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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI- AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA - ANO VII N° 04- JULHO- AGOSTO2014 EDITORIAL Adilson do Nascimento Sabemos que a terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e que 71% da sua superfície, quase ¾, é coberta por água. Daí a razão de a chamarmos de “planeta água”. Porém, 97,5% desse total é de água salgada, imprópria para o consumo humano. Dos 2,5% restantes que rotulamos de água doce, 2/3 estão armazenados em geleiras e calotas polares. Resta, portanto, pouca água para o nosso consumo, constituída pelos rios, lagos e subterrâneos. Existe atualmente, em decorrência dessas estatísticas, uma indisfarçável preocupação com a possível falta d’água no planeta. Quando se diz “possível falta” poderá nos parecer que essa preocupação somente se tornará efetiva em um futuro distante. No entanto, não é assim! É possível que em duas décadas tenhamos uma crise relacionada à falta de água própria para o consumo humano, fazendo com que a demanda por água em condições de uso, possa ser um dos maiores desafios dos tempos modernos. A escassez estará presente em quase todos os continentes atingindo mais de 40% de uma população de sete bilhões de pessoas. – Esse número estratosférico poderá ser a maior causa da escassez? – Não, com certeza, não! Essa escassez não se deve unicamente ao crescimento demográfico, mas também ao processo de urbanização, industrialização, produção agrícola, desmatamento irresponsável e, principalmente, ao uso irracional, provocado pelo desperdício. O Brasil, apesar de contar com 12% da água disponível no planeta (80% dela na Amazônia), não ficará imune à crise que se prenuncia em evidência. Dentro de uns poucos anos a água potável poderá ser a maior causa de conflitos entre os povos, assim como, também, poderá concorrer para a falta de alimentos. Até bem pouco tempo as atenções dos povos estavam voltadas para a emissão de carbono na atmosfera, o que agrava o efeito estufa e o aquecimento global. Hoje essa preocupação está muito mais voltada para a escassez de água. – Como fazer para reduzir a taxa de desperdício? – Poderíamos adotar inúmeras providências, a começar pela intensificação de campanhas de conscientização da utilidade e utilização da água, evitando as varrições de quintais e calçadas pelo uso de mangueiras; os banhos prolongados; escovar dentes com água jorrando e outros procedimentos. O brasileiro consome, em média, 200 litros de água por dia, principalmente para beber e cozinhar; para banho e escovação de dentes; lavar roupas e para descargas de vasos sanitários. Se reutilizássemos a água de lavagem e banho, em descargas de vasos sanitários, economizaríamos 1/3 de toda a água consumida. Ainda assim se faz primordial a reciclagem da água utilizada. Hoje, mais de 30% da população mundial não tem acesso a água tratada. Mais de 40% não conta com serviços de saneamento básico. Com isso, perto de dez milhões de pessoas morrem, anualmente, em consequência de doenças transmitidas pela água. Nos próximos 50 anos cerca de 3 bilhões de pessoas nascerão sob os efeitos da escassez de água. Ainda corremos o risco de que governos ineficientes no controle do consumo e da reutilização de água aumentem o seu preço, como forma de frear o consumo, para reduzir o desperdício. Nos anos setenta, do século passado, a CENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S/A – subsidiária da Vale, estabelecida em Belo Oriente, no Vale do Aço, já adotava um moderníssimo sistema de reaproveitamento da água consumida, realizando um tratamento que permitia captá-la do Rio Doce e adequá-la para utilização nos digestores que cozinhavam o eucalipto, insumo imprescindível para a fabricação de celulose e papel, e daí, após ser submetida a uma série de tratamento consistente na desinfecção, coagulação, floculação, decantação, filtragem e correção do pH, ser devolvida ao rio, para seguir seu ciclo hidrológico, inteiramente apropriada para o uso de qualquer ser humano, inclusive para beber. Já naqueles tempos os japoneses demonstravam um extremo cuidado e enorme preocupação na reutilização da água e no tratamento necessário para evitar doenças como cólera e tifo, embora se soubesse que ao retornar ao rio ela se tornaria, de novo, inadequada para o consumo. Causa-nos sempre grande tristeza e frustração voltarmos às nossas origens, no interior, principalmente no meio rural, e verificarmos que aquela antiga e abundante cachoeira, onde nadávamos, hoje nada mais é que uma lapa seca e ressecada; ou aquele córrego cristalino do passado, que hoje é apenas um caminho de terra seca ou um pequeno filete d’água barrenta e infectada. A lagoa, recordação de uma infância feliz, onde pescávamos, já não apresenta sequer sinal de que um dia represara água.

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BOLETIM INFORMATIVO DA AFAGO - ASSOCI-AÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE GOUVEIA -

ANO VII N° 04- JULHO- AGOSTO2014

EDITORIAL

Adilson do Nascimento

Sabemos que a terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos eque 71% da sua superfície, quase ¾, é coberta por água. Daía razão de a chamarmos de “planeta água”. Porém, 97,5%desse total é de água salgada, imprópria para o consumohumano. Dos 2,5% restantes que rotulamos de água doce,2/3 estão armazenados em geleiras e calotas polares. Resta,portanto, pouca água para o nosso consumo, constituídapelos rios, lagos e subterrâneos. Existe atualmente, emdecorrência dessas estatísticas, uma indisfarçávelpreocupação com a possível falta d’água no planeta. Quandose diz “possível falta” poderá nos parecer que essapreocupação somente se tornará efetiva em um futurodistante. No entanto, não é assim! É possível que em duasdécadas tenhamos uma crise relacionada à falta de águaprópria para o consumo humano, fazendo com que ademanda por água em condições de uso, possa ser um dosmaiores desafios dos tempos modernos. A escassez estarápresente em quase todos os continentes atingindo mais de40% de uma população de sete bilhões de pessoas. – Essenúmero estratosférico poderá ser a maior causa daescassez? – Não, com certeza, não! Essa escassez não sedeve unicamente ao crescimento demográfico, mastambém ao processo de urbanização, industrialização,produção agrícola, desmatamento irresponsável e,principalmente, ao uso irracional, provocado pelodesperdício. O Brasil, apesar de contar com 12% da águadisponível no planeta (80% dela na Amazônia), não ficaráimune à crise que se prenuncia em evidência. Dentro deuns poucos anos a água potável poderá ser a maior causa deconflitos entre os povos, assim como, também, poderáconcorrer para a falta de alimentos. Até bem pouco tempoas atenções dos povos estavam voltadas para a emissão decarbono na atmosfera, o que agrava o efeito estufa e oaquecimento global. Hoje essa preocupação está muito maisvoltada para a escassez de água. – Como fazer para reduzir ataxa de desperdício? – Poderíamos adotar inúmerasprovidências, a começar pela intensificação de campanhasde conscientização da utilidade e utilização da água,evitando as varrições de quintais e calçadas pelo uso demangueiras; os banhos prolongados; escovar dentes comágua jorrando e outros procedimentos. O brasileiroconsome, em média, 200 litros de água por dia,principalmente para beber e cozinhar; para banho eescovação de dentes; lavar roupas e para descargas de vasossanitários. Se reutilizássemos a água de lavagem e banho,em descargas de vasos sanitários, economizaríamos 1/3 de

toda a água consumida. Ainda assim se faz primordial areciclagem da água utilizada. Hoje, mais de 30% dapopulação mundial não tem acesso a água tratada. Maisde 40% não conta com serviços de saneamento básico.Com isso, perto de dez milhões de pessoas morrem,anualmente, em consequência de doenças transmitidaspela água. Nos próximos 50 anos cerca de 3 bilhões depessoas nascerão sob os efeitos da escassez de água.Ainda corremos o risco de que governos ineficientes nocontrole do consumo e da reutilização de água aumentemo seu preço, como forma de frear o consumo, para reduziro desperdício. Nos anos setenta, do século passado, aCENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S/A – subsidiária daVale, estabelecida em Belo Oriente, no Vale do Aço, jáadotava um moderníssimo sistema de reaproveitamentoda água consumida, realizando um tratamento quepermitia captá-la do Rio Doce e adequá-la para utilizaçãonos digestores que cozinhavam o eucalipto, insumoimprescindível para a fabricação de celulose e papel, edaí, após ser submetida a uma série de tratamentoconsistente na desinfecção, coagulação, floculação,decantação, filtragem e correção do pH, ser devolvida aorio, para seguir seu ciclo hidrológico, inteiramenteapropriada para o uso de qualquer ser humano, inclusivepara beber. Já naqueles tempos os japonesesdemonstravam um extremo cuidado e enormepreocupação na reutilização da água e no tratamentonecessário para evitar doenças como cólera e tifo, emborase soubesse que ao retornar ao rio ela se tornaria, denovo, inadequada para o consumo. Causa-nos sempregrande tristeza e frustração voltarmos às nossas origens,no interior, principalmente no meio rural, e verificarmosque aquela antiga e abundante cachoeira, ondenadávamos, hoje nada mais é que uma lapa seca eressecada; ou aquele córrego cristalino do passado, quehoje é apenas um caminho de terra seca ou um pequenofilete d’água barrenta e infectada. A lagoa, recordaçãode uma infância feliz, onde pescávamos, já não apresentasequer sinal de que um dia represara água.

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Boletim Informativo da AFAGO página 2

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Notícias atualizadas de Gouveia. Atençãopara a Kobufest 2014

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Acesso a todas as edições do BoletimInformativo da AFAGO.

Leitura obrigatória para conhecer o que sepassa na Afago e em Gouveia e seleção dasconversas dos frequentadores do sítiowww.afagouveia.org.br.

Comissão Mineira de Folclorehttp://www.afagouveia.org.br/ComissaoMineiraFolclore.htm

Comissão Mineira de Folclore - CMFL -

• DiretoriaMuseu Artes Populares

• Centro de Artes• 64 Anos da CMFC• Carranca 2004• Carranca 2005• Carranca 2006• Carranca 2012• Carranca 2013• Revista• 46a. Semana Folclore• Video• Folder/Cartaz• Coloquio/Exposição• Conversas: Folclore e Educação

Notícias & comentários

Links TemporáriosPerfil do Associado – Para recordar que os

associados da Afago estão devendo apresentar-se aos internautas para saberem com quempodem contar em caso de apoio. Até o momento,apenas 5 se apresentaram. Adilson doNascimento, Zayde de Oliveira Gomes Pereira,Milton M. Ferreira de Miranda, Maria Auxiliadorade Paula Ribeiro e Roberto Alves Nunes.

Prêmio Afago 2014 – Relação nominal dosestudantes, finalistas, candidatos ao PrêmioAfago de Literatura edição 2014 e suaProdução Literária

Para guardar: foto de Edson R. Filho

Olhar privilegiado de Ismar Antunes de Oliveira

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Boletim Informativo da AFAGO página 3

Notícias & comentários

POETAS GOUVEIANOS

NORMAS DO GRUPO.

Por Lourdes Dumont em Quinta, 4 de setembro de 2014 às 13:06

“Poetas gouveianos”, grupo de amigos, sem distinção de classe social, cor, credo , sexo ou grau de escolaridade, quese propõe “brincar” com palavras explorando a beleza de nossa língua portuguesa, a pureza de alma do gouveiano.

Objetivo Principal: Tornar o homem mais socializado através da cultura

01-Para ser membro, basta gostar de qualquer forma de arte cuja matéria prima é a palavra, e ter nascido, exercidocargo no magistério ou função correlata no município de Gouveia por mais de cinco anos.

02-Podendo ser poemas, nas mais variadas formas de expressar: soneto, trova, haicai, versos em branco, cantiga,modinha, contos, causo fictício ou verídico, crônica, ETC.

03- Os eventuais trabalhos publicados neste espaço poderão eventualmente ser publicados pelo grupo, cuja renda sedestinará integralmente a uma ou mais instituições de caridade da cidade de Gouveia.

04- Não haverá conflito de interesse naquele artigo publicado pelo autor, caso o mesmo vier a ser publicado numaobra distinta do referido autor. Somente o autor ou o administrador do grupo poderá publicar obra ou peça queneste espaço foram publicados.

05- Sempre que utilizar com fins de estudo quaisquer artigos publicados pelo grupo, são necessários constar a fontee autor, conforme norma regulatória ABNT.

06- Será considerado crime e ou plagio a utilização de artigos aqui publicados por terceiros com ou sem finslucrativos sem autorização do responsável pelo grupo.

07- Jamais será tolerada crítica destrutiva publicamente neste espaço, podendo, no entanto, ser feito comentáriotécnico diretamente ao autor in box ou via e-mail.

08- Não haverá polêmica de opiniões de ordem interpretativa do texto ou obra.

09-Não serão publicadas quaisquer obras que contenham ofensa racista, e ou de ordem moral e cívica e nem àsinstituições religiosas, civis ou militar legalmente constituídas.

10-Não poderá haver correções gramaticais ou quaisquer forma de censura pública aos artigos aqui publicados.

11- Cabe ao censor fazer a crítica ou instrução normativa da língua diretamente ao autor em particular.

12-Cabe ao administrador do grupo resolver casos de impasse e ou reclamações.

É liberado ao público em geral curtir e compartilhar os artigos aqui publicados, resguardando os direitosautorais e normas ABNT.

O Grupo será administrado pelo poeta Nilson Pereira e professora Lourdes Dumont.

Gouveia vem de criar no facebook uma página exclusiva parapoetas. Os efeitos dessa iniciativa são incalculáveis. Atual-

mente conta com 31 membros.Vejam as normas. Parabéns à professora Maria de Lourdes

Dumont

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Palavras do Presidente da AFAGO

Homenagens da AFAGO

Permitam-me cumprimentar às diversas autoridades aqui presentes,incluindo nossos queridos ex-prefeitos, na pessoa doExcelentíssimo Senhor Prefeito Municipal Geraldo de Fátima deOliveira; aos dirigentes e associados da AFAGO, na pessoa dovice-presidente Haroldo Antônio Ribas; a todos os homenageados,na pessoa de Sua Eminência Reverendíssima Cardeal, ArcebispoEmérito de Belo Horizonte, DomSerafim Fernandes de Araújo, nosso sempre e eterno Padre Serafimda Gouveia. Meus conterrâneos e amigos, boa noite a todos. Este nosso encontro é fruto de uma parceria da AFAGO, comincondicional colaboração da prefeitura municipal, representada pelaatuação eficientíssima das secretárias Maísa de Fátima NascimentoDória, da educação e Ivanice Araújo, da administração eplanejamento, sem as quais nós não estaríamos aqui hoje. Por isso, de antemão, nossos mais sinceros agradecimentos àsduas. A AFAGO – Associação dos Filhos e Amigos de Gouveia – temcomo objetivo maior promovera integração da comunidadegouveana da RegiãoMetropolitana de BeloHorizonte, fortalecendo oslaços de união com Gouveia ebatalhando pelodesenvolvimento do município. A AFAGO foi criada, em 4 dedezembro de 2006, porgouveanos residentes em BeloHorizonte e liderados pelomédico de família tradicionalgouveana, Waldir de AlmeidaRibas, que foi seu primeiropresidente e tendo falecido em3 de junho de 2011 figura hojenos seus quadros comoPresidente Honorário. Seu sucessor, o professoruniversitário Doutor Raimundo Nonato de Miranda Chaves, apósuma profícua gestão, apesar de ainda jovem, se declarou inabilitadofisicamente para o cargo, exercendo hoje, apesar disso, as árduasfunções de tesoureiro. Desde 29 de março passado sou eu quem a preside,desempenhando as atribuições do cargo com todos os percalçosinerentes a uma entidade com parcos recursos financeiros, mas quesobrevive graças à fidelidade de alguns poucos associados e emrazão, principalmente, da excepcional qualidade dos dirigentes quecomigo atuam na gestão da entidade, todos vitoriosos em suasatividades profissionais, com total espírito de desprendimento edoação. Para que tenhamos ideia da abnegação desses voluntários amaioria está presente aqui, hoje, custeando com seus próprios

recursos a viagem, em carro próprio, a hospedagem e alimentação,em hotéis e restaurantes da cidade, alguns acompanhados defamiliares, numa inversão de valores pouco recorrente na sociedadelaborativa dos nossos tempos, ou seja, além de nada receberempelo seus trabalhos, ainda pagam para trabalhar. Por tudo isso, e muito mais, me permitam, eu gostaria de prestaraos meus colegas dirigentes uma singela homenagem identificando-os, principalmente para os seus conterrâneos mais jovens:

vice-presidente, cirurgião-dentista Haroldo Antônio Ribas;secretário, professor Guido de Oliveira Araújo;tesoureiro, professor Raimundo Nonato de Miranda Chaves;diretor jurídico, advogado Manoel Luiz Ferreira de Miranda;diretor social e cultural, representante comercial Geraldo

Augusto Silva;diretor de comunicação, sociólogo e professor José Moreira

de Souza;conselheiros fiscais efetivos, advogado Milton Maria Ferreira

de Miranda; contador Geraldo da Consolação Miranda einspetor de qualidade industrial João de Jesus Saraiva;

conselheiros fiscais suplentes, professor Gil Martins deOliveira; advogado GeraldoFabiano Chaves, todos comresidência em Belo Horizontee Contagem e a supervisorapedagógica da EscolaMunicipal Professora ZezéRibas, da comunidade dePedro Pereira, Leila KarlaCunha, única residente emGouveia. (Camilinho) Se examinarmos nossoestatuto iremos perceber quea AFAGO está constituída porquatro categorias de sócios:

sócio fundador;sócio efetivo;sócio benemérito;sócio honorário.

Para essas duas últimascategorias estávamos em

busca de uma data para fazermos a entrega do título de sóciobenemérito a um extraordinário benfeitor da AFAGO e de títulos desócios honorários a seis personalidades marcantes da nossa históriarecente, em reconhecimento aos seus relevantes e extraordinárioserviços prestados em benefício do nosso povo. Foi quando recebemos um convite do Exmo. Senhor PrefeitoMunicipal Geraldo de Fátima de Oliveira para que fizéssemos emparceria com a prefeitura municipal uma comemoração dononagésimo aniversário de Sua Eminência Reverendíssima CardealDom Serafim Fernandes de Araújo. Pronto, uniu-se o útil ao necessário! Sabedores de que não poderíamos estar aqui na data própria doaniversário, que é 13 de agosto, pois essa estava reservada paracomemorações com toda pompa e circunstância, em Belo Horizonte,

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Homenagens da AFAGO

decidimos em comum acordo com a assessoria do Cardeal e ocerimonial da prefeitura, representado pela secretária Ivanice, que acomemoração e a entrega dos títulos se dariam aqui, hoje, nesteginásio que muito merecidamente leva o nome do aniversarianteilustre. Portanto, na primeira parte desta sessão festiva, para deleite donosso aniversariante, assistiremos uma demonstração da nossacultura local, com participação efetiva das escolas do ensino básicodo nosso município, da APAE, do Conservatório de Música e dogrupo Gouveia em Serenata. Na segunda parte faremos a entrega dos títulos, tanto de sóciobenemérito, quanto de sócios honorários, cujos homenageados,inclusive o Cardeal, serão saudados pelos dirigentes da AFAGO,de forma sucinta. A terceira parte terá prosseguimento amanhã, com a santa missaem ação de graças que será oficiada pelo próprio aniversariante, às8 horas, na Matriz de Santo Antônio, relembrando seus tempos depároco nos idos de 1951/57. Muito obrigado.

João Antônio de JotaJosé Moreira de Souza

Era o ano 2000, o professor Jairo Veloso Vargas traduzia doitaliano para a Editora Paulinas a obra Santa Rita degliimpossibili. Em dado momento, ele se virou para mim e per-guntou: “Moreira, você conhece alguém que sabe recitar “AFlor de Maracujá?”. Um amigo está à procura desses ver-sos. Ele mora no Rio de Janeiro. Prometi que iria procurar”.- Tenho um amigo em Gouveia que, desde a infância, recita-va e cantava com muita graça esse poema de Catulo da Pai-xão Cearense. Respondi. Vou gravá-lo e lhe trazer.Nesse mesmo ano, a Editora lançou a obra Santa Rita, asanta dos casos impossíveis: uma história de amor e ódio,de vingança e perdão e Jairo recebeu e presenteou seuamigo com a gravação em fita cassete desse poema cantadoao som do violão por João Antônio de Miranda. Cuidei tam-bém de filmar o encontro. João Antônio de Jota ficou conhe-cido mundo afora.No dia da homenagem a esse moço – 2 de agosto de 2014 -, eu queria que Gouveia conhecesse essa prenda. Infeliz-mente, o aparato instalado não permitiu que a plateia pudes-se apreciar o valor que sintetiza o percurso de João Antôniocomo músico merecedor da homenagem que a Afago deci-diu lhe prestar.Houve um momento em nossa história em que fixei o valoratribuído a João Antônio como declamador e cantor de “AFlor do maracujá”. Naquela época eu cursava Filosofia emSão Paulo e comparecia à Gouveia durante as férias. A ve-lha matriz havia sido demolida e a nova estava em constru-ção. Reuníamos os seminaristas para montarmos sessões deteatro com a finalidade de angariar fundos que ajudassem naelevação do novo templo. Além de Gil Martins, Luíz Eustáquiode Miranda – Taquinho de Genilda -, Raul Martins, GeraldoBittencourt, contávamos com a boa vontade irrestrita doseresteiro-mor, Geraldo Abreu.Geraldo Abreu lembrou que João Antônio de Jota faria dife-rença por saber declamar com grande competência o poemade Catulo da Paixão Cearense, coisa que já fazia desde otempo do Grupo Escolar. A homenagem a João Antônio tevea ver com esse momento do passado, decorridos cinquentaanos.Na gravação, realizada em 30 julho de 2000, João Antônionarra também suas peripécias: após aposentar-se na fábricade São Roberto, trabalhou ainda 9 anos na empresa de mine-ração Tijucana, e passou, depois disso a se dedicar à música.Foi convidado para organizar a banda de música de Tijucal –atual Presidente Kubitschek – e recebeu como missão pre-parar as crianças de Gouveia para dar continuidade à nossavocação musical. “Depois fui mexer com música. Cada umgosta de uma coisa. É bom trabalhar no que gosta. Músicadistrai a gente muito; alegra o coração. Hoje eu tou com 71anos, não parece.A música alegra a alma”, ele disse. Não hánada melhor que música para a gente deixar de lado tudo queincomoda.

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Boletim Informativo da AFAGO página 6

Homenagens da AFAGOA lenda cantada ao som do violão é uma prenda que nos foioferecida pelas Companhias de Cavalinhos – circo teatro.Regra geral, os espetáculos circenses terminavam com umdrama ou uma comédia. Vida Paixão e Morte de NossoSenhor Jesus Cristo constavam do elenco dessas compa-nhias circenses. A Flor do Maracujá nos chegou por essecaminho. O cerne da narrativa poética é resposta à pergunta:Por que a flor de maracujá é roxa? O poeta afirma que antesela era branca.

Narrativa com entonação:“Encontrando um sertanejo um pé de maracujácarregadinho de flor, eu perguntei : Diga meu caro sertane-jo, por que razão nasce tão roxa a flor do maracujá.”Canto:“Ah! Pois seu moço contemplaA história que vou contarA razão porque nasce roxaA flor do maracujá.”

Recitativo ao som do violão:Esta flor já foi brancaEu posso até lhe jurarMais branca do que a claridadeDa luz do formoso luar.Maracujá quando nasciaLá pros confins do sertãoA flor era branquinhaComo a flor do algodão.Mas uma vez, há muito tempoNum mês que nem me lembroSe foi maio, se foi junho,Se foi janeiro ou dezembro,Nosso Senhor Jesus CristoFoi condenado a morrerNuma cruz crucificadoLonge daqui como vê.Pregaram Cristo a martelada,E por ser tamanha cruezaA natureza inteirinhaPôs-se a chorar de tristeza.Chorava a fonte, as campinas,As folhagens, as ribeiras.Sabiá também choravaNo galho da laranjeira.A lua no firmamento,Quem ouve de vê-laChorava rodeadaNo seu manto de estrelas.Havia ao pé da CruzUm pé de maracujáCarregadinho de flor.O sangue de JesusRoxo pintado de dorFoi caindo sobre os galhosE tingindo toda a flor.É por isso seu moço

Que a flor do maracujáNasce roxa tambémComo o sangue de Nosso Senhor.

CantoHá coisa que recompensaA história que eu vou contarA razão porque nasce roxaA Flor do Maracujá.

A homenagem merecida a João Antônio sintetiza um símbolode Gouveia: a Flor do maracujá. Em inúmeros quintais seplantava maracujá, a cujas folhas se atribuíam poderes medi-cinais para cura de feridas originadas de erisipela [isipa comose chamava], ou feridas nas pernas originadas de veias re-bentadas, ou sequelas de circulação. A flor do maracujá guar-dava também os segredos do mistério da cruz. Os cravos, acoroa e o luto da paixão. Por isso, o poema de Catulo daPaixão foi apropriado para celebrar o mito revelado pela flor.

Professora Maria das Dores Alves, DonaDôca, a senhora Educação.

Geraldo da Consolação MirandaNo ano de 1949, eu, Geraldo da Consolação Miranda,cursei o primeiro ano adiantado. Naquele tempo era assim.As crianças ingressavam no primeiro ano inicial e erampromovidas para o primeiro médio ou o primeiro adiantado.Raramente, alguém saltava imediatamente para o segundoano. Nossa professora era Dona Maria Vitalina; aconteceu,porém que Dona Vitalina teve que se licenciar para acolhermais um dos filhos que veio ao mundo nesse ano e recebe-mos Dona Maria das Dores Alves como professora substi-

tuta. Era assim que ela assinava nossos cadernos de testes– hoje se chama prova.Foi uma passagem rápida, mas suficiente para a serventeescolar que nos servia broa de Dorvalina na hora damerenda – ninguém chamava isto de lanche –afirmar:

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Homenagens da AFAGODôca é uma das professoras mais preparadas desta escola.A servente era Dona Flora Moreira de Souza, tia de nossocolega de sala, Zé Moreira.Efetivamente, Dôca tem uma história exemplar. Aprendeuas primeiras letras em casa, escola doméstica, lá na fazen-da Jataí, localizada, hoje, no município de Presidente Jusce-lino. Ao retornar ainda criança à Gouveia, ingressou noterceiro ano do Grupo Escolar Aurélio Pires. Era diretora aDona Consuelo de Jesus Falci, e vice Dona Adalgisa Ribas.Doca aprendeu mais do que sentar-se nas carteiras e seruma aluna exemplar.Participou do ClubeAgrícola, iniciativa ímparna vida escolar doBrasil. Essa época foiexcelentemente celebra-da na comemoraçãoapós cinquenta anospela realização do ICongresso EucarísticoParoquial, para lembrarque foram dos canteirosdo Grupo que se prepa-raram as hóstias dacomemoração docentenário da CidadeDiamantina.Concluído o Grupo,Doca foi encaminhadaao Orfanato SantoAntônio em Curvelo, emcujo estabelecimento concluiu o curso Normal – de forma-ção de professoras. “Vestida de Azul e Branco/ Trazendoum sorriso Franco/ Seu rostinho encantador”, eis a mocinhanuma sala de aula na Fazenda do Capitão Felizardo, locali-zada do outro lado do Rio Paraúna. Foi sua iniciação comoeducadora. “Ganhava cem mil réis por mês”, ela afirma esó ia receber no final do ano, porque a viagem até Concei-ção do Mato Dentro era muito cara.Certamente, nessa época Doca frequentou as romarias doCemitério do Peixe, assistiu festas em Tombadouro, partici-pou intensamente da vida comunitária na casa de LevindoPinto. Da escola da Fazenda do Capitão Felizardo, Doca setornou professora na cidade de Conceição do Mato Dentro,e posteriormente em Diamantina, já como professoraconcursada. Em Diamantina, lecionou no Grupo Escolar Joa-quim Felício e, depois, no Grupo Escolar Júlia Kubitschek.A chegada definitiva em Gouveia deu-se no ano de 1954.Antes, disso, porém, Doca já exibia marcas de liderança. Umfato merece registro. No ano de 1951, Dona Doca selecio-nou crianças que haviam obtido diploma de grupo para estu-darem no Seminário de Aparecida em São Paulo. Além deJosé Moreira que já havia sido escolhido por Consuelo Falci,integraram essa turma, Ivã Ribas, filho de José do CarmoDornas, Osvaldo e Francisco Nominato de Ávila –Chuiquito-, Antônio Juscelino e Ildeu Abreu, filhos de José Anélio Abreu.Com aposentadoria de Dona Zezé Ribas, Doca assumiu adireção do Grupo Escolar Aurélio Pires, do Ginásio Santo

Antônio ligado à CNEC – Campanha Nacional de Escolasde Comunidade -, lutou e criou o Colégio Cristo Rei, o qualfoi a raiz da Escola Estadual Joviano de Aguiar.Essa liderança inconteste na área de Educação consolidou aliderança de dona Doca, na vida política, tendo ocupado ocargo de Vice-prefeita de Gouveia.Merece registro, as inúmeras vezes em que Doca acompa-nhou prefeitos a Belo Horizonte, para lutar por escolas paramelhor qualificação das crianças e jovens de Gouveia.Por tudo isto, no ano em que nossa Maria das Dores Alves

completou 90 ano de vida, aAfago lhe presta essa peque-na e humilde homenagem e,fazendo eco ao que ela mes-ma declarou no dia de festapedimos a Deus que lhe dê avida em dobro.Ouço todos gritando em coro:Ela merece!Ela merece!Ela merece!

PÉRCIO MONTEIRO PRADO

Adilson do NascimentoExcelentíssimo Senhor Médico Cirurgião, Clínico Geral,Cardiologista, Oncologista, Ginecologista, Obstetra, Pediatra,Geriatra e tantas outras extraordinárias especializações,PÉRCIO MONTEIRO PRADO, figura humana como co-nheço poucas; de uma consciência coletiva incomum; de umacordialidade incomparável e de uma capacidade profissionaldigna dos melhores mestres.Primeiramente peço-lhe permissão, em respeito aos nossosmais de quarenta anos de uma incomensurável amizade, pararetirar desta minha fala a expressão V. Sa. e substituí-la pelonosso convencional você.Há uma ata da diretoria administrativa e do conselho fiscalda Afago, ainda dos tempos da presidência do seu colega deprofissão Waldir de Almeida Ribas, que reza mais ou menoso seguinte: “o tesoureiro Adilson do Nascimento propõe queseja concedido ao médico Pércio Monteiro Prado, o título desócio honorário, em reconhecimento aos seus relevantes eextraordinários serviços prestados em benefício do povo e dacomunidade gouveana, quer seja urbana, quer seja rural. Estaproposição foi aprovada por unanimidade”.Fui testemunha, por inúmeras vezes, do seu sufoco, quaseextenuante, depois de um procedimento cirúrgico do mais altorisco, sempre com resultados favoráveis ao paciente, embo-

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Homenagens da AFAGO

ra de antemão se soubesse da estrutura física e humanafragilizada que o hospital poderia lhe disponibilizar, oferecendo-lhe como assistente e instrumentador uma enfermeira e comoanestesista um farmacêutico.Impressionava-me a sua habilidade e competência para identi-ficar bactérias pouco ou nada conhecidas do mundo científico(como o caso de uma “pseudomonas aeruginosa”, que colo-cava em risco iminente a vida de uma menina de apenas doisanos de idade que se recuperava de uma catapora, quando asua intervenção foi tão eficiente e eficaz que ela hoje é umaconceituada cirurgiã-dentista em Belo Horizonte).Também causava espanto a sua habilidade para diagnosticaros mais variados tipos de doença, sem qualquer suporte de umlaboratório de patologia clínica (como no caso de um professoruniversitário, do Vale do Aço, que passava férias em SãoRoberto e acabara de vir a óbito, por infarto agudo e que vocêidentificou a causa mortis como tripanossomíase, mais co-nhecida como “doença de chagas”). Nem a viúva tinha conhe-cimento disso, o que veio a se confirmar, para ela, tempos de-pois.Gouveia chegou a formar um conceito, muito disseminado, queconsistia no seguinte: “paciente que o Dr. Pércio encaminhapara Belo Horizonte... volta morto”.Porém, você nunca abdicou desse seu jeito bonachão, dessasua humildade, dessa sua simplicidade quase simplória, nuncafez da medicina uma profissão mercantilizada e sempre a exer-ceu como um sacerdócio, uma missão de vida, um ato de fé, deamor, de caridade, de esperança e de solidariedade para comas pessoas.

Portanto, o que pretende a Afago aqui, hoje, é apenas fazer J US T I Ç A, embora reconheçamos que este nosso gesto resga-ta tão somente uma pequena parcela da promissória de grati-dão que o povo desta cidade tem para com um cidadãoparaguaçuense que adotou Gouveia como sendo sua, para nelase estabelecer, criar sua família e exercer o seu sacerdócio,com total desprendimento e, sobretudo, com dignidade.Se a nossa cerimonialista me permitisse eu falaria aqui por vá-rias horas para expor, principalmente aos mais jovens, um pou-co dos seus “milagres” nesses mais de quarenta anos de exer-cício de uma atividade profissional da mais alta especializaçãoe do mais alto naipe na escala da perfeição, sempre em bene-fício da coletividade, procurando dotar o nosso povo, além de

uma saúde de primeira linha, de um melhor saneamentobásico, de uma melhor cultura e de uma melhor qualidadede vida.Como o cerimonial não me permite eu gostaria de pedir auma pessoa muito especial, para a qual, eu sei, você temuma impagável dívida de gratidão, acumulada ao longo demais de quarenta anos, para que lhe passe às mãos estecertificado que simboliza, personifica e materializa essanossa pretensa homenagem: Senhora Ilda Franco Prado,por gentileza.

À Yara Maria Ribas CastroManoel Luiz F. Miranda

Ao ser indicado pela Diretoria da AFAGO- Associaçãodos Filhos e Amigos de Gouveia para estar aqui hoje, atransmitir à sua pessoa o título de Sócia Honorária da AFA-GO, por aprovação unânime de sua Diretoria e por forçade seu estatuto. Fui cometido de enorme satisfação, por-que imediatamente me veio à mente a oportunidade deexternar a minha admiração a você, ao seus pais e à suafamília; partindo da iluminada sua mãe Dona Vitalina e donosso saudoso João Ribas e à todos os seus irmãos.

YARA: voltemos aos anos de 1964, quando contando como apoio de Dom Serafim que ajudou a convencer seus paisa deixar você partir para a capital em busca de um sonho,que era Jogar Volei e a fazer faculdade. Amor esse pelovoleibol que iniciou em Gouveia, numa quadra de terra quese transformou depois numa praça de esportes e que hojeleva seu nome.

Em 1964 iniciou-se na carreira de atleta no Minas TênisClube, onde passou a acumular os títulos:- Campeã Estadual por vários anos;- Campeã Brasileira de Clubes do Brasil;- Campeã Brasileira de Seleções de Minas Gerais;

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Homenagens da AFAGO- Dentre outros torneios que aconteceram e seleção brasi-leira de 1964 a 1971, participando de todas as seleções nesseperíodo como capitã da equipe.- Vice Campeã Sul Americana de 1969 e Pan Americana.

Como Profissional de Educação Física participou no tradicio-nal clube do Minas Tênis em Belo Horizonte por longos anoscomo orientadora dos jovens na iniciação neste esporte nascategorias de

base, depois Diretora do Voleibol feminino e participandohoje do Conselho de Administração desta Agremiação.

Qualidades estas que levou você a receber em 17/10/2003 o título de Cidadã Honorária de Belo Horizonte.

Por essas razões e muitas outras, aliadas ao seu ca-ráter, suas atitudes na vida esportiva, servindo de referênciapara o caminhar dos jovens, principalmente os de nossaGouveia, é que hoje a AFAGO tem o prazer e a honra deentregar-lhe o título de Sócia Honorária desta Associação quetanto tem pautado para o engrandecimento do Município deGouveia cumprindo um ideal de seu presidente de honra efundador Dr. Waldir de Almeida Ribas.

Portanto Yara, que Deus a ilumine e faça com que aesperança possa florir sempre em seu coração.

E o sentimento de fraternidade que lhe é peculiar,continue sempre uma constante em sua vida.

E a vida, Yara, não é contada em dias, mas sim emrealizações.

Nossos agradecimentos a você e a toda sua famíliapela expressão maior do seu ser, e pelo engrandecimento doespírito esportivo dos nossos jovens. Muito obrigado,

ZENON, “AQUELE DE QUEMDEUS SE LEMBROU”.

Gil Martins de Oliveira.Meu caro conterrâneo, Zenon, senti-me hon-

rado ao saber que teria a incumbência de entregar-lhe estetítulo de Só-cio Honorárioda Afago.Lembro-mebem do pé deingá, em fren-te sua casa,ou casa deTitino, seupai, bem aolado do Gru-po EscolarAurélio Pires.Antes e apósas aulas,quando havia

frutas, o ingazeiro sofria com as nossas pedradas. Aos 60anos, nossa cidade é obra de muita gente. De pessoas derenome, de famílias importantes, mas também da gente hu-milde: dos operários da Fábrica de São Roberto, onde osenhor trabalhou por tanto tempo; dos trabalhadores docampo, dos artesãos humildes como Raimundo Lifofo; dosfogueteiros Tiano Fonseca, João Rolinha e Rosalvo, dosanfoneiro João Pena; dentre as mulheres, dona Flora, acatequista; Idalina e Mimi, as parteiras; do construtor detantas casas de Gouveia, Manuel da Cruz e de um outroseu companheiro, meu tio Aristides Librelon, construtor mordo Hospital, da casa paroquial, das casas da Vila Vicentina,das cerâmicas de São Roberto e de Chiquinho de Nelo.Gouveia é fruto também das lapidações de diamantes deAprígio Martins e Augusto Filomena, das sapatarias de Zéde Odília, de Zé de Dico, de Popô e de Viano; dasalfaiatarias de Geraldo de Abreu, de João Antônio deDoninha; das vendas de Zé de Glória, de Levi, de Ataíde,de João Cassimiro, de Hermano, de Augusto de Doninha.Nossa terra deve muito àquela verdadeira escola de enge-nharia que funcionou a partir da casa dos Paulinos, ondecada um se especializou numa profissão; eletricidade, hi-dráulica, funilaria, curtição de couro, música dentre outras.

Meu irmão, Romeu, residente na Bucaina, certavez, de forma sábia, como grande observador que é, divi-diu, sociologicamente, nossa terra em duas partes. AGouveia nobre, do toco do mastro para cima e a pobre, dotoco do mastro para baixo. Claro que não se tratava deuma divisão exata, mas tinha sentido. Nós dois, portanto,Zenon, éramos do toco do mastro para baixo. Hoje, essa

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divisão não tem mais sentido, pois as pessoas que moramna periferia já levam uma vida bem mais confortável e dignado que na minha época de criança. O toco do mastro soci-ológico desapareceu. Ficou, contudo, um outro, o político,que ainda continua dividindo nossa comunidade. Nele, hápessoas que teimam em erguer a bandeira da anticidadania,“do quanto pior meu adversário se sair, melhor”. Mas essasituação será mudada um dia, se Deus quiser, através daeducação para a verdadeira cidadania e da formação hu-mana e cristã de nossas crianças e jovens. Formação cris-tã, sim, pois se nem todo cidadão é cristão, contudo, todocristão tem o dever de se envolver com o bem comum dasua comunidade, pois isso é inerente ao grande manda-mento: “Amai-vos uns aos outros” (Jo 15,12) e mais, “Euvim não para ser servido, mas para servir e dar a vida porresgate de muitos” (Mc 10,45).

Depois da fábrica de São Roberto, nós o vi-mos, por um bom tempo, trabalhando junto com IdalinoRibas e Osvaldo Brasil, na, então, tradicional loja da esqui-na da Avenida. A Igreja de Gouveia também contou, pormuito tempo, com o seu apoio tanto junto ao Padre LuizBarroso, quanto na época do Padre Lauro, do qual foi sa-cristão.

Homemsimples, dotado deuma grande e puraalma, não havia espa-ço melhor para o se-nhor deixar sua marcaregistrada do que jun-to aos pobres da So-ciedade de São

Vicente de Paulo, herança bendita dobeato Frederico Ozanam, “uma soci-edade baseada na fraternidade, noamor e na justiça, convidando uns paraservir outros.” Costumo dizer, semmedo de cometer heresia, que as pas-torais católicas fazem o que é impor-tante, mas os vicentinos, o que é ne-cessário, pois são obreiros da Miseri-córdia. Buscam os excluídos, aquelesque têm fome e sede de justiça. Zenon,o senhor é daqueles para os quais obrade misericórdia se traduz em VER acarência do pobre, COMOVER-SE

com ela e MOVER-SE para saná-la. Uma compaixãoproativa. É de Madre Tereza de Calcutá a frase: “As mãosque ajudam são mais sagradas do que os lábios que re-zam”. Oportuna, bem-vinda e merecedora foi a homena-gem que lhe foi prestada na comemoração do Centenárioda Conferência de São Vicente de Paulo de Gouveia, háalguns anos. E pode ter certeza, Zenon, que o senhor pe-gou o elevador certo que nos conduz ao céu: o elevador deserviço.

Por tudo isso, estimado conterrâneo, a AFA-GO e todos nós, gouveianos, sentimo-nos honrados ao ofe-recer este Título de Sócio Honorário ao senhor, um zelosoe dedicado cidadão de quem Gouveia se orgulha. Que Deuscontinue abençoando e prolongando sua vida com muitasaúde e paz para o bem e felicidade de todos nós. Obriga-do. Gil Martins de Oliveira. Gouveia, 02/08/14.

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A Marcos Blum Ribas

Raimundo Nonato de Miranda Chaves

Senhoras e Senhores!

Meu objetivo édar depoimentoem favor deMarcos BrumRibas.

Marcos não nas-ceu e nunca re-sidiu emGouveia; e épouco conheci-do por aqui.

Ele é filho dedoutor Valdir deAlmeida Ribas,gouveiano ilus-tre, dos primei-ros gouveianosportadores dediploma univer-sitário.

Doutor Valdir, graduado em medicina, com especializaçãoem Pediatria, residiu e clinicou em Belo Horizonte, ondeatendeu a muitos filhos de gouveianos.

Idealizou ecriou, como apoio deo u t r o sgouveianos,a Associa-ção dos Fi-lhos e Ami-gos deGouveia –AFAGO.

D u r a n t ereunião detrabalho dad i r e t o r i ada associa-ção, DoutorV a l d i ranunciou ad o a ç ã o ,para sede da entidade, de conjunto de salas onde funcio-nara seu consultório médico.

O conjunto de salas, patrimônio importante da famíliaBrum Ribas, está localizado na região central de Belo Hori-zonte, na Avenida Amazonas, a uma quadra da Praça Sete.

Doutor Manoel Miranda, um dos diretores, advogado ex-periente, recomendou prudência e argumentou que aAFAGO, entidade recém criada, tinha tudo para dar certo,mas a prudência recomendava que se fizesse Contrato deComodato ao invés de doação. Assim as salas estariam à

disposição da Afa-go, mas a proprie-dade continuariada família BrumRibas.

Assim se fez!

Doutor Valdir fale-ceu. Grande perdapara a Afago, paraGouveia e para aMedicina; o con-junto de salas tor-nou-se proprieda-de de Marcos BrumRibas, por direitode herança.

Procurei Marcos,na minha condiçãode presidente daAfago. Ao anunciaro motivo do en-

contro, ele me interrompeu:

Presidente, fica como está! A Afago era o sonho do meupai e eu farei de tudo para ajuda-los a concretizar este

sonho! Agradeçoao senhor e aosdemais diretorespelo respeito epelo carinho comosempre trataram ameu pai.

Este é o meu depo-imento.

Marcos, o certifi-cado de Sócio Be-nemérito que aAfago lhe entregasimboliza nossoa g r a d e c i m e n t opela grande ajudamaterial; e, maisdo que isto, repre-senta nosso aplau-so à nobre atitude

de desprendimento, motivada pelo amor filial.

Obrigado!

Homenagens da AFAGO

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Discurso pronunciado por Marcos BrumRibas

Estou muito feliz de estar aqui hoje para receber juntamen-te com essas 6 ilustres pessoas este título da AFAGO. Nãonasci aqui em Gouveia, mas me sinto como se estivesse.Meu Pai, Dr. Waldir de Almeida Ribas tinha orgulho de

falar, sempre que o perguntavam onde nascera, que era cobude Gouveia.Toda essa festa começou há muito tempo atrás: em 04 deDezembro de 2006 na primeira reunião festiva na casa deBibi de Hermano, em Belo Horizonte, onde foi empossadaa primeira diretoria da AFAGO. De lá pra cá a AFAGOvem crescendo e sua diretoria trabalhando intensamente paraajudar essa cidade, seus filhos e amigos.E por falar em AFAGO o que essa palavra significa? NoDicionário Aurélio está escrito assim:Ação de afagar; ato de demonstrar carinho; carícia.Comportamento ou gesto afetuoso; que demonstra amabi-lidade ou cordialidade por algo ou alguém.Agrado que se faz a alguém.Ação, circunstância ou objeto que causa contentamento oufaz bem.Serenidade expressa ou causada por suavidadeEm que há favorecimento; auxilio ou proteção

Homenagens da AFAGO

Podemos então dizer que:

Um músico nos afaga com sua sinfonia;Falo de João Antônio de Miranda.Uma Esportista nos afaga com sua determinação e garra;Falo de Yara Maria Ribas Castro.Uma Educadora nos afaga com seus ensinamentos;

Falo de Maria das Dores Alves (Dona Dôca).Um Médico nos afaga com seus cuidados;Falo de Pércio Monteiro Prado.Um comerciante nos afaga com seu carinho e atenção;Falo de Zenon de Carvalho.Um Cardeal que nos afaga no coração e na alma;Falo de Dom Serafim Fernandes de Araújo.E um educador físico que nos afaga com essas palavrasagoraFalo de Marcos Brum Ribas, eu mesmo.

Hoje todos nós nos sentimos AFAGADOS.

Parabéns a Prefeitura de Gouveia e principalmente a AFA-GO, na figura do Presidente Adilson do Nascimento, porhomenagear essas pessoas que diretamente ou indiretamentetrabalharam em prol desde município e elevaram o nomede Gouveia além de Morro do Camilinho.

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Homenagem ao eminentíssimo senhor Serafim Cardeal Fernandes de Araújo

Noventa anos de Dom Serafim

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Noventa anos de Dom Serafim

Noventa anos: 90 crianças

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Noventa anos de Dom Serafim

Em Belo Horizonte 13de agosto

Nos braços do povo

Coral Crescere abrilhantou

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Boletim Informativo da AFAGO página 16

Noventa anos de Dom Serafim

Nosso cardeal padre Dom Serafim não mediu esforços para abençoar nossa Gouveia na celebração de seusbelíssimos noventa anos.Ele que sempre atendeu solicitamente a todos os convites de gouveianos, reviveu os anos de 1952 a 1957, nosquais se desdobrou em zelo pastoral em nossa comunidade. Visitou e abençoou os habitantes do Lar de SãoVicente de Paulo, em seguida, celebrou na capela de Nossa Senhora de Lourdes da Fábrica de São Roberto,dirigiu-se à capelinha das Dores e, para encerrar à noite, recebeu as homenagens que lhe eram devidas,juntamente com pessoas eminentes de Gouveia. Incansável, na manhã do domingo, dia 3 de agosto, celebroucheio de energia a missa solene na Matriz de Santo Antônio.No dia 13 de agosto, data de seu aniversário celebrou, acompanhado do episcopado, a missa comemorativa naIgreja de São José, a Catedral do Povo. A Afago e toda a Gouveia se sente honrada com a bênção de nossocardeal. Vale fixar a mensagem permanente desse padre cristão generoso. “Saber perdoar! Sempre e saberpedir perdão”Se todos nós soubermos perdoar e pedir perdão, não haverá mais necessidade de juízes, polícias, cadeias epunições. Perdão é o móvel da Paz.

Percurso dos Diretores da AFAGO

Noite da APAE

ManoelMirandasobe ao

palanquepara

relatar osfeitos da

AfagoReunião nabiblioteca

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Boletim Informativo da AFAGO página 17

Homenagens da AFAGO

O Associado, GeraldoFabiano Chaves - Bibi de Hermano faz entrega de

livros à Biblioteca de Gouveia

Congraçamento Afago - AASER - Associação dos Amigos do Serro - Restaurante Dona Licinha

Discursode Luiz

Dumont,presidenteda AASER

E muita conversa boa!

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Centenário da primeira Missa no Peixe - 2015

Raimundo Nonato de Miranda Chaves

O Jubileu de São Miguel e Almas, celebração tradicional ecentenária, que se realiza na terceira semana de agosto,na localidade conhecida como Cemitério do Peixe, nesteano não foi diferente. Entre os dias 14 e 17 de agostogrande numero de fieis acorreu ao local, seconfraternizaram e rezaram piedosamente sob aorientação religiosa dos sacerdotes: padre MauroCarvalhais, padre Carlos Pinto de Oliveira e padre ItamarJosé Pereira.

Créditos pela tranqüilidade e pelo brilho da celebração sedevem, também, ao trabalho incansável dos festeiros: LuizRodrigues de Oliveira e AnitaPinto de Oliveira; assim comoaos mordomos do mastro: AnaLuiza de Oliveira e Neide Mariade Oliveira Rodrigues. Atradição de muitos anosrespeitada: celebração daeucaristia, confissões,procissão, reza do terço,levantamento do mastro aosom da folia de reis;cavalgadas, vindas de todas asdireções, se organizavam emfila indiana e recebiam,cavaleiros e suas montarias, abenção simbolizada pela águabenta aspergida peloreverendíssimo padreCarvalhais.

Alguns pontos se destacaram:

• A coordenação geral do reverendíssimo cônegoPaulo Henrique Soares, titular da Paróquia deGouveia. A divisão político-administrativaposiciona a localidade no município de Conceiçãodo Mato Dentro. A organização da Arquidiocesede Diamantina, no entanto, a posiciona na Paróquiade Santo Antonio de Gouveia. O cônego PauloHenrique assumiu, com firmeza e eficiência – seudireito e seu dever –, a coordenação desta notávelcelebração religiosa. Isto não acontecia à épocado cônego Paulo Nicolau enquanto pároco deGouveia.

• O entendimento entre o cônego Paulo Henriquee Luiz Rodrigues, festeiro e presidente daAssociação dos Moradores do Peixe, possibilitoua Luiz agir com firmeza na manutenção da ordem:

determinou áreas especificas paraestacionamento e instalação de barracas, proibiuuso de som automotivo, conseguiu a colaboraçãode forte destacamento policial e outras ações. Oresultado, do entendimento e do apoio mutuo,foi o ambiente de tranqüilidade que reinou noCemitério do Peixe durante a romaria. A balburdiados anos anteriores, agora, se transformou natranqüilidade do anoitecer em Camilinho.

• Reportagem fotográfica, de Nicole Rocha,apresentada na TV em rede nacional – Domingão doFaustão, 24/08/2014. Fazer filmes sobre o Jubileu doPeixe não é novidade. Muitos foram feitos e estãodisponíveis no “Youtube”, mas o de Nicole Rochasalienta por ter sido apresentado, em horário nobre, namaior rede de TV do país. O filme está disponível no siteG1 da TV Globo. No “Youtube” estão acessíveis: de

Afrânio Gomes, realizadoem 2004; Vila das Almas, deLucas Oliveira, microprojetos da Funarte; Emnome da Fé, de TúlioMarques; Jubileu do Peixe2012, de Waldemar Vieira;Jubileu das Almas, deRonaldo “Ted” Machado;Folia e Benzeção daBandeira, Banda de Música,Via Sacra, O sino anuncia asaída da Procissão, todos deCarlos Avelin, realizadosem 2010; e, outros,inclusive clipes de minhaautoria divulgados no sitewww.afagouveia.org.br.• Por último, mas não

menos importante, o lançamento de campanha paracomemorar o centenário da celebração da primeiramissa naquela localidade, acontecimento do dia 15 deagosto de 1915. Inclui na campanha a revitalização dalápide e colocação de busto do fundador do jubileu doPeixe: “Canequinha”. Iniciativa do casal: Paulinho eTereza, residentes em Belo Horizonte e proprietários decasa no Peixe, ele neto do fundador.Escrevi diversos artigos, publicados aqui no BoletimInformativo, no Jornal Centro de Minas e no sitewww.afagouveia.org.br sobre o Jubileu, mas nunca escrevisobre o fundador. Agora, aproveito o gancho do centenárioda primeira Eucaristia, a homenagem ao fundador eescreverei alguma coisa sobre este ilustre tio-avô.

Desde criança eu ouvi: Caniquim, tio Caniquim, seuCaniquim, na forma mineira de engolir parte das palavras.Eu o conheci pessoalmente, já idoso, na sua cadeira depano na sala da sede da fazenda do Vassalo. Agora, genteletrada fala Canequinha!!! Não me soa bem. Canequinha

Artigos

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Boletim Informativo da AFAGO página 19

Artigosé uma pequena vasilha de metal, esmaltada, cor forte:vermelha, azul... com asa. O metal é bom condutor de calore o café, naquela canequinha sempre a queimar a mãodos mais afobados. Por outro lado, Caneco me traz alembrança de taça, de premio ao vencedor, de campeão,portanto Canequinho, pequeno caneco me parece maisadequado.

Batizado com o nome de Antonio Francisco Pinto, naturalde Camilinho, filho de Antonio Francisco Pinto Mudéo eIdalina Bernardina da Conceição. Idalina era irmã de LeonelAlves Ferreira, portantomembro da família AlvesFerreira, da nobrezaGouveiana, cujos membrosmais ilustres Quintilhano – oBarão de São Roberto – e oPadre Manuel Alves Ferreira.

Casou-se, em primeirasnúpcias, com Carlota Augustade Miranda, ela, tambémnatural de Camilinho, filha deValeriano da Costa Pena eMaria da Costa Miranda. O casalgerou os filhos: Antonio Pinto,José Pinto, Gustavo Pinto,Thereza Maria de Miranda,Ritinha, Maria dos Santos,Zizinha casada com João Julio e Filomena.Casou-se, em segundas núpcias, com Rosaura Dumont,natural de Serro e parente próxima de Alberto. É! Aquelemesmo que você está pensando! Aquele do 14 bis. Nãohouve filhos do segundo casamento.Além dos filhos biológicos, Canequinho e Carlota criarama filha adotiva: Francisca, conhecida como Chiquita.Chiquita, casada com Levindo Pinto de Oliveira – veja artigono numero anterior deste boletim, disponível no sitewww.afagouveia.org.br – tem dois filhos intimamenteligados ao Jubileu: Padre Carlos e Anita.Hoje, galhos e folhas do grande tronco, terceira geração eseguintes, formam um grupo capaz de, por si só, fazer ojubileu. O grupo cresce, muito mais, se acrescentarmosum grau na ancestralidade, a geração anterior. O pai deCanequinho, Mundéo, também se casou duas vezes: doprimeiro casamento, com Ambrosina de Miranda, nasceu,entre outros, Francisco Pinto de Miranda, o Chico Pinto.Vizinho de Mundéo, no Camilinho, era o casal FranciscoJoaquim Dornas e Idalina Bernardina da Conceição, estecasal gerou entre outros, Idalina Bernardina AlvarengaDornas, que se casou com Chico Pinto. São os pais deChiquita. A curiosidade é que Chiquita, adotada porCanequinho era bi-sobrinha dele, Canequinho era irmãodo pai e da mãe dela.Com a morte de Joaquim Francisco Dornas e Ambrosinade Miranda, Mundéo se casou com Idalina Bernardina daConceição, o casal gerou três filhos: Antônio FranciscoPinto, o Canequinho – já conhecido; Manoel Pinto deMiranda, o Niquinho que se casou com Amélia Augusta de

Miranda – ela irmã de Carlota Augusta – permaneceramdurante toda a vida em Camilinho onde, tambémconstruíram a Capela de Nossa Senhora das Dores quefará cem anos em 2016, foram o baluarte inicial da EscolaEstadual de Camilinho, cujo centenário comemorou-seem dezembro de 2013. O casal gerou nove filhos e afazenda original, hoje, é propriedade de bisnetos. Aterceira filha do casal: Luiza Alves de Santa Cruz, a Bilucasou-se com Carlos Ribas Dornas. O casal adquiriufazenda nas margens do Rio das Velhas e dali seus filhos

expandiram as propriedadesaté Santana do Pirapama eCapim Branco. Hoje, a famíliaPinto, descendente diretade Canequinho, a famíliaMiranda e a família Ribasdescendentes colaterais,formam um grupo colossalque espero possa estarpresente na inauguração dobusto dele no dia 15 deagosto de 2015 no Cemitériodo Peixe.

Voltando ao meu tio-avô,respeitado pela suahabilidade nos negócios: Aregião da Mandassaia,margem direita do Rio

Parauna, oposta à região do Vassalo, era grande produtorade farinha de mandioca. Pequenos produtores ruraisvendiam a farinha na safra e Canequinho decidiu estocarsua produção e mais o que conseguiu comprar naMandassaia. O preço subiu na entre safra, Gouveia estavaabsolutamente sem farinha. Leonel Alves Ferreira viu alia possibilidade de ganhar dinheiro, ele sabia do estoquede farinha de Canequinho e foi visitá-lo. Esperto, faloude vaca, de falta de chuva até de política, nada de farinha.Depois de se despedir, solta a mula que estava amarradana sombra do bambuzal e então fala

— Canequinho, você tem alguma farinha para vender?

—Tenho. Responde Canequinho. Quantas sacas vocêprecisa?

— Cem sacas.

Canequinho percebeu as intenções de Leonel. Ele sabiaque se colocasse no mercado toda a farinha disponível, opreço cairia, então adotou uma estratégia: aceitou aproposta de Leonel e lhe vendeu as 100 sacas de farina.Preço pouco mais baixo do que o da Gouveia. Mas,explicou: para pesar e ensacar ele precisava de algumtempo, portanto só entregaria a mercadoria no segundodia da data. Negócio fechado. Antes de Leonel, feliz davida, atravessar o Rio Congonhas, o mensageiro deCanequinho já tinha partido para a Mandassaia, com aordem de trazer, no dia seguinte, todos os tropeirosdaquela região: João de Souza, Candinho, João Moreira e

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algum outro chegaram logocedinho e foram tomar cafécom leite, broa de fubá,cuscus e queijo, tudo servidona cozinha da fazenda.Canequinho saboreava cuscuscom leite, feliz com oresultado da estratégia, deua ordem: vocês arrumam ascargas hoje e seguem paradormir em Ribeirão de Areia.Amanhã eu quero três lotescarregados de farinhaentregues em Gouveia, umem Barão de Guaicuy, um emDatas e, depois de amanhã, três em Diamantina. Minhabesta está arriada, eu vou na frente para fazer anegociação. Dois dias depois do negocio, quando o espertoLeonel chegou em Gouveia encontrou o mercadoabastecido e ninguém queria mais farinha.

Contam que Canequinho emprestou o machado para umde seus peões e se esqueceu para quem ele haviaemprestado dito machado. Decidido a recuperar aferramenta ele aguardou a chegada dos peões para oserviço do dia. Quando chegou o primeiro deles,Canequinho falou de forma autoritária:

— Firmino, você vai trazer meu machado que estouprecisando dele!

E o pobre do Firmino todo sem jeito, humildemente:

— Seu Caniquim o senhor emprestou o machado foi parao compadre Zé Alonso. Não foi para mim, Não!

Canequinho, satisfeito, resmungou: então foi aquelesafado!

Canequinho, aos domingos, gostava de sentar-se nacadeira de pano colocada ao fundo da sala de visitas. Salamuito comprida, de um lado três janelas mais a porta dafrente. Deste lado e junto às janelas um banco de madeiramuito comprido onde cada visita se sentava depois de terido ao fundo da sala e cumprimentado seu Caniquim. Lápelas nove, dez horas da manhã adentrou à sala o senhorAugusto Saraiva. Os Saraivas ali da Mandassaia tinham umjeito de falar característico da família, assim meio cantado,Augusto tinha, ainda um defeito de pronuncia e nãoconseguia expressar silabas com a letra P. Devo lembrar,também, que o cumprimento comum era “Como passou?”,depois substituído pelo “Como vai?”. Considerando amania do mineiro de pronunciar “u” no lugar de “o”, entãoo “Como passou?” de Augusto Saraiva parecia mais “Cuassou?”. E lá se foi Augusto Saraiva, estendia a mão a cadaum dos 12 ou 15 homens ali sentados e perguntava: Cuassou? Cu assou? Finalmente, chega próximo de velhofazendeiro, inclina-se, estende a mão e fala: Cu assou,seu Caniquim? E Canequinho responde com um sorrisobrincalhão: Se assou, eu não sei, mas está no fogo há muito

tempo!

Aconteceu na República

Pércio Monteiro Prado

Morar numa república é uma experiênciaenriquecedora e inesquecível para qualquer estudante,pois é um processo de amadurecimento.

Ali aprende-se a difícil arte de conviver com pessoasque têm costumes diferentes dos nossos. Ali se aprendeo respeito às diferenças e ao espaço do outro. Ali seaprende a obedecer às regras de organização da casa(mesmo que seja uma organização meio capenga)...Também se aprende ali (aprende mesmo?) a cozinhar,faxinar, lavar (quando não se tem mais nem uma peça paravestir). Passar? Não. Isso não se aprende não, que quemmora em república não passa roupa.

Objetos, pessoas, estudos, sentimentos, confissões,segredos, tudo se encontra ali, junto e misturado. É lugarde livros e de roupas espalhados pelos cômodos. E demuito macarrão instantâneo. Espaço onde vivemos umtempo de limitações e expectativas: com algumas moedasno bolso, muita saudade de casa e uma grande esperançano coração: “quando eu me formar...” Mas as repúblicas deestudantes são também um lugar de muitas festas, muitamúsica, muito rock, muita animação. Não dá outra: ali osamigos se transformam numa família. As amizadesconstruídas nas repúblicas tornam-se amizades de umavida inteira. Tive a sorte de morar numa república deestudantes. Muitas das histórias que estão guardadascomigo fazem parte daqueles anos vivendo e transitandonessas repúblicas. É uma dessas histórias que divido hoje

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com vocês.

Estávamos na época da Semana Santa. Para nós,estudantes, era mesmo a época das farras monumentaisque aconteciam no sábado de aleluia. Mas a nossa históriaaconteceu mesmo foi no domingo da ressurreição.

André era um estudante de engenharia, cumpridor deseus deveres. Mas aos sábados a cerveja gelada era sagrada:lá estava ele numa roda de amigos, colegas de escola, derepública, filósofos de botequim... E, naquele final desemana, o estudante resolveu emendar a cervejada pelodomingo afora.

Foi assim que chegou em sua república já meio “alto”.Seu amigo Ulisses, (amigo da onça?), resolveu,juntamente com outros colegas, armar uma presepada pracima do André.

- Olha , André, tenho uma proposta pra você ganhar umagrana. É só você sair daqui da Chumbo Grosso, de cueca,atravessar a rua e ir até a república Amorecana. A portaestará fechada apenas com o trinco e assim você não teránenhum problema pra entrar. Topa?

-Bem... mas quanto vou ganhar?

-Cinquenta pratas, tá legal? (*)

-Não, tá pouco: cem reais. (*)

-Combinado, cem.Mas só de cueca, certo? Só de cueca.

-Negócio fechado.

O que o coitado do André não sabia era que seu domingode páscoa iria se transformar no calvário da Sexta-Feira daPaixão...

Naquela hora, os primeiros fiéis da procissãoapareceram. O trajeto da mesma envolvia várias ruas dacidade, inclusive o caminho que André teria que fazer parachegar à República Amorecana.

Ulisses olhou mais uma vez pela janela. Viu que aprocissão virava a esquina. “Vai dar certinho”- pensou oestudante, já antevendo o que iria acontecer.

Então ele deu a largada e André partiu como um raio.Atravessou a rua rápido, olhando sempre para trás , praver se não vinha ninguém. “Vou ganhar as cem pratas fácil,fácil. As ruas estão desertas. Maravilha”- pensou .

Chegando à república Amorecana , ele meteu a mão notrinco. Nada: a porta estava trancada. (trancar a porta faziaparte do plano) .

Nisso, André olhou para trás e viu, horrorizado, que aprocissão se aproximava. Nosso pobre estudante entrouem pânico. Bateu na porta, chamou pelos “amigos” da

república. Nada. E a procissão se aproximando... O pobrebateu novamente na porta. Ou melhor, esmurrou acoitada. Pareceu-lhe ouvir uns risos lá dentro. Entãochamou mais uma vez pelos “amorecanos”. Chamou émodo de dizer. Na verdade ele berrou pelos amigos. E aporta continuava fechada. E a procissão se aproximava.André queria mesmo era morrer ali. Ou matar Ulisses.Mas, naquele momento, não havia outra coisa a fazer anão ser iniciar o trajeto de volta. E passar de cueca ao ladoda procissão. André pensava nas gozações que teria deaguentar por causa daquele episódio. Seria a bola da vez.O mico da faculdade. E a “zoação” duraria até que fossemaparecendo outros “Andrés”, vítimas de outros “Ulisses”...

Nosso pobre estudante, ou o que tinha sobrado dele,juntou o resto de coragem (teria ainda?) e marchou, oumelhor, voou, atravessando a rua, no trajeto de volta.André pôde ver que algumas senhoras o olhavam entreincrédulas e espantadas. Outras se benziam. “O mundoestá mesmo perdido!” “Mas esse vai queimar no fogo doinferno”! “Curuz credo! É o demo!” “Nunca pensei quefosse ver uma cena dessas!” Foram alguns dos comentáriosque ele pôde ouvir.

Mas o pior ainda estava para acontecer: André notouque havia alguns policiais entre os fiéis queacompanhavam a procissão. Então, apelou para todos ossantos: e ali, de cueca, correndo como um quenianomaratonista, ele rezou para que aqueles policiais não ovissem!

Com alívio, o pobre vislumbrou a “Chumbo Grosso”.Nunca aquele trajeto tinha lhe parecido tão longo! Correumais ainda, bateu a mão no trinco, abriu a porta.

-Cadê o Ulisses? Agora ele me paga!

André armou o soco e já ia partir pra cima do “amigo daonça” quando bateram na porta. Ainda de cueca, nossoamigo foi abrir. Era a polícia.

E aí? Aí que o que aconteceu depois eu não conto não.Mesmo porque o resto desta história daria uma outrahistória.

Revisão: Professora Maria Ivonete de Lima Ávila

*: valores atualizados pelo autor.

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Na mão de Deus

13/07/2014 - João de Jesus SaraivaNota de falecimento.Acabei de receber neste momento10,24 minutos deste domingo com muita tristeza o faleci-mento de um grande amigo nosso aqui na capital (EunápioALVES NUNES) filho DE NOSSA SAUDOSA DonaStael e irmão do nosso amigo Roberto Alves Nunes.Aoamigo Roberto e todos familiares nossos sentimento

15/07/2014 - Afrânio GomesFaleceu ontem em Belo Horizonte, José Honório dos San-tos Filho, ele era esposo de Maria Celeste Gomes dos San-tos e genro de Maria Joséfina Gomes Pereira e AntonioAugusto Gomes, “Antonio Augusto Paulino”. O enterro seráhoje as 16:30 no Cemitério da Paz em Belo Horizonte.

15/07/2014 - Gil Martins de Oliveira

(Reforçando o que já foi publicado por Afrânio). Faleceu,hoje, em Belo Horizonte, José Honório dos Santos, avô,pai, professor, homem de profunda formação humana ecristã. Ele deixa viúva, Maria Celeste Gomes dos Santos.Órfãos de pai, Carlos Henrique, Marco Aurélio, Gustavo eMaria Celeste, além de dois netos. Todos descendentesdos Paulinos de Gouveia. José Honório sempre impressio-nou a mim – e a todos que com ele conviveram – pelaserenidade, docilidade e pelo saber ouvir. Foi meu colegade profissão no Colégio Padre Eustáquio, onde deixou pe-gadas de sabedoria. Velório e sepultamento acontecerãono Cemitério da Paz, na Av. Carlos Luz, perto do Shoppingd’El Rey, hoje, 15/07, às 16,30 horas. Para Celeste e todaa família os nossos mais profundos sentimentos e nossosolidário abraço. Que o Deus da Misericórdia e a Mãe deMisericórdia recebam José Honório na Pátria Celeste ondepossa, para sempre, descansar em paz.

04/08/2014 - José Moreira de SouzaFaleceu, no dia 31 de julho,a senhora RAIMUNDAGUEDES. Raimunda foi operária da fábrica de SãoRoberto, juntamente com sua irmã, Conceição Guedes. Háalgum tempo, vivia recolhida devido a artrite e que lhe difi-cultada os movimentos. Recentemente, a insuficiência renalexigiu internação e as complicações decorrentes a levaramao óbito. Raimunda, Conceição e Zulmira Paixão foramexemplos de vida não apenas como operárias, mas princi-palmente como promotoras da vida religiosa na vila de SãoRoberto.

08/09/2014 - João de Jesus SaraivaNota de falecimento.é com muito pesar que venho dizeraqui neste nosso espaço que nesta noite faleceu um dosgrandes amigos nosso na cidade de Contagem o senhorEli Guimarães grande Gouveano,um dos últimos músi-

cos da banda Santa Cecilia da nossa época em quemorávamos em São Roberto,fazia juntamente com os

músicos Geraldo de Abreu,Jose Maria cobu,lindas sere-natas nas noites de Gouveia.à família enlutada nossos

sentimentos.

09/09/2014 - Hermes Nascimento da Silva

Comunico o falecimento ocorrido no final de semana emGouveia, da Senhora Anita Alves Nunes, viúva do SrAmpere Nunes.A família enluta-da meus senti-mentos

Raimunda sem-pre presente

Tange osino, tange

numa voz dechoro.

Numa voz dechoro tão

desconsola-da...

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SociaisAniversariantes

Outubro02 – João Batista de Miranda05 -Cleuber Alves Monteiro Júnior05 - Luiz Flávio Cardoso de Oliveira07 - Maria Terezinha Santos09 - Gisele de Miranda Abreu10 - Neuber Rodrigo Pereira13 - Maria Auxiliadora de Paula Ribeiro15 - Clemilson Alves Monteiro16 – Maria José de Miranda17- Audrey Regina P. Carvalho Oliveira19 - Gilmar Miranda20 – Jacqueline Stefanie Miranda21 - Ailton Nascimento Silva22 - Raul Martins de Oliveira26 - Aguinaldo Antônio Rodrigues28 - Laenne Oliveira Santos29 - Terezinha Rosa Ferreira31 - Geraldo Fabiano Chaves

Novembro01 - Rita Alves Ferreira03- Carolina Albuquerque Oliveira04 - Irene Vieira Policarpo04 - Claudinei Almeida Oliveira05 - Marcus Vinícius de Miranda06 - Bernardo Antônio de Miranda07 - Ivone de Lourdes de Oliveira09 - Maria Claudia Ribas10 - Tácio Linhares14 - Juanna Carvalho Oliveira

15 - Maria do Carmo de Miranda17 - Dalva Ribas18 - Werly Oliveira20 - Neuza de Miranda Ribas22 - Alvanir Alves de Lima26 - Joissy Cristiane Machado27 - João Vitor de Miranda

Dezembro01 - Fernando Elói de Almeida03 - Lucimar Antônio de Souza04 - Adelaide Aparecida Rodrigues Souza05 - Cláudia Aparecida Caetano07 - Alberto Luiz Viana Cardoso07 - Lucas Elesbom da Silva Miranda07 - Alberone Oliveira09 - Cleider Gonoring Monteiro12- Gil Martins de Oliveira12 - Lenard Abaeté de Oliveira13 - Luzia Moreira Reis17 - Marina Miranda de Ávila Oliveira19 - Clara Bittencourt22 - Nilberto Santos22 - Marcos Brum Ribas23 - Guido de Oliveira Araújo21 - Frederic Ellis Sotomayor Blass29 - David de Jesus Cassimiro30 - Enzo Gabriel Vieira Nascimento Sotomayor –31 - Caio Ribas Regis

Padre José Machadopresente em Paraopeba

Neste ano de 2014, faz sessenta anos que o PadreJosé Clemente da Mata Machado nos deixou. Foiem 1954. Nesse mesmo ano, por sua inspiração foi

inaugurada na cidade de Paraopeba a capela deNossa Senhora do Rosário. Ali todos os anos, nodia 15 de agosto, o padre José é lembrado e se

atribui a ele o progresso da cidade.

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REMETENTEAFAGO - Associação dos Filhose Amigos de GouveiaAvenida Amazonas 115 - sala1709

CEP: 30180 - 000 - BELO HORI-ZONTE - MG

IMPRESSO

Boletim da AFAGOÓrgão Informativo da Associação do Filhos e Amigosde GouveiaAno VII – N ° 4 -14 - Julho- Agosto 2014.www.afagouveia.org.br

Diretor Responsável – Adilson do NascimentoEditoração Gráfica: José Moreira de SouzaCrédito das Fotos: Adélia Anis Raies de Souza, JoséMoreira de Souza, Portal Gouveia, Paulo Vieira,Henrique Moura, Ismar Antunes de Oliveira e EdsonR. Filho

Diretoria da AFAGOPresidente de Honra: Waldir de Almeida Ribas inMemoriamPresidente: Adilson NascimentoSecretário: Guido de Oliveira AraújoTesoureiro: Raimundo Nonato de Miranda ChavesPatrocinadores:Diretores da AFAGOComissão EditorialGuido de Oliveira Araújo.José Moreira de SouzaRaimundo Nonato de Miranda Chaves

A Afago convoca:

Vamos ajudar a APAEVamos ajudar o Lar dos Idosos de São Vicente de

PauloVamos ajudar o Hospital Doutor Aureliano Brandão

O pouco com Deus é muito.O muito sem Deus é nada!