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1 De perto Conheça Jonh Domatiere, Chefe de Contas e Finanças do Hospital Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Dompoase (Gana). Notícias Informe-se sobre as notícias mais relevantes das nossas Províncias nos últimos meses. #Comprometidos Apresentamos-lhe Maricris P. Dagohoy, colaboradora do “Guardian Angel Learning Center” das Irmãs Hospitaleiras nas Filipinas. A fundo Saiba como funciona o Programa de Voluntariado Internacional na nossa Instituição. CONTIGO Nº 33 Boletim informativo - Julho 2019

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Page 1: Boletim informativo - Julho 2019 CONTIGO Nº 33...Boletim informativo - Julho 2019 2 Programa de Voluntariado Internacional O Voluntariado é uma forma de solidariedade que se desenrola

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De pertoConheça Jonh Domatiere, Chefe de Contas e Finanças do Hospital Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Dompoase (Gana).

NotíciasInforme-se sobre as notícias mais relevantes das nossas Províncias nos últimos meses.

#ComprometidosApresentamos-lhe Maricris P. Dagohoy, colaboradora do “Guardian Angel Learning Center” das Irmãs Hospitaleiras nas Filipinas.

A fundoSaiba como funciona o Programa de Voluntariado Internacional na nossa Instituição.

CONTIGO Nº

33

Boletim informativo - Julho 2019

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Programa de Voluntariado Internacional

O Voluntariado é uma forma de solidariedade que se desenrola graças à participação de pessoas que, de forma desinteressada e responsável, dedicam parte do seu tempo a realizar atividades a favor dos outros ou de interesses sociais coletivos.

A presença do voluntariado nas Irmãs Hospitaleiras remonta às nossas origens. Em São Bento Menni, nosso fundador, temos a referência mais significa-tiva, já que foi voluntário em Milão (Itália), trans-ferindo os feridos provenientes da Batalha de Ma-genta (1859), e em Espanha, como voluntário da Cruz Vermelha nas guerras Carlistas (1873-1876).

O voluntário hospitaleiro distingue-se pelo seu es-tilo de acolhimento gratuito e solidário à pessoa necessitada e vulnerável, preferencialmente com doença mental, diversidade funcional ou qualquer tipo de doença.

Os voluntários, segundo o nosso Marco de Iden-tidade, fazem parte da Comunidade Hospitaleira, tendo definidas as suas funções e formas de par-ticipação. Integram-se plenamente no Modelo Assistencial da nossa Instituição, potenciando um atendimento integral baseado em princípios de gratuidade e solidariedade, contribuindo para a humanização da assistência e o envolvimento da sociedade na nossa missão.

Cooperação para o desenvolvimentoPara promover a missão hospitaleira em países emergentes, a nossa Instituição conta com o ser-viço de Cooperação para o Desenvolvimento que favorece a transformação social, bem como a pro-cura de recursos humanos e a captação de meios económicos. A coordenação deste serviço está na Casa Geral, situada em Roma (Itália), e conta com a Fundação Bento Menni, ONG da Congregação, cuja

O voluntário hospitaleiro distingue-se pelo seu estilo de acolhimento gratuito e solidário à pessoa necessitada e vulnerável,

preferencialmente com doença mental.

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sede está em Madrid (Espanha).

Criada em 2004, a Fundação Bento Menni (FBM) é uma organização não-governamental que luta, so-bretudo, por garantir a assistência em saúde men-tal a milhares de pessoas que vivem em situação de abandono e exclusão social. Com o apoio de profissionais e voluntários, a Fundação Bento Men-ni desenvolve diversos projetos de cooperação in-ternacional em África, na América Latina e na Ásia.

Voluntariado Internacional O Voluntariado Internacional é uma das áreas de trabalho da FBM, que procura favorecer expe-riências de colaboração entre os diversos Centros Sociais e de Saúde das Irmãs Hospitaleiras, com a finalidade de contribuir para a criação de uma consciência e um compromisso solidário entre os seus colaboradores, ao mesmo tempo que fomenta a sensibilização e educação para o desenvolvimen-to, preferencialmente em saúde mental.

O programa de voluntariado internacional tem como principais objetivos: • Gerar conhecimento mútuo entre pessoas e reali-dades diferentes.• Contribuir para o desenvolvimento da saúde nos países desfavorecidos, através da ação voluntária.• Despertar atitudes solidárias, nascidas da expe-riência direta.• Gerar novos valores e um compromisso vital nos voluntários.

Como posso ser voluntário internacional?Nas Irmãs Hospitaleiras, os colaboradores ou pes-soas ligadas à Instituição que quiserem realizar uma experiência como voluntário internacional devem dirigir-se ao Coordenador Provincial de Voluntariado que lhes proporcionará informações precisas sobre o processo a seguir e realizar uma primeira entrevista como forma de contacto. Du-rante este primeiro encontro são abordados os se-guintes pontos:• Informar sobre o processo de seleção, preparação e acompanhamento.• Conhecer a pessoa interessada em ser voluntária: formação, idade, interesses…• Identificar os aspetos fundamentais que geram a motivação do solicitante, para realizar uma expe-riência deste tipo.• Estabelecer a validade ou invalidade do pedido.• Preencher um pedido formal.

As pessoas que solicitam diretamente à FBM infor-mações sobre este programa são remitidas para o Coordenador Provincial mais próximo ou enviadas à Fundação para receber essa informação.

Depois de recebidos todos os pedidos, na fundação avalia-se o perfil humano e a formação (académica, idiomas…) de cada interessado, fazendo uma se-leção. A FBM dá prioridade aos colaboradores dos centros das Irmãs Hospitaleiras, tendo em conta a profissão (preferencialmente na área da Saúde: mé-

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dicos, enfermeiros…), sendo também avaliados os conhecimentos do idioma do lugar de destino e a disponibilidade de tempo de permanência (mínimo de três meses).

Depois de selecionadas as pessoas que participarão no programa de voluntariado internacional, é feita uma comunicação formal aos próprios candidatos. Além disso, é informado o Coordenador Provin-cial de Voluntariado correspondente e o centro de acolhimento, sendo sempre um centro das Irmãs Hospitaleiras situado em África, na América Latina ou na Ásia.

Os selecionados, antes de realizarem o seu volun-tariado, recebem formação presencial e online, a cargo da FBM que, por sua vez, assume os custos do seu seguro de viagem. Por sua vez, o voluntário encarrega-se das despesas decorrentes dos seus bilhetes de avião, vacinas, vistos e haveres pessoais. O centro de acolhimento assume as despesas de alojamento e manutenção.

Quando o voluntário regressa ao seu país de ori-gem, deve apresentar um relatório final do proje-

to. Este relatório serve, não só, para contar a expe-riência, mas também para dispor de informações que possam ser úteis para os voluntários do ano seguinte.

Para continuar a ser voluntário a nível nacional, a FBM oferece a possibilidade a quem tiver participa-do no programa internacional de colaborar nas ati-vidades que a Fundação realiza em Espanha, como forma de poder contribuir com a missão hospitalei-ra e continuar a apoiar diversos projetos nacionais ao longo de todo o ano. Por exemplo, é oferecida a oportunidade de ajudar em jornadas de sensibi-lização, de falar em mesas redondas contando a sua experiência, de traduzir cartas do programa de apadrinhamento e tudo o que possa ser necessário no escritório.

Um voluntário hospitaleiro é

generoso, respon-sável, altruísta,

tolerante, criativo e solidário. O espíri-to do voluntariado está no coração de

tudo o que fazemos nas Irmãs Hospita-

leiras.

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John Domatiere Barnabas Chefe de Contas e Finanças do Hospital Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Dompoase (Gana), explica em que consiste o seu trabalho e como se sente ao fazer parte da nossa Instituição.

Há quanto tempo trabalha nas Irmãs Hospitalei-ras? Já conhecia a nossa Instituição?Trabalho nas Irmãs Hospitaleiras há pouco mais de 16 meses. Todo este período tem sido um processo de formação contínua, já que, apesar de ter ocu-pado este mesmo cargo durante 13 anos noutro hospital do país, não parei de aprender tanto a ní-vel profissional como pessoal, e sinto que não po-dia ter encontrado um melhor ambiente. Antes da minha integração, não sabia nada sobre as Irmãs Hospitaleiras, embora soubesse que era uma con-gregação religiosa a dirigir este hospital.

Como é trabalhar no Hospital Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Dompoase, Gana? Do que mais gosta no seu trabalho?Sinto-me feliz por trabalhar no Hospital Bento Menni, adaptei-me com facilidade ao ambiente do hospital e à presença das Irmãs.

Como chefe do departamento financeiro, a minha tarefa pode ser frustrante, sobretudo se não houver um sistema de gestão bem ordenado e definido. Contudo, como o trabalho e as relações laborais atingiram elevados padrões éticos e profissionais, posso realizar uma gestão responsável e tomar de-

cisões financeiras prudentes. O que mais gosto no meu trabalho é o facto de me ajudar a ser mais assertivo, analítico e orientado para os resultados, e para o crescimento pessoal e profissional. Elabo-ro periodicamente relatórios sobre as finanças do hospital, e contribuo com os meus conhecimentos, competências e experiência para monitorizar e ava-liar as decisões de gestão levadas a cabo. Também faço parte da equipa de direção do hospital.

Na sua opinião, o que torna especial a Insti-tuição?Apesar de estar há pouco tempo nas Irmãs Hos-pitaleiras, trabalhar aqui causa-me um sentimento de união com o resto das pessoas que fazem parte desta Instituição, já que partilhamos valores funda-mentais centrados em atender e ajudar os mais ne-cessitados. Para tal, a partir do primeiro momento, interiorizei o espírito da Comunidade Hospitaleira que é particularmente contagioso e nos permite identificarmo-nos com o carisma hospitaleiro.

As irmãs demonstram um sentimento de hospitali-dade para com os demais, aceitando as pessoas tal como são, sem distinção. O seu cuidado e serviço aos doentes é admirável, notável e inspirador. Cabe destacar que, em relação aos cuidados de saúde, as Irmãs fomentam o trabalho em equipas multidisci-plinares, com o objetivo de oferecer uma assistên-cia integral, o que também é um selo distintivo da nossa Instituição.

De perto

Chefe de Contas e Finanças do Hospital Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Dompoase (Gana).

John Domatiere Barnabas

“As irmãs demonstram sentimentos de hospi-talidade para com os demais, aceitando as pessoas tal como são. O seu cuidado e serviço aos doentes é admirável, notável e inspirador”

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De perto

Consegue recordar algum mo-mento verdadeiramente signi-ficativo?Lembro-me de vários momen-tos especiais. Em primeiro lugar, vem-me à memória os aniver-sários de todas as crianças, nas-cidas em março de 2018, que vêm à creche situada no centro de dia do hospital. Graças à Irmã Cecilia Eshun, que me convidou para esta festa, pude conhecer as mais de 30 crianças da creche com problemas de aprendiza-gem. Senti-me grato por estar ali, pensei na dedicação das Ir-mãs e do resto do pessoal aos cuidados destes meninos.

Outro momento que recordo especialmente ocorreu duran-te a celebração da festa de São Bento Menni. Nesse dia, os co-laboradores foram convidados a participar num workshop de formação sobre os valores hos-pitaleiros. Durante a dinâmica do workshop, fomos divididos em grupos para discutir mais aprofundadamente e relacionar cada um dos valores institucio-nais com o nosso trabalho no hospital. Isto foi muito revelador para mim, já que tomei cons-

ciência de que aplicar os valores hospitaleiros, no nosso dia-a-dia, ajuda-nos a desenvolver de uma forma mais eficiente o nos-so trabalho. A partir desse mo-mento, ocupo-me pessoalmente de fazer chegar esta mensagem a todo o pessoal, e desejo trans-mitir e zelar por proteger os princípios fundamentais sobre os quais sustentar o nosso des-envolvimento profissional.

Já teve de enfrentar alguma situação difícil?Cada trabalho encerra desafios e é nos momentos mais difíceis que encontramos verdadeira-mente forças para abrir camin-ho. Recordo-me de um momen-to muito difícil que se produziu quando a Província de Inglate-rra, a que pertence este hospi-tal, precisava de uns relatórios financeiros que não estavam prontos, já que as contas do ano anterior (2017) ainda não esta-vam fechadas. Eu e a Irmã Anas-tasia trabalhamos arduamente para conseguir estes relatórios.

Como considera estar a contri-buir para desenvolver a Missão Hospitaleira?Considero que desempenho um trabalho básico, mas, ao mesmo tempo, indispensável em relação ao crescimento e à rentabilidade do hospital. Cada atividade tra-duz-se num custo financeiro e, como tal, analisá-lo e proporcio-nar informações para ajudar na tomada de decisões é uma for-ma de contribuir para garantir que a Missão Hospitaleira possa continuar a ser exercida.

De acordo com as minhas funções, estou convicto de que as minhas ações podem contri-buir com resultados. No nosso contexto (social, económico, de saúde…), é muito importante trabalhar de forma responsável para contribuir para o cresci-mento e a expansão do hospital, bem como tratar de conseguir financiamento público. À medi-da que o hospital cresce, é ne-cessário ampliar as instalações e os serviços.

“Cada atividade traduz-se num

custo financeiro e, como tal,

analisá-lo e proporcionar

informações para ajudar na tomada de decisões é uma

forma de contribuir para garantir que a

Missão Hospitaleira

possa continuar a ser exercida”

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Projeto “Vamos descomplicar?”Província de Portugal

Notícias

A Província de Portugal das Irmãs Hospitaleiras foi galardoada com uma das “Bolsas de Cidadania Roche 2019”, graças ao projeto “Saúde Mental: Vamos descomplicar?”. Estes galardões foram desenhados para financiar projetos e ideias capazes de fomentar a participação dos familiares e dos próprios doentes nos processos de tomada de decisões no que se refere à saúde.

O projeto apresentado pelas Irmãs Hospitaleiras tem como objetivo promover a participação das pessoas com doença mental e/ou diversidade funcional, seus representantes legais e familiares nas decisões sobre os seus tratamentos assistenciais. Deste modo, pretende-se que os utentes da nossa Instituição aumentem a sua autodeterminação e empoderamento, ao mesmo tempo que adquirem competências para lutar contra o estigma associado a este tipo de doenças.

Esta iniciativa, que contará com cerca de 60 participantes, será realizada nos grupos de autorrepresentação de pessoas assistidas, presentes nos 12 estabelecimentos sócio sanitários das Irmãs Hospitaleiras situados em Portugal, abarcando,

assim, todo o país (Continente, Açores e Madeira).

Uma premissa fundamental, de qualquer intervenção assistencial desenvolvida nos nossos centros, é conseguir que cada pessoa atendida possa chegar ao seu potencial máximo de recuperação, pelo que é fundamental oferecer-lhe as “ferramentas” necessárias para assumir a gestão da sua vida, facultando-lhes a informação e os meios de que necessite para o seu empoderamento efetivo. O empoderamento aponta para uma perspetiva ativa de fortalecimento do poder, participação e organização das pessoas assistidas e dos seus familiares.

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Exposição de artesanatoProvíncia de França

Medalha de ouroProvíncia de Espanha

Notícias

De 14 a 18 de maio, por altura da celebração do Dia da Reunificação dos Camarões, celebrado a 20 de maio, o Centro Internacional de Artesanato de Yaundé organizou uma exposição que reuniu vários artistas da zona. A iniciativa teve como objetivo promover, alentar e envolver os mais desfavorecidos nesta celebração tão importante a nível nacional.

Deste modo, os pacientes do workshop de terapia ocupacional do Centro de Saúde Mental Bento Menni das Irmãs Hospitaleiras em Yaundé, através de um stand, apresentaram os seus trabalhos, bem como os seus conhecimentos adquiridos até à data em artesanato. A presença dos nossos utentes neste evento foi uma grande oportunidade para sensibilizar o povo camaronês acerca do estigma

sofrido pelas pessoas com doença mental, e a importância de não serem marginalizadas e/ou abandonadas pelo seu ambiente familiar e social.

Durante os dias de duração da exposição, os pacientes do nosso centro em Yaundé puderam transmitir o seu desejo de serem tratados de forma digna e respeitosa, como qualquer pessoa merece, ao mesmo tempo que partilharam momentos inesquecíveis repletos de valores hospitaleiros..

O Cabildo de Santa Cruz de Tenerife (Espanha) entregou uma das suas medalhas de ouro ao Complexo Acamán das Irmãs Hospitaleiras que, além disso, este ano celebra o seu 50º aniversário.

Matilde Porras, Superiora provincial da Província de Espanha, foi a encarregada de receber a distinção entregue pelo Presidente do Cabildo, numa cerimónia emotiva organizada no Palácio Insular. Esta medalha representa um reconhecimento pelo grande trabalho desenvolvido pela nossa Instituição no âmbito sócio sanitário.

Há 50 anos que as primeiras Irmãs Hospitaleiras chegaram à ilha de Tenerife para dinamizar uma nova presença hospitalar. Depois de tantos anos, e graças ao esforço e dedicação de todos os que fizeram parte desta comunidade hospitaleira, o Complexo Acamán converteu-se numa referência no atendimento a pessoas com incapacidade intelectual e danos cerebrais adquiridos.

Um centro que oferece uma assistência integral, que inclui os aspetos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, com um carácter eminentemente humanizador. Um centro que se destaca pelo compromisso com a qualidade técnica e profissional, a que se soma o voluntariado, como uma forma de envolvimento solidário da sociedade.

Todo este trabalho e esforço foi reconhecido com a Medalha de Ouro do Cabildo. Parabéns a todos os que o tornaram possível!

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Projeto de cooperação em ÁfricaProvíncia de Inglaterra

Quatro médicos espanhóis, colaboradores da Província de Inglaterra, viajaram para o Gana para rever, tratar e oferecer atendimento especializado a vários pacientes com diversas afeções do nariz, garganta e ouvido.

Alberto, Óscar, Carlos e Teresa estiveram cinco dias a dar consultas no centro St. Francis Xavier Hospital, das Irmãs Hospitaleiras em Assin Foso (Gana). O seu trabalho foi de especial relevância, já que há muito poucos especialistas otorrinolaringologistas nesta parte do país.

Durante a sua visita, os quatro médicos trataram um total de 111 pacientes, dos quais 68 eram mulheres

e 43 homens. Entre todos, atenderam 80 pacientes novos e 30 pacientes de anos anteriores, para fazer o acompanhamento da sua evolução.

Encontro NacionalProvíncia da América Latina

De 24 a 26 de maio, as Irmãs Hospitaleiras Lizeth Checa e Cristina Palacios participaram no Encontro Nacional de Novas Gerações de Religiosos e Religiosas realizado em Córdoba (Argentina), onde puderam partilhar com outros jovens consagrados as suas preocupações, desejos e sonhos. Durante o encontro, os participantes descobriram-se como buscadores de Deus, e enfrentaram as interpelações e os desafios que a realidade atual lhes exige para darem uma resposta criativa que ilumine a vida consagrada, dinamizando o seu serviço na Igreja.

A partir do sentir expresso por todos os participantes, reconheceram as dificuldades, forças, desafios e desejos da vida consagrada jovem. A dinâmica do encontro levou-os a “ouvir, ouvir-nos e ouvi-los”, com o objetivo de integrar quem são e aproveitar a formação e os meios ao seu alcance. Tiveram espaços de integração, de oração, de reflexão pessoal e em grupo, o que os ajudou a identificarem-se, de forma responsável, com a sua opção de vida e o papel protagonista que têm na Igreja.

Foi um tempo de partilhar a interculturalidade, a intergeracionalidade e a alegria de nos sentirmos chamados e redescobrir o valor da vida consagrada para revitalizar o desejo de seguir Jesus Cristo em coerência, deixando-se tocar pela mudança e pela incerteza da realidade atual da Igreja, para agir com otimismo, compromisso e fidelidade para transmitir a frescura do Evangelho, estando conscientes da necessidade de um crescimento integral.

Notícias

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Mais informações e contacto:[email protected]

www.hospitalarias.org

Em busca do significado da vida, en-contrei-me com as Irmãs Hospitalei-ras, em concreto com a comunida-de de “New Manila” (Filipinas), onde conheci a Irmã Magnolia que me orientou no meu processo de discer-nimento.

Hoje, recordo e valorizo os dias que passei com as Irmãs. Durante este período pude observar como rezam, como se relacionam entre si e reali-zam a sua missão, ao mesmo tem-po que participam nas atividades da Igreja. O meu coração comoveu-se ao compreender que as Irmãs entre-gam a sua vida ao serviço dos outros,

dade: 28 anos.

Uma cor: Rosa, para mim simboliza o amor incondicional, o respeito e a compaixão.

Uma canção: “I love the Lord”. Adoro esta canção, porque chega ao mais profundo do meu coração e faz-me sentir a presença de Deus.

Um momento: todos os que vivo com os meus alunos. Cito Madre Teresa de Calcutá: “espalha o teu amor pelos demais”, é o que eu trato de fazer todos os dias.

Maricris P. Dagohoy

Datas em destaque: julho, agosto e setembro 2019

especialmente daqueles que estão doentes.

Depois de descobrir que o meu ca-minho não era a vida consagrada, atualmente trabalho como professo-ra no “Guardian Angel Learning Cen-ter”, uma escola das Irmãs Hospitalei-ras nas Filipinas. As crianças enchem o meu coração de amor e alegria, ao mesmo tempo que ordenam as min-has perspetivas de vida. Estas crianças são especiais e únicas, vulneráveis, e merecem ser guiadas e amadas, so-bretudo porque o nosso objetivo é ensiná-las a serem melhores pessoas, ao mesmo tempo que vão crescendo e amadurecendo.

Graças ao meu trabalho nesta Ins-tituição, tenho aprendido muitas lições, como amar incondicional-mente a Deus e ao próximo, espe-cialmente aos mais necessitados, e esta aprendizagem representa um grande privilégio. Espero não deixar de aprender nunca sobre a missão, o carisma e a identidade hospitaleira.

“O meu coração comoveu-se ao compreender que as Irmãs entregam a sua vida ao serviço dos outros”

2 de agostoFinalização do Josefinato 2018-2019

Del 19 agosto a 22 de setembroEncontro de Irmãs, celebração dos 25 anos de profissão

16 de julhoCentenário de fundação, do centro Ntra. Sra. del Carmen, das Irmãs Hospitaleiras em Valencia (Espanha)

#Comprometidos