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Boletim Informativo Ano VI – nº 32 - Abril 2010 ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL Abertas ao público, desde o dia 17 de março, mais duas galerias do novo circuito de exposições de longa duração, que ampliam o módulo “Portugueses no Mundo”. Em destaque, o período da União Ibérica, quando Portugal e Espanha foram governados pela mesma Coroa, as presenças francesa e holandesa no Brasil dos séculos XVI e XVII, a expansão territorial da então colônia, a exploração do ouro e do diamante nas Minas Gerais e seu reflexo na estética do Barroco, com o aumento do número de Igrejas, irmandades e produção de imaginária religiosa cristã. Complementando a mostra, uma linha do tempo representa as riquezas da terra, ilustrando desde a exploração do ouro até o petróleo a ser extraído do pré- sal. Ao longo de toda a exposição, peças contemporâneas e recursos multimídia auxiliam o visitante na compreensão de nossa História, a exemplo das obras de Carlos Vergara em 3D sobre as missões jesuíticas no sul do Brasil e a maquete de um engenho de açúcar do artista popular Antonio de Oliveira, assim como um monumental multimídia ”PORTUGUESES NO MUNDO”: NOVIDADES EM EXPOSIÇÃO apresentando as navegações portuguesas e a leitura da “Carta de Caminha” na voz do inesquecível ator brasileiro Paulo Autran. Foi reaberta, também, a exposição “Farmácia Homeopática Teixeira Novaes”, totalmente renovada. Fundada em 1847, a farmácia funcionou no centro da cidade do Rio de Janeiro até 1983, quando foi desmontada e preservada pela Fundação Roberto Marinho. Doada ao MHN em 1987 foi exposta ao público. As novas cenografia e iluminação valorizam ainda mais esse significativo testemunho material da história social e econômica do Brasil. “Portugueses no Mundo” dá sequência à exposição “Oreretama”, que aborda a pré-história brasileira e os habitantes da terra antes da chegada do europeu. Já está em elaboração o projeto das próximas galerias que contemplarão até o período republicano. Prevista para outubro – mês de aniversário do Museu – a inauguração oficial de todo o novo circuito de exposição de longa duração, concentrado no segundo andar, com início e término através da escada rolante. Paralelamente, as galerias do pavimento térreo (exceto a exposição “Do Móvel ao Automóvel: Transitando pela História”, que, devido à dimensão dos veículos permanece no local) estão sendo preparadas para acolher exposições temporárias, inclusive as internacionais. Casa grande e senzala na visão do artista contemporâneo Antonio Dias Foto: Denize Pereira Com seu imponente mobiliário em imbuia rajada, que guarda cerca de 824 frascos de opalina e cristal, a Farmácia Homeopática Teixeira Novaes é importante testemunho de nossa História. Foto: Denize Pereira Ao fundo, o banco da Casa dos Contos de Ouro Preto, e peças referentes ao período do barroco no Brasil. Foto: Denize Pereira Com o apoio da Petrobrás, maquete do pré-sal e uniforme utilizado nas plataformas continentais integram a exposição. Foto: Denize Pereira

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Boletim Informativo

Ano VI – nº 32 - Abril 2010

A S S O C I A Ç Ã O D O S A M I G O S D O M U S E U H I S T Ó R I C O N A C I O N A L

Abertas ao público, desde o dia 17 de março, mais duas galerias do novo circuito de exposições de longa duração, que ampliam o módulo “Portugueses no Mundo”. Em destaque, o período da União Ibérica, quando Portugal e Espanha foram governados pela mesma Coroa, as presenças francesa e holandesa no Brasil dos séculos XVI e XVII, a expansão territorial da então colônia, a exploração do ouro e do diamante nas Minas Gerais e seu reflexo na estética do Barroco, com o aumento do número de Igrejas, irmandades e produção de imaginária religiosa cristã.

Complementando a mostra, uma linha do tempo representa as riquezas da terra, ilustrando desde a exploração do ouro até o petróleo a ser extraído do pré-

sal. Ao longo de toda a exposição, peças contemporâneas e recursos multimídia auxiliam o visitante na compreensão de nossa História, a exemplo das obras de Carlos Vergara em 3D sobre as missões jesuíticas no sul do Brasil e a maquete de um engenho de açúcar do artista popular Antonio de Oliveira, assim como um monumental multimídia

”PORTUGUESES NO MUNDO”: NOVIDADES EM EXPOSIÇÃOapresentando as navegações portuguesas e a leitura da “Carta de Caminha” na voz do inesquecível ator brasileiro Paulo Autran.

Foi reaberta, também, a exposição “Farmácia Homeopática Teixeira Novaes”, totalmente renovada. Fundada em 1847, a farmácia funcionou no centro da cidade do Rio de Janeiro até 1983, quando foi desmontada e preservada pela Fundação Roberto Marinho. Doada ao MHN em 1987 foi exposta ao público. As novas cenografia e iluminação valorizam ainda mais esse significativo testemunho material da história social e econômica do Brasil.

“Portugueses no Mundo” dá sequência à exposição “Oreretama”, que aborda a pré-história brasileira e os habitantes da terra antes da chegada do europeu. Já está em elaboração o projeto das próximas galerias que contemplarão até o período republicano. Prevista para outubro – mês de aniversário do Museu – a inauguração oficial de todo o novo circuito de exposição de longa duração, concentrado no segundo andar, com início e término através da escada rolante. Paralelamente, as galerias do pavimento térreo (exceto a exposição “Do Móvel ao Automóvel: Transitando pela História”, que, devido à dimensão dos veículos permanece no local) estão sendo preparadas para acolher exposições temporárias, inclusive as internacionais.

Casa grande e senzala na visão do artista contemporâneo Antonio DiasFoto: Denize Pereira

Com seu imponente mobiliário em imbuia rajada, que guarda cerca de 824 frascos de opalina e cristal, a Farmácia Homeopática Teixeira Novaes é importante testemunho de nossa História.Foto: Denize Pereira

Ao fundo, o banco da Casa dos Contos de Ouro Preto, e peças referentes ao período do barroco no Brasil.Foto: Denize Pereira

Com o apoio da Petrobrás, maquete do pré-sal e uniforme utilizado nas plataformas continentais integram a exposição.Foto: Denize Pereira

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2 Boletim Informativo

Medalha Henrique Sérgio Gregori

Em cerimônia realizada no dia 2 de dezembro de 2009, foi entregue aos agraciados daquele ano a Medalha Henrique Sérgio Gregori. Instituída em 1990 pela AAMHN, a Medalha é concedida anualmente a empresas, instituições e pessoas que se distinguiram por sua relevante contribuição às atividades e projetos da própria Associação e do MHN.

Os homenageados de 2009 são exemplo de cidadania responsável e atuante, são particulares que, através de ações efetivas, contribuem para o fortalecimento das instituições culturais.

Graças ao inestimável apoio do economista José Antonio de Queiroz, Presidente da Associação dos Amigos do Museu de Astronomia e Ciências Afins, foi viabilizada, com sucesso, a realização da exposição “Tapeçarias Francesas – Patrimônio e Criação – de Eckout aos nossos dias”, no âmbito das comemorações do Ano da França no Brasil.

O engenheiro químico e Diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins, Alfredo Tolmasquim, também foi homenageado por incentivar cada vez mais a união entre a ciência e a cultura, estreitando a parceria entre o MAST e o MHN.

O advogado e Diretor da Carpex Empreendimentos, Sérgio Reis da Costa e Silva, foi agraciado com a Medalha Henrique Sérgio Gregori pela realização do projeto “Música no Museu”, que há doze anos vem contribuindo significativamente para a divulgação do MHN e a vinda

Da esquerda para a direita: João Luiz Pirassinunga, Sérgio Reis da Costa e Silva, Angela Maria Cunha da Motta Telles, Alfredo Tolmasquim e José Antonio de Queiroz

HOMENAGENS

Graças ao apo io da Associação dos Amigos do MAST, a exposição “Tapeçarias Francesas” foi viabilizada no MHN. O autor do modelo da obra O Índio à Cavalo ou O Cavalo Malhado (foto), é Albert Eckhout (c.1610-1665). Trata-se de uma tapeçaria em lã e seda do Ateliê Jean Moz in , sécu lo XVI I . Acervo: Mobilier National. Foto: Divulgação

ao museu de novos públicos toda a última sexta feira do mês.

Já a historiadora Angela Maria Cunha da Motta Telles colabora, em caráter voluntário, com as atividades de pesquisa e de elaboração dos textos do novo circuito de exposições de longa duração do MHN.

Como já é tradição, todos os anos um funcionário do MHN recebe a Medalha: em 2009, o Assessor de Informática e de Projetos Especiais, João Luiz Pirassinunga, foi o contemplado pelo seu apoio e dedicação ao longo dos últimos 22 anos às atividades do museu e de sua associação de amigos.

A todos, os nossos parabéns!

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3Boletim Informativo

Por ocasião do cinquentenário da morte de Gustavo Barroso, foi realizada no dia 3 de dezembro de 2009, a Mesa Redonda “Gustavo Barroso: trajetória e memórias de um intelectual na República das

Letras”, reunindo o historiador Almirante Max Justo Guedes; a autora da obra “Gustavo Barroso”, Elvia Bezerra; o Diretor da Escola de Museologia da UNIRIO, Ivan Coelho de Sá; e a historiadora e Coordenadora do Cerlub, Aline Montenegro Magalhães. A Mesa foi coordenada pela socióloga e apresentadora da TV Brasil, Vera Barroso, neta do fundador e primeiro diretor do MHN.O cearense Gustavo Barroso empenhou-se para a criação do MHN, que se tornou realidade por decreto do Presidente Epitácio Pessoa, de 2 de agosto de 1922. Nomeado diretor em caráter efetivo, tomou posse em 28 de agosto daquele mesmo ano, só deixando o Museu após sua aposentadoria, um ano antes de falecer em 1959.

Gustavo Barroso foi o responsável pela formação de grande parte do acervo do MHN, coletando, inicialmente, peças nos antigos Museus de Artilharia e Militar e nas repartições públicas do país. Através de seus contatos, conseguiu importantes doações de particulares e conquistou coleções memoráveis como a de esculturas religiosas em marfim, arrematadas em leilão com o aval do próprio Presidente Vargas, e peças como o automóvel Protos, de 1908, que pertenceu ao Barão do Rio Branco.

Criou o primeiro curso de museologia do Brasil, atualmente funcionando na UNIRIO, e instituiu os Anais do MHN, até hoje referência bibliográfica preciosa no setor. Foi ainda pioneiro na preservação do patrimônio nacional, com a criação da Inspetoria de Monumentos.

A L o j a d o M u s e u disponibiliza ao público obras recentes sobre Gustavo Barroso, que produziu mais de cem títulos como romancista, cronista, contista e ensaísta, e foi autor de livros sobre Folclore, Museologia, História do Brasil e Política.

Gustavo Barroso na formatura de alunos da turma de 1953 do curso de museologia, criado no MHN e hoje funcionando na UNIRIO. Foto: Arquivo institucional/MHN

Museólogos, ex-alunos e colaboradores participaram da homenagem à Gustavo Barroso

Gustavo Barroso inauGura Busto em sua homenaGem no mhn em 1958.Foto: Arquivo Institucional/MHN

Aniversário de Gustavo Barroso comemorado no MHN em 1950.Foto: Arquivo Institucional/MHN

Gustavo Barroso

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4 Boletim Informativo

NO MUSEUCatálogo da coleção de transportesLançado o catálogo da exposição “Do Móvel ao Automóvel – Transitando pela História”, reunindo a coleção dos meios de transporte, uma das mais importantes do MHN. Textos completos da exposição, ficha técnica das 27 peças expostas e um dossiê dedicado à restauração de berlindas e do automóvel Protos. Amplamente ilustrado. 88 páginas. Edição bilingue (português e inglês). Coordenação de Vera Lúcia Bottrel Tostes e autoria de Angela Cardoso Guedes e Lia Silvia Peres Fernandes. Projeto gráfico da Codex Design - Márcia Neves. Editado pelo MHN, com o patrocínio do Instituto Brasileiro de Museus/Ministério da Cultura e apoio da AAMHN, o catálogo já está disponível ao público na Loja do Museu.

Foto: Ricardo Bhering

CursosJá estão abertas no setor educativo as inscrições para os doze cursos a serem realizados entre julho e setembro no MHN, promovidos com o apoio da AAMHN. As inscrições podem ser feitas de 2ª a 6ª feira, das 13 às 17h. Serão conferidos certificados aos participantes com 80% (oitenta por cento) de presença. Lembramos que os associados da AAMHN têm desconto em todos os cursos.

Estão programados os seguintes cursos: “Barroco e Rococó nas Igrejas de Minas Gerais”, profa. Myriam Andrade Ribeiro ( 7 a 10 de junho); “Introdução à Conservação de Têxteis”, profa. Teresa Cristina Toledo de Paula, (14 a 18 de junho); “Iluminação de Museus”, profa. Mariângela de Moura ( 21 a 25 de junho); “Jóias de Afeto: Um Estudo sobre a Sociedade Vitoriana”, profa. Irina Aragão (19 a 23 de julho); “Preservação de Acervos Audiovisuais: Uma Abordagem Gerencial”, profas. Solange Zuniga e Adriana Cox Hollós (26 a 30 de julho); “Acondicionamento de Obras de Arte sobre Papel: Reserva Técnica e Exposição”, prof. Ivan Coelho de Sá (2 a 6 de agosto); “O Azulejo na Arquitetura Brasileira”, profa. Dora Monteiro e Silva de Alcântara; “Montagem de Exposições”, profs. Cristiane Ramos João, Luis Carlos Antonelli Lacerda e Maurício Marinho Alves de Castilho (23 a 27 de agosto), “Preservação do Patrimônio Cultural: Temas Contemporâneos”, profa. Cláudia S. Rodrigues de Carvalho (30 de agosto a 03 de setembro); “Organização de Acervos Fotográficos”, profa. Aline Lopes de Lacerda (13 a 17 de setembro); “Conservação Fotográfica: Identificação e Procedimentos Básicos”, profs.Clara Mosciaro e Sandra Baruki (20 a 22 de setembro) e “Digitalização e Arquivamento de Imagens Digitais”, prof. Millard Wesley Long Schisler (27 a 29 de setembro).

Mais informações através dos telefones (21) 2550 9260/ 2550 9261 /9243 6153 ou do email [email protected]

Foto: Denize Pereira

Áudio GuiaInédito no Brasil: com recursos do Ministério do Turismo, o MHN é o primeiro museu brasileiro a oferecer ao deficiente auditivo guia multimídia com linguagem em LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais).

Os cariocas e os turistas brasileiros e estrangeiros também não foram esquecidos e dispõem de áudio guia gravado em três línguas (português, inglês e espanhol), que possibilita ao visitante guiar-se no Museu, observando peças do acervo e detalhes da arquitetura.

O roteiro procurou contemplar peças e histórias não necessariamente abordadas pelas legendas tradicionais a disposição do público, oferecendo um diferencial àqueles que requisitam o áudio guia. Esses, por exemplo, têm acesso à uma narração do único atentado a um Presidente da República ocorrido no Brasil, no caso contra o Presidente Prudente de Moraes, em 5 de novembro de 1897, às portas do MHN, então Arsenal de Guerra.

São 40 equipamentos de áudio e dois especiais, com tela de TV para os deficientes auditivos. A duração do áudio guia em português é de 1 hora e 23 minutos. A versão em espanhol tem a duração de 1 hora e 11 minutos e a em inglês 1 hora e 5 minutos.

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5Boletim Informativo

Einstein chega ao Rio

Em cartaz de 7 de abril a 6 de junho de 2010, a exposição internacional “Einstein” apresenta a vida e as descobertas de um dos maiores gênios do século XX, através de documentos raros, instalações interativas, programas educativos, laboratórios de aprendizagem, apresentação de filmes em 3D e obras de arte.

“A curiosidade é mais importante que o conhecimento”, disse Einstein, um dos maiores curiosos da história da humanidade. Despertar o espírito questionador que existe em cada criança, jovem e adulto é o objetivo dessa exposição, que já foi vista por mais de dois milhões de pessoas no mundo. Originalmente concebida pelo American Museum of Natural History, a exposição foi ampliada e adaptada ao público brasileiro pelo Instituto Sangari. No Rio de Janeiro, conta com o apoio da IBM Brasil e do Banco Bradesco.

Por meio de uma parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), o visitante tem acesso a registros da viagem de Einstein ao Brasil e a trechos de seu diário pessoal. O cientista não somente esteve no Rio de Janeiro, em 1925,como o Brasil teve forte impacto em uma das maiores descobertas de todos os tempos: foi na cidade de Sobral (CE), em 1919, que um eclipse solar confirmou o que previa a Teoria da Relatividade Geral.

Dividida em 10 seções, que incluem a passagem do cientista pelo Brasil, a mostra desvenda o belo e fantástico universo de Einstein. São elas: Vida e tempo, Luz, Tempo, Átomos, Energia, Gravidade, Guerra e Paz, Cidadão Global, Legado e Einstein no Brasil. Com elas, o visitante conhece não somente o homem por trás da ciência como também se aproxima de suas complexas teorias. Tudo isso é apresentado por meio de objetos pessoais, fotos, fac-símiles de cartas, manuscritos e uma série de instalações interativas.

A ideia é provocar no observador o interesse por descobrir mais sobre assuntos como a velocidade da luz e noções como as de tempo e movimento. Questões que estão presentes no nosso cotidiano e que foram desvendadas por Einstein, dando origem a inovações como o laser, o GPS e a fibra ótica.

Mais informações: www.einsteinbrasil.com.br

Numa iniciativa pioneira no Brasil, o MHN está desenvolvendo uma importante parceria com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária para viabilizar a ida de exposições itinerantes organizadas pelo Museu aos presídios, levando um pouco da nossa história aos detentos e colaborando para elevar a auto-estima da população carcerária.

O MHN tem procurado, nos últimos anos, aproximar-se cada vez mais de todos os segmentos sociais, sobretudo aqueles menos privilegiados social e econômicamente. A área de projetos sociais, por exemplo, desenvolve uma série de atividades para menores em situação de risco ou em fase de reintegração social, portadores de necessidades especiais, idosos abrigados em asilos e instituições públicas e grupos de ex-drogados e também de ex-presidiários.

Através da área de exposições itinerantes, procura-se atingir, ainda, àqueles que residem em outras cidades ou que têm dificuldade de acesso às instalações físicas do Museu. São contemplados, assim, colégios, instituições públicas e privadas e outros espaços, pois as exposições são concebidas para serem montadas de forma simples e prática.

Agora, essas exposição chegarão, também, aos presídios e o primeiro a receber uma será o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, tornando acessível aos seus internos a exposição “O Império e a República” (foto).

Museu para Todos

Foto: Denize Pereira

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6 Boletim Informativo

A participação de cada associado é muito importante para o sucesso das atividades e projetos realizados em benefício do Museu. Por isso, homenageamos todos nossos amigos, nas pessoas de Raymonde e Daniel, respectivamente a mais idosa e o mais jovem associado! Em entrevista concedida a Lau Torquato, eles nos falam de suas vidas.

Raymonde em sua sala de estar, já doada em

vida ao MHN.Foto: Lau Torquato

Um Olhar ExperienteA ligação do MHN com a França é bem mais estreita do que aparenta. A decana dos associados da AAMHN é a francesa Raymonde de Vasconcellos, que aos 105 anos esbanja charme, lucidez e alegria.

Raymonde é filha de pai brasileiro e mãe francesa. Nasceu em Paris e na adolescência veio para o Brasil. O pai era diplomata e retornou com a família ao país de origem. Não ficou por muito tempo, teve que voltar à Europa por força da profissão e a opção era Bruxelas ou Roma. Na dúvida a jovem Raymonde decidiu: “Vamos para Roma, um lugar onde a história pulsa”. Assim foi feito.

Circulando entre Paris e Roma, Raymonde seguiu estudando e se especializou em literatura francesa.

Testemunha ocular da trajetória do museu desde que veio pela primeira vez ainda na década de 1920 – o MHN ainda engatinhava de tão novo -, o olhar acostumado às artes não se encantou tanto logo que chegou. Achou fraco, talvez por traçar uma comparação com os museus europeus que tinham na bagagem anos de vivência e dedicação à cultura. “Na minha primeira visita achei o museu meio antiquado, não me empolguei muito”, declara.

Tempos depois, com o falecimento do pai, Raymonde e o irmão Roberto – também diplomata - voltaram ao Brasil, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e, mais uma vez, ela foi visitar o MHN. Na ocasião o impacto foi totalmente diferente, o museu estava mais estruturado, com uma proposta mais dinâmica e a paixão aconteceu.

E esta paixão perdura. Tanto é que ela já doou, em testamento, ao MHN diversas peças de mobiliário de grande valor artístico, que pertenceu à sua mãe e considera a possibilidade de doar outras peças.

Raymonde se destacou no Brasil como uma grande mestra da literatura francesa. Por meio século foi professora e chegou a ser diretora de línguas da tradicional Escola Americana, no Rio de Janeiro. Durante este período Raymonde formou alunos que se destacaram no cenário nacional, em diversas áreas.

A ligação de Raymonde com o Brasil é muito forte. Ela tem parentes no norte do país – seu pai, o diplomata Eudócio de Vasconcellos era de lá -, mas não os conhece. O clima muito agradável e o povo amigável e conciliador são os atrativos que prenderam esta (digamos) franco-brasileira em terras tupiniquins.

Raymonde é fiel a AAMHN, única associação de amigos a qual é filiada. Já recebeu a Medalha Henrique Sérgio Gregori – exposta em destaque na sala de estar - e define esta paixão de maneira primorosa: “O Museu Histórico Nacional é uma das coisas mais maravilhosas que tem nesta cidade. A cultura é indispensável, é a base da civilização de um país”, ensina.

NOSSOS AMIGOS

Raymonde de Vasconcellos homenageada com a Medalha Henrique Sérgio Gregori em 2008.

Foto: Roberto Alves

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7Boletim Informativo

O fascínio que o MHN exerce sobre as pessoas independe da idade. Daniel Gullo, 10 anos, é o associado mais novo da AAMHN. O mais interessante é que fazer parte do grupo de associados foi iniciativa própria. A “dinda-avó”, Ismênia, deu uma forcinha, mas a decisão mesmo ficou por conta do rapaz. “Quando eu soube que poderia vir sempre aqui achei que seria legal me associar”, explica.

Daniel é um garoto bonito, extrovertido e inteligente. A cada peça que vê no museu faz uma ligação quase que imediata com a história. Filho de um engenheiro e uma professora, durante a nossa conversa – que aconteceu quando percorríamos o circuito expositivo -, o pai e a mãe observavam cada um com aqueles olhos de “fui eu quem fiz”, explodindo de orgulho. E não é pra menos. Daniel é um garoto educado que gosta de natação, skate, ciclismo, capoeira e, pasmem, entende tudo de futebol americano.

Detentor de um carisma único, ele já é famoso no MHN. Durante a entrevista uma funcionária terceirizada fez questão de encontrá-lo para cumprimentar pela matéria.

As peças do Museu que mais chamaram a atenção de Daniel estão no pátio dos canhões. Ele ficou apaixonado pela bombarda italiana da 1ª guerra mundial, onde inclusive posou para fotos com os pais.

Como conjunto, a exposição que ele mais gostou foi “Do móvel ao automóvel”. Mas isto não significa que

Daniel e os pais em frente à sua peça favorita.Foto: Lau Torquato

Daniel, a força jovem

“De Maria à Candelária”Realizado no dia 2 de fevereiro no auditório do MHN o “Encontro Cultural” com Arnaldo Machado. O museólogo, formado pelo Curso de Museus, quando ainda funcionava no MHN (turma 1958-1960), fez uma belíssima apresentação de sua pesquisa de vida inteira “De Maria à Candelária”, versando sobre a Igreja da Nossa Senhora da Candelária e a Virgem que lhe é consagrada. Foi muito aplaudido e prestigiado por personalidades do mundo cultural.

Dia Internacional da Mulher comemorado no MHNPara marcar o Dia Internacional da Mulher, o DETRAN homenageou, em solenidade realizada no auditório do MHN no dia 8 de março, 50 motoristas que simbolizam a paz no trânsito, entre as quais motoristas de ônibus e caminhões com conduta exemplar no trânsito!

não tenha interesse por outras. Em “Oreretama” Daniel ficou fascinado pela representação da caverna e pelos almofarizes (peças utilizadas pelos povos pré-históricos para moer grãos). A animação de “Portugueses no Mundo” e a forma chamada de “pão de açúcar” e sua história também despertaram a curiosidade do rapaz.

Quanto ao futuro, Daniel ainda não sabe o que quer ser. “Eu gostaria de ser igual a ele - aponta para o pai – que trabalha numa empresa e também é engenheiro”, revela.

Foi nesta hora que o engenheiro Giovanni Gullo parecia que ia levitar de tanta satisfação. A professora Ana Beatriz, mãe de Daniel, apenas observava com um leve sorriso nos lábios, dando a impressão de que também sairia voando.

Eles têm razão, o garoto é genial.

Da esquerda para a direita, Ivan Coelho de Sá, Diretor da Escola de Museologia da UNIRIO, A rna ldo Machado , e Mônica Xexeo, Diretora do Museu Nacional de Belas Artes. Foto: Célia Goulart Presente à cerimônia o Presidente do Detran, Fernando

Avelino. Foto: Detran

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8 Boletim Informativo

O acervo do MHN, com 353.100 peças, é o maior sob a guarda do Ministério da Cultura e a cada ano cresce graças às generosas doações da sociedade civil. Só em 2009 foram incorporados 1.084 novos itens, entre os quais documentos, medalhas comemorativas, selos, cédulas e moedas, brinquedos, indumentária, armaria e mobiliário. Nossos agradecimentos aos doadores de 2009, a saber:

Álvaro Augusto Dias Monteiro, Ana Maria Mesquita, Ângela Cardoso Guedes, Arnaldo Machado, Associação dos Amigos do MHN, Carlos Affonso Nunes Ribeiro, Diane Contreras López, Elmo Monteiro, E.B.Correios e Telégrafos, Fundação Teatro Municipal, Gilberto Fernando Tenor, Giovanni D´Andrea, Hermógenes Hiron Marques, Janaína Silvestre da Silva, Jorge Cordeiro, José Neves Bittencourt, Júlio Heilbron, Lina Maria Flores de Melo, Loana B. Barbosa Saltarelli, Luciana Camara, Olga Neiva Paiva, Maria Helena Lima de Moraes, Maria Isabel G. de O. do Amaral Lito, Mário Aizen, Museu das Bandeiras, Norma Botelho Portugal, Olinda Vaz Miranda, Regina Berlink, Robinson de Carvalho, Roberto Paulo Cezar de Andrade, Rodrigo Godoy Fonseca,Ruth Beatriz Caldeira de Andrada, Sarah Fassa Benchetrit, Silvia Maria M. de O. Skowronski, Sociedade Numismática Brasileira, Vera Lima, Vera Lucia Bottrel Tostes.

Boneca Estrela, de 1946. Pertenceu à Lucila Mesquita de Camargo, nascida em 1932, São Paulo. Ela ganhou a boneca no Natal de 1947 de Roberto de Camargo, com quem se casaria em 1953. Conservou o brinquedo até a data de sua morte, em agosto de 2003.A boneca foi doada ao MHN por seu filho, Robinson de Camargo Foto: Luciana Silva Câmara da Silva

Documento de nomeação de William Dougal Christie, a s s i n a d o p e l a R a i n h a Vitória em 1858. Com selo sigilográfico. Doação: Roberto Paulo Cezar de Andrade. Foto: Andrea Dias

A psicóloga militar Janaína Silvestre da Si lva doou ao MHN todos os uniformes utilizados por ela quando de sua estada na Estação Antártica Comandante Ferraz em 2008/2009. Ela e a capitã-de-coverta Cristina Heuseler foram as primeiras mulheres aprovadas para passar um ano na base brasileira na Antártica, depois de um rigoroso processo de seleção.

Doações

A boneca Susi foi criada em 1962 pela Fábrica Estrela e esteve disponível no mercado até 1985. Foi relançada em 1997 e até hoje é um grande sucesso da Estrela.Esse exemplar é da década de 1970 e foi doado por Olga Neiva Paiva Foto: Denize Pereira

Carta de nomeação do tenente José Joaquim ayres do nasCimento, do 15º Batalhão de in-fantaria, Como “Cavaleiro da ordem da rosa”, por relevantes serviços prestados por oCasião dos ComBates de dezemBro de 1868, no âmBito da Guerra do paraGuai. o doCumento, datado de 3 de aGosto de 1885, é assinado pelo imperador d. pedro ii. doação feita pela própria neta do tenente homenaGeado, sra. reGina maria Berlink ayres do nasCimento, que doou, ainda, Cartas patentes referentes à Carreia militar de seu avô.

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9Boletim Informativo

Desde setembro de 2009, o MHN integra o Conselho Internacional de Numismática, fundado em 1934 e atualmente vinculado também a UNESCO. Somente com o aval e a anuência desse Conselho é que podem ser publicadas as “Sylloge Nummorum Graecorum”, ou seja, coletâneas de moedas das chamadas “Séries Gregas” das grandes coleções mundiais preservadas em museus.

Além das moedas gregas propriamente ditas, a SNG abrange as moedas produzidas por todas as antigas civilizações sob a influência Greco-Romana abrangendo geograficamente desde a costa Atlântica da Europa até o noroeste da Índia, e cronologicamente desde as primeiras cunhagens Gregas em aproximadamente 600 a. C. até o final do III século d. C.

A “Sylloge Nummorum Graecorum” foi lançada inicialmente pela British Academy em 1930-31 e gradualmente outros países aderiram ao projeto inglês, totalizando hoje mais de 50 coleções públicas e privadas.

A partir de trabalho desenvolvido pela pesquisadora Marici Martins Magalhães na coleção do MHN, a instituição prepara a edição da única “Sylloge Nummorum Graecorum” a representar a América Latina.

A coleção SNG do MHN, com cerca de 2.000 peças, é bastante significativa e completa pois abrange desde os mais antigos exemplares cunhados na Ásia Menor até às Moedas Provinciais de Alexandria no Egito do III século d. C, possuindo moedas das mais variadas cidades de três diferentes continentes.

Ao divulgar internacionalmente sua SNG em formato impresso, o MHN contribui para tornar pública uma coleção que não é só um patrimônio nacional, mas um patrimônio da humanidade.

Coleção de numismática: reconhecimento internacional

Coleção do MHN: Patrimônio da HumanidadeFotos: Rômulo Fialdini/Livro MHN/Banco Safra

Numismática em exposição

Na “Casa do Trem”, restaurada com apoio da AAMHN, o visitante têm acesso a duas significativas exposições da coleção de numismática do MHN:

“As Moedas contam a História”, apresentando cerca de 3.000 moedas, que englobam desde os primeiros sistemas de troca utilizados pela humanidade até a implantação do Euro no século XXI, e “Coleções de Moedas, Uma Outra História”, que reconstitui um antigo Gabinete de Numismática, exibindo cerca de 600 peças, entre objetos de numismática, mobiliário, esculturas e outras peças.

“Coleções de Moedas, Uma Outra História” em cartaz na Casa do Trem. Foto: Roberto Alves

E a coleção de numismática não pára de crescer, com peças que complementam as coleções tradicionais e a incorporação de novos itens, como os cartões telefônicos, inclusive os 43 exemplares produzidos pela Telebrás/Telemar referentes ao próprio MHN, os cartões de créditos, os vales transporte e refeição, entre outros. Foto: Acervo do MHN

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10 Boletim Informativo

Tapeçarias Francesas

Da direita para a esquerda, o Cônsul Geral da França no Rio de Janeiro, Hugues Goisbault, a diretora do MHN, Vera Lúcia Bottrel Tostes, e o Presidente do Conselho Deliberativo da AAMHN, Roberto Paulo Cesar de Andrade, na inauguração da exposição “Tapeçarias Francesas – Patrimônio e Criação – de Eckout aos nossos dias”, realizada de 17 de setembro a 15 de novembro de 2009, também no âmbito do Ano da França no Brasil.

A exposição reuniu tapeçarias tradicionais e contemporâneas, além de duas pinturas de Eckout, que deram origem a tapeçarias Gobelin e que foram especialmente restauradas para virem ao Brasil. As obras pertencem às coleções do Mobilier National, ligado ao Ministério da Cultura e da Comunicação da França, que tem como objetivo primeiro mobiliar os palácios oficiais do governo, sobretudo as residências oficiais.

Houdon: acessibilidade para deficientes visuaisSentir a textura das obras de arte nas pontas dos dedos: esta experiência foi possível a grupos de portadores de deficiências visuais que visitaram a exposição internacional “Tesouros do Louvre – Esculturas de Houdon”, em cartaz no museu em 2009, no âmbito do Ano da França no Brasil.

Nas últimas duas décadas, desde a implantação da exposição permanente com legendas em Braille no Pátio dos Canhões, o MHN não mede esforços para integrar todos os seus espaços, com rampas, plataformas móveis e elevadores, tornando a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais uma realidade.Foto: Denize Pereira

Homenagem a Joaquim Nabuco Visitaram a exposição “Joaquim Nabuco: Brasileiro, Cidadão do Mundo”, em cartaz de 19 de agosto a 15 de dezembro de 2009, turmas de 7º e 8º ano, da Escola Municipal Joaquim Nabuco, fundada em 1950. Vieram conhecer melhor a história desse grande brasileiro, patrono da escola. Acompanhados do professor de história Flávio da Silva Ribeiro, posaram em frente ao quadro que retrata Joaquim Nabuco aos sete anos.

A exposição, com curadoria de Helena Severo e patrocínio da Icatu Holding e da CNI/Confederação Nacional da Indústria, homenageou o diplomata, político, escritor, orador, poeta e memorialista pernambucano Joaquim Nabuco, que completaria 160 anos no dia 19 de agosto de 2009.

Foto: Roberto Alves

Foto: Denize Pereira

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11Boletim Informativo

Seminário InternacionalHá duas décadas já é uma tradição a realização de um seminário internacional no mês de outubro, aniversário do MHN, para refletir e debater temas relevantes da História e da Museologia. Em 2009, o Seminário Internacional “Museus e Comunicação: Exposições como objeto de estudo”, reuniu 40 pesquisadores de renome do Brasil e do exterior, numa parceria com o Instituto Brasileiro de Museus e apoio do Museu de Astronomia e Ciências Afins e da AAMHN. O livro desse Seminário será lançado ainda no primeiro semestre de 2010.

EsculturasQuarenta obras, entre esculturas e relevos da artista plástica DAJA, Dirce de Assis Caval-canti, retratando o nu, sobretudo o feminino, ficaram em cartaz no MHN de 2 de outubro de 2009 a 17 de janeiro de 2010. DAJA já par-ticipou de inúmeras exposições individuais e coletivas em diversos países, tais como China, Estados Unidos, França e México.

Da esquerda para a direita, Alfredo Tolmasquim, Diretor do MAST, Mário Chagas, Diretor do Departamento de Processos Museais do IBRAM, e Vera Lúcia Bottrel Tostes, Diretora do MHN.Foto: Denize Pereira

V RioHarpFestival

O MHN será palco mais uma vez dos concertos do Rio Harp Festival em sua quinta edição. Promovido pela Carpex Empreendimentos, o Festival movimen-tará os mais importantes museus e centros culturais da cidade no mês de maio.

Programe-se desde já: no MHN estão confirmados dois concertos diários nos dias 25, 26, 27 e 28 de maio: um às 10h30m e outro às 15h. No sábado, dia 29, haverá um concerto às 15h.

Acompanhe a programação

no site www.musicanomuseu.com.br

Foto: Roberto Alves

Em cartaz no MHN de 20 de abril a 6 de junho, a exposição “Centenário de Tancredo Neves”, organizada pela Fundação Tancredo Neves, com o apoio da Oi Futuro.

São fotos, documentos e peças significativas que revelam a trajetória do advogado e político brasileiro, da infância nas Minas Gerais à morte em São Paulo em 1985.

Nascido a 4 de março de 1910 em São João Del Rei, Tancredo Neves exerceu uma brilhante carreira política, sendo eleito e reeleito muitas vezes como deputado estadual e federal. No Governo Vargas foi Ministro da Justiça e Negócios Interiores e no final da década de 1950, Secretário de Finanças de Minas Gerais. Um dos mais importantes líderes do antigo MDB, do qual foi Senador, fundou, ainda, o Partido Popular. Em 1983, ingressou no PMDB e foi eleito Governador de Minas Gerais. Lutou pelas “Diretas Já” e com a derrota da emenda Dante de Oliveira, foi escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição na Aliança Democrática. Com o senador José Sarney como vice, Tancredo Neves foi eleito Presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985. Na véspera da posse, no entanto, foi internado e faleceu sem assumir o cargo.

TANCREDO NEVES A TRAJETÓRIA DE UMA VIDA

Page 12: boletim nº 33

12 Boletim Informativo

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CONSELHO DELIBERATIVO

PresidenteRoberto Paulo Cezar de Andrade

Vice-Presidente

João Sérgio Marinho Nunes Diretor Adjunto

Samuel Kauffmann Diretora Executiva

Heleny Pires de Castro Conselheiros

Afonso Romano de Sant’anaAgenor Pinheiro Rodrigues ValeAlice Cezar de Andrade Vianna

Antônio Gomes da CostaAntônio Luiz Porto e Albuquerque

Antonio Fantinato NetoCarlos Botelho Martins Filho

Dora AlcântaraEcyla Castanheira BrandãoElysio Medeiros Pires FilhoFlavio Martins Rodrigues

Iara Valdetaro MadeiraJoão Hermes Pereira de AraújoJoaquim de Arruda Falcão NetoJosé Carlos Barbosa de Oliveira

Jorge de Souza HueLuis Eduardo Costa CarvalhoLuís Roberto Nascimento Silva

Magali de Oliveira Cabral dos SantosMárcio Fortes

Maria Elisabeth Banchi AlvesMauro Salles

Salvador MonteiroSonia Maria Tavares Ferreira

Vera AlencarVera Lucia Bottrel TostesSolange Sampaio Godoy

Roberto Lima Neto

Conselho FiscalJosé Antonio FerreiraMaria Linhares Pinto

Martha Luiza Vieira LopesOlavo Cabral Ramos Filho

Síglia Mattos dos Reis

BOLETIm INfORmATIVOResponsável:

Heleny Pires de CastroRedação, seleção fotográfica e edição:

Angela Cardoso GuedesCoordenação Gráfica:

ASIL-Rio Tel/Fax:(21) 2278-3796

Diagramação:Helcio Peynado

helciopeynado.carbonmade.comImpressão:

Zit Gráfica e EditoraTel. (21) 2136-6969

ASSOCIAçãO DOS AmIgOS DO muSEu HISTóRICO NACIONAL

CNPJ: 3 2 .268.617/0001-89

Praça Marechal Âncora, s/nº CEP: 20021-200 - Centro - RJ

Tel.: (21) 2550-9223

Site do museu Histórico Nacional na Internet:

www.museuhistoriconacional.com.br

PREZADOS ASSOCIADOSAguardamos sua visita.

Venha e traga um novo amigo para participar da nossa AAMHN.E não se esqueça: sua anuidade é importante. Esteja em dia!

[email protected]

RECADASTRAMENTO Lembramos aos associados que ainda não efetuaram o recadastramento junto a AAMHN, para fazê-lo com urgência, através do fax 21-22206290 ou do e-mail [email protected]

Esse recadastramento é importante para que possamos emitir a nova carteira de associado!

NOVO EMAIL DA ASSOCIAÇÃOA AAMHN disponibiliza a todos os amigos seu novo e-mail de contato:

[email protected]

Colaboraram nessa edição Célia Goulart, Denize Pereira, Glafira Martyres de Paiva e Lau Torquato.

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MHN INFORMAFoi realizada no dia 24 de fevereiro de 2010 a Assembléia Geral Extraordinária da Associação dos Amigos do Museu Histórico Nacional para a deliberação da seguinte pauta: eleição dos Membros do Conselho Deliberativo, eleição dos Membros do Conselho Fiscal e ratificação dos atos praticados pela AAMHN no período compreendido entre 15 de abril de 2009 e 11 de fevereiro de 2010. Ambos Conselhos Deliberativo e Fiscal foram reeleitos.

Loja do Museu

Graças à AAMHN, o MHN já dispõe de loja em espaço adequado e bem equipada. Confira os produtos disponíveis!

Mais informações pelo telefone 21-2240.8078

Disponível na Loja do Museu, graças à doação de exemplares pela autora, o livro “O Avô do Tempo: Diário de um Meteorologista”, de Solange Godoy.

Uma Aventura no MHNCom uma linguagem leve e saborosa, Gláucia Lewicki nos leva ao encantamento e estimula a curiosidade pela História e o gosto pelos museus, provando que além de serem preciosas fontes de informação sobre a trajetória do Homem, os museus são ainda um espaço de lazer e diversão!