paulo, foi de 10~3%.0 Staphylbco~
cus aureus foi o agen1;e etiolÕgico mais isola
do (52,08%) dos casos de ma~tite bovina veri
ficados nesta região.
-Dentre os mêtodos auxiliares de diagnõsticoda
mastite bovina testados, a contagem ieucocitl
r i a f o i o q u e a p r e s e n to u ma i o r c o n c o r d â n c i a
(87,5%) com o exame bacteriológico. A elevada
c o n c o r d â n c i a ( 8 5 , 7 1 % ) v e r i f i c a da e n t r e a p r. o
va do CMT e o exame bacteriolÕgico, co~firma
a efici~ncia desta prova na detecção de trans
70
tôrnos individuais da glândula mamâria,não pe~
ceptiveis clinicamente. Este fato aliado a ra
pidez,facilidade de execução e baixo custo em
relação a outros métodos de diagnóstico, justl
ficam a ampla utilização da prova do CMT a ní
vel de campo.
-Os vários agentes etiológicos isolados dos ca
sos de mastite bovina apresentaram comportame~
to semelhante diante da prova da redução do
a z u 1 de me ti l e n o .
- A prova da redução do azul de meti leno mostrou ..
ser eficiente na estimativa do conteúdo bacte-
riano do leite, o que confirma a importânciade
sua utilização na rotina do Serviço de l Insp~
ção.Embora haja indícios de QUe contagens leu
cocitãrias superiores a 2.500.000 leuc/ml,inte.!:_
firam na prova da redução do azul de metileno,
de modo a abre vi ar o tempo de redução, este fa
to não C8moromete a eficiência desta orova. t
muito pequena a probabilidade de aceitação de
um produto com numero de microrganismos :~súp~
rior ao permitido pelo Ministério da Agricultura.
-Dentre as provas utilizadas pelo Serviço de In~
peção na detecção da mastite bovina a nivel de
e s t a b e 1 e c i me n t o s i n d u s t r i a i s , a p r o v a de ~~h i te
side foi a que q.presentou maior. valor sensibi-
lidade e especificidade, capaz de revelar a ore
sença de leite anormal em rebanhos cuja preva
lência desta doença foi igual ou superior a
7,0% das fêmeas ou 1,'7% dos quartos analisados.
A prova de pus, embora tenha apresentado menor
sensibilidade e especificidade que a prova de
71
Wh1teside, fo1 capaz de revelar a presença de
leite anormal em rebanhos cuja preval~ncia da
ma s· t i te f o i i g u a 1 o u s u p e r i o r a 1 6 , 4% das fê
me1s ou 4,1% dos quartos analisados. A pesqu!
sa ·do teor de cloretos mostrou pequena sensi
bilidade e especificidade, sendo incapaz de
revelar a presença do leite anormal em todos
os rebanhos analisados. Entretanto, este fato
não invalida a utilidade de sua aplicação nas
anãlises de rotina do Serviço de Inspeção,pois
esta prova pode ser de fundamental · importâ~
cia na detecção de fraudes no leite.
- A prevalência da mastite bovina em até 2Q,O%
das fêmeas leiteiras ou em até 5,0% dos quar
tos analisados, não foi suficiente para colo
caro produto fora dos padrões estabelecidos
pelo Ministério da Agricultura e,diante des
.tes achapos, acredita-se que estes padrões de
vam ser objeto de estudos posteriores.
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ANEXOS
·Meio"s: ·de 'étiltfvó ·u-tTlTta-dós: ·e ·s·e·u ·p·re·p·a·ro
Aga r p·ara· ·c:on·ta·ge·m· ·p·a·drã"ó ·e·m ·p-ra·c·as·
A-1
Eram adicionadas 23,5 gramas de meio em lOOOml de
igua destilada fria. Em seguida, aquecia-se a mistura at~ o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente
e, esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 1219C.
O pH final do meio era de, aproximadamente, 7,0.
Agar StaphyZococcus 110 (Difco)
Adicionavam-se 149 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada fria. Em seguida, aquecia-se a mistura at~ o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente
e, esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 1219C.
O pH final do meio era de,aproximadamente, 7,0. Apos sua. es
terilização e enquanto ainda quente, o meio era vertido em
placas de Petri em volume de, aproximadamente, 10,0 ml. Apõs
a solidificação do agar em temperatura ambiente, as 1 placas
eram mantidas em geladeira a 49C.
Agar Baird-Parker {Oxoid)
Adicionavam-se 63 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada fria. Em seguida, aquecia-se a mistura até o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio com~létame~te
e, esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 1219C. ·
Apõs a esterilização, o meio era resfriado a 509Ce, assépti
camente,.adicionavam-se 50 ml de emulsão de gema de ovo a 50%
(- BAIRD-PARKER , 1962) e 3,0 ml de solução aquosa de
telurito de potãssio a 3,5%, esterilizada por filtração em
filtro Seitz. Apõs·a mistura, vertia-se o meio em placas de
Petri em volume de, aproximadamente, 10,0 ml. ApÕs a solifi-
A-2
caçao do agar em temperatura ambtente 1 as placas eram mantt
das sob refrigeração. O pH final do meio era de, aproxim6d~
mente, 6,8.
Eram adicionados 37 gramas de caldo desi:dratado
de infusão de c~rebro e coração em 1000 ml de ~gua destila
da. Apõs a homogeini zação, distribui a-se o me i o em . v,ól umes
de 2,0 ml em tubos de ensaio {l2xl20mm) e, em seguida, est~
rilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 121QC. O pH
final do meio era de, aproximadamente, 7,4.
-Meio para o teste de oxidação e fermentação da glicose (o-n
FÕrmula:
triptona------------------------------------10 g.
extrato de levedura------------------------- 1 g.
glicose-------------------------------------10 g.
púrpura de bromocresol--------------------0,04 g.
agar-------------------------------------~ 2 g.
Preparo:
Estes ingredientes eram adicionados a 1000 ml de
agua destilada. Em seguida, aquecia-se a mistura ate o ponto
de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente. Apõs
a agitação·, distribuia-se o produto em tubos de ensaio (lOx
150 mm)', enchendo-os a t~ dois terços de sua capa c i da de e, es
terilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 121QC. O pH
do meio era de, aproximadamente, 7,0. Este meio, apos o seu
preparo era mantido sob refrigeração a 4QC.
A~af UN6se (Oxoid)
Eram adicionados 39 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada. Em seguida, aquecia-se a mistura ate o ponto
A-3
de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente e, es
terilizava-se em autocla~e, durante 15 minutos a 1219C. O pH
final do meio era de,aproximadamente, 7)3. Depois da esteri
lização, vertiam-se cerca de 10,0 ml do meio ainda quente, em
placas de Petrf, as quais, ap6s a solidific?çâo do ãgar em
temperatura ambiente, eram mantidas em geladeira a 4QC.
Agar ·manitol s·a·lgado (Difco)
Adicionavam-se 111 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada fria. Em seguida, aquecia-se a mistura até o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente
e , e s te r i 1 i z a v a - s e em a u to c 1 a v e--, d u r a n te 1 5 m i n u tos a 1 2 1 9 C .
o pH final do meio era de, aproximadamente, 7,4. Ap6s a este
rilizaçâo, vertiam-se cerca de 10,0 ml do meio ainda quente
em placas de Petri que,apõs·a solidificaÇão do agar em tempe
ratura ambiente, eram mantidos em geladeira a 49C.
Agar sangue bãsico (Oxoid)
Dissolviam-se 40 gramas do meio em 1000 ml de
agua detilada. Em seguida, aquecia-se até o ponto de ebuli
çao, de modo a dissolver o meio completamente e, esteriliza-
·va-se em autoclave durante 15 minutos a 1219C. Apos a esterj_
lização,resfriava-se o meio base a 50QC e,adicionavam-se 5%
de sangue de carneiro desfribinado. Em seguida, efetuava-_se
a homogeinização do meio e a sua distrib~içâo em placas de
Petri, em volume de 10,0 ml, aproximadamente. Apos a solidi
ficação do âgar em temperatura ambiente, as placas eram man
tidas em refrigeração a 4QC. O pH final do meio era de, aprQ_
ximadamente, 7,3.
Eram adicionadas 8 gramas de caldo nutriente(Dif
co) em 1000 ml de âgua destilada, sendo este meio esteriliza
A-4
do em autoclave durante 15 minutos a 1219C. O pH final do
meio era de, aproximadamente, 6,8. Postet~iormente, a dada
100 m1 de _caldo nutriente, juntavam~se 5,0 gramas de clore-
to de sÕdio e ·1 ,5 gramas de âgar e) efetuava-se, a segui r ,
a esterili.zação em autoclave durante 20 minutos a 1219C.Apõs
a esterilização, adicionava-se, essépticamente, ao meio res
friado a 50QC, 1~0 ml de emulsão de gema de ovo a 50% (10,0
ml de gema adicionados a 10,0 ml de solição fisiológica fe
n i cada a O , 2%) . Em se g ui da , o me i o e r a di s t r i b ui do em p 1 ~
cas de Petri, as quais, apõs a solidificação do meio em tem
peratura ambiente, eram mantidas em refrigerador a 4QC.
· M~id d~ EdWafds (Oxoid)
Adicionavam-se 41 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada. Em seguida, a(]uecia-se até ·o ponto de ebul_!_
-çao, de modo a dissolver o meio completamente e, esteriliz~
va-se em autoclave, durante 20 minutos a 1159C. Apõs a est~
rilização, o meio era resfriado a 50QC e, assépticamente
a di c i o n a v a m- s e 5% de s a n g u e de c a r n e i r o de s f i b .~i n a do . Em s e
guida, efetuava-se a homogeinização do meio e a distribui
çao em placas de Petri, em volumes de 10,0 ml, aproximad~
mente. Apõs a solidificação do ãgar em temperatura ambiente,
as placas eram mantidas em geladeira a 4QC.
-Agar sangu~ atida bãsico (Difco)
Adicionavam-se 30 gramas do meio desidratado em
1000 ml de agua destilada. Em seguida, aquecia-se até o po~
to de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente e,
~sterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a .1219C.
Apõs a esterilização, o meio era resfriado a 50QC e, assép
ticamente, adicionavam-se 5% de sangue de carneiro desfibr!
nado. Em seguida, efetuava-se a homogeinização do meio e a
A-5
distribuição em placas de Petri, em volume de 10,0 ml, apro
ximadamente. Ap5s a solidificaçio do meio em temperatura ~m
biente, as placas eram mantidas em geladeira a 49C. O pH fi
nal do meio era de,aproximadamente, 7,2.
Meio ~~ra hidr5lise do hipurato de s5dio (BIER, 1975).
Adicionavam-se 0,8 gramas de caldo simples(Difc~
em 100 ml de ~gua destilada. Em seguida, aquecia-se at~ o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente
e, esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 1219C.
Ap6s a esterilização, juntava-se a este meio, 1,0 grama de
hipurato de s5dio, sendo esta mistura submetida a esteriliza
ção através de membrana filtrante ( 11 Millipore"). Em seguida,
o meio era distribu1do em tubos de ensaio (lOxlOO mm), ·pr~
viamente esterilizados, os quais eram mantidos em geladeira
a 49C.
Meio p~ra hidr6lise da esculina (DEMETER, 1969)
F5rmula:
peptona-----------------------------------1,5 g.
bile--------------------------------------0,5 g.
esculina-------------------~--------------0, 1 g.
citrato de ferro--------------------------0,05 g.
Preparo:
Estes ingredientes eram adicionados a 100 ml de
agua destilada e, a mistura aquecida at~ o ponto de ebulição,
de modo a dissolver o meio completamente. Em seguida, esteri
lizava·-se este meio atrav~s de membrana filtrante ( 11 Millipo
re11). Posteriormente, o meio era distribuido em tubos de en
saio (lOxlOO mm)_, previamente esterilizados, os quais eram
mantidos em geladeira a 49C.
A-6
Meio basal tom vermelho de f~~ol· ·par~ ferm~~t~~âo de ·carbohi~
·dra"fos· e··árcooi.s (_Di.fco)_
Adicionavam-se 16 gramas do meio basal com verme
lho de fenol em 1000 ml de agua desti:lada. Em seguida, aque-
cia-se a mistura at~ o ponto de ebulição, de modo a Jdis
solver o me_io completamente e, distribuía-se em balões volu
métricos de 100 ml. Poster·iormente, efetuava-se a· esteriliza
ção em autoclave, durante 15 minutos a 1219C. Apôs a esterj_
lização, adicionava-se l ,O ml das soluções de carbohidratos
e ílcoois (arabinose, maltose, sacarose, trealose, rafinose,
i nu l i n a , g l i c e r i na , ma n i to l , s o-rb i to l , s a l i c i na e a m i do) a
10% nos balões respectivos, sen~o estas soluções esteriliza
das pr~viamente, atrav~s da filtração em membrana l'fi·ltrante
(11 Millipore 11
).
~gar eosina azul de metileno (Difco)
Adicionavam-se 27,5 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada friá. Em.seguida, aquecia-se a mistura at~ o
ponto de ebulição, de ~Qdo a dissolver o meio completamente
e, esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a l219C.
,O pH final do meio era de, aproximadamente, 7,0. Apos sua
esterilização e enquanto ainda ~uente, o meio era vertido em
placas de Petri em volumes de, aproximadamente, 10,0 ml.Apos
a solidificação do ãgar em temperatura ambiente,as nlacas eram mantidas a 49 C.: ~gar MacConkey (Difco)
Adicionavam-se 50 gramas do meio em 1000 ml de ãgua destila
da fri·a. Em seguida, aquecia-se a mistura ate o ponto de eb_~
lição, de modo a dissolver o meio completamente e, esterili
zava-se em autoclave, durante 15 minutos ·a l219C. O pH fi"nal
do meio era de, aproximadamente, 7,1. Apôs sua esterilização
e enquanto ainda quente, o meio era vertido em placas de
Petri em volume& de, aproximadamente, 10?0 ml. Depofs da so
lfdfficaçâo do meio em temperatura am5iente, as placas eram
mantidas em geladeira a 4QC.
· ·Meio ·de ·lo·~ffl e r (Oi f co)
Adicionavam-se 80 gramas do meio em 1000 ml de
ãgua destilada aqueci da (42-45QC). Em segui da, retirava-se por
filtração, os componentes insolúveis do meio e, efetuava-se a
distribuição da mistura em tubos de ensaio rosqueâveis, os
quais eram colocados na autoclave em posição inclinada. Fecha
va-se a tampa e os orificios da ~autoclave, antes de dar o va
por, de modo a manter a mistura ·de ar a vapor, necessâria p~
ra a coagulação do meio, efetuadà durante 10 minutos sob uma
pressão de 10 libras. Posteriormente, purgava-se a mistura de
ar e vapor e, aumentava-se o vapor de modo a atingir 121QC,
sendo esta temperatura mantida durante 15 minutos. O resfria
m e n t o e r a e f e t u a do n a p r õ p r i a a u to c 1 a v e . O p H f i n a l d o m é i: o
era de, aproximadamente, 7,2.
~gar dextrosé~proteose nQ 3 com sangue e telurito de potâssio
(Difco)
Adicionavam-se 40 gramas do meio em 1000 ml de
agua destilada fria. Em seguida, aquecia-se a mistura até o
ponto de ebulição, de modo a dissolver o meio completamente e,
esterilizava-se em autoclave, durante 15 minutos a 1219C.Apõs
a esterilização, o meio era resfriado a 50QC e, assépticamen
t e , a .di c i o n a v a m- s e 5 , O m 1 de s o 1 u ç ã o de s a n g u e c o m te 1 u r i t o de
potãssio (sangue de bovino desfibrinado com 1% de telurito de
potãssio) ã cada 100 ml de meio âgar dextrose-proteose. Em
seguida, aquecia-se a mistura a 75-BOQC, até o aparecimento da
tonalidade do ãgar chocolate e, resfriava-se a 50QC. Apõs es
te resfriamento, vertia-se o meio em placas de Petri em vdlu
A-8
mes de~ aproximadamente, 10,0 ml, Depois da solidificação do
agar em temperatura ambiente, as placas eram mantidas em g~
ladeira a 4QC.