boletim municipal | novembro / dezembro 2010 | nº2

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Boletim Municipal Novembro/Dezembro 2010 02 CÂMARA MUNICIPAL OUVE OS BEJENSES RELATIVAMENTE AOS GRANDES PROJECTOS PARA A CIDADE / PARTICIPAÇÃO PÚBLICA PRIMEIRO VÔO PODE ACONTECER JÁ EM MAIO DE 2011. DESTINO: LONDRES! // AEROPORTO DE BEJA JORGE PULIDO VALENTE PASSA EM REVISTA O PRIMEIRO ANO DE MANDATO À FRENTE DA AUTARQUIA BEJENSE /// PRESIDENTE EM ENTREVISTA INICIATIVAS ORIGINAIS DÃO UM BRILHO ESPECIAL A ESTE NATAL ///// BEJA CIDADE NATAL CONSTRUÇÃO DO CENTRO COMERCIAL VIVACI DEVE- RÁ INICIAR-SE ATÉ FINAL DO PRÓXIMO ANO. //// VIVACI ARRANCA EM 2011 Parque Urbano Dr. Flávio dos Santos

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

Boletim Municipal Novembro/Dezembro 2010

02

CÂMARA MUNICIPAL OUVE OS BEJENSES RELATIVAMENTE AOS GRANDES PROJECTOS PARA A CIDADE

/ PARTICIPAÇÃO PÚBLICA

PRIMEIRO VÔO PODE ACONTECER JÁ EM MAIO DE 2011. DESTINO: LONDRES!

// AEROPORTO DE BEJA

JORGE PULIDO VALENTE PASSA EM REVISTA O PRIMEIRO ANO DE MANDATO À FRENTE DA AUTARQUIA BEJENSE

/// PRESIDENTE EM ENTREVISTA

INICIATIVAS ORIGINAIS DÃO UM BRILHO ESPECIAL A ESTE NATAL

///// BEJA CIDADE NATALCONSTRUÇÃO DO CENTRO COMERCIAL VIVACI DEVE-RÁ INICIAR-SE ATÉ FINAL DO PRÓXIMO ANO.

//// VIVACI ARRANCA EM 2011

Parque Urbano Dr. Flávio dos Santos

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

PROPRIEDADECâmara Municipal de Beja

DIRECTORJorge Pulido Valente

REDACÇÃO / COMPOSIÇÃOGabinete de Informação

e Relações Públicas

IMPRESSÃOAPS, Lda. - Setúbal

TIRAGEM20.000 exp. - N.º 02

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

FICHA TÉCNICA

10 BEJA SOLIDÁRIA CARTÃO SÉNIOR

11 OBRAS 20 PARTICIPAÇÃO PÚBLICA PROJECTO DO PARQUE URBANO DR. FLÁVIO SANTOS

23 GRANDE ENTREVISTA: JORGE PULIDO VALENTE UM ANO DE MANDATO EM REVISTA

27 ENTREVISTA: VEREADORES JOSÉ VELEZ, CRISTINA VALADAS E MIGUEL GÓIS

31 AEROPORTO DE BEJA PRIMEIRO VÔO PODE PARTIR JÁ EM MAIO

DE 2011. DESTINO: LONDRES

33 ESTUDO BEJA PODE GANHAR 22 MIL HABITANTES

ATÉ 2021

35 BEJA APROVA PLANO PARA A MOBILIDADE ELÉCTRICA

O QUAL TEVE ARRANQUE OFICIAL NA SE-MANA EUROPEIA DA MOBILIDADE ASSINA-LADA EM SETEMBRO

39 CENTRO COMERCIAL VIVACI PROMOTORA PREVÊ INICIAR CONSTRUÇÃO ANTES DO FINAL DE 2011

42 BEJA CIDADE DO VINHO 2010

48 PASSAGEM DE ANO EM BEJA IN EXTREMIS, VIRGEM SUTA E DJ’S CON-

VIDADOS NA PRAÇA DA REPÚBLICA

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20 31

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// índice

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

JORGE PULIDO VALENTEPresidente da Câmara Municipal de Beja

Foi um ano de intenso e árduo trabalho, no rumo certo para o desenvolvimento do concelho e de Beja capital! ]

[

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// nota de abertura

Foi um ano de intenso e árduo tra-balho, no rumo certo para o desen-volvimento do concelho e de Beja capital!

As dificuldades (e as incompreensões também) têm sido muitas e agrava-ram-se significativamente com os cortes nas receitas provenientes do Orçamento Geral do Estado e dos impostos, o que nos obrigou a tomar algumas medidas impopulares mas inevitáveis e inadiáveis.

Mesmo assim, foi possível estabele-cer as fundações dos pilares do nos-so programa e concretizar ou iniciar as 12 medidas urgentes que propu-semos.

O boletim que agora (tardiamente, devido às restrições financeiras) vos chega às mãos comprova que, de facto, muito foi feito ao longo deste 1º ano de mandato, apesar da pesa-da “factura” que o executivo anterior nos deixou.

Destaco apenas algumas das obras, projectos, acções e iniciativas que consideramos mais significativos: reorganização dos serviços e nova estrutura orgânica; melhoria do controle e da gestão, com poupan-ças consideráveis; Centros Escola-

NO RUMO CerTo!

res; renovação do Jardim Público; reparação de estradas em terra batida nas freguesias rurais e de arruamentos em todo o concelho; reparação de habitações sociais; projecto de ensombramento e re-qualificação das Portas de Mértola; projecto da requalificação da ciclo- via da variante; projecto do edifício sustentável da Praça da República; estudo prévio do Parque Urbano Flávio Santos; Beja Cidade do Vinho; Palavras Andarilhas; Festival BD; rede de mobilidade eléctrica; insta-lação das unidades de aquecimento de água e de microgeração de ener-gia; conclusão do campo sintético II; conclusão da pista de radiomodelis-mo; bicicletas de uso público; reu--niões descentralizadas nas fregue-sias rurais.

Agradeço a todos aqueles que con-tribuíram para que pudéssemos atingir os objectivos traçados e, sobretudo, aos trabalhadores do município que, conscientes do seu papel enquanto agentes de serviço público, deram o seu melhor para a concretização das intervenções realizadas em benefício das nossas populações. Um abraço amigo e votos de um Fe-liz Natal e um 2011... no rumo certo!

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// flash

A Câmara Municipal de Beja associou--se às comemorações do Dia Interna-cional dos Museus, através de ateliers dirigidos às escolas. Estas acções de-correram no Museu Jorge Vieira e no Núcleo Museológico do Sembrano e trouxeram muita diversão e... peque-nos grandes artistas!

BEJA COMEMOROU DIA DOS MUSEUS COM ATELIERS PARA CRIANÇAS

“Para além do Patinho – Rui Cardoso” é o título da exposição que esteve pa-tente ao público de 1 a 30 de Outubro em Beja. Realizador, animador e di-rector gráfico mostrou, em Beja, uma sucessão de mundos mágicos e, para-lelamente à exposição, os visitantes, foram convidados a pintar desenhos dos patinhos e a construir histórias à volta das imagens.

OS MUNDOS MÁGICOS DE RUI CARDOSO

... de Rafael Calduch, esteve patente ao público, entre Abril e Maio. A mos-tra é composta por 30 quadros em que o autor seguiu um processo constru-tivo feito numa linguagem de formas que conduz a uma noção de quadro como um espaço de testemunhos.

“A MARGEM NA MARGEM”

José Pedro Matos Fernandes compara o trabalho fotográfico de André Boto a “poesia que é escrita em formas visuais, que nos levam para lá deste mundo habitual, que nos colocam em diálogo com os mais pequenos deta-lhes que se escondem ao olhar mais superficial e ligeiro”.

“SURREALISMO”, DE ANDRÉ BOTO

A exposição de artes plásticas, de Gil Teixeira Lopes, “Na máquina do tem-po” abriu as portas ao público em Beja, na Galeria Municipal dos Escudeiros e poderá ser visitada até ao último dia deste ano. Este projecto expositivo, mais uma vez coordenado pelo Museu Jorge Vieira, está a percorrer, em iti-nerância, vários pontos do País.

“NA MÁQUINA DO TEMPO

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

O projecto “em.cantos”, que encerrou em Beja no passado dia 23 de Julho, revelou-se um sucesso. A Gala “em.cantos” realizada no Pax Julia teve casa cheia e contou com a actuação de André Sardet e Anabela. As recei-tas da bilheteira foram integralmente entregues ao Núcleo de Beja da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

// flash

PAX JULIARECEBEU GALA DE ENCERRAMENTODO PROJECTO“EM.CANTOS”

As noites de Verão no concelho de Beja ficaram marcadas, entre Junho e duas primeiras semanas de Setem-bro, pelo projecto cultural ANIBEJA. Trata-se de um programa desenvol-vido pela Câmara Municipal de Beja em parceria com as Juntas de Fre-guesia da cidade e a delegação de Beja do INATEL.

MÚSICA, TEATRO E CINEMA ANIMARAM AS NOITES DESTE VERÃO

O objectivo foi animar os espaços pú-blicos do concelho através de espec-táculos musicais, sessões de cinema e de teatro. Uma das grandes novida-des da edição deste ano foi o facto do Pax Julia-Teatro Municipal de Beja abrir portas para acolher alguns dos espectáculos previstos para os me-ses de Verão.

Os Ateliers de Verão, criados a pensar na ocupação dos tempos livres das crianças em tempo de férias, mobili-zaram centenas de partici-pantes.A Câmara Municipal de Beja colocou à disposição dos mais novos uma série de ac-tividades que envolviam áre-as de interesse tão distintas como a dança, leitura, des-porto, fotografia, teatro, ex-pressão plástica, expressão corporal, cerâmica, visitas temáticas, entre muitas ou-

ATELIERS DE VERÃO MOBILIZARAM CENTENAS DE CRIANÇAS

tras actividades. Durante os meses de Ju-lho, Agosto e o início de Setembro as actividades de ocupação de tempos livres realizaram-se na Bibliote-ca Municipal de Beja José Saramago, nas paragens da Biblioteca Andarilha, nos pólos da Biblioteca nas freguesias rurais de Alber-noa, Salvada e Santa Vitó-ria, Casa da Cultura, Casa do Lago e Piscina Munici-pal descoberta.

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// Beja viva

A Praça da República recebeu a 24 e 25 de Setembro “Cantigas na Praça”, um evento organizado em parceria com o Município de Beja, pela Asso-ciação do Comércio e Turismo do Dis-trito de Beja, no âmbito do MODCOM, programa de dinamização do comér-cio local.

O objectivo da iniciativa foi animar e dinamizar o espaço público, assim como o tecido socioeconómico da ci-dade, de modo a criar também novas vivências de reintegração do Centro Histórico no dia a dia dos bejenses.Este evento trouxe a Beja grandes figuras do panorama musical na-cional como Fernando Pereira, José Miguel (Fingertips), Nuno Guerreiro, Wanda Stuart, TT, Pedro Miguéis e Olavo Bilac.

“CANTIGAS NA PRAÇA” ANIMARAM E (EN)cANtArAM A cIDADE DE BEJA

A Orquestra Ligeira do Exército ac-tuou na Praça da República de Beja, perante uma considerável mol-dura humana, no dia 8 de Julho.Esta “embaixada musical”, composta por cinco saxofones, quatro trompe-tes, quatro trombones, dois tecla-dos, duas violas, duas percussões e

três vocalistas do Exército, apresen-tou uma estrutura do tipo Big-Band.Do repertório apresentado no concerto constaram, sobretudo, composições ligeiras portuguesas uma vez que faz parte dos objectivos da Orquestra “in-crementar o gosto pela música nacio-nal”, desenvolvendo um trabalho im-

ORQUESTRA LIGEIRA DO EXÉRCITO EM CONCERTO NA PRAÇA DA REPÚBLICA

CENTRO HISTÓRICO DE BEJA COM VIDA NOVAHÁ NOVA VIDA NO CENTRO HISTÓRICO DE BEJA, ASSIM COMO UMA NOVA E MAIOR DINÂMICA. ENTRE UM CONJUNTO DE MEDIDAS PARA ESTIMULAR A VIVÊNCIA E DINAMIZAÇÃO DA ZONA HISTÓRICA, O MUNICí-PIO DE BEJA LEVOU A CABO UM PLANO DE ANIMAÇÃO COM MUITAS E DIVERSIFICADAS INICIATIVAS QUE DEVOLVERAM GENTE E ALEGRIA A ESTES ESPAÇOS EMBLEMÁTICOS.

Beja participou a 24 e 25 de Setembro nas Jornadas Europeias do Património com um “Peddy – Caça ao Tesouro” di-rigido essencialmente aos alunos das escolas, e com visitas guiadas a al-guns sítios relevantes do património. Os monumentos envolvidos foram a Igreja de Santo Amaro, Castelo, Hos-pital da Misericórdia, Igreja da Mise-ricórdia, Conservatório Regional, Pe-lourinho, Janela Manuelina da Rua Dr. Afonso Costa, Museu Jorge Vieira, Pax Julia, Núcleo Museológico da Rua do Sembrano e o Museu Regional. O dia 25 foi dedicado a visitas guiadas. A iniciativa “15 minutos com o Patri-mónio” teve como objectivo propor-cionar uma perspectiva abrangente sobre a história da cidade e da região desde a Idade do Ferro até ao séc. XX.

BEJA PARTICIPOU NAS JORNADAS EUROPEIAS

DO PATRIMÓNIO

portante na recolha, instrumentação e difusão de temas de raiz popular “contribuindo para a afirmação e va-lorização cultural dos portugueses”. Este espectáculo foi oferecido pela Câmara Municipal de Beja e pelo Re-gimento de Infantaria 3, enquadrando--se na programação da ANIBEJA 2010.

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// Beja viva

BEJA ACOLHE INICIATIVAS DE ÂMBITO NACIONAL

A cidade de Beja recebeu, em Maio, o VI Congresso Nacional de Cirurgia Am-bulatória que incluiu ainda a VI Reu-nião Nacional de Enfermagem para Ci-rurgia Ambulatória. A cidade recebeu ainda um encontro nacional de qua-dros do Millenium BCP e um Conselho Aberto da C.G.D. As iniciativas trouxe-ram a Beja alguns milhares de pessoas em que se incluíram alguns prestigia-dos especialistas nacionais. São disso exemplo, a presença de Daniel Bessa e António Perez Metello, Henrique Gra-nadeiro, entre outros. Beja está a ser alvo de maior procura para organização de eventos de projec-ção nacional, devido às excelentes con-dições de acolhimento e ao trabalho de relações públicas e de marketing que está desenvolvido pelo Município. Em todas as iniciativas houve provas comentadas de vinhos do Alentejo, no âmbito de “Beja Cidade do Vinho 2010”.

Beja elegeu, a 26 de Junho, a Rainha das Vindimas de Portugal. De en-tre as 11 candidatas que desfilaram na passerelle instalada na Praça da República, onde a Igreja da Misericór-dia, exemplo ímpar da arquitectura re-nascentista, fazia parte do cenário, a Rainha eleita foi Ana Margarida Olivei-ra, 19 anos, natural de Palmela. Ana Oliveira acumulou o título de Rainha das Vindimas de Portugal com o de Miss Simpatia. A 1ª Dama de Honor é Starlite Henriques, 20 anos, natural do Cadaval. A 2ª Dama de Honor é Jo-ana Ricardo, 19 anos, natural de Ponte

da Barca que acumula com o título de Miss Fotogenia.De entre as candidatas a rainha en-contrava-se a representante de Beja, Ana Catarina Corte Negra.As representantes de cada um dos municípios que integram a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) desfilaram em traje típico de cada concelho, com roupa prática e em vestido de noite. No decorrer da cerimónia houve ani-mação musical com o grupo Rastol-hice e pequenas entradas do humoris-ta Bruno Ferreira, director de vozes

no contra informação e co-autor e ac-tor da rubrica “Pimenta na Língua” no Programa cinco para a meia-noite.

A patrocinar o evento estiveram os vinhos da Casa de Santa Vitória, Her-dade da Malhadinha Nova, Herdade dos grous, Herdade do Pinheiro, Paço do Conde, Monte Novo e Figueirinha, Herdade da Mingorra, QVB Vinhos, Costa Candeias & Godinho, Sociedade Agrícola de Pias, Cooperativa Agrícola da Granja, Herdade Grande, Herdade Cortes de Cima e Sociedade Agrícola Herdade dos Lagos.

BEJA ELEGEU RAINHA DAS VINDIMAS DE PORTUGAL

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// Beja viva

Beja assinalou, no dia 5 de Outubro, a comemoração do Centenário de Implantação da República com uma Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal aberta ao público.Neste dia foi ainda oficialmente inau-gurado o Centro Escolar de Santa Ma-ria. A cerimónia contou com a presen-ça do ministro da Agricultura e Pescas,

COMEMORAÇõES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

António Serrano, do Director Regional de Educação do Alentejo, José Lopes Verdasca, bem como da Directora do Agrupamento nº 1 de Beja, Domingas Moreno Velez e do Presidente da Câ-mara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente, entre outras personalidades convidadas. A inauguração do Centro Escolar de Santa Maria decorreu em

A Organização Mundial de Saúde lan-çou o desafio e Beja aderiu a “1000 cidades, 1000 vidas”, no âmbito da Semana Mundial da Saúde. Com base nas directivas internacio-nais, a Rede Social do Concelho de Beja ofereceu à população um con-

BEJA ADERIU À CAMPANHA MUNDIAL “1000 CIDADES, 1000 VIDAS”

simultâneo com outras 99 em todo o País, numa iniciativa da Comissão Nacional para as comemorações do Centenário da República, em parce-ria com o Ministério da Educação, no quadro de reafirmação dos valores educativos que estão associados à herança histórica da I República e do Republicanismo.

junto de actividades que passaram pela actividade física (aeróbica, step, danças...) rastreios (tensão arterial, glicémia, colesterol), acções de sen-sibilização para as infecções sexual-mente transmissíveis, caminhadas e passeios temáticos. O programa ofi-

cial contemplou ainda a apresentação pública do livro “Unidos no amor, con-tra a indiferença” e a exposição “Res-peito pelo espaço público” que procu-rou identificar políticas de urbanismo e a sua influência na saúde pública e qualidade de vida.

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010 | 09

// Beja viva

O “S. Martinho na Praça” teve, entre muitas outras acções, muita anima-ção infantil e pinturas faciais, a cargo da Associação Dr. Dói Dói e do Projec-to Inclusão pela Arte II, uma caminha-da designada “dos 8 aos 80” e anima-ção dirigida ao público infanto-juvenil. A tarde foi animada com um baile po-pular muito divertido. A Praça esteve transformada num ambiente alusivo às tradicionais hortas, com venda de produtos da época de Outono e onde todos puderam provar vinho licoroso e especialidades típicas das antigas Tabernas de meio rural. E ainda hou-ve lugar a muitas castanhas assadas com bastante animação e ainda várias actividades desportivas dirigidas a to-das as faixas etárias. A organização foi do Município de Beja e da Rede Social.

SÃO MARTINHO NA PRAÇA PARA TODAS AS IDADES

A Semana Sénior organizada pela Rede Social do Concelho de Beja, en-tre 30 de Setembro e 7 de Outubro, proporcionou diversificadas activi-dades de partilha inter-geracional e entre pares. Integrada na Semana Sénior, decorreu a 1 de Outubro a comemoração do 3º aniversário do Centro Social do Lidador. Conversas sobre saúde, actividade física, teatro e momentos de magia, muita música e baile foram algumas das iniciativas que juntaram em festa utilizadores do centro e seus familiares numa parti-lha entre gerações.A Semana Sénior contou ainda com uma feira de artesanato na Praça da República que incluiu a actuação de diversos grupos de cante e música, bem como várias outras actividades ao longo de vários dias.

SEMANA SÉNIOR PROPORCIONOU PARTILHA ENTRE GERAÇõES

MODABEJA “DESFILOU” NO CASTELOA I edição da ModaBeja trouxe à cida-de a mais recente colecção do costu-reiro Augustus. No Castelo, o estilis-ta apresentou o trabalho num desfile com música ao vivo. Antes coube às lojas da cidade subirem à passerel-le para mostrar as tendências Outo-no/ Inverno. Após os desfiles, a festa prolongou-se pela noite dentro com Midnight Fashion Party. Organização DifferentLooks e cocas Produções.

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// Beja Solidária

A Câmara Municipal de Beja celebrou um protocolo de colaboração com a empresa Ultriplo com vista à instala-ção de 10 contentores para deposição de roupa, brinquedos e calçado na ci-dade.

Os artigos depositados e que se en-contrem em bom estado são enviados para instituições de solidariedade so-cial em África. Quanto aos artigos que não reúnam condições o seu destino é a reciclagem.

BEJA, CIDADE SOLIDÁRIADo ponto de vista ambiental, o enca-minhamento destes materiais para doação permite reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterro (a percentagem de têxteis na composi-ção dos RSU do concelho de Beja é de cerca de 7,4%).

O protocolo ressalva que alguns dos bens recolhidos podem ser doados a famílias carenciadas do concelho, mediante solicitação do Município de Beja.

No sentido de contribuir para a me-lhoria e dignificação do bem-estar so-cial da população sénior, o Município de Beja agilizou algumas medidas do Cartão Municipal Sénior.

Considerando a necessidade de con-ceder novos apoios aos idosos, da im-portância da adopção de medidas so-ciais que revalorizem a auto-estima e a ocupação dos idosos, tendo em con-ta que um dos papéis das autarquias é o desenvolvimento de medidas para a resolução dos problemas que afectam as populações, designadamente, os estratos sociais mais desfavorecidos, a atribuição do Cartão Municipal Sé-nior é alvo de critérios mais objectivos

definidos em regulamento.

O Cartão Sénior destina-se a apoiar idosos residentes no concelho com idade igual ou superior a 60 anos que reúnam os requisitos constantes no regulamento. Os benefícios a que o cartão dá direito são o acesso gratui-to às piscinas, bem como a todas as iniciativas municipais, desconto de 50 por cento nas tarifas municipais, isen-ção das taxas municipais, tais como de construção/reparação de moradia unifamiliar, comparticipação em 25 por cento (que cabem ao utente) nos medicamentos adquiridos mediante receita médica e comparticipação de 50 por cento na aquisição do Passe

Social para os transportes urbanos da cidade.

CoMpArTICIpAções pAgAs NAs JuNTAs de FreguesIA

No âmbito do Cartão Sénior, ao qual já aderiram cerca de 550 pessoas, o Mu-nicípio de Beja estabeleceu protocolos com as juntas de freguesia no sentido de os pagamentos devidos aos senio-res serem feitos na zona de residência destes munícipes. Com esta medida são evitadas as deslocações das pes-soas à sede do concelho, reduzindo gastos, tempo de espera e problemas com a mobilidade.

CARTÃO MUNICIPAL

SÉNIOR MAIS JUSTO

E OBJECTIVO

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// obras

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O novo Centro Escolar de Santa Maria entrou em funcionamento no dia 12 de Abril e foi inaugurado a 5 de Outubro pelo Ministro da Agricultura, António Serrano, inserido nas comemorações do Centenário da República.

Concluídos estão também os Centros Escolares de S. João Baptista e San-tiago Maior, estando em condições de serem equipados e mobilados, para entrada em funcionamento. A ideia base destes projectos assenta no fac-to de dar possibilidade de acesso às crianças a infra-estruturas inexisten-tes nas escolas centenárias como é o caso dos ginásios, refeitórios, biblio-tecas e espaços lúdicos. Os novos espaços, compostos por edifícios com dois pisos, asseguram maior conforto e segurança à comu-nidade escolar. O custo total destas obras rondou os 8 milhões de euros.

CENTROS ESCOLARES JÁ ESTÃO CONCLUíDOS

TRABALHOS NO NOVO SINTÉTICO ESTÃO PRATICAMENTE CONCLUíDOS

CeNTro esCoLAr de sANTA MArIA FoI INAugurAdo. sANTIAgo MAIor e sÃo JoÃo BApTIsTA esTÃo proNTos

AMPLIAÇÃO DA ESCOLA EB1 DE BERINGELO Município de Beja está a desenvolver um projecto de ampliação da EB1 nº 1 de Beringel. Com o objectivo de trans-formar aquele espaço num centro es-colar, vão ser criadas mais duas salas de aula, com respectivas instalações sanitárias de apoio, um pátio coberto, uma sala de reuniões e uma sala de professores, incluindo a adaptação dos

arranjos exteriores em função dos es-paços retirados pelas novas constru-ções.

Neste momento a escola é composta por duas salas de aula no rés-do-chão e outras duas no primeiro andar, sendo que destas, uma funciona como biblio-teca e a outra como sala polivalente.

Após terem sido resolvidos uma sé-rie de problemas relacionados com o projecto deste campo, nas suas várias fases e em várias vertentes, a Câmara Municipal de Beja está neste momen-to a colocar as infra-estruturas de águas, esgotos e iluminação de modo

a garantir a entrada em pleno funcio-namento deste equipamento que vai contribuir para resolver o problema de falta de espaços, sobretudo desti-nado às unidades de treino.

Presentemente, já estão instalados e

equipados os balneários provisórios, mas que oferecem qualidade e garan-tia de uma boa utilização.

Esta nova infra-estrutura está apta para a prática do rugby, futebol de onze e futebol de sete.

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 201012 |

A pensar nas pessoas que precisam deslocar-se à Praça da República em trabalho, nomeadamente para tratar de questões administrativas junto dos serviços públicos, o Município de Beja decidiu criar, naquele espaço, 12 lu-gares de estacionamento e 3 de car-gas e descargas e 1 para deficientes. Os trabalhos de adaptação contem-plaram a marcação de lugares de estacionamento no lado esquerdo do sentido do trânsito, junto às lajes da placa central. As adaptações compreenderam ainda o recuo de quatro filas de lajes, junto à Rua dos Infantes, permitindo requa-lificar o espaço onde se encontravam várias lajes partidas e, ao mesmo tempo, criar mais pontos de cargas e descargas. O estacionamento na Praça da Re-pública é taxado entre as 09h00 e as 19h00 dos dias úteis e temporário, com duração máxima de 30 minutos. Após esse período os automobilistas ficam sujeitos às normais medidas le-gais de regulação do trânsito.

PRAÇA DA REPÚBLICA JÁ PERMITE ESTACIONAMENTO TEMPORÁRIO

// obras

O Município de Beja desenvolveu um projecto de construção de Parque de Estacionamento junto às instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (EStIG), no sentido de dar resposta às necessidades de esta-cionamento desta zona da cidade e consequente descongestionamento de carros nas ruas envolventes.Ten-do em conta que o campus universi-tário se situa junto à Mata Municipal, os serviços do Município procuraram uma solução de carácter sustentável, permeável, de integração e valoriza-

ção ambiental e, ao mesmo tempo, funcional. A intervenção de reorgani-zação do estacionamento nesta zona da cidade foi concebida de forma arti-culada com os parques de estaciona-mento existentes nas proximidades e as novas áreas disponíveis. Assim, foi elaborada uma proposta que consi-dera a reformulação do parque exis-tente na Rua Abílio da Mota Ramoa, adjacente ao lote da ESTIG e com ca-pacidade para 56 lugares. Foi ainda considerada a criação de uma faixa de estacionamento contígua à Rua

Pedro Soares confinando igualmente com a ESTIG, com 24 lugares e uma área de estacionamento a Nordeste da escola com capacidade de 186 lu-gares.Para além da criação das con-dições adequadas para o estaciona-mento e reorganização funcional da circulação automóvel, a intervenção tem ainda como propósitos, permitir a circulação pedonal em segurança, criar uma mancha vegetal de forma a valorizar o enquadramento paisagís-tico e minimizar os efeitos da polui-ção, clima e ruído.

CÂMARA CONCLUI PROJECTO DO ESTACIONAMENTO JUNTO À ESTIG

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// obras

No sentido de potenciar o valor patri-monial da Barragem do Pisão, crian-do mais valias para o concelho e, ao mesmo tempo, criando condições de protecção das espécies presentes no local, o Município de Beja em coope-ração com a EDIA está a desenvolver um projecto de requalificação do es-paço.A Barragem, espaço natural de gran-

de valor ambiental, é zona de presen-ça e nidificação de muitas espécies de aves, algumas delas já pouco avista-das em outras zonas da região. Nessa perspectiva, o Município está a traçar um projecto que valorize o seu poten-cial ambiental, em conjugação com a melhoria das condições de usufruto do espaço. Para tal, e numa perspec-tiva de valorização das suas diferen-

tes vertentes, incluindo a arqueológi-ca, estão a ser criadas condições que permitam o estabelecimento de pro-tocolos com diversas entidades da re-gião.

O projecto de valorização da Barra-gem do Pisão, que serve as freguesias de Beringel e Trigaches, está a ser de-senvolvido por técnicos do Município.

MUNICíPIO DESENVOLVE PROJECTO DE VALORIZAÇÃO DA BARRAGEM DO PISÃO

O projecto de reabilitação do Bairro da Mouraria já está adjudicado, devendo as obras iniciar-se em breve.O projecto, integrado no Programa de Acção para a Regeneração Urbana do Centro Histórico de Beja, mereceu de-cisão favorável do INAlentejo e com-preende a requalificação das infra-es-truturas e espaços públicos do Plano de Pormenor da Mouraria. Esta ope-ração inclui o enterramento de todas

as infra-estruturas colectivas (águas, esgotos domésticos e pluviais, redes de baixa tensão e de iluminação pú-blica) e na montagem de uma rede de gás natural e de internet wireless, bem como a requalificação e ordena-mento da rede viária e dos espaços públicos onde se inclui um jardim.

A reabilitação daquele espaço nobre da cidade prevê ainda a construção de

um parque de estacionamento cober-to para utilização exclusiva dos resi-dentes do Bairro da Mouraria. Através da qualificação dos espaços públicos e da melhoria das condições de vida e conforto dos residentes, a reabilitação do Bairro da Moura-ria permitirá contribuir para travar a perda de importância e centralidade desta área da cidade enquanto zona residencial.

BAIRRO DA MOURARIA GANHA JARDIM E PARQUE DE ESTACIONAMENTO

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 201014 |

// obras

A requalificação do Barranco do Poço dos Frangos está concluída.

A área de intervenção do espaço in-cluiu as margens do Barranco, bem como o espaço livre compreendido entre a Quinta D’El Rei e o Bairro de Nossa Senhora da Conceição, num to-tal de cerca de 12 mil m2.

O projecto teve em consideração o fac-to deste troço da linha de água estar integrado numa zona urbana, consti-tuindo um elemento estruturante do

espaço, de grande importância em termos ambientais e fundamental para garantir a continuidade da estru-tura ecológica nesta zona da cidade.

Desta forma, o projecto desenvolvido teve como objectivos a requalificação da função paisagística (instalação de vegetação) e da função hidráulica (limpeza, desobstrução e estabili-zação do leito) e a criação de infra--estruturas de suporte das funções socio-económicas (melhoramento e criação de vias de acesso e de cami-

FINALIZADA REQUALIFICAÇÃO DO BARRANCO DO POÇO DOS FRANGOS

nhos pedonais).

A intervenção consistiu no reperfila-mento transversal da linha de água, com redefinição das margens, de modo a torná-las mais naturaliza-das. Esta operação envolveu acções de alargamento do leito neste troço, dimensionado de modo a obter condi-ções para escoamentos altos, médios e de estiagem, oferecendo uma maior área de infiltração das águas e permi-tindo, assim, um melhor controlo das cheias.

A empreitada de Construção das Re-des Públicas de Água e de Drenagem de Águas Pluviais da localidade de Beringel está em contínuo. A intervenção, que visa a substituição integral da rede de abastecimento de água à população e a criação de uma rede de drenagem de águas pluviais apresentou, como valor base de em-preitada, cerca de dois milhões e meio de euros repartidos pela EMAS e pela Câmara Municipal de Beja. Neste momento estão a ser realizados os trabalhos da rede de águas, reorga-nização dos sumidouros e a adequa-da repavimentação das ruas, traçado dos passeios e estacionamentos, bem como a localização de zonas para de-pósitos de resíduos e ecopontos .

REDE DE ÁGUAS, PLUVIAIS E ARRUAMENTOS DE BERINGEL

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// obras

CENTRO SOCIAL DE SANTA VITÓRIA PRONTO A RECEBER UTENTES

CÂMARA VAI AVANÇAR COM OBRASNO MERCADO MUNICIPAL

A Câmara Municipal de Beja reuniu-se com os concessionários do Mercado Municipal para apresentar propostas de investimento e ouvir as sugestões dos comerciantes.

Numa primeira fase o Município vai avançar com 3 intervenções. São elas a reparação da cobertura na zona da peixaria, recolocação (no exterior) dos

equipamentos de ar condicionado dos talhos e requalificação das casas de banho públicas. O investimento ronda os 150 mil euros.

Para uma segunda fase está previsto um investimento superior a 600 mil euros na requalificação das peixarias, zonas de frio e balneários. Na reunião, Jorge Pulido Valente, presidente da

Câmara, revelou ainda a intenção de fazer uma intervenção “estrutural” no mercado, a médio/longo prazo, aus-cultando para o efeito os concessioná-rios e a população. O autarca lembrou que neste momento esta intervenção não pode avançar dadas as dificulda-des financeiras da câmara e a inexis-tência de fundos comunitários para projectos desta natureza.

O Centro Social de Santa Vitória deve-rá ser inaugurado em breve. A obra, da responsabilidade da Câmara Municipal de Beja, surge para dar resposta a um conjunto de necessidades sentidas pela população da Freguesia pretendendo--se que possa ser utilizado como espa-ço de encontro entre todas as gerações. O valor da empreitada rondou os 221

mil euros, a que devem ser associados mais 50 mil euros correspondentes à aquisição do edifício onde está a ser instalado o Centro Social.

Compete à Junta de Freguesia a manu-tenção e funcionamento do Centro que vai assumir o serviço de apoio domicili-ário, fornecendo refeições e tratamento

de roupa aos seus utilizadores. Durante o dia, deverá ainda assumir a função de espaço de encontro e convívio entre a comunidade local. O edifício, situado na Rua do Poço, originariamente para fins agrícolas, foi adaptado e dotado de um esquema funcional de acordo com as normas técnicas legais para servir cabalmente os fins de centro de Dia.

CÂMARA ARRANJA VIAS E CAMINHOS MUNICIPAIS NO CONCELHOA Câmara Municipal de Beja interveio na requalificação de estradas muni-cipais e caminhos rurais em todo o concelho. Neste âmbito colocou ainda em con-curso, a requalificação da estrada Beringel/Mombeja e da estrada das Apolinárias, estando prevista a elabo-ração dos projectos para as estradas de Salvada/Quintos e Santa Vitória/Mina da Juliana.

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// obras

Prosseguem os trabalhos de requali-ficação e valorização paisagística da Avenida 25 de Abril, na Salvada. A in-tervenção contemplou a pavimentação dos arruamentos e estacionamentos, calcetamento de passeios, renovação integral do sistema de iluminação

pública, marcação de novos lugares de estacionamento ao longo da via e a instalação de um abrigo de passa-geiros na paragem de autocarros. Na vertente paisagística foram criadas zonas de estar e fruição por parte dos peões, através da criação de um es-

REQUALIFICAÇÃO DA AV. 25 DE ABRIL NA SALVADA

A profunda intervenção do Município no Jardim Público está em fase de conclusão. As obras necessárias, e cujos resultados vão mostrar um jar-dim remodelado, com todas as condi-ções para receber miúdos e graúdos, exigiram um esforço financeiro por parte da autarquia de mais de 200 mil euros. Esta intervenção teve que ser

prolongada no tempo em virtude do projecto final aprovado ser de maior envergadura, bem como mais ambi-cioso que o inicialmente previsto.

Muito brevemente o Jardim vai reabrir ao público com novas e melhoradas funcionalidades e com um plano de animação e dinamização para aquele

paço de lazer, junto às hortas e a uma ribeira e foram plantadas árvores ao longo da Avenida.

Os trabalhos continuam apesar dos constrangimentos financeiros que têm afectado a obra.

JARDIM PÚBLICO REMODELADO APRESENTA NOVIDADES

espaço. Entre muitas outras novida-des, conta-se o projecto “Pegada Eco-lógica”, para um “Trilho Geológico” a ser criado no Jardim com o objectivo de o “valorizar” e tornar “mais atrac-tivo”. Também o recinto desportivo sofreu melhorias, assim como serão instalados equipamentos de ginástica para adultos.

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// obras

A EMAS, Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja, lançou recen-temente a Empreitada de Remodela-ção da Rede Pública de Distribuição de Água de Beja através da qual se pretende criar uma nova malha de distribuição principal e preparar a rede e a cidade para intervenções e expansões futuras, criando também zonas de medição controlo por secto-res, ao mesmo tempo que consolida a divisão em três anéis de distribuição, em função dos patamares de pressão necessários.

Esta empreitada vai também intervir, em algumas zonas, na distribuição secundária com substituição de ra-

mais domiciliários, trabalhos que te-rão continuidade numa segunda fase de intervenção. As redes de distribuição de água são elementos de suporte fundamentais da actividade das entidades gestoras de serviços de águas, mas constituem sobretudo o garante do fornecimento e distribuição de água com o necessá-rio grau de qualidade e nas condições de pressão adequadas sem interrup-ções e falhas de serviço.

A cidade de Beja dispõe de uma rede de distribuição que, para além de ser bastante antiga não se encontra es-truturada de forma adequada para dar resposta às solicitações actuais,

tendo a sua evolução sido maioritaria-mente casuística, coincidente com as expansões que se foram verificando na cidade ao longo do tempo.

Para alterar este cenário foi lançada esta empreitada para substituir a rede que, pela sua idade, estado de conser-vação e condições de funcionamento já não apresenta um grau de confian-ça que a permita manter em serviço e por outro lado alterar a filosofia de distribuição de água na cidade de Beja.O concurso para a Empreitada foi lan-çado no dia 16 de Setembro com uma estimativa orçamental para a inter-venção de 2.436.972,04 €.

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BeJA VAI Ter NoVA rede de ÁguAsEMPREITADA DE REMODELAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE BEJA

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// obras

REPAVIMENTAÇÃO DA ESTRADA ENTRE BERINGEL E MOMBEJA

ENERGIA SOLAR REDUZ CUSTOS NA PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE

O projecto de integração de energia solar na produção de água quente para o aquecimento de água na Pisci-na Coberta já está adjudicado devendo a intervenção começar em breve. Este

sistema de integração permite um apoio na poupança de gás para produ-ção de água quente tanto para os bal-neários, como para o tanque da pis-cina. Entre os benefícios contam-se a

diminuição de custos e a redução do impacto ambiental. A obra, financiada a 80 por cento pelo QREN, está orçada em cerca de 185 mil euros.

Já está adjudicada e prevê-se que a obra se inicie em Janeiro. Trata-se da repavimentação da Estrada Municipal 529, de ligação entre Beringel e Mom-beja. A obra, que deverá estar pronta até fi-nal do 3º trimestre de 2011, tem por

objectivo melhorar toda a via, nome-adamente, no que diz respeito à de-ficiente drenagem superficial. Adju-dicada por cerca de 500 mil euros, a obra é comparticipada pelo QREN a 80 por cento.

CONCLUíDA CONSTRUÇÃO DE 1ª FASE DE GAVETõES NO CEMITÉRIOEstá concluída a primeira fase do pro-jecto de construção de gavetões no Cemitério de Santa Clara, em Beja. A obra consistiu na construção de 96 nichos (gavetões) de decomposição tradicional e de mais 192 nichos de decomposição aeróbia. Na decom-posição aeróbia é usado um sistema ventilado com drenagem dos lixivia-dos para caixa de tratamento bioló-gico em betão armado. Este sistema permite a reutilização dos gavetões dentro de 5 anos, em média. Os traba-lhos ascenderam aos 180.000€.

OBRAS NAS NEVES CRIAM MAIOR CONFORTO E MAIOR SEGURANÇAEstá concluída, em Nossa Senhora das Neves, a obra de substituição da rede de águas e a construção da rede de águas pluviais.No final da obra, de grande vulto, proce-deu-se à repavimentação das ruas e à criação de passadeiras sobre-elevadas na Rua principal. Esta intervenção, que não estava prevista no projecto inicial, revelou-se essencial para criar melho-res condições de segurança e de coe-xistência entre veículos e peões.

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// desenvolvimento

INAUGURADA A LIGAÇÃO ALqueVA/roxo

O Primeiro-ministro presidiu, no dia 7 de Julho, à inauguração da ligação Al-queva/Roxo. A cerimónia, que marcou a conclusão de toda a Rede Primária responsável pelo reforço de água para abastecimento público permitiu a concretização de um dos grandes ob-jectivos do projecto de Alqueva: “a ga-rantia de distribuição regular de água às populações”.

No concelho de Beja, as repercussões do reforço de água a partir da barra-gem “mãe” vão desde a criação de condições para intensificar a produ-ção de culturas irrigadas, dando um impulso à modernização das empre-sas directa ou indirectamente ligadas ao sector da agricultura, passando pelo ambiente, turismo, abastecimen-to público.

Todos estes factores incrementam

condições facilitadoras da criação de novas dinâmicas sócio económicas e ambientais.

O regadio por via do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva suscita “uma excelente oportunidade para a inovação organizacional, no âmbito do desenvolvimento do tecido empresa-rial”, conclui um estudo recente de-senvolvido pela Câmara Municipal de Beja. O mesmo estudo “Beja: um futu-ro incerto, mas uma terra de apostas e desafios” destaca ainda que o “apro-veitamento adequado” das potenciali-dades do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, do Aeroporto e do Turismo, permite uma inversão significativa da evolução demográfica, com tendência ascendente.

E resume: fruto de um investimento nacional em projectos estruturantes e

face a potencialidades de que dispõe, Beja encontra-se perante perspec-tivas de desenvolvimento que cons-tituem e se traduzem em apostas e desafios muito estimulantes e deter-minantes para a inversão da tendên-cia de declínio económico e social re-gistado no último meio século.

Alqueva/roxo é a última das ligações concluídas, à semelhança do que já sucedeu na albufeira da barragem do Enxoé (Serpa e Mértola) Monte Novo (Évora) e de Alvito nos concelhos de Cuba e de Alvito.

com todas as ligações concluídas, Al-queva pode “reforçar o abastecimento público de água para uma população de cerca de 200 mil habitantes” sem-pre que as albufeiras apresentem ne-cessidade de água.

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// participação pública

O executivo da Câmara Municipal de Beja promoveu, no dia 10 de Novembro, uma discussão pública sobre o Parque Urbano Flávio dos Santos, a que acorre-ram muitos interessados. A apresenta-ção do esboço do projecto traçado ocor-reu na Casa da Cultura.A área de intervenção do projecto englo-ba, além do perímetro do Estádio Muni-cipal, o recinto ocupado pelo Parque de Campismo e pela própria Piscina Muni-cipal, a que se incluiu ainda uma área que pertencia ao Plano de Pormenor a Norte da Circular Interna, ou seja, a zona adjacente à Av. Salgueiro Maia.

Com uma área total que se aproxima dos oito hectares, a perspectiva do Mu-nicípio para aquele espaço é devolver aos cidadãos uma área nobre da cida-de, mantendo a continuidade de grande espaço livre público, de logradouro e parque desportivo, incluindo a vertente do lazer, com uma filosofia que procura ir ao encontro da eco-sustentabilidade.Com a renovação e reabilitação do Flá-vio dos Santos, o Município procura também criar uma linha de continuida-de para os munícipes, especialmente os peões, entre a casa da cultura e o Parque de Feiras e Exposições de Beja.

NOVOS PROJECTOS PARA O CONCELHO CONTAM COM A OPINIÃO DOS CIDADÃOS

CONCLUíDO O ESTUDO PRéVIO DOPARqUE URBANO DR. FLáVIO SANTOS

Uma linha de continuidade onde predo-minam os espaços verdes, de lazer e usufruto. No decorrer da sessão foi proposto pelo Presidente da Câmara, a criação de um Fórum de Participação Pública, para o qual se voluntariou um grupo de pes-soas. O Fórum, aberto às entidades in-teressadas em participar, bem como a pessoas individuais, proporciona, numa primeira fase, informação e formação sobre o conceito de eco-sustentabilida-de em meio urbano, de modo a melhor capacitar os intervenientes no processo de apresentação de propostas.

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// participação pública

PROJECTO DE BENEFICIAÇÃO DAS PORTAS DE MÉRTOLAO Município de Beja fez a apresenta-ção pública do Projecto Integrado de Beneficiação das Portas de Mértola.A área de intervenção do projecto, que deverá configurar obra física no princípio do próximo ano, será limi-tada à Rua Capitão João Francisco de Sousa, Rua de Mértola e Terreiro dos Valentes e tem como propósito fun-damental dinamizar aquele espaço, bem como defender o património co-mercial e social associado à memória colectiva dos bejenses.

Ao procurar incrementar maior capa-cidade de atracção ao local, o Muni-cípio procura respostas para a revi-talização do comércio, criando mais valias que ganhem cada vez mais tu-ristas e visitantes.

As propostas desenvolvidas para o es-paço integram um sistema de ensom-bramento sobre as principais ruas, a instalação de um conjunto de fontes decorativas em alguns pontos e a mo-dificação do actual arranjo urbanístico do Terreiro dos Valentes, entre outras.

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Na perspectiva de imprimir maior conforto e segurança aos utilizadores da Ciclovia que acompanha o IP2 des-de as proximidades do Quartel Mili-tar até ao desvio para a Base Aérea, o Município de Beja desenvolveu um projecto de requalificação e valoriza-ção do espaço.A intervenção inclui a reparação do piso com aplicação de novo tapete be-

REQUALIFICAÇÃO DA CICLoVIA PERIFÉRICA

tuminoso, separação de espaços para peões e para ciclistas, colocação de rail de protecção e instalação de sete estruturas de apoio ao longo do per-curso. Cada uma das estruturas de apoio compreende zona de ensom-bramento, aparelho de ginástica, um banco, um painel informativo e zona de estacionamento de bicicletas. A enquadrar a ciclovia, surgem cam-

pos agrícolas, áreas desportivas, de recreio e de lazer, pormenores que lhe conferem uma considerável pro-cura de utilizadores do ar livre para a prática de caminhadas e outras ac-tividades físicas. A requalificação do circuito contempla ainda a aplicação de plantas ornamentais, instalação de rega gota-a-gota e o reforço da iluminação.

// participação pública

O Município de Beja lidera o projecto REGIOPEDIA que tem como missão o desenvolvimento de projectos integra-dos na Plataforma Regional Conjunta para a Competitividade e o Emprego do Baixo Alentejo, Algarve e Andalu-zia. De entre os parceiros contam-se a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, Universi-dade do Algarve, Huelva Impulsa – En-tidade Municipal de Desenvolvimento Local, câmara Oficial de comércio In-dústria e Navegação de Sevilha e Se-vilha Global, como parceiros. Promover a integração das economias transfronteiriças nas regiões parcei-ras, eliminar barreiras de mercado, aumentar a massa crítica dos mer-cados regionais, viabilizar clusters

PROJECTO CONJUNTO VIABILIzA

COMPETITIVIDADE E EMPREGO

transfronteiriços, facilitar o acesso dos agentes económicos à inovação e ao reforço da envolvente empresarial, são alguns dos objectivos deste pro-jecto.Apoiando-se numa “base de conheci-mento” em que são partilhados re-cursos, a plataforma constitui-se

REGIOPEDIA

como um elemento de excelência e competitividade da região e dos seus agentes económicos. Contri-bui, deste modo, para a melhoria do emprego e da coesão, para a criação de espaços de iniciativa e para a atracção de investimentos e competências.

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// grande entrevista

que balanço faz deste primeiro ano de mandato?Foi um ano complicado mas com um resultado muito positivo e encoraja-dor. Como se sabe, este foi um ano muito difícil, pelas mais variadíssimas razões. À pesada herança recebida do anterior executivo, que nos deixou numa situação financeira bastante complicada, juntaram-se os cortes e condicionantes resultantes da crise nacional e internacional. Mas isso não nos impediu, nem nos fez recuar na intenção de levar por diante o nosso projecto Beja Capital. Pelo contrário, deu-nos mais vontade e muita força para podermos fazer face a todos os problemas que, dia após dia, nos iam surgindo, assim como para encontrar novos caminhos e soluções para atin-girmos os nossos objectivos. E muitas foram as decisões difíceis que tive-mos que tomar. Fala em decisões difíceis, que tipo de decisões foram essas?Aquelas que as pessoas tanto inter-na como externamente têm mais di-ficuldade em aceitar ou perceber. In-ternamente, explicar que a Câmara

Municipal está a viver acima das suas possibilidade e que, como tal, teve de baixar a verba disponível nos seus orçamentos, assim como apertar os critérios e fazer um grande esforço de contenção. Externamente, assumir que não poderíamos dispor das mes-mas verbas dos últimos dois anos e reduzir, nalguns casos, orçamentos de iniciativas, cancelar outras, reduzir alguns apoios a Associações, projec-tos, etc. E isto é difícil para todas as partes. Para nós que temos de cortar (e só o fazemos por obrigação e em virtude da situação financeira a que se deixou chegar os cofres da Câma-ra) e para quem vê as suas receitas diminuírem em virtude dessa acção. Um exemplo: não fazer em 2010/11 o relvado sintético da Salvada. Uma decisão complicada, mas tal apenas aconteceu porque o dinheiro do em-préstimo contraído para a sua cons-trução não estava lá, tinha sido gasto pelo anterior executivo em outras coi-sas. E isto é grave e deixou-nos numa situação em que tivemos que assumir decisões impopulares. Mas esta e muitas outras situações obrigaram--nos a procurar outros caminhos e

a reforçar as nossas prioridades em termos de gestão. que prioridades foram essas?Em primeiro lugar, o “arrumar a ca-sa”. Preparar a estrutura da Câmara para responder mais eficaz e eficien-temente aos desafios que tínhamos e temos pela frente e também aqui se tiveram de tomar algumas decisões mais delicadas. Depois, concentrar-mo-nos na gestão financeira da câ-mara, concentrando-nos num esforço de contenção financeira e noutro de recurso à captação de financiamento externo, nomeadamente ao nível dos Quadros Comunitários. Neste campo, podemos dizer que fizemos um tra-balho muito forte e com muito bons resultados. Temos, neste momen-to, mais de 10 milhões de euros em candidaturas. Se pensarmos que as receitas correntes da Câmara se situ-am nos 25 milhões, esse valor repre-senta quase metade das receitas anu-ais. Por isso, insisto que o Município tem de ter projectos em carteira para quando as oportunidades de financia-mento surgirem podermos submetê--los em tempo útil e de modo a que os

JORGE PULIDO VALENTE, OPTIMISTA COM O FUTURO DA CIDADE E DO CONCELHO, APRESENTA UM BA-LANÇO GERAL DO MANDATO E AFIRMA QUE BEJA E OS BEJENSES ESTÃO A ENTRAR NUMA “NOVA ERA”, “POSITIVA”, “CONSTRUTIVA” E “DE CONFIANÇA”. O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA AS-SUME AS DECISõES DIFíCEIS QUE TEVE DE TOMAR, MAS QUE ATÉ MESMO AS DESAGRADÁVEIS SURPRE-SAS QUE ENCONTROU, NÃO O DESANIMARAM: DE-RAM-LHE FORÇA PARA LEVAR POR DIANTE O PRO-JECTO “BEJA CAPITAL” PARA DOIS MANDATOS.

“UM ANO DE TRABALHOINTENSO PARA PÔR BEJA NO RUMO CERTO!”

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mesmos tenham mais probabilidades de serem aprovados. Fala em ter projectos em carteira. A que se refere concretamente?Nós investimos muito durante este ano na elaboração interna de candi-datura de projectos, até estimulados por dois factores de peso: por um lado, pela falta de recursos financei-ros para mais intervenções no terre-no, por outro lado pela consequente maior disponibilidade dos técnicos para desenvolverem internamente alguns projectos. E o resultado aca-bou por ser bastante positivo porque chegámos ao final do ano com alguns projectos importantes para a cidade e para o concelho. Além de outros em carteira, estamos a falar de in-tervenções estruturantes em termos de qualidade de vida, como sejam os projectos das Portas de Mértola, da Ciclovia, do Estudo Prévio do Parque Urbano Dr. Flávio Santos, do projecto do parque de estacionamento da ES-tIG, da requalificação da rua Afonso III. Falamos ainda da intervenção da EMAS na rede de águas da cidade. Este conjunto de projectos permitirá que nos próximos anos se concreti-zem estas obras e se realizem novos projectos fundamentais para o desen-volvimento do concelho. Falou na rede de águas. Mas que tipo de intervenção será realizada: ma-nutenção e conservação da rede?Não. Estamos a falar de uma inter-venção de substituição da rede de distribuição de águas! Este é um problema muito complicado e que se arrasta já há muitos anos e que tem

sido constantemente adiado por ser uma intervenção muito avultada, que causa transtornos na circulação e que não é muito apetecível do ponto de vista eleitoral. No entanto, a rede de águas da cidade está muito envelhe-cida e tem perdas de água e roturas constantes e que resultam num des-perdício enorme de água, de dinheiro e num transtorno constante para as populações. Esta intervenção resulta de mais uma candidatura efectuada – neste momento já em concurso de obra – de dois milhões e quatrocentos mil euros. Há intervenções que não podemos continuar a adiar e esta é um exemplo. Há mais intervenções urgentes?Neste ponto voltamos à tal herança deixada pelo anterior executivo que foi mais pesada do que julgávamos. E falo concretamente na componen-te da habitação social. O estado a que se deixou chegar os edifícios munici-pais é preocupante. Começando nos edifícios onde funcionam os serviços camarários, passando pelos que es-tão cedidos a associações e outras entidades e acabando na habitação social, começamos a fazer contas e o custo final para intervir é assustador. No que à habitação social diz respeito, a Câmara tem mais de 300 casas que necessitam de intervenções profun-das. Acrescentamos a isto os proble-mas de incumprimento ligados a um modelo de gestão que não foi o mais adequado...

e qual é para si o modelo de gestão mais adequado?Do ponto de vista financeiro, um mo-

delo real e em sintonia com aquilo que são as verdadeiras possibilidades da Câmara Municipal de Beja, um mode-lo que não se abandone sempre nos dois anos antes das eleições porque se precisa fazer obra para ter votos, um modelo que procure gerar valor acrescentado, mas acima de tudo um modelo que possa criar riqueza e que esteja em permanente contacto com as populações. Depois, é importante aliar a este modelo uma postura acti-va, que procure novas soluções e que proponha desafios aos vários agentes socio-económicos.

Como assim, desafios?Dou como exemplo o Aeroporto de Beja. Eu sempre disse que tinha re-servas quanto a esta infra-estrutura se não se trabalhasse proactivamente na mesma. A Câmara de Beja devia ter feito muito mais no passado recente. Devia ter também ela procurado es-timular o investimento e procurado posicionar-se no mercado territorial dos negócios, ao invés de ficar à espe-ra que outras entidades resolvessem sozinhas o problema.

Mas acha que isso é competência da Câmara Municipal?Não é da responsabilidade exclusiva da autarquia mas esta pode e deve dar o seu contributo. Nós, neste ano, temos trabalhado afincadamente com uma série de entidades na procura de investimento, na sensibilização de parceiros, na divulgação de Beja em Portugal, na Europa e no Mundo e, para breve, teremos algumas novi-dades muito positivas. Para começar, tudo indica que teremos o primeiro

[não é dizendo mal do que se faz que se resolvem problemas, mas sim apresentando soluções e dando o exemplo.]

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vôo comercial já em Maio do próximo ano e com destino a Londres (Aero-porto de Heathrow). Agora temos de saber aproveitar estas oportunidades e apresentarmo-nos a jogo.

Como acha que os Bejenses vão rea-gir a essas notícias?Creio que com muita alegria. Acho que vão desconfiar ao início, porque no passado ouviram muitos discursos vagos que nunca deram em nada, mas quando perceberem que é real... pode ser o início de uma nova era, até da própria relação da população com a Câmara Municipal.

que tipo de relação?Falo de uma relação de confiança. confiança no trabalho. confiança na competência. confiança no método positivo, pois não é dizendo mal do que se faz que se resolvem proble-mas, mas sim apresentando solu-ções e dando o exemplo. Quero dizer às pessoas que estamos numa nova era: mais trabalho e menos conver-sa, mais diálogo e menos bota abai-xo. Veja o exemplo da CP e da ligação de comboio a Beja. A postura anterior era a política do medo e da desgraça, de que íamos ficar sem comboios e até que a linha ferrroviária até Beja ia fechar. O caminho não pode ser esse

e nós quando chegámos decidimos agarrar o problema de outra forma e começar a dialogar com as institui-ções e restantes municípios de forma construtiva! O resultado: vamos ter 5 ligações Intercidades a Lisboa (antes tínhamos uma a duas) e também va-mos passar a ter duas ligações diárias a Faro.

É já nessa linha de pensamento que decidiu avançar com a consulta pú-blica de projectos como o do estádio Flávio santos?Sim, sem dúvida. A participação públi-ca é o caminho, é o futuro. Apresen-támos publicamente os projectos de requalificação das Portas de Mértola e do Flávio Santos com excelentes re-sultados, pois a participação das pes-soas foi surpreendentemente positi-va, até mesmo quando os chamámos a participar mais activamente e para além dessas sessões. temos de pro-curar ir sempre mais além.

então é nesse espírito que se enqua-dra o sonho de tornar Beja a primeira cidade eco-sustentável? É essa uma aposta de futuro? Sim. Vai ser uma imagem de mar-ca. Estamos este ano a terminar as acções de “Beja cidade do Vinho” e, para o próximo ano, vamos criar “Beja Cidade Eco-sustentável”. Va-mos explorar as áreas das energias, da construção sustentável, da biodi-versidade em meio urbano, com uma abordagem integrada de 360 graus. E aí também vamos querer uma intensa participação pública. Começará com a passagem aos cidadãos de informa-ção e de formação sobre o conceito de eco-sustentabilidade, de modo a que possam participar mais activa-mente na fase de discussão pública dos projectos e das propostas: através das suas organizações, sejam elas es-colas, empresas, associações ou ou-tras entidades culturais, desportivas, ou ainda participar a título individual

através do fórum que está agora a ser criado, entre outras.

estamos a falar num patamar interno no que diz respeito à intervenção dos cidadãos que cá vivem. Que reflexos tem este vector em relação à capta-ção de investidores?Aí entra uma outra vertente: todos estes projectos têm associada uma componente de desenvolvimento eco-nómico muito forte. Não se trata de um projecto lírico. Estamos a criar grandes condições de sustentabili-dade a este projecto, com base numa componente de actividade económica que estamos a trabalhar com o apoio de uma empresa na organização da Agência de Promoção Económica. A Agência está em constituição, por via do Conselho Económico e Social que já se reuniu nesse sentido.

para quando se prevêem resultados já visíveis?Penso que em 2011 já vão ser visíveis alguns bons resultados deste trabalho.

e já que fala em 2011 e porque de nú-meros se faz o orçamento municipal, que verba é que o Município vai poder dispor em orçamento para o próximo ano?Não queríamos que o valor global se afastasse dos 42 milhões de euros, o que representa uma diminuição de cerca de cinco milhões face a 2010. E a situação financeira vai-nos obri-gar a reduzi-lo novamente nos anos seguintes para podermos estabilizar financeiramente e podermos olhar o futuro com mais optimismo. Mas mesmo com este grande corte não vamos reduzir as verbas para as Jun-tas de Freguesia, nem para as Asso-ciações, clubes, entre outros. Estas vão estar na nossa lista de prioridades para 2011, assim como a melhoria da Higiene e Limpeza e, claro, o Desen-volvimento Económico e Social.

Falando em ano novo, quais são os seus votos para 2011?Desenvolver Beja com as pessoas e com as forças vivas do concelho e con-tinuar este grande projecto BEJA CA-PITAL que não é só nosso, é de todos!

[Estamos a criar grandes condições de sustentabilidade a este projecto, com base numa componente de actividade económica]

[vamos envolver uma componente que para nós é fundamental: uma intensa participação pública.]

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// actualidade

O Município de Beja apresentou, no início de Junho, um Programa de con-tenção da despesa e, ao mesmo tem-po, de recuperação que passa, entre outras medidas, pelo corte em cinco por cento nos vencimentos do presi-dente e dos vereadores, na redução da despesa, nos apoios externos, no can-celamento ou “emagrecimento” de ac-ções e iniciativas, na reformulação da sua participação em entidades supra--municipais.

O desenvolvimento económico, a coe-são social e a melhoria da prestação de serviços aparecem como prioritá-rios para criar as condições propícias ao investimento gerador de riqueza no concelho. Desde a altura em que tomou posse, o novo executivo tem vindo a reformular algumas das suas opções tendo em conta a dívida que herdou do anterior mandato.

[De entre as várias medidas de contenção desde o início do ano, o Município conse-guiu uma poupança de cerca de meio milhão de euros, ao nível de combustíveis, horas extraordinárias e ajudas de custo, comunicações, segu-ros, entre outras.]

Para fazer face a estas situações, o executivo apresentou várias medidas de contenção e recuperação que re-forçam as já tomadas por via da refor-mulação de procedimentos. Uma das medidas incide no corte, em cinco por cento, dos vencimentos do presidente da Câmara e dos vereado-res, ficando estes a receber menos do que a larga maioria dos chefes de di-visão do Município.

Outras das vias de redução de despe-sas incidem na maior racionalização das horas extraordinárias, nas ajudas de custo, no corte da despesa com combustíveis, com telemóveis, publi-cidade e comunicação, com fotocopia-doras, na redução dos apoios externos e de cedência de viaturas.

Para reduzir custos, o Município deci-diu colocar a concurso o maior núme-ro possível de procedimentos, desde a aquisição de bens e serviços, até às matérias-primas e consumíveis. Para evitar uma situação ainda mais complicada, o Município traçou ainda um plano de redução da despesa com iluminação pública, de adiamento de obras públicas não prioritárias, can-celamento ou “emagrecimento” de acções e iniciativas (dando prioridade às que têm financiamento aprovado) e, entre outros procedimentos, atra-vés da reformulação da sua participa-ção em entidades supra-municipais.

Dando prioridade ao desenvolvimento económico, como factor de investi-mento gerador de riqueza, o Município de Beja aposta ainda na coesão social e, procurando dar o exemplo de boas práticas, na melhoria da prestação de serviços aos munícipes.

De entre as prioridades é dado ainda ênfase ao máximo aproveitamento dos fundos comunitários, candidatan-do o maior número possível de inter-venções ou só por si ou com recurso a parcerias. Aumentar as receitas é outro dos propósitos do executivo.

[Dando prioridade ao desenvolvimento eco-nómico, como factor de investimento gerador de riqueza, o Município de Beja aposta na coesão social e, procurando dar o exemplo de boas prá-ticas, na melhoria da prestação de serviços aos munícipes.]

Em 2011, o executivo vai manter como prioritárias medidas de racionaliza-ção da despesa e poupança nos gas-tos de funcionamento.

EXECUTIVO APRESENTA PROGRAMA DE CONTENÇÃO E DE RECUPERAÇÃO

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

JOSé VELEzVICe-presIdeNTe

EDUCAÇÃO, RECURSOS HUMANOS, ÁGUAE AMBIENTE, SERV. URBANOS E ZONAS VERDES,

PROTECÇÃO CIVIL E SEGURANÇA

que balanço faz deste seu primeiro ano de mandato?Num Município altamente endivida-do, habituado a processos de gestão e liderança muito diferentes dos que defendemos e preconizamos, tivemos uma panóplia de problemas para en-carar e resolver. Entre eles, a neces-sidade de reorganizar os serviços, cortes orçamentais vindos do poder central, quebra acentuada de recei-tas próprias da autarquia, adaptação à realidade do Município, parque de máquinas, viaturas e equipamentos desactualizados, necessidade de for-mação e avaliação de funcionários (e serviços). Todavia, o balanço foi bas-tante positivo. Este primeiro ano de-correu de uma forma intensa, desgas-tante, mas esperamos compensadora para o futuro.

Posso afirmar que, dentro das minhas áreas, o Município denotava diversos problemas complicados e lacunas graves ao nível conjuntural e estru-tural, da organização à planificação, dos recursos humanos aos recursos materiais.

dentro dos seus pelouros, quais con-sidera terem sido os destaques deste ano?A nível da Educação, promovemos e incentivámos o diálogo e as parcerias com todas as escolas e Instituições de Ensino. Concluiu-se o Centro Es-colar de Santa Maria (já a funcionar

em pleno) e estão em fase de con-clusão os Centros Escolares Mário Beirão e Santiago Maior. Encetámos parcerias interessantes com o I.P.B. e recolocámos a Universidade Sénior no caminho certo, rumo ao seu de-senvolvimento. Colaborámos com as mais diversas Instituições de ensino, conseguindo alguns resultados mui-to positivos, passando pelo ambiente, pelas palestras/comunicações, me-lhoria de serviços e instalações, como foi o caso do novo pavilhão da Escola Secundária de Diogo de Gouveia.

Ao nível dos Recursos Humanos, pre-servámos o trabalho dos funcionários da autarquia, com uma aposta firme na melhoria das suas condições labo-rais. Levámos a cabo uma etapa sem precedentes na qualificação e forma-ção profissionais dos nossos traba-lhadores, que continuará em 2011.

Pese embora todas as limitações fi-nanceiras, não descurámos os servi-ços de Higiene e Limpeza, melhoran-do procedimentos e programação de serviços. Continuámos com o incre-mento da recolha selectiva de resídu-os, destacando-se os novos ecopontos subterrâneos e os oleões. Iniciámos desde já a renovação da frota de má-quinas e equipamentos de limpeza e da recolha de lixos, demasiado velha e ultrapassada.

Os espaços verdes sofreram algumas melhorias, com particular evidência na área de arboricultura e do Jardim Público. Apesar da demora na sua re-abertura, não podemos esquecer que o Jardim Público, “ex-libris” de Beja,

estava num estado decrépito e degra-dante e teve que sofrer uma remode-lação total. Ainda hoje me pergunto: como foi possível que um espaço tão importante tenha chegado a um esta-do tão degradante.

Finalmente, de referir que consegui-mos dar resposta muito satisfatória aos inúmeros problemas que atingi-ram o concelho face ao clima de 2010. A Protecção Civil caminhou para uma reestruturação necessária e planifi-cada (que culminará em 2011) e deu muito bem conta do recado, face às inúmeras situações para que foi cha-mada a intervir.

É evidente que tudo isto, só foi pos-sível com imenso trabalho e grande empenho de todos, eleitos, dirigentes e trabalhadores.

em termos muito gerais, quais serão os principais objectivos para 2011?A prioridade máxima será conseguir melhorar a Higiene e Limpeza, inves-tindo na reestruturação dos serviços e na renovação de máquinas e equipa-mentos. Beja tem de voltar a ser uma das cidades mais limpas do país como já o foi há cerca de 10 anos atrás. Vamos também apostar na melhoria de alguns espaços verdes e num Jar-dim Público renovado, rejuvenescido, dinâmico e verdadeiramente ao ser-viço de todos. E não podemos esquecer o papel fundamental que o município tem na Educação e tudo faremos para con-tinuar a contribuir para aumentar os índices de qualidade nos estabeleci-mentos de ensino do nosso concelho.

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CRISTINA VALADASVereAdorAADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS, QUALIDADE E MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

que balanço faz deste seu primeiro ano de mandato?Este primeiro ano de mandato teve como principal objectivo a reorganiza-ção dos serviços, de modo a torná-los mais eficientes, incutindo-lhes novas estratégias, assentes numa cultura modernizada, potencializando e res-ponsabilizando os recursos humanos existentes. Um bom funcionamen-to destes serviços, assume-se como peça fundamental para uma maior ra-cionalização e controle das despesas. Deparámo-nos com um ano com-plicado, tendo em conta também a conjuntura económica nacional e o decréscimo de receitas provenientes dos impostos directos, nomeadamen-te do IMt (Imposto de transacção de Imóveis). Acrescendo a esta situação, tivemos que amortizar na totalidade, um empréstimo de curto prazo (825 mil euros) e restituir 250 mil euros que foram recebidos indevidamente no ano de 2006. Esta situação causou um défice permanente de tesouraria.A nossa gestão visou essencialmente, uma contenção de custos, conseguin-do um decréscimo de 50% em despe-sas de funcionamento, que até à data significam aproximadamente 750 mil euros, nas áreas das comunicações, do material de escritório, na seguran-ça, em matérias subsidiárias, ferra-mentas e utensílios, entre outras. É importante destacar que renegociá-mos grande parte dos nossos contra-

tos, entre eles, aquele que diz respeito à Plataforma electrónica de contrata-ção pública, que para além de ter sig-nificado um decréscimo de 50% para o Município, permite que os nossos for-necedores não tenham despesa para com a mesma.

dentro dos seus pelouros, quais con-sidera terem sido os destaques deste ano?Uma das áreas importantes foi a des-materialização administrativa que tem como objectivo tornar o sistema mais eficiente, mais rápido, mais pró-ximo dos cidadãos. Nesse sentido, é nossa intenção desburocratizar pro-cedimentos, disponibilizando através do site do município, um conjunto de serviços aos cidadãos, que de um modo cómodo e célere, podem pedir e aceder a determinados documentos, como requerimentos para licenças, autorizações prévias e muitos outros procedimentos administrativos. Va-mos disponibilizar on-line um simula-dor de taxas de edificação, encontran-do-se também, a serem ultimados os pormenores para a submissão de pro-cessos de licenciamento industrial. Um outro progresso, foi disponibilizar o pagamento por multibanco da publi-cidade e das refeições escolares com uma adesão superior a 50%.Não esquecendo aqueles que não têm acesso à internet, dispomos de um projecto pioneiro, o Bibliobus, que permite o acesso a todas as informa-ções, divulgações, documentos e ser-viços do Município. Esta unidade mó-vel desloca-se a todas as freguesias e lugares do concelho. A nível do funcionamento interno, es-

tamos também na fase final do tra-tamento electrónico de requisições, cabimentos e ordens de pagamento. Neste último processo, os nossos for-necedores vão ser notificados através de e-mail sobre o pagamento das res-pectivas facturas.

No âmbito do planeamento, são já re-alizados um conjunto de relatórios de gestão, que permitem gerir de forma mais rigorosa e atempada, o controle de custos/despesas. No serviço de armazém foi conseguida uma melhoria significativa através da inventariação de todos os bens, iden-tificando-se os monos, material obso-leto e outros artigos que se encontra-vam no espaço sem qualquer registo. Deste modo, existe a possibilidade de evitar falhas no sistema, pois todas as entradas e saídas de material ficam registadas/controladas. De um modo geral, traçámos objecti-vos coerentes e estruturados que se traduziram numa melhoria do funcio-namento dos serviços, rentabilizando e potencializando recursos com rigor e qualidade, e são evidentes as estra-tégias que visam facilitar a vida dos cidadãos.

em termos muito gerais, quais os principais objectivos que aponta para 2011?Manter como prioritário o controlo de custos de funcionamento. Vamos con-tinuar a lançar novos processos con-cursais, destacando-se o sector ener-gético. Apostar em novos serviços online, reestruturar profundamente a área informática, visando simplicar a vida ao cidadão e às empresas.

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// entrevista

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MIGUEL GÓISVereAdor

CULTURA, PATRIMÓNIO, TURISMO, DESPORTO, JUVENTUDE, COMUNICAÇÃO

INTEGRADA E PARTICIPAÇÃO PÚBLICA

que balanço faz deste seu primeiro ano de mandato?Sabíamos que não ia ser fácil e, ape-sar de não esperarmos encontrar uma série de situações bastante desagra-dáveis que encontrámos, escolhemos arregaçar as mangas e trabalhar a um ritmo verdadeiramente frenético e com muito poucos recursos. Por isso, posso dizer com toda a certeza que este foi um ano muito desgastante, mas recompensador. Intensamente exigente, mas muito proveitoso. Difí-cil, mas deveras positivo pelo trabalho realizado: pelo visível, mas também muito por aquele que é pouco per-ceptível aos olhos dos cidadãos (o da organização e do planeamento estra-tégico para os próximos anos).

dentro dos seus pelouros, quais con-sidera terem sido os destaques deste ano?Muito sinceramente, a vitória no desa-fio de fazer mais com menos (nalguns casos até com muito menos!) e com grandes exigências ao nível da quali-dade.No campo Cultural os resultados são mesmo muito positivos. Com muito menos recursos conseguiu-se ofe-recer à cidade uma programação de altíssima qualidade e com menos custos para a Câmara Municipal. Con-seguimos ter grandes nomes das ar-tes e do espectáculo e proporcionar momentos inesquecíveis. Só pelo Tea-

tro Pax Julia passaram nomes incon-tornáveis como o António Zambujo, a Cristina Branco, o Legendary Tiger Man, o Tiago Bettencourt, o Rodrigo Leão, as Companhias Olga Roriz, Pau-lo Ribeiro e Pedro Burmester, o Rui Horta e também o Moscow tchaiko-vsky Ballet. E isto é verdadeiramente gratificante, ainda mais se pensarmos que o conseguimos fazer gastando significativamente menos aos cofres municipais.Implementámos novos eventos ânco-ra como a Beja Wine Night ou o Beja Gourmet. Demos vida ao Centro His-tórico, muita vida e animação. Um sem número de iniciativas teve lugar no coração de Beja em apenas um ano e os Bejenses reconhecem a im-portância disso mesmo. E não vamos deixar de o fazer. Este ano, e todos aqueles que se seguirão, vamos ter noite de Passagem de Ano na Praça da República, preferencialmente com gente de Beja e do Alentejo em palco.

E tudo isto tem também um impacto no turismo, em que a máxima tam-bém foi “abrir portas” e mostrar Beja. Os monumentos, os museus passa-ram a estar abertos aos feriados e aos fins-de-semana e só no castelo du-plicámos o número de visitantes nos primeiros meses do ano!Aprovámos, no domínio da Juventude, o Conselho Municipal, abrimos o Pax Julia ao público jovem, assinámos o protocolo para o Cartão Jovem Mu-nicipal a iniciar no primeiro trimestre de 2011, lançámos o projecto Viagem Cultural Jovem às Cidades Europeias, estabelecemos parcerias com diver-sas Associações da qual é exemplo

a Semana do Caloiro e da Juventude com o IPBeja (um excelente programa com muito menos custos para ambas as partes).

No Desporto, procurámos garantir a qualidade dos serviços e o apoio aos clubes, apesar da pesada herança fi-nanceira recebida. E mesmo com to-das as dificuldades vamos ter o novo relvado sintético em pleno.

Quanto à “participação pública” os resultados foram muitissimo satisfa-tórios. A realização das reuniões de Câmara nas Freguesias Rurais foram um marco. Sobretudo porque deci-dimos ouvir as pessoas quanto aos grandes projectos para o concelho, como foram os exemplos das Portas de Mértola e do Flávio dos Santos. E não imaginam o quanto é gratifican-te verificar a participação construtiva das pessoas.

Falhámos ao nível da dita comunica-ção municipal, só fazendo sair um Bo-letim para além deste. Porquê? Com a redução de custos (só aí poupámos 50 mil euros) não o considerámos priori-tário... talvez por estarmos mais preo cupados em trabalhar no futuro de Beja e dos Bejenses do que no nosso próprio futuro enquanto políticos.

em termos muito gerais, quais os principais objectivos que aponta para 2011?Aponto um e o mais difícil: com humil-dade, mas muito querer, muito traba-lho e muito optimismo fazer mais e melhor com ainda menos recursos que este ano!

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 201030 | Foto de: Luis Filipe Catarino - Presidencia da República

// desenvolvimento

O presidente do Município de Beja promoveu, no passado dia 8 de No-vembro, uma reunião de trabalho com uma série de parceiros, no sentido de debater estratégias e acções concer-tadas de promoção da inovação, com-petitividade e crescimento.“Transformar Beja num pólo de ino-vação, competitividade e crescimento é uma ambição comum às políticas municipais e às estratégias empresa-riais” sublinhou Jorge Pulido Valente, ao defender que “o desenvolvimento de instrumentos orientados para a concertação dessas políticas e es-

tratégias é uma exigência resultan-te dessa ambição”.Ao reunir-se com parceiros empresariais regionais, o autarca procurou estimular o desen-volvimento partilhado de instrumen-tos de gestão estratégica e de inter-venção na envolvente empresarial.Na reunião foram debatidas estraté-gias locais e regionais de inovação, competitividade e crescimento, bem como as correspondentes acções de curto e médio prazo. O encontro entre parceiros ocorreu no quadro da nor-malização da Agência de Promoção Económica.

CÂMARA REÚNE CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

Tendo em conta a necessidade de promover estratégias concertadas para dar resposta aos novos desafios e oportunidades de negócio gerados pelo Empreendimento de Fins Múlti-plos de Alqueva (EFMA), bem como a necessidade de captar e fixar jovens, a Câmara Municipal de Beja e a EDIA assinaram, a 11 de Novembro, um protocolo de cooperação institucional.O protocolo vai ao encontro da coope-

ração estratégica e de marketing ter-ritorial na senda das oportunidades de negócio geradas pelo EFMA, as quais implicam uma nova configuração das actividades económicas, do ambiente, da qualificação e fixação de pessoas no Alentejo.O acordo entre as partes foi celebrado no Salão Nobre do edifício da Câma-ra na presença do Governador Civil de Beja.

MUNICíPIO DE BEJA E EDIA ASSINAM PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

Beja vai ser servida por cinco com-boios intercidades Beja/Lisboa, contar com mais duas paragens – Alcáçovas e Alvito, com dois comboios diários Beja/Funcheira/Faro, e ainda com a melhoria e substituição de equipa-mentos e carruagens. Estas são algumas das garantias da-das pela cP (comboios de Portugal) aos autarcas de Beja, Cuba, Alvito e Viana do Alentejo em reunião de acompanhamento do processo.De modo a assegurar a melhoria das acessibilidades, os autarcas dos con-celhos servidos pela linha ferroviá-ria mantêm reuniões regulares com a CP e a REFER, tendo trazido desta reunião a garantia de que a CP vai promover o aumento da procura de utilizadores através da melhoria dos

serviços prestados. Jorge Pulido Valente congratula-se com esta postura da CP que, indo ao encontro das expectativas, contribui para a afirmação da capitalidade de Beja e traz vantagens relativamente ao aeroporto.

Com abertura da nova linha prevista para Maio do próximo ano, a melhoria dos serviços prestados pela CP têm reflexos muito positivos na mobilidade dos residentes ao mesmo tempo que facilitam a entrada de visitantes. As ligações através do Intercidades (Beja/Lisboa) passam de duas para cinco com ligação a Évora. Os regio-nais mantêm-se com a regularidade normal e as ligações a Faro passam a contar com dois comboios diários.

BEJA PASSA A TER CINCO LIGAÇõES DIÁRIAS “INTERCIDADES” A LISBOA E DUAS A FARO

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// desenvolvimento

Portugal esteve pela primeira vez re-presentado na Feira Aeronáutica de Farnborough, em Londres, com uma representação de cerca de 40 empre-sas, fruto da parceria estabelecida entre a AIcEP (Agência para o Inves-timento e Comércio Externo de Portu-gal) e o Barclays com vista a potenciar o “cluster” aeronáutico português.

À margem deste encontro – consi-derado uma das mais importantes mostras de equipamento e tecnologia aeroespacial do mundo – foram feitas referências ao aeroporto de Beja. O presidente da Embraer Europa, Luiz Fuchs, revelou não ter dúvidas que o avanço do novo aeroporto de Lisboa e o arranque das operações no aeropor-to de Beja vão impulsionar o “cluster” aeronáutico português. O responsável do grupo brasileiro de aeronáutica su-blinhou que, apesar de o aeroporto de Beja ainda não ter data definida para começar a operar, “temos tempo pela frente”.

Por sua vez, o administrador da AI-CEP, Luís Florindo realçou a impor-tância dos projectos dos dois aeropor-tos (Beja e Lisboa) e sublinhou que “o facto de não estarem em velocidade de cruzeiro não afecta as oportunida-des que se colocam às empresas do sector”. Porque, acrescentou ainda, “quando for o momento oportuno não deixaremos de ter investidores inte-ressados nos projectos”.

De acordo com informação veiculada pelo Jornal de Negócios acerca des-ta matéria, “as companhias aéreas de voos não regulares (‘charter’) já começaram a mostrar interesse em utilizar o aeroporto de Beja para es-tacionar as suas aeronaves, evitando assim, as taxas suplementares que são obrigadas a pagar em Lisboa. Já a portuguesa EuroAtlantic foi mais longe e tem um plano de investimen-to previsto para aquele aeroporto. A companhia aérea pretende entrar na área da manutenção de aviões Boeing,

num investimento que rondará os 25 milhões de euros”.

Ainda de acordo com declarações de Luís Florindo, representante da AI-CEP, “Portugal passou a estar no mapa do sector aeronáutico para os grandes grupos mundiais”. Segundo este responsável, as empresas por-tuguesas dos mais diversos sectores, desde as especializadas nos compo-nentes até às fabricantes de ‘softwa-re’, estão cada vez mais envolvidas no sector aeronáutico.

prIMeIro VÔo poderÁ pArTIr JÁ eM MAIo. desTINo: LoNdres

Estão praticamente concluídas as ne-gociações com uma companhia aérea internacional com vista à abertura de uma rota Beja-Londres, já a partir de Maio de 2011, contemplando incial-mente um vôo semanal com destino ao Aeroporto de Heathrow na capital Inglesa.

AEROPORTO DE BEJA PODE IMPuLSIONAr ‘cLuStEr’ AERONÁUTICO PORTUGUÊS E PRIMEIRO VÔO PODE PARTIR JÁ EM MAIO DE 2011

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 201032 |

O Município de Beja aprovou em Julho, em reunião de Câmara, um protocolo com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, no sentido de integrar a “Rede de Centros de Acolhimento Tu-rístico – Chaves do Alentejo” com o objectivo de conceber e aplicar uma estratégia integrada de acolhimento. O projecto, candidatado ao INALEN-TEJO, visa a “concepção de uma es-tratégia de hospitalidade à escala re-gional” com vista à aplicação de uma gestão integrada da rede “Chaves do Alentejo”, apoiada em serviços de acolhimento turístico com linguagens e conteúdos comuns. O novo projecto, que tem como ponto

de partida os actuais postos de turis-mo, na sua grande maioria de gestão municipal vai ao encontro de novas formas de promoção eficaz da inte-ractividade com o turista, alargando as suas possibilidades de fruição do território. Nesse sentido, e de acordo com o protocolo, “é importante e estratégico implementar no território iniciativas formais de integração e de coopera-ção que envolvam os diversos serviços de informação turística, com o objec-tivo de reforçar a organização do aco-lhimento turístico no “Destino Alente-jo”, criando mais-valias económicas e sociais”.

O acordo entre as partes estabelece ainda que, “a criação de um sistema integrado capaz de promover a ges-tão turística dos serviços comuns no “Destino” assume um carácter estra-tégico, contribuindo para a afirmação do cluster regional do Turismo”. E acrescenta que “a estruturação, na região, de um sistema de gestão dos serviços comuns de acolhimento tu-rístico, que promova a inovação e a diferenciação, é reconhecida no Plano Operacional de Turismo do Alentejo como uma aposta estratégica para o território, com benefícios para a glo-balidade da economia regional”.

MuNICípIo de BeJA Ao eNCoNTrodo CLusTer regIoNAL de TurIsMo

CâMArA MuNICIpAL de BeJA proMoVe VALorIzAçÃo do pATrIMóNIo e dA HospITALIdAde

“Conhecer para Promover – Descobrir os Segredos de Beja” é a proposta que o Município está a desenvolver, em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, desde Outubro último até finais de 2011. De acordo com Miguel Góis, Vereador do Turismo, este programa é constitu-ído por acções de formação direccio-nadas para diversos intervenientes, como sejam trabalhadores de vários sectores, da restauração, da hotela-ria, órgãos de comunicação social, escolas, empresas locais, entre mui-tos outros, com o objectivo não só de aumentar o conhecimento acerca do património do concelho, mas também para fazer de cada um destes actores “embaixadores de Beja”.Para dar o exemplo, e também para melhorar a qualidade do atendimen-to, o município de Beja fez questão

que os próprios colaboradores da Câ-mara Municipal fossem os primeiros “formandos” desta acção (esta medi-da tem como objectivo atingir todos os trabalhadores da autarquia, durante um ano).As acções, que se realizam durante a manhã, incluem uma pequena apre-sentação inicial na Biblioteca Muni-cipal, seguindo-se uma visita guiada e apresentação dos principais moti-vos de interesse de cada um dos mo-numentos emblemáticos da cidade, assim como de outras curiosidades históricas acerca da cidade e do con-celho.Tendo em conta que todos os agentes locais são, por excelência, difusores de informação turística junto dos vi-sitantes, a acção tem também como propósito sensibilizar para a impor-tância de saber valorizar o património

que temos e o que mostramos como cartão de visita, contribuindo também activamente para o aumento da noto-riedade da marca Beja.

// desenvolvimento

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

// desenvolvimento

De acordo com um estudo da Câma-ra de Beja, o concelho pode ganhar 22 mil habitantes até 2021, tendo em conta a exploração das potencialida-des do Aeroporto, do Empreendimen-to de Fins Múltiplos de Alqueva e do Turismo. De acordo com as previsões do es-tudo “Beja: um futuro incerto, mas uma terra de apostas e desafios”, o “aproveitamento adequado” das po-tencialidades destes projectos âncora permite uma inversão significativa da evolução demográfica, com tendência ascendente.

Fruto de um investimento nacional em projectos estruturantes e face a potencialidades de que dispõe, Beja encontra-se perante perspectivas de desenvolvimento que constituem e se traduzem em apostas e desafios muito estimulantes e determinantes para a inversão da tendência de de-clínio económico e social registado no último meio século.Nessa perspec-tiva, o estudo explora a necessidade de enquadrar modelos inovadores de desenvolvimento que passam por abordagens de organização do espaço e das actividades e serviços do terri-tório assentes em economias comple-mentares e de agregação.

No que diz respeito ao aeroporto, o estudo sublinha que “a maior parte dos exemplos de sucesso têm asso-

ciadas duas entidades distintas: uma com experiência na gestão técnica e financeira da infra-estrutura e dos equipamentos de suporte à activida-de e a outra apenas vocacionada para ancorar negócios e procurar investi-mentos”.

No que à agricultura diz respeito, o estudo aponta o regadio por via do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva como uma “excelente opor-tunidade para a inovação organiza-cional, no âmbito do desenvolvimento do tecido empresarial. Dar resposta a este desafio implica o reforço do papel das administrações, particularmente do Estado, através do reconhecimento efectivo e de índole prática de que o investimento não se restringe apenas ao conteúdo materializado pela obra física ou pela instalação de tecnologia e de meios de produção. É muito mais do que isso, sendo necessário investir, não só nas pessoas, mas também na criação ou melhoria das organizações que as possam enquadrar e dar ex-pressão económica às suas capacida-des. Por outro lado, é importante in-crementar políticas de extensão rural adequadas às nossas realidades”.

Em relação ao sector do Turismo há, “boas perspectivas de investimento através de projectos já apresentados e de intenções manifestadas. também neste sector, é importante a temática

dos modelos de implementação dos sistemas de enquadramento turísti-co, perspectivando-se a existência da figura de “resorts” e a figura do tu-rismo difuso pelos campos, aldeias e vilas do território. Relativamente ao pequeno empreendimento, disperso no território, envolve uma diversidade de produtos e actores que exige uma organização e uma promoção mais exigentes, mas com efeitos indutores muito consideráveis, na medida em que o entrosamento das unidades tu-rísticas na relação com outras activi-dades e com o território é superior”. De acordo com as conclusões do estu-do, “o território do concelho tem con-dições de afirmação para ambas as tipologias, no entanto, a organização envolvendo o pequeno empreendi-mento e a sua relação com o território é, em termos organizativos, mais exi-gente, necessitando de uma resposta de eficiência colectiva mais expressiva para responder aos desafios que este modelo contempla.

As previsões do estudo apontam para a criação de 15 mil postos de trabalho até 2021, dos quais, 638 são expectá-veis já para o próximo ano. Os dados do estudo apontam ainda para “uma demografia de qualidade e sustentá-vel”, uma vez que estimam não só o crescimento populacional, como o seu rejuvenescimento.

BEJA PODE GANHAR 22 MIL HABITANTES ATÉ 2021O ESTUDO EXPLORA A NECESSIDADE DE ENQUADRAR MODELOS INOVADORES DE DESENVOLVIMENTO QUE PASSAM POR ABORDAGENS DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO E DAS ACTIVIDADES E SERVIÇOS DO TER-RITÓRIO ASSENTES EM ECONOMIAS COMPLEMENTARES E DE AGREGAÇÃO.

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// Beja sustentável

Na procura de soluções para promo-ver uma melhor qualidade de vida, o Município de Beja colocou em prática instrumentos que premeiam princí-pios e procedimentos de construção sustentável, ao mesmo tempo que dá o exemplo através das suas interven-ções.

Com base num acordo com o Instituto Superior técnico (ISt) – que desen-volveu o LíderA (marca portuguesa de certificação da construção susten-tável) – a Câmara promove práticas de sustentabilidade na concepção de projectos e realização de obras, asse-gurando que as soluções ambiental-mente bem conseguidas sejam objec-to de certificação.

A esta certificação podem ser subme-

tidos projectos de construção ou re-qualificação de espaços habitacionais ou de serviços. Os projectos devem ser acompanhados desde a sua fase de concepção pela equipa de técnicos que, após a execução, irá avaliar se os mesmos preenchem os critérios do Sistema de Reconhecimento Vo-luntário da Construção Sustentável, designado por LiderA – Liderar pelo Ambiente.

CâMArA de BeJA dÁ exeMpLoO Município de Beja desenvolveu um projecto de edifício sustentável que vai albergar todos os serviços da au-tarquia. O projecto insere-se num quarteirão situado no Centro Históri-co, o qual vai ter ligação directa com a Praça da República, Rua da Moeda e Rua dos Escudeiros. No seu logradou-

ro vai albergar um Museu Arqueológi-co onde se encontra um dos maiores templos romanos da Península Ibéri-ca, com 30 metros de comprimento e 19,40 de largura, rodeado por um tan-que com 4,5 metros de largura.

Ao incluir o actual edifício do Departa-mento técnico, as instalações da an-tiga tipografia do DA e o edifício muni-cipal demolido em função do incêndio ocorrido em 2008, o projecto – com-posto por três tipologias: restauro, reabilitação e construção – está a ser desenvolvido por uma equipa consti-tuída pelos arquitectos Eugénio Cas-tro Caldas e Nuno Távora.

A obra, que deverá ser lançada no próximo ano, será financiada por fun-dos comunitários.

BEJA PREMEIA BOAS PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

[Beja tem como

objectivo tornar-se

a primeira cidade

eco-sustentável do

país]

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

mento, permitindo a entrada de várias empresas no mercado.

Na sequência do Plano foi instalado, na Semana Europeia da Mobilidade, o primeiro ponto de carregamento eléc-trico, na Praça da República. Em Beja está prevista, até 2012, a instalação de 10 carregadores eléctricos: dois na Praça da República e outros tantos por cada uma das seguintes zonas: Parque de Estacionamento Miguel Fernan-des, Parque de Estacionamento do IPB (Instituto Politécnico), Piscina coberta e Parque de Materiais Municipal. Até 2015 deverá ser criada, no concelho, uma rede pública de carregamento composta por 30 carregadores.

O Plano, que prevê desenvolver-se em três fases, compreende neste momen-to a fase piloto, em curso até 2011, que inclui a construção de uma infra-es-trutura experimental, a qual preten-de testar soluções de carregamento. A fase de crescimento, com início em 2012, vai adoptar as soluções testadas com êxito, em particular no domínio da rede de carregamento e, por fim, a fase de consolidação que terá início

logo que a procura de veículos eléctri-cos atinja um nível sustentado.

O Plano Municipal para a Mobilidade Eléctrica, em consonância com o Pro-grama Nacional beneficia, na fase pi-loto, de financiamento central. No sen-tido de beneficiar transversalmente todos os cidadãos, empresas e institui-ções nacionais, os incentivos do Estado para a aquisição de veículos eléctricos juntam-se às medidas de incentivo dis-ponibilizadas pelo Município. Assim, a Câmara de Beja estuda a isenção total ou parcial da taxa de estacionamen-to para veículos eléctricos, a criação de um programa de renovação de fro-tas municipais, a expansão de fontes de microgeração de energia junto das áreas de carregamento e associar às áreas de carregamento outros serviços ou produtos, por exemplo cyber cafés, máquinas de vending, payshops, publi-cidade, pequeno comércio de retalho, de modo a gera maior afluência aos espaços, aumentando a sua atractivi-dade.

O Plano de Beja insere-se no Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (com uma rede piloto em 25 municípios), através do qual se pretende posicionar o país como pio-neiro na adopção de novos modelos para a mobilidade, ambientalmente sustentáveis.

O Município de Beja aprovou, em Julho, o Plano Municipal para a Mobilidade Eléctrica 2010/2015, o qual teve arran-que oficial na Semana Europeia da Mo-bilidade assinalada em Setembro.

De entre as prioridades a alcançar com a implementação do Plano, destaca-se o acelerar do processo de adopção de veículos eléctricos (de quatro e de duas rodas) com vista à gradual conversão do parque automóvel, incentivar a cria-ção de condições atractivas ao investi-

BeJA AproVou pLANo pArA A MoBILIdAde eLÉCTrICA

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Boletim Municipal Novembro | Dezembro 2010

ticas urbanas de transporte que in-corporem a introdução de veículos eléctricos, o acelerar de processos de inovação ligados aos benefícios da uti-lização de veículos limpos nas cidades europeias.

O projecto incide fundamentalmente sobre veículos e infra-estruturas no âmbito dos quais se incluem novas oportunidades de mercado e a criação de redes e clusters locais de mobili-dade eléctrica, políticas de incentivos,

de marketing e de comunicação e ain-da a articulação de parcerias locais e regionais.

Recordamos que Beja é uma das duas cidades portuguesas a integrar o gru-po restrito de 10 cidades europeias que participam no Projecto EVUE, através do desenvolvimento de estra-tégias de intervenção local nas áreas da energia e combate às alterações climáticas.

[Beja é uma das duas

cidades portuguesas a

integrar o grupo res-

trito de 10 cidades eu-

ropeias que participam

no Projecto EVUE]

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// Beja Sustentável

Esta participação do município de Beja insere-se na estratégia de colocação da cidade na vanguarda da mobilida-de eléctrica, tendo como objectivos principais o desenvolvimento econó-mico, através do aproveitamento das oportunidades de negócio criadas por este novo sector emergente; a promo-ção ambiental, procurando reduzir as emissões de cO2 e a utilização dos combustíveis fósseis; e ainda a efici-ência energética na procura da auto--sustentação. Finalmente, inscrevem--se, como objectivos, a melhoria da qualidade de vida reduzindo, nomea-damente, as facturas dos transportes e os níveis de ruído.

O projecto, com duração de três anos, orçará em cerca de 75 mil euros por parceiro e financiamento comunitário na ordem dos 80 por cento, devendo envolver obrigatoriamente os actores locais e as entidades regionais gesto-ras do QREN.

No âmbito da aprovação da candida-tura do Projecto EVUE, os parceiros locais do projecto traçaram um Plano de Acção Local.

O projecto EVUE concentra-se no de-senvolvimento de estratégias inte-gradas e técnicas de liderança para a promoção da utilização de veículos eléctricos em meio rural. O projecto compreende iniciativas para encorajar a utilização de veículos públicos, como contributo para as estratégias euro-peias de qualidade do ar, de trans-portes, de mobilidade e atractividade e ainda competitividade urbanas. As acções do projecto privilegiam a par-tilha de soluções para ultrapassar os principais obstáculos à penetração da mobilidade eléctrica, como sejam barreiras de mercado, a falta de infra--estruturas, a rapidez das mudanças tecnológicas, entre outros.

O Projecto EVUE integra-se no eixo 2.3 do programa URBACT. Este com-preende questões ambientais nos do-mínios das políticas integradas para sistemas de transporte sustentáveis, do apoio a sistemas mais inteligen-tes de transportes urbanos, da pro-moção dos veículos menos poluentes e da utilização de meios alternativos de transporte. Incide ainda na melho-ria da acessibilidade, da eficiência e da eficácia dos transportes públicos, especialmente no que diz respeito à acessibilidade das zonas urbanas me-nos favorecidas.

De entre os objectivos do Projecto EVUE contam-se a contribuição para a melhoria do planeamento de polí-

AproVAdA A CANDIDATURA DE BEJA AOPROGRAMAEVUE

[A participação do mu-

nicípio de Beja insere-

se na estratégia de

colocação da cidade na

vanguarda da mobili-

dade eléctrica]

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// Beja sustentável

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA ADERE A “PACTO DE AUTARCAS”ESTA ACÇÃO TEM COMO OBJECTIVOS, ENTRE OUTRAS INICIATIVAS, A ORGANIZAÇÃO EM BEJA DE “JorNAdAs dA eNergIA”, COM VISTA À INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DOS CIDADÃOS PARA UMA UTILIZAÇÃO MAIS INTELIGENTE DA ENERGIA.

A Câmara Municipal de Beja voltou a colocar em funcionamento, em Junho último, o projecto das bicicletas de

uso público, ao abrigo do Plano Petra – Plano Estratégico de Transportes e de Mobilidade de Beja. Trata-se de mais uma medida que pretende re-forçar a qualidade de vida na cidade, desta feita, criando alternativas ao uso do transporte individual. As bicicletas convencionais podem ser utilizadas, de segunda a sexta-feira, num dos três Postos de Atendimento localizados na Casa da Cultura, Posto de turismo (castelo) e no edifício da Câmara Municipal de Beja, na Praça da República. O utilizador deve apresentar a sua identificação, mostrando o bilhete de identidade ou outro documento, bem como um contacto telefónico. O horário de utilização das bicicle-tas no período de Inverno é entre as 09h30 e as 17h30. As bicicletas só po-derão ser estacionadas nos Postos de Estacionamento Temporário, localiza-dos junto às Escolas Secundárias Dio-go de Gouveia e D. Manuel I, Instituto Politécnico, ESTIG, Escolas de Santa Maria, Santiago Maior e Mário Beirão, Biblioteca, Complexo Desportivo B e também no Parque da Cidade.

O Município de Beja foi contemplado, pelo segundo ano consecutivo, com a Bandeira Verde ECO XXI. Este ano a classificação obtida superou os ob-jectivos definidos pelo projecto, re-velando-se superior a 60 por cento. O projecto visa reconhecer o esfor-ço desenvolvido pelo Município na implementação de medidas em prol da sustentabilidade e valorizar um conjunto de aspectos fundamentais à construção do desenvolvimento sustentável, os quais estão alicerça-dos em dois pilares: a educação no sentido da sustentabilidade e a qua-lidade ambiental. Das iniciativas com maior relevância destacam-se a promoção da edu-cação ambiental através da come-moração dos Dias da Floresta e da Criança, a valorização do papel da energia na gestão municipal, quer como entidade consumidora de energia, quer como dinamizadora das melhores práticas.

BEJA SUPERA OBJECTIVOS

NA BANDEIRA VERDE ECO XXI

AS “PETRAS” ESTÃO DE VOLTA

O presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente assinou em Maio último, o “Pacto de Autarcas” com o compromisso de superar os objectivos definidos pela união Euro-peia para 2020” de reduzir em, pelo menos 20%, as emissões de dióxido de carbono (cO2) no concelho. Beja propõe-se ainda apresentar, no prazo de um ano, um plano de acção para a energia sustentável, incluindo um in-ventário de referência das emissões que defina o modo de concretização dos objectivos.Inserida na estratégia de sustenta-bilidade ambiental, esta acção visa

igualmente a organização em Beja de Jornadas da Energia, com vista à informação e sensibilização dos cida-dãos para uma utilização mais inteli-gente da energia.

A acção baseia-se na convicção de que o compromisso comunitário de reduzir as emissões só será atingido se for partilhado entre as partes in-teressadas. Outro dos pressupostos da acção é que as autoridades locais e regionais, as estruturas que repre-sentam a administração mais próxima dos cidadãos, devem liderar as acções e dar o exemplo.

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// Beja Sustentável

O Município de Beja está a desenvol-ver um plano integrado para dimi-nuir as emissões de cO2 (dióxido de carbono), tendo como objectivo final tornar-se “um Município com Carbo-no Neutro”, tendo ainda como meta o ambicioso objectivo de se tornar a primeira eco cidade sustentável do país. Em paralelo ao trabalho para se tornar um município “mais verde” Beja está também a reduzir custos de energia.

A instalação e ligação à Rede Eléctri-ca Nacional das primeiras seis uni-dades de microprodução de energia fotovoltaica nas escolas EB1 nº 1 e nº 4, na Escola do Salvador, bem como na Biblioteca Municipal, no Pax Julia e na Casa da Cultura, já permitiram concluir que se trata de um investi-mento altamente vantajoso em ter-mos ambientais e financeiros. Os re-sultados da venda de energia à Rede Eléctrica Nacional, nos primeiros quatro meses de funcionamento (en-tre Fevereiro e Junho) fazem prever, segundo declarações de Jorge Puli-do Valente, Presidente do Município de Beja, “que as receitas superem os custos do projecto”.

Já instaladas e em ligação à Rede Eléctrica Nacional estão mais cinco unidades de microprodução de ener-gia fotovoltaica, desta vez, na Piscina Coberta, no Pavilhão Gimnodesporti-

vo, Centro Social do Lidador, Parque de Materiais e Mercado Municipal.

O plano de acção com vista à diminui-ção de emissões de cO2 prevê ain-da a instalação de equipamentos de energias renováveis nos edifícios das juntas de freguesia do concelho, em edifícios de interesse público e, numa fase posterior, em equipamentos pri-vados.

São vários os projectos que o Muni-cípio de Beja está a desenvolver com base em estratégias integradas e téc-nicas de liderança para a promoção da qualidade ambiental. São disso exem-plo o projecto EVUE que compreende questões ambientais nos domínios das políticas integradas para siste-mas de transporte sustentáveis, o apoio a sistemas mais inteligentes de transportes urbanos e promoção de veículos menos poluentes, bem como de meios alternativos.

Com base no Pacto de Autarcas que o Município de Beja integra desde Maio último, a meta proposta é a de superar os objectivos definidos pela União Europeia para 2020 de reduzir em, pelo menos 20%, as emissões de dióxido de carbono (cO2) no concelho. Com isso, a estratégia mais ambiciosa é a de Beja tornar-se a primeira eco cidade sustentável do país.

ENERGIAFOTOVOLTAICA

COM VANTAGENS AMBIENTAIS EFINANCEIRAS

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// desenvolvimento

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A Câmara de Beja reuniu-se, a 2 de Novembro, com a FDO - Imobiliária, empresa promotora do Shopping Vi-vaci para obter informações sobre o ponto de situação do projecto.O presidente da Câmara, Jorge Puli-do Valente, sublinhou após a reunião, que a FDO aceitou as novas condições propostas pela autarquia depois do processo ter parado devido às impo-sições feitas pelo anterior executivo, tendo o promotor assegurado que as obras deverão iniciar-se até ao final de 2011. Caso não surjam dados no-vos que coloquem em causa a actual estratégia comercial, o Vivaci ficará concluído até 2013, sublinhou ainda o presidente da Câmara de Beja.

O investimento no Vivaci ronda os 30 milhões de euros. O centro comercial ficará situado na Estrada das Apoliná-rias, na zona nordeste da cidade, pró-ximo da rotunda do IP8 – principal via de acesso ao centro da cidade. Neste momento o projecto prevê 82 lojas.

CONSTRUÇÃO DO CENTRO COMERCIAL VIVACI AVANÇA EM 2011

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// Beja desenhada

A melhor edição de sempreFESTIVAL INTERNACIONAL DE BANDA DESENHADA DE BEJA ULTRAPASSOU NÚMEROS DAS EDIÇÕES ANTERIORES E APRESENTOU A PORTUGAL E AO MUNDO A SUA MELHOR EDIÇÃO DE SEMPRE... FRUTO DO EMPENHO E qUALIDADE DA SUA EqUIPA ORGANIzADORA, CUJO TRABALHO é CADA VEz MAIS RE-CONHECIDO NACIONAL E INTERNACIONALMENTE. E EM 2011 PROMETE REGRESSAR EM GRANDE!

O VI Festival Internacional de Banda Desenhada, que decorreu em Beja de 29 de Maio a 13 de Junho, contou com a presença de 70 autores de 14 paí-ses e, entre outras actividades, com

21 exposições individuais e colectivas, workshops e cinema de animação, tendo terminado com um “balanço muito positivo”, afirmou Paulo Mon-teiro, responsável da organização. O

responsável adiantou ainda, que esta edição do Festival teve “a melhor inau-guração desde sempre” e que, aumen-tou, mais uma vez, o número de visi-tantes relativamente ao ano passado.

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// Beja andarilha

De 16 a 18 de Setembro as Palavras Andarilhas regressaram a Beja para a sua XI edição. Promovidas pela Câma-ra Municipal de Beja e pela Associa-ção de Defesa do Património, as Pa-lavras Andarilhas são uma referência no mundo da promoção da leitura e da narração oral.

Do Festival de Narração Oral, “Eu conto para que tu sonhes” – aberto ao público em geral - destacaram-se dois novos nomes – Cristina Verbena e Pep Bruno – a juntar a outros que já

PALAVRAS ANDARILHASREGRESSARAM A BEJA CAPITAL DOS CONTOS

gem aos 40 anos de carreira literária de António Torrado: Glória Bastos, Emília Traça, Natália Pais, João Mota, Rui Marques Veloso, Leonor Riscado, Isabel Minhós Martins foram alguns dos convidados que deram um Abraço a um dos maiores escritores da litera-tura para a infância em Portugal.

No ano em que também se celebra Rodari, foi dinamizada uma nova ideia para partilhar com públicos de todas as idades: as Histórias ao telefone! E esta!? Em 2012... há mais!

nos deram a conhecer os seus contos – Nicolás Buena Ventura Vidal, Luís carmelo, thomás Back, Angelo tor-res e Rodolfo de Castro. Também no festival podemos assistir a uma pri-meira mostra de palavra falada com a participação especial de José Fanha, José Craveiro, Chullage e Alexis Pi-mienta.

Novidade deste ano foram também o Mercado das Artes da Palavra, dirigi-das a pais e filhos e ao público escolar.Nesta edição destacou-se a homena-

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// Beja cidade do vinho 2010

BEJA CIDADE DO VINHO 2010 contou com uma programação intensa, di-versificada e descentralizada durante todo o ano e cuja última acção do pro-grama foi a organização de uma pro-va dos vinhos do concelho de Beja na Assembleia da República, em Lisboa para todos os deputados da nação. Ao longo do ano Beja realizou, entre muitas outras iniciativas, a Gala Ci-dade do Vinho, assim como descen-tralizou para a Vidigueira a Gala de Encerramento e passagem de teste-munho para Viana do Castelo. Provas de vinho, jantares vínicos abertos ao público,mostras e provas em feiras e certames, de onde se destaca a pre-

sença na Ovibeja2010 com um stand e um conceito inovadores e que atrai-ram àquele espaço um sem número de visitantes e visitantes oficiais, como o Presidente da República, o Primeiro--Ministro e o Ministro da Agricultura.

O ponto alto da programação deu-se com a introdução de um novo evento no panorama nacional, a BEJA WINE NIGHT, que levou ao castelo de Beja-cerca de 1.500 pessoas. Este foi um evento financiado a 80% pelos QrEN e com o apoio de entidades, como o Tu-rismo de Portugal, ANA Aeroportos, CVR Alentejo e quase 50 produtores de todo o Alentejo.

uM suCesso CHAMAdo VINIpAx

Beja é já considerada o palco do maior evento de “Vinhos, Sabores e Sensa-ções do Sul”. trata-se da Vinipax e que este ano contou com a companhia da Olivipax e do Beja Gourmet. Inaugura-da pelo Secretário de Estado das Pes-cas e Agricultura, Luís Vieira, o evento contou com mais de uma centena de produtores e com a presença de mui-tos jornalistas portugueses e cerca de três dezenas de estrangeiros, de entre os quais se destacam alguns dos mais conceituados especialistas do sector. Exposição, provas e venda de vinhos, azeites e outros produtos gastronómi-cos de excelência foram o grande car-tão de visita do certame durante o qual ocorreram sessões de show cooking com a participação de che fs de cozi-nha, contando a feira com a presença de quatro restaurantes gourmet aber-tos ao público.

UM ANO eM CHeIo PARA OS VINHOS DE BEJA E DO ALENTEJO

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momentos beja wine nightBEJA WINE NIGHT LEVA 1.500 PESSOAS AO CASTELO

NOITE MÁgICABeja Wine Night realizou-se a 3 de Ju-lho. Dia em que, este ano, se celebrou o centenário da classificação do castelo de Beja como monumento nacional, o qual marcou não só a já longa história daquele espaço, como também a da cidade que o acolhe. Essa noite colocou Beja como a Capital do Alentejo no sector vinícola e de Portugal também, como embaixadora de uma nova realidade e de um novo mundo dos vinhos e da sua vivência. Beja, Cidade do Vinho 2010, foi mais além que as suas antecessoras nesta distin-ção. Foi moderna, foi congregadora e foi também descentralizadora. Não se ficou por cá. Foi lá fora, mostrou-se e também soube trazer gente para conhecer e fa-lar dos seus encantos. E esta noite ficou gravada na memória de todos quantos lá estiveram como um encanto que não es-quecerão certamente. Dezenas de jorna-listas e críticos de vinhos, empresários, muitas caras conhecidas e tantas outras pessoas fizeram o castelo, a cidade, o Alentejo e Portugal mais felizes e orgu-lhosos do seu património.

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// Beja jovem

A Câmara Municipal de Beja decidiu este ano organizar, em cinjunto com as AE’s do IPBeja a I Semana do Caloi-ro e da Juventude, com um programa bastante forte e que teve como desta-que a noite de Sábado, MTV Insomnia que levou cerca de 2.000 pessoas ao Parque de Feiras.Numa festa dirigida a todos os públi-cos, apresentou em cartaz: Rosinha & Jaimão (Valadansk), D. Beat e Mani-

lha, Festicultores Troupe, Teen Spirit com Nuno Norte (tribute a Nirvana), More than a thousand. No fim-de-se-mana foi tempo de ouvir Metal Fest no Pax Julia. Pela noite dentro a música esteve a cargo dos DJ’s cherry chick, Ezzra, Electro Students, Daghetto, Jay Mcknigth, Mad Mac, Dealema, Fonzie e os DJ’s Christian F., Wanna Be DJ’s.Integrar os jovens na vida da cidade e enriquecer Beja através das dinâ-

micas da juventude fazem parte, em suma, dos objectivos do Município tra-duzidos no apoio à iniciativa. Além dos concertos, a Semana de Recepção aos Caloiros contemplou outras actividades como Slide, estru-tura móvel de vídeo jogos e a estreia em Beja do “Go-Fly”, um equipamento que permite projectar o corpo do utili-zador até aos 20 metros de altura em apenas 2 segundos.

O Município de Beja iniciou em 2010 o processo para criação e constituição do Conselho Municipal de Juventude decidindo convidar, desde o início, as entidades e associações que nele po-deriam ter assento. Esta opção inte-gradora e participativa levou a que os trabalhos prévios tivessem alcançado muito bons resultados e servido de alicerce para as aprovações em reu-nião de Câmara e Assembleia Munici-pal.A primeira reunião do Conselho Mu-nicipal de Juventude terá lugar já em Janeiro de 2011.

O Município de Beja vai lançar, em 2011, o Cartão Jovem Municipal em conjunto com a Movijovem (detentora do cartão jovem nacional).O cartão proporciona os descontos e vantagens do cartão nacional e euro-peu, acrescidos de benefícios extra no concelho de Beja. Entre as vantagens compreendidas no concelho contam--se as relacionadas com iniciativas municipais, tais como concertos, fei-ras, transportes, entre outras, assim como ao nível do comércio local. É caso para dizer: é só vantagens!

CARTÃO JOVEMMuNICIpAL

VIAGEM CULTURAL

JoVeMÀS CIDADES EUROPEIAS

CONSELHO MUNICIPAL DE

JuVeNTude

MUNICíPIO ORGANIZOU EM CONJUNTO COM ASSOCIAÇõES DE ESTUDANTES DO IPBEJA

SEMANA DO CALOIRO E DA JUVENTUDE

Este projecto, cujas inscrições abrem em Janeiro, consistirá em propor-cionar aos jovens entre os 16 e os 29 anos a possibilidade de, a preços mui-to mais baixos, visitar cidades euro-peias emblemáticas culturalmente. A primeira viagem está prevista para o Carnaval de 2011 e terá como destino provável a cidade de Barcelona. Beja está já a trabalhar com alguns conce-lhos vizinhos no sentido das próximas viagens serem realizadas em conjunto com jovens de outras autarquias.

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// momentos Pax Julia

O Pax Julia – Teatro Municipal re-novou, no início do ano, a sua pro-gramação habitual ao encontro de novos públicos e de uma maior in-teracção com os seus utilizadores. As grandes apostas foram a quali-dade, a diversidade e a aposta em novos públicos.Durante este ano, passaram pelos palcos desta casa, um grande leque de artistas e companhias das várias disciplinas das artes e do espectáculo, que acrescentaram a Beja mais valor com a sua visita.

No que diz respeito à Musica, des-tacamos, entre muitos outros, a actuação da Orquestra Sinfónica do Exército, de Ana Sofia Varela,

pAx JuLIA TEATRO MUNICIPAL OFERECEU QUALIDADE E DIVERSIDADE AO ENCONTRO DE TODOS OS PÚBLICOS

Carlos Barreto Trio; Virgem Suta; António Zambujo; Cristina Branco; Legendary Tiger Man; Tiago Bet-tencourt e Mantha; Rodrigo Leão.

No que diz respeito ao teatro, o Pax Júlia foi palco de Blackbird; Olá e Adeusinho; Vai-se Andando; Men-des.Come, bem como de vários espectáculos apresentados, entre outros, pelas companhias locais – Arte Pública, Lendias d’Encantar, Homlet que voltaram a ter nesta casa portas abertas e palco para a sua programação regular.Na área da dança, o Pax Júlia trou-xe a Beja a Companhia Olga Roriz – Inferno, a Companhia Paulo Ri-beiro e Pedro Burmester – Maior-

ca; rui Horta – talk Show; cIM – O Aqui; Companhia de Dança de Al-mada – Olhares, e também Que-bra-Nozes pela Moscow tchaiko-vsky Ballet.

Foram muitos mais os eventos acolhidos, como a Gala Cidade do Vinho; Congresso Turismo do Alen-tejo; Congresso Nacional de Cirur-gia Ambulatória; Gala Em.cantos; Espectáculos do 40º Aniversário do Hospital de Beja.

Para o ano, o Pax Julia promete oferecer-lhe ainda mais momen-tos inesquecíveis e trazer até si grandes figuras do mundo das ar-tes do espectáculo.

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Dezembro está a ser animado em Beja por dinâmicas nunca antes vistas. As tradicionais iluminações de Natal foram ligadas no dia 1. De 1 a 18, sempre aos feriados e aos sábados, vários artesãos jun-taram-se na Igreja da Misericór-dia para trabalhar ao vivo a sua arte. Cerâmica, ponto cruz, ren-da, miniaturas em madeira, corti-ça, talha, costura, foram algumas das áreas que incluíram também a confecção dos tradicionais ca-potes alentejanos. No âmbito de uma parceria entre o Município e a ARABE, os artesãos – que esti-veram ainda diariamente no antigo Posto de turismo (Portas de Mér-tola) – contaram com um conjunto de acções promocionais das artes e do artesanato regional, de modo a

facilitar a aquisição dos trabalhos.

A 2 e 3 os alunos das escolas enfei-taram montras de estabelecimen-tos comerciais no centro da cidade. A 9 foi a vez dos hotéis da cidade se abrirem a novos universos de pin-tura e escultura, a encontros lite-rários, a apresentações de livros e brochuras. Também a partir de 9 os Paços do Concelho, o Centro Social do Lidador, o Pax Júlia e a Biblioteca apareceram com outra “roupagem”. António Inverno, Le-onel Borrela, Carlos António e Hei-tor Figueiredo criaram espaços ar-tísticos nestes locais. O conhecido pintor António Inverno animou, no dia 14, ateliers de pintura na Casa da Cultura. Os trabalhos reali-zados estão patentes na Biblioteca

Municipal a desde o dia 16. De 13 a 20 de Dezembro, muitas paste-larias da cidade acrescentaram ao menu habitual sessões de “Ler, Ouvir e Saborear o Natal”. À mesa, o executivo da Câmara Municipal e muitos outros voluntários leram histórias de Natal, sempre a partir das 18h00. A acompanhar a leitura, além da boa disposição, estiveram alunos do Conservatório Regional do Baixo Alentejo a interpretar pe-quenas peças musicais.

Ainda de 13 a 21, mas no Centro Social do Lidador decorreu a “Fei-rinha de Natal” com artigos manu-facturados pelas utentes do Centro. No dia 21 o Pai Natal percorreu, em duas rodas, alguns dos principais locais públicos da cidade.

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// Beja cidade Natal

BeJA VESTIU-SE DE CIDADE NATAL

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MOMENTOS

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