boletim da republica i serie-numero 33 (2)

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  • 7/24/2019 Boletim Da Republica I SERIE-Numero 33 (2)

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    Segunda-feira, 20 de Agastei de 2007 I SRIE - Nmero 33

    ,

    B O L E T I M D A R E P U B L I C AP U B L IC A O O F IC IA L D A R E P B L IC A D E M O A M B IQ U E

    SlJPLEMENTOIMPRENSA NACIONAL DE MOAMBIQUE

    AVISO

    A matria a publicar no -Bol'Jtlm da Repblicadeve ser remetida em cpia devidamente autenticada,uma porcada assunto, donde conste, alm das indicaesnecessrias para esse efeito, o averbamento seguinte,assinado e autenticado: Para publica io no -Boletim daRepblica.

    SUMRIO

    Assembleia da Repblica:Lei n. 2412007:

    Aprova a leide organizaojudiciria e revoga a Lei n.10I92, de6deMaio.

    ASSEMBLEIA DA REPBLICA

    Lein. 2412007

    de 20 de Agosto

    A dinmica da vida social e econmica, bem como o aumento

    da demanda dos servios de justia pelos cidados, ditam anecessidade de se introduzir mecanismos que permitammaterializar o imperativo de tornar a justia cada vez maisacessvel e clere para os que dela carecem. Constatando-se que

    aLei n," 10/92, de 6 de Maio, se mostra desajustada da realidadeactual, urge adequar a organizao, competncias efuncionamento dos tribunais judiciais, sendo necessrio, por issoa aprovao de uma nova lei de organizao judiciria.

    Assim, ao abrigo do n." 1 do artigo 179 da Constituio, aAssembleia da Republica determina:

    CAPiTULO I

    PRINCpIOS GERAIS

    AR TI GO 1

    (DellnlAo)

    Os tribunais so rgos de soberania que administram justiae m nome do povo.

    ARTIGO 2

    (Funlo Judlelal)

    Na Repblica de Moambique a funo judicial exercidaatravs do Tribunal Supremo e demais tribunais estabelecidosna lei.

    ARTIGO 3

    (Atribuies dos tribunais)

    I. Os tribunais tm como atribuies garantir e reforar alegalidade como factor da estabilidade jurdica, garantir Orespeito

    pelas leis, assegurar os direitos e liberdades dos cidados, assimcomo os interesses jurfdicos dos diferentes rgos e entidadescom existncia legal.

    2. Os tribunais educam os cidados no cumprimento voluntrioe consciente das leis, estabelecendo uma justa e harmoniosaconvivncia social.

    3. Os tribunais penalizam as violaes da legalidade e decidempleitos de acordo com o estabelecido na lei.

    ARTIGO 4

    (Autonomia dos tribunais)

    Os tribunais so dotados de autonomia administrativa e regem--se nos termos da Lei n,' 9/2002, de 13 de Fevereiro - Lei doSISTAFE.

    ARTIGO 5

    (Trlbuna's comunitrios)

    Os tribunais comunitrios so instncias institucionalizadasno judiciais de resoluo de conflitos, independentes, que

    julgam de acordo com o bom senso e a equidade, de modoinformal, desprofssionalzado, privilegiando a oralidade eatendendo aos valores sociais e culturais existentes na sociedademoambicana, com respeito pela Constituio.

    ARTIGO 6

    (Artleulalo com outras Inotlnela. de resoluAo d conflitos)

    Os tribunaisjudciais podem articula-se com outras instnciasde resoluo de"conflitos nos termos da lei.

    ARTIGO 7

    (Conelllalo)

    Com vista a corporizar os princpios estabelecidos non,'2 doartigo 3 da presente Lei. nos tribunais judiciais so criados rgos

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    ou mecanismos que facilitem a resoluco de conflitos, evitando,sempre que possvel, a sua soluo pe la via contenciosa.

    ARTIGO 8

    (Organlzalo e competncia.)

    A organizao, competncias e reg 'as de funcionamento dosrgos indicados no artigo anterior so estabelecidas em diploma

    prprio.

    ARTId09

    (Natureza da arbitragem, medla~o conciliao)

    Para efeito de prazos de prescrio, os tribunais arbitrais e os

    rgos ou mecanismos de media o e conciliao soconsiderados rgos jurisdicionais.

    ARTIGO 10

    (Independncia doa JuIz )

    1. No exerccio das suas funes os juzes so independentese imparciais e apenas devem obedincia Constituio e lei.

    2. A independncia dos juzes assegurada pela existncia deum rgo privativo de gesto e discipli na, pela inamovibilidadee pela no sujeio a quaisquer arder s ou instrues, salvo odever de acatamento das decises proleridas em via de recurso

    pelos tribunais superiores.

    3. Os juzes s podem ser responsabilizados; civil oucriminalmente, afastados, suspensos, transferidos, aposentados

    ou demitidos do exerccio das suas funies,nos casos previstosna lei.

    ARTIGO 11

    (Aceaao ao. trlbun.l luatl.)

    1. O Estado garante o acesso dos cidados aos tribunais egarante aos arguidos o direito de defesa, o direito a assistncia

    jurdica e o patrocnio judicirio.

    2. O Estado providencia assistnci, judiciria e patrocniojurdico para que a justia no seja dei legada por insuficinciade recursos.

    3. O sistema de administrao dajusn a organizado de mndoa que territorial, social, econmica e culturalmente se encontre

    prximo do cidado.

    ARTIGO 12

    (Presuno de Inoeincla)

    1. Na Repblica de Moambique ningum pode ser preso ousubmetido a julgamento seno nos termos da lei.

    2. Os arguidos gozam de presuno ie inocncia at decisojudicial definitiva.

    ARTIGO 13

    (Audincia)

    1. As audincias dos tribunais so pblicas, salvo quando a

    lei ou o tribunal determine que se faarn sem publicidade, parasalvaguarda da dignidade das pessoas e da ordem pblica, ouquando ocorram outras razes ponderes as.

    2. Para salvaguarda da verdade material e dos interesses edireitos legalmente protegidos dos inter venientes processuais,

    proibida a produo e a transmisso p blica de imagem e somdas audincias de julgamento.

    3. As audincias e demais actos judiciais decorrem, em regra,na sede do respectivo tribunal.

    4. Quando o interesse da justia o aconselhar as audinciaspodem realizar-se em qualquer outro local, dentro da respectivarea jurisdicional.

    ARTlGOt4

    (Direco da. audincias)

    Os presidentes dos tribunais e das seces dirigem as sessese audincias de discusso e julgamento.

    ARTIGO 15

    (Prevalncia da. decises dos tribunais)

    As decises dos tribunais so, nos termos definidos na lei, decumprimentoobrigatrio para todos os cidados e demais pessoas

    jurdicas e prevalecem sobre as de outras autoridades.

    ARTIGO 16

    (Dever d. cooperao e apoio)

    Todas as entidades pblicas, privadas e os cidados em geraltm o dever de cooperar e de apoiar os rgos judiciais narealizao da justia e na descoberta da verdade.

    ARTIGO I?

    (Participao do. lulz '.'to.)

    1. Os juzes eleitos participam nos julgamentos em primeirainstncia, em todos os casos previstos na lei processual ou sempreque a sua interveno for determinada pelo juiz da causa,

    promovida pelo Ministrio Pblico ou requerida pelas partes.2. A participao dos juzes eleitos restrita discusso e

    deciso sobre matria de facto.

    3. O.sjuzes eleitos podem ainda ser ouvidos sempre que ostribunais judiciais de distrito apreciarem, em recurso, as decisesdos tribunais comunitrios.

    ARTIGO 18

    (Aas.s.or.s)

    Sempre que o volume ou a complexidade do servio o justificarso nomeados, nos tribunais judiciais, assessores tcnicos paracoadjuvarem os juzes em exerccio de funes.

    ARTIGO 19

    (Recurso)

    I. Das decises proferidas pelos tribunais em primeirainstncia, sobre matria de facto, h apenas um grau de recurso,excepto nos casos especialmente previstos na lei.

    2. Sobre matria de direito h apenas dois graus de recursonos termos da lei.

    3. Das decises sobre matria de direito proferidas pelostribunais judiciais de provncia. em segunda instncia. cabe

    recurso directo para o Tribunal Supremo.

    ARTIGO 20

    (Ministrio Pl1bllco)

    1. O Ministrio Pblico, como rgo encarregue de representaro Estado. os menores e'os ausentes, de exercer a aco penal edefender a legalidade e os interesses determinados pelaConstituio e pela legislao ordinria, representado junto decada tribunal nos termos estabelecidos na lei.

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    20 DE AGOSTO DE 2007 530-(3)

    2. O Ministrio Pblico goza de estatuto prprio e deautonomia, nos termos legalmente estabelecidos.

    3.No exerccio das suas funes, os magistrados e agentes doMinistrio Pblico esto sujeitos aos critrios de legalidade,objectividade, iseno e exclusiva sujei ias directivas e ordens

    previstas na lei.

    ARTIGO 21

    (Participao de advogado., tcnico. e a lslenles Jurldlcoa)

    I. Os advogados, os tcnicos e n o assistentes jurdicosparticipam na administrao da justia competindo-lhes, nostermos da lei, exercer Opatrocnio judicirio e devem ser tratadoscom respeito e dignidade que a funo e xige,

    2. No exerccio da sua actividade, os advogados, os tcnicose os assistentes jurdicos encontram-se vinculados a critrios delegalidade e s regras deontolgicas def nidos para a profisso.

    3. O arguido tem o direito de escolher livremente o seu

    defensor para o assistir em todos os acto; do processo. devendoao arguido que, por razes econmicas, no possa constituir

    advogado, ser assegurada a adequada assistncia jurdica epatrocnio judicial.

    ARTIGO 22

    (Ace o aoa trtbunala)

    O cidado tem o direito de escolher Ii v remente o seu defensorpara o assistir em todos os actos do processo, devendo ao cidadoque, por razes econmicas, no possa constituir advogado, serassegurada a adequada assistncia jurfdica e patrocnio judicial.

    ARTIGO 23(Mandalo Judicia' e advc cacla)

    I.O Estado moambicano assegura a quem exerce o mandato

    judicial, as imunidades necessrias ao seu exerccio e regula opatrocnio forense, como elemento essen :ial administrao dajustia.

    2. No exerccio das suas funes e no s limites da lei, soinviolveis os documentos, a correspond ncia e outros objectos

    que tenham sido confiados ao advogadc pelo seu constituinte,que tenha obtido para defesa deste ou que respeitem a sua

    profisso.

    3. As buscas, apreenses ou outras diligncias similares noescritrio ou nos arquivos do advogado s ) podem ser ordenadas

    por deciso judicial e devem ser efectuadas na presena do juizque as autorizou, do advogado e de um representante da Ordemdos Advogados, nomeado por esta para e feito, quando esteja emcausa a prtica de facto ilcito punvel con priso superior a doisanos e cujos indcios imputem ao advogado a sua prtica.

    4. O advogado tem o direito de :omunicar pessoal ereservadamente com o seu patrocinado. nesmo quando este seencontre preso ou detido em estabelecirr ento civil ou militar.

    ARTIGO 24

    (Alociallo lemporrla de Juizes)I. Sempre que as necessidades de ser vio de um tribunal o

    justifiquem podem ser a ele afectado, temporariamente um oumais juzes para coadjuvarem os existem es.

    2. A designao efectuada pelo PJesidente do ConselhoSuperior da Magistratura Judicial.

    ARTIG025

    (Divido judiciai)

    I.A diviso judicial do pas determinada por critrios

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    20 DE AGOSTO DE 2007 530-(5)

    ARTIGO 45

    (Competncia do Plenrio em seg.nda InstAncla)

    Ao Plenrio do Tribunal Supremo, como tribunal de segundainstncia, compete:

    a)uniformizar ajurisprudncia quando no domnio da mes-

    ma legislao e sobre umamesma questo fundamentalde direito tenham sido proferidas decisescontraditrias nas vrias ins .ncias do TribunalSupremo ou nos tribunais superiores de apelao;

    b) decidir de conflitos de competncia cujo conhecimentono esteja, por lei, reservado a outros tribunais;

    c) julgar os recursos de decises proferidas em primeirainstncia pelas seces do Trib mal Supremo;

    ti)ordenar que qualquer processo, ros casos especficos,seja julgado em tribunal diverso do legalmentecompetente, nos termos da lei;

    e)exercer as demais competncias definidas por lei.

    ARTIGO 46

    (Competncia do Plenrio em Inslincla nica)

    Ao Plenrio do Tribunal Supremo, como tribunal de instncianica, compete:

    a) julgar os processos crime em q ie sejam arguidos oPresidente da Repblica, o Pres dente da Assembleiada Repblica e o Primeiro-Ministro;

    b)julgar os processos crime instaurados contra o Presidente,o Vice-Presidente e os Juzes Conselheiros do TribunalSupremo, o Presidente e os Ju zes Conselheiros do

    Conselho Constitucional, o Presidente e os JuzesConselheiros do Tribunal Administrativo, oProcurador-Geral da Repblica. o Vice-ProcuradorGeral da Repblica, os Procuradores gerais adjuntos eo Provedor de Justia;

    c) julgar os processos crime instaurados contra os juzeseleitos do mesmo tribunal, por a ctos relacionados como exerccio das suas funes;

    ti) conhecer e decidir das aces de perdas e danosinstaurados contra os juzes do Tribunal Supremo eMagistrados do Ministrio Pblico junto deste, poractos praticados no exerccio dos suas funes;

    e)exercer as demais competncias definidas por lei.

    ARTIGO 47

    (Recurso)

    Das decises das seces do Tribunal Supremo, em recursopara o Plenrio, relator um dos juzes profissionais, a designarpor distribuio, no podendo ser o juiz que tiver relatado adeciso recorrida.

    Subseco III

    Seces

    ARTIGO 48

    (Composllo)

    1. Cada seco constituda por um mnimo de dois juzesprofissionais, sendo um presidente e outro adjunto, quando

    funcione como tribunal de segunda instnc ia, e por um mnimode dois juzes eleitos para alm dos juzes profissionais, quandofuncione como tribunal de primeira instncia.

    2. A seco presidida pelo juiz profissional mais antigo nocargo.

    3. A seco como tribunal de primeira instncia, no pode

    deliberar sem que estejam presentes dois juzes profissionais eum eleito.

    4. Sempre que nas deliberaes das seces se verifique empa-te, participa o juiz profissional substituto designado para a seco.

    ARTIGO 49

    (Especializao de competncias)

    A especializao de competncias das seces fixada pordiploma prprio.

    ARTIGO 50

    (Competncia da seclo em segunda InstAncla)

    s seces do Tribunal Supremo, como tribunal de segundainstncia compete:

    a) julgar em matria de direito, os recursos das decisesproferidas pelos tribunais superiores de recurso, quenos termos da lei so interpostos para o TribunalSupremo;

    b)conhecer dos conflitos de competncia entre os tribunaissuperiores de apelao e entre estes e os tribunais

    judiciais de provncia;

    c)ordenar a suspenso, a requerimento do Procurador-Geralda Repblica da execuo de sentenas proferidas portribunais de escalo inferior, quando se mostremmanifestamente injustas ou ilegais;

    )anular as sentenas a que se refere a alnea anterior;e) proceder nos termos mencionados nas alneas c) e d),

    quando os juzes que intervieram no julgamentotenham sido acusados da prtica de crimes esusceptveis de terem infludo na deciso;

    fJ julgaras processos de reviso e confirmao de sentenasestrangeirs;

    g) conhecer os pedidos de habeas corpus no mbito dassuas competncias;

    h) conhecer dos pedidos de reviso. de sentenas cveis epenais;

    l)propor ao Plenrio a adopo das medidas necessrias uniformizao da jurisprudncia e boa administrao

    da justia;J)exercer as demais competncias definidas por lei.

    ARTIGO 51

    (CompetncIa das seces em primeiro InstAncla)

    s seces do Tribunal Supremo, como tribunal de primeirainstncia, compete:

    a) julgar os processos crime em que sejam arguidosdeputados da Assembleia da Repblica, membros doConselho de Ministros, membros do Conselho deEstado e outras entidades nomeadas pelo Presidenteda Repblica nos termos da Constituio, e todas as

    demais entidades que gozam do foro especial nostermos da lei e no estejamabrangidos pelo dispostono artigo 46 da presente Lei;

    b)julgar os processos crime em que sejam arguidos juzesprofissionais dos tribunais superiores de recurso emagistrados do Ministrio Pblico junto dos mesmostribunais;

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    530-(6)I SRIE-NMERO 33

    c)julgar os processos crime instaurados contra os juzeseleitos dos mesmos tribunais, por actos relacionadoscom o exerccio das suas funes;

    ti) conhecer e decidir das aces de perdas e danos

    instaurados contra juzes e magistrados do Ministrio

    PUblico dos tribunais superiores de apelao, por actos

    relacionados com o exerecio das suas funes;e)julgar os processos de extradio;

    fiexercer as demais competncias definidas por lei.

    ARTIGOS:!

    (Dlstrlbulllo do. 'urzes)

    I. Compete ao Presidente do Triouna l Supremo distribuir osjuzes pelas seces.

    2. A mudana de seco no altera a competncia do juiz que relator do processo, bem como dos juzes adjuntos, que tenhamdado visto para julgamento.

    Subsecllo IVPresidente e Vlce-I'resldente

    (Nomeah)

    I. O Presidente e Vice-Presidente do Tribunal Supremo sonomeados pelo Presidente da Repblica, por uma mandato de

    cinco 'anos renovveis, ouvido o Conselho Superior daMagistratura Judicial.

    2.O acto de nomeao do Presidente e dei Vice-Presidente doTribunal Supremo est sujeito a ratificao pela Assembleia da

    Repblica.

    ARTIGOS

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    20 DE AGOSTO DE 2007 530-(7)

    ARTIGO 61

    (Composlio)

    lo O tribunal superior de recurso coir posto:,a) por trs juzes desembargadores quando funcione como

    tribunal de segunda instncia;

    b) por umjuiz desembargador e doiujuzes eleitos, quandofuncione como tribunal de prir ieira instncia.

    2. O tribunal superior de recurso, quando esteja organizadoem seces integra tambm os presidentes destas.

    ARTIGO 62

    (Competncia como tribuna' de a81/Unda Instlncla)

    Ao tribunal superior de recurso, funci onando como tribunalde segunda instncia, compete:

    a) julgar dos recursos das decises proferidas pelos tribunais

    judiciais de provncia, nos termos das leis do processo;

    b) julgar dos conflitos de competncia entre os tribunaisjudiciais e outras entidades da ire. da sua jurisdio;

    c) julgar dos conflitos de competncia entre tribunaisjudiciais de provncia da rea

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    530-(8)ISRIE-NMER033

    ARTlG072

    (Quorum)

    I. Funcionando em primeira instr ca.como tribunal colegial.o tribunal judicial de provncia no pode deliberar sem queestejam presentes. pelo menos. dois juzes eleitos. alm do juiz

    profissional.

    2. Funcionando em segunda instncia o tribunal judicial deprovncia no pode deliberar sem que estejam presentes doisjuzes profissionais.

    3. Para efeitos do disposto no nmero anterior. em caso deempate. intervm o juiz presidente do tribunal.

    ARTIGO7 3

    (Competinelaa do tribunal em primeira Inalinela)

    I.Ao tribunal judicial de prov.ncia, funcionando comotribunal de primeira instncia, compete, em matria cvel:

    a) conhecer das causas que no sejam da competncia de

    outros tribunais;b)julgar e decidir as aces de perdas e danos intentadas.

    por factos relacionados com o exerccio das suas

    funes, contra juzes de tribunais de escalo inferiore magistrados do Ministrio Pblico junto dostribunais judiciais de distrito.

    2. Ao tribunal judicial de provncia, funcionando' comotribunal de primeira instncia. compete. em matria criminal:

    a) julgar as infraces criminais cujo conhecimento noseja atribudo a outros tribunais;

    b)conhecer os processos crime emque sejam arguidos juf-zes profissionais dos tribunais judiciais de distrito e

    magistrados do Ministrio.Pblico junto dos mesmos.

    ARTIGO 74

    (Compat6nelas do tribunal em segunda Inalinela)

    I.Ao tribunal judicial de provncia, funcionando comotribunal de segunda instncia. compete:

    a) conhecer dos recursos interpostos das decises dostribunais judiciais de distr .to e dos demais que. porlei. lhe devam ser submetidos;

    b) conhecer dos conflitos de cempetncia entre tribunaisjudiciais de distrito da sua rea de jurisdio;

    c)julgar. nos termos da lei. o; recursos interpostos dedecises proferidas pelos tribunais arbitrais ou deoutros rgos de mediao de conflitos;

    ti) conhecer dos pedidos de habeas corpus que lhe devamser remetidos. nos termos da lei processual.

    2. Em matria de recurso s o observadas as regras estabelecidasno Cdigo de Processo Civil, para o julgamento dos recursos emprocesso sumarssimo.

    ARTIGO 75

    (Compet6nela do Julz-I'resldente)

    Compete aos juzes presidentes cos tribunais judiciais deprovncia:

    a)dirigir e representar o tribunal:

    b) supervisar a secretaria judcs.l e os demais servios deapoio;

    c)presidir e dirigir a distribuio de processos:ti)presidir ao acto de investidura dos juzes eleitos do tribunal:e) distribuir os juzes eleitos pelas seces do tribunal:

    j) dar posse aos juzes dos tribunais judiciais de distrito;

    g)propor ao Conselho Superior da Magistratura Iudicial atransferncia e colocao de juzes de escalo distrital;

    h) informar'o Tribunal Supremo sobre a movimentao edistribuio de juzes eleitos;

    z ) prestar informao sobre a actividade judicial do tribunal;

    J)emitir directivas e instrues nos termos do que se acharregulado em diploma prprio;

    k) dar posse aos funcionrios do tribunal e prestar sobreeles informaes de servio;

    l)proceder disciplinarmente contra funcionrios do tribunal;

    controlar a gesto do oramento e do patrimnio. bem

    COll)O a arrecadao de receitas do Estado e do Cofredos Tribunais;

    m) presidir ao Conselho Provincial Coordenador da IustiaComunitria;

    n)exercer as demais atribuies previstas por lei.

    ARTIGO 76(Compatnela doa presidentes daa aee6ea)

    Compete aos presidentes das seces:

    a) dirigir as sesses de julgamento;

    b) supervisar o cartrio e garantir o seu correctofuncionamento;

    c) prestar informao presidncia do tribunal sobre aactividade realizada;

    ti) exercer as demais atribuies que sejam conferidas por

    outro diploma dos tribunais judiciais ou por decisod!>presidente do tribunal.

    ARTIGO 77

    (Cartrio ludlelal)

    1. Em cada tribunal judicial de provncia h um cartriojudicial chefiado por um escrivo,

    2. Sempre que o volume e a complexidade da actividadejudicial ou outras circunstncias o justifiquem pode ser criadauma secretaria judicial chefiada por um distribuidor e cartrios

    judiciais.

    SECO V

    Tribunais judiciais de distrito

    Subseco I

    Di sp o s i e s g e ra is

    ARTIGO 78

    (08llnllo e elaaalflcao)

    I.Os tribunais judiciais de distrito so tribunais de primeira esegunda .instncia.

    2. Como tribunais de primeira instncia. classificam-se emtribunais de l- ou de 2- classe, consoante o limite das respectivascompetncias.

    ARTIGO 79

    (rea de jurlsdllo e aede)

    I. A rea de jurisdio de cada tribunal judicial de distrito definida no respectivo diploma de criao.

    2. A sede do tribunal judicial de distrito definida no diplomada sua criao, devendo, sempre' que possvel. estabelecer-se numadas capitais administrativas da respectiva rea de jurisdio.

    - - ---------------- -

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    2 0 D E A G O S T O D E 2 0 0 7 530-(9)

    Subseco II

    Organizao e lunclonumento

    ARTIGO 80

    (Orgail'zalo)

    lo Os tribunais judiciais de distrito s>. por regra, tribunais decompetncia genrica.

    2. Quando o volume. a natureza dos conflitos ou outras razesponderosas o justificar. podem organizar-se em seces decompetncia especializada.

    ARTIGO 81

    (Funelonam.ntc)

    Os tribunais judiciais de distrito podem funcionar comotribunal singular ou colectivo. conforme for determinado pelalei do processo.

    Subseco III

    Composio e competncias

    ARTIGO 82

    (Compo.'lo)

    lo O tribunal judicial de distrito constitudo por umpresidente. que um jlriz profissional. e por juzes eleitos.

    2. O tribunal judicial de distrito. quando esteja organizadoem seces, integra os presidentes dest, L S.

    ARTIGO 83

    (Con.tltullo)

    1.O tribunal judicial de distrito. funcionando em colectivo.intervm nojulgamento. alm dojuiz prossoral, quatrojufzeseleitos.

    2. O tribunal no pode deliberar sem que estejam presentes.pelo menos. dois juzes eleitos. alm do juiz profissional.

    ARTIGO 84

    (Competncla do trlbunalludlclal d. dl.trlto d. lielaem primeira In.tlncla)

    Ao tribunal judicial de distrito de I' classe. funcionando emprimeira instncia. compete:

    1. Em matria cvel:

    a)julgar as questes respeitantes ,I relaes de famflia e osprocessos jurisdicionais de menores;

    b)julgar aces cujo valor no exceda cem vezes o salriomnimo nacional, para as quais no sejam competentesoutros tribunais;

    c)todas as demais questes cujo cc nhecimento no pertenaa outros tribunais.

    2. Em matria criminal:

    a)julgar as infraces criminais cujo conhecimento noseja atribuda a outros tribunais;

    b)julgar as infraces criminais c ue correspondam a penano superior a doze anos de priso maior.

    ARTIGO 85

    (Competncl. do trlbun.1 ludlclal de dI.trlto d. 2' cl.m primeira In'tlr ela)

    Ao tribunal judicial de distrito de 2' c lasse. compele:1. Em matria cvel:

    a)julgar aces cveis cujo valor no exceda cinquentavezes o salrio mnimo nacional e para as quais nosejam competentes outros lIibunais;

    b) conhecer das demais questes cujo conhecimento nopertena a outros tribunais.

    2. Em matria criminal:

    a)julgar as infraces' criminais cujo conhecimento noseja atribudo a outros tribunais;

    b)julgar as infraces criminais que correspondam a penano superior a oito anos de priso maior.

    ARTIGO 86

    (Competinclu do. tribunal. judiei da dl.trlto da l'a 2'ela em .egunda In.!'lncla)

    1. Como tribunal de segunda instncia, compete aos tribunaisjudiciais de distrito de I' e 2' classe:

    a) julgar os recursos interpostos das decises proferidaspelos tribunais comunitrio;

    c) conhecer dos pedidos de habeas corpus que lhe devamser remetidos. nos termos da lei processual.

    2. Na apreciao do recurso. oJuiz-Presidente ou ojuiz profissio-nal a quem o processo tiver sido distribudo. observa os critriose os princpios estabelecidos na Lei dos Tribunais Comunitrios.

    ARTIG08?

    (Compatncla. do Julz-P .,dente)

    Compete ao Juiz-Presidentedo tribunal judicial de distrito:

    a)dirigir e representar o tribunal;

    b)supervisar a secretaria judicial e os demais servios deapoio;

    c)presidir e dirigir as sesses de distribuio de processos.quando o tribunal estiver organizado em seces;

    ) presidir ao acto de investidura dos juzes eleitos dotribunal;

    e) distribuir os juzes eleitos pelas seces do tribunal;fJ prestar iriformao sobre a actividade judicial do tribunal;g) dar posse aos funcionrios do tribunal e prestar sobre

    eles informaes de servio;

    h)proceder disciplinarmente dentro dos limites legais sobreos funcionrios do tribunal;

    i) controlar a gesto do patrimnio afecto ao tribunal e aarrecadao de receitas do Estado e do Cofre dosTribunais;

    J)exercer as demais atribuies previstas por lei.

    ARTIGO 88

    (Compatncla. dOI presidentes de .eclo)

    Compete aos presidentes das seces:

    a)dirigir as sesses de julgamento;

    b) supervisar o cartrio e garantir o seu correcto

    .funcionamento;

    c)prestar informao sobre a actividade judicial realizadapela seco;

    ) exercer as demais atribuies que lhe forem conferidas

    por outro diploma dos tribunais judiciais ou pordeciso do presidente do tribunal.

    ARTIGO 89

    (Cartrio judlcl'l)

    1. Em cada tribunal judicial de distrito h um cartrio judicialchefiado por um escrivo.

    - _._------------

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    530-(10) [SRIE-NMERO 33

    2. Sempre que o volume e a complexidade de actividade judicialou outras circunstncias ojustifiquem pode ser criada uma secretaria

    juJicial chefiada por um distribuidor e cartrios judiciais.

    CAPiTULO III

    JUiZES ELEITt)S

    A R T l o o 9 0

    (Seleco e deslgnalo dos Juizes eleitos)

    I. Os juzes eleitos do Tribunal Supremo e dos tribunaissuperiores de apelao so designados pela Assembleia daRepblica,

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    20 DE AGOSTO DE 2007 530-{1l)

    Subseco III

    Conaelho Consulllve,

    ARTIGO98

    (Deflnlio e composllio)

    1. O Conselho Consultivo um colectivo que tem por funo

    analisar e emitir parecer sobre questes qu "por lei, regulamentoou deciso do Presidente do Tribunal SUliremo, lhe devam sersubmetidas.

    2. O Conselho Consultivo constitudo pelo Presidente, Vice-Presidente, Secretrio-Geral e pelos quadro, do Tribunal Supremoa designar pelo Presidente.

    ARTIGO99

    (Competncia)

    Ao Conselho Consultivo compete:

    a) apreciar e emitir parecer sobre) programa anual do

    Tribunal Supremo e o relatlrio das actividadesdesenvolvidas;

    b) analisar e dar parecer sobre directivas e instrues aemitir pelo Presidente do Tribu nal Supremo;

    c)apreciar e emitir parecer sobre projectos de diploma legalconcernentes administrao ca justia.

    Subseco IV

    S e c re t ar i ad o - G er a i d o s t r lb u n a i 3 j u d i ci a is

    ARTIGO 100

    (Natureza)

    O Secretariado-Geral dos tribunais judiciais o rgopermanente de concepo, coordenao, execuo e apoiotcnico-judicirio e tcnico-administrativo que se ocupa dageneralidade das matrias administrativa s comuns a todos ostribunais judiciais.

    ARTIGO 101

    (Ealrutura orginlca)

    1. A estrutura orgnica do Secretariado-Geral dos tribunaisjudiciais comporta uma rea de apoio actividade jurisdicionale uma rea de apoio burocrtico e admi ristrativo e de gestofinanceira, do pessoal e patrimonial dos tribunais judiciais,

    2. A composio, atribuies e comI' etncias das unidadesintegrantes das reas orgnicas referidas no nmero anterior eoutras autnomas so fixadas por diplom.i prprio.

    ARTIGO 102

    (Competncia)

    Ao Secretariado-Geral dos tribuna;' judiciais compete,designadamente:

    a) planear, orientar, coordenar e assegurar a execuo detodas as actividades tcnico-admnistravas desuporte .funo jurisdicional cios tribunais judiciais;

    b) assegurar o apoio necessrio s actividades dos rgosde direco do aparelho judicial, no exerccio das suasatribuies;

    c) elaborar o regulamento interno e submet-lo aprovaodo Conselho Judicial;

    d) exercer outras competncias que, lhe forem atribudaspelos rgos de direco do aparelho judicial.

    ARTIGO 103

    (Dlracio)

    1 . O Secretariado-Geral dos tribunais judiciais dirigido eorientado pelo respectivo Secretrio-Geral, com funes desuperintender nas matrias de apoio actividade jurisdicional,dirigir e coordenar todos os servios de apoio tcnico--administrativos aos rgos do aparelho judicial.

    2. Constitui funo essencial do Secretrio-Geral assegurar ofuncionamento permanente e regular dos servios sob suaresponsabilidade, realizando a sua aco com base nas normas eregulamentos em vigor e zelar pela conformidade com a lei detodos os actos sobre os quais superintende.

    ARTIGO 104

    (Compelinclas do Secretrlo-Geral)

    I. Compete ao Secretrio-Geral assegurar a coordenao daexecuo e o controlo das decises dos rgos de direco doaparelho judicial, visando garantir a implementao das polticas,

    planos, programas e decises aprovadas.2. As competncias prprias do Secretrio-Geral e delegveis

    pelos rgos de direco do aparelho judicial, nos domnios derecursos humanos, planificao, oramento e patrimnio, sofixadas em diploma prprio.

    ARTIGO 105

    (Administradores Judiciais)

    I. Adstritos ao Secretariado-Geral dos tribunais, tendo porobjectivo o exerccio das atribuies referidas no artigo 103,nos tribunais de escalo inferior e com funes de apoio aosrespectivos juzes presidentes existem administradores judiciais.

    2. Os administradores judiciais respondem duplamente aosrespectivos juzes presidentes e aos secretrios gerais dos tribunais.

    ARTlGI06

    (Quadro de pessoal)

    I. Os tribunais judiciais dispem de um quadro de pessoalintegrando funcionrios das carreiras comuns e oficiais de justia,regendo-se os primeiros pelo regime geral da funo pblica e ossegundos por estatuto prprio. .

    2. Considera-se oficial de justia os funcionrios dos tribunaisque desempenham funes auxiliares nos processos judiciais,

    SECO I II

    rgioo Locais

    ARTIGO 107

    (Conselho do tribunal)

    1 .Nos tribunais judiciais deescalo inferior, sempre queas circuns-tncias o justifiquem, funciona um conselho do tribunal, dirigido

    pelo respectivo juiz-presidente e que integra os juzes profissionais.2. Compete ao Presidente do Tribunal Supremo decidir sobre

    a criao do rgo indicado no nmero anterior, sob propostados juzes presidentes dos tribunais respectivos.

    SECO IV

    Relatr io d o s t r i buna i s J ud i c i a i s

    ARTIGO 108

    (Relatrio dos tribunal. Judiciais)

    1. A direco do aparelho judicial faz publicar, anualmente,um relatrio sobre a actividade jurisdicional e outras questesde interesse geral dos tribunais judiciais.

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    53O-{12)ISRIE-NMERO]]

    2. O relatrio anual dos tribunais judiciais dado a conhecer,

    relas meios oficiais, Assembleia da Repblica e ao Governo.

    SECO V

    Articulao com o Governo

    A R T I G O 1 0 9

    (Formas de artiC4Jiallo)

    I.No mbito da direco do aparelho judicial, e luz doprincfpio da interdependncia dos rgos de soberania, os

    tribunais judiciais articulam-se com o Governo nos termosseguintes:

    a)atravs de mecanismos de coordenao que assegurem a

    planificao e inonitoria integradas, tendo em vista o

    desenvolvimento harmonioso das instituies dosector da justia;

    b) mediante a partilha de informaes sobre matrias de

    natureza executiva, nomeadamente, no domnio da

    organizao do aparelho dos tribunais, recursoshumanos, patrimnio e oramento.

    A R T I G O 1 1 0

    (Responsabilidade do Governo)

    I. Compete ao Governo quanto a extenso da rede judiciria:

    a) a criao dos tribunais superiores de recurso;

    b) a criao de novos tribunais de provncia e de distrito;

    c) a criao de tribunais de competncia 'especializada;

    ti) a redefinio da rea de jurisdio dos tribunaisindicados nas alneas anteriores.

    2. Os critrios determinativos da competncia em razo do

    valor e as aladas dos tribunais judiciais de provncia e de distrito

    podem ser revistos pelo Governo, quando a situao o justificar,ouvido o Presidente do Tribunal Supremo.

    3. Cabe ao Governo assegurar a construo das infra-estruturas

    necessrias ao adequado funcionamento dos tribunais, de acordo

    com o plano de extenso da rede judiciria a estabelecer emcoordenao com o poder judicial.

    4.O Governo assegura a formao de magistrados judiciais,oficiais de justia e demais funcionrios dos tribunais.

    CAPiTULO V

    INSPECO JUDICIAL

    A R T I G O 1 1 1

    (Objectlvol)

    A inspeco judicial prossegue, entre outros, os seguintesobjectivos:

    a) fiscalizar o funcionamento dos tribunais e da actividadedos magistrados judiciais;

    b) identificar as dificuldades e as necessidades dos rgosjudiciais;

    c) colher informaes sobre o servio e mrito demagistrados judiciais e oficiais de justia;

    ti) verificar o grau de cumprimento dos programas eactividades dos tribunais;

    e) dispensar apoio aos magistrados judiciais com vista a

    superarem as suas dificuldades tcnico-profissionais.

    A R T I G O 1 1 2

    (Estrutura e mede de lunelonamento)

    A estrutura e modo de funcionamento da inspeco judicialso definidos pelo Conselho Superior da Magistratura ludicial.

    A R T I G O 1 1 3

    (Competncia)

    I.Compete ao Servio de Inspeco ludicial facultar aoConselho Superior da Magistratura ludicial e direco do

    aparelho judicirio o perfeito conhecimento do estado, dasnecessidades e das deficincias ds servios judiciais, a fim deos habilitar a tomar as providncias necessrias.

    2. Complementarmente, ao Servio de Inspeco ludicial cabecolher informao sobre o servio dos magistrados judiciais e

    funcionrios de justia, bem como fiscalizar a contabilidade etesouraria dos tribunais.

    3: Cumpre ainda aos Servios de Inspeco ludicial analisaros relatrios anuais e o desempenho mensal dos juzes e proporao Conselho Superior da Magistratura ludicial as respectivasclassificaes.

    4.A inspeco destinada a colher informaes sobre o servioe O mrito dos magistrados judiciais no pode ser feita porinspector de categoria ou antiguidade inferior s dos magistradosinspeccionados. .

    CAPiTULO VI

    DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    A R T I G O 1 1 4

    (Crlallo de tribunaIs superiores de recurso)

    I. So criados o Tribunal Superior de Recurso de Maputo, o

    Tribunal Superior de Recurso da Beira e Tribunal Superior deRecurso de Nampula.

    2. Aos tribunais referidos no nmero anterior fixadatransitoriamente a seguinte jurisdio:

    a)ao Tribunal Superior de Recurso de Maputo, a jurisdiosobre os tribunais judiciais das provncias de Maputo,Gaza, Inhambane e Cidade de Maputo;

    b) ao Tribunal Superior de Recurso de Beira, a jurisdiosobre os tribunais judiciais das provncias de Sofala,

    Manica e Tete;c) ao Tribunal Superior de Recurso de Nampula, ajurisdio

    sobre os tribunais judiciais das provncias daZambzia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.

    3. Os tribunais judiciais indicados no n." 2 devem entrar emfuncionamento at um ano aps a publicao da presente Lei.

    A R T I G O 1 1 5

    (Competncia transllrla)

    1. Enquanto no entrarem em funcionamento os tribunais

    superiores de recurso, as seces do Tribunal Supremo continuama exercer s competncias conferidas. por lei, queles tribunaisde escalo intermdio.

    2. At que seja aprovada e publicada a classificao dostribunais, os actuais tribunais judiciais de distrito assumem ascompetncias atribudas, na presente Lei, aos tribunais judiciaisde distrito de 2'classe ..

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    20 DE AGOSTO DE 2007 530-(13)

    A R T I G O 1 1 6

    (Funcionamento dos actuala trlbur.als Judiciais)

    Os tribunais judiciais criados na vigncia da Lei n. o 10192, de6 de M aio, mantm-se em funcionamento nos precisos termos

    por ela estabelecidos e na medida em q re no contrariem o

    disposto na presente Lei.

    A R T I G O 1 1 7

    (Publicao de declsOe.)

    i.So publicados em Boletim da Repblica:

    a) na I Srie, os Assentos;b) naIII Srie, os Acrdos.

    A R T I G O 1 1 8

    (salrio mnimo)

    Para efeitos da presente Lei deve entender -se como salrio

    mnimo, o salrio mnimo em vigor para lfuno pblica:

    A R T I G O 1 1 9

    (Ravogaio)

    revogada a Lei n.o10192, de 6 de Maio e a demais legislaoque contrarie o disposto na presente Lei.

    A R T I G O 1 2 0

    (Entrada em vigor)

    A presente Lei entra em vigor 180 dias aps a sua publicao.

    Aprovada pela Assembleia da Repblica, aos 8 de Maio de

    2007. - O Presidente da Assembleia da Repblica, EduardoJoaquim Mulmbw.

    Promulgada aos31de Julho de 2007.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, Armando Emillo Guebuza.

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